Este estudo avaliou os efeitos de diferentes níveis de monensina sódica na ração de vacas leiteiras sobre a fermentação ruminal. A adição de 24mg/kg ou 48mg/kg de monensina reduziu os níveis de ácidos graxos de cadeia curta como o acético e butírico, bem como a relação acetato/propionato, sem afetar os níveis de pH ou nitrogênio amoniacal no rúmen.
1. Fermentação ruminal de vacas em lactação suplementadas com
diferentes níveis de monensina sódica nas rações
Rosa, P.S
1
. Tonon, E.S., Trimboli, R.T
1
, Gandra, J.R.
1
, Verdurico, L.C.
1
, Rennó, F. P.
1
1
Departamento de Nutrição e Produção Animal – VNP/FMVZ/ USP.
Objetivo
Os ionóforos, principalmente a monensina,
tem resultado em benefícios para à nutrição,
saúde e reprodução de vacas leiteiras, com
conseqüente aumento na eficiência
produtivas dos rebanho. Segundo
Ipharraguere & Clark (2003), o motivo dos
ionóforos aumentarem o desempenho de
animais é atribuído principalmente ao
aumento da produção do ácido propiônico, e
redução da relação de acetato/propionato,
diminuição da produção de metano e ácido
láctico, e por reduzir as perdas de proteína e
aminoácidos que seriam potencialmente
fermentados em nível de rúmen. O objetivo
deste trabalho foi avaliar diferentes níveis de
utilização de monensina sódica na ração de
vacas em lactação e seus efeitos sobre a
fermentação ruminal.
Material e métodos
Foram utilizadas doze vacas da raça
Holandesa, as quais foram distribuídas em
quatro quadrados latinos 3x3 balanceados e
contemporâneos, alimentadas com as
seguintes rações: 1) Controle (C), composto
por ração basal sem adição de monensina; 2)
Monensina 24(M24), composto pela ração
basal e a inclusão de 24 mg/kg MS de
monensina sódica (Bobiovet 10 Premix®,
Indukern do Brasil Química Ltda.) na ração,
adicionada ao concentrado e 3) Monensina
48(M48), composto pela ração basal e a
inclusão de 48 mg/kg MS de monensina
sódica na ração, adicionada ao concentrado.
As amostras de líquido ruminal foram
coletadas com a utilização de sonda
esofágica em dois tempos, antes (tempo zero)
e três horas (tempo três) após a alimentação
da manhã. Logo após a coleta foram
determinados os valores de pH ruminal
utilizando potenciômetro. Analisou-se no
líquido ruminal a concentração de nitrogênio
amoniacal (N-NH3) pelo método do acido
salicilico e a concentração de ácidos graxos
de cadeia curta (ácidos acético, propriônico e
butírico) utilizando cromatógrafo a gás.
Resultados
Não houve efeito (P>0,05) dos níveis de
monensina sódica sobre os valores de pH
ruminal no tempo zero, assim como dos níveis
de monensina sódica utilizados nas rações
sobre os valores de nitrogênio amoniacal
ruminal nos diferentes tempos avaliados,
porém foi observado aumento do pH no
tempo três de coleta para as vacas
alimentadas com a ração M48. Em relação às
concentrações dos ácidos graxos de cadeia
curta, houve redução (P<0,05) na
porcentagem e concentração molar dos
ácidos acético e butírico nos tempos
avaliados, bem como para a relação
acetato/propionato.
Conclusões
A utilização de diferentes níveis de
monensina sódica nas rações de vacas em
lactação influenciou positivamente as
concentrações dos ácidos graxos de cadeia
curta.
Referências Bibliográficas
IPHARRAGUERRE, I. R.; CLARK, J. H.
Usefulness of ionophores for lactating cows: a
review. Animal Feed Science and Technology,
v.106, p.39-57, 2003.