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1VAMOS COM RODRIGO
A LONGA ESPERA
AS DEMANDAS DO
NORTE DE SANTA
CATARINA PÁG.2
A BOA POLÍTICA
JAMES SCHROEDER
ANALISA A ÉTICA
NA POLÍTICA PÁG.8
ECONOMIA CRIATIVA
VOCÊ SABIA QUE
CULTURA TAMBÉM
É ECONOMIA? PÁG.10
REVISTA DA CAMPANHA DO RODRIGO BORNHOLDT 12300 DEPUTADO ESTADUAL 2018
vem comigo
O PROGRAMA DE RODRIGO
VEM PRA RESOLVER PÁG.12
EM ENTREVISTA, RODRIGO CONTA COMO
PRETENDE ATUAR NA ASSEMBLEIA: POR
MAIS OPORTUNIDADES, PELO CRESCIMENTO
DAS PESSOAS E PELO DESENVOLVIMENTO
DE SANTA CATARINA. CONFIRA NA PÁG.4
UM DEPUTADO
QUE E A CARA DO
NOSSO ESTADO
DIA7,VEM COMIGO, VAMOS COM RODRIGO ESTADUAL 12300
PDTPHSPCdoBPODEMOS
2 VEM COMIGO
NORTE CATARINENSE
CANSOU DE ESPERAR
DEMANDAS IMPORTANTES DO NORTE DO ESTADO AGUARDAM
SOLUÇÃO HÁ DECADAS, ESPECIALMENTE NA ÁREA DA SEGURANÇA.
CONFIRA NESTE ARTIGO DO JORNALISTA ALTAMIR ANDRADE
AGÊNCIAAL
3VAMOS COM RODRIGO
A
companho, desde 1977,
quando passei a morar
em Joinville, o descaso
que transforma a população do
norte catarinense em sociedade
de menor interesse da maioria
dos governantes.
Impressiona-me constatar
que a região que mais contri-
bui com a geração de riquezas,
impostos e empregos, seja tão
agredida com a falta de lei-
tos hospitalares, salas de aula,
vias de transporte adequadas,
segurança...
A Mesorregião norte soma
26 municípios, uma população
de aproximadamente um mi-
lhão e trezentos mil catarinen-
ses, força produtiva extraordi-
nária e um potencial turístico
de belezas naturais inigualá-
veis.
Apesar da sua importância
industrial, que gera a maior ri-
queza do Estado com um PIB de
R$ 29.426.710.000,00 quando
comparada com a mesorregião
da capital (R$ 16.853.163.000,00
(IBGE 2008), composta de 21
municípios, o que recebemos de
volta continua sendo uma pro-
vocação à nossa inteligência e
valor.
Ao se comparar os dois mu-
nicípios mais importantes de
cada mesorregião o que se con-
fere é um desrespeito ao precei-
to constitucional de que todo o
brasileiro deve ser tratado com
igualdade pelo Estado.
Por exemplo, o efetivo mi-
litar catarinense soma atual-
mente 10.452 policiais, tem
previsão de 39 deles entrarem
para a reserva remunerada até
2019 e de nenhuma nova con-
tratação.
Joinville, com população
estimada pelo IBGE em 577.077
habitantes, soma um contin-
gente de apenas 799 policiais
militares. Desde 2012, o municí-
pio viu crescer em mais de 90%
o número de assaltos. O quadro
não é muito diferente na me-
sorregião.
Historicamente, Florianópo-
lis tem um efetivo policial apro-
ximadamente três vezes maior
que Joinville. Esse número se
confirmou na mais recente dis-
tribuição de novos 695 policiais
militares. Destes, 513 ficaram
na capital e apenas 158 vieram
para a região de Joinville.
É fato que a capital exige um
maior efetivo policial por con-
centrar a administração e tam-
bém ser mais sensível a pro-
testos e movimentos diversos.
Contudo, os números não men-
tem. A mesorregião de Joinville
é a mais penalizada pelo déficit
em segurança pública.
Dimensiona-se que o núme-
ro ideal seja de um policial para
cada 250 habitantes. De acordo
com o Comando Geral da PMSC
este número ideal é um mito.
“Não há indicações cientifica-
mente estruturadas que o esta-
beleçam”.
De qualquer forma, essa é
a referência para muitos espe-
cialistas e estudiosos do tema.
Neste caso, Joinville deveria ter
2.888 policiais militares.
O quadro é ainda pior quan-
do se avalia o efetivo militar
ambiental (PMASC) que totaliza
392 policiais no Estado. Apenas
30 atendem 15 municípios da re-
gião (Joinville, Araquari, Balne-
ário Barra do Sul, São Francisco
do Sul, Barra Velha, São João do
Itaperiú, Guaramirim, Massa-
randuba, Schroeder, Jaraguá do
Sul, Corupá, Campo Alegre, São
Bento do Sul, Garuva e Itapoá).
Por ser a área geográfica
mais industrializada e, por-
tanto, mais vulnerável am-
bientalmente, ter apenas dois
policiais militares ambientais
por município é uma realidade
inadmissível.
É notório que a PMASC tem
investido em tecnologia e po-
líticas de racionalização que a
transforma numa referência
nacional. Todavia, esse quadro
é também uma afronta, um
descaso.
Os números só confirmam
que nossos políticos ou têm
pouca capacidade ou esquecem
das promessas feitas aos seus
eleitores. Mais do que nunca é
preciso mudar a nossa repre-
sentatividade política. O norte
catarinense cansou de esperar.
“Mais do
que nunca
é preciso
mudar a nossa
representatividade
política. O Norte
catarinense cansou
de esperar"
ALTAMIR ANDRADE É
JORNALISTA E PUBLISHER
EM JOINVILLE
4 VEM COMIGO
Você tem bastante experiência
política, mas passou pelo menos
cinco anos afastado da vida
pública. O que houve?
Sempre intercalei a vida pessoal
e profissional com a vida políti-
ca. E quando nasceram meus gê-
meos, em 2011, optei por dedicar
mais tempo à família, por estar
mais presente na educação e no
crescimento de meus filhos.Mas
quando o Brasil mergulhou nes-
sa grave crise política, três anos
atrás, senti que era o momento
de voltar à linha de frente. Nos-
sa democracia está ameaçada,
com sério risco de retorno à di-
tadura... Voltei à cena política
com força total, para combater
ao lado das forças democráticas
deste país, para defender a lega-
lidade, a racionalidade e o respei-
to à Constituição.
E por que decidiu ser candidato a
deputado estadual?
Tenho bastante experiência na
gestão pública, assim como tenho
vocação parlamentar. Portanto,
posso contribuir com o debate,
com o avanço democrático – que é
a única solução, a única saída para
a crise. Costumo dizer que só a boa
política pode salvar a má política.
E Santa Catarina, por ser um esta-
do socialmente mais equilibrado,
pode ser um exemplo, um modelo
para o Brasil – desde que a gente
consiga brecar a onda de violência,
além de superar problemas crô-
nicos, que vão do saneamento ao
atendimento de saúde.
UM DEPUTADO
Do tamanho da
nossa regiAo
AS IDEIAS E EXPECTATIVAS DE RODRIGO BORNHOLDT PARA O
DESENVOLVIMENTO SOCIAL E ECONÔMICO DE SANTA CATARINA
A
dvogado, 47 anos, pai de três filhos, Rodrigo Bornholdt é joinvilense e tem sólido currículo acadêmi-
co.É mestre e doutor em Direito das Relações Sociais,pela Federal do Paraná.Fez cursos em Berlim e
Münster,na Alemanha,sobre Direitos Fundamentais e Direito Econômico.E foi professor de Direito
Constitucional na Univille. Tem dezenas de artigos publicados e palestras proferidas. Rodrigo começou sua
vida pública como secretário jurídico do município, na gestão de Luiz Henrique. Depois, foi vice-prefeito,
diretor do Procon e presidente da Fundação Cultural de Joinville.Desde 2013,é o cônsul honorário da Alema-
nha para o Norte de SC.Esta entrevista foi realizada em Julho de 2018.
“Voltei à cena
política com
força total,
para combater ao
lado das forças
democráticas
deste país,
para defender
a legalidade, a
racionalidade
e o respeito à
Constituição"
5VAMOS COM RODRIGO
Se for eleito deputado, qual
será sua maior missão na
Assembleia Legislativa de
Santa Catarina?
Serão muitas. Tenho feito
reuniões com pessoas e
grupos sociais pelo es-
tado, para ouvir as de-
mandas dos catarinen-
ses em todas as regiões.
E além das questões
mais fundamentais –
que continuam sendo
a saúde e a segurança
pública – apuramos
que chegou a hora de
dar uma força maior
ao cooperativismo e aos
micro e pequenos em-
presários, incrementando
o investimento público em
educação, pesquisa e tecnolo-
gia... Em nosso estado, a história
já ensinou qual é a melhor polí-
tica pública: apoiar a formação
profissional, apoiar o pequeno
empreendedor, incentivar as
‘startups’ e favorecer o associati-
vismo. Assim, o desenvolvimen-
to harmônico se torna inevitável,
em toda Santa Catarina.
Você tem muita experiência na
área de Direito Tributário. Isso
pode ajudar em sua atuação
como deputado estadual?
Claro! Santa Catarina precisa fa-
zer uma reforma tributária, co-
meçando por uma revisão urgen-
te no ICMS. Nosso estado precisa
diminuir a carga desse imposto
nos combustíveis, garantindo o
desconto como instrumento de
combate ao desemprego, à es-
tagnação econômica. Mas como
toda moeda tem dois lados, tam-
bém vou defender investimentos
estatais que tragam benefícios
sociais; afinal, o desenvolvimen-
to econômico depende direta-
mente da educação.
“Vou defender
investimentos
estatais que
tragam benefícios
sociais; afinal, o
desenvolvimento
econômico
depende
diretamente
da educação"
“Chegou a hora
de dar uma
força maior ao
cooperativismo
e aos micro
e pequenos
empresários,
incrementando
o investimento
público em
educação,
pesquisa
e tecnologia"
6 VEM COMIGO
Resumindo, qual seria o
melhor caminho para o
desenvolvimento social?
Esse caminho começa na sala de
aula, começa pelo professor. Ne-
nhuma sociedade avança sem
apoiar os que trabalham pela
educação pública. Mas para que
o aluno não descambe, não se
perca na longa estrada, também
é preciso incentivar o esporte e a
cultura – pois são os melhores re-
médios, os antídotos que livram
nossa juventude do vício e da
criminalidade. Ao mesmo tem-
po, é preciso corrigir injustiças
históricas, combatendo a corrup-
ção, aperfeiçoando o aparato po-
licial, equiparando salários entre
homens e mulheres na mesma
função... Ou seja, a solução social
não é isolada, é sistêmica: a gen-
te só combate um círculo vicioso
por meio de um círculo virtuoso
– pelo bom exemplo, onde uma
boa ação puxa a outra.
Você foi vice-prefeito
da cidade e presidente
da Fundação Cultural
de Joinville. Pode citar
algum projeto que sirva
como exemplo?
Sim, nossa gestão na Fundação
Cultural tem um ótimo exemplo
de política pública, que serve
para o estado inteiro.É o Simdec,
um sistema de desenvolvimen-
to pela Cultura, baseado no in-
centivo financeiro aos bons pro-
jetos culturais. A cultura pode
ser esse bom caminho, pode ser
a saída para aquele jovem que
vive na periferia, que está mais
vulnerável, mais sujeito a ser
aliciado pelos agentes da droga
ou do crime. Nesse sentido, o su-
cesso do Simdec foi reconhecido
internacionalmente! Pois além
de favorecer a formação da ju-
ventude joinvilense,é mais uma
prova de como a vida cultural se
torna uma força econômica con-
sistente. Você sabia que a Econo-
mia da Cultura é o segundo item
no PIB da cidade de Londres?
Pois é, só perde para a chama-
da ‘City’, o mercado financeiro
londrino... Portanto, além de dar
dignidade à juventude e autoes-
tima à comunidade, o desenvol-
vimento cultural tem tudo para
entrar na pauta do crescimento
econômico de Santa Catarina. É
só a gente ajustar a máquina do
estado para isso, criando o me-
canismo certo.
O eleitorado, de modo geral,
está decepcionado com a
política... Qual é a sua receita
para que as pessoas voltem
a se interessar pela política?
Aspessoastiverammotivospara
se decepcionar, pois a classe po-
lítica passou a legislar e agir em
causa própria. Mesmo assim, é
impossível pensar que “a gente
não têm nada a ver com isso”...
Querendo ou não, a política
acontece em nosso cotidiano. O
salário mensal, as férias anuais,
os preços do comércio, os postos
de saúde,os impostos – tudo isso
afeta diretamente o dia a dia de
todas as pessoas, assim como
tudo isso depende diretamente
da ação política, seja ela parti-
dária ou comunitária... Portanto,
não tem escapatória: é preciso
encarar essa luta cotidiana, é
preciso participar vivamente da
sociedade, regenerando a ação
política.
Qual é o seu campo ideológico?
Eu me identifico com a chama-
da social-democracia, o sistema
que gerou mais equilíbrio nas
sociedades em que foi adotado.
O Canadá, a Alemanha e a Sué-
cia são bons exemplos, são paí-
ses que conjugam o desenvolvi-
mento econômico com o social,
pautados pela liberdade indivi-
dual e pela igualdade social. Lá
“A cultura
pode ser a saída
para aquele jovem
que vive
na periferia,
que está mais
vulnerável, mais
sujeito a ser
aliciado pelos
agentes da
droga ou do crime"
“É preciso
corrigir injustiças
históricas,
combatendo
a corrupção,
aperfeiçoando o
aparato policial,
equiparando
salários entre
homens e
mulheres na
mesma função"
7VAMOS COM RODRIGO
você pode empreender, sem que
os impostos atravanquem seu
negócio. A tributação mais alta
incide sobre a renda,e não sobre
o trabalho. Resultado: quem ga-
nha mais, paga mais – mas paga
satisfeito, porque toda a vida
em sociedade é favorecida,
todos os serviços públicos
são bem prestados. As es-
colas são ótimas, o serviço
de saúde é excelente, as
estradas são boas, segu-
ras e amplas... São países
que conseguiram resol-
ver suas contradições
sociais, respeitando
os valores individuais
na perspectiva do bem
comum.
Você acha que a ideologia
do candidato ainda é
um fator importante
na escolha do voto?
Com certeza, por isso faço ques-
tão de esclarecer que sou so-
cial-democrata. Mas é preciso
iluminar essa discussão, com-
batendo as trevas, as tais “fake
news”... Hoje em dia, além da
manipulação em todas as ins-
tâncias, além de um jornalismo
tendencioso,temosredessociais
infestadas pela desinformação,
quando não pela maldade pura
e simples. Todo mundo é cha-
mado de “fascista” ou “comu-
nista”, por gente que nem sabe
o que isso significa... No meu
caso, até por minha formação
luterana, creio que devemos
honrar o trabalho e a iniciati-
va pessoal, mas praticando a
solidariedade, a dedicação à
comunidade, sem jamais cair
na tentação de qualquer radi-
calismo. Não me agradam as
ditaduras, sejam de esquerda
ou direita, civis ou militares.
Liberdade, igualdade e fra-
ternidade ainda são valores
fundamentais para mim.
“Não me
agradam as
ditaduras, sejam
de esquerda
ou direita, civis
ou militares.
Liberdade,
igualdade e
fraternidade
são valores
fundamentais
para mim"
“Eu me
identifico com
a chamada
social-
democracia,
o sistema
que gerou
mais equilíbrio
nas sociedades
em que foi
adotado"
8 VEM COMIGO
EticaepolItica
emtempos de crise
CORRUPÇÃO, VANTAGENS INDEVIDAS E FALTA DE ÉTICA
SÃO AS CAUSAS DA DESCONFIANÇA NOS POLÍTICOS.
CONFIRA EM ARTIGO DE JAMES SCHROEDER
AGÊNCIAAL
9VAMOS COM RODRIGO
M
anifestações de rua
e em mídias sociais,
corroboradas por pes-
quisas de opinião, expõem a
falta de credibilidade e a baixa
aceitação da classe política. É
possível que a incapacidade de
resolução imediata dos proble-
mas seja um fator determinan-
te. No entanto, parece que a cau-
sa maior da frágil imagem dos
políticos junto à população seja
o enfraquecimento dos liames
entre a ética e a política.
A ética vem da palavra gre-
ga ethos que significa “conduta,
modo de ser”, ou seja, um agir
que vem sempre associado à
moral, palavra de origem lati-
na e que significa “costume”. A
moral pode ser adquirida atra-
vés da cultura, da educação, da
tradição e do cotidiano. A forma
como o indivíduo se porta no
seu meio social define sua ética,
que pode refletir ou questionar
os valores morais.
No cenário atual de tan-
tas notícias de corrupção no
meio político, a prática de não
se apropriar do erário ou não
aceitar vantagens indevidas em
troca de favores individuais já
parece ser o máximo critério de
seleção para aqueles que podem
ocupar cargos públicos, eletivos
ou não. Acredito que devemos
reconhecer a ética dos nossos
representantes políticos por cri-
térios mais amplos.
Contudo, as relações entre
ética e política tem se mostrado
sempre difíceis de conciliar. Na
concepção de Platão, Aristóteles
e São Tomás de Aquino, a políti-
ca é a mais nobre das ocupações
humanas e seu propósito final
é a realização do bem comum e
da coletividade. Por outro lado,
com Hobbes e Maquiavel, a polí-
tica passa a ser concebida como
a arte de conquistar e de manter
o poder;sendo o fazer o bem não
maisumfimesimummeiopara
ganhar o apoio dos cidadãos.
Da interpretação das “técnicas”
maquiavélicas na política mo-
derna são considerados meios
válidos o marketing, o controle
da mídia, o clientelismo, e até
mesmo a mentira, a violência e
a corrupção, que denotam a dis-
sociação das práticas políticas e
dos princípios morais.
Num contexto democrático,
como reunir a visão popular
(que aproxima a ética da políti-
ca) da visão exercitada pela clas-
se política (muito mais realista
e técnica), em um momento de
absoluto enfraquecimento das
instituições políticas em geral?
Antes de mais nada a demo-
cracia se baseia no princípio da
confiança e da boa-fé. Ao agente
político cabe ouvir aqueles que
o elegeram; explicitar os objeti-
vos das suas ações, as razões das
suas opções e dar conta dos re-
sultados alcançados; distinguir
com clareza os interesses seus,
dos partidários e os da comuni-
dade que representa, colocando
estes últimos acima dos outros;
vivenciar a política como servi-
ço aos outros e não à si mesmo
e tomar as decisões que se im-
põem que sejam tomadas, mes-
mo quando estas lhe forem des-
favoráveis.
Aos governados cabe inte-
ressar-se mais por política, não
bastando somente informar-se,
votar naquele que apresente
melhores princípios éticos e ser-
viços prestados e acompanhar o
exercício do mandato dos elei-
tos. Acredito que uma sociedade
mais justa se faz também pela
participação direta do cidadão
nos diversos fóruns e movimen-
tos sociais. Nestes espaços pú-
blicos, não estatais, é possível
que a ampla experiência de vida
e as múltiplas necessidades dos
atores políticos ampliem a pro-
babilidade de que normas e re-
gras justas possam substituir as
existentes.
Mesmo que flerte com a uto-
pia, acredito que valores como
respeito e solidariedade na con-
duta pública são fundamentais
para aproximar a ética da políti-
ca.Mesmo que ainda exista mui-
to por ser feito e que a corrupção,
talvez, dificilmente tenha fim,
há nos corações e mentes de ho-
mens e mulheres sempre uma
fagulha de esperança de que é
possível viver numa sociedade
mais justa e menos desigual. E é
este sentimento que nos anima
e nos move rumo a um futuro
melhor.
“Antes de mais nada
a democracia
se baseia no
princípio da
confiança e da boa-
fé. Ao agente político
cabe ouvir aqueles
que o elegeram"
JAMES SCHROEDER É
ENGENHEIRO AGRÔNOMO
E VEREADOR
10 VEM COMIGO
Tem cultura
na economia
MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS TAMBÉM PODEM SER UMA PODEROSA
ATIVIDADE ECONÔMICA. A PRODUTORA CULTURAL IRACI SEEFELDT
TRAZ DADOS E EXPLICA O MERCADO DA ECONOMIA CRIATIVA
FOTOSPUBLICAS.COMSECOM-PREFEITURADEJOINVILLE
11VAMOS COM RODRIGO
Q
uando se fala em arte
e cultura, o que vem à
mente da maioria das
pessoas são imagens e concei-
tos relacionados a obras de arte,
espetáculos de teatro e dança,
shows musicais, festivais, even-
tos culturais e outras mani-
festações culturais, todas rela-
cionadas ao universo do lazer,
entretenimento e diversão.
Para poucas pessoas, falar
em arte e cultura é falar tam-
bém de trabalho, empregabi-
lidade, geração de renda e de-
senvolvimento econômico. Isso
porque, culturalmente (veja a
ironia), somos levados a acredi-
tar que a arte é algo que aconte-
ce ao acaso, que o ser nasce com
tal habilidade e que tudo que o
artista faz é simples e divertido;
e bem por isso acaba não sen-
do considerado “trabalho”, pois
muitas vezes a atividade artís-
tica não se encaixa nos padrões
do sistema trabalhista e econô-
mico, com rotinas de horários
e atividades pré-estabelecidas;
mesmo que para realizar, con-
cretizar sua arte, o artista tenha
que investir muitas horas em
capacitação, estudo, preparação,
ensaios e produção.
Dados apresentados pelo
Ministro da Cultura, Sérgio Sá
Leitão, em recente palestra reali-
zada na FIESC em Florianópolis,
desmontam os argumentos dos
economistas mais conservado-
res, que ainda não entenderam
que a nova economia mundial
está baseada em conceitos de
sustentabilidade, diversidade e
criatividade. A economia criati-
va, que reúne num único setor
as cadeias produtivas da arte, de-
sign, gastronomia, moda, games,
entre outros segmentos; impul-
siona novos mercados mundo à
fora e no Brasil já responde por
2,64% do Produto Interno Bruto
(PIB), colocando-se entre os dez
to, os mecanismos de fomento
do setor cultural, especialmente
a Lei Rouanet e a Lei do Audiovi-
sual, assumem papel estratégico
não apenas como propulsores do
segmento criativo,mas como ins-
trumentos de desenvolvimento
econômico do país.
Em 2018, há R$ 1,43 bilhão de
recursos disponíveis para incen-
tivo a projetos via Lei Rouanet
em todo o Brasil. Em Santa Cata-
rina, esse número chega à cerca
de 92 milhões, sendo que ape-
nas as empresas de Joinville têm
possibilidade de investir mais de
18 milhões em projetos aprova-
dos pela Lei Rouanet. Diante de
todo esse potencial, a Federação
das Indústrias de Santa Cata-
rina (FIESC), por meio do SESI
e  em parceria com associações
empresariais em diferentes regi-
ões do Estado, está promovendo
o programa Fundo Social, que
tem como objetivo estimular as
empresas catarinenses, tributa-
das pelo lucro real, a investirem
todo o seu potencial de recursos
do imposto de renda devido (até
4% para projetos aprovados pe-
las leis Rouanet e Audiovisual
e mais 5% em projetos sociais
nas áreas de esporte, assistência
social e saúde) em projetos pro-
movidos no Estado e que contri-
buam para o desenvolvimento
econômico e sustentável de San-
ta Catarina.
Diante desse cenário, que
apesar de parecer utópico, é real,
convido você a imaginar a quan-
tidade empregos e o desenvolvi-
mento econômico e social que
podem ser gerados em Joinville e
em outras cidades do Estado,caso
esse movimento da FIESC con-
quiste a adesão da classe empre-
sarial catarinense. Acredito eu
que, no mínimo, teremos cidades
muito mais criativas, humanas e
seguras; e também pessoas mais
felizes e saudáveis!
maiores setores econômicos do
país e superando indústrias tra-
dicionais como a têxtil e a farma-
cêutica. Com 200 mil empresas
e instituições ativas no Brasil, o
setor gera atualmente cerca de
um milhão de empregos diretos
e paga R$ 10,5 milhões de impos-
tos por ano.
Estudos apontam um cres-
cimento médio das atividades
criativas de 4,6% ao ano – mais
do que o dobro da previsão de
crescimento da economia brasi-
leira. O setor deve chegar a US$
43,7 bilhões no país em 2021, se-
gundo dados do Ministério da
Cultura e da consultoria PriceWa-
terhouseCoopers. Nesse contex-
“Convido você
a imaginar a
quantidade
empregos e o
desenvolvimento
econômico e
social que podem
ser gerados em
Joinville"
IRACI SEEFELDT É JORNALISTA,
ATRIZ, PRODUTORA CULTURAL
E INTEGRANTE DO CMPC
12 VEM COMIGO
Um programa para fazer a
economia da sua cidade girar,
favorecendo quem quer
empreender. Rodrigo defende
uma tributação mais justa, que
apoie o empreendedor. A pequena e a
microempresa precisam pagar menos imposto.
Reduzir o ICMS sobre combustíveis é outra
proposta em benefício do consumidor. O
Estado deve investir em pesquisa e
desenvolvimento, para que as empresas sejam
ainda mais competitivas. Desse modo, os
impostos servem como instrumento de justiça
social. As empresas que pagarem salários
iguais para homens e mulheres, na mesma
função, merecem desconto no imposto. O
mesmo vale para as que cumprirem a Lei do
Jovem Aprendiz acima do limite exigido.
Para se construir uma sociedade
mais justa e desenvolvida, é
necessário fazer política com ética
e seriedade. Nesse sentido, Rodrigo
vai fazer um mandato
transparente e participativo. Uma de suas
propostas é limitar os mandatos de vereador e
deputado. Os parlamentares terão direito a
apenas uma reeleição consecutiva. Outra
proposta é a transparência total nos gastos
públicos, com a permanente prestação de
contas nos sites das autarquias do estado.
Controlar as verbas do estado é crucial. Rodrigo
vai propor uma lei para reduzir os cargos
comissionados, e outra para diminuir as verbas
de gabinete – começando pelo corte nas
despesas com diárias e viagens, para eliminar
os privilégios dos parlamentares estaduais.
Rodrigo defende a ampliação do PSF,
Programa Saúde da Família, e a
construção de policlínicas estaduais,
em todas as regiões catarinenses.
Também propõe a construção de
novos CEDUPs. Rodrigo apoia o acesso ao ensino
superior, mediante a concessão de bolsas de
estudo. E sugere a criação de um mecanismo
estadual de incentivo à cultura nos moldes do
SIMDEC, Sistema de Desenvolvimento pela Cultura.
Implantado em sua gestão cultural em Joinville,
o SIMDEC teve reconhecimento internacional.
Além disso, Rodrigo propõe a ampliação dos
programas de incentivo ao esporte e lazer, dando
prioridade às áreas com maiores índices de
violência urbana. Também vai introduzir uma
inovação: as faculdades comunitárias, inspiradas
no modelo norte-americano dos‘junior colleges´.
Mais uma alternativa para levar o ensino superior
mais perto de você.
A segurança pública é um dos
maiores desafios contemporâneos.
Rodrigo quer unificar as policias,
civil e militar, para otimizar os
recursos e serviços. A eficácia vai
aumentar bastante com essa sinergia. Outro
objetivo é oferecer melhores salários e condições
de trabalho para os policiais. Para isso, o governo
precisa investir em programas de qualificação e
formação. É importante valorizar o profissional
que trabalha pela sua segurança. Além dessas
medidas, Rodrigo propõe um efetivo policial
compatível com o tamanho de cada município. O
objetivo é intensificar o combate ao crime
organizado, investindo mais em políticas sociais
para os jovens, ampliando programas de combate
ao tráfico e criando leis mais rígidas. Rodrigo
pretende investir mais em inteligência policial,
bem como em ações preventivas e educativas por
todo o estado.
O QUE RODRIGO VAI
FAZER PELA GENTE
DIA7,VEM COMIGO, VAMOS COM RODRIGO ESTADUAL 12300

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Vamos com Rodrigo Bornholdt

  • 1. 1VAMOS COM RODRIGO A LONGA ESPERA AS DEMANDAS DO NORTE DE SANTA CATARINA PÁG.2 A BOA POLÍTICA JAMES SCHROEDER ANALISA A ÉTICA NA POLÍTICA PÁG.8 ECONOMIA CRIATIVA VOCÊ SABIA QUE CULTURA TAMBÉM É ECONOMIA? PÁG.10 REVISTA DA CAMPANHA DO RODRIGO BORNHOLDT 12300 DEPUTADO ESTADUAL 2018 vem comigo O PROGRAMA DE RODRIGO VEM PRA RESOLVER PÁG.12 EM ENTREVISTA, RODRIGO CONTA COMO PRETENDE ATUAR NA ASSEMBLEIA: POR MAIS OPORTUNIDADES, PELO CRESCIMENTO DAS PESSOAS E PELO DESENVOLVIMENTO DE SANTA CATARINA. CONFIRA NA PÁG.4 UM DEPUTADO QUE E A CARA DO NOSSO ESTADO DIA7,VEM COMIGO, VAMOS COM RODRIGO ESTADUAL 12300 PDTPHSPCdoBPODEMOS
  • 2. 2 VEM COMIGO NORTE CATARINENSE CANSOU DE ESPERAR DEMANDAS IMPORTANTES DO NORTE DO ESTADO AGUARDAM SOLUÇÃO HÁ DECADAS, ESPECIALMENTE NA ÁREA DA SEGURANÇA. CONFIRA NESTE ARTIGO DO JORNALISTA ALTAMIR ANDRADE AGÊNCIAAL
  • 3. 3VAMOS COM RODRIGO A companho, desde 1977, quando passei a morar em Joinville, o descaso que transforma a população do norte catarinense em sociedade de menor interesse da maioria dos governantes. Impressiona-me constatar que a região que mais contri- bui com a geração de riquezas, impostos e empregos, seja tão agredida com a falta de lei- tos hospitalares, salas de aula, vias de transporte adequadas, segurança... A Mesorregião norte soma 26 municípios, uma população de aproximadamente um mi- lhão e trezentos mil catarinen- ses, força produtiva extraordi- nária e um potencial turístico de belezas naturais inigualá- veis. Apesar da sua importância industrial, que gera a maior ri- queza do Estado com um PIB de R$ 29.426.710.000,00 quando comparada com a mesorregião da capital (R$ 16.853.163.000,00 (IBGE 2008), composta de 21 municípios, o que recebemos de volta continua sendo uma pro- vocação à nossa inteligência e valor. Ao se comparar os dois mu- nicípios mais importantes de cada mesorregião o que se con- fere é um desrespeito ao precei- to constitucional de que todo o brasileiro deve ser tratado com igualdade pelo Estado. Por exemplo, o efetivo mi- litar catarinense soma atual- mente 10.452 policiais, tem previsão de 39 deles entrarem para a reserva remunerada até 2019 e de nenhuma nova con- tratação. Joinville, com população estimada pelo IBGE em 577.077 habitantes, soma um contin- gente de apenas 799 policiais militares. Desde 2012, o municí- pio viu crescer em mais de 90% o número de assaltos. O quadro não é muito diferente na me- sorregião. Historicamente, Florianópo- lis tem um efetivo policial apro- ximadamente três vezes maior que Joinville. Esse número se confirmou na mais recente dis- tribuição de novos 695 policiais militares. Destes, 513 ficaram na capital e apenas 158 vieram para a região de Joinville. É fato que a capital exige um maior efetivo policial por con- centrar a administração e tam- bém ser mais sensível a pro- testos e movimentos diversos. Contudo, os números não men- tem. A mesorregião de Joinville é a mais penalizada pelo déficit em segurança pública. Dimensiona-se que o núme- ro ideal seja de um policial para cada 250 habitantes. De acordo com o Comando Geral da PMSC este número ideal é um mito. “Não há indicações cientifica- mente estruturadas que o esta- beleçam”. De qualquer forma, essa é a referência para muitos espe- cialistas e estudiosos do tema. Neste caso, Joinville deveria ter 2.888 policiais militares. O quadro é ainda pior quan- do se avalia o efetivo militar ambiental (PMASC) que totaliza 392 policiais no Estado. Apenas 30 atendem 15 municípios da re- gião (Joinville, Araquari, Balne- ário Barra do Sul, São Francisco do Sul, Barra Velha, São João do Itaperiú, Guaramirim, Massa- randuba, Schroeder, Jaraguá do Sul, Corupá, Campo Alegre, São Bento do Sul, Garuva e Itapoá). Por ser a área geográfica mais industrializada e, por- tanto, mais vulnerável am- bientalmente, ter apenas dois policiais militares ambientais por município é uma realidade inadmissível. É notório que a PMASC tem investido em tecnologia e po- líticas de racionalização que a transforma numa referência nacional. Todavia, esse quadro é também uma afronta, um descaso. Os números só confirmam que nossos políticos ou têm pouca capacidade ou esquecem das promessas feitas aos seus eleitores. Mais do que nunca é preciso mudar a nossa repre- sentatividade política. O norte catarinense cansou de esperar. “Mais do que nunca é preciso mudar a nossa representatividade política. O Norte catarinense cansou de esperar" ALTAMIR ANDRADE É JORNALISTA E PUBLISHER EM JOINVILLE
  • 4. 4 VEM COMIGO Você tem bastante experiência política, mas passou pelo menos cinco anos afastado da vida pública. O que houve? Sempre intercalei a vida pessoal e profissional com a vida políti- ca. E quando nasceram meus gê- meos, em 2011, optei por dedicar mais tempo à família, por estar mais presente na educação e no crescimento de meus filhos.Mas quando o Brasil mergulhou nes- sa grave crise política, três anos atrás, senti que era o momento de voltar à linha de frente. Nos- sa democracia está ameaçada, com sério risco de retorno à di- tadura... Voltei à cena política com força total, para combater ao lado das forças democráticas deste país, para defender a lega- lidade, a racionalidade e o respei- to à Constituição. E por que decidiu ser candidato a deputado estadual? Tenho bastante experiência na gestão pública, assim como tenho vocação parlamentar. Portanto, posso contribuir com o debate, com o avanço democrático – que é a única solução, a única saída para a crise. Costumo dizer que só a boa política pode salvar a má política. E Santa Catarina, por ser um esta- do socialmente mais equilibrado, pode ser um exemplo, um modelo para o Brasil – desde que a gente consiga brecar a onda de violência, além de superar problemas crô- nicos, que vão do saneamento ao atendimento de saúde. UM DEPUTADO Do tamanho da nossa regiAo AS IDEIAS E EXPECTATIVAS DE RODRIGO BORNHOLDT PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIAL E ECONÔMICO DE SANTA CATARINA A dvogado, 47 anos, pai de três filhos, Rodrigo Bornholdt é joinvilense e tem sólido currículo acadêmi- co.É mestre e doutor em Direito das Relações Sociais,pela Federal do Paraná.Fez cursos em Berlim e Münster,na Alemanha,sobre Direitos Fundamentais e Direito Econômico.E foi professor de Direito Constitucional na Univille. Tem dezenas de artigos publicados e palestras proferidas. Rodrigo começou sua vida pública como secretário jurídico do município, na gestão de Luiz Henrique. Depois, foi vice-prefeito, diretor do Procon e presidente da Fundação Cultural de Joinville.Desde 2013,é o cônsul honorário da Alema- nha para o Norte de SC.Esta entrevista foi realizada em Julho de 2018. “Voltei à cena política com força total, para combater ao lado das forças democráticas deste país, para defender a legalidade, a racionalidade e o respeito à Constituição"
  • 5. 5VAMOS COM RODRIGO Se for eleito deputado, qual será sua maior missão na Assembleia Legislativa de Santa Catarina? Serão muitas. Tenho feito reuniões com pessoas e grupos sociais pelo es- tado, para ouvir as de- mandas dos catarinen- ses em todas as regiões. E além das questões mais fundamentais – que continuam sendo a saúde e a segurança pública – apuramos que chegou a hora de dar uma força maior ao cooperativismo e aos micro e pequenos em- presários, incrementando o investimento público em educação, pesquisa e tecnolo- gia... Em nosso estado, a história já ensinou qual é a melhor polí- tica pública: apoiar a formação profissional, apoiar o pequeno empreendedor, incentivar as ‘startups’ e favorecer o associati- vismo. Assim, o desenvolvimen- to harmônico se torna inevitável, em toda Santa Catarina. Você tem muita experiência na área de Direito Tributário. Isso pode ajudar em sua atuação como deputado estadual? Claro! Santa Catarina precisa fa- zer uma reforma tributária, co- meçando por uma revisão urgen- te no ICMS. Nosso estado precisa diminuir a carga desse imposto nos combustíveis, garantindo o desconto como instrumento de combate ao desemprego, à es- tagnação econômica. Mas como toda moeda tem dois lados, tam- bém vou defender investimentos estatais que tragam benefícios sociais; afinal, o desenvolvimen- to econômico depende direta- mente da educação. “Vou defender investimentos estatais que tragam benefícios sociais; afinal, o desenvolvimento econômico depende diretamente da educação" “Chegou a hora de dar uma força maior ao cooperativismo e aos micro e pequenos empresários, incrementando o investimento público em educação, pesquisa e tecnologia"
  • 6. 6 VEM COMIGO Resumindo, qual seria o melhor caminho para o desenvolvimento social? Esse caminho começa na sala de aula, começa pelo professor. Ne- nhuma sociedade avança sem apoiar os que trabalham pela educação pública. Mas para que o aluno não descambe, não se perca na longa estrada, também é preciso incentivar o esporte e a cultura – pois são os melhores re- médios, os antídotos que livram nossa juventude do vício e da criminalidade. Ao mesmo tem- po, é preciso corrigir injustiças históricas, combatendo a corrup- ção, aperfeiçoando o aparato po- licial, equiparando salários entre homens e mulheres na mesma função... Ou seja, a solução social não é isolada, é sistêmica: a gen- te só combate um círculo vicioso por meio de um círculo virtuoso – pelo bom exemplo, onde uma boa ação puxa a outra. Você foi vice-prefeito da cidade e presidente da Fundação Cultural de Joinville. Pode citar algum projeto que sirva como exemplo? Sim, nossa gestão na Fundação Cultural tem um ótimo exemplo de política pública, que serve para o estado inteiro.É o Simdec, um sistema de desenvolvimen- to pela Cultura, baseado no in- centivo financeiro aos bons pro- jetos culturais. A cultura pode ser esse bom caminho, pode ser a saída para aquele jovem que vive na periferia, que está mais vulnerável, mais sujeito a ser aliciado pelos agentes da droga ou do crime. Nesse sentido, o su- cesso do Simdec foi reconhecido internacionalmente! Pois além de favorecer a formação da ju- ventude joinvilense,é mais uma prova de como a vida cultural se torna uma força econômica con- sistente. Você sabia que a Econo- mia da Cultura é o segundo item no PIB da cidade de Londres? Pois é, só perde para a chama- da ‘City’, o mercado financeiro londrino... Portanto, além de dar dignidade à juventude e autoes- tima à comunidade, o desenvol- vimento cultural tem tudo para entrar na pauta do crescimento econômico de Santa Catarina. É só a gente ajustar a máquina do estado para isso, criando o me- canismo certo. O eleitorado, de modo geral, está decepcionado com a política... Qual é a sua receita para que as pessoas voltem a se interessar pela política? Aspessoastiverammotivospara se decepcionar, pois a classe po- lítica passou a legislar e agir em causa própria. Mesmo assim, é impossível pensar que “a gente não têm nada a ver com isso”... Querendo ou não, a política acontece em nosso cotidiano. O salário mensal, as férias anuais, os preços do comércio, os postos de saúde,os impostos – tudo isso afeta diretamente o dia a dia de todas as pessoas, assim como tudo isso depende diretamente da ação política, seja ela parti- dária ou comunitária... Portanto, não tem escapatória: é preciso encarar essa luta cotidiana, é preciso participar vivamente da sociedade, regenerando a ação política. Qual é o seu campo ideológico? Eu me identifico com a chama- da social-democracia, o sistema que gerou mais equilíbrio nas sociedades em que foi adotado. O Canadá, a Alemanha e a Sué- cia são bons exemplos, são paí- ses que conjugam o desenvolvi- mento econômico com o social, pautados pela liberdade indivi- dual e pela igualdade social. Lá “A cultura pode ser a saída para aquele jovem que vive na periferia, que está mais vulnerável, mais sujeito a ser aliciado pelos agentes da droga ou do crime" “É preciso corrigir injustiças históricas, combatendo a corrupção, aperfeiçoando o aparato policial, equiparando salários entre homens e mulheres na mesma função"
  • 7. 7VAMOS COM RODRIGO você pode empreender, sem que os impostos atravanquem seu negócio. A tributação mais alta incide sobre a renda,e não sobre o trabalho. Resultado: quem ga- nha mais, paga mais – mas paga satisfeito, porque toda a vida em sociedade é favorecida, todos os serviços públicos são bem prestados. As es- colas são ótimas, o serviço de saúde é excelente, as estradas são boas, segu- ras e amplas... São países que conseguiram resol- ver suas contradições sociais, respeitando os valores individuais na perspectiva do bem comum. Você acha que a ideologia do candidato ainda é um fator importante na escolha do voto? Com certeza, por isso faço ques- tão de esclarecer que sou so- cial-democrata. Mas é preciso iluminar essa discussão, com- batendo as trevas, as tais “fake news”... Hoje em dia, além da manipulação em todas as ins- tâncias, além de um jornalismo tendencioso,temosredessociais infestadas pela desinformação, quando não pela maldade pura e simples. Todo mundo é cha- mado de “fascista” ou “comu- nista”, por gente que nem sabe o que isso significa... No meu caso, até por minha formação luterana, creio que devemos honrar o trabalho e a iniciati- va pessoal, mas praticando a solidariedade, a dedicação à comunidade, sem jamais cair na tentação de qualquer radi- calismo. Não me agradam as ditaduras, sejam de esquerda ou direita, civis ou militares. Liberdade, igualdade e fra- ternidade ainda são valores fundamentais para mim. “Não me agradam as ditaduras, sejam de esquerda ou direita, civis ou militares. Liberdade, igualdade e fraternidade são valores fundamentais para mim" “Eu me identifico com a chamada social- democracia, o sistema que gerou mais equilíbrio nas sociedades em que foi adotado"
  • 8. 8 VEM COMIGO EticaepolItica emtempos de crise CORRUPÇÃO, VANTAGENS INDEVIDAS E FALTA DE ÉTICA SÃO AS CAUSAS DA DESCONFIANÇA NOS POLÍTICOS. CONFIRA EM ARTIGO DE JAMES SCHROEDER AGÊNCIAAL
  • 9. 9VAMOS COM RODRIGO M anifestações de rua e em mídias sociais, corroboradas por pes- quisas de opinião, expõem a falta de credibilidade e a baixa aceitação da classe política. É possível que a incapacidade de resolução imediata dos proble- mas seja um fator determinan- te. No entanto, parece que a cau- sa maior da frágil imagem dos políticos junto à população seja o enfraquecimento dos liames entre a ética e a política. A ética vem da palavra gre- ga ethos que significa “conduta, modo de ser”, ou seja, um agir que vem sempre associado à moral, palavra de origem lati- na e que significa “costume”. A moral pode ser adquirida atra- vés da cultura, da educação, da tradição e do cotidiano. A forma como o indivíduo se porta no seu meio social define sua ética, que pode refletir ou questionar os valores morais. No cenário atual de tan- tas notícias de corrupção no meio político, a prática de não se apropriar do erário ou não aceitar vantagens indevidas em troca de favores individuais já parece ser o máximo critério de seleção para aqueles que podem ocupar cargos públicos, eletivos ou não. Acredito que devemos reconhecer a ética dos nossos representantes políticos por cri- térios mais amplos. Contudo, as relações entre ética e política tem se mostrado sempre difíceis de conciliar. Na concepção de Platão, Aristóteles e São Tomás de Aquino, a políti- ca é a mais nobre das ocupações humanas e seu propósito final é a realização do bem comum e da coletividade. Por outro lado, com Hobbes e Maquiavel, a polí- tica passa a ser concebida como a arte de conquistar e de manter o poder;sendo o fazer o bem não maisumfimesimummeiopara ganhar o apoio dos cidadãos. Da interpretação das “técnicas” maquiavélicas na política mo- derna são considerados meios válidos o marketing, o controle da mídia, o clientelismo, e até mesmo a mentira, a violência e a corrupção, que denotam a dis- sociação das práticas políticas e dos princípios morais. Num contexto democrático, como reunir a visão popular (que aproxima a ética da políti- ca) da visão exercitada pela clas- se política (muito mais realista e técnica), em um momento de absoluto enfraquecimento das instituições políticas em geral? Antes de mais nada a demo- cracia se baseia no princípio da confiança e da boa-fé. Ao agente político cabe ouvir aqueles que o elegeram; explicitar os objeti- vos das suas ações, as razões das suas opções e dar conta dos re- sultados alcançados; distinguir com clareza os interesses seus, dos partidários e os da comuni- dade que representa, colocando estes últimos acima dos outros; vivenciar a política como servi- ço aos outros e não à si mesmo e tomar as decisões que se im- põem que sejam tomadas, mes- mo quando estas lhe forem des- favoráveis. Aos governados cabe inte- ressar-se mais por política, não bastando somente informar-se, votar naquele que apresente melhores princípios éticos e ser- viços prestados e acompanhar o exercício do mandato dos elei- tos. Acredito que uma sociedade mais justa se faz também pela participação direta do cidadão nos diversos fóruns e movimen- tos sociais. Nestes espaços pú- blicos, não estatais, é possível que a ampla experiência de vida e as múltiplas necessidades dos atores políticos ampliem a pro- babilidade de que normas e re- gras justas possam substituir as existentes. Mesmo que flerte com a uto- pia, acredito que valores como respeito e solidariedade na con- duta pública são fundamentais para aproximar a ética da políti- ca.Mesmo que ainda exista mui- to por ser feito e que a corrupção, talvez, dificilmente tenha fim, há nos corações e mentes de ho- mens e mulheres sempre uma fagulha de esperança de que é possível viver numa sociedade mais justa e menos desigual. E é este sentimento que nos anima e nos move rumo a um futuro melhor. “Antes de mais nada a democracia se baseia no princípio da confiança e da boa- fé. Ao agente político cabe ouvir aqueles que o elegeram" JAMES SCHROEDER É ENGENHEIRO AGRÔNOMO E VEREADOR
  • 10. 10 VEM COMIGO Tem cultura na economia MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS TAMBÉM PODEM SER UMA PODEROSA ATIVIDADE ECONÔMICA. A PRODUTORA CULTURAL IRACI SEEFELDT TRAZ DADOS E EXPLICA O MERCADO DA ECONOMIA CRIATIVA FOTOSPUBLICAS.COMSECOM-PREFEITURADEJOINVILLE
  • 11. 11VAMOS COM RODRIGO Q uando se fala em arte e cultura, o que vem à mente da maioria das pessoas são imagens e concei- tos relacionados a obras de arte, espetáculos de teatro e dança, shows musicais, festivais, even- tos culturais e outras mani- festações culturais, todas rela- cionadas ao universo do lazer, entretenimento e diversão. Para poucas pessoas, falar em arte e cultura é falar tam- bém de trabalho, empregabi- lidade, geração de renda e de- senvolvimento econômico. Isso porque, culturalmente (veja a ironia), somos levados a acredi- tar que a arte é algo que aconte- ce ao acaso, que o ser nasce com tal habilidade e que tudo que o artista faz é simples e divertido; e bem por isso acaba não sen- do considerado “trabalho”, pois muitas vezes a atividade artís- tica não se encaixa nos padrões do sistema trabalhista e econô- mico, com rotinas de horários e atividades pré-estabelecidas; mesmo que para realizar, con- cretizar sua arte, o artista tenha que investir muitas horas em capacitação, estudo, preparação, ensaios e produção. Dados apresentados pelo Ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, em recente palestra reali- zada na FIESC em Florianópolis, desmontam os argumentos dos economistas mais conservado- res, que ainda não entenderam que a nova economia mundial está baseada em conceitos de sustentabilidade, diversidade e criatividade. A economia criati- va, que reúne num único setor as cadeias produtivas da arte, de- sign, gastronomia, moda, games, entre outros segmentos; impul- siona novos mercados mundo à fora e no Brasil já responde por 2,64% do Produto Interno Bruto (PIB), colocando-se entre os dez to, os mecanismos de fomento do setor cultural, especialmente a Lei Rouanet e a Lei do Audiovi- sual, assumem papel estratégico não apenas como propulsores do segmento criativo,mas como ins- trumentos de desenvolvimento econômico do país. Em 2018, há R$ 1,43 bilhão de recursos disponíveis para incen- tivo a projetos via Lei Rouanet em todo o Brasil. Em Santa Cata- rina, esse número chega à cerca de 92 milhões, sendo que ape- nas as empresas de Joinville têm possibilidade de investir mais de 18 milhões em projetos aprova- dos pela Lei Rouanet. Diante de todo esse potencial, a Federação das Indústrias de Santa Cata- rina (FIESC), por meio do SESI e  em parceria com associações empresariais em diferentes regi- ões do Estado, está promovendo o programa Fundo Social, que tem como objetivo estimular as empresas catarinenses, tributa- das pelo lucro real, a investirem todo o seu potencial de recursos do imposto de renda devido (até 4% para projetos aprovados pe- las leis Rouanet e Audiovisual e mais 5% em projetos sociais nas áreas de esporte, assistência social e saúde) em projetos pro- movidos no Estado e que contri- buam para o desenvolvimento econômico e sustentável de San- ta Catarina. Diante desse cenário, que apesar de parecer utópico, é real, convido você a imaginar a quan- tidade empregos e o desenvolvi- mento econômico e social que podem ser gerados em Joinville e em outras cidades do Estado,caso esse movimento da FIESC con- quiste a adesão da classe empre- sarial catarinense. Acredito eu que, no mínimo, teremos cidades muito mais criativas, humanas e seguras; e também pessoas mais felizes e saudáveis! maiores setores econômicos do país e superando indústrias tra- dicionais como a têxtil e a farma- cêutica. Com 200 mil empresas e instituições ativas no Brasil, o setor gera atualmente cerca de um milhão de empregos diretos e paga R$ 10,5 milhões de impos- tos por ano. Estudos apontam um cres- cimento médio das atividades criativas de 4,6% ao ano – mais do que o dobro da previsão de crescimento da economia brasi- leira. O setor deve chegar a US$ 43,7 bilhões no país em 2021, se- gundo dados do Ministério da Cultura e da consultoria PriceWa- terhouseCoopers. Nesse contex- “Convido você a imaginar a quantidade empregos e o desenvolvimento econômico e social que podem ser gerados em Joinville" IRACI SEEFELDT É JORNALISTA, ATRIZ, PRODUTORA CULTURAL E INTEGRANTE DO CMPC
  • 12. 12 VEM COMIGO Um programa para fazer a economia da sua cidade girar, favorecendo quem quer empreender. Rodrigo defende uma tributação mais justa, que apoie o empreendedor. A pequena e a microempresa precisam pagar menos imposto. Reduzir o ICMS sobre combustíveis é outra proposta em benefício do consumidor. O Estado deve investir em pesquisa e desenvolvimento, para que as empresas sejam ainda mais competitivas. Desse modo, os impostos servem como instrumento de justiça social. As empresas que pagarem salários iguais para homens e mulheres, na mesma função, merecem desconto no imposto. O mesmo vale para as que cumprirem a Lei do Jovem Aprendiz acima do limite exigido. Para se construir uma sociedade mais justa e desenvolvida, é necessário fazer política com ética e seriedade. Nesse sentido, Rodrigo vai fazer um mandato transparente e participativo. Uma de suas propostas é limitar os mandatos de vereador e deputado. Os parlamentares terão direito a apenas uma reeleição consecutiva. Outra proposta é a transparência total nos gastos públicos, com a permanente prestação de contas nos sites das autarquias do estado. Controlar as verbas do estado é crucial. Rodrigo vai propor uma lei para reduzir os cargos comissionados, e outra para diminuir as verbas de gabinete – começando pelo corte nas despesas com diárias e viagens, para eliminar os privilégios dos parlamentares estaduais. Rodrigo defende a ampliação do PSF, Programa Saúde da Família, e a construção de policlínicas estaduais, em todas as regiões catarinenses. Também propõe a construção de novos CEDUPs. Rodrigo apoia o acesso ao ensino superior, mediante a concessão de bolsas de estudo. E sugere a criação de um mecanismo estadual de incentivo à cultura nos moldes do SIMDEC, Sistema de Desenvolvimento pela Cultura. Implantado em sua gestão cultural em Joinville, o SIMDEC teve reconhecimento internacional. Além disso, Rodrigo propõe a ampliação dos programas de incentivo ao esporte e lazer, dando prioridade às áreas com maiores índices de violência urbana. Também vai introduzir uma inovação: as faculdades comunitárias, inspiradas no modelo norte-americano dos‘junior colleges´. Mais uma alternativa para levar o ensino superior mais perto de você. A segurança pública é um dos maiores desafios contemporâneos. Rodrigo quer unificar as policias, civil e militar, para otimizar os recursos e serviços. A eficácia vai aumentar bastante com essa sinergia. Outro objetivo é oferecer melhores salários e condições de trabalho para os policiais. Para isso, o governo precisa investir em programas de qualificação e formação. É importante valorizar o profissional que trabalha pela sua segurança. Além dessas medidas, Rodrigo propõe um efetivo policial compatível com o tamanho de cada município. O objetivo é intensificar o combate ao crime organizado, investindo mais em políticas sociais para os jovens, ampliando programas de combate ao tráfico e criando leis mais rígidas. Rodrigo pretende investir mais em inteligência policial, bem como em ações preventivas e educativas por todo o estado. O QUE RODRIGO VAI FAZER PELA GENTE DIA7,VEM COMIGO, VAMOS COM RODRIGO ESTADUAL 12300