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Teoria das CORES
Rodrigo Martins de Oliveira Spinosa
Especialista em Computação Gráfica
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, Araçatuba-SP
Mestre em Desenho Industrial
UNESP - Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação, Bauru-SP
Doutor em Educação Física
UEL – Universidade Estadual de Londrina – Londrina PR
1. Introdução
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1. Introdução
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1. Introdução
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1
O homem sempre viveu rodeado pelas cores naturais do ambiente e por todas as
demais artificialmente elaboradas no uso de objetos, arquitetura e interfaces gráficas.
1. Introdução
Diariamente veste-se a cor, come-se a cor, usam-se vários matizes como elemento de
comunicação e diferenciação. A cor está em nossos diálogos, nosso ambiente e
influencia drasticamente nossa Percepção Visual, porém, nem sempre nos
relacionamos conscientemente com este fenômeno
AMARELO
VERDE
VERMELHO
AZUL
Apesar dos métodos de projeto, não podemos garantir que são sempre os mesmos
critérios de entendimento dos indivíduos, pois, além do aparelho ótico, nossa Percepção
Visual depende da nossa experiência, Cultura e principalmente da Capacidade Cerebral.
ROXO
Pois é o Cérebro que codifica e atribui significado, nomes e valor aos estímulos
luminosos captados pelos olhos fazendo associações com informações já armazenadas
1. Introdução
A percepção da cor pode ser considerada um fenômeno orgânico, visual, causado pelo
efeito da energia luminosa, com diferentes comprimentos de onde que estimulam
nosso aparelho fisiológico. Gerando sensações diferentes para cada tipo de frequência
individual ou combinada de raios que incidem em nossos olhos.
Nossas células específicas da visão interpretam cada tipo de onda luminosa e
conseqüentemente identifica, transformando esses raios em informações no cérebro
Mas o que exatamente é a COR???
A Cor existe por causa de 03 Entidades:
+ +
2. Percepção da Cor
O olho tem dois tipos de células fotossensíveis, que são os cones e os bastonetes.
Em cada olho existem cerca de 6 a 7 milhões de cones e 130 milhões de bastonetes.
Essas células transformam os estímulos luminosos em sinais elétricos, que são
conduzidos ao cérebro pelo nervo óptico produzindo a sensação visual.
2. Percepção da Cor
A percepção diferenciada dos cones e bastonetes funciona como se tivéssemos uma
dupla visão. Os cones são sensíveis à luz mais forte, distinguem cores e situam-se no
centro. Os bastonetes são acromáticos, distinguem apenas formas, sendo sensíveis a
baixos níveis de energia da luz, e ficam mais esparsos na retina.
2. Percepção da Cor
Os objetos periféricos são detectados primeiro pela ação dos Bastonetes. Depois os
olhos são direcionados para o ponto desejado e focam a imagem por meio dos cones
06
Durante a visão diurna, os cones realizam a função mais importante, percebendo
detalhes da imagem principal situada na parte central da visão. Mas os bastonetes
continuam ativos, percebendo movimentos fora da parte central “cantos do olhos”
Um cuidado especial deve ser tomado para a adaptação visual à mudança de ambientes
iluminados para escuros ou vice-versa. Do escuro para o claro pode durar de 1 a 2
minutos. Já do claro para o escuro esta adaptação pode demorar até 30 minutos.
2. Percepção da Cor
O Olho Humano Percebe a Luz branca como vários raios de Luz Vermelhos, Verde e
Azuis incidindo nas células que identificam essas freqüências ao mesmo tempo.
Já as Cores são identificadas quando um tipo específico de frequencia luminosa
é acionada individualmente ou aos pares.
09
2. Percepção da Cor
3. Estrutura da Cor
A recepção luminosa pode ocorrer de duas maneiras: uma fonte que emite estímulos
Direto ao olhos, sendo interpretados imediatamente; ou por meio da Reflexão, quando
os raios luminosos antes de chegar ao receptor incide em uma outra superfície.
09
2. Percepção da Cor
Desta segunda forma, a luz que incide nos objetos pode ser absorvida ou refletida para
os olhos de acordo com a estrutura Física/Química dos pigmentos da superfície.
Isaac Newton (1643-1727), em suas experiências, realiza a decomposição da luz
através da passagem desta por um prisma e define o espectro, formado pelas sete
principais luzes: vermelha, alaranjada, amarela, verde, azul, anil, e violeta.
Fisicamente cada cor luz tem seu comprimento de onda correspondente. Os físicos
então passam a ter um sistema de mensuração das cores, em relação ao seu
comprimento de onda relegando a um segundo plano a nomenclatura das cores.
3. Estrutura da Cor
Partindo do conceito proposto por Newton, da identificação do espectro e das sete
cores-luz, Thomas Young define, em 1802, que elas podem ser reduzidas às três cores
básicas: vermelho, verde e azul,
Projetando raios luminosos de diferentes comprimentos de onda, Thomaz Young, em
1801, reproduziu o espectro e a luz branca.
3. Estrutura da Cor
O espectro de Young compreende seis cores: púrpura (ou magenta), o vermelho, o
amarelo, o verde, o ciano (azul ciano) e azul intenso (violeta pra alguns autores). A luz
Branca resultou da sobreposição desses raios..
Por eliminação, Young reduziu a 03 o número de raios luminosos (vermelho, verde e
azul intenso) e ainda obteve, pela sobreposição, o branco. Adicionando os raios aos
pares, obteve as cores anteriormente suprimidas: púrpura, o amarelo e o azul ciano.
3. Estrutura da Cor
Suas experiências resultaram na descoberta das cores primárias e secundárias da luz.
3. Estrutura da Cor
Assim temos teoricamente, de forma universal, as três cores primárias pigmentos:
Cyan, Amarelo e Magenta. E as três cores primárias Luz: Verde, vermelho e Azul.
3. Estrutura da Cor
A manipulação das cores é diferente para a mistura de luzes e de pigmentos, uma cor
primária (irredutível) em uma das síntese é secundária na outra e vice-versa.
3. Estrutura da Cor
Assim temos teoricamente, de forma universal, as três cores primárias pigmentos:
Cyan, Amarelo e Magenta. E as três cores primárias Luz: Verde, vermelho e Azul.
A manipulação das cores é diferente para a mistura de luzes e de pigmentos, uma cor
primária (irredutível) em uma das síntese é secundária na outra e vice-versa.
Temos, uma síntese subtrativa para as cores pigmento, cujas primárias são o Cyan,
Amarelo e Magenta, e uma síntese aditiva para as cores-luz, cujas primárias são o
azul, o verde e o vermelho.
Consideramos primárias as cores que não podem ser formadas pela somas de outras
cores (são irredutíveis) e secundárias as cores formadas pelo equilíbrio ótico ou físico
entre duas cores primárias.
Cores Secundárias são formadas pela mistura de duas cores primárias em iguais
quantidades ou intensidades.
As três cores-luz primárias projetadas em igual intensidade produzem, ou reconstroem
a Luz Branca, assim como a soma das três cores-pigmentos primárias, em iguais
porções produz o preto.
4. Resumo das Sínteses
“O branco, visto ao sol e ao ar tem sombras azuladas, pois o branco não é uma cor
e sim o resultado de outras cores”.
Da Vinci apresentou intuitivamente o conceito moderno das cores primárias:
“Chamo cores simples aquelas que não podem ser feitas pela mescla de outras cores”.
“O branco, se bem que alguns filósofos não aceitem, nem ao branco nem ao preto
considero como cores, porque um é a causa do outro e o outro a privação da cor”.
“O branco equivale à luz; o azul, ao ar; o vermelho ao fogo; o preto as trevas”.
Leonardo Da Vinci (1452-1519)
Em seu Tratado da Pintura, Leonardo Da Vinci antecipa-se ao seu tempo e
apresenta a teoria que só com Newton seria comprovada:
Um pouco mais de História sobre a COR
4. Resumo das Sínteses
Johann Wolfgang von Goethe no início do séc. XIX percebeu, a necessidade da
alteração e propôs a substituição do vermelho pelo púrpura e do azul intenso pelo
azul claro para compor a tríade primária das cores pigmentos para pintura.
Em 1936, a Agfa e a Kodak padronizaram os nomes destas cores criando a cor
magenta para denominar o púrpura primário e o cyan (ou ciano) para o azul-claro.
O alemão Jackob Christof Lê Blon, em seu tratado Collorito, publicado em 1725,
afirma que podemos representar todos os objetos visíveis com três cores principais
(vermelho, amarelo e azul) e que a mistura destas em parte iguais produz o preto.
4. Resumo das Sínteses
Um pouco mais de História sobre a COR
Nos anos 50, a Deutscher Institut für Normung (DIN) define as cores magenta amarelo
e cyan como as cores básicas de impressão. C.M.Y.
Com a evolução da indústria Gráfica e o surgimento de aplicações cada vez mais
específicas, percebeu-se que os pigmentos têm certo grau de impureza e variam
dependendo do tipo de material de que são originados, é quase impossível a mistura
perfeita somente com as três cores. Desta forma foi acrescentado o preto como o
quarto pigmento de impressão para ajudar a regular as tonalidades. C.M.Y.K (Black).
4. Resumo das Sínteses
Um pouco mais de História sobre a COR
Exercício Level 01 (A3) Exercício Level 02 (A3)
5. Exercícios
Level – 02 (A3)
5. Exercícios
7. Referências Bibliográficas
DONDIS, D. Sintaxe da Imagem Visual. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
FARINA, Modesto. Psicodinâmica das Cores em Comunicação. São Paulo: Edgard Blusher, 1976.
FRASER, Tom; BANKS, Adam. O Guia Completo da Cor. São Paulo: Editora Senac, 2007
GUIMARÃES, Luciano. A Cor como Informação: a construção biofísica, lingüística e cultural da
simbologia das cores. São Paulo: Annablume, 2000.
MENEGOTTO, J. ; ARAÚJO, T. C. M. O desenho digital técnica e arte. Rio de Janeiro: Interciência, 2000
MUNARI, B. Design e Comunicação Visual. São Paulo; Martins Fontes, 1985
PIPES, A. Desenho para designers. São Paulo: Edgard Blucher , 2001
ZEEGER, L. Fundamentos de Ilustração. Porto Alegre: Bookman, 2009

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  • 1. Teoria das CORES Rodrigo Martins de Oliveira Spinosa Especialista em Computação Gráfica Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, Araçatuba-SP Mestre em Desenho Industrial UNESP - Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação, Bauru-SP Doutor em Educação Física UEL – Universidade Estadual de Londrina – Londrina PR
  • 6. O homem sempre viveu rodeado pelas cores naturais do ambiente e por todas as demais artificialmente elaboradas no uso de objetos, arquitetura e interfaces gráficas. 1. Introdução Diariamente veste-se a cor, come-se a cor, usam-se vários matizes como elemento de comunicação e diferenciação. A cor está em nossos diálogos, nosso ambiente e influencia drasticamente nossa Percepção Visual, porém, nem sempre nos relacionamos conscientemente com este fenômeno
  • 7. AMARELO VERDE VERMELHO AZUL Apesar dos métodos de projeto, não podemos garantir que são sempre os mesmos critérios de entendimento dos indivíduos, pois, além do aparelho ótico, nossa Percepção Visual depende da nossa experiência, Cultura e principalmente da Capacidade Cerebral. ROXO Pois é o Cérebro que codifica e atribui significado, nomes e valor aos estímulos luminosos captados pelos olhos fazendo associações com informações já armazenadas 1. Introdução
  • 8. A percepção da cor pode ser considerada um fenômeno orgânico, visual, causado pelo efeito da energia luminosa, com diferentes comprimentos de onde que estimulam nosso aparelho fisiológico. Gerando sensações diferentes para cada tipo de frequência individual ou combinada de raios que incidem em nossos olhos. Nossas células específicas da visão interpretam cada tipo de onda luminosa e conseqüentemente identifica, transformando esses raios em informações no cérebro Mas o que exatamente é a COR??? A Cor existe por causa de 03 Entidades: + + 2. Percepção da Cor
  • 9. O olho tem dois tipos de células fotossensíveis, que são os cones e os bastonetes. Em cada olho existem cerca de 6 a 7 milhões de cones e 130 milhões de bastonetes. Essas células transformam os estímulos luminosos em sinais elétricos, que são conduzidos ao cérebro pelo nervo óptico produzindo a sensação visual. 2. Percepção da Cor
  • 10. A percepção diferenciada dos cones e bastonetes funciona como se tivéssemos uma dupla visão. Os cones são sensíveis à luz mais forte, distinguem cores e situam-se no centro. Os bastonetes são acromáticos, distinguem apenas formas, sendo sensíveis a baixos níveis de energia da luz, e ficam mais esparsos na retina. 2. Percepção da Cor
  • 11. Os objetos periféricos são detectados primeiro pela ação dos Bastonetes. Depois os olhos são direcionados para o ponto desejado e focam a imagem por meio dos cones 06 Durante a visão diurna, os cones realizam a função mais importante, percebendo detalhes da imagem principal situada na parte central da visão. Mas os bastonetes continuam ativos, percebendo movimentos fora da parte central “cantos do olhos” Um cuidado especial deve ser tomado para a adaptação visual à mudança de ambientes iluminados para escuros ou vice-versa. Do escuro para o claro pode durar de 1 a 2 minutos. Já do claro para o escuro esta adaptação pode demorar até 30 minutos. 2. Percepção da Cor
  • 12. O Olho Humano Percebe a Luz branca como vários raios de Luz Vermelhos, Verde e Azuis incidindo nas células que identificam essas freqüências ao mesmo tempo. Já as Cores são identificadas quando um tipo específico de frequencia luminosa é acionada individualmente ou aos pares. 09 2. Percepção da Cor
  • 14. A recepção luminosa pode ocorrer de duas maneiras: uma fonte que emite estímulos Direto ao olhos, sendo interpretados imediatamente; ou por meio da Reflexão, quando os raios luminosos antes de chegar ao receptor incide em uma outra superfície. 09 2. Percepção da Cor Desta segunda forma, a luz que incide nos objetos pode ser absorvida ou refletida para os olhos de acordo com a estrutura Física/Química dos pigmentos da superfície.
  • 15. Isaac Newton (1643-1727), em suas experiências, realiza a decomposição da luz através da passagem desta por um prisma e define o espectro, formado pelas sete principais luzes: vermelha, alaranjada, amarela, verde, azul, anil, e violeta. Fisicamente cada cor luz tem seu comprimento de onda correspondente. Os físicos então passam a ter um sistema de mensuração das cores, em relação ao seu comprimento de onda relegando a um segundo plano a nomenclatura das cores. 3. Estrutura da Cor
  • 16. Partindo do conceito proposto por Newton, da identificação do espectro e das sete cores-luz, Thomas Young define, em 1802, que elas podem ser reduzidas às três cores básicas: vermelho, verde e azul, Projetando raios luminosos de diferentes comprimentos de onda, Thomaz Young, em 1801, reproduziu o espectro e a luz branca. 3. Estrutura da Cor
  • 17. O espectro de Young compreende seis cores: púrpura (ou magenta), o vermelho, o amarelo, o verde, o ciano (azul ciano) e azul intenso (violeta pra alguns autores). A luz Branca resultou da sobreposição desses raios.. Por eliminação, Young reduziu a 03 o número de raios luminosos (vermelho, verde e azul intenso) e ainda obteve, pela sobreposição, o branco. Adicionando os raios aos pares, obteve as cores anteriormente suprimidas: púrpura, o amarelo e o azul ciano. 3. Estrutura da Cor Suas experiências resultaram na descoberta das cores primárias e secundárias da luz.
  • 19. Assim temos teoricamente, de forma universal, as três cores primárias pigmentos: Cyan, Amarelo e Magenta. E as três cores primárias Luz: Verde, vermelho e Azul. 3. Estrutura da Cor A manipulação das cores é diferente para a mistura de luzes e de pigmentos, uma cor primária (irredutível) em uma das síntese é secundária na outra e vice-versa.
  • 20. 3. Estrutura da Cor Assim temos teoricamente, de forma universal, as três cores primárias pigmentos: Cyan, Amarelo e Magenta. E as três cores primárias Luz: Verde, vermelho e Azul. A manipulação das cores é diferente para a mistura de luzes e de pigmentos, uma cor primária (irredutível) em uma das síntese é secundária na outra e vice-versa.
  • 21. Temos, uma síntese subtrativa para as cores pigmento, cujas primárias são o Cyan, Amarelo e Magenta, e uma síntese aditiva para as cores-luz, cujas primárias são o azul, o verde e o vermelho. Consideramos primárias as cores que não podem ser formadas pela somas de outras cores (são irredutíveis) e secundárias as cores formadas pelo equilíbrio ótico ou físico entre duas cores primárias. Cores Secundárias são formadas pela mistura de duas cores primárias em iguais quantidades ou intensidades. As três cores-luz primárias projetadas em igual intensidade produzem, ou reconstroem a Luz Branca, assim como a soma das três cores-pigmentos primárias, em iguais porções produz o preto. 4. Resumo das Sínteses
  • 22. “O branco, visto ao sol e ao ar tem sombras azuladas, pois o branco não é uma cor e sim o resultado de outras cores”. Da Vinci apresentou intuitivamente o conceito moderno das cores primárias: “Chamo cores simples aquelas que não podem ser feitas pela mescla de outras cores”. “O branco, se bem que alguns filósofos não aceitem, nem ao branco nem ao preto considero como cores, porque um é a causa do outro e o outro a privação da cor”. “O branco equivale à luz; o azul, ao ar; o vermelho ao fogo; o preto as trevas”. Leonardo Da Vinci (1452-1519) Em seu Tratado da Pintura, Leonardo Da Vinci antecipa-se ao seu tempo e apresenta a teoria que só com Newton seria comprovada: Um pouco mais de História sobre a COR 4. Resumo das Sínteses
  • 23. Johann Wolfgang von Goethe no início do séc. XIX percebeu, a necessidade da alteração e propôs a substituição do vermelho pelo púrpura e do azul intenso pelo azul claro para compor a tríade primária das cores pigmentos para pintura. Em 1936, a Agfa e a Kodak padronizaram os nomes destas cores criando a cor magenta para denominar o púrpura primário e o cyan (ou ciano) para o azul-claro. O alemão Jackob Christof Lê Blon, em seu tratado Collorito, publicado em 1725, afirma que podemos representar todos os objetos visíveis com três cores principais (vermelho, amarelo e azul) e que a mistura destas em parte iguais produz o preto. 4. Resumo das Sínteses Um pouco mais de História sobre a COR Nos anos 50, a Deutscher Institut für Normung (DIN) define as cores magenta amarelo e cyan como as cores básicas de impressão. C.M.Y.
  • 24. Com a evolução da indústria Gráfica e o surgimento de aplicações cada vez mais específicas, percebeu-se que os pigmentos têm certo grau de impureza e variam dependendo do tipo de material de que são originados, é quase impossível a mistura perfeita somente com as três cores. Desta forma foi acrescentado o preto como o quarto pigmento de impressão para ajudar a regular as tonalidades. C.M.Y.K (Black). 4. Resumo das Sínteses Um pouco mais de História sobre a COR
  • 25. Exercício Level 01 (A3) Exercício Level 02 (A3) 5. Exercícios
  • 26. Level – 02 (A3) 5. Exercícios
  • 27. 7. Referências Bibliográficas DONDIS, D. Sintaxe da Imagem Visual. São Paulo: Martins Fontes, 2007. FARINA, Modesto. Psicodinâmica das Cores em Comunicação. São Paulo: Edgard Blusher, 1976. FRASER, Tom; BANKS, Adam. O Guia Completo da Cor. São Paulo: Editora Senac, 2007 GUIMARÃES, Luciano. A Cor como Informação: a construção biofísica, lingüística e cultural da simbologia das cores. São Paulo: Annablume, 2000. MENEGOTTO, J. ; ARAÚJO, T. C. M. O desenho digital técnica e arte. Rio de Janeiro: Interciência, 2000 MUNARI, B. Design e Comunicação Visual. São Paulo; Martins Fontes, 1985 PIPES, A. Desenho para designers. São Paulo: Edgard Blucher , 2001 ZEEGER, L. Fundamentos de Ilustração. Porto Alegre: Bookman, 2009