1) O documento discute a mediunidade e como os médiuns podem aprimorar suas habilidades através do estudo, trabalho espiritual e vivendo de acordo com os princípios cristãos.
2) Propõe que os médiuns substituam sentimentos negativos da "Era da Matéria", como ignorância e opressão, por sentimentos positivos da "Era do Espírito", como conhecimento e fraternidade.
3) Ao viverem de acordo com os valores espirituais, os médiuns poderão desenvolver suas facul
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Palavras do Mentor Espiritual Rama Schain
Para refletir:
Sim, meu amigo, observa a cachoeira que surge aos teus olhos.
É um espetáculo de beleza, guardando imensos potenciais de energia.
Revela a glória da Natureza. Destaca-se pela imponência e
impressiona pelo ruído. Entretanto, para que se faça alicerce de
benefícios mais simples, é indispensável que a engenharia
compareça, disciplinando lhe a força. É então que aparece a usina
generosa, sustentando a indústria, estendendo o trabalho, inspirando
a cultura e garantindo o progresso.
Assim também é a mediunidade. Como a queda-d’água, pode
nascer em qualquer parte. Não é patrimônio exclusivo de um grupo,
nem privilégio de alguém. Desponta aqui e ali, adiante e acolá,
guardando consigo revelações convincentes e possibilidades
assombrosas. Contudo, para que se converta em manancial de auxílio
perene, é imprescindível que a Doutrina dos Espíritos lhe clareie as
manifestações e lhe governe os impulsos. Só então se erige em fonte
contínua de ensinamento e socorro, consolação e bênção. Estudemo-
la, pois, sob as diretrizes do Mundo Maior para que nos tracem
seguro caminho para o Cristo de Deus, através da revivescência do
Evangelho simples e puro, a fim de que mediunidade e médiuns se
coloquem, realmente, a serviço da sublimação espiritual.
EMMANUEL
Página recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, na noite de 21/10/56, em Pedro
Leopoldo.
Mediunidade com Jesus no dia a dia:
Em quaisquer setores de atividade humana, é natural
cultivemos, nas reentrâncias do coração, o anseio de melhoria e
aperfeiçoamento. O engenheiro que, após intenso labor, obtém o seu
diploma, aprimorar-se-á, no estudo e no trabalho, a fim de dignificar
a profissão escolhida, convertendo-se em construtor do progresso e
do bem-estar geral.
O médico, no contato com o sofrimento e a enfermidade, na
cirurgia ou na clínica, ampliará sempre os seus conhecimentos, com
vistas à experiência no tempo. E, se honesto e bom, conquistará o
respeito do meio onde vive.
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O artífice seja ele mecânico ou carpinteiro, sapateiro ou
alfaiate, no humilde labor diuturno, estudando e aprendendo,
adquirirá os recursos da técnica especializada, que o tornarão
elemento valioso e indispensável no ambiente onde a Divina Bondade
o situou.
O advogado, no trato incessante com as leis, identificando-se com a
hermenêutica do Direito, compulsando clássicos e modernos, abrirá
ao próprio Espírito perspectivas sublimes “para o ingresso à
Magistratura respeitável, em cujo Templo, pela aplicação dos
corretivos legais, cooperará, eficientemente, com o Senhor da Vida
na implantação da Justiça e na sustentação da ordem jurídica.
Se esta ânsia evolutiva se compreende nos labores da vida
contingente, cujas necessidades, em sua maioria, virtualmente
desaparecem com a cessação da vida orgânica, que dizermos das
realizações do Espírito Eterno, das lutas e experiências que
continuarão além da Morte, para decidirem, afinal, no mundo
espiritual, da felicidade ou da desventura do ser humano?
O quadro evolutivo contemporâneo assemelha-se a um cortejo
que se dirige, simultaneamente, a uma necrópole e a um berçário.
Vamos sepultar uma civilização poluída e assistir, jubilosos, à
alvorada de luz de um novo Dia.
A Humanidade, procurando destruir os grilhões que ainda a
vinculam à Era da Matéria, na qual predominam os sentimentos
inferiorizados, apresenta dolorosos sintomas de decomposição, à
maneira de um corpo que se esvai, lentamente, a fim de, pelo
mistério do renascimento, dar vida a outro ser mais perfeito e
formoso.
O médium, como criatura que realiza, também, de modo
penoso, a sua marcha redentora, aspirando a melhorar-se e atingir a
vanguarda ascensional, ressente-Se, naturalmente, no exercício de
sua faculdade, seja ela qual for, deste estado de coisas, revelador da
ausência do Evangelho no coração humano.
Os problemas materiais, os instintos ainda falando, bem alto,
na intimidade do próprio coração, a inclinação ao personalismo e à
vaidade, à prepotência e ao amor próprio, enfim, a condição ainda
deficitária de sua individualidade espiritual, concorrem para que o
Mais Alto encontre, nesta altura dos tempos, forte obstáculo à livre,
plena e espontânea manifestação.
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Justo e mesmo necessário será, portanto, que o médium
guarde, igualmente, no coração, o desejo de, pelo estudo e pelo
trabalho, pelo amor e pela meditação, sobrepor-se ao meio ambiente
e escalar, com firmeza e decisão, os degraus da evolução consciente
e definitiva, convertendo-se, assim, com redução do tempo, em
espiritualizado instrumento das vozes do Senhor.
Esclarecem os instrutores espirituais que é “a mente a base de
todos os fenômenos mediúnicos”. Assimilando, a natureza dos nossos
pensamentos, o tipo das nossas aspirações e o nosso sistema de
vida, a se expressarem através de atos e palavras, pensamentos e
atitudes, determinarão, sem dúvida, a qualidade dos Espíritos que,
pela lei das afinidades, serão compelidos a sintonizarem conosco nas
tarefas cotidianas e, especialmente, nas práticas mediúnicas.
Não podemos por enquanto, é verdade, desejar uma
comunidade realmente cristã, onde todos se entendam, pensem no
bem, pelo bem vivam e pelo bem realizem.
Seria, extemporaneamente, a Era do Espírito, realização que
pertencerá aos milênios futuros, quando tivermos a presença do
Cristo de Deus no próprio coração, convertido em Templo Divino, em
condições, por conseguinte, de repetirmos, leal e sinceramente, com
o grande bandeirante do Evangelho: “Já não sou eu quem vive, mas
Cristo que vive em mim.” -
Todavia, se é impossível, por agora, a cristianização coletiva da
Humanidade do nosso pequenino orbe, Jesus continua falando ao
nosso coração, em silêncio, desde o suave episódio da Manjedoura,
quando acendeu, nas palhas do estábulo de Belém, a luz da humana
redenção.
Cada um de nós terá de construir a própria edificação. Esta
transição inevitável, da Era da Matéria para a Era do Espírito, pode
começar a ser efetivada, humildemente, silenciosamente,
perseverantemente, no mundo interior de cada criatura.
Comecemos, desde já, o processo de autotransformação. Este
processo renovativo se verificará, indubitavelmente, na base da troca
ou substituição de sentimentos.
Modifiquemos os hábitos, aprimoremos os sentimentos,
melhoremos o vocabulário, purifiquemos os olhos, exerçamos a
fraternidade, amemos e sirvamos, estudemos e aprendamos
incessantemente.
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Temos que deixar os milenários hábitos que nos cristalizaram
os corações, como abandonamos a roupa velha ou o calçado
imprestável, que não mais satisfazem os imperativos da decência e
da higiene.
A fim de melhor entendermos a base de tais substituições,
exemplifiquemos:
ERA DA MATÉRIA = {Ignorância = {questões materiais, questões
espirituais.
{Opressão = {espiritual, material.
{Instintos = {animalidade, ambição.
ERA DO ESPÍRITO = {Conhecimento = {sabedoria humana,
sabedoria espiritual.
Fraternidade = {material, espiritual. Renovação = {moralidade,
altruísmo.
Vamos sair de uma para outra fase da evolução planetária,
impondo-se, portanto, a renovação dos sentimentos. Numa figura
mais simples: a substituição do que é ruim, pelo que é bom, do que é
negativo, pelo que é positivo, do que degrada, pelo que diviniza.
Antigamente, em época mais recuada, homens e grupos se
caracterizavam, total e expressamente, pela ignorância de assuntos
espirituais e materiais, pela opressão — material e espiritual — uns
sobre os outros, o mais forte sobre o mais fraco e, finalmente, pela
absoluta predominância dos instintos.
Oprimia-se moral, econômica e espiritualmente. Sacrificava-se,
inclusive, o irmão, em nome do Divino Poder. O primado da Matéria
abrangia todas as formas de vida.
Na fase de transição em que vivemos, tendemos, sem dúvida,
para a espiritualização. Substituiremos as velhas fórmulas da
ignorância, da opressão política ou religiosa, moral ou econômica,
pelas elevadas noções de fraternidade do Cristianismo.
Os instintos inferiorizados cederão lugar, vencidos e
humilhados, aos eternos valores do Espírito Imortal! Como
decorrência natural de tais substituições, a mediunidade, igualmente,
sublimar-se-á.
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Elevar-se-ão as práticas mediúnicas, porque Espíritos
Sublimados sintonizarão com os medianeiros, em definitivo e
maravilhoso Pentecostes de Amor e Sabedoria, exaltando a Paz e a
Luz.
Quando o conhecimento dos problemas humanos, em seu duplo
aspecto material e espiritual, tornar-se uma realidade em nosso
coração, a fenomenologia mediúnica se enriquecerá de novas e
incomparáveis expressões de nobreza.
Quando a Fraternidade que ajuda e socorre, que perdoa e
consola, substituir a Opressão, que sufoca e constrange, os médiuns
serão, na paisagem terrestre, legítimos transformadores de luz
espiritual.
O homem será irmão de seu irmão, sua vida será sublime
apostolado de ternura e cooperação e o seu verbo a mais
encantadora e harmoniosa sinfonia. Quando nos moralizarmos e nos
tornarmos realmente altruístas, superando a animalidade primitivista
e a ambição desmedida, nos converteremos em pontes luminosas,
através das quais o Céu se ligará à Terra.
Se desejamos sublimar as nossas faculdades mediúnicas, temos
que nos educar, transformando o coração em Altar de Fraternidade,
onde se abriguem todos os necessitados do caminho.
A Era da Matéria exige-nos conquistas exteriores, ganhos
fáceis, prazeres e futilidades, considerações e honrarias. É o
imediatismo, convocando-nos à preguiça e à estagnação, ao abismo e
ao sofrimento.
A Era do Espírito pede-nos a conquista de nós mesmos, luta
incessante, trabalho e responsabilidades. É o futuro, acenando-nos
com as suas mãos de luz para a realização de nossos alevantados
destinos.
O médium que, intrinsecamente, vive os fatores negativos da
Era da Matéria, é operário negligente, cuja ferramenta se enferrujará,
será destruída pelas traças ou roubada pelos ladrões, consoante a
advertência do Evangelho.
Será, apenas, simples produtor de fenômeno. O médium,
entretanto, que vigia a própria vida, disciplina as emoções, cultiva as
virtudes cristãs e oferece ao Senhor, multiplicados, os talentos que
por empréstimo lhe foram confiados, estará, no silêncio de suas dores
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e de seus sacrifícios, preparando o seu caminho de elevação para o
Céu.
Estará, sem dúvida, exercendo a “mediunidade com Jesus”...
Orientação do Mentor Rama Schain:
INCORPORAÇÃO
1 - O que é a mediunidade de incorporação?
Embora consagrado pelo uso, esse termo é equivocado. Sugere
que o Espírito manifestante entra no corpo do médium para transmitir
seu pensamento, o que não acontece. Nosso corpo é inalienável, não
é passível de ter substituto ou de, eventualmente, abrigar um
Espírito. Quando muito, podemos dizer que o médium "incorpora" as
impressões, idéias e sensações da entidade manifestante.
2 - Qual seria o termo adequado?
Kardec fala em médiuns falantes. Não pegou no Brasil. Usa-se
a expressão psicofonia. Também é equivocado, sugerindo que
estaria a falar a alma do médium, algo mais próximo do animismo.
Não obstante, tanto incorporação quanto psicofonia estão
consagrados pelo uso. Em termos gerais a palavra incorporação quer
dizer tão somente a agregação de fatores importantes como o
médium receptor da comunicação mais o Espírito comunicante, mais
a afinidade entre ambos, a somatória de todas estas informações
passam a se incorporar dando como resultado o fenômeno da
manifestação mediúnica.
3 - Todos os médiuns psicofônicos trabalham de forma
idêntica?
Obviamente, todos transmitem o pensamento dos Espíritos pela
palavra articulada. O que varia é a profundidade do transe mediúnico.
Neste aspecto podemos dividir a psicofonia em dois tipos: consciente
e semi-consciente.
4 - Como distingui-los?
O médium consciente conserva-se desperto, captando o
pensamento do Espírito e o transmitindo pela palavra articulada.
Quanto ao médium semi-consciente, reúne algo da consciente mais o
estado alterado de consciência. O transe não é tão profundo que
produza a inconsciência, nem tão superficial que o mantenha
plenamente desperto. Mal comparando, diríamos que o médium
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consciente pensa para falar; o semi-consciente pensa e fala
simultaneamente.
5 - Por que, sendo a psicofonia semi-consciente mais
autêntica, é tão rara na atualidade?
Ocorre que, embora mais adequada à experimentação, é
problemática. Geralmente o médium se deixa envolver pela
influenciação do ambiente e não raro pela influencia de espíritos.
6 - Não tem controle sobre as manifestações?
Deve ter. Todavia, se não estiver atento às suas
responsabilidades, e realmente integrado no labor mediúnico,
permanecerá em estado de torpor que inibirá qualquer possibilidade
nesse sentido.
7 - O ideal seria o médium semi-consciente?
Não se trata da modalidade ideal, mas do médium ideal, aquele
que esteja convicto de suas responsabilidades, assumindo os
compromissos inerentes a esse serviço.
8 - Nota-se que na atualidade os médiuns, em maioria,
são conscientes. É uma tendência?
Sim. Embora implique em maior dificuldade para o médium, ele
sai lucrando. A psicofonia consciente exige maior envolvimento com o
estudo, a disciplina, a reforma íntima, habilitando-o a transmitir com
maior eficiência as manifestações, sejam de obsessores, sofredores
ou mentores.
DIFICULDADES INICIAIS:
1 - Como funciona a mediunidade consciente?
O médium capta o fluxo mental do Espírito, gerando idéias e
sensações, como se houvesse a intromissão de outra mente em sua
intimidade; como se estivesse a conversar com alguém, dentro de si
mesmo.
2 - Ouve uma voz?
Seria fácil, mas não é bem assim. Idéias surgem, misturando-
se com as suas, como se fossem dele próprio.
3 - Parece complicado...
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E é, sem dúvida, principalmente para médiuns iniciantes, que
não distinguem o que é deles e o que é do Espírito. Muitos
abandonam a prática mediúnica, em face dessa incerteza, que é
perturbadora.
4 - Como resolver esse problema?
É preciso confiar e dar vazão às idéias que lhe vêm à cabeça,
ainda que pareçam embaralhadas, em princípio. Geralmente a
mediunidade é desenvolvida a partir da manifestação de Espíritos
sofredores, o que é mais simples. Não exige maior concatenação de
idéias ou esforço de raciocínio. Cumpre-lhe, em princípio, apenas
exprimir as sensações e sentimentos que o Espírito lhe passa.
5 - Qual o conselho para o médium que enfrenta esse
impasse?
Sentindo crescer dentro de si o fluxo de sensações e
pensamentos, que tomam corpo independente de sua vontade,
comece a falar, sem preocupar-se em saber se é seu ou do Espírito. A
partir daí o fluxo irá se ajustando. É como o motorista inexperiente
na direção de um automóvel. Em princípio há solavancos, mas logo
se ajusta.
6 - O que pode ser feito para ajudar o médium iniciante?
A participação do grupo é importante. O médium, nessa
situação inicial, fica fragilizado. Sente-se vulnerável e constrangido.
Qualquer hostilidade ou pensamento crítico dos companheiros,
revelando desconhecimento do processo, poderá afetá-lo.
7 - Seria razoável aplicar passes magnéticos no médium
iniciante, em dificuldade para iniciar a manifestação?
O passe pode ajudar, mas devemos ser econômicos na sua
utilização, a fim de evitar condicionamentos. Há médiuns que
esperam pela intervenção do dirigente, aplicando-lhes passes, a fim
de iniciar seu trabalho.
8 - As manifestações de médiuns iniciantes são, não raro,
repetitivas. Como devem agir o dirigente e participantes do
grupo?
Cultivar a compreensão e a boa vontade, considerando que o
animismo, a intervenção do próprio médium, é expressivo nessa
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etapa do desenvolvimento. Aos poucos ele irá se ajustando,
aprendendo a distinguir melhor entre suas idéias e as do Espírito.
DESISTÊNCIA:
1 - Vemos, com freqüência, médiuns dotados de
razoáveis faculdades mediúnicas desistirem do compromisso.
Há algum prejuízo?
A sensibilidade mediúnica não funciona apenas nas reuniões de
intercâmbio. Está sempre presente. É na prática mediúnica, com os
estudos e disciplinas que lhe são inerentes, que o médium garante
recursos para manter o próprio equilíbrio. Afastado, pode cair em
perturbações e desajustes.
2 - É um castigo?
Não se trata disso. O problema está na própria sensibilidade
que, não controlada pelo exercício, situa o médium à mercê de
influências negativas, nos ambientes em que circule, e de entidades
perturbadas que se aproximam.
3 - Mas esse problema não está presente na vida de
todos nós? Não vivemos rodeados de Espíritos perturbados e
perturbadores?
Sim, e bem sabemos quantos problemas são decorrentes dessa
situação, por total ignorância das pessoas em relação ao assunto. No
médium afastado da prática mediúnica é mais sério, porqüanto, em
face de sua sensibilidade, ele sofre um impacto maior, com
repercussões negativas em seu psiquismo.
4 - E se o médium, não obstante afastado da prática
mediúnica, for uma pessoa de boa índole, caridosa, afável,
bem sintonizada?
Com semelhante comportamento poderá manter relativa
estabilidade, mas é preciso considerar que a mediunidade não é um
acidente biológico e sim um mecanismo biológico, como demais
mecanismos do sistema humano. Ninguém nasce médium por acaso.
Há compromissos que lhe são inerentes. Todos somos médiuns de
posse de um mecanismo de manifestação (corpo físico), ou na
erraticidade (desencarnado), continuaremos humanos e médiuns
eternamente.
5 - O médium vem programado para essa tarefa...
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Sim. Trata-se de um compromisso assumido na espiritualidade.
Há um investimento do candidato ao exercício da mediunidade,
relacionado com estudos, planejamento, adequação do corpo. Tudo
isso envolve diligentes cuidados dos mentores espirituais.
Imaginemos uma empresa investindo na preparação de um
funcionário para determinada função. Depois de tudo, será razoável
ele dizer que não está interessado?
6 - Mas não é contraproducente o médium participar de
trabalhos mediúnicos como quem cumpre uma obrigação ou
um contrato preestabelecido, temendo sanções?
As sanções serão de sua própria consciência, que lhe cobrará,
mais cedo ou mais tarde, pela omissão. Para evitar essa situação é
que os médiuns devem estudar, participando de cursos e reciclagens
que sustentem a noção de sua responsabilidade em relação ao
trabalho mediúnico.
7 - E se há impedimentos ponderáveis? Filhos a cuidar,
cônjuge difícil, profissão, saúde...
Eventualmente isso pode acontecer, por algum tempo. O
problema maior, entretanto, está no próprio médium que,
geralmente, tenta justificar a sua omissão. Altamente improvável que
a espiritualidade lhe outorgasse a mediunidade, sem dar-lhe
condições para exercê-la.
8 - E quando a participação do médium gera
conturbações no lar, a partir de um posicionamento
intransigente do consorte?
Lamentável o casamento em que marido ou mulher pretende
criar embaraços à atividade religiosa do cônjuge. É inconcebível!
Onde ficam o diálogo, a compreensão, o respeito às convicções
alheias? De qualquer forma, embora tal situação possa justificar a
ausência do médium, não o eximirá dos problemas inerentes à
mediunidade não exercitada.
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