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CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC
Roberto de Souza Vilas Bôas
EXPANSÃO NO VAREJO DE SUPERMERCADO E HIPERMERCADO
São Paulo
2015
Roberto de Souza Vilas Bôas
EXPANSÃO NO VAREJO DE SUPERMERCADO E HIPERMERCADO
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado ao Centro Universitário Senac –
Campus Aclimação, como exigência parcial
para obtenção do grau de Especialista em
Docência em Ensino Superior. Este trabalho
foi desenvolvido nas disciplinas Trabalho de
Conclusão de Curso I e II, mediado pela Prof.ª
Maria da Glória Calado e Prof. Eduardo Freire
Campanelli.
São Paulo
2015
V697e Vilas Boas, Roberto de Souza
Expansão no varejo de Supermercado e Hipermercado /
Roberto de Souza Vilas Boas – São Paulo, 2015.
Orientadora: Maria da Glória Calado
30 f.:il; color.
Trabalho de conclusão do Curso de Especialização em
Docência no Ensino Superior – Centro Universitário
Senac - Unidade Aclimação, São Paulo, 2015.
1. Expansão. 2. Varejo. 3. Supermercados. 4.
Hipermercados. 5. Atacados. I. Calado, Maria da Glória
(Orient.). II. Título.
CDD
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, que sempre olharam por mim e me incentivaram a produzir
benfeitorias, trilhando o caminho do bem;
A minha dedicada, amada esposa Zelma e único filho querido, Gabriele,
companheiros fiéis dessa jornada;
Aos meus amigos, professores e mestres que no passado e ainda hoje me
acompanham, iluminando minha caminhada;
Aos meus futuros alunos, estou chegando...
“Só faça barulho se puderes melhorar o silêncio”...
(Autor desconhecido, estampada numa placa da Clausura do antigo Mosteiro de São
Bento, nos anos 1980, no alto da Serra da Mantiqueira em Delfim Moreira - MG).
“O Silêncio é por vezes a melhor resposta” (Dalai Lama)
RESUMO
Este trabalho visa fortalecer os profissionais de curso superior que atuam com a área
de expansão do varejo de supermercados e hipermercados no Brasil e também a
todos os profissionais que atuam com Real Estate, desenvolvimento Imobiliário. Como
meta de estudo e ensino, buscar-se-á encontrar na literatura, soluções acadêmicas
de alto nível, que possam ajudar este setor de serviço, ou questionar os caminhos
didáticos que doutrinam o tema. É fruto do levantamento de diversos artigos,
publicações e livros, com relatos de experiências de profissionais especialistas e
graduados, egressos do setor supermercadista, da imprensa escrita e falada, dos
Docentes especialistas do setor, tudo relacionado à prática docente. Se inicia nas
grandes salas de vendas e mercados varejistas e entre as universidades e escolas
superiores de varejo e terminando certamente dentro das casas e domicílios de
milhões de clientes e consumidores. No âmbito do ensino superior, nossas escolas
vêm avançando na busca de soluções técnicas e conhecimento para este setor
profissional. Aos Docentes, cabem a responsabilidade de entender a realidade atual,
romper com os paradigmas das tradicionais escolas, disseminar culturas. E aos
Discentes, provocar transformações e comportamentos, mudanças de hábitos que
afetam a sociedade na sua maneira de agir e em seu comportamento. Aos Clientes,
sobram, inquietação, inconformismo, turbulência e crítica, para que o varejo encontre
caminhos e soluções de atendimento, com sustentabilidade e legalidade.
Palavras-chave: Expansão do varejo, setor supermercadista, supermercados e
hipermercado, docentes e discentes.
ABSTRACT
This work aims to strengthen higher education professionals who work with the
expansion of the retail area of supermarkets and hypermarkets in Brazil and also to all
the professionals who work with Real Estate, real estate development. Aim of study
and teaching, seek will find in literature, academic solutions of high level, which could
help this service sector, or questioning the didactic paths that brainwash the theme. Is
the result of the survey of several articles, publications and books, with reports of
experiences of professional experts and graduates, graduates of the supermarket
sector, the written and spoken press, of the industry experts, everything related to
teaching practice. Starts in major markets and sales rooms and retailers among the
universities and colleges of retail and finishing certainly inside houses and homes of
millions of customers and consumers. In higher education, our schools come from
advancing in the search for technical solutions and knowledge to this professional
sector. To Teachers, the responsibility to understand the current reality, break the
paradigms of traditional schools, disseminate cultures. And the Students, lead to
transformations and behaviour, changes in habits that affect the society in its approach
and in its behavior. Guests left, restlessness, reluctance, turbulence and criticism, for
which retailers find ways and solutions, with sustainability and legality.
Keywords: expansion of retail, supermarket sector, supermarkets and
hypermarket, teachers and students.
LISTAS DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Fonte: Ranking ABRAS / AC Nielsen, 2003 - Panorama do Brasil Pós
Plano Real e o momento atual da economia – Projeto B.E.M Pesquisas.
LISTA DE TABELAS
Quadro 1 – Linha de tempo: 1972 – 1996;
Quadro 2 – Linha de tempo: 1997 – 2008;
Quadro 3 – Linha de tempo: 2008 – 2015.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
F&A – Fusões e Aquisições
ESPM – Escola Superior de Propaganda e Marketing
FGV – Fundação Getúlio Vargas
FIA – Fundação Instituto e Administração
SKUs – Stock keeping Unit
IBEVAR - O Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo & Mercado de Consumo
LISTA DE SÍMBOLOS
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................13
2. PROBLEMA DE PESQUISA – REFERENCIAL................................................15
2.1.1. A evolução e movimentação do varejo neste período.............................16
2.1.2. Fusões e Aquisições...............................................................................16
2.1.3. Fatores que propiciam as Fusões e Aquisições......................................19
2.2. A localização de uma loja .............................................................................20
2.3. Perfil do Cliente ou Demografia ....................................................................21
2.4. Crescimento orgânico ...................................................................................22
2.5. Demanda de mercado...................................................................................22
2.6. Concorrência ................................................................................................23
2.7. Fatores urbanos............................................................................................23
2.8. Ponto comercial ............................................................................................24
2.9. Condições Urbanas do imóvel ......................................................................25
2.10. Meio Ambiente............................................................................................25
2.11. Aprovações legais.......................................................................................26
3. PROPOSTA DE PLANO DE TRABALHO DOCENTE........................................27
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................29
5. REFERENCIAS ..................................................................................................30
13
1. INTRODUÇÃO
A proposta deste trabalho está direcionada ao ensino superior EaD – Estudo a
Distância. Visa contribuir com o conhecimento varejista, porém, sem esgotá-lo,
resgatando e integrando aspectos históricos, teóricos e empíricos, para o
aperfeiçoamento e especialização de profissionais já graduados com curso superior,
na arte de expandir, de forma sustentável, empresas de grande porte do varejo.
A metodologia adotada envolve uma análise de revisão bibliográfica de um
período, entre os anos de 1997 a 2008, onde o setor de varejo sofreu um grande
impacto devido à forte expansão e movimentação dos interesses econômicos
estrangeiros em território brasileiro.
A partir desta revisão compreender-se-á a importância de se planejar uma
expansão de forma organizada, evitando-se cometer equívocos desastrosos à
economia e finanças de uma grande empresa. Buscar-se-á, também a reordenação
do conhecimento teórico-prático desenvolvido por organizações que atuam no varejo
de supermercado e hipermercado, com o intuito de entender a questão, sob um ponto
de vista pedagógico, bem como as dificuldades deste setor empresarial de serviços.
Este trabalho de conclusão de curso, visa criar um referencial prático nesta área
profissional e encontrar na literatura e na pesquisa, soluções acadêmicas que possam
ajudar profissionais deste setor de serviço a questionar os caminhos didáticos que
doutrinam o tema em referência.
Durante a pesquisa, constatou-se que, são valiosos e inúmeros os estudos
acadêmicos, materiais técnicos produzidos para o ensino e aprendizado do varejo de
forma geral. Porém, de forma específica, para aplicação em expansão e crescimento,
esses acervos estão desagregados, espalhados, em micro acervos técnicos
particulares, inacessível em muitos casos.
O setor varejista, no período estudado, entre 1997 a 2008, após ter recebido
uma forte carga e influência estrangeira, veio a estabilizar em 2010, e ter perdas em
2015.
A dinâmica de crescimento e expansão de uma organização que atua no varejo,
sofreu significativas alterações, tendo em vista a forte evolução tecnológica,
provocada pela emancipação da informática, do nascimento da Internet e as melhorias
dos mecanismos de pesquisas.
14
Algumas instituições de ensino saíram na frente das demais, implantando
cursos superiores de especialização, pós-graduação, mestrado e doutorado,
propiciando devolver ao mercado uma mão-de-obra especializada, capacitada a
entender os grandes desafios desta nova geração.
Este ponto de vista encontra respaldo em diversas instituições de ensino,
escolas e universidades tais como: ESPM, FGV, FIA, IBEVAR, USP e outras, como
por exemplo o SENAC, conforme citado no seu anúncio de convocação do curso de
Pós-Graduação, disponível em: < http://www.ead.senac.br/pos-graduacao/gestao-do-
varejo/>. Acesso em 31 de agosto 2015:
[...] a atividade varejista no Brasil apresentou grandes mudanças nos últimos
anos, assim como nos demais países, renovando conceitos e estratégias,
tornando-se cada vez mais competitiva. Essas mudanças também são
reflexos da maior utilização de tecnologias e da qualificação dos profissionais
atuantes neste mercado. Vale frisar que a entrada de participantes externos
e a adoção de conceitos mais modernos de operações também têm
impulsionado o setor na busca por maior eficiência e melhor
posicionamento[...].
Ao ser sugerido esse curso EaD, de especialização, para profissionais de nível
superior e que atuam com expansão do varejo de supermercados e hipermercados,
busca-se a qualificação do trabalhador deste setor.
Escolas superiores e institutos, como: ESPM, FGV, IBEVAR, FIA, USP e
outras, apresentam cursos especializados para o varejo em sua grade curricular, mas
ainda não deram atenção especial a esse grande problema que este estudo e
pesquisa sobre Expansão no Varejo de Supermercados e Hipermercados, procura
refletir.
A relevância deste estudo se dá ao questionar os caminhos da prática docente,
procurando refletir e interagir conhecimentos, possibilitando ao graduando se
aperfeiçoar e ao docente mediador se atualizar com as novas formas de pesquisa e
ferramentas, tornando-se críticos, adquirindo saberes e competências.
15
2. PROBLEMA DE PESQUISA – REFERENCIAL
Nesta etapa do trabalho acadêmico a pesquisa de aprofundamento e
atualização de conteúdo para o curso proposto buscará construir um acervo mínimo
de conhecimento que permitam a elaboração do Plano Docente para o tema expansão
no varejo de supermercado e hipermercado no Brasil.
Primeiramente, para o prosseguimento do trabalho, torna-se imprescindível a
definição dos termos empregados: Varejo, Atacado, Supermercado e Hipermercado.
Varejo, segundo Kotler, 1999 apud Hermano Mota:
[...]. Representa todas as atividades de venda de produtos ou serviços
diretamente ao consumidor final. O varejo é o meio através do qual as
mercadorias chegam até o consumidor, seja diretamente ou através de
intermediários[...].
Atacados, de acordo com Parente, 2000 apud Hermano Mota:
[...]. Atacados, são lojas amplas, com infraestrutura mínima e baixíssimo nível
de serviço. Devido ao preço muitas vezes inferior ao que consegue atingir
comprando diretamente das indústrias, pequenos comerciantes representam
uma grande parcela dos clientes dos atacados, além de também atender
consumidores finais[...].
Supermercados tradicionais, segundo Bernardino, 2004, apud Hermano Mota:
[...]. Representam as lojas de autosserviço de médio porte, cujas vendas são
altamente concentradas em itens alimentícios e possuem mix de produtos e
sortimento superior aos supermercados de vizinhança. Segundo Parente
(2000), os supermercados tradicionais costumam “ter área de 700 a 2.500m2,
comercializa aproximadamente 9.000 SKUs, vende até 6% de itens não-
alimentares” [...].
Hipermercado é segundo Parente, 2000 apud Hernano Mota:
[...]. São caracterizados por ocupar grandes áreas horizontais e
comercializarem vasta variedade de produtos alimentícios e não-alimentícios
e um grande sortimento de marcas, com baixa margem e altíssimo giro.
Estimulam o conceito de única parada, ou seja, onde o consumidor possa,
em um único lugar, encontrar opções de compra para a maior parte de suas
necessidades através do auto-serviço, com preço reduzido [...].
2.1.Aspectos históricos relevantes para o varejo
Já nos anos 70, ainda sobre a bandeira da ditadura militar, empresas
renomadas europeias de varejo, de grande porte, desembarcaram no Brasil em busca
de novos horizontes econômicos, crescimento e expansão.
O que levou essas empresas a investirem no Brasil? A abertura do pais à
globalização se deu logo após a queda do regime militar em 1984 e reestabelecimento
da democracia, com o crescimento do pais, crescimento da renda, estabilização da
16
moeda em 1993 e principalmente do aumento do grau de confiabilidade que o pais
adquiriu para o mercado internacional.
A estagnação dos mercados estrangeiros e facilidade de captação de recursos
financeiros, com custos financeiros mais baixos, permitiu um certo desequilíbrio de
forças econômicas, facilitando esse novo mercado sul-americano ao crescimento e
expansão territorial.
O tema em questão será dividido para melhor aprimoramento e conhecimento
dos pontos fundamentais da questão em foco:
2.1.1. A evolução e movimentação do varejo neste período.
No início dos anos 70 o atacado e varejo brasileiro sobreviviam das ações de
empresas familiares de atuação regional, cujo o grau de penetração não se estendia
muito além de sua localidade, com raríssimas exceções.
2.1.2. Fusões e Aquisições.
Segundo PIRAGIBE; BALBO; GARRIDO, 2010:
[...] com o aumento da internacionalização dos negócios, da expansão e da
conquista de novos mercados, é essencial e inevitável para as empresas que
querem obter sucesso traçar estratégias de crescimento de forma
diversificada[...].
Segundo Harrison, 2005,
[...] o crescimento interno usa recursos internos para gerar venda ou buscar
novos mercados, e o crescimento externo envolve cooperações de novas
organizações ou a aquisição delas[...].
O que leva uma empresa do varejo a se associar com outra empresa
concorrente?
Antes de entrar no tema, cabe uma definição para o título dessa matéria. SILVA,
2009, O Processo de Fusões e Aquisições no Brasil:
[...] No Brasil, o termo Fusão é utilizado para indicar quando duas
corporações unem suas operações e deixam de existir isoladamente, dando
origem a uma nova empresa. Aquisição, por sua vez, é o termo utilizado para
descrever a transação em que o controle de uma empresa é transferido à
outra, como, por exemplo, quando da compra da totalidade das ações da
empresa, ou ainda, da compra de participação controladora majoritária[...].
Porque uma empresa absorve a outra?
A linha do tempo a seguir indica apenas os principais momentos dessa
movimentação de Fusões e Aquisições. Todas as informações contidas nesta linha
17
de tempo vieram de sites hospedados pelos próprios varejistas envolvidos, ou pela
imprensa escrita, revistas, jornais e outros.
Quadro 1 – Linha de tempo: 1972 - 1996
1972  A chegada do Makro Atacadista. Rede Holandesa. Trouxe o grande Atacado.
1975  A chegada do Grupo Carrefour. Rede Francesa. Trouxe o Hipermercado. Loja Pinheiros Marginal Pinheiros.
1976  Grupo Carrefour, abre sua segunda unidade no Rio de Janeiro. Loja Barra da Tijuca,
1979  O GPA – Grupo Pão de Açúcar inaugura a rede Minibox.
1978  Ampliação da rede GPA. Aquisição das redes Superbom, Peg-Pag e Mercantil.
1980  GPA. Aquisição de cinco lojas Bazar 13, seis lojas Morita e inauguração dois primeiros Superbox.
1989  Cia Real de Distribuição do Rio Grande do Sul, é vendida aos portugueses do Sonae;
 Inauguração do primeiro Extra hipermercado em Campo Grande.
1990  GPA inicia sua reengenharia em busca de eficiência. Inicia-se um profundo processo de reestruturação.
1995  Wal Mart chega ao Brasil. Inaugura sua primeira unidade. Sam´s Club em São Caetano do Sul;
 04 lojas Wal Mart são inauguradas em São Paulo. O 1º Supercenter é Osasco.
 O GPA compra a rede Millo´s Comercial Carajás e G.Aronson e com a brasiliensa SAB.
1996  Bompreço do Nordeste faz uma Joint-venture com os holandeses da Royal Ahold;
 Royal Ahold, chegou ao Brasil detendo 50% da rede Bompreço, com forte presença na região Nordeste;
 Royal Ahold adquiriu o grupo sergipano GBarbosa do Sergipe.
Fonte: Vilas, Roberto, 2015 – Expansão no varejo de Supermercado e Hipermercados
Dentro deste contexto de ampla concorrência, muitos desacertos e equívocos foram
cometidos pelos grandes varejistas, tanto em Fusões e Aquisições, como no crescimento orgânico.
Ora por força da vontade de proteger seu patrimônio e mercado, ora por excessos cometidos,
ganância, rivalidade, fazendo expansão de forma inescrupulosa, sem planejamento e os devidos
cuidados necessários.
Figura 1
Fonte: Ranking ABRAS / AC Nielsen, 2003.
Grandes redes de Varejo vão às compras - Sonae e CBD apresentaram maior
crescimento de faturamento no período.
353
189
473
204
153
148
91 92 93 94 95 96 97 98 99 2000 2001 2002
CBD
Carrefour
Sonae
Bompreço
Sendas
Wal-Mart
18
Quadro 2 – Linha de tempo: 1997 - 2008
1997  Rede Eldorado de São Paulo, comprada pelo Carrefour da França;
 Freeway Supermercados do Rio Grande do Sul, comprada pelo GPA – Grupo Pão de Açúcar;
 Ipical de São Paulo, lojas adquiridas pelo GPA – Grupo Pão de Açúcar;
 Pamplona São Paulo, duas lojas foram compradas pelo GPA – Grupo Pão de Açúcar;
 Sé Supermercados de São Paulo, a rede foi comprada pelo Jerônimo Martins;
 Supermercado Zottis no Rio Grande Sul, vendida ao supermercado Nacional CDA;
 Supermar da Bahia, vendida ao Bompreço do Nordeste;
 GPA – Grupo Pão de Açúcar - ações na Bolsa de Valores de Nova York.
1998  Bom Jour do Rio de Janeiro, vende duas lojas ao Supermercado Zona Sul;
 A Rede Cândia de São Paulo é vendida ao Sonae;
 Mercadorama do Paraná é vendida ao Sonae;
 Paes Mendonça em Minas Gerais tem algumas de suas lojas vendidas ao Grupo Mineiro Irmãos Bretas;
 Auto Serviço Pague Menos comprou outras lojas no mesmo ano;
 Lojas Americanas - 23 lojas vendidas Competoir Modern, Grupo Frances vendido ao Grupo Promodes - FR;
 Carrefour fusão Promodes, herdando 23 lojas da Rede Americanas;
 Mambo de São Paulo é vendida a Cia. Brasileira de Distribuição;
 Max Box do Rio de Janeiro, 09 lojas da rede foram vendidas à rede ABC – Abastecimento Brasileiro de Cereais;
 Millos Carajás de São Paulo é vendida a Cia Brasileira de Distribuição;
 Paes Mendonça do Rio de Janeiro, vende ao Continente 04 lojas;
 Rede Barateiro de São Paulo é vendida a Cia Brasileira de Distribuição;
 Serra e Mar no Rio de Janeiro vende a Rede ABC 06 lojas;
 Supermercados Parlé do Rio de Janeiro é vendido a Casa Sendas;
 Supermercados São Jorge de São Paulo é vendido aos portugueses do Sé/Jeronimo Martins;
1999  Grupo Peralta foi adquirido pela Cia Brasileira de Distribuição;
 Exxtra Econômico do Rio Grande do Sul é vendido ao Sonae;
 Nacional CDA do Rio Grande do Sul é vendida ao Sonae;
 Coletão do Paraná é vendida ao Sonae;
 O Pão de Açúcar arrendou 25 supermercados Paes Mendonça, comprou duas unidades do Mappin;
 Petipreço da Bahia, Bompreço e Royal Ahold compram a rede;
 Serra e Mar do Rio de Janeiro, 04 lojas absorvidas pela rede ABC, também do Rio de Janeiro;
 Planaltão DF vende 90% ao grupo Carrefour, bandeira Champion Supermercados;
 Três Poderes do Rio de Janeiro é vendida a Casas Sendas;
 Antônio Cândido Baptista do Paraná é vendida ao Supermercados Gimenes;
 Supermercado Roncetti do Espirito Santo tem 13 lojas vendidas ao Carrefour;
 Hiper Manaus Gonçalves de Manaus é vendida ao Carrefour;
 Supermercado Superdelli do Rio de Janeiro é vendida ao Supermercado Zona Sul do Rio de Janeiro;
 Supermercados Mineirão - MG, vende 33 lojas ao grupo Carrefour, bandeira Champion Supermercados;
 Supermercado Big do Rio de Janeiro vende uma loja ao Supermercado Zona Sul;
 Dallas Rainha e Continente vende 38 lojas ao Carrefour;
 O Grupo Casino, adquire 25% do Pão de Açúcar;
 Muffato vendido ao grupo português Sonae;
 A rede Shibata Supermercados foi vendida ao grupo Pão de Açúcar;
2000  Supermercados Nagumo vendeu sua rede para grupo Pão de Açúcar;
 GPA adquire as paulistas Reimberg e Rosado, a paranaense Parati e a cearense Mercadinho São Luiz;
 GPA. Novo Data Center e três novos CDs em SP e depósitos Regionais em DF, Curitiba, Fortaleza.
2001  O GPA adquiri 26 lojas da rede Supermercados ABC – RJ;
 Wal Mart TodoDia, inaugura suas primeiras lojas de Atacarejo;
 Wal Mart inaugura primeiro Centro de Distribuição na grande São Paulo.
2002  O GPA. Aquisição da rede Sé Supermercados.
2003  O GPA se associa à metade da rede Sendas.
2004  Supermercado Shibata, reabre em 2004 um hipermercado em Mogi das Cruzes (SP);
 Wal Mart adquiriu as lojas da Rede Bompreço na região nordeste.
 A Hipercard do Bompreço foi adquirida pelo Unibanco;
2005  Ahold vende GBarbosa para o fundo de investimentos ACON encerrando suas operações no Brasil;
 O Grupo Casino adquire o Pão de Açúcar. Nasce a CBD - Companhia Brasileira de Distribuição;
 Wal Mart adquire lojas Maxxi Atacado, Mercadorama, Nacional e Hipermercados BIG do sul e interior de SP;
 Carrefour lança sua Rede de Supermercado, remodelada para a bandeira Carrefour Bairro – 39 lojas.
2006  O Carrefour fechou todas as lojas de bandeira CHAMPION e "devolveu" os pontos à família Cunha.
2007  Rossi Monza, de São Paulo, vendeu sua rede de lojas, para o grupo Pão de Açúcar.
 Carrefour compra a Rede familiar, Atacadão com 34 lojas de Atacado;
 Grupo Pão de Açúcar comprou 60% da rede Assai;
 Grupo Cencosud, empresa Chilena, adquire o controle acionário da empresa GBarbosa em Aracaju.
2008  Rede SHIBATTA compra do Pão de Açúcar a loja CompreBem, de Mogi das Cruzes e ficando com seis lojas.
Fonte: Vilas, Roberto, 2015 – Expansão no varejo de Supermercado e Hipermercados
19
Quadro 3 – Linha de tempo: 2009 - 2015
2009  GPA, é criado o GPA Malls;
 GPA/Cassino, aquisição da totalidade da operação do Assaí;
 O GPA adquire o Pontofrio e faz associação com Casas Bahia, maior Grupo de Distribuição da América Latina;
 O GPA assumiu o controle das Casas Bahia;
 Carrefour compra 10 lojas Gimenes interior de São Paulo;
 Ricoy compra 12 lojas supermercados Gimenes.
2010  GPA & Casas Bahia/Fusão. Lojas virtuais e as lojas físicas seriam controladas Nova Pontocom;
 44 lojas Extra Eletro localizadas em São Paulo foram transformadas para a bandeira Pontofrio;
 Bretas. O Cencosud pagou 1,3 bilhão para assumir o Bretas.
2011  Nova Pontocom, criada para centralizar as operações de e-commerce de Casas Bahia, Pontofrio e Extra;
 O GPA e sua controladora compram 100% do capital social total da Sendas Distribuidora;
 GPA Malls & Properties e Cyrela anunciam parceria "Thera Faria Lima Pinheiros"
 Via Varejo, a holding opera as lojas físicas de CB e PF e a operação de comércio eletrônico Nova Pontocom;
 Prezunic – RJ. Inaugurada a loja 31, na Barra da Tijuca;
 No dia 26/11/2011 a rede Prezunic foi vendida para a rede Cencosud.
2012  Cencosud assume o controle da Prezunic.
2013  A Rede Makro, inaugura na cidade de São Carlos – SP, sua 78ª loja, sendo 28 lojas no estado de São Paulo;
 Jean-Charles Naouri, é nomeado o Presidente do Conselho de Administração do GPA
2014  Carrefour lança bandeira Carrefour Express. Lojas pequenas voltadas para as regiões de grande concentração;
 Supeco, nova bandeira de Atacarejo do Carrefour é lançada;
 Abílio Diniz deixa o Grupo Pão de Açúcar;
 Abílio Diniz compra 10% do patrimônio do Carrefour Brasil.
2015  Carrefour 40 anos de Brasil. Com um total de 250 lojas, 72 mil colaboradores;
 Supermercado Hirota abre sua 16ª filial em São Bernardo do Campo.
Fonte: Vilas, Roberto, 2015 – Expansão no varejo de Supermercado e Hipermercados
Com o decorrer dos anos, conforme visto na linha do tempo, Sonae, Carrefour,
Royal Ahold, Gerônimo Martins, Wal Mart, Grupo Pão de Açúcar e outros, cometeram
grandes equívocos na área de expansão, levando-os a adquirir redes inteiras e
poucos anos depois, ter que desfazer-se delas assumindo seus onerosos prejuízos.
Em muitos casos, essas empresas sofreram a desorganização da economia,
com a ilegalidade e marginalidade que parte do varejo operava nos grandes centros.
Müller, Renato, 2014, escreveu para o Portal no Varejo, Disponível em
http://www.portalnovarejo.com.br/index.php/component/k2/item/8650-o-buraco-
negro-do-varejo):
[...]O Brasil é considerado há praticamente 20 anos um mercado atraente
para investimentos estrangeiros no varejo. Entretanto, a complicada
legislação, as particularidades do mercado e expectativas otimistas demais
por parte das empresas transformaram o Eldorado brasileiro em uma
tremenda frustração[...]. As histórias de insucesso de varejistas estrangeiros
no mercado brasileiro têm alguns fatores em comum:
- Problemas nas operações globais, que geraram a necessidade de cortar
custos, reduzir endividamento e fazer caixa;
- Desempenho aquém do esperado, por pouco entendimento das
especificidades do mercado local;
- Concorrência agressiva impedindo o aumento da escala dos negócios e
inviabilizando o desempenho esperado[...].
2.1.3. Fatores que propiciam as Fusões e Aquisições
20
Como visto no Quadro 2 – Linha de tempo: 1997 – 2008, o cenário, nestas
últimas décadas, parecia estar muito favorável aos negócios de Fusões e Aquisições
de empresas no setor do varejo de Supermercado e Hipermercado, principalmente
para os grandes conglomerados e empresas estrangeiras.
NUNES; VIEIRA, 2008, Fusões e Aquisições de Empresas no Brasil:
[...] Os principais fatores, que possibilitaram o surgimento e a consolidação
desse novo ciclo, foram: a) a globalização de mercados reais; b) a
intensificação dos fluxos mundiais de investimentos estrangeiros diretos; c) a
redução de mecanismos tradicionais de proteção; d) a remoção de barreiras
ao ingresso de capitais estrangeiros, para investimentos diretos no país; e)
as privatizações e f) os processos sucessórios em empresas familiares[...].
Entre os lideres varejistas uma questão que parece ser tratada por eles de
maneira uniforme é a questão da estratégia de aumentar o Market Share e saturar o
mercado, para não perder espaço para o seu concorrente.
2.2. A localização de uma loja
Um dos fatores que mais influencia o sucesso de um negócio comercial é a sua
localização. Então, a estratégia de ocupação de um novo espaço deve ser sempre
muito bem planejada.
Examinando o Quadro 2 – Linha do Tempo, deste trabalho, nota-se
claramente muitos negócios realizados por grandes e médias empresas que tiveram
seus resultados comprometidos em operações desastrosas.
ALMEIDA, Ladeira, 1997, Análise de Localização no contexto de redes
varejistas:
[...] Ao escolher uma localização, o varejista realiza investimentos fixos
relevantes, cuja reversão é difícil e demorada quando comparada à dos
outros fatores que compõem o mix mercadológico da empresa. Modificar o
nível de preços exercido pela empresa, bem como o mix de produtos
oferecidos e as condições de venda são atividades que demandam tempo,
recursos e esforços, mas não podem ser comparadas em nível de recursos,
tempo e esforços necessários à reversão da escolha de uma localização
inadequada ou subótima [...].
Disponível em www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/O-sucesso-do-
negocio-depende-de-sua-localizacao:
[...]Antes de definir a localização do negócio, estabeleça o perfil do
consumidor que pretende atingir. O ponto comercial, principalmente quando
se trata de comércio varejista, é fundamental para o bom desempenho das
vendas. Se o ponto demonstrar aspectos negativos que podem prejudicar as
vendas, talvez seja oportuno pensar em uma mudança para um ponto melhor,
mesmo que ela signifique um esforço de investimento em termos de
instalações e de propaganda. Ao analisar as condições do ponto comercial e,
especialmente, a repercussão da escolha da localização no faturamento, é
21
preciso considerar outros fatores que, isoladamente ou em conjunto,
interfiram negativamente nas vendas[...].
Para garantir que a localização escolhida tenha uma boa relação com o
conjunto do empreendimento, segue recomendações pelo SEBRAE (2015):
[...]Estabeleça o perfil do consumidor que pretende atingir; Defina o produto
a ser oferecido; Avalie o contrato, as condições de pagamento e o prazo do
aluguel; Verifique se o preço é compatível com sua capacidade de
investimento, com o prazo de retorno e o movimento esperado[...]; Observe
a facilidade de acesso, a visibilidade, o volume do tráfego, o local para
estacionamento e o nível de ruído; Verifique as condições de higiene e de
segurança; Cheque a proximidade de concorrentes e similares; Atente para
a facilidade de aquisição de matéria-prima e recrutamento de mão de obra,
ou seja, verifique a existência de pessoas especializadas nas imediações;
Verifique se o local atende às especificações do projeto, em termos de área
adequada à produção e/ou serviços prestados, proximidade com o mercado
consumidor e fornecedores e solicite a busca prévia de localização junto à
prefeitura, a fim de verificar possíveis impedimentos em relação à montagem
do negócio, tendo em vista o plano diretor urbano do município; Levante
várias alternativas de pontos para poder comparar e definir o melhor lugar
para o negócio; observe o movimento dos locais escolhidos durante vários
dias e em horas alternadas[...].
O que é uma boa localização, em termos gerais? Segundo Barboza; Lima,
(2004, p. 19), respondem à pergunta da seguinte forma:
[...] É estar em uma região onde os ambientes demográficos e de mercado
sejam propícios para o desenvolvimento de seu negócio, instalado em um
local que possua os atributos necessários para atrair o público [...] A base
Localização + Ponto Comercial está assim estruturada: demografia, demanda
de mercado, concorrência, fatores urbanos e ponto comercial [...].
O estudo detalhado desses tópicos permitirá ao aluno ter um forte sentimento
sobre a importância da saturação do tema antes da tomada de decisão de
investimento.
2.3.Perfil do Cliente ou Demografia
Conhecer o local onde será instalado o empreendimento é fundamental. Tão
fundamental quanto conhecer o próprio negócio. Quem são os seus clientes? Qual a
estrutura socioeconômica que o negócio deve estar introduzido para que dê certo a
sua operação? Que produto venderá para esses clientes? Qual é o público alvo?
Essas perguntas iniciais se referem ao negócio que pratica. Outros
questionamentos: Esta população é suficiente para atender o negócio? Qual a
abrangência da zona de influência? De que forma esta população vive nesta região?
Há previsão de crescimento e renda para estes clientes? Que potencial têm para se
22
tornarem clientes? Com que frequência compram no varejo? Que produtos precisam
para suas casas? O que fazem nas horas de lazer e descanso? Onde estudam? Onde
trabalham? Costumes e tradições locais? Compram em que dia e horário? Na volta
para casa? Ou na ida para o trabalho?
2.4. Crescimento orgânico
Ao contrário do processo de fusões e aquisições, que dá agilidade à expansão,
o crescimento orgânico é considerado lento, permitindo que o empreendedor
estabeleça seu projeto conforme as tradições de seu negócio.
No crescimento orgânico, fazer os estudos de mercado, levantar uma
estimativa de venda daquele local escolhido, permitirá prever o quanto venderá aquela
unidade se for realmente aberta e formar elementos para compor as variáveis de
viabilidade do negócio.
Ao passo que nas fusões e aquisições se tem o resultado do ano anterior como
base de comparação, no processo de expansão orgânica é comum se utilizar lojas
antigas como um benchmark, buscando aproximar a identidade daquele local
escolhido comparando-se com algum equipamento semelhante já em funcionamento.
Normalmente, a administração central da matriz da empresa estabelece limites
para viabilidade econômica de acordo com a situação econômica pretendida para o
projeto. Não atingindo os valores recomendados o projeto se torna inviável.
2.5. Demanda de mercado
A demanda de mercado, Segundo Barboza; Lima, (2004, p. 29): segundo:
[...]A demanda de mercado é o começo da cadeia de consumo: vende-se
produtos porque existem pessoas dispostas a comprá-los... acredita-se que
para todo produto ou serviço exista um comprador em potencial...todo
produto tem o seu mercado-alvo, e esse mercado tem tamanho definido[...].
Neste trabalho, didático fica a orientação para que os alunos busquem como
atividade complementar, fazer uma pesquisa de campo, por exemplo, na porta de uma
loja de supermercado e perguntar ao cliente daquela loja escolhida, o que ele acha
sobre determinadas coisas. A formulação das perguntas, depende muito do interesse
e alvo da pesquisa.
23
2.6. Concorrência
A disputa entre dois competidores comerciais que trabalham com o mesmo
grupo de produtos e o mesmo perfil de público, se utilizando do mesmo espaço,
mesma legislação, mesmas ferramentas ou equipamentos, dá-se o nome de
concorrentes.
Na análise do ambiente competitivo, compreende-se as ameaças e
oportunidades frente ao mercado, as tendências do setor e os concorrentes.
De acordo com Philip Kotler (1998, p. 208), as empresas não devem somente
focar nos seus consumidores, devem também ficar alertas com seus concorrentes,
comparar seus produtos, preços, praça e promoção.
Segundo Kotler (1998, p. 208), com o conhecimento sobre seus concorrentes
a empresa identifica áreas de vantagem ou desvantagem competitiva, as estratégias
de cada um, seus objetivos, forças e fraquezas e padrões de reação.
Um concorrente nas proximidades de seu negócio, desde que ambos trabalhem
sobre iguais condições, é sempre muito importante. Motiva o negócio a sempre ser
surpreendente, retirando seu operador da comodidade de ambos os lados.
Segundo Barboza; Lima, (2004, p. 36):
[...]A presença da concorrência moderada é a melhor situação para os
produtos de compra planejada. O consumidor quer pesquisar os preços e
comparar as lojas. Como fazer isso se não há com quem comparar[...]?
Como atividade de produção individual, uma pesquisa entre dois competidores
de mercado varejista, visando a comparação das operações, levantando-se os pontos
fortes, os pontos fracos e os pontos a melhorar de cada concorrente.
O assunto é extenso, mesmo se aplicado no ramo de varejo de supermercado
e hipermercado, poderá ser melhor detalhado estudando-se:
 Consumidores potenciais; Pontos comerciais sem concorrentes; Condições
inadequadas de localização; Pontos comerciais com vários concorrentes;
Mercado Saturado; A imagem de seu negócio;
2.7. Fatores urbanos
Segundo Barboza; Lima, (2004, p. 38), as ruas e avenidas carregam maior ou
menor fluxo de veículo de acordo com sua capacidade e sua função no sistema viário.
24
Assim, identificar os principais e melhores acessos, bem como, apontar as vias
de maior fluxo e que permitam uma conexão fácil com outras regiões, é de
fundamental importância para o êxito do projeto.
Ao visitar uma nova cidade, para expansão de varejo, buscar-se-á encontrar a
melhor localização, a melhor via de localização, o melhor e adequado perfil de público
cliente. Torna-se importante evitar as barreiras naturais e as artificiais, distanciando o
projeto desses obstáculos.
Entende-se por barreiras naturais, rios, lagoas, córregos, morros, parques com
vegetação extensa e imóveis de perfil geológico com relevo e materiais rochosos. Por
barreiras artificiais, compreende-se as estradas de ferro, feiras livres, pontes,
viadutos, vias expressas de alta velocidade, cuja capacidade de retorno esteja
comprometida com longas distâncias a percorrer.
Um grande equipamento de varejo deve estar posicionado em vias de grande
fluxo e com capacidade de atração de muitos clientes de diferentes zonas da cidade.
Para efeito deste curso proposto, procurar-se-á desenvolver atividades
interativas e pesquisa de campo com os alunos de forma que possam identificar e
qualificar vias urbanas, sugerindo localizações fictícias para implantações de grandes
projetos.
Neste curso, outros temas aprofundarão melhor a questão obstáculos urbanos,
conforme segue abaixo:
 Acessos de pedestre; Linhas de transporte coletivo; Vias intransponíveis;
Acessibilidade local; Organização urbana da região; Semaforização;
Zoneamento urbano; Órgãos públicos para aprovação de projetos; Áreas
inundáveis; Presenças de pontos de prostituição; Serviços públicos disponíveis.
2.8. Ponto comercial
A discussão sobre a Demanda, Demografia e Concorrência, precede a
discussão sobre o Ponto Comercial, uma vez que, de nada adianta ter um excelente
ponto comercial numa região errada e vice-versa, segundo Barboza; Lima, (2004, p.
51).
Define-se um ponto de comércio pelas suas qualidades e facilidades oferecidas
aos seus clientes. O melhor ponto comercial é aquele que se interage, se comunica,
com seu cliente. Pela sinergia do local, pela presença de outros comércios,
25
concorrentes ou não, que se complementam e identificam-se com seu tipo de
atividade.
Como mera sugestão, poderia se avançar nos seguintes temas: Posição
estratégica na área de comércio; Fixação da marca; Ocasiões de compra; Compra
planejada; Compra por impulso; Exposição regional; Visibilidade do ponto; A
identidade do estabelecimento; Posição na via pública; Velocidade de trânsito;
Acessibilidade; Estacionamento.
2.9. Condições Urbanas do imóvel
Investigar as condições do imóvel, mesmo sabendo que sua situação é regular,
perante a prefeitura.
Não compre o imóvel ou efetue um contrato de locação sem antes verificar na
Prefeitura sua condição de uso permanente no futuro.
Verifique o zoneamento, a categoria de uso do local, as taxas de ocupação, os
recuos laterais, frontais, córregos, minas d´água, arvores protegidas pela legislação,
patrimônio histórico, tubulações de gás, oleodutos, adutoras e outros.
Verifique a documentação e certidões imobiliárias, neste caso, um advogado e
um engenheiro com especialização no ramo imobiliário pode ser fundamental para
eliminar qualquer dúvida sobre os legítimos proprietários e a situação dos imóveis.
Como forma de interagir com os alunos, recomenda-se que eles façam uma
pesquisa na Prefeitura para levantamento das condições técnicas de aprovação de
um determinado imóvel.
Outros temas são: Segurança da transação imobiliária; Zoneamento; Categoria
de uso do local; Análise do estado geral do imóvel; Documentos do imóvel: Matricula;
IPTU; Certidões Imobiliárias; Documentação dos proprietários; Certidão de
regularidade do imóvel; Aprovações dos projetos.
2.10. Meio Ambiente
Há sempre um departamento, ou uma Secretaria Municipal, que possa auxiliar
quanto as questões ambientais. Não havendo, é importante então consultar outros
órgãos, estadual ou Federal.
26
FARIAS, Talden Queiroz, em seu portal Âmbito Jurídico, escreveu sobre a
questão Licenciamento ambiental e responsabilidade empresarial, disponível em
http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo
_id=1171:
[...]A responsabilidade social das empresas, que é uma forma de gestão
como a empresa se relaciona com o Poder Público e a sociedade tendo em
vista coadunar o desenvolvimento econômico à proteção ao meio ambiente e
à promoção de justiça social. O modelo que procura coadunar os aspectos
ambiental, econômico e social é chamado de desenvolvimento sustentável.
Por isso as atividades econômicas potencialmente causadoras de impactos
ao meio ambiente devem estar sujeitas ao controle pelo Poder Público. Entre
os mecanismos estatais para o controle dos impactos ambientais se destaca
como o mais eficaz o licenciamento ambiental. O sistema de licenciamento
ambiental tem por finalidade assegurar que o meio ambiente seja
devidamente respeitado quando da instalação e operação de
empreendimentos e obras. Para isso devem ser necessariamente
consideradas uma serie (sic) de questões das mais variadas ordens, como a
ecológica, a econômica, a cultural, a jurídica e a social[...].
Sendo assim, efetivar a compra de um imóvel antes de fazer essas consultas,
é sempre uma operação de alto risco.
Como atividade didática e trabalho de produção individual, orienta-se ao
Docente que conduza seu Discente a pesquisar de que maneira pode-se atender a
legislação ambiental art. 19 do Decreto 99.247/90 e o art. 8º da Resolução 237/97 do
CONAMA, que define a licença de instalação e a licença de operação.
2.11. Aprovações legais
A Prefeitura de São Paulo, estabelecendo como fase inicial a consulta prévia,
conforme descrita em seu portal
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/subprefeituras/sp_mais_facil/slea/c
onsulta_previa/index.php?p=9440:
[...]A Consulta Prévia de Funcionamento é um serviço on-line, gratuito, pelo
qual o interessado pode verificar de forma fácil e sem custo, apenas com o
endereço do imóvel, se uma determinada atividade é permitida no local, se o
imóvel é irregular ou não, se há restrições de horários de funcionamento,
vagas de estacionamento necessárias, possibilidades de uso do imóvel, entre
outras informações. A consulta não gera nenhum processo, apenas fornece
uma informação prévia, muito útil para os profissionais do ramo imobiliário e
aos empreendedores que pretendem abrir um negócio. [...].
Para efeito deste curso, orienta-se uma atividade individual, para que os alunos
façam uma solicitação de Consulta Prévia à Prefeitura de São Paulo, sobre um projeto
que tenha estudado em aulas passadas, visando obter a sua informação básica de
viabilidade do empreendimento.
27
3. PROPOSTA DE PLANO DE TRABALHO DOCENTE
Anexos
Anexo 1 – Plano de trabalho docente
INSTITUIÇÃO: Centro Universitário - SENAC
DISCIPLINA: Expansão no varejo de supermercado e hipermercado
CARGA HORÁRIA: 32 horas SEMESTRE: 4º Semestre
PROFESSOR RESPONSÁVEL: Roberto de Souza Vilas Bôas
EMENTA:
Estudo de metodologia de expansão e crescimento de uma grande empresa de varejo de supermercado e hipermercado;
análise histórica do varejo; estabelecimento de processos para expansão sustentável de grandes empresas do varejo; busca
da compreensão sobre o melhor caminho para viabilizar um empreendimento comercial de varejo; expansão por fusões e
aquisições; expansão orgânica; investigação para escolha da melhor localização de um empreendimento de varejo;
elaboração de planos de trabalho para licenciamento e aprovações em órgãos públicos.
OBJETIVO:
Desenvolver raciocínio analítico e crítico sobre os métodos de expansão existentes e praticados nas grandes corporações.
Envolvimento do aluno com a pesquisa e interação em grupo por meio de trabalhos didáticos. Introdução do aluno em
situação real do processo de trabalho visando garantir segurança nos processos de expansão de varejo para supermercados
e hipermercados. Desenvolver no aluno o espirito de dono do negócio, onde sua decisão e orientação pode comprometer o
futuro de seus colegas e da corporação.
28
MODULO OBJETIVOS/COMPETENCIA CONTEUDO ESTRATÉGIAS AVALIAÇÃO BIBLIOGRAFIA
I Introdução a Expansão;
Informações gerais sobre o
curso;
Definições gerais de termos
comuns utilizados no varejo;
Movimentação da
concorrência; cenários
possíveis de expansão.
Pesquisa Temática
sobre a evolução da
concorrência no cenário
nacional;
Identificar as diferentes
fontes de pesquisa, sua
confiabilidade e
relevância cientifica;
Visita técnica a um
concorrente
previamente escolhido.
Testes de múltipla
escolha
Trabalhos de produção
individuais
Barboza, Mônica de Barros e
Carlos Eduardo de Lima - A
cartilha do Ponto Comercial -
Como escolher o lugar certo para
o sucesso de seu negócio;
ESPM, FGV, FIA, IBEVAR, USP e
outras
http://varejo.espm.br/tag/ricardo-
pastore-2
http://www.ibevar.org.br/
II Identificação das etapas de
um processo completo de
expansão;
Fusões e Aquisições do
varejo;
Expansão Orgânica para
varejo;
Desenvolvimento de um
projeto e suas etapas até a
viabilidade;
Levantamento de
trabalhos realizados;
Detalhamento de casos
que possam ser
importantes.
Compreender os
processos;
A importância de
roteirizar
procedimentos;
Testes de múltipla
escolha
Trabalhos de produção
individuais
Barboza, Mônica de Barros e
Carlos Eduardo de Lima - A
cartilha do Ponto Comercial -
Como escolher o lugar certo para
o sucesso de seu negócio;
ESPM, FGV, FIA, IBEVAR, USP e
outras;
http://varejo.espm.br/tag/ricardo-
pastore-2
http://www.ibevar.org.br/
III Definições de área de
influência
Escolha do ponto comercial;
Técnicas de negociação para
aquisição imobiliária;
Pesquisas de mercado;
Definições de público alvo;
Sistemas de mapeamento;
Desenvolver pesquisa e
levantamento de casos
concretos de negócios
imobiliários;
Caracterização e
compreensão das
características da
população
Aprender a mapear
uma zona de influência,
objetivando ter uma
visão gráfica do local
de implantação;
Testes de múltipla
escolha
Trabalhos de produção
individuais
Barboza, Mônica de Barros e
Carlos Eduardo de Lima - A
cartilha do Ponto Comercial -
Como escolher o lugar certo para
o sucesso de seu negócio;
ESPM, FGV, FIA, IBEVAR, USP e
outras;
IV Aprovações legais de um
empreendimento de varejo;
Licenciamento Ambiental;
Eia-Rima sócio econômico;
Zoneamento Urbano;
Estudos em sites de
prefeituras das
condições de
aprovações legais de
um empreendimento
comercial
Estudar os órgãos
públicos, procurando
conhecer a orientação
política a qual está
ligado;
Testes de múltipla
escolha
Trabalhos de produção
individuais
Sites da internet juntos as
prefeituras e Secretarias de
Planejamento;
Cetesb, Corpo de Bombeiro;
29
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tendo em vista os objetivos deste trabalho escolar, ao direcionar a proposta ao
profissional trabalhador do comércio que atua nas grandes empresas de varejo, dando
lhe oportunidade de voltar a estudar e complementar seus estudos, por meio de ensino
superior EaD, o papel da escola estará sendo realizado na sua integridade. Pois com
essa atitude, o aluno poderá, mesmo estando empregado, receber novos
conhecimentos atualizando-se e evoluindo na sua carreira profissional.
A EaD, permitirá que este profissional possa, sem prejuízos às suas
responsabilidades corporativas, buscar a ciência para a realização das suas tarefas
cotidianas. Ganha o aluno e ganha a empresa, pois terá em pouco tempo um
profissional diferente, com conhecimento técnico e cientifico capaz de alcançar
resultados importantes no âmbito profissional.
A metodologia adotada introduzindo o aluno a conhecer o seu mercado de
trabalho por meio de uma revisão histórica, mesmo que seja de um curto período de
tempo, permitirá ao mesmo, compreender os caminhos percorridos, as razões que
levaram essas corporações a percorrerem e questioná-los de forma contundente, uma
vez que, como visto no corpo deste trabalho, os resultados obtidos por empresas
estrangeiras, em fusões e aquisições, não foram dos melhores.
A partir deste curso o aluno profissional de varejo compreenderá a importância
de se planejar uma expansão de forma organizada, evitando-se cometer equívocos
desastrosos à economia e finanças de uma grande empresa.
Ao tomar conhecimento das ferramentas técnicas e cientificas que o mercado
tem para o aprendizado, este aluno poderá juntamente com seu tutor, orientador,
desenvolver novas técnicas com o intuito de entender a questão, sob um ponto de
vista pedagógico, bem como atuar nas dificuldades deste setor empresarial de
serviços.
Com o conhecimento adquirido, poderá orientar os melhores caminhos para
expansão, dentro da sua capacidade e possibilidades, se utilizando das melhores
técnicas praticadas pelo mercado, aproveitando os estudos acadêmicos, materiais
técnicos informativos, recolhendo o necessário para sua atividade.
30
5. REFERENCIAS
ALMEIDA, Flávia Regina Ladeira, em Análise de Localização no contexto de
redes varejistas: levantamento das principais técnicas e práticas (1997)
BERNARDINO, E. C. et. al. Marketing de varejo. Rio de Janeiro: FGV, 2004;
LAS CASAS, A. Marketing de Serviços. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2002;
PARENTE, J. Varejo no Brasil: Gestão e estratégia. São Paulo: Atlas, 2000;
KOTLER, P. Princípios de Marketing. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999;
Barbosa, de Mônica de Barros e Lima, Carlos Eduardo, Cartilha Comercial, editado
pela Clio Editora - 2004
RICHERS, R. Marketing: uma visão brasileira. São Paulo: Negócios, 2000.
SPILLER, E. et. al. Gestão de serviços e marketing interno. Rio de Janeiro: FGV,
2004.
CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC - Diretoria de Pós Graduação:
http://www.ead.senac.br/pos-graduacao/gestao-do-varejo/
TRABALHOS FEITOS - http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Analise-
Concorrentes/821792.html# Philip Kotler (1998, p. 208)
ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING:
http://www.espm.br/ConhecaAESPM/NucleosDeEstudo/EstudosDeVarejo/Pages/def
ault.aspx:
REVISTA EXAME. A ditadura do varejo. Disponível em:
<http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/0768/noticias/a-ditadura-do-varejo-
m0052384>. Acesso em: 19 out, 2010.
GRUPO PÃO DE AÇÚCAR: http://www.gpabr.com/o-grupo/nossa-historia/
WAL MART: http://www.walmartbrasil.com.br/sobre-o-walmart/no-brasil/
CARREFOUR COMERCIO E INDUSTRIA:
http://www.carrefour.com.br/institucional/grupo-carrefour/trajetoria
CENCOSUD: http://www.gbarbosa.com.br/noticias
FUSÕES & AQUISIÇÕES:
http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br/search/?q=VAREJO
http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br/2011/05/as-principais-fusoes-e-aquisicoes-
do.html
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/subprefeituras/sp_mais_facil/slea/c
onsulta_previa/index.php?p=9440

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Tcc turma 1401_roberto de souza vilas boas

  • 1. CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC Roberto de Souza Vilas Bôas EXPANSÃO NO VAREJO DE SUPERMERCADO E HIPERMERCADO São Paulo 2015
  • 2. Roberto de Souza Vilas Bôas EXPANSÃO NO VAREJO DE SUPERMERCADO E HIPERMERCADO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Senac – Campus Aclimação, como exigência parcial para obtenção do grau de Especialista em Docência em Ensino Superior. Este trabalho foi desenvolvido nas disciplinas Trabalho de Conclusão de Curso I e II, mediado pela Prof.ª Maria da Glória Calado e Prof. Eduardo Freire Campanelli. São Paulo 2015
  • 3. V697e Vilas Boas, Roberto de Souza Expansão no varejo de Supermercado e Hipermercado / Roberto de Souza Vilas Boas – São Paulo, 2015. Orientadora: Maria da Glória Calado 30 f.:il; color. Trabalho de conclusão do Curso de Especialização em Docência no Ensino Superior – Centro Universitário Senac - Unidade Aclimação, São Paulo, 2015. 1. Expansão. 2. Varejo. 3. Supermercados. 4. Hipermercados. 5. Atacados. I. Calado, Maria da Glória (Orient.). II. Título. CDD
  • 4. AGRADECIMENTOS Aos meus pais, que sempre olharam por mim e me incentivaram a produzir benfeitorias, trilhando o caminho do bem; A minha dedicada, amada esposa Zelma e único filho querido, Gabriele, companheiros fiéis dessa jornada; Aos meus amigos, professores e mestres que no passado e ainda hoje me acompanham, iluminando minha caminhada; Aos meus futuros alunos, estou chegando...
  • 5. “Só faça barulho se puderes melhorar o silêncio”... (Autor desconhecido, estampada numa placa da Clausura do antigo Mosteiro de São Bento, nos anos 1980, no alto da Serra da Mantiqueira em Delfim Moreira - MG). “O Silêncio é por vezes a melhor resposta” (Dalai Lama)
  • 6. RESUMO Este trabalho visa fortalecer os profissionais de curso superior que atuam com a área de expansão do varejo de supermercados e hipermercados no Brasil e também a todos os profissionais que atuam com Real Estate, desenvolvimento Imobiliário. Como meta de estudo e ensino, buscar-se-á encontrar na literatura, soluções acadêmicas de alto nível, que possam ajudar este setor de serviço, ou questionar os caminhos didáticos que doutrinam o tema. É fruto do levantamento de diversos artigos, publicações e livros, com relatos de experiências de profissionais especialistas e graduados, egressos do setor supermercadista, da imprensa escrita e falada, dos Docentes especialistas do setor, tudo relacionado à prática docente. Se inicia nas grandes salas de vendas e mercados varejistas e entre as universidades e escolas superiores de varejo e terminando certamente dentro das casas e domicílios de milhões de clientes e consumidores. No âmbito do ensino superior, nossas escolas vêm avançando na busca de soluções técnicas e conhecimento para este setor profissional. Aos Docentes, cabem a responsabilidade de entender a realidade atual, romper com os paradigmas das tradicionais escolas, disseminar culturas. E aos Discentes, provocar transformações e comportamentos, mudanças de hábitos que afetam a sociedade na sua maneira de agir e em seu comportamento. Aos Clientes, sobram, inquietação, inconformismo, turbulência e crítica, para que o varejo encontre caminhos e soluções de atendimento, com sustentabilidade e legalidade. Palavras-chave: Expansão do varejo, setor supermercadista, supermercados e hipermercado, docentes e discentes.
  • 7. ABSTRACT This work aims to strengthen higher education professionals who work with the expansion of the retail area of supermarkets and hypermarkets in Brazil and also to all the professionals who work with Real Estate, real estate development. Aim of study and teaching, seek will find in literature, academic solutions of high level, which could help this service sector, or questioning the didactic paths that brainwash the theme. Is the result of the survey of several articles, publications and books, with reports of experiences of professional experts and graduates, graduates of the supermarket sector, the written and spoken press, of the industry experts, everything related to teaching practice. Starts in major markets and sales rooms and retailers among the universities and colleges of retail and finishing certainly inside houses and homes of millions of customers and consumers. In higher education, our schools come from advancing in the search for technical solutions and knowledge to this professional sector. To Teachers, the responsibility to understand the current reality, break the paradigms of traditional schools, disseminate cultures. And the Students, lead to transformations and behaviour, changes in habits that affect the society in its approach and in its behavior. Guests left, restlessness, reluctance, turbulence and criticism, for which retailers find ways and solutions, with sustainability and legality. Keywords: expansion of retail, supermarket sector, supermarkets and hypermarket, teachers and students.
  • 8. LISTAS DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 - Fonte: Ranking ABRAS / AC Nielsen, 2003 - Panorama do Brasil Pós Plano Real e o momento atual da economia – Projeto B.E.M Pesquisas.
  • 9. LISTA DE TABELAS Quadro 1 – Linha de tempo: 1972 – 1996; Quadro 2 – Linha de tempo: 1997 – 2008; Quadro 3 – Linha de tempo: 2008 – 2015.
  • 10. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS F&A – Fusões e Aquisições ESPM – Escola Superior de Propaganda e Marketing FGV – Fundação Getúlio Vargas FIA – Fundação Instituto e Administração SKUs – Stock keeping Unit IBEVAR - O Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo & Mercado de Consumo
  • 12. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................13 2. PROBLEMA DE PESQUISA – REFERENCIAL................................................15 2.1.1. A evolução e movimentação do varejo neste período.............................16 2.1.2. Fusões e Aquisições...............................................................................16 2.1.3. Fatores que propiciam as Fusões e Aquisições......................................19 2.2. A localização de uma loja .............................................................................20 2.3. Perfil do Cliente ou Demografia ....................................................................21 2.4. Crescimento orgânico ...................................................................................22 2.5. Demanda de mercado...................................................................................22 2.6. Concorrência ................................................................................................23 2.7. Fatores urbanos............................................................................................23 2.8. Ponto comercial ............................................................................................24 2.9. Condições Urbanas do imóvel ......................................................................25 2.10. Meio Ambiente............................................................................................25 2.11. Aprovações legais.......................................................................................26 3. PROPOSTA DE PLANO DE TRABALHO DOCENTE........................................27 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................29 5. REFERENCIAS ..................................................................................................30
  • 13. 13 1. INTRODUÇÃO A proposta deste trabalho está direcionada ao ensino superior EaD – Estudo a Distância. Visa contribuir com o conhecimento varejista, porém, sem esgotá-lo, resgatando e integrando aspectos históricos, teóricos e empíricos, para o aperfeiçoamento e especialização de profissionais já graduados com curso superior, na arte de expandir, de forma sustentável, empresas de grande porte do varejo. A metodologia adotada envolve uma análise de revisão bibliográfica de um período, entre os anos de 1997 a 2008, onde o setor de varejo sofreu um grande impacto devido à forte expansão e movimentação dos interesses econômicos estrangeiros em território brasileiro. A partir desta revisão compreender-se-á a importância de se planejar uma expansão de forma organizada, evitando-se cometer equívocos desastrosos à economia e finanças de uma grande empresa. Buscar-se-á, também a reordenação do conhecimento teórico-prático desenvolvido por organizações que atuam no varejo de supermercado e hipermercado, com o intuito de entender a questão, sob um ponto de vista pedagógico, bem como as dificuldades deste setor empresarial de serviços. Este trabalho de conclusão de curso, visa criar um referencial prático nesta área profissional e encontrar na literatura e na pesquisa, soluções acadêmicas que possam ajudar profissionais deste setor de serviço a questionar os caminhos didáticos que doutrinam o tema em referência. Durante a pesquisa, constatou-se que, são valiosos e inúmeros os estudos acadêmicos, materiais técnicos produzidos para o ensino e aprendizado do varejo de forma geral. Porém, de forma específica, para aplicação em expansão e crescimento, esses acervos estão desagregados, espalhados, em micro acervos técnicos particulares, inacessível em muitos casos. O setor varejista, no período estudado, entre 1997 a 2008, após ter recebido uma forte carga e influência estrangeira, veio a estabilizar em 2010, e ter perdas em 2015. A dinâmica de crescimento e expansão de uma organização que atua no varejo, sofreu significativas alterações, tendo em vista a forte evolução tecnológica, provocada pela emancipação da informática, do nascimento da Internet e as melhorias dos mecanismos de pesquisas.
  • 14. 14 Algumas instituições de ensino saíram na frente das demais, implantando cursos superiores de especialização, pós-graduação, mestrado e doutorado, propiciando devolver ao mercado uma mão-de-obra especializada, capacitada a entender os grandes desafios desta nova geração. Este ponto de vista encontra respaldo em diversas instituições de ensino, escolas e universidades tais como: ESPM, FGV, FIA, IBEVAR, USP e outras, como por exemplo o SENAC, conforme citado no seu anúncio de convocação do curso de Pós-Graduação, disponível em: < http://www.ead.senac.br/pos-graduacao/gestao-do- varejo/>. Acesso em 31 de agosto 2015: [...] a atividade varejista no Brasil apresentou grandes mudanças nos últimos anos, assim como nos demais países, renovando conceitos e estratégias, tornando-se cada vez mais competitiva. Essas mudanças também são reflexos da maior utilização de tecnologias e da qualificação dos profissionais atuantes neste mercado. Vale frisar que a entrada de participantes externos e a adoção de conceitos mais modernos de operações também têm impulsionado o setor na busca por maior eficiência e melhor posicionamento[...]. Ao ser sugerido esse curso EaD, de especialização, para profissionais de nível superior e que atuam com expansão do varejo de supermercados e hipermercados, busca-se a qualificação do trabalhador deste setor. Escolas superiores e institutos, como: ESPM, FGV, IBEVAR, FIA, USP e outras, apresentam cursos especializados para o varejo em sua grade curricular, mas ainda não deram atenção especial a esse grande problema que este estudo e pesquisa sobre Expansão no Varejo de Supermercados e Hipermercados, procura refletir. A relevância deste estudo se dá ao questionar os caminhos da prática docente, procurando refletir e interagir conhecimentos, possibilitando ao graduando se aperfeiçoar e ao docente mediador se atualizar com as novas formas de pesquisa e ferramentas, tornando-se críticos, adquirindo saberes e competências.
  • 15. 15 2. PROBLEMA DE PESQUISA – REFERENCIAL Nesta etapa do trabalho acadêmico a pesquisa de aprofundamento e atualização de conteúdo para o curso proposto buscará construir um acervo mínimo de conhecimento que permitam a elaboração do Plano Docente para o tema expansão no varejo de supermercado e hipermercado no Brasil. Primeiramente, para o prosseguimento do trabalho, torna-se imprescindível a definição dos termos empregados: Varejo, Atacado, Supermercado e Hipermercado. Varejo, segundo Kotler, 1999 apud Hermano Mota: [...]. Representa todas as atividades de venda de produtos ou serviços diretamente ao consumidor final. O varejo é o meio através do qual as mercadorias chegam até o consumidor, seja diretamente ou através de intermediários[...]. Atacados, de acordo com Parente, 2000 apud Hermano Mota: [...]. Atacados, são lojas amplas, com infraestrutura mínima e baixíssimo nível de serviço. Devido ao preço muitas vezes inferior ao que consegue atingir comprando diretamente das indústrias, pequenos comerciantes representam uma grande parcela dos clientes dos atacados, além de também atender consumidores finais[...]. Supermercados tradicionais, segundo Bernardino, 2004, apud Hermano Mota: [...]. Representam as lojas de autosserviço de médio porte, cujas vendas são altamente concentradas em itens alimentícios e possuem mix de produtos e sortimento superior aos supermercados de vizinhança. Segundo Parente (2000), os supermercados tradicionais costumam “ter área de 700 a 2.500m2, comercializa aproximadamente 9.000 SKUs, vende até 6% de itens não- alimentares” [...]. Hipermercado é segundo Parente, 2000 apud Hernano Mota: [...]. São caracterizados por ocupar grandes áreas horizontais e comercializarem vasta variedade de produtos alimentícios e não-alimentícios e um grande sortimento de marcas, com baixa margem e altíssimo giro. Estimulam o conceito de única parada, ou seja, onde o consumidor possa, em um único lugar, encontrar opções de compra para a maior parte de suas necessidades através do auto-serviço, com preço reduzido [...]. 2.1.Aspectos históricos relevantes para o varejo Já nos anos 70, ainda sobre a bandeira da ditadura militar, empresas renomadas europeias de varejo, de grande porte, desembarcaram no Brasil em busca de novos horizontes econômicos, crescimento e expansão. O que levou essas empresas a investirem no Brasil? A abertura do pais à globalização se deu logo após a queda do regime militar em 1984 e reestabelecimento da democracia, com o crescimento do pais, crescimento da renda, estabilização da
  • 16. 16 moeda em 1993 e principalmente do aumento do grau de confiabilidade que o pais adquiriu para o mercado internacional. A estagnação dos mercados estrangeiros e facilidade de captação de recursos financeiros, com custos financeiros mais baixos, permitiu um certo desequilíbrio de forças econômicas, facilitando esse novo mercado sul-americano ao crescimento e expansão territorial. O tema em questão será dividido para melhor aprimoramento e conhecimento dos pontos fundamentais da questão em foco: 2.1.1. A evolução e movimentação do varejo neste período. No início dos anos 70 o atacado e varejo brasileiro sobreviviam das ações de empresas familiares de atuação regional, cujo o grau de penetração não se estendia muito além de sua localidade, com raríssimas exceções. 2.1.2. Fusões e Aquisições. Segundo PIRAGIBE; BALBO; GARRIDO, 2010: [...] com o aumento da internacionalização dos negócios, da expansão e da conquista de novos mercados, é essencial e inevitável para as empresas que querem obter sucesso traçar estratégias de crescimento de forma diversificada[...]. Segundo Harrison, 2005, [...] o crescimento interno usa recursos internos para gerar venda ou buscar novos mercados, e o crescimento externo envolve cooperações de novas organizações ou a aquisição delas[...]. O que leva uma empresa do varejo a se associar com outra empresa concorrente? Antes de entrar no tema, cabe uma definição para o título dessa matéria. SILVA, 2009, O Processo de Fusões e Aquisições no Brasil: [...] No Brasil, o termo Fusão é utilizado para indicar quando duas corporações unem suas operações e deixam de existir isoladamente, dando origem a uma nova empresa. Aquisição, por sua vez, é o termo utilizado para descrever a transação em que o controle de uma empresa é transferido à outra, como, por exemplo, quando da compra da totalidade das ações da empresa, ou ainda, da compra de participação controladora majoritária[...]. Porque uma empresa absorve a outra? A linha do tempo a seguir indica apenas os principais momentos dessa movimentação de Fusões e Aquisições. Todas as informações contidas nesta linha
  • 17. 17 de tempo vieram de sites hospedados pelos próprios varejistas envolvidos, ou pela imprensa escrita, revistas, jornais e outros. Quadro 1 – Linha de tempo: 1972 - 1996 1972  A chegada do Makro Atacadista. Rede Holandesa. Trouxe o grande Atacado. 1975  A chegada do Grupo Carrefour. Rede Francesa. Trouxe o Hipermercado. Loja Pinheiros Marginal Pinheiros. 1976  Grupo Carrefour, abre sua segunda unidade no Rio de Janeiro. Loja Barra da Tijuca, 1979  O GPA – Grupo Pão de Açúcar inaugura a rede Minibox. 1978  Ampliação da rede GPA. Aquisição das redes Superbom, Peg-Pag e Mercantil. 1980  GPA. Aquisição de cinco lojas Bazar 13, seis lojas Morita e inauguração dois primeiros Superbox. 1989  Cia Real de Distribuição do Rio Grande do Sul, é vendida aos portugueses do Sonae;  Inauguração do primeiro Extra hipermercado em Campo Grande. 1990  GPA inicia sua reengenharia em busca de eficiência. Inicia-se um profundo processo de reestruturação. 1995  Wal Mart chega ao Brasil. Inaugura sua primeira unidade. Sam´s Club em São Caetano do Sul;  04 lojas Wal Mart são inauguradas em São Paulo. O 1º Supercenter é Osasco.  O GPA compra a rede Millo´s Comercial Carajás e G.Aronson e com a brasiliensa SAB. 1996  Bompreço do Nordeste faz uma Joint-venture com os holandeses da Royal Ahold;  Royal Ahold, chegou ao Brasil detendo 50% da rede Bompreço, com forte presença na região Nordeste;  Royal Ahold adquiriu o grupo sergipano GBarbosa do Sergipe. Fonte: Vilas, Roberto, 2015 – Expansão no varejo de Supermercado e Hipermercados Dentro deste contexto de ampla concorrência, muitos desacertos e equívocos foram cometidos pelos grandes varejistas, tanto em Fusões e Aquisições, como no crescimento orgânico. Ora por força da vontade de proteger seu patrimônio e mercado, ora por excessos cometidos, ganância, rivalidade, fazendo expansão de forma inescrupulosa, sem planejamento e os devidos cuidados necessários. Figura 1 Fonte: Ranking ABRAS / AC Nielsen, 2003. Grandes redes de Varejo vão às compras - Sonae e CBD apresentaram maior crescimento de faturamento no período. 353 189 473 204 153 148 91 92 93 94 95 96 97 98 99 2000 2001 2002 CBD Carrefour Sonae Bompreço Sendas Wal-Mart
  • 18. 18 Quadro 2 – Linha de tempo: 1997 - 2008 1997  Rede Eldorado de São Paulo, comprada pelo Carrefour da França;  Freeway Supermercados do Rio Grande do Sul, comprada pelo GPA – Grupo Pão de Açúcar;  Ipical de São Paulo, lojas adquiridas pelo GPA – Grupo Pão de Açúcar;  Pamplona São Paulo, duas lojas foram compradas pelo GPA – Grupo Pão de Açúcar;  Sé Supermercados de São Paulo, a rede foi comprada pelo Jerônimo Martins;  Supermercado Zottis no Rio Grande Sul, vendida ao supermercado Nacional CDA;  Supermar da Bahia, vendida ao Bompreço do Nordeste;  GPA – Grupo Pão de Açúcar - ações na Bolsa de Valores de Nova York. 1998  Bom Jour do Rio de Janeiro, vende duas lojas ao Supermercado Zona Sul;  A Rede Cândia de São Paulo é vendida ao Sonae;  Mercadorama do Paraná é vendida ao Sonae;  Paes Mendonça em Minas Gerais tem algumas de suas lojas vendidas ao Grupo Mineiro Irmãos Bretas;  Auto Serviço Pague Menos comprou outras lojas no mesmo ano;  Lojas Americanas - 23 lojas vendidas Competoir Modern, Grupo Frances vendido ao Grupo Promodes - FR;  Carrefour fusão Promodes, herdando 23 lojas da Rede Americanas;  Mambo de São Paulo é vendida a Cia. Brasileira de Distribuição;  Max Box do Rio de Janeiro, 09 lojas da rede foram vendidas à rede ABC – Abastecimento Brasileiro de Cereais;  Millos Carajás de São Paulo é vendida a Cia Brasileira de Distribuição;  Paes Mendonça do Rio de Janeiro, vende ao Continente 04 lojas;  Rede Barateiro de São Paulo é vendida a Cia Brasileira de Distribuição;  Serra e Mar no Rio de Janeiro vende a Rede ABC 06 lojas;  Supermercados Parlé do Rio de Janeiro é vendido a Casa Sendas;  Supermercados São Jorge de São Paulo é vendido aos portugueses do Sé/Jeronimo Martins; 1999  Grupo Peralta foi adquirido pela Cia Brasileira de Distribuição;  Exxtra Econômico do Rio Grande do Sul é vendido ao Sonae;  Nacional CDA do Rio Grande do Sul é vendida ao Sonae;  Coletão do Paraná é vendida ao Sonae;  O Pão de Açúcar arrendou 25 supermercados Paes Mendonça, comprou duas unidades do Mappin;  Petipreço da Bahia, Bompreço e Royal Ahold compram a rede;  Serra e Mar do Rio de Janeiro, 04 lojas absorvidas pela rede ABC, também do Rio de Janeiro;  Planaltão DF vende 90% ao grupo Carrefour, bandeira Champion Supermercados;  Três Poderes do Rio de Janeiro é vendida a Casas Sendas;  Antônio Cândido Baptista do Paraná é vendida ao Supermercados Gimenes;  Supermercado Roncetti do Espirito Santo tem 13 lojas vendidas ao Carrefour;  Hiper Manaus Gonçalves de Manaus é vendida ao Carrefour;  Supermercado Superdelli do Rio de Janeiro é vendida ao Supermercado Zona Sul do Rio de Janeiro;  Supermercados Mineirão - MG, vende 33 lojas ao grupo Carrefour, bandeira Champion Supermercados;  Supermercado Big do Rio de Janeiro vende uma loja ao Supermercado Zona Sul;  Dallas Rainha e Continente vende 38 lojas ao Carrefour;  O Grupo Casino, adquire 25% do Pão de Açúcar;  Muffato vendido ao grupo português Sonae;  A rede Shibata Supermercados foi vendida ao grupo Pão de Açúcar; 2000  Supermercados Nagumo vendeu sua rede para grupo Pão de Açúcar;  GPA adquire as paulistas Reimberg e Rosado, a paranaense Parati e a cearense Mercadinho São Luiz;  GPA. Novo Data Center e três novos CDs em SP e depósitos Regionais em DF, Curitiba, Fortaleza. 2001  O GPA adquiri 26 lojas da rede Supermercados ABC – RJ;  Wal Mart TodoDia, inaugura suas primeiras lojas de Atacarejo;  Wal Mart inaugura primeiro Centro de Distribuição na grande São Paulo. 2002  O GPA. Aquisição da rede Sé Supermercados. 2003  O GPA se associa à metade da rede Sendas. 2004  Supermercado Shibata, reabre em 2004 um hipermercado em Mogi das Cruzes (SP);  Wal Mart adquiriu as lojas da Rede Bompreço na região nordeste.  A Hipercard do Bompreço foi adquirida pelo Unibanco; 2005  Ahold vende GBarbosa para o fundo de investimentos ACON encerrando suas operações no Brasil;  O Grupo Casino adquire o Pão de Açúcar. Nasce a CBD - Companhia Brasileira de Distribuição;  Wal Mart adquire lojas Maxxi Atacado, Mercadorama, Nacional e Hipermercados BIG do sul e interior de SP;  Carrefour lança sua Rede de Supermercado, remodelada para a bandeira Carrefour Bairro – 39 lojas. 2006  O Carrefour fechou todas as lojas de bandeira CHAMPION e "devolveu" os pontos à família Cunha. 2007  Rossi Monza, de São Paulo, vendeu sua rede de lojas, para o grupo Pão de Açúcar.  Carrefour compra a Rede familiar, Atacadão com 34 lojas de Atacado;  Grupo Pão de Açúcar comprou 60% da rede Assai;  Grupo Cencosud, empresa Chilena, adquire o controle acionário da empresa GBarbosa em Aracaju. 2008  Rede SHIBATTA compra do Pão de Açúcar a loja CompreBem, de Mogi das Cruzes e ficando com seis lojas. Fonte: Vilas, Roberto, 2015 – Expansão no varejo de Supermercado e Hipermercados
  • 19. 19 Quadro 3 – Linha de tempo: 2009 - 2015 2009  GPA, é criado o GPA Malls;  GPA/Cassino, aquisição da totalidade da operação do Assaí;  O GPA adquire o Pontofrio e faz associação com Casas Bahia, maior Grupo de Distribuição da América Latina;  O GPA assumiu o controle das Casas Bahia;  Carrefour compra 10 lojas Gimenes interior de São Paulo;  Ricoy compra 12 lojas supermercados Gimenes. 2010  GPA & Casas Bahia/Fusão. Lojas virtuais e as lojas físicas seriam controladas Nova Pontocom;  44 lojas Extra Eletro localizadas em São Paulo foram transformadas para a bandeira Pontofrio;  Bretas. O Cencosud pagou 1,3 bilhão para assumir o Bretas. 2011  Nova Pontocom, criada para centralizar as operações de e-commerce de Casas Bahia, Pontofrio e Extra;  O GPA e sua controladora compram 100% do capital social total da Sendas Distribuidora;  GPA Malls & Properties e Cyrela anunciam parceria "Thera Faria Lima Pinheiros"  Via Varejo, a holding opera as lojas físicas de CB e PF e a operação de comércio eletrônico Nova Pontocom;  Prezunic – RJ. Inaugurada a loja 31, na Barra da Tijuca;  No dia 26/11/2011 a rede Prezunic foi vendida para a rede Cencosud. 2012  Cencosud assume o controle da Prezunic. 2013  A Rede Makro, inaugura na cidade de São Carlos – SP, sua 78ª loja, sendo 28 lojas no estado de São Paulo;  Jean-Charles Naouri, é nomeado o Presidente do Conselho de Administração do GPA 2014  Carrefour lança bandeira Carrefour Express. Lojas pequenas voltadas para as regiões de grande concentração;  Supeco, nova bandeira de Atacarejo do Carrefour é lançada;  Abílio Diniz deixa o Grupo Pão de Açúcar;  Abílio Diniz compra 10% do patrimônio do Carrefour Brasil. 2015  Carrefour 40 anos de Brasil. Com um total de 250 lojas, 72 mil colaboradores;  Supermercado Hirota abre sua 16ª filial em São Bernardo do Campo. Fonte: Vilas, Roberto, 2015 – Expansão no varejo de Supermercado e Hipermercados Com o decorrer dos anos, conforme visto na linha do tempo, Sonae, Carrefour, Royal Ahold, Gerônimo Martins, Wal Mart, Grupo Pão de Açúcar e outros, cometeram grandes equívocos na área de expansão, levando-os a adquirir redes inteiras e poucos anos depois, ter que desfazer-se delas assumindo seus onerosos prejuízos. Em muitos casos, essas empresas sofreram a desorganização da economia, com a ilegalidade e marginalidade que parte do varejo operava nos grandes centros. Müller, Renato, 2014, escreveu para o Portal no Varejo, Disponível em http://www.portalnovarejo.com.br/index.php/component/k2/item/8650-o-buraco- negro-do-varejo): [...]O Brasil é considerado há praticamente 20 anos um mercado atraente para investimentos estrangeiros no varejo. Entretanto, a complicada legislação, as particularidades do mercado e expectativas otimistas demais por parte das empresas transformaram o Eldorado brasileiro em uma tremenda frustração[...]. As histórias de insucesso de varejistas estrangeiros no mercado brasileiro têm alguns fatores em comum: - Problemas nas operações globais, que geraram a necessidade de cortar custos, reduzir endividamento e fazer caixa; - Desempenho aquém do esperado, por pouco entendimento das especificidades do mercado local; - Concorrência agressiva impedindo o aumento da escala dos negócios e inviabilizando o desempenho esperado[...]. 2.1.3. Fatores que propiciam as Fusões e Aquisições
  • 20. 20 Como visto no Quadro 2 – Linha de tempo: 1997 – 2008, o cenário, nestas últimas décadas, parecia estar muito favorável aos negócios de Fusões e Aquisições de empresas no setor do varejo de Supermercado e Hipermercado, principalmente para os grandes conglomerados e empresas estrangeiras. NUNES; VIEIRA, 2008, Fusões e Aquisições de Empresas no Brasil: [...] Os principais fatores, que possibilitaram o surgimento e a consolidação desse novo ciclo, foram: a) a globalização de mercados reais; b) a intensificação dos fluxos mundiais de investimentos estrangeiros diretos; c) a redução de mecanismos tradicionais de proteção; d) a remoção de barreiras ao ingresso de capitais estrangeiros, para investimentos diretos no país; e) as privatizações e f) os processos sucessórios em empresas familiares[...]. Entre os lideres varejistas uma questão que parece ser tratada por eles de maneira uniforme é a questão da estratégia de aumentar o Market Share e saturar o mercado, para não perder espaço para o seu concorrente. 2.2. A localização de uma loja Um dos fatores que mais influencia o sucesso de um negócio comercial é a sua localização. Então, a estratégia de ocupação de um novo espaço deve ser sempre muito bem planejada. Examinando o Quadro 2 – Linha do Tempo, deste trabalho, nota-se claramente muitos negócios realizados por grandes e médias empresas que tiveram seus resultados comprometidos em operações desastrosas. ALMEIDA, Ladeira, 1997, Análise de Localização no contexto de redes varejistas: [...] Ao escolher uma localização, o varejista realiza investimentos fixos relevantes, cuja reversão é difícil e demorada quando comparada à dos outros fatores que compõem o mix mercadológico da empresa. Modificar o nível de preços exercido pela empresa, bem como o mix de produtos oferecidos e as condições de venda são atividades que demandam tempo, recursos e esforços, mas não podem ser comparadas em nível de recursos, tempo e esforços necessários à reversão da escolha de uma localização inadequada ou subótima [...]. Disponível em www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/O-sucesso-do- negocio-depende-de-sua-localizacao: [...]Antes de definir a localização do negócio, estabeleça o perfil do consumidor que pretende atingir. O ponto comercial, principalmente quando se trata de comércio varejista, é fundamental para o bom desempenho das vendas. Se o ponto demonstrar aspectos negativos que podem prejudicar as vendas, talvez seja oportuno pensar em uma mudança para um ponto melhor, mesmo que ela signifique um esforço de investimento em termos de instalações e de propaganda. Ao analisar as condições do ponto comercial e, especialmente, a repercussão da escolha da localização no faturamento, é
  • 21. 21 preciso considerar outros fatores que, isoladamente ou em conjunto, interfiram negativamente nas vendas[...]. Para garantir que a localização escolhida tenha uma boa relação com o conjunto do empreendimento, segue recomendações pelo SEBRAE (2015): [...]Estabeleça o perfil do consumidor que pretende atingir; Defina o produto a ser oferecido; Avalie o contrato, as condições de pagamento e o prazo do aluguel; Verifique se o preço é compatível com sua capacidade de investimento, com o prazo de retorno e o movimento esperado[...]; Observe a facilidade de acesso, a visibilidade, o volume do tráfego, o local para estacionamento e o nível de ruído; Verifique as condições de higiene e de segurança; Cheque a proximidade de concorrentes e similares; Atente para a facilidade de aquisição de matéria-prima e recrutamento de mão de obra, ou seja, verifique a existência de pessoas especializadas nas imediações; Verifique se o local atende às especificações do projeto, em termos de área adequada à produção e/ou serviços prestados, proximidade com o mercado consumidor e fornecedores e solicite a busca prévia de localização junto à prefeitura, a fim de verificar possíveis impedimentos em relação à montagem do negócio, tendo em vista o plano diretor urbano do município; Levante várias alternativas de pontos para poder comparar e definir o melhor lugar para o negócio; observe o movimento dos locais escolhidos durante vários dias e em horas alternadas[...]. O que é uma boa localização, em termos gerais? Segundo Barboza; Lima, (2004, p. 19), respondem à pergunta da seguinte forma: [...] É estar em uma região onde os ambientes demográficos e de mercado sejam propícios para o desenvolvimento de seu negócio, instalado em um local que possua os atributos necessários para atrair o público [...] A base Localização + Ponto Comercial está assim estruturada: demografia, demanda de mercado, concorrência, fatores urbanos e ponto comercial [...]. O estudo detalhado desses tópicos permitirá ao aluno ter um forte sentimento sobre a importância da saturação do tema antes da tomada de decisão de investimento. 2.3.Perfil do Cliente ou Demografia Conhecer o local onde será instalado o empreendimento é fundamental. Tão fundamental quanto conhecer o próprio negócio. Quem são os seus clientes? Qual a estrutura socioeconômica que o negócio deve estar introduzido para que dê certo a sua operação? Que produto venderá para esses clientes? Qual é o público alvo? Essas perguntas iniciais se referem ao negócio que pratica. Outros questionamentos: Esta população é suficiente para atender o negócio? Qual a abrangência da zona de influência? De que forma esta população vive nesta região? Há previsão de crescimento e renda para estes clientes? Que potencial têm para se
  • 22. 22 tornarem clientes? Com que frequência compram no varejo? Que produtos precisam para suas casas? O que fazem nas horas de lazer e descanso? Onde estudam? Onde trabalham? Costumes e tradições locais? Compram em que dia e horário? Na volta para casa? Ou na ida para o trabalho? 2.4. Crescimento orgânico Ao contrário do processo de fusões e aquisições, que dá agilidade à expansão, o crescimento orgânico é considerado lento, permitindo que o empreendedor estabeleça seu projeto conforme as tradições de seu negócio. No crescimento orgânico, fazer os estudos de mercado, levantar uma estimativa de venda daquele local escolhido, permitirá prever o quanto venderá aquela unidade se for realmente aberta e formar elementos para compor as variáveis de viabilidade do negócio. Ao passo que nas fusões e aquisições se tem o resultado do ano anterior como base de comparação, no processo de expansão orgânica é comum se utilizar lojas antigas como um benchmark, buscando aproximar a identidade daquele local escolhido comparando-se com algum equipamento semelhante já em funcionamento. Normalmente, a administração central da matriz da empresa estabelece limites para viabilidade econômica de acordo com a situação econômica pretendida para o projeto. Não atingindo os valores recomendados o projeto se torna inviável. 2.5. Demanda de mercado A demanda de mercado, Segundo Barboza; Lima, (2004, p. 29): segundo: [...]A demanda de mercado é o começo da cadeia de consumo: vende-se produtos porque existem pessoas dispostas a comprá-los... acredita-se que para todo produto ou serviço exista um comprador em potencial...todo produto tem o seu mercado-alvo, e esse mercado tem tamanho definido[...]. Neste trabalho, didático fica a orientação para que os alunos busquem como atividade complementar, fazer uma pesquisa de campo, por exemplo, na porta de uma loja de supermercado e perguntar ao cliente daquela loja escolhida, o que ele acha sobre determinadas coisas. A formulação das perguntas, depende muito do interesse e alvo da pesquisa.
  • 23. 23 2.6. Concorrência A disputa entre dois competidores comerciais que trabalham com o mesmo grupo de produtos e o mesmo perfil de público, se utilizando do mesmo espaço, mesma legislação, mesmas ferramentas ou equipamentos, dá-se o nome de concorrentes. Na análise do ambiente competitivo, compreende-se as ameaças e oportunidades frente ao mercado, as tendências do setor e os concorrentes. De acordo com Philip Kotler (1998, p. 208), as empresas não devem somente focar nos seus consumidores, devem também ficar alertas com seus concorrentes, comparar seus produtos, preços, praça e promoção. Segundo Kotler (1998, p. 208), com o conhecimento sobre seus concorrentes a empresa identifica áreas de vantagem ou desvantagem competitiva, as estratégias de cada um, seus objetivos, forças e fraquezas e padrões de reação. Um concorrente nas proximidades de seu negócio, desde que ambos trabalhem sobre iguais condições, é sempre muito importante. Motiva o negócio a sempre ser surpreendente, retirando seu operador da comodidade de ambos os lados. Segundo Barboza; Lima, (2004, p. 36): [...]A presença da concorrência moderada é a melhor situação para os produtos de compra planejada. O consumidor quer pesquisar os preços e comparar as lojas. Como fazer isso se não há com quem comparar[...]? Como atividade de produção individual, uma pesquisa entre dois competidores de mercado varejista, visando a comparação das operações, levantando-se os pontos fortes, os pontos fracos e os pontos a melhorar de cada concorrente. O assunto é extenso, mesmo se aplicado no ramo de varejo de supermercado e hipermercado, poderá ser melhor detalhado estudando-se:  Consumidores potenciais; Pontos comerciais sem concorrentes; Condições inadequadas de localização; Pontos comerciais com vários concorrentes; Mercado Saturado; A imagem de seu negócio; 2.7. Fatores urbanos Segundo Barboza; Lima, (2004, p. 38), as ruas e avenidas carregam maior ou menor fluxo de veículo de acordo com sua capacidade e sua função no sistema viário.
  • 24. 24 Assim, identificar os principais e melhores acessos, bem como, apontar as vias de maior fluxo e que permitam uma conexão fácil com outras regiões, é de fundamental importância para o êxito do projeto. Ao visitar uma nova cidade, para expansão de varejo, buscar-se-á encontrar a melhor localização, a melhor via de localização, o melhor e adequado perfil de público cliente. Torna-se importante evitar as barreiras naturais e as artificiais, distanciando o projeto desses obstáculos. Entende-se por barreiras naturais, rios, lagoas, córregos, morros, parques com vegetação extensa e imóveis de perfil geológico com relevo e materiais rochosos. Por barreiras artificiais, compreende-se as estradas de ferro, feiras livres, pontes, viadutos, vias expressas de alta velocidade, cuja capacidade de retorno esteja comprometida com longas distâncias a percorrer. Um grande equipamento de varejo deve estar posicionado em vias de grande fluxo e com capacidade de atração de muitos clientes de diferentes zonas da cidade. Para efeito deste curso proposto, procurar-se-á desenvolver atividades interativas e pesquisa de campo com os alunos de forma que possam identificar e qualificar vias urbanas, sugerindo localizações fictícias para implantações de grandes projetos. Neste curso, outros temas aprofundarão melhor a questão obstáculos urbanos, conforme segue abaixo:  Acessos de pedestre; Linhas de transporte coletivo; Vias intransponíveis; Acessibilidade local; Organização urbana da região; Semaforização; Zoneamento urbano; Órgãos públicos para aprovação de projetos; Áreas inundáveis; Presenças de pontos de prostituição; Serviços públicos disponíveis. 2.8. Ponto comercial A discussão sobre a Demanda, Demografia e Concorrência, precede a discussão sobre o Ponto Comercial, uma vez que, de nada adianta ter um excelente ponto comercial numa região errada e vice-versa, segundo Barboza; Lima, (2004, p. 51). Define-se um ponto de comércio pelas suas qualidades e facilidades oferecidas aos seus clientes. O melhor ponto comercial é aquele que se interage, se comunica, com seu cliente. Pela sinergia do local, pela presença de outros comércios,
  • 25. 25 concorrentes ou não, que se complementam e identificam-se com seu tipo de atividade. Como mera sugestão, poderia se avançar nos seguintes temas: Posição estratégica na área de comércio; Fixação da marca; Ocasiões de compra; Compra planejada; Compra por impulso; Exposição regional; Visibilidade do ponto; A identidade do estabelecimento; Posição na via pública; Velocidade de trânsito; Acessibilidade; Estacionamento. 2.9. Condições Urbanas do imóvel Investigar as condições do imóvel, mesmo sabendo que sua situação é regular, perante a prefeitura. Não compre o imóvel ou efetue um contrato de locação sem antes verificar na Prefeitura sua condição de uso permanente no futuro. Verifique o zoneamento, a categoria de uso do local, as taxas de ocupação, os recuos laterais, frontais, córregos, minas d´água, arvores protegidas pela legislação, patrimônio histórico, tubulações de gás, oleodutos, adutoras e outros. Verifique a documentação e certidões imobiliárias, neste caso, um advogado e um engenheiro com especialização no ramo imobiliário pode ser fundamental para eliminar qualquer dúvida sobre os legítimos proprietários e a situação dos imóveis. Como forma de interagir com os alunos, recomenda-se que eles façam uma pesquisa na Prefeitura para levantamento das condições técnicas de aprovação de um determinado imóvel. Outros temas são: Segurança da transação imobiliária; Zoneamento; Categoria de uso do local; Análise do estado geral do imóvel; Documentos do imóvel: Matricula; IPTU; Certidões Imobiliárias; Documentação dos proprietários; Certidão de regularidade do imóvel; Aprovações dos projetos. 2.10. Meio Ambiente Há sempre um departamento, ou uma Secretaria Municipal, que possa auxiliar quanto as questões ambientais. Não havendo, é importante então consultar outros órgãos, estadual ou Federal.
  • 26. 26 FARIAS, Talden Queiroz, em seu portal Âmbito Jurídico, escreveu sobre a questão Licenciamento ambiental e responsabilidade empresarial, disponível em http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo _id=1171: [...]A responsabilidade social das empresas, que é uma forma de gestão como a empresa se relaciona com o Poder Público e a sociedade tendo em vista coadunar o desenvolvimento econômico à proteção ao meio ambiente e à promoção de justiça social. O modelo que procura coadunar os aspectos ambiental, econômico e social é chamado de desenvolvimento sustentável. Por isso as atividades econômicas potencialmente causadoras de impactos ao meio ambiente devem estar sujeitas ao controle pelo Poder Público. Entre os mecanismos estatais para o controle dos impactos ambientais se destaca como o mais eficaz o licenciamento ambiental. O sistema de licenciamento ambiental tem por finalidade assegurar que o meio ambiente seja devidamente respeitado quando da instalação e operação de empreendimentos e obras. Para isso devem ser necessariamente consideradas uma serie (sic) de questões das mais variadas ordens, como a ecológica, a econômica, a cultural, a jurídica e a social[...]. Sendo assim, efetivar a compra de um imóvel antes de fazer essas consultas, é sempre uma operação de alto risco. Como atividade didática e trabalho de produção individual, orienta-se ao Docente que conduza seu Discente a pesquisar de que maneira pode-se atender a legislação ambiental art. 19 do Decreto 99.247/90 e o art. 8º da Resolução 237/97 do CONAMA, que define a licença de instalação e a licença de operação. 2.11. Aprovações legais A Prefeitura de São Paulo, estabelecendo como fase inicial a consulta prévia, conforme descrita em seu portal http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/subprefeituras/sp_mais_facil/slea/c onsulta_previa/index.php?p=9440: [...]A Consulta Prévia de Funcionamento é um serviço on-line, gratuito, pelo qual o interessado pode verificar de forma fácil e sem custo, apenas com o endereço do imóvel, se uma determinada atividade é permitida no local, se o imóvel é irregular ou não, se há restrições de horários de funcionamento, vagas de estacionamento necessárias, possibilidades de uso do imóvel, entre outras informações. A consulta não gera nenhum processo, apenas fornece uma informação prévia, muito útil para os profissionais do ramo imobiliário e aos empreendedores que pretendem abrir um negócio. [...]. Para efeito deste curso, orienta-se uma atividade individual, para que os alunos façam uma solicitação de Consulta Prévia à Prefeitura de São Paulo, sobre um projeto que tenha estudado em aulas passadas, visando obter a sua informação básica de viabilidade do empreendimento.
  • 27. 27 3. PROPOSTA DE PLANO DE TRABALHO DOCENTE Anexos Anexo 1 – Plano de trabalho docente INSTITUIÇÃO: Centro Universitário - SENAC DISCIPLINA: Expansão no varejo de supermercado e hipermercado CARGA HORÁRIA: 32 horas SEMESTRE: 4º Semestre PROFESSOR RESPONSÁVEL: Roberto de Souza Vilas Bôas EMENTA: Estudo de metodologia de expansão e crescimento de uma grande empresa de varejo de supermercado e hipermercado; análise histórica do varejo; estabelecimento de processos para expansão sustentável de grandes empresas do varejo; busca da compreensão sobre o melhor caminho para viabilizar um empreendimento comercial de varejo; expansão por fusões e aquisições; expansão orgânica; investigação para escolha da melhor localização de um empreendimento de varejo; elaboração de planos de trabalho para licenciamento e aprovações em órgãos públicos. OBJETIVO: Desenvolver raciocínio analítico e crítico sobre os métodos de expansão existentes e praticados nas grandes corporações. Envolvimento do aluno com a pesquisa e interação em grupo por meio de trabalhos didáticos. Introdução do aluno em situação real do processo de trabalho visando garantir segurança nos processos de expansão de varejo para supermercados e hipermercados. Desenvolver no aluno o espirito de dono do negócio, onde sua decisão e orientação pode comprometer o futuro de seus colegas e da corporação.
  • 28. 28 MODULO OBJETIVOS/COMPETENCIA CONTEUDO ESTRATÉGIAS AVALIAÇÃO BIBLIOGRAFIA I Introdução a Expansão; Informações gerais sobre o curso; Definições gerais de termos comuns utilizados no varejo; Movimentação da concorrência; cenários possíveis de expansão. Pesquisa Temática sobre a evolução da concorrência no cenário nacional; Identificar as diferentes fontes de pesquisa, sua confiabilidade e relevância cientifica; Visita técnica a um concorrente previamente escolhido. Testes de múltipla escolha Trabalhos de produção individuais Barboza, Mônica de Barros e Carlos Eduardo de Lima - A cartilha do Ponto Comercial - Como escolher o lugar certo para o sucesso de seu negócio; ESPM, FGV, FIA, IBEVAR, USP e outras http://varejo.espm.br/tag/ricardo- pastore-2 http://www.ibevar.org.br/ II Identificação das etapas de um processo completo de expansão; Fusões e Aquisições do varejo; Expansão Orgânica para varejo; Desenvolvimento de um projeto e suas etapas até a viabilidade; Levantamento de trabalhos realizados; Detalhamento de casos que possam ser importantes. Compreender os processos; A importância de roteirizar procedimentos; Testes de múltipla escolha Trabalhos de produção individuais Barboza, Mônica de Barros e Carlos Eduardo de Lima - A cartilha do Ponto Comercial - Como escolher o lugar certo para o sucesso de seu negócio; ESPM, FGV, FIA, IBEVAR, USP e outras; http://varejo.espm.br/tag/ricardo- pastore-2 http://www.ibevar.org.br/ III Definições de área de influência Escolha do ponto comercial; Técnicas de negociação para aquisição imobiliária; Pesquisas de mercado; Definições de público alvo; Sistemas de mapeamento; Desenvolver pesquisa e levantamento de casos concretos de negócios imobiliários; Caracterização e compreensão das características da população Aprender a mapear uma zona de influência, objetivando ter uma visão gráfica do local de implantação; Testes de múltipla escolha Trabalhos de produção individuais Barboza, Mônica de Barros e Carlos Eduardo de Lima - A cartilha do Ponto Comercial - Como escolher o lugar certo para o sucesso de seu negócio; ESPM, FGV, FIA, IBEVAR, USP e outras; IV Aprovações legais de um empreendimento de varejo; Licenciamento Ambiental; Eia-Rima sócio econômico; Zoneamento Urbano; Estudos em sites de prefeituras das condições de aprovações legais de um empreendimento comercial Estudar os órgãos públicos, procurando conhecer a orientação política a qual está ligado; Testes de múltipla escolha Trabalhos de produção individuais Sites da internet juntos as prefeituras e Secretarias de Planejamento; Cetesb, Corpo de Bombeiro;
  • 29. 29 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Tendo em vista os objetivos deste trabalho escolar, ao direcionar a proposta ao profissional trabalhador do comércio que atua nas grandes empresas de varejo, dando lhe oportunidade de voltar a estudar e complementar seus estudos, por meio de ensino superior EaD, o papel da escola estará sendo realizado na sua integridade. Pois com essa atitude, o aluno poderá, mesmo estando empregado, receber novos conhecimentos atualizando-se e evoluindo na sua carreira profissional. A EaD, permitirá que este profissional possa, sem prejuízos às suas responsabilidades corporativas, buscar a ciência para a realização das suas tarefas cotidianas. Ganha o aluno e ganha a empresa, pois terá em pouco tempo um profissional diferente, com conhecimento técnico e cientifico capaz de alcançar resultados importantes no âmbito profissional. A metodologia adotada introduzindo o aluno a conhecer o seu mercado de trabalho por meio de uma revisão histórica, mesmo que seja de um curto período de tempo, permitirá ao mesmo, compreender os caminhos percorridos, as razões que levaram essas corporações a percorrerem e questioná-los de forma contundente, uma vez que, como visto no corpo deste trabalho, os resultados obtidos por empresas estrangeiras, em fusões e aquisições, não foram dos melhores. A partir deste curso o aluno profissional de varejo compreenderá a importância de se planejar uma expansão de forma organizada, evitando-se cometer equívocos desastrosos à economia e finanças de uma grande empresa. Ao tomar conhecimento das ferramentas técnicas e cientificas que o mercado tem para o aprendizado, este aluno poderá juntamente com seu tutor, orientador, desenvolver novas técnicas com o intuito de entender a questão, sob um ponto de vista pedagógico, bem como atuar nas dificuldades deste setor empresarial de serviços. Com o conhecimento adquirido, poderá orientar os melhores caminhos para expansão, dentro da sua capacidade e possibilidades, se utilizando das melhores técnicas praticadas pelo mercado, aproveitando os estudos acadêmicos, materiais técnicos informativos, recolhendo o necessário para sua atividade.
  • 30. 30 5. REFERENCIAS ALMEIDA, Flávia Regina Ladeira, em Análise de Localização no contexto de redes varejistas: levantamento das principais técnicas e práticas (1997) BERNARDINO, E. C. et. al. Marketing de varejo. Rio de Janeiro: FGV, 2004; LAS CASAS, A. Marketing de Serviços. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2002; PARENTE, J. Varejo no Brasil: Gestão e estratégia. São Paulo: Atlas, 2000; KOTLER, P. Princípios de Marketing. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999; Barbosa, de Mônica de Barros e Lima, Carlos Eduardo, Cartilha Comercial, editado pela Clio Editora - 2004 RICHERS, R. Marketing: uma visão brasileira. São Paulo: Negócios, 2000. SPILLER, E. et. al. Gestão de serviços e marketing interno. Rio de Janeiro: FGV, 2004. CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC - Diretoria de Pós Graduação: http://www.ead.senac.br/pos-graduacao/gestao-do-varejo/ TRABALHOS FEITOS - http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Analise- Concorrentes/821792.html# Philip Kotler (1998, p. 208) ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING: http://www.espm.br/ConhecaAESPM/NucleosDeEstudo/EstudosDeVarejo/Pages/def ault.aspx: REVISTA EXAME. A ditadura do varejo. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/0768/noticias/a-ditadura-do-varejo- m0052384>. Acesso em: 19 out, 2010. GRUPO PÃO DE AÇÚCAR: http://www.gpabr.com/o-grupo/nossa-historia/ WAL MART: http://www.walmartbrasil.com.br/sobre-o-walmart/no-brasil/ CARREFOUR COMERCIO E INDUSTRIA: http://www.carrefour.com.br/institucional/grupo-carrefour/trajetoria CENCOSUD: http://www.gbarbosa.com.br/noticias FUSÕES & AQUISIÇÕES: http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br/search/?q=VAREJO http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br/2011/05/as-principais-fusoes-e-aquisicoes- do.html http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/subprefeituras/sp_mais_facil/slea/c onsulta_previa/index.php?p=9440