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Manual de Padrões
de Medições de Petróleo
Capítulo 17 – Medições Marítimas
Seção 1- Diretrizes para Inspeções
de Cargas Marítimas
QUINTA EDIÇÃO, MARÇO DE 2008
Direitos Autorais: Instituto Americano do Petróleo
Fornecido pela IHD sob licença com o API Licenciada-Inspectorate America Corp. 5966443001
Nenhuma reprodução ou reelaboração é autorizada sem licença da IHS Não deve ser Revendido, 11/09/2008 – 11:31:25 MDT
Manual de Padrões de
Medições de Petróleo
Capítulo 17 – Medições Marítimas
Seção 1- Diretrizes para Inspeções
de Cargas Marítimas
Departamento de Coordenação de Medições
QUINTA EDIÇÃO, MARÇO DE 2008
Notas Especiais
As publicações do API são voltadas necessariamente para problemas de uma natureza
geral. Com relação a circunstâncias específicas, as leis e regulamentos municipais,
estaduais e federais devem ser considerados.
Nem o API nem os funcionários, empreiteiros, consultores, comitês ou outros
cessionários dão quaisquer garantias ou declarações, expressas ou implícitas, com
relação à precisão, encorpamento ou utilidade das informações aqui contidas nem
assumem qualquer passivo ou responsabilidades pelo uso ou pelos resultados de tal uso
e de quaisquer informações ou processos revelados nesta publicação. Nem o API nem
quaisquer funcionários, empreiteiros, consultores ou outros cessionários declaram que o
uso desta publicação não infringe direitos de propriedade privada.
As publicações do API podem ser usadas por qualquer pessoa que o deseje. Todo
esforço foi realizado pelo Instituto para assegurar a precisão e confiabilidade dos dados
nelas contidos. No entanto, o Instituto não faz declarações ou dá garantias com relação a
esta publicação e isenta-se expressamente de qualquer passivo ou responsabilidade por
perdas ou danos resultantes de seu uso ou por violações de quaisquer jurisdições de
autoridades competentes com as quais esta publicação possa conflitar.
As publicações do API vêm a público para facilitar uma ampla disponibilidade de
práticas de engenharia e operacionais comprovadas e corretas. Estas publicações não
visam obviar a necessidade de recorrer a um bom julgamento de engenharia sobre
quando e onde estas publicações devam ser utilizadas. A formulação e publicação das
publicações do API não visam de forma alguma inibir quem quer que seja de utilizar
quaisquer outras práticas.
Qualquer fabricante que marque equipamentos ou materiais em conformidade com os
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de todos os requerimentos aplicáveis desse padrão. O API não faz declarações, não
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Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste trabalho pode ser reproduzida, armazenada em
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API Publishing Services, 1220 L Street N.W., Washington, D.C. 20005.
Copyright © 1999 Instituto Americano do Petróleo
Introdução
Esta Quinta Edição revista do Capítulo 17.1 do MPMS do API atualiza a Quarta Edição
de novembro de 2001 ao efetuar as seguintes modificações:
- os antigos Apêndices A e C foram totalmente removidos;
- o antigo Apêndice B foi renomeado Anexo A;
- 11.1 e 16.1 agora estão no Cap. 12 do MPMS do API, em vez de no Apêndice A;
- 7.3.1 e 12.6.1 agora fazem referência ao Cap. 17.9/IP HM 49 do MPMS do API em
vez de ao Apêndice C;
- O Cap. 17.9 do MPMS do API, Fator de Experiência da Embarcação (VEF), foi
acrescentado à lista de referências.
- O Fator de Experiência da Embarcação (VEF) do Cap. 17.9 do MPMS do API foi
acrescentado à lista de referências;
- A definição do VEF foi modificada para ser incluída ao Cap. 17.9 do MPMS do API e
“Razão de Carregamento de Embarcações” e “Razão de Descarregamento de
Embarcações” foram removidos;
- A Errata de junho de 2005 e suas referências foram removidas, já que se referem aos
VEFs.
Estas mudanças foram feitas como resultado da publicação do Cap. 17.9, Primeira
Edição, Novembro de 2005, do MPMS do API que propicia uma prática recomendada
para o cálculo e aplicação dos VEFs.
As publicações do API podem ser usadas por qualquer pessoa que deseje fazê-lo. Todo
esforço foi feito pelo Instituto para assegurar a acuidade e confiabilidade dos dados
nelas contidos. Entretanto, o Instituto não faz declarações, não justifica e nada garante
com relação a esta publicação e nega expressamente qualquer passivo ou
responsabilidade pela perda ou dano resultante de seu uso ou pela violação de qualquer
regulamento federal, estadual ou municipal com o qual esta publicação possa conflitar.
Revisões sugeridas são bem-vindas e devem ser apresentadas ao gerente-geral de
Upstream Segment, American Petroleum Institute, 1220 L Street, N.W. Washington,
D.C. 20005.
Nada contido em qualquer publicação do API deve ser interpretado como concessão de
qualquer direito, por implicação ou de outra forma, para a manufatura, venda ou uso de
qualquer método, aparato ou produto abrangido por cartas patentes. Da mesma forma,
nada contido na publicação deve ser interpretado como garantia para alguém contra
passivos por infração de cartas-patentes.
Este documento foi produzido de acordo com os procedimentos de padronização do API
que asseguram a notificação e participação apropriadas no processo de desenvolvimento
e destina-se a ser um padrão do API. Dúvidas concernentes à interpretação do conteúdo
deste padrão ou comentários e perguntas concernentes a procedimentos sob os quais
este padrão foi desenvolvido devem ser dirigidos por escrito ao gerente geral de
Upstream Segment, American Petroleum Institute, 1220 L Street, N.W. Washington,
D.C. 20005. Pedidos de autorização para reproduzir ou traduzir todo ou qualquer parte
do material aqui publicado também devem ser dirigidos ao diretor.
Em geral, os padrões API são analisados e revistos, reafirmados ou retirados pelo menos
uma vez a cada cinco anos. O status da publicação pode ser determinado a partir de API
Standards Department, tel. (202) 682-8000. Um catálogo de publicações e materiais do
API é publicado anualmente e atualizado trimestralmente pelo API, 1220 L Street, N.W.
Washington, D.DC. 20005.
Encorajamos sugestões de revisões, as quais devem ser enviadas ao Standards
Department, API, 1220 L Street, NW Washington, D.C. 20005, standards@api.org.
iii
SUMÁRIO
1. Escopo........................................................................................................... 2
2. Referências Normativas .............................................................................. 2
3. Termos e Definições..................................................................................... 3
4. Documentação Recomendada..................................................................... 8
5. Informações Gerais .................................................................................... 8
6. Considerações de Segurança e Saúde ....................................................... 9
6.1 Geral ...................................................................................................... 9
6.2 Características Físicas e Considerações sobre Incêndios................... 9
7. Antes do Carregamento ............................................................................ 10
7.1 Reunião-chave.............................................................................................. 10
7.2 Inspeção em Terra ....................................................................................... 11
7.3 Inspeção da Embarcação............................................................................. 14
8. Durante o Carregamento ........................................................................... 15
8.1Comunicações ......................................................................................... 15
8.2 Amostra das Tubulações ...................................................................... 16
9. Inspeção da Embarcação Após o Carregamento ............................................. 16
9.1 Linha do Calado, Trim e Inclinação........................................................ 16
9.2 Tubulações da Embarcação .................................................................. 16
9.3 Medições da Embarcação ..................................................................... 16
9.4 Medição da Graduação da Água........................................................... 17
9.5 Temperatura da Embarcação ............................................................... 17
9.6 Tanques de Lastro .................................................................................. 17
9.7 Amostragem da Embarcação ............................................................... 17
9.8 Manuseio de Amostras........................................................................... 18
9.9 Válvulas Marítimas ................................................................................ 18
9.10 Inspeção dos Tanques de Combustível .............................................. 18
9.11 Cálculos de Volume ............................................................................. 18
10. Inspeção da Carga no Porto Após Carregamento ......................................... 19
10.1 Tubulações de Terra .............................................................................. 19
10.2 Medição dos Tanques ............................................................................ 19
10.3 Amostras dos Tanques ........................................................................... 19
10.4 Amostrador Automático ....................................................................... 19
10.5 Medidores ............................................................................................... 19
11. Conciliação com o Porto de Carregamento .................................................... 19
11.1 Cálculos dos Volumes Transferidos de Terra e da Embarcação ....... 19
11.2 Análise da Viagem no Porto de Carregamento .................................... 19
11.3 Conhecimento de Embarque ................................................................. 20
11.4 Teste Qualitativo...................................................................................... 20
11.5 Diário da Hora ........................................................................................ 20
11.6 Carta de Protesto..................................................................................... 20
11.7 Distribuição de Documentos ................................................................... 20
12. Antes do Descarregamento ............................................................................... 20
12.1 Reunião-Chave.......................................................................................... 20
12.2 Inspeção em Terra ................................................................................... 21
12.3 Temperaturas dos Tanques em Terra ................................................... 22
12.4 Amostragem ............................................................................................. 23
12.5 Medidores ................................................................................................. 23
12.6 Inspeção de Embarcações ....................................................................... 23
13 Durante o Descarregamento ............................................................................. 26
13.1 Comunicações .......................................................................................... 26
13.2 Amostras das Tubulações ........................................................................ 26
13.3 Aferição dos Medidores ........................................................................... 26
13.4 Pressão do Descarregamento................................................................... 27
13.5 Diário da Hora .......................................................................................... 27
14. Inspeção da Embarcação Após Descarregamento ......................................... 27
14.1 Linha do Calado, Trim e Inclinação........................................................ 27
14.2 Tubulações da Embarcação...................................................................... 27
14.3 Medição do ROB ....................................................................................... 27
14.4 Cálculos do Volume do ROB ................................................................... 27
14.5 Amostragem do ROB ................................................................................ 28
14.6 Temperaturas do ROB.............................................................................. 28
14.7 Válvulas Marítimas .................................................................................. 28
14.8 Inspeção dos Tanques de Combustível ................................................... 28
14.9 Lavagem do Petróleo Bruto...................................................................... 28
15 Inspeção em Terra Após o Descarregamento ................................................. 28
15.1 Tubulações e Tanques de Terra .............................................................. 28
15.2 Medições dos Tanques de Terra............................................................... 28
15.3 Temperaturas dos Tanques de Terra ...................................................... 29
15.4 Amostragem ............................................................................................... 29
15.5 Medidores................................................................................................... 30
16 Conciliação com o Porto de Descarregamento................................................. 30
16.1 Cálculos do Volume Transferido de Terra e da Embarcação............... 30
16.2 Análise da Viagem do Porto de Descarregamento e da Conciliação
da Carga ..................................................................................................... 30
16.3 Teste Qualitativo ....................................................................................... 30
16.4 Carta de Protesto ...................................................................................... 30
Anexo A – Formulários de amostras .................................................................... 32
Introdução
Estas diretrizes visam encorajar práticas de inspeção uniformes para o controle da
quantidade e qualidade de cargas petrolíferas e químicas marítimas. O uso destas
diretrizes também irá implicar na realização de acordos para a transferência de volumes
de petróleo e carga químicas, além e irá ajudar a assegurar que os acordos possam ser
claramente interpretados e executados entre as partes. No entanto, as recomendações
aqui fornecidas não visam interferir de nenhuma maneira com os dispositivos contrários
a estas diretrizes que possam existir em qualquer contrato ou prática recomendada
aplicável de outras entidades regulatórias ou padronizações; nem visam interferir com
considerações de segurança e do meio ambiente ou com as condições locais. Estas
diretrizes não são promulgadas como sendo único método aceitável de medição de
transferência de custódia ou de práticas de inspeção. As diretrizes para a inspeção de
cargas marítimas estão sujeitas a reavaliações contínuas e a mudanças periódicas.
As atividades de medição e amostragem a serem realizadas a bordo de uma embarcação
deverão ocorrer na presença ou com a expressa autorização do capitão ou de outro
oficial apropriado. As atividades a serem executadas nas instalações de carregamento e
descarregamento em terra serão realizadas na presença ou com a expressa autorização
do pessoal supervisor de terra apropriado.
Por motivos de segurança, apenas um equipamento apropriado e aprovado deve ser
utilizado. Os regulamentos da jurisdição local relativos a carregamentos e
descarregamentos também devem ser seguidos.
Capítulo 17 – Medição Marítima
Seção 1 – Diretrizes para a Inspeção de Cargas
Marítimas
1 Escopo
Estas diretrizes especificam a política e as práticas mínimas recomendadas para
medições, amostragens e contabilizações manuais e automáticas de quantidades de óleo
bruto (incluindo contaminado, misturado e reconstituído), derivados de petróleo e
produtos químicos transportados em embarcações marítimas. As atividades escritas
nestas diretrizes incluem ações por parte de produtores, compradores, vendedores,
operadores terminais, proprietários de embarcações e suas tripulações, autoridades
alfandegárias, inspetores independentes e outras partes interessadas em medições.
Algumas configurações de embarcações ou terminais, além de características das
cargas, particularmente químicas, podem requerer procedimentos extensos e métodos de
cálculo não abrangidos neste capítulo.
Cálculos da carga devem ser realizados independentemente pelas partes responsáveis
e/ou por seus representantes autorizados. Os resultados das determinações da qualidade
e dos cálculos da quantidade devem ser comparados e quaisquer diferenças
solucionadas sem demoras. Cada parte envolvida em uma transferência de custódia é
responsável no âmbito do seu domínio pela contribuição para uma conciliação das
quantidades da embarcação e de terra e por buscar explicações por quaisquer
discrepâncias.
Quaisquer discrepâncias relativas à determinação da qualidade e/ou quantidades
calculadas devem ser registradas e informadas a todas as partes interessadas. Este
procedimento pode ser realizado pela emissão de uma Carta de Protesto ou Notificação
de Discrepância Aparente. Todos os esforços devem ser envidados para solucionar as
discrepâncias antes que a embarcação levante âncora.
O relatório da inspeção independente da transferência da custódia da carga deve ser
emitido e distribuído prontamente.
Esses procedimentos são igualmente válidos e aplicáveis para as unidades métricas ou
usuais de medição, desde que os mesmos tipos de unidades sejam usados de forma
consistente.
2 Referências Normativas
Os documentos a seguir referem-se ao texto neste capítulo.
Capítulo1 do MPMS do API, Vocabulário
Capítulo 2 do MPMS do API, Calibragem dos Tanques
Capítulo 3 do MPMS do API, Medição dos Tanques
Capítulo 4 do MPMS do API, Sistemas de Aferição
Capítulo 5 do MPMS do API, Medição
Capítulo 6 do MPMS do API, Conjuntos de Medição
Capítulo 7 do MPMS do API, Determinação da Temperatura
Capítulo 8 do MPMS do API, Amostragem
Capítulo 9 do MPMS do API, Determinação da Densidade
Capítulo10 do MPMS do API, Sedimentos e Água
Capítulo 11.1 do MPMS do API, Fatores de Correção do Volume
2
SEÇÃO 1 – DIRETRIZES PARA A INSPEÇÃO DE CARGAS MARÍTIMAS
3
Capítulo 12.1 do MPMS do API, Cálculo das Quantidades Estáticas de Petróleo
Capítulo 12.2 do MPMS do API, Cálculos das Quantidades de Petróleo Líquido
Medidas pelos Medidores da Turbina ou Deslocamento
Capítulo 17.2 do MPMS do API, Medição de Cargas a Bordo de Embarcações-Tanques
Capítulo 17.3 do MPMS do API, Diretrizes para a Identificação da Fonte da Água
Residual Associada a Movimentos de Cargas de Petróleo Marítimas
Capítulo 17.5 do MPMS do API, Diretrizes para a Análise e Conciliação da Carga
Capítulo17.6 do MPMS do API, Diretrizes para Determinar o Encorpamento de
Oleodutos Entre Embarcações e Tanques de Terra
Capítulo 17.8 do MPMS do API, Diretrizes para a Inspeção do Pré-Carregamento de
Tanques de Carga de Embarcações Marítimas
Capítulo17.9 do MPMS do API, Fator de Experiência da Embarcação (VEF)
RP 2003 do API, Proteção Contra Ignições Oriundas de Estática, Relâmpagos e
Correntes
Publ. 2026 do API, Acesso/Egresso Seguro Envolvendo Tetos Flutuantes de Tanques de
Armazenamento em Serviço do Petróleo
Publ. 2217 do API, Diretrizes para Trabalhos em Espaços Confinados na Indústria do
Petróleo (não é mais publicada)
IMO1
, Guia de Segurança Internacional para Petroleiros e Terminais Petrolíferos
OCIFM2
, Guia de Segurança de Gás Inerte Combustível
3 Termos e Definições
Os itens a seguir são usados no Cap. 17 do MPMS do API:
3.1 gravidade API
Meio utilizado pela indústria petrolífera para expressar a densidade dos produtos de
petróleo. A gravidade API é medida por um instrumento de hidrômetro com uma escala
graduada em graus API. A relação entre a gravidade API e a densidade relativa
(anteriormente chamada gravidade específica) é:
Gravidade API a 60ºF = 141.5 – 131,5
Densidade Relativa 60ºF/60ºF
3.2
amostrador automático
Um dispositivo utilizado para extrair uma amostra representativa do líquido que flui por
um tubo. O amostrador automático em geral consiste de uma sonda, de um extrator de
amostra, de um medidor de fluxo, de um controle e de um receptor de amostras.
3.3
lastro
A água que é recebida quando uma embarcação está vazia ou parcialmente carregada
para aumentar a linha do calado a fim de submergir apropriadamente a hélice e manter a
estabilidade e o trim.
_________
1
International Maritime Organization, 4 Albert Embankment, London SE17SR, Reino
Unido, www.imo.org.
2
Oil Companies International Marine Forum, 27 Queen Anne’s Gate, London, SW1H
9BU, Inglaterra, www.ocimf.com.
4 CAPÍTULO 17 – MEDIÇÃO MARÍTIMA
3.4
certificado de Opções da Quantidade de Carga
Um certificado assinado por representantes da embarcação e de terra reconhecendo a
quantidade da carga destinada para carregamento. Em geral, a maioria das cargas de
derivados tem uma tolerância baseada na capacidade do fornecedor, do receptor ou da
embarcação. Cada parte envolvida com o carregamento deverá coincidir com a
quantidade a ser carregada.
3.5
lavagem do petróleo bruto
Veja lavagem dos tanques
3.6
linha do calado
A profundidade de uma embarcação abaixo da linha medida a partir da superfície da
água até o fundo da quilha da embarcação.
3.7
água residual
FW
O volume da água presente em um receptáculo que não está em suspensão no líquido
(óleo) contido. (Veja a definição de S&W).
3.8
volume bruto observado
GOV
Veja volumes.
3.9
volume padrão bruto
GSV
Veja volumes.
3.10
peso padrão bruto
GSW
O peso total de todos os líquidos de petróleo e S&W (se houver), excluindo FW,
conforme determinado pela aplicação dos fatores apropriados de conversão de peso para
o GSV.
3.11
volume indicado
Veja volumes.
3.12
inertização
Um procedimento usado para reduzir o conteúdo de oxigênio dos espaços de carga de
uma embarcação introduzindo um gás inerte como nitrogênio ou dióxido de carbono ou
uma mistura de gases como gás combustível processado.
3.13
medição do espaço cheio [mergulho (sondagem)]
A distância medida da superfície do líquido até uma placa fixa do datum ou até o fundo
do tanque.
3.14
carta de Protesto ou Notificação de Discrepância Aparente
Uma carta emitida por qualquer participante de uma transferência de custódia que
invoque qualquer condição de disputa. Essa carta serve como registro por escrito de que
uma ação ou constatação em particular foi questionada por ocasião da ocorrência.
3.15
verificação do encorpamento das tubulações
A atividade de verificar a condição de enchimento das tubulações de transferência da
carga da terra e da embarcação antes e depois de uma transferência de carga. (Veja o
Cap. 17.6 do MPMS do API).
SEÇÃO 1 – DIRETRIZES PARA A INSPEÇÃO DE CARGAS MARÍTIMAS 5
3.16
inclinação
A inclinação de uma embarcação expressa em graus em que o lado de bombordo ou
estibordo está distante da posição vertical.
3.17
correção da inclinação
A correção aplicada à medição ou volume observado quando a embarcação está se
inclinando, desde que esse líquido esteja em conato com todas as anteparas do tanque.
A correção da inclinação pode ser feita por referência às tabelas de correção da
inclinação da embarcação para cada tanque ou por cálculos matemáticos.
3.18
carga no topo
Definida tanto como procedimento como quanto prática.
3.19
prática
A carga no topo constitui o ato de misturar a quantidade a bordo com a carga que está
sendo carregada.
3.20
procedimento
O carregamento no topo é um procedimento de coletar e assentar as misturas de água e
petróleo, resultante das operações de lastreamento e limpeza dos tanques (normalmente
em um ou mais tanques especiais de águas servidas) e subseqüentemente o
carregamento da carga no topo dessas águas e bombeando-se a mistura para terra no
porto de descarregamento.
3.21
volume padrão líquido
NSV
Veja volumes.
3.22
peso padrão líquido
NSW
O peso total de todos os produtos de petróleo, excluindo S&W e FW, determinado pela
dedução do peso de S&W do GSW.
3.24
quantidade a bordo
OBQ
Veja volumes.
3.24
quantidade a bordo
OBQ
Veja volumes.
3.25
altura de referência
A distância a partir do fundo do tanque ou placa do datum até o ponto ou marca de
referência estabelecida.
3.26
ponto de referência
O ponto em que a altura de referência é determinada e a partir da qual as
ulagens/espaços cheios são tomados.
3.27
remanescente a bordo
ROB
Veja volumes.
6 CAPÍTULO 17 – MEDIÇÃO MARÍTIMA
3.28
sedimentos e água
S&W
O material sólido que não hidrocarboneto e água em suspensão no líquido de petróleo.
Os S&W são medidos pelas técnicas descritas nos Capítulos 10.1, 10.2, 10.3, 10.4, 10.5,
10.6, 10.7, 10.8, e 10.9 do MPMS do API.
3.29
águas servidas
O óleo, petróleo/água/sedimentos e emulsões contidas nos tanques de águas servidas ou
tanques de carga designados. A mistura normalmente resulta da extração dos tanques,
da lavagem dos tanques ou da separação da fase do lastro de águas servidas.
3.30
medição de parada
A determinação de pré-transferência de um volume específico de carga representado por
um nível específico do tanque que, quando atingido, resulta na conclusão da
transferência da carga. Esta determinação pode ser feita por pessoal de terra ou da
embarcação.
3.31
lavagem dos tanques
Dividida nos dois seguintes tipos de atividades:
a) A lavagem da água envolve o uso de uma corrente de água de alta pressão para
desalojar as incrustações e sedimentos das anteparas, do fundo e das estruturas internas
dos tanques de uma embarcação.
b) A lavagem do petróleo bruto envolve o uso de vapor de alta pressão da carga do
petróleo bruto para desalojar ou dissolver as incrustações e sedimentos das anteparas, do
fundo e das estruturas internas dos tanques de uma embarcação durante a operação de
descarregamento.
NOTA: As agências regulatórias requerem que os tanques das embarcações estejam
inertes durante a aplicação deste método de limpeza do tanque.
3.32
volume calculado total
TCV
Veja volumes.
3.33
volume observado total
TOV
Veja volumes.
3.34
trim
A condição de uma embarcação com referência à sua posição longitudinal na água. É a
diferença entre as linhas do calado de vante e de ré, sendo expressa por “pela proa” ou
por “pela popa”.
3.35
correção do trim
A correção aplicada à medição ou volume observado quando uma embarcação não
estiver sem diferença de calado, desde que o líquido esteja em contato com todas as
anteparas no tanque. A correção do trim pode ser pelas tabelas do trim de referência
para cada tanque ou por cálculo matemático.
3.36
medição da ulagem (ou espaço vazio)
A distância medida da superfície líquida da carga até o ponto de referência.
3.37
fator de experiência da embarcação
VEF
Uma compilação do histórico das medidas da embarcação do TCV, ajustada para OBQ
ou ROB, comparada com as medidas em terra do TCV. (Veja o Cap. 17.9/IP HM 49 do
MPMS do API para detalhes).
SEÇÃO 1 – DIRETRIZES PARA A INSPEÇÃO DE CARGAS MARÍTIMAS
7
3.38
volumes
Definidos como:
- volume observado bruto
GOV
O volume total de todos os produtos de petróleo e S&W, excluindo FW, à temperatura e
pressão observadas.
- volume padrão bruto
GSV
O volume total de todos os produtos de petróleo e S&W, excluindo FW, corrigido pelo
fator de correção de volume (Ctl) apropriado para a temperatura observada e a
gravidade API, a densidade relativa ou a densidade a uma temperatura padrão como
60ºF ou 15ºC. Se aplicável, corrija com o fator de correção de pressão (Cpl) e com o
fator do medidor.
- volume indicado
A mudança na leitura do medidor que ocorre durante um recebimento ou entrega.
- volume padrão líquido
NSV
O volume total de todos os produtos de petróleo, excluindo-se S&W e FW, corrigidos
pelo fator de correção de volume (Ctl) apropriado para a temperatura e gravidade API,
densidade relativa ou densidade de uma temperatura padrão como 60ºF ou 15ºC
observados. Se aplicável, corrija com o fator de correção de pressão (Cpl) e com o fator
do medidor.
- quantidade a bordo
OBQ
O material presente nos tanques de carga da embarcação, espaços vazios e oleodutos
antes que a embarcação seja carregada. A OBQ pode incluir qualquer combinação de
água, óleo, águas servidas, resíduos de óleo, emulsões de petróleo/água e sedimentos.
- remanescente a bordo
ROB
O material que está nos tanques de carga de uma embarcação, nos espaços vazios e nos
oleodutos após a carga ser descarregada. A quantidade do ROB pode incluir qualquer
combinação de água, óleo, águas servidas, resíduos de petróleo, emulsões de
petróleo/água e sedimentos.
- volume calculado total
TCV
O volume total de todos os produtos de petróleo e S&W, corrigido pelo fator de
correção de volume (Ctl) apropriado para a temperatura e gravidade API, densidade
relativa ou densidade de uma temperatura padrão como 60F ou 15ºC observados. Se
aplicável, corrija com o fator de correção de pressão (Cpl) e com o fator do medidor e
toda a FW medida à temperatura e pressão (GSV mais FW) observadas.
- volume total observado
TOV
O volume total medido de todos os produtos de petróleo, S&W e FW à temperatura e
pressão observadas.
NOTA: O fato de os termos 60ºF e 15ºC serem usados não significa que sejam iguais.
3.39
teste de lavagem das paredes
O procedimento para a lavagem de áreas selecionadas como as anteparas interiores, os
fundos dos tanques e poços de rejeitos dos tanques de carga com um meio apropriado e
teste do líquido da lavagem para constatar a presença de material que possa contaminar
a carga a ser carregada (veja o Cap. 17.8 do MPMS do API).
8 CAPÍTULO 17 – MEDIÇÃO MARÍTIMA
3.40
medição da graduação da água
O procedimento para localizar a interface petróleo/água com a finalidade de determinar
o volume de FW em um tanque de terra ou compartimento da embarcação. É também
usado como referência à linha de demarcação da interface petróleo/água.
3.41
fórmula da cunha
Um meio matemático de aproximar pequenas quantidades de carga líquida e sólida e
FW a bordo antes do carregamento e após o descarregamento, com base nas dimensões
dos compartimentos de carga e do trim da embarcação. A fórmula da cunha deve ser
usada apenas quando o líquido não tocar todas as anteparas dos tanques da embarcação.
3.42
tabela da cunha
Uma tabela pré-calculada da embarcação baseada no princípio da cunha e exibida de
forma bastante parecida com as tabelas usuais de espaço cheio/ulagem. Essas tabelas, no
entanto, são para pequenas quantidades (OBQ, ROB) quando a carga ou FW não toca
todas as anteparas dos tanques da embarcação.
3.43
teste do enxugamento
O procedimento de enxugar fisicamente áreas interiores e bobinas de vapor dos tanques
da embarcação com panos brancos absorventes. Este procedimento é usado para testar a
existência de possível contaminação de cor do revestimento dos tanques.
4 Documentação Recomendada
Estas diretrizes fornecem os dados de coleta de uma forma uniforme. Requer-se que os
dados coletados sejam gravados em um registro permanente, na ocasião em que os
procedimentos estão sendo executados. Os dados assim colhidos devem então ser
relatados em um formato claro e compreensível, conforme ilustrado nos formulários de
amostras apresentados no Anexo A deste capítulo.
5 Informações Gerais
A medição pode ser realizada manualmente ou por sistemas automáticos, de acordo com
os procedimentos apropriados ao tipo da embarcação, à carga e à localização (veja os
Cap. 3 e 17.2 do MPMS do API).
Todas as partes responsáveis devem ser informadas se parte do equipamento de medição
ou do tanque ou das instalações de medição apresentarem algum desvio conhecido. A
documentação desses desvios deve ser usada na preparação da conciliação de volumes.
As possibilidades de erros conhecidos de desvios incluem, entre outras, água, neve, gelo
ou detritos em tanques de tetos flutuantes.
Os procedimentos descritos nesta publicação devem ser realizados por pessoal treinado
adequadamente. Se os procedimentos não puderem ser desempenhados por qualquer
motivo (como por restrições de segurança, ambientais ou físicas, restrições
governamentais, conflitos com acordos contratuais ou outros problemas), o relatório de
inspeção deve incluir uma explicação completa e detalhada. O pessoal da medição é
responsável por assegurar o uso de equipamentos apropriados de segurança, medição e
amostragem.
O mestre e/ou representante designado da embarcação, o pessoal supervisor de terra e o
pessoal da medição que realiza a inspeção devem estar familiarizados com o escopo dos
procedimentos de inspeção de carga e cientes dos procedimentos de segurança
exclusivos do produto que está sendo transferido.
Se um lastreamento ou deslastreamento tiver que ser realizado durante as operações de
carga, registre este fato e os motivos para tanto no relatório de inspeção e comente o
grau de segregação que foi mantido durante a operação.
Os derivados do petróleo, incluindo produtos químicos, requerem um rígido controle de
qualidade durante as operações de carregamento, transporte e descarregamento. As
embarcações projetadas para transportar esses derivados devem atender aos critérios de
compatibilidade. Elas também devem inspecionar a limpeza antes do carregamento de
forma que a carga não seja contaminada. (Veja o Cap. 17.8 do MPMS do API). Se
SEÇÃO 1 – DIRETRIZES PARA A INSPEÇÃO DE CARGAS MARÍTIMAS
9
houver qualquer dúvida relativa à compatibilidade ou à contaminação, todas as partes
interessadas devem ser notificadas e as dúvidas resolvidas antes do início do
carregamento.
6 Considerações sobre Saúde e Segurança
6.1 Geral
Os procedimentos aplicáveis de segurança e saúde devem ser sempre levados na devida
consideração. Essas considerações devem incluir, entre outros, possíveis riscos
eletrostáticos (veja API 2003) e outros riscos de incêndio e explosão, perigos em
potencial para o pessoal (ex., limites de exposição, contaminação de risco, treinamento e
vários requisitos sobre roupas e equipamentos de proteção e práticas de trabalho), além
de riscos explosivos e tóxicos em potencial associados ao meio ambiente dos tanques de
carga. As características físicas da carga e das condições operacionais existentes devem
ser avaliadas com cuidado e os regulamentos internacionais, federais, estaduais e
municipais aplicáveis devem ser estritamente observados. Os procedimentos de
segurança planejados pelo empregador, pelo operador da embarcação e por outras partes
envolvidas também devem ser observados. A publicação The International Safety Guide
for Oil Tankers and Terminals, além das publicações apropriadas do Fórum Marítimo
Internacional das Empresas de Petróleo, da Organização Marítima Internacional (OMI)
e do API. devem ser consultadas para informações adicionais sobre segurança.
Deve-se assinalar que enquanto muitos produtos químicos apresentam características
similares às de outras cargas líquidas de petróleo e, assim, não requerem uma
consideração especial, muitos de fato apresentam uma ameaça em potencial à segurança
do pessoal, do meio ambiente e das embarcações que os transportam. Assim, todas as
precauções especiais e métodos de medição requeridos pelo embarcador, fornecedor ou
qualquer outra autoridade regulatória pertinente devem ser compreendidos e observados
no manuseio dessas cargas.
Os vapores do petróleo e de substâncias associadas – incluindo vapores de sulfeto de
hidrogênio a partir do petróleo bruto contaminado – também envolvem toxicidade em
potencial. Os vapores de petróleo com altas concentrações de sulfeto de hidrogênio
podem causar a inconsciência ou morte. Durante e após a abertura da boca de medição,
todo o pessoal deve permanecer longe o suficiente para minimizar a inalação dos
vapores.
Já que os vapores tóxicos ou deficiência de oxigênio não podem ser detectados com
segurança pelo sentido do olfato, pela inspeção visual ou pelo julgamento, precauções
apropriadas devem ser tomadas para assegurar a proteção. Providências devem ser
tomadas para o monitoramento apropriado da exposição, para o equipamento protetor
do pessoal e para os procedimentos de salvamento de emergência. Quando for
necessário, o pessoal deve contar com proteção respiratória adequada antes de ingressar
no local de medição e durante o procedimento de medição.
6.2 Características Físicas e Considerações sobre Incêndios
O pessoal que lida com substâncias relacionadas com o petróleo, bem como com outras
substâncias químicas, deve estar familiarizado com suas características físicas e
químicas – incluindo o potencial para incêndios, explosões e reatividade – e com riscos
em potencial de toxicidade e para a saúde, além de procedimentos de emergência. O
pessoal deve estar alerta para evitar fontes em potencial de ignição e manter os
receptáculos de materiais fechados quando não estiverem em uso.
Os regulamentos API 2217 e API 2026, bem como quaisquer outros aplicáveis, devem
ser consultados quando a amostragem requerer o ingresso em espaços confinados.
Informações relativas a materiais e condições específicas devem ser obtidas do
empregador, fabricante ou fornecedor desses materiais ou de sua folha de dados de
segurança.
10 CAPÍTULO 17 – MEDIÇÃO MARÍTIMA
7. Antes do Carregamento
7.1 Reunião-Chave
7.1.1 Geral
Antes que um carregamento comece, uma ou mais reuniões devem ser realizadas entre
os inspetores de carga, os representantes da embarcação e o pessoal operacional de terra
envolvido na operação de carregamento. Nessas reuniões, o pessoal-chave operacional é
identificado, responsabilidades são definidas, procedimentos de comunicação são
providenciados e todos os envolvidos devem rever os procedimentos e planos de
carregamento para assegurar um pleno entendimento de todas as atividades.
- Todas as partes devem concordar sobre a especificação da qualidade e quantidade da
carga. (Veja Certificado de Opções da Quantidade da Carga).
- Um acordo deve ser atingido sobre se o pessoal de terra ou da embarcação irá encerrar
o carregamento.
- Cheque com o representante da embarcação relatos de quaisquer eventos incomuns
que possam ter ocorrido durante a travessia marítima ou no porto anterior e que possam
requerer uma vigilância especial durante o carregamento.
- O representante da embarcação deve confirmar a capacidade da mesma de aquecer a
carga conforme instruído.
- Cheque com o pessoal de terra se houve concordância sobre os procedimentos para o
manuseio de quaisquer condições especiais que possam existir em terra com
possibilidade de afetar negativamente as atividades ou medidas de carregamento.
- Uma Carta de Protesto deve ser emitida para qualquer parte que deixe de acatar os
procedimentos recomendados.
- Um acordo deve ser atingido sobre o método a ser usado para determinar a integridade
das tubulações (Veja o Cap. 17.6 do MPMS do API).
- Determine quais tanques da embarcação serão carregados, a capacidade dos tanques, a
condição das tubulações, a natureza das últimas três cargas da embarcação e o método
de limpeza dos tanques de carga. (Veja o Cap. 17.8 do MPMS do API).
-Se amostras do “primeiro pé” forem requeridas, deve-se tomar uma decisão sobre os
tanques a serem usados para tais amostras na quantidade da carga a ser carregada para a
amostragem.
Em embarcações de múltiplos graus, pode ser necessário que seus tanques sejam
carregados em uma certa ordem para evitar contaminação e para atender aos requisitos
operacionais da embarcação. Isto deve ser abordado e a ordem por grau e/ou produto
deve ser autorizada antes que as operações de carregamento se iniciem.
NOTA: A contaminação pode resultar em uma condição insegura para o terminal e/ou a
embarcação.
7.1.2 Mistura
Se houver necessidade de mistura a bordo da embarcação, é vital que todos os volumes
carregados sejam consistentes com a mistura manual proporcional antes do
carregamento. Se o material contido na tubulação de terra tiver que ser carregado como
parte da mistura, uma amostra da tubulação deve ser tirada e testada.
Para ajudar na mistura, o componente mais pesado pode ser carregado primeiro, seguido
pelos componentes mais leves. O volume deve ser calculado após cada componente ser
carregado. O conteúdo da tubulação de terra, a carga anterior da embarcação e qualquer
OBQ devem ser levados em consideração para seu efeito sobre a operação de mistura.
As misturas podem requerer ajuste para manterem as especificações autorizadas
mutuamente para a mistura.
NOTA: Devido à mistura incompleta, limitações de amostragens e outras restrições
operacionais, as amostras dos tanques da embarcação freqüentemente não são
representativas das misturas manuais proporcionais no porto de carregamento.
SEÇÃO 1 – DIRETRIZES PARA A INSPEÇÃO DE CARGAS MARÍTIMAS 11
7.2 Inspeção em Terra
7.2.1 Tubulações e Tanques de Terra
Determine a natureza e as quantidades do material nas tubulações de terra até a borda do
navio. Quando o conteúdo da tubulação for questionável ou quando houver a
possibilidade de contaminação da carga, amostras da tubulação devem ser testadas para
que seja verificada a compatibilidade com a carga a ser carregada. Alternativamente, o
conteúdo da tubulação de terra deve ser carregado em um compartimento de carga da
embarcação, medido, amostrado e testado.
Nota: As amostras da tubulação podem não ser representativas devido às limitações do
local da amostra.
Determine a condição de enchimento da tubulação de terra (veja o Cap. 17.6 do MPMS
do API). Relate a condição e o método empregado. Adicionalmente, registre e relate a
capacidade total das tubulações de terra usadas.
É responsabilidade do terminal assegurar que todas as tubulações e válvulas sejam
colocadas na posição correta para a operação. Quando for viável, essas configurações
devem ser confirmadas pelo inspetor e, quando apropriado, as válvulas devem ser
vedadas.
Quando tubulações não-dedicadas de carregamento forem usadas, considere as
seqüências de carregamento dos produtos que fluem pelos tubos a fim de minimizar o
potencial de contaminação causado pelo deslocamento do conteúdo nos tubos. Esta
determinação deve incluir um acordo sobre como os tubos serão deslocados e/ou como
as diferentes interfaces do produto serão administradas.
O produto a ser carregado deve atender às especificações de qualidade dos acordos. A
amostragem e a análise de laboratório devem ser utilizadas para assegurar que as
especificações de qualidade sejam atendidas (veja 7.2.4, 12.4).
Se a carga a ser carregada requerer calor, informe se as tubulações de terra estão
vedadas e se a temperatura do tubo deve ser obtida sempre que possível e registrada.
7.2.2 Medições dos Tanques de Terra
7.2.2.1 Medições manuais
Registre a altura de referência a partir das tabelas de capacidade dos tanques antes que
as medições e graduações da água sejam tomadas. Tome as medidas de abertura, das
temperaturas, das amostras e da água de cada tanque a ser usado no carregamento.
Qualquer diferença entre a altura de referência observada e a altura de referência
mostrada nas tabelas de capacidade dos tanques deve ser observada e investigada. (Veja
o Cap. 17.2, B.3 do MPMS do API).
Todas as medições devem ser registradas apenas após a obtenção de três leituras
consecutivas dentro de uma faixa de 3 mm (1/8 pol). Se duas das três leituras
consecutivas forem idênticas, esta leitura deve ser relatada segundo o 1 mm mais
próximo se trenas de métricas forem usadas ou segundo o 1/8 pol. mais próximo se
trenas de polegadas forem usadas. Se as três leituras forem usadas, elas devem ter sua
média extraída. Se for determinado que o conteúdo dos tanques está em movimento e
que aguardar seu equilíbrio não é possível, as medições dos tanques devem ser
registradas e todas as partes avisadas. Se a situação não puder ser resolvida, uma Carta
de Protesto deve ser emitida. Registre as medições automáticas para fins de
comparação. (Veja o Cap. 3.1A do MPMS do API).
No caso de tanques com tetos flutuantes, a medição deve ser evitada enquanto o teto
estiver na zona crítica. A colocação das pernas do teto na posição alta ou baixa e a zona
crítica devem ser registradas.
A natureza pesada de alguns produtos pode requerer que uma medição de espaço vazio
seja tomada. Se houver esta condição, todas as partes devem ser notificadas e a
condição deve ser registrada.
12 CAPÍTULO 17 – MEDIÇÃO MARÍTIMA
7.2.2.2 Medições Automáticas
Sistemas de medição automática com precisão e/ou tolerâncias de medição consistentes
com o Cap. 3.1B do MPMS do API podem ser usados para a transferência de custódia
por acordo mútuo entre as partes interessadas.
Se um sistema automático de medição de tanques for usado e as leituras não forem
verificadas por medições manuais, registre no relatório de inspeção as últimas duas
vezes em que o sistema automático e as medidas manuais foram comparados. Registre
no relatório de inspeção o fato de que medições automáticas foram utilizadas.
7.2.3 Temperaturas dos Tanques de Terra
Determinar a temperatura das cargas em um tanque de terra é crítico para o processo de
transferência de custódia. Portanto, no momento da medição, as temperaturas devem ser
tomadas cuidadosamente (veja o Cap. 7 do MPMS do API). Cargas pesadas, cargas
aquecidas, cargas misturadas e cargas em tanques não-aquecidos em tempo muito frio
podem tender à estratificação da temperatura dentro dos tanques. Quando esta situação
for determinada, medições extras da temperatura devem ser feitas. Em cargas de
elevado calor, como asfalto, pode ser impossível obter temperaturas representativas com
o uso de termômetros de proteção de cubas ou Termômetros Eletrônicos Portáteis; pode
ser necessário utilizar dispositivos de medição de temperatura instalados
permanentemente. O uso de um dispositivo de medição instalado permanentemente
deve ser assinalado no relatório, juntamente com a data e a forma pela qual a precisão
do dispositivo foi verificada.
CUIDADO – Temperaturas tomadas nos elementos de aquecimento ou perto dos
mesmos podem ter seus perfis distorcidos.
7.2.3.1Termômetro Eletrônico Portátil
O Termômetro Eletrônico Portátil (PET) é o equipamento preferido para a obtenção de
temperaturas.
O PET deve ter uma faixa calibrada de precisão que atenda à faixa de temperatura
desejada do material a partir da qual uma temperatura deve ser tirada. Por exemplo, uma
PET com um microchip calibrado com precisão de até 300ºF/149ºC não é aceitável para
produtos de asfalto, já que estes são armazenados a 350ºF/177ºC. (Veja o Cap. 7 do
MPMS do API).
7.2.3.2 Termômetro de Mercúrio em Vidro
Os termômetros devem permanecer no líquido o tempo suficiente para alcançarem a
temperatura do líquido que está sendo medido. (Veja o Cap. 7 do MPMS do API). Com
relação aos líquidos em que a estratificação da temperatura possa ocorrer, as restrições
de tempo envolvidas no uso de um termômetro de mercúrio em vidro para fornecer o
perfil de um tanque pode requerer o uso de um PET.
7.2.3.3 Medição Dinâmica da Temperatura
Se uma sonda de temperatura na tubulação de terra for usada para determinar a
temperatura para a correção da quantidade medida carregada, verifique e registre no
relatório de inspeção as duas últimas vezes em que a sonda teve sua precisão verificada.
(Veja os Cap. 5 e 7 do MPMS do API).
7.2.3.4 Sistema Automático de Temperatura
Sistemas automáticos de temperatura com tolerâncias de precisão e/ou medição
consistentes com o Cap. 7 do MPMS do API podem ser usados para transferência de
custódia por acordo mútuo entre as partes interessadas.
Se um sistema automático de temperatura for usado e as leituras não forem verificadas
por medições manuais, registre no relatório de inspeção as duas últimas vezes em que o
sistema automático e as medições manuais foram comparados e se foi notada qualquer
diferença. Registre no relatório de inspeção quais temperaturas automáticas foram
usadas.
SEÇÃO 1 – DIRETRIZES PARA A INSPEÇÃO DE CARGAS MARÍTIMAS 13
7.2.4 Amostragem
Rotule prontamente cada amostra com o número apropriado do tanque e outros dados
pertinentes. Se apropriado, vede o receptáculo e registre os números das vedações.
7.2.4.1 Amostragem Manual dos Tanques
O objetivo da amostragem manual consiste em obter uma pequena parcela (amostra
local) de material a partir de uma área selecionada dentro de um receptáculo
representativo do material na área ou, no caso de amostras correntes ou de todos os
níveis, uma amostra cuja composição seja representativa do material total no
receptáculo. Uma série de amostras locais pode ser combinada para criar uma amostra
representativa.
Cada tanque de terra a ser usado no carregamento deve ter quantidade suficiente para
atender aos requisitos das partes interessadas e das agências regulatórias. Receptáculos
de amostras devem estar limpos e, no caso de derivados de petróleo, devem ser
enxaguados com o derivado antes da retirada da amostra. Os receptáculos de amostra
devem atender aos requerimentos do Cap. 8 do MPMS do API. Os receptáculos usados
para transportar e armazenar amostras devem atender aos requisitos regulatórios
apropriados.
Quando produtos não-homogêneos são amostrados, amostras da parte superior, média e
inferior do local são usualmente obtidas. Se houver suspeita de estratificação,
recomenda-se incisivamente que amostras em níveis adicionais sejam tiradas. Se apenas
parte do produto no tanque for usada para o carregamento, então as amostras da zona de
carregamento podem ser tomadas a partir da parte do tanque que está envolvida na
transferência.
Todas as partes envolvidas devem ser notificadas se o material for considerado
estratificado e cada parte deve concordar com ações adicionais antes de prosseguirem.
Especifique no relatório de inspeção os locais dos tanques e os métodos usados para
obter amostras. O relatório de inspeção também deve declarar se o tanque estava
equipado com misturadores, um sistema de circulação ou aeradores e deve assinalar a
extensão da mistura realizada no tanque.
7.2.4.2 Amostragem Automática
A amostragem automática é o método preferido de amostrar uma transferência de carga
marítima. Se um sistema de amostragem automática for usado, ele deve ser ajustado e
limpo apropriadamente em preparação para a tomada de uma amostra, da mesma forma
que uma inspeção visual do receptáculo da amostra deve ser feita. Certifique-se de que a
taxa de rapidez seja correta para coletar uma amostra suficiente que atenda aos
requisitos sem encher o receptáculo em demasia. Em pelo menos três ocasiões durante a
transferência, observe por meios não-invasivos se o amostrador está funcionando.
Observe e anote a hora de início do amostrador e a quantidade de petróleo no receptor
da amostra no ponto a meio caminho durante o carregamento e perto da conclusão do
carregamento. Indique se o amostrador automático usado teve fluxo ou tempo
proporcional. Qualquer deficiência deve ser relatada.
7.2.5 Medidores
Os operadores de terminais são responsáveis pela operação de seus medidores e
aferidores de medidores. Eles devem disponibilizar dados apropriados de aferição do
medidor para o pessoal de medição. Cartões de medição dos medidores devem ser
fornecidos para cada transferência de custódia e incluir as informações requeridas no
Cap. 12.2 do MPMS do API. Operadores ou inspetores de terminais que estejam cientes
das dificuldades dos medidores que possam afetar sua precisão devem informar
imediatamente sobre o problema a todas as partes envolvidas na transferência de
custódia. O incidente e a resolução devem ser registrados no relatório de inspeção.
Antes de carregar, registre as leituras do medidor de abertura. Recomenda-se que os
medidores sejam aferidos durante o carregamento de acordo com os Cap. 4, 5 e 12.2 do
MPMS do API, e relatados.
14 CAPÍTULO 17 – MEDIÇÃO MARÍTIMA
Se medidas dos tanques de terra manuais e/ou automáticas forem tomadas, mostre uma
comparação com os volumes medidos. Se os volumes não puderem ser conciliados,
volte a verificar os fatores do medidor, as medições dos tanques de terra e os cálculos.
Relate todos os resultados no relatório de inspeção.
7.3 Inspeção da Embarcação
7.3.1 VEF
Dados sobre viagens anteriores devem ser obtidos para uso no cálculo do VEF. (Veja o
Procedimento API/EI para Calcular VEFs nos Cap. 17.9/IP HM 49 do MPMS do API).
Registre qualquer comentário sobre comparações anteriores da embarcação/terra
contidos nos registros da embarcação. O VEF pode ser usado para a conciliação de
volumes.
7.3.2 Linha do Calado, Trim e Inclinação
Registre a linha do calado, o trim e a inclinação. Quando as barcaças não tiverem
tabelas de correção da inclinação ou do trim, consulte o Cap. 12.1.1 do MPMS do API.
7.3.3 Lastro Remanescente
Para a maioria das cargas, não deve restar lastro nos tanques de carga, nas tubulações ou
nas bombas. Qualquer lastro a bordo deve ser totalmente separado. Meça e registre a
quantidade de qualquer lastro que tenha restado a bordo antes de efetuar o
carregamento. Registre a presença e amostre qualquer petróleo mensurável nos tanques
de lastro. Se o deslastreamento tiver que ser efetuada simultaneamente às operações de
carregamento, determine o motivo a partir do representante da embarcação e registre-o
no relatório de inspeção. Indique as separações das válvulas singulares/duplas, se
houver, entre o sistema de lastro limpo/sujo e os sistemas de carga.
7.3.4 Tubulações e Tanques de Embarcações
Todos os tanques de embarcações, incluindo carga, lastro e compartimentos estanques,
devem ser inspecionados antes de serem carregados.
Antes de medir a embarcação, solicite que suas tubulações sejam drenadas. Deve-se ter
cuidado em cargas de múltiplos graus a fim de evitar misturar o conteúdo das
tubulações de diferentes produtos. Meça a quantidade da carga ou da água do lastro
caída no tanque e amostre-a se houver uma quantidade suficiente da mesma. Ademais,
registre a capacidade das tubulações que foram drenadas. Relate a transferência de
quaisquer águas servidas
Se a carga anterior apresentar um problema de contaminação, todas as tubulações e
bombas devem ser totalmente limpas e drenadas. Anote no relatório de inspeção como a
limpeza e a drenagem foram realizadas.
Quando a aceitabilidade dos tanques da embarcação for inspecionada antes do
carregamento, tal inspeção deve ser realizada de acordo com o Cap. 17.8 do MPMS do
API.
7.3.5 Medição da OBQ
Obtenha e registre as alturas de referência a partir das tabelas de calibragem antes de
tomar as medições de abertura e as graduações da água. Registre as alturas da graduação
observada e investigue e relate qualquer discrepância. Determine a quantidade e
natureza de qualquer material a bordo (OBQ) antes de efetuar o carregamento, incluindo
toda carga em trânsito e o material em espaços de carga não-designados (consulte o
Cap. 17.2 do MPMS do API). Descreva e relate a OBQ e/ou FW (veja tanques de águas
servidas em 7.3.8).
7.3.6 Cálculo do Volume da OBQ
O Relatório OBQ/ROB deve ser completado antes do carregamento. Determine a OBQ
conforme especificado no Cap. 17.4 do MPMS do API.
a) Para material líquido e água, use uma fórmula de cunha se o líquido não tocar todas
as anteparas dos compartimentos da embarcação. Use as correções de trim/inclinação se
o líquido estiver em contato com todas as anteparas do compartimento.
SEÇÃO 1 – DIRETRIZES PARA A INSPEÇÃO DA CARGA MARÍTIMA 15
b) Para material não-líquido, a medição multipontos é recomendada para determinar se
existe uma condição de cunha. Já que a fórmula da cunha usa um fator de trim para
determinar a quantidade, um cálculo preciso não será possível sem se saber se o trim da
embarcação no momento em que o material se solidificou. Se o material medido não for
uma cunha, a média das leituras múltiplas deve ser usada para determinar o volume. No
entanto, se apenas um ponto de medição estiver disponível, deve-se presumir que o
material esteja distribuído por igual pelo fundo do tanque.
NOTA: Para informações adicionais, consulte o Cap. 17.4 do MPMS do API.
7.3.7 Amostragem da OBQ
Quando a OBQ estiver acessível, amostras deverão ser obtidas de todos os
compartimentos que contenham volume líquido. Deve ser feita uma tentativa para
amostrar volumes não-líquidos. As amostras tiradas devem ser em quantidade suficiente
para permitir qualquer análise que venha a ser requerida. As amostras deverão ser
tiradas de acordo com o Cap. 8 do MPMS do API.
7.3.8 Tanques de Águas Servidas
Meça o conteúdo dos tanques de águas servidas para determinar a interface e as
quantidades separadas de FW e do óleo das águas servidas. Tome a temperatura e
amostre a camada oleosa. Tome uma amostra em separado da camada de água.
Determine a gravidade API e o conteúdo de S&W da amostra da camada oleosa e
registre os resultados. Compute as quantidades; se parte das águas servidas for
misturada com a carga subseqüente, ela será tratada como OBQ e registrada de acordo.
7.3.9 Temperaturas da OBQ
As temperaturas deverão ser obtidas, registradas e usadas para a correção do volume de
carga sempre que a profundidade do material for suficiente e sua natureza o permita. Se
a temperatura não puder ser medida, o GOV deverá ser relatado como GSV.
As medições de temperatura devem ser obtidas de acordo com os Cap. 7 e 17.2 do
MPMS do API.
7.3.10 Válvulas Marítimas
Confirme na presença do pessoal da embarcação se as válvulas marítimas e as válvulas
de descarregamento até o limite da plataforma estão na posição fechada e vedada antes
que o carregamento seja iniciado. Vede a válvulas na medida do possível de forma a
poder determinar se foram usadas durante o carregamento. Registre os números das
vedações.
7.3.11 Carregamento no Topo
Se um procedimento de carregamento pelo topo for seguido, preencha um Relatório de
Carregamento pelo Topo.
7.3.12 Inspeção dos Tanques de Combustível
Deve-se realizar uma inspeção dos tanques de combustível antes e depois do
carregamento, conforme requerido. Se houver a intenção de abastecer a embarcação de
combustível durante o carregamento, os GOVs devem ser comparados com os
documentos de recepção dos tanques de combustível e com as taxas normais de
consumo. Amostras dos tanques de combustível devem ser extraídas e testadas sob
pedido. Nas barcaças de carga, se solicitado, inspecione e relate as quantidades nos
tanques de combustível diesel usado para alimentar as bombas acionadas pelo motor.
8 Durante o Carregamento
8.1 Comunicações
Um meio confiável de comunicação com a terra e entre as embarcações deve ser
providenciado. O pessoal da embarcação, de terra ou de medição que observar um
problema durante qualquer etapa da transferência que possa afetar eventos subseqüentes
deve notificar prontamente todo o pessoal-chave de forma que uma pronta ação possa
ser tomada. Registre esses eventos no relatório de inspeção.
16 CAPÍTULO 17 – MEDIÇÃO MARÍTIMA
Quando mais de um produto e/ou grau de produto tiver que ser carregado, uma
comunicação estreita deve ser mantida entre o pessoal de terra e da embarcação a fim de
evitar a contaminação de materiais fora das especificações. Isto é de especial
importância ao se mudar de um produto e/ou grau para outro.
8.2 Amostra das Tubulações
Amostras das tubulações são normalmente tiradas para fins de controle de qualidade.
Para alguns produtos, é necessário retirar uma amostra da tubulação no início do
carregamento. Essas amostras devem ser tiradas do distribuidor da embarcação ou tão
próximas quanto possível do mesmo. Amostras de tubulações podem ser inspecionadas
visualmente ou, no caso de derivados sem sinais evidentes para observar, um teste
imediato de laboratório quanto às especificações acordadas pode ser requerido. De
qualquer forma, essas amostras devem ser tiradas e guardadas.
8.2.1 Amostra do Primeiro Pé
Se uma amostra do primeiro pé for requerida, ela deve ser tirada quando
aproximadamente 1 pé (0,3 m) da carga houver sido carregado no tanque. Uma amostra
é então retirada do tanque. A amostra deve ser examinada ou testada para que seja de
terminada sua conformidade com as especificações da carga. Se a amostra indicar
contaminação em potencial, nenhuma carga adicional será carregada no tanque até que
o problema tenha sido resolvido. (Referência: ISGOTT 20.5.2 e 20.5.3).
8.2.2 Prova dos Medidores
A aferição dos medidores deve ser monitorada, conforme apropriado, de acordo com os
Cap. 4, 5 e 12.2 do MPMS do API e relatada.
9 Inspeção da Embarcação Após o Carregamento
9.1 Linha do Calado, Trim e Inclinação
Verifique a linha do calado, o trim e a inclinação e registre-os.
9.2 Tubulações da Embarcação
Antes de medir a embarcação, solicite a drenagem de suas tubulações. Deve-se ter
cuidado com relação a cargas de múltiplos graus a fim de se evitar misturar o conteúdo
das tubulações de diferentes produtos. Todas as transferências internas da carga devem
ser completadas e todas as válvulas dos tanques devem ser fixadas antes da medição. As
tubulações de carregamento devem ser ventiladas antes da medição. Também é comum
no caso de carregamentos de derivados de petróleo de múltiplos graus também vedar as
válvulas de sucção dos tanques individuais.
9.3 Medições da Embarcação
Tome medições, graduações da água e temperaturas em todos os compartimentos de
carga no ponto de referência indicado nas tabelas de capacidade da embarcação. O
relatório deve indicar se as medições foram manuais ou automáticas e se os tanques na
embarcação estavam inertes durante a medição.
Inspecione a presença de carga nos espaços de carga não-designados, nos tanques de
lastro, nos compartimentos estanques e espaços vazios. Se for encontrada carga, meça-a
da mesma maneira que o petróleo nos compartimentos de carga (consulte o Cap. 17.2
do MPMS do API) e notifique todas as partes envolvidas.
As alturas observadas das medições devem ser registradas e comparadas com as alturas
das medições de referência. Cheque e relate qualquer discrepância. Em alguns casos, é
impossível determinar a altura da medição observada, a graduação da água e a medição
do espaço cheio. O local do ponto de medição de referência deve ser anotado no
relatório de inspeção.
SEÇÃO 1 – DIRETRIZES PARA A INSPEÇÃO DE CARGAS MARÍTIMAS 17
Medições da embarcação feitas através de colunas montantes não ranhuradas podem ser
imprecisas como resultado do fechamento na base do tubo, da ação capilar ou de
diferenciais de pressão. Medições adicionais podem ser necessárias a partir de outros
locais quando ocorrer esta condição. Observe no relatório a existência desta condição.
No caso de materiais viscosos pesados, o ar e/ou gases inertes podem estar entranhados
no produto. Um tempo apropriado de assentamento deve ser permitido, se possível. Se a
embarcação for medida imediatamente após a conclusão do carregamento, este fato
deve ser assinalado no Diário da Hora e no Relatório da Ulagem.
Em operações que envolvam baldeação, cada embarcação recebedora, além da
embarcação distribuidora, deve ser medida antes e na conclusão da baldeação.
9.4 Medição da Graduação da Água
Meça a FW no decorrer da medição de cada compartimento. Registre o tipo de pasta ou
dispositivo de encontrar água utilizado para determinar a interface petróleo/água.
Registre a interface e qualquer emulsão de petróleo detectada. Se uma quantidade
suficiente de FW for encontrada, tome uma amostra da água. (Veja o Cap. 17.3 do
MPMS do API).
Derivados com densidades mais pesadas que a água podem precisar ter a água no seu
topo graduada. Se for impossível tomar uma medida da graduação da água, então
medidas de amostragem alternativas devem ser tomadas.
Se for detectado um aumento da FW, uma Carta de Protesto deve ser emitida para o
representante da embarcação e para a instalação de carregamento e todas as partes
interessadas devem ser notificada imediatamente.
9.5 Temperatura da Embarcação
Temperaturas de compartimentos individuais da embarcação devem ser tiradas
juntamente com a ulagem. Temperaturas únicas ou de múltiplos níveis podem ser
requeridas. No caso de materiais aquecidos, as temperaturas superior, média e inferior
devem ser tiradas. Temperaturas adicionais podem ser requeridas, conforme delineado
no Cap. 17.2 do MPMS do API. Medições devem ter suas médias calculadas para
determinar a temperatura de cada compartimento. O PET deve ter uma faixa calibrada
de precisão que atenda à faixa de temperatura desejada do material a ser checado.
CUIDADO – Temperaturas tomadas nos elementos de aquecimento ou perto dos
mesmos podem ter seus perfis distorcidos.
9.6 Tanques de Lastro
Inspecione os tanques de lastro e registre a quantidade de lastro a bordo. Registre a
presença e amostre qualquer carga mensurável em qualquer tanque de lastro, se
possível. Notifique todas as partes interessadas e emita uma Carta de Protesto, conforme
o caso. Utilize o Relatório de Ulagem/Sondagem da Embarcação e de Capacidade para
registrar essas medições.
NOTA: Se um deslastreamento simultâneo foi realizado durante as operações de
carregamento, determine o motivo a partir do representante da embarcação e registre-o
no relatório de inspeção. Indique as separações das válvulas simples/duplas, se houver,
entre o lastro limpo/sujo e o sistema de carga.
9.7 Amostragem da Embarcação
Retire amostras de cada compartimento da embarcação de tal forma que uma amostra
composta que vise representar o total de cada grau de carga possa ser preparada para
testes apropriados. (Veja o Cap. 8.1 do MPMS do API). Esta amostra, normalmente
preparada em um laboratório, será tomada combinando-se as amostras dos tanques
individuais da embarcação em uma proporção que aproxime do volume de cada tanque
ao volume total do grau da carga carregada.
Quando a existência do material estratificado for conhecida ou suspeita, amostras
individuais das partes superior, média e inferior podem ser tiradas e analisadas para
determinar o grau de estratificação. Todas as partes interessadas devem ser notificadas
de acordo.
18 CAPÍTULO 17 – MEDIÇÃO MARÍTIMA
NOTA : Em cargas misturadas, devido à mistura incompleta, às limitações da
amostragem e a outras restrições operacionais, as amostras dos tanques não serão
representativas das amostras proporcionais misturadas manualmente que foram testadas
no porto de carregamento.
Tire amostras das águas servidas. Mantenha essas amostras separadas das amostras da
carga.
No caso de algumas cargas, amostras de tanques individuais em vez de amostras
compostas são requeridas. Nesses casos, é importante que cada receptáculo de amostra
seja lavado com o derivado antes que a amostra seja tirada a fim de assegurar sua
limpeza. Deve-se tomar cuidado para assegurar que as amostras sejam manejadas de
uma forma que evite a perda das extremidades leves. A mistura de amostras de
diferentes derivados e/ou graus deve ser evitada. (Veja o Cap. 8 do MPMS do API).
NOTA: Rotule prontamente cada amostra com o número apropriado do tanque e
outros dados pertinentes.
Se for encontrada a presença ou houver suspeita da presença de FW, pelo menos uma
amostra deve ser tirada do piso do compartimento através de um amostrador do fundo.
NOTA: Latas soldadas revestidas de latão não são receptáculos apropriados para FW,
já que podem contaminar a amostra.
9.8 Manuseio de Amostras
Amostras suficientes devem ser obtidas para atender aos requisitos das partes
interessadas e agências regulatórias. As partes interessadas geralmente especificam os
requisitos da amostragem e do teste. Amostras idênticas devem ser fornecidas para:
a) o terminal de terra;
b) o terminal receptor via capitão da embarcação;
c) o inspetor independente;
d) todas as outras partes designados para receber as amostras.
Amostras colocadas a bordo da embarcação para entrega ao representante no porto de
descarregamento devem ser seladas e reconhecidas com um recibo assinado pelo
representante da embarcação. Uma cópia do recibo assinado deve ser incluída no
relatório de inspeção.
O período de tempo em que as amostras devem ser guardadas deve ser estabelecido de
uma forma que seja consistente com as circunstâncias, experiência e políticas das partes
envolvidas na transferência da custódia.
9.9 Válvulas Marítimas
Confirme na presença do pessoal da embarcação se as válvulas marítimas e as válvulas
de descarregamento do limite da plataforma estiveram fechadas e se as vedações
permaneceram intactas. Se as válvulas vedadas anteriormente não estiverem intactas,
tente determinar porque as vedações foram rompidas e, se apropriado, notifique todas as
partes interessadas. Registre as constatações no relatório de inspeção.
9.10 Inspeção dos Tanques de Combustível
Veja 7.3.2.
9.11 Cálculos de Volume
Relate tanto a ulagem real conforme medida como a ulagem corrigida para o trim e a
inclinação; inclua a medição e quantidade de FW, o GOV e a temperatura de cada
compartimento na embarcação. Calcule o GSV de cada tanque,
SEÇÃO 1 – DIRETRIZES PARA A INSPEÇÃO DE CARGAS MARÍTIMAS 19
utilizando a temperatura média de cada tanque e a densidade fornecida. Não utilize uma
temperatura média para toda a embarcação. Determine o TCV e subtraia a OBQ para
uma comparação com o TCV de terra entregue.
10 Inspeção da Carga no Porto Após Carregamento
10.1 Tubulações de Terra
Verifique se todas as válvulas estão na posição apropriada e se as vedações instaladas
permanecem intactas. Determine a condição da tubulação de terra. (Veja o Cap. 17.6 do
MPMS do API). Relate a condição e o método usado.
Determine a natureza e as quantidades do material nas tubulações de carregamento de
terra antes de obter as medições dos tanques de fechamento ou as leituras do medidor.
Uma amostra pode ser tirada das tubulações para esta finalidade. Se a condição da
tubulação após o carregamento diferir da condição antes do carregamento, registre e
notifique todas as partes interessadas.
Ajustes para as quantidades transferidas baseadas nas discrepâncias do encorpamento da
tubulação são determinados por acordo entre as partes interessadas.
10.2 Medição dos Tanques
Tome as medições de fechamento, das temperaturas e da água de cada tanque usado na
operação de carregamento e registre os resultados.
10.3 Amostras dos Tanques
Tire amostras representativas dos tanques se for necessário após o enchimento. (Veja o
Cap. 8.1 do MPMS do API). Especifique os locais dos tanques a partir dos quais as
amostras foram obtidas.
10.4 Amostrador Automático
Se um amostrador automático foi usado, determine se o volume coreto da amostra foi
obtido. (Veja o Cap. 8.2 do MPMS do API). Testemunhe a mistura do conteúdo do
receptáculo da amostra e da retirada e, se requerido, o teste da amostra. Informe sobre
qualquer dificuldade que ocorra com relação aos procedimentos de amostragem em
linha.,
10.5 Medidores
Registre as leituras de fechamento dos medidores e o fator usado dos medidores.
Obtenha uma cópia completa de todos os formulários de aferição e os bilhetes do
medidor. Se o medidor ou medidores não foram testados durante o carregamento,
indique a freqüência da aferição do medidor anterior e obtenha uma cópia dos relatórios
pertinentes da aferição do medidor anterior.
Se medições manuais e/ou automáticas dos tanques de terra foram tomadas, demonstre
uma comparação entre elas e os volumes medidos. Se os volumes não puderem ser
conciliados, volte a checar os fatores do medidor, as medições dos tanques de terra e os
cálculos. Informe sobre todos os resultados no relatório de inspeção.
11 Conciliação Com o Porto de Carregamento
11.1 Cálculos dos Volumes Transferidos de Terra e da Embarcação
Veja o Cap. 12 do MPMS do API.
11.2 Análise da Viagem no Porto de Carregamento
Compare o TCV de terra entregue com o TCV corrigido do VEF recebido da
embarcação. (O TCV recebido iguala o GSV, mais FW, menos OBQ). Se a diferença
for maior que a diferença especificada pelas partes do contrato ou pelas políticas
20 CAPÍTULO 17 – MEDIÇÃO MARÍTIMA
declaradas dessas empresas, volte a checar todas as medidas e cálculos numa tentativa
de identificar a discrepância. Se as diferenças não puderem ser conciliadas, notifique as
partes interessadas e emita uma Notificação de Discrepância Aparente para os
representantes da embarcação e do terminal.
11.3 Conhecimento de Embarque
Quando o Conhecimento de Embarque e os volumes da embarcação são comparados,
qualquer discrepância entre o GSV, NSV, densidade, temperaturas e/ou qualquer outra
especificação deve ser investigada e levada à atenção das partes interessadas
apropriadas.
11.4 Teste Qualitativo
As partes interessadas devem especificar os testes de qualidade. Informe sobre os tipos
de métodos analíticos (isto é, ASTM, ISO ou outros métodos de teste aprovados pelo
setor) que são usados para testes. A responsabilidade pelos testes recai primordialmente
sobre a parte designada. As partes interessadas ou seus representantes devem ser
autorizados a conduzirem os mesmos testes com base em uma amostra em duplicata ou,
alternativamente, para testemunhar os testes desempenhados pela parte designada.
Qualquer desvio testemunhado a partir dos procedimentos de testes especificados deve
ser registrado e relatado a todas as partes interessadas.
11.5 Diário da Hora
Registre em um Diário da Hora a hora e a data dos principais eventos de carregamento.
Inclua a hora e a descrição de qualquer ocorrência incomum na coluna apropriada no
Diário da Hora.
11.6 Carta de Protesto
Se algum problema ocorrer que possa afetar os procedimentos subseqüentes em
qualquer etapa da transferência, todas as pessoas-chaves envolvidas devem ser
notificadas prontamente de forma que uma ação corretiva possa ser tomada. Qualquer
ação ou recusa de agir que seja contrária a este procedimento ou a acordos contratuais
anteriores específicos deve ser relatada às pessoas envolvidas, podendo ser
documentada pela emissão de uma Carta de Protesto.
11.7 Distribuição de Documentos
Deixe cópias de todos os documentos de inspeção disponíveis na embarcação e no
terminal.
12 Antes do Descarregamento
12.1 Reunião-Chave
Antes que o descarregamento se inicie, uma ou mais reuniões devem ser realizadas entre
os inspetores de carga, os representantes da embarcação e o pessoal da operação de terra
que estiver envolvido na operação de descarregamento. Nessas reuniões, o pessoal
operacional-chave é identificado, as responsabilidades são definidas, os procedimentos
de comunicação são providenciados e todos os envolvidos revêem os procedimentos e
planos de descarregamento para assegurar um pleno entendimento de todas as
atividades.
Verifique com o representante da embarcação relatórios de qualquer evento incomum
que possa ter ocorrido durante a travessia marítima ou no porto anterior e que possa
requerer uma vigilância especial durante o descarregamento. Verifique com o pessoal de
terra para assegurar que não exista nenhuma condição especial em terra que possa afetar
negativamente a atividade de descarregamento ou as medições. Uma Carta de Protesto
deve ser emitida para qualquer parte que deixe de cumprir com os procedimentos
recomendados.
Nas embarcações de múltiplos graus, pode ser necessário descarregá-las obedecendo a
uma certa seqüência para evitar contaminação e cumprir com seus requisitos
operacionais. Isto deve ser discutido e a seqüência do descarregamento por grau e/ou
derivado deve ser autorizada pelas partes antes do descarregamento.
SEÇÃO 1 – DIRETRIZES PARA A INSPEÇÃO DE CARGAS MARÍTIMAS 21
Se surgir alguma questão com relação a compatibilidade ou contaminação, todas as
partes interessadas devem ser notificadas e a questão deve ser resolvida antes que o
descarregamento seja iniciado. A contaminação pode resultar em uma condição
insegura para o terminal e/ou a embarcação.
A lista de verificação de inspeção sugerida (veja o Anexo A) ou um documento similar
deve ser usado.
12.2 Inspeção em Terra
12.2.1 Tubulações e Tanques de Terra
Determine a natureza e a quantidade de material nas tubulações de terra até a borda da
embarcação. Quando o conteúdo de uma tubulação for questionável ou quando existir a
possibilidade de contaminação da carga, as amostras das tubulações devem ser testadas
para que seja verificada sua compatibilidade com a carga que será descarregada.
NOTA: Amostras das tubulações podem não ser representativas devido aos
limites de sua localização.
Determine a condição de encorpamento da tubulação de terra. (Veja o Cap. 17.6 do
MPMS do API). Relate a condição e o método usados. Adicionalmente, registre e relate
a capacidade total das tubulações de terra usadas.
É responsabilidade do terminal assegurar que todas as tubulações e válvulas sejam
ajustadas na posição correta para a operação. Quando viável, o inspetor deve confirmar
que esses ajustes e válvulas estejam vedados e que sejam apropriados.
Quando tubulações da terra não-dedicadas são usadas, considere as seqüências de
descarregamento dos derivados fluindo pelas tubulações a fim de minimizar o potencial
de contaminação causado pelo deslocamento do conteúdo das tubulações. Esta
determinação deve incluir um acordo sobre como as tubulações serão deslocadas e/ou
como as diferentes interfaces dos derivados serão geridas.
Se a carga a ser deslocada requerer calor, informe se as tubulações de terra estão
isoladas e/ou aquecidas. Sempre que possível, a temperatura das tubulações deve ser
obtida e registrada.
Se a tubulação de terra contiver material que requeira calor, deve ser anotado no
relatório de inspeção se a mesma está isolada, se é identificada pelo vapor e se sua
temperatura deve ser registrada.
12.2.2 Medições dos Tanques de Terra
12.2.2.1 Medições Manuais
Registre a altura de referência a partir das tabelas de calibragem dos tanques antes que
as medições e graduações da água sejam tomadas. Tome as medições de abertura, as
temperaturas, amostras e medições de cada tanque a ser usado no descarregamento.
Qualquer diferença entre a altura de referência observada e a altura de referência
mostrada nas tabelas de calibragem do tanque deve ser assinalada e investigada. (Veja o
Cap. 17.2 do MPMS do API).
Todas as medições devem ser registradas apenas após a obtenção de três leituras
consecutivas estarem numa faixa de 3 mm (1/8 pol.). Se duas ou mais leituras
consecutivas forem idênticas, esta leitura deverá ser relatada, utilizando-se o 1 mm ou
1/8 pol. mais próximo. Se todas as três leituras forem usadas, elas devem ter suas
médias calculadas. Se for determinado que o conteúdo dos tanques está em movimento
e que aguardar seu equilíbrio não é possível, as medições dos tanques devem ser
registradas e todas as partes avisadas. Se a situação não puder ser resolvida, uma Carta
de Protesto deve ser emitida. Registre as medições automáticas para fins de
comparação.
No caso de tanques com tetos flutuantes, a medição deve ser evitada enquanto o teto
estiver na zona crítica. A colocação das pernas do teto na posição alta ou baixa e a zona
crítica deve ser registrada.
A natureza pesada de alguns produtos pode requerer que uma medição de espaço vazio
seja tomada. Derivados com densidades mais pesadas que a água podem necessitar que
a água em seu topo seja medida por régua de graduação.
22 CAPÍTULO 17 – MEDIÇÃO MARÍTIMA
Qualquer incrustação que se formar no topo do produto pode produzir imprecisões na
medição. Se esta condição existir, todas as partes devem ser notificadas e a condição
gravada.
12.2.2.2 Medições Automáticas
Sistemas de gravação automática com precisão e/ou tolerâncias de medição consistentes
com o Cap. 3.1B do MPMS do API podem ser usados para a transferência de custódia
por mútuo acordo entre as partes interessadas.
Se um sistema automático de medição de tanques for usado e as leituras não forem
verificadas por medições manuais, registre no relatório de inspeção as duas últimas
vezes em que o sistema automático e as medições manuais foram comparados e se
alguma diferença foi notada. Registre no relatório de inspeção que medições
automáticas foram usadas.
12.3 Temperaturas dos Tanques em Terra
A determinação da temperatura de cargas em um tanque de terra é crítica para o
processo de transferência de custódia. Portanto, no momento da medição, as
temperaturas devem ser tomadas cuidadosamente. (Veja o Cap. 7 do MPMS do API).
Cargas pesadas, cargas aquecidas, cargas misturadas e cargas em tanques não-aquecidos
em tempo muito frio podem tender a terem uma estratificação da temperatura dentro de
cada tanque. Quando esta situação for determinada, medições extras da temperatura
devem ser tomadas. Em cargas de calor elevado, como asfalto, pode ser impossível
obter temperaturas representativas com o uso de proteção de cuba ou PETs. Pode ser
necessário usar dispositivos de medição de temperatura instalados permanentemente. O
uso de um dispositivo de medição instalado permanentemente deve ser assinalado no
relatório, juntamente com quando e como a precisão do dispositivo foi verificada.
CUIDADO – Temperaturas tomadas nos elementos de aquecimento ou perto dos
mesmos podem ter seus perfis distorcidos.
12.3.1 Termômetro Eletrônico Portátil
O PET é o equipamento favorito para a obtenção de temperaturas.
O PET deve ter uma faixa de precisão calibrada que atenda à faixa de temperatura
desejada do material a partir do qual uma temperatura possa ser tomada. Por exemplo,
um PET com um microchip calibrado com precisão de 300ºF/149ºC não é aceitável para
produtos de asfalto armazenados a 350ºF/177ºC. (Veja o Cap. 7 do MPMS do API).
12.3.2 Termômetro de Mercúrio em Vidro
Os termômetros devem permanecer no líquido o tempo suficiente para atingirem a
temperatura do líquido que está sendo medido (veja o Cap.7 do MPMS do API). Com
relação aos líquidos em que a estratificação da temperatura pode ocorrer, as restrições
de tempo envolvidas no uso de um termômetro de mercúrio em vidro para fornecer o
perfil de um tanque pode requerer o uso de um PET.
12.3.3 Medição Dinâmica da Temperatura
Se uma sonda de temperatura na tubulação de terra for usada para determinar a
temperatura para a correção da quantidade medida carregada, verifique e registre no
relatório de inspeção as duas últimas vezes em que a precisão da sonda foi verificada.
(Consulte os Cap. 5 e 7 do MPMS do API).
12.3.4 Sistema Automático de Temperatura
Sistemas automáticos de temperatura com precisão e/ou tolerâncias de medição
consistentes com o Cap. 7 do MPMS do API podem ser utilizados para a transferência
de custódia por mútuo acordo entre as partes interessadas.
Se um sistema automático de temperatura for usado e as leituras não forem verificadas
por medições manuais, registre as últimas duas vezes em que o sistema automático e as
medições manuais foram comparados e se alguma diferença foi assinalada. Registre no
relatório de inspeção que foram usadas temperaturas automáticas.
SEÇÃO1 – DIRETRIZES PARA A INSPEÇÃO DE CARGAS MARÍTIMAS
23
12.4 Amostragem
Todas as amostras tiradas devem ser devidamente rotuladas e, se apropriado, vedadas.
Os números da vedação devem ser registrados.
12.4.1 Amostras dos Tanques
Cada tanque de terra a ser usado no descarregamento deve ser amostrado em quantidade
suficiente para atender aos requisitos das partes interessadas e das agências regulatórias.
Os receptáculos de amostras devem ser limpos e, no caso de derivados de petróleo,
devem ser enxaguados com o derivado antes que a amostra seja tirada. Os receptáculos
de amostra devem atender aos requerimentos do Cap. 8 do MPMS do API. Os
receptáculos utilizados para o transporte e armazenamento de amostras devem atender
aos requisitos regulatórios apropriados.
Quando derivados não-homogêneos são amostrados, amostras da parte superior, média
e inferior são usualmente obtidas. Se houver suspeita de estratificação, recomenda-se
incisivamente que amostras em níveis adicionais sejam tiradas.
Especifique no relatório de inspeção os locais dos tanques e os métodos usados para
obter amostras. O relatório de inspeção também deve declarar se o tanque estava
equipado com misturadores, um sistema de circulação ou aeradores e deve assinalar a
extensão da mistura realizada no tanque.
12.4.2 Amostragem Automática
A amostragem automática é o método preferido de amostragem de uma transferência de
carga marítima. Se um sistema de amostragem automático for instalado, ele deve ser
provado e operado em conformidade com o Cap. 8.2 do MPMS do API. Se um
amostrador automático for usado, ele deve ser ajustado e limpo apropriadamente em
preparação para a tomada de uma amostra e uma inspeção visual no receptáculo da
amostra deve ser feita. Certifique-se de que a taxa de rapidez da amostra esteja correta
para que haja a coleta de uma amostra suficiente para atender aos requerimentos sem
encher o receptáculo em demasia. Observe e anote a hora de início do amostrador e a
quantidade de petróleo no receptor de amostra no ponto mediano durante o
descarregamento e perto da conclusão do descarregamento. Indique se o amostrador
automático usado foi proporcional ao fluxo ou proporcional ao tempo. Qualquer
deficiência deve ser relatada.
12.5 Medidores
Os operadores de terminais são responsáveis pela operação de seus medidores e
aferidores de medidores. Eles devem disponibilizar dados apropriados de aferição dos
medidores ao pessoal da medição. Os bilhetes de medição dos medidores devem ser
fornecidos para cada transferência de custódia e incluir as informações requeridas nos
Cap. 4, 5 e 12.2 do MPMS do API. Os operadores ou inspetores de terminais cientes das
dificuldades dos medidores que poderiam afetar a precisão devem relatar o problema
imediatamente a todas as partes envolvidas na transferência de custódia. O incidente e a
solução devem ser registrados no relatório de inspeção.
Antes do descarregamento, registre as leituras do medidor de abertura. Recomenda-se
que os medidores sejam aferidos durante o descarregamento de acordo com os Cap. 4, 5
e 12.2 do MPMS do API e relatados.
Se medições manuais e/ou automáticas dos tanques forem tomadas, mostre uma
comparação com os volumes medidos. Se os volumes não puderem ser conciliados,
volte a checar os fatores dos medidores, as medições dos tanques de terra e os cálculos.
Relate todos os resultados no relatório de inspeção.
12.6 Inspeção de Embarcações
12.6.1 VEF
Dados sobre viagens anteriores devem ser obtidos para uso no cálculo do VEF. (Veja o
Procedimento API/EI para o Cálculo dos VEFs no Cap. 17.9/EI HM 49). Registre
qualquer comentário sobre comparações anteriores entre a embarcação e terra contido
nos registros da embarcação. O VEF pode ser usado para a conciliação de volumes.
24 CAPÍTULO 17 – MEDIÇÃO MARÍTIMA
12.6.2 Linha do Calado, Trim e Inclinação
Registre a linha do calado, o trim e a inclinação. Quando barcaças não dispuserem de
tabelas de correção de inclinação ou trim, consulte o Cap.12.1.1 do MPMS do API.
12.6.3 Tubulações e Tanques das Embarcações
Solicite que o pessoal da embarcação drene as tubulações do convés nos
compartimentos de carga, se possível. Informe sobre a transferência de qualquer água
servida ou outros líquidos que possa haver na sala de máquinas para os tanques de carga
ou de águas servidas.
O sistema de tubulação da embarcação deve ser inspecionado antes do descarregamento
a fim de assegurar que qualquer vedação originária do porto de carregamento esteja no
lugar.
O derivado a ser descarregado deve atender à qualidade contratual. A amostragem e a
análise de laboratório deverão ser usadas para assegurar que as especificações da
qualidade sejam atendidas. (Veja 7.2.4 e 12.4).
12.6.4 Medições de Chegada
Tome medições, graduações da água e temperaturas em todos os compartimentos de
carga no ponto de referência indicado nas tabelas de capacidade da embarcação. O
relatório deve indicar se as medições foram manuais ou automáticas e se os tanques na
embarcação estavam inertes durante a ulagem.
Inspecione a presença de carga nos espaços de carga não-designados, nos tanques de
lastro, nos compartimentos estanques e nos espaços vazios. Se for encontrada carga,
meça-a da mesma maneira que o petróleo nos compartimentos de carga (consulte o Cap.
17.2 do MPMS do API) e notifique todas as partes envolvidas. Este procedimento deve
incluir compartimentos que não devem ser descarregados.
As alturas observadas das medições devem ser registradas e comparadas com as alturas
das medições de referência. Investigue e relate qualquer discrepância. Em alguns casos,
é impossível determinar a altura da medição observada, a graduação da água e a
medição do espaço cheio. O local do ponto de medição de referência deve ser anotado
no relatório de inspeção.
Medições da embarcação feitas através de colunas montantes não ranhuradas podem ser
imprecisas como resultado do fechamento na base do tubo, da ação capilar ou de
diferenças de pressão. Medições adicionais podem ser necessárias a partir de outros
locais quando ocorrer esta condição. Observe no relatório a existência desta condição.
Em operações que envolvam baldeação, cada embarcação recebedora, além da
embarcação distribuidora, deve ser medida antes e na conclusão da baldeação.
12.6.5 Medição da Graduação da Água
Meça a FW durante o decorrer da ulagem de cada compartimento. Registre o tipo de
pasta ou dispositivo de encontrar água utilizado para determinar a interface
petróleo/água. Registre a interface e qualquer emulsão de óleo que seja detectada. Se
uma quantidade suficiente de FW for encontrada, tome uma amostra da água. (Veja o
Cap. 17.3 do MPMS do API).
Derivados com densidades mais pesadas que a água podem precisar ter a água graduada
no seu topo. Se for impossível tomar uma medida da graduação da água, então medidas
de amostragem alternativas devem ser tomadas.
Quando FW for detectada em certos produtos cujas especificações são sensíveis à
presença de FW, a embarcação deve receber uma Carta de Protesto a respeito e todas as
partes envolvidas devem ser notificadas imediatamente.
12.6.6 Temperatura da Embarcação
Temperaturas de compartimentos individuais na embarcação devem ser tomadas
concomitantemente com a ulagem. Temperaturas singulares ou de múltiplos níveis
podem ser requeridas. No caso de materiais aquecidos, as temperaturas superior, média
e inferior devem ser tomadas. Temperaturas adicionais podem ser requeridas conforme
delineado no Cap. 17.2 do MPMS do API. Medições devem ter suas médias calculadas
para determinar a temperatura de cada compartimento. O PET deve ter uma faixa de
precisão calibrada que atenda à faixa de temperatura desejada do material a ser checado.
SEÇÃO 1 – DIRETRIZES PARA A INSPEÇÃO DE CARGAS MARÍTIMAS
25
CUIDADO – Temperaturas tomadas nos elementos de aquecimento ou perto dos
mesmos podem ter seus perfis distorcidos.
12.6.7 Tanques de Lastro
Inspecione os tanques de lastro e registre a quantidade de lastro a bordo. Registre a
presença de qualquer carga mensurável em qualquer tanque de lastro e, se possível,
obtenha amostras. Notifique todas as partes interessadas e emita uma Carta de Protesto,
conforme apropriado. Use o Relatório de Ulagem/Sondagem e Capacidade da
Embarcação para registrar essas medições.
NOTA: Se um deslastreamento simultâneo tiver que ser realizado durante as operações
de carregamento, determine o motivo a partir do representante da embarcação e registre-
o no relatório de inspeção. Indique as separações das válvulas simples/duplas, se
houver, entre o lastro limpo/sujo e o sistema de carga.
12.6.8 Amostragem da Embarcação
Tire amostras de cada compartimento da embarcação de tal forma que uma amostra
composta, que vise representar o total de cada grau de carga, possa ser preparada para
testes apropriados. (Veja o Cap. 8.1 do MPMS do API). Esta amostra, normalmente
preparada em um laboratório, será tomada combinando-se as amostras dos tanques
individuais da embarcação em uma proporção que aproxime o volume de cada tanque
ao volume total do grau da carga carregada.
Quando a existência do material estratificado for conhecida ou suspeita, amostras
individuais das partes superior, média e inferior podem ser tiradas e analisadas para
determinar o grau de estratificação. Todas as partes interessadas devem ser notificadas
de acordo.
NOTA: Em cargas mistas, devido à mistura incompleta, limitações de amostragem e
outras restrições operacionais, as amostras dos tanques da embarcação freqüentemente
não são representativas das amostras misturadas manualmente que foram testadas no
porto de carregamento.
Tire amostras das águas servidas. Mantenha essas amostras em separado das amostras
da carga.
No caso de algumas cargas, amostras de tanques individuais em vez de amostras
compostas são requeridas. Nesses casos, é importante que cada receptáculo seja
enxaguado com o derivado antes que a amostra seja tirada a fim de assegurar a limpeza
dos receptáculos de amostra. Deve-se tomar cuidado para assegurar que as amostras
sejam manejadas de uma forma que evite a perda das extremidades leves. A mistura das
amostras de diferentes derivados e/ou graus deve ser evitada. (Veja o Cap. 8 do MPMS
do API).
NOTA: Rotule prontamente cada amostra com o número apropriado do tanque e outros
dados pertinentes.
Se houver suspeita da presença de FW, pelo menos uma amostra deve ser tirada do piso
do compartimento através de um amostrador de fundo.
12.6.9 Manuseio das Amostras
Amostras suficientes devem ser obtidas para atender aos requisitos das partes
interessadas e agências regulatórias. As partes interessadas geralmente especificam os
requisitos de amostragem e de teste. Amostras idênticas devem ser fornecidas para os
seguintes:
a) o terminal de terra;
b) o inspetor independente;
c) todas as outras partes designados para receber as amostras.
Amostras colocadas a bordo da embarcação para entrega ao representante no porto de
descarregamento devem ser entregues de acordo com as instruções fornecidas pelas
partes interessadas. As amostras devem ser reconhecidas por um recibo assinado pela
parte que aceitou as amostras do porto de carregamento. O relatório de inspeção deve
conter uma cópia do recibo assinado.
26 CAPÍTULO 17 – MEDIÇÃO MARÍTIMA
O período de tempo durante o qual as amostras devem ser guardadas deve ser
estabelecido de uma forma consistente com as circunstâncias, experiência e políticas das
partes envolvidas na transferência de custódia.
12.6.10 Válvulas Marítimas
Confirme na presença do pessoal da embarcação se as válvulas marítimas e as válvulas
de descarregamento até o limite da plataforma estão na posição fechada. Certifique-se
de que as válvulas vedadas no porto de carregamento permaneçam fechadas e vedadas
até que a operação de descarregamento esteja completada. Registre e relate os números
das vedações no Relatório de Ulagem/Sondagem e de Capacidade da Embarcação. Se
esses números diferirem dos registrados no porto de carregamento, determine o motivo
para a discrepância e notifique todas as partes envolvidas.
12.6.11 Inspeção dos Tanques de Combustível
Veja 7.3.12.
12.6.12 Cálculos de Volume
Relate a ulagem real da forma medida e a ulagem corrigida para o trim e a inclinação,
inclua a medição e quantidade de FW, o GOV e a temperatura de cada compartimento
da embarcação. Calcule o GSV de cada tanque, usando a temperatura média de cada
tanque e a densidade fornecida. Não use uma temperatura média para toda a
embarcação. Determine o TCV.
12.6.13 Diferença em Trânsito
Compare o TCV, GSV e FW no porto de carregamento antes de zarpar com o TCV,
GSV e FW antes do descarregamento. Se o volume total da quantidade da carga variar
mais do que a quantidade especificada pelas partes interessadas, notifique o
representante da embarcação e volte a verificar a embarcação. Se a discrepância
permanecer depois que a embarcação houver sido checada novamente, emita uma Carta
de Protesto para o representante da embarcação e notifique todas as partes interessadas.
13 Durante o Descarregamento
13.1 Comunicações
Um meio confiável de comunicação com a terra e entre as embarcações deve ser
providenciado. O pessoal das embarcações, de terra ou de medição que observar um
problema durante qualquer etapa da transferência que possa afetar eventos subseqüentes
deve notificar prontamente todo o pessoal-chave de forma que uma pronta ação possa
ser adotada. Registre esses eventos no relatório de inspeção.
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  • 1. Manual de Padrões de Medições de Petróleo Capítulo 17 – Medições Marítimas Seção 1- Diretrizes para Inspeções de Cargas Marítimas QUINTA EDIÇÃO, MARÇO DE 2008 Direitos Autorais: Instituto Americano do Petróleo Fornecido pela IHD sob licença com o API Licenciada-Inspectorate America Corp. 5966443001 Nenhuma reprodução ou reelaboração é autorizada sem licença da IHS Não deve ser Revendido, 11/09/2008 – 11:31:25 MDT
  • 2. Manual de Padrões de Medições de Petróleo Capítulo 17 – Medições Marítimas Seção 1- Diretrizes para Inspeções de Cargas Marítimas Departamento de Coordenação de Medições QUINTA EDIÇÃO, MARÇO DE 2008
  • 3. Notas Especiais As publicações do API são voltadas necessariamente para problemas de uma natureza geral. Com relação a circunstâncias específicas, as leis e regulamentos municipais, estaduais e federais devem ser considerados. Nem o API nem os funcionários, empreiteiros, consultores, comitês ou outros cessionários dão quaisquer garantias ou declarações, expressas ou implícitas, com relação à precisão, encorpamento ou utilidade das informações aqui contidas nem assumem qualquer passivo ou responsabilidades pelo uso ou pelos resultados de tal uso e de quaisquer informações ou processos revelados nesta publicação. Nem o API nem quaisquer funcionários, empreiteiros, consultores ou outros cessionários declaram que o uso desta publicação não infringe direitos de propriedade privada. As publicações do API podem ser usadas por qualquer pessoa que o deseje. Todo esforço foi realizado pelo Instituto para assegurar a precisão e confiabilidade dos dados nelas contidos. No entanto, o Instituto não faz declarações ou dá garantias com relação a esta publicação e isenta-se expressamente de qualquer passivo ou responsabilidade por perdas ou danos resultantes de seu uso ou por violações de quaisquer jurisdições de autoridades competentes com as quais esta publicação possa conflitar. As publicações do API vêm a público para facilitar uma ampla disponibilidade de práticas de engenharia e operacionais comprovadas e corretas. Estas publicações não visam obviar a necessidade de recorrer a um bom julgamento de engenharia sobre quando e onde estas publicações devam ser utilizadas. A formulação e publicação das publicações do API não visam de forma alguma inibir quem quer que seja de utilizar quaisquer outras práticas. Qualquer fabricante que marque equipamentos ou materiais em conformidade com os requerimentos de marcação de um padrão API é o único responsável pelo cumprimento de todos os requerimentos aplicáveis desse padrão. O API não faz declarações, não justifica nem garante que tais produtos de fato atendam ao seu padrão aplicável. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste trabalho pode ser reproduzida, armazenada em sistema de recuperação de dados ou transmitida por qualquer meio, seja eletrônico, mecânico, fotográfico, de gravação ou outros, sem o consentimento prévio por escrito do editor. Para contatar o Editor, escreva para API Publishing Services, 1220 L Street N.W., Washington, D.C. 20005. Copyright © 1999 Instituto Americano do Petróleo
  • 4. Introdução Esta Quinta Edição revista do Capítulo 17.1 do MPMS do API atualiza a Quarta Edição de novembro de 2001 ao efetuar as seguintes modificações: - os antigos Apêndices A e C foram totalmente removidos; - o antigo Apêndice B foi renomeado Anexo A; - 11.1 e 16.1 agora estão no Cap. 12 do MPMS do API, em vez de no Apêndice A; - 7.3.1 e 12.6.1 agora fazem referência ao Cap. 17.9/IP HM 49 do MPMS do API em vez de ao Apêndice C; - O Cap. 17.9 do MPMS do API, Fator de Experiência da Embarcação (VEF), foi acrescentado à lista de referências. - O Fator de Experiência da Embarcação (VEF) do Cap. 17.9 do MPMS do API foi acrescentado à lista de referências; - A definição do VEF foi modificada para ser incluída ao Cap. 17.9 do MPMS do API e “Razão de Carregamento de Embarcações” e “Razão de Descarregamento de Embarcações” foram removidos; - A Errata de junho de 2005 e suas referências foram removidas, já que se referem aos VEFs. Estas mudanças foram feitas como resultado da publicação do Cap. 17.9, Primeira Edição, Novembro de 2005, do MPMS do API que propicia uma prática recomendada para o cálculo e aplicação dos VEFs. As publicações do API podem ser usadas por qualquer pessoa que deseje fazê-lo. Todo esforço foi feito pelo Instituto para assegurar a acuidade e confiabilidade dos dados nelas contidos. Entretanto, o Instituto não faz declarações, não justifica e nada garante com relação a esta publicação e nega expressamente qualquer passivo ou responsabilidade pela perda ou dano resultante de seu uso ou pela violação de qualquer regulamento federal, estadual ou municipal com o qual esta publicação possa conflitar. Revisões sugeridas são bem-vindas e devem ser apresentadas ao gerente-geral de Upstream Segment, American Petroleum Institute, 1220 L Street, N.W. Washington, D.C. 20005. Nada contido em qualquer publicação do API deve ser interpretado como concessão de qualquer direito, por implicação ou de outra forma, para a manufatura, venda ou uso de qualquer método, aparato ou produto abrangido por cartas patentes. Da mesma forma, nada contido na publicação deve ser interpretado como garantia para alguém contra passivos por infração de cartas-patentes. Este documento foi produzido de acordo com os procedimentos de padronização do API que asseguram a notificação e participação apropriadas no processo de desenvolvimento
  • 5. e destina-se a ser um padrão do API. Dúvidas concernentes à interpretação do conteúdo deste padrão ou comentários e perguntas concernentes a procedimentos sob os quais este padrão foi desenvolvido devem ser dirigidos por escrito ao gerente geral de Upstream Segment, American Petroleum Institute, 1220 L Street, N.W. Washington, D.C. 20005. Pedidos de autorização para reproduzir ou traduzir todo ou qualquer parte do material aqui publicado também devem ser dirigidos ao diretor. Em geral, os padrões API são analisados e revistos, reafirmados ou retirados pelo menos uma vez a cada cinco anos. O status da publicação pode ser determinado a partir de API Standards Department, tel. (202) 682-8000. Um catálogo de publicações e materiais do API é publicado anualmente e atualizado trimestralmente pelo API, 1220 L Street, N.W. Washington, D.DC. 20005. Encorajamos sugestões de revisões, as quais devem ser enviadas ao Standards Department, API, 1220 L Street, NW Washington, D.C. 20005, standards@api.org. iii
  • 6. SUMÁRIO 1. Escopo........................................................................................................... 2 2. Referências Normativas .............................................................................. 2 3. Termos e Definições..................................................................................... 3 4. Documentação Recomendada..................................................................... 8 5. Informações Gerais .................................................................................... 8 6. Considerações de Segurança e Saúde ....................................................... 9 6.1 Geral ...................................................................................................... 9 6.2 Características Físicas e Considerações sobre Incêndios................... 9 7. Antes do Carregamento ............................................................................ 10 7.1 Reunião-chave.............................................................................................. 10 7.2 Inspeção em Terra ....................................................................................... 11 7.3 Inspeção da Embarcação............................................................................. 14 8. Durante o Carregamento ........................................................................... 15 8.1Comunicações ......................................................................................... 15 8.2 Amostra das Tubulações ...................................................................... 16 9. Inspeção da Embarcação Após o Carregamento ............................................. 16 9.1 Linha do Calado, Trim e Inclinação........................................................ 16 9.2 Tubulações da Embarcação .................................................................. 16 9.3 Medições da Embarcação ..................................................................... 16 9.4 Medição da Graduação da Água........................................................... 17 9.5 Temperatura da Embarcação ............................................................... 17 9.6 Tanques de Lastro .................................................................................. 17 9.7 Amostragem da Embarcação ............................................................... 17 9.8 Manuseio de Amostras........................................................................... 18 9.9 Válvulas Marítimas ................................................................................ 18
  • 7. 9.10 Inspeção dos Tanques de Combustível .............................................. 18 9.11 Cálculos de Volume ............................................................................. 18 10. Inspeção da Carga no Porto Após Carregamento ......................................... 19 10.1 Tubulações de Terra .............................................................................. 19 10.2 Medição dos Tanques ............................................................................ 19 10.3 Amostras dos Tanques ........................................................................... 19 10.4 Amostrador Automático ....................................................................... 19 10.5 Medidores ............................................................................................... 19 11. Conciliação com o Porto de Carregamento .................................................... 19 11.1 Cálculos dos Volumes Transferidos de Terra e da Embarcação ....... 19 11.2 Análise da Viagem no Porto de Carregamento .................................... 19 11.3 Conhecimento de Embarque ................................................................. 20 11.4 Teste Qualitativo...................................................................................... 20 11.5 Diário da Hora ........................................................................................ 20 11.6 Carta de Protesto..................................................................................... 20 11.7 Distribuição de Documentos ................................................................... 20 12. Antes do Descarregamento ............................................................................... 20 12.1 Reunião-Chave.......................................................................................... 20 12.2 Inspeção em Terra ................................................................................... 21 12.3 Temperaturas dos Tanques em Terra ................................................... 22 12.4 Amostragem ............................................................................................. 23 12.5 Medidores ................................................................................................. 23 12.6 Inspeção de Embarcações ....................................................................... 23 13 Durante o Descarregamento ............................................................................. 26 13.1 Comunicações .......................................................................................... 26 13.2 Amostras das Tubulações ........................................................................ 26
  • 8. 13.3 Aferição dos Medidores ........................................................................... 26 13.4 Pressão do Descarregamento................................................................... 27 13.5 Diário da Hora .......................................................................................... 27 14. Inspeção da Embarcação Após Descarregamento ......................................... 27 14.1 Linha do Calado, Trim e Inclinação........................................................ 27 14.2 Tubulações da Embarcação...................................................................... 27 14.3 Medição do ROB ....................................................................................... 27 14.4 Cálculos do Volume do ROB ................................................................... 27 14.5 Amostragem do ROB ................................................................................ 28 14.6 Temperaturas do ROB.............................................................................. 28 14.7 Válvulas Marítimas .................................................................................. 28 14.8 Inspeção dos Tanques de Combustível ................................................... 28 14.9 Lavagem do Petróleo Bruto...................................................................... 28 15 Inspeção em Terra Após o Descarregamento ................................................. 28 15.1 Tubulações e Tanques de Terra .............................................................. 28 15.2 Medições dos Tanques de Terra............................................................... 28 15.3 Temperaturas dos Tanques de Terra ...................................................... 29 15.4 Amostragem ............................................................................................... 29 15.5 Medidores................................................................................................... 30 16 Conciliação com o Porto de Descarregamento................................................. 30 16.1 Cálculos do Volume Transferido de Terra e da Embarcação............... 30 16.2 Análise da Viagem do Porto de Descarregamento e da Conciliação da Carga ..................................................................................................... 30 16.3 Teste Qualitativo ....................................................................................... 30 16.4 Carta de Protesto ...................................................................................... 30 Anexo A – Formulários de amostras .................................................................... 32
  • 9. Introdução Estas diretrizes visam encorajar práticas de inspeção uniformes para o controle da quantidade e qualidade de cargas petrolíferas e químicas marítimas. O uso destas diretrizes também irá implicar na realização de acordos para a transferência de volumes de petróleo e carga químicas, além e irá ajudar a assegurar que os acordos possam ser claramente interpretados e executados entre as partes. No entanto, as recomendações aqui fornecidas não visam interferir de nenhuma maneira com os dispositivos contrários a estas diretrizes que possam existir em qualquer contrato ou prática recomendada aplicável de outras entidades regulatórias ou padronizações; nem visam interferir com considerações de segurança e do meio ambiente ou com as condições locais. Estas diretrizes não são promulgadas como sendo único método aceitável de medição de transferência de custódia ou de práticas de inspeção. As diretrizes para a inspeção de cargas marítimas estão sujeitas a reavaliações contínuas e a mudanças periódicas. As atividades de medição e amostragem a serem realizadas a bordo de uma embarcação deverão ocorrer na presença ou com a expressa autorização do capitão ou de outro oficial apropriado. As atividades a serem executadas nas instalações de carregamento e descarregamento em terra serão realizadas na presença ou com a expressa autorização do pessoal supervisor de terra apropriado. Por motivos de segurança, apenas um equipamento apropriado e aprovado deve ser utilizado. Os regulamentos da jurisdição local relativos a carregamentos e descarregamentos também devem ser seguidos.
  • 10. Capítulo 17 – Medição Marítima Seção 1 – Diretrizes para a Inspeção de Cargas Marítimas 1 Escopo Estas diretrizes especificam a política e as práticas mínimas recomendadas para medições, amostragens e contabilizações manuais e automáticas de quantidades de óleo bruto (incluindo contaminado, misturado e reconstituído), derivados de petróleo e produtos químicos transportados em embarcações marítimas. As atividades escritas nestas diretrizes incluem ações por parte de produtores, compradores, vendedores, operadores terminais, proprietários de embarcações e suas tripulações, autoridades alfandegárias, inspetores independentes e outras partes interessadas em medições. Algumas configurações de embarcações ou terminais, além de características das cargas, particularmente químicas, podem requerer procedimentos extensos e métodos de cálculo não abrangidos neste capítulo. Cálculos da carga devem ser realizados independentemente pelas partes responsáveis e/ou por seus representantes autorizados. Os resultados das determinações da qualidade e dos cálculos da quantidade devem ser comparados e quaisquer diferenças solucionadas sem demoras. Cada parte envolvida em uma transferência de custódia é responsável no âmbito do seu domínio pela contribuição para uma conciliação das quantidades da embarcação e de terra e por buscar explicações por quaisquer discrepâncias. Quaisquer discrepâncias relativas à determinação da qualidade e/ou quantidades calculadas devem ser registradas e informadas a todas as partes interessadas. Este procedimento pode ser realizado pela emissão de uma Carta de Protesto ou Notificação de Discrepância Aparente. Todos os esforços devem ser envidados para solucionar as discrepâncias antes que a embarcação levante âncora. O relatório da inspeção independente da transferência da custódia da carga deve ser emitido e distribuído prontamente. Esses procedimentos são igualmente válidos e aplicáveis para as unidades métricas ou usuais de medição, desde que os mesmos tipos de unidades sejam usados de forma consistente. 2 Referências Normativas Os documentos a seguir referem-se ao texto neste capítulo. Capítulo1 do MPMS do API, Vocabulário Capítulo 2 do MPMS do API, Calibragem dos Tanques Capítulo 3 do MPMS do API, Medição dos Tanques
  • 11. Capítulo 4 do MPMS do API, Sistemas de Aferição Capítulo 5 do MPMS do API, Medição Capítulo 6 do MPMS do API, Conjuntos de Medição Capítulo 7 do MPMS do API, Determinação da Temperatura Capítulo 8 do MPMS do API, Amostragem Capítulo 9 do MPMS do API, Determinação da Densidade Capítulo10 do MPMS do API, Sedimentos e Água Capítulo 11.1 do MPMS do API, Fatores de Correção do Volume 2
  • 12. SEÇÃO 1 – DIRETRIZES PARA A INSPEÇÃO DE CARGAS MARÍTIMAS 3 Capítulo 12.1 do MPMS do API, Cálculo das Quantidades Estáticas de Petróleo Capítulo 12.2 do MPMS do API, Cálculos das Quantidades de Petróleo Líquido Medidas pelos Medidores da Turbina ou Deslocamento Capítulo 17.2 do MPMS do API, Medição de Cargas a Bordo de Embarcações-Tanques Capítulo 17.3 do MPMS do API, Diretrizes para a Identificação da Fonte da Água Residual Associada a Movimentos de Cargas de Petróleo Marítimas Capítulo 17.5 do MPMS do API, Diretrizes para a Análise e Conciliação da Carga Capítulo17.6 do MPMS do API, Diretrizes para Determinar o Encorpamento de Oleodutos Entre Embarcações e Tanques de Terra Capítulo 17.8 do MPMS do API, Diretrizes para a Inspeção do Pré-Carregamento de Tanques de Carga de Embarcações Marítimas Capítulo17.9 do MPMS do API, Fator de Experiência da Embarcação (VEF) RP 2003 do API, Proteção Contra Ignições Oriundas de Estática, Relâmpagos e Correntes Publ. 2026 do API, Acesso/Egresso Seguro Envolvendo Tetos Flutuantes de Tanques de Armazenamento em Serviço do Petróleo Publ. 2217 do API, Diretrizes para Trabalhos em Espaços Confinados na Indústria do Petróleo (não é mais publicada) IMO1 , Guia de Segurança Internacional para Petroleiros e Terminais Petrolíferos OCIFM2 , Guia de Segurança de Gás Inerte Combustível 3 Termos e Definições Os itens a seguir são usados no Cap. 17 do MPMS do API: 3.1 gravidade API Meio utilizado pela indústria petrolífera para expressar a densidade dos produtos de petróleo. A gravidade API é medida por um instrumento de hidrômetro com uma escala graduada em graus API. A relação entre a gravidade API e a densidade relativa (anteriormente chamada gravidade específica) é: Gravidade API a 60ºF = 141.5 – 131,5 Densidade Relativa 60ºF/60ºF
  • 13. 3.2 amostrador automático Um dispositivo utilizado para extrair uma amostra representativa do líquido que flui por um tubo. O amostrador automático em geral consiste de uma sonda, de um extrator de amostra, de um medidor de fluxo, de um controle e de um receptor de amostras. 3.3 lastro A água que é recebida quando uma embarcação está vazia ou parcialmente carregada para aumentar a linha do calado a fim de submergir apropriadamente a hélice e manter a estabilidade e o trim. _________ 1 International Maritime Organization, 4 Albert Embankment, London SE17SR, Reino Unido, www.imo.org. 2 Oil Companies International Marine Forum, 27 Queen Anne’s Gate, London, SW1H 9BU, Inglaterra, www.ocimf.com.
  • 14. 4 CAPÍTULO 17 – MEDIÇÃO MARÍTIMA 3.4 certificado de Opções da Quantidade de Carga Um certificado assinado por representantes da embarcação e de terra reconhecendo a quantidade da carga destinada para carregamento. Em geral, a maioria das cargas de derivados tem uma tolerância baseada na capacidade do fornecedor, do receptor ou da embarcação. Cada parte envolvida com o carregamento deverá coincidir com a quantidade a ser carregada. 3.5 lavagem do petróleo bruto Veja lavagem dos tanques 3.6 linha do calado A profundidade de uma embarcação abaixo da linha medida a partir da superfície da água até o fundo da quilha da embarcação. 3.7 água residual FW O volume da água presente em um receptáculo que não está em suspensão no líquido (óleo) contido. (Veja a definição de S&W). 3.8 volume bruto observado GOV Veja volumes. 3.9 volume padrão bruto GSV Veja volumes. 3.10 peso padrão bruto GSW O peso total de todos os líquidos de petróleo e S&W (se houver), excluindo FW, conforme determinado pela aplicação dos fatores apropriados de conversão de peso para o GSV. 3.11 volume indicado Veja volumes.
  • 15. 3.12 inertização Um procedimento usado para reduzir o conteúdo de oxigênio dos espaços de carga de uma embarcação introduzindo um gás inerte como nitrogênio ou dióxido de carbono ou uma mistura de gases como gás combustível processado. 3.13 medição do espaço cheio [mergulho (sondagem)] A distância medida da superfície do líquido até uma placa fixa do datum ou até o fundo do tanque. 3.14 carta de Protesto ou Notificação de Discrepância Aparente Uma carta emitida por qualquer participante de uma transferência de custódia que invoque qualquer condição de disputa. Essa carta serve como registro por escrito de que uma ação ou constatação em particular foi questionada por ocasião da ocorrência. 3.15 verificação do encorpamento das tubulações A atividade de verificar a condição de enchimento das tubulações de transferência da carga da terra e da embarcação antes e depois de uma transferência de carga. (Veja o Cap. 17.6 do MPMS do API).
  • 16. SEÇÃO 1 – DIRETRIZES PARA A INSPEÇÃO DE CARGAS MARÍTIMAS 5 3.16 inclinação A inclinação de uma embarcação expressa em graus em que o lado de bombordo ou estibordo está distante da posição vertical. 3.17 correção da inclinação A correção aplicada à medição ou volume observado quando a embarcação está se inclinando, desde que esse líquido esteja em conato com todas as anteparas do tanque. A correção da inclinação pode ser feita por referência às tabelas de correção da inclinação da embarcação para cada tanque ou por cálculos matemáticos. 3.18 carga no topo Definida tanto como procedimento como quanto prática. 3.19 prática A carga no topo constitui o ato de misturar a quantidade a bordo com a carga que está sendo carregada. 3.20 procedimento O carregamento no topo é um procedimento de coletar e assentar as misturas de água e petróleo, resultante das operações de lastreamento e limpeza dos tanques (normalmente em um ou mais tanques especiais de águas servidas) e subseqüentemente o carregamento da carga no topo dessas águas e bombeando-se a mistura para terra no porto de descarregamento. 3.21 volume padrão líquido NSV Veja volumes. 3.22 peso padrão líquido NSW O peso total de todos os produtos de petróleo, excluindo S&W e FW, determinado pela dedução do peso de S&W do GSW. 3.24 quantidade a bordo OBQ
  • 18. 3.24 quantidade a bordo OBQ Veja volumes. 3.25 altura de referência A distância a partir do fundo do tanque ou placa do datum até o ponto ou marca de referência estabelecida. 3.26 ponto de referência O ponto em que a altura de referência é determinada e a partir da qual as ulagens/espaços cheios são tomados. 3.27 remanescente a bordo ROB Veja volumes.
  • 19. 6 CAPÍTULO 17 – MEDIÇÃO MARÍTIMA 3.28 sedimentos e água S&W O material sólido que não hidrocarboneto e água em suspensão no líquido de petróleo. Os S&W são medidos pelas técnicas descritas nos Capítulos 10.1, 10.2, 10.3, 10.4, 10.5, 10.6, 10.7, 10.8, e 10.9 do MPMS do API. 3.29 águas servidas O óleo, petróleo/água/sedimentos e emulsões contidas nos tanques de águas servidas ou tanques de carga designados. A mistura normalmente resulta da extração dos tanques, da lavagem dos tanques ou da separação da fase do lastro de águas servidas. 3.30 medição de parada A determinação de pré-transferência de um volume específico de carga representado por um nível específico do tanque que, quando atingido, resulta na conclusão da transferência da carga. Esta determinação pode ser feita por pessoal de terra ou da embarcação. 3.31 lavagem dos tanques Dividida nos dois seguintes tipos de atividades: a) A lavagem da água envolve o uso de uma corrente de água de alta pressão para desalojar as incrustações e sedimentos das anteparas, do fundo e das estruturas internas dos tanques de uma embarcação. b) A lavagem do petróleo bruto envolve o uso de vapor de alta pressão da carga do petróleo bruto para desalojar ou dissolver as incrustações e sedimentos das anteparas, do fundo e das estruturas internas dos tanques de uma embarcação durante a operação de descarregamento. NOTA: As agências regulatórias requerem que os tanques das embarcações estejam inertes durante a aplicação deste método de limpeza do tanque. 3.32 volume calculado total TCV Veja volumes. 3.33 volume observado total TOV Veja volumes.
  • 20. 3.34 trim A condição de uma embarcação com referência à sua posição longitudinal na água. É a diferença entre as linhas do calado de vante e de ré, sendo expressa por “pela proa” ou por “pela popa”. 3.35 correção do trim A correção aplicada à medição ou volume observado quando uma embarcação não estiver sem diferença de calado, desde que o líquido esteja em contato com todas as anteparas no tanque. A correção do trim pode ser pelas tabelas do trim de referência para cada tanque ou por cálculo matemático. 3.36 medição da ulagem (ou espaço vazio) A distância medida da superfície líquida da carga até o ponto de referência. 3.37 fator de experiência da embarcação VEF Uma compilação do histórico das medidas da embarcação do TCV, ajustada para OBQ ou ROB, comparada com as medidas em terra do TCV. (Veja o Cap. 17.9/IP HM 49 do MPMS do API para detalhes).
  • 21. SEÇÃO 1 – DIRETRIZES PARA A INSPEÇÃO DE CARGAS MARÍTIMAS 7 3.38 volumes Definidos como: - volume observado bruto GOV O volume total de todos os produtos de petróleo e S&W, excluindo FW, à temperatura e pressão observadas. - volume padrão bruto GSV O volume total de todos os produtos de petróleo e S&W, excluindo FW, corrigido pelo fator de correção de volume (Ctl) apropriado para a temperatura observada e a gravidade API, a densidade relativa ou a densidade a uma temperatura padrão como 60ºF ou 15ºC. Se aplicável, corrija com o fator de correção de pressão (Cpl) e com o fator do medidor. - volume indicado A mudança na leitura do medidor que ocorre durante um recebimento ou entrega. - volume padrão líquido NSV O volume total de todos os produtos de petróleo, excluindo-se S&W e FW, corrigidos pelo fator de correção de volume (Ctl) apropriado para a temperatura e gravidade API, densidade relativa ou densidade de uma temperatura padrão como 60ºF ou 15ºC observados. Se aplicável, corrija com o fator de correção de pressão (Cpl) e com o fator do medidor. - quantidade a bordo OBQ O material presente nos tanques de carga da embarcação, espaços vazios e oleodutos antes que a embarcação seja carregada. A OBQ pode incluir qualquer combinação de água, óleo, águas servidas, resíduos de óleo, emulsões de petróleo/água e sedimentos. - remanescente a bordo ROB O material que está nos tanques de carga de uma embarcação, nos espaços vazios e nos oleodutos após a carga ser descarregada. A quantidade do ROB pode incluir qualquer combinação de água, óleo, águas servidas, resíduos de petróleo, emulsões de petróleo/água e sedimentos. - volume calculado total TCV
  • 22. O volume total de todos os produtos de petróleo e S&W, corrigido pelo fator de correção de volume (Ctl) apropriado para a temperatura e gravidade API, densidade relativa ou densidade de uma temperatura padrão como 60F ou 15ºC observados. Se aplicável, corrija com o fator de correção de pressão (Cpl) e com o fator do medidor e toda a FW medida à temperatura e pressão (GSV mais FW) observadas. - volume total observado TOV O volume total medido de todos os produtos de petróleo, S&W e FW à temperatura e pressão observadas. NOTA: O fato de os termos 60ºF e 15ºC serem usados não significa que sejam iguais. 3.39 teste de lavagem das paredes O procedimento para a lavagem de áreas selecionadas como as anteparas interiores, os fundos dos tanques e poços de rejeitos dos tanques de carga com um meio apropriado e teste do líquido da lavagem para constatar a presença de material que possa contaminar a carga a ser carregada (veja o Cap. 17.8 do MPMS do API).
  • 23. 8 CAPÍTULO 17 – MEDIÇÃO MARÍTIMA 3.40 medição da graduação da água O procedimento para localizar a interface petróleo/água com a finalidade de determinar o volume de FW em um tanque de terra ou compartimento da embarcação. É também usado como referência à linha de demarcação da interface petróleo/água. 3.41 fórmula da cunha Um meio matemático de aproximar pequenas quantidades de carga líquida e sólida e FW a bordo antes do carregamento e após o descarregamento, com base nas dimensões dos compartimentos de carga e do trim da embarcação. A fórmula da cunha deve ser usada apenas quando o líquido não tocar todas as anteparas dos tanques da embarcação. 3.42 tabela da cunha Uma tabela pré-calculada da embarcação baseada no princípio da cunha e exibida de forma bastante parecida com as tabelas usuais de espaço cheio/ulagem. Essas tabelas, no entanto, são para pequenas quantidades (OBQ, ROB) quando a carga ou FW não toca todas as anteparas dos tanques da embarcação. 3.43 teste do enxugamento O procedimento de enxugar fisicamente áreas interiores e bobinas de vapor dos tanques da embarcação com panos brancos absorventes. Este procedimento é usado para testar a existência de possível contaminação de cor do revestimento dos tanques. 4 Documentação Recomendada Estas diretrizes fornecem os dados de coleta de uma forma uniforme. Requer-se que os dados coletados sejam gravados em um registro permanente, na ocasião em que os procedimentos estão sendo executados. Os dados assim colhidos devem então ser relatados em um formato claro e compreensível, conforme ilustrado nos formulários de amostras apresentados no Anexo A deste capítulo. 5 Informações Gerais A medição pode ser realizada manualmente ou por sistemas automáticos, de acordo com os procedimentos apropriados ao tipo da embarcação, à carga e à localização (veja os Cap. 3 e 17.2 do MPMS do API). Todas as partes responsáveis devem ser informadas se parte do equipamento de medição ou do tanque ou das instalações de medição apresentarem algum desvio conhecido. A documentação desses desvios deve ser usada na preparação da conciliação de volumes. As possibilidades de erros conhecidos de desvios incluem, entre outras, água, neve, gelo ou detritos em tanques de tetos flutuantes.
  • 24. Os procedimentos descritos nesta publicação devem ser realizados por pessoal treinado adequadamente. Se os procedimentos não puderem ser desempenhados por qualquer motivo (como por restrições de segurança, ambientais ou físicas, restrições governamentais, conflitos com acordos contratuais ou outros problemas), o relatório de inspeção deve incluir uma explicação completa e detalhada. O pessoal da medição é responsável por assegurar o uso de equipamentos apropriados de segurança, medição e amostragem. O mestre e/ou representante designado da embarcação, o pessoal supervisor de terra e o pessoal da medição que realiza a inspeção devem estar familiarizados com o escopo dos procedimentos de inspeção de carga e cientes dos procedimentos de segurança exclusivos do produto que está sendo transferido. Se um lastreamento ou deslastreamento tiver que ser realizado durante as operações de carga, registre este fato e os motivos para tanto no relatório de inspeção e comente o grau de segregação que foi mantido durante a operação. Os derivados do petróleo, incluindo produtos químicos, requerem um rígido controle de qualidade durante as operações de carregamento, transporte e descarregamento. As embarcações projetadas para transportar esses derivados devem atender aos critérios de compatibilidade. Elas também devem inspecionar a limpeza antes do carregamento de forma que a carga não seja contaminada. (Veja o Cap. 17.8 do MPMS do API). Se
  • 25. SEÇÃO 1 – DIRETRIZES PARA A INSPEÇÃO DE CARGAS MARÍTIMAS 9 houver qualquer dúvida relativa à compatibilidade ou à contaminação, todas as partes interessadas devem ser notificadas e as dúvidas resolvidas antes do início do carregamento. 6 Considerações sobre Saúde e Segurança 6.1 Geral Os procedimentos aplicáveis de segurança e saúde devem ser sempre levados na devida consideração. Essas considerações devem incluir, entre outros, possíveis riscos eletrostáticos (veja API 2003) e outros riscos de incêndio e explosão, perigos em potencial para o pessoal (ex., limites de exposição, contaminação de risco, treinamento e vários requisitos sobre roupas e equipamentos de proteção e práticas de trabalho), além de riscos explosivos e tóxicos em potencial associados ao meio ambiente dos tanques de carga. As características físicas da carga e das condições operacionais existentes devem ser avaliadas com cuidado e os regulamentos internacionais, federais, estaduais e municipais aplicáveis devem ser estritamente observados. Os procedimentos de segurança planejados pelo empregador, pelo operador da embarcação e por outras partes envolvidas também devem ser observados. A publicação The International Safety Guide for Oil Tankers and Terminals, além das publicações apropriadas do Fórum Marítimo Internacional das Empresas de Petróleo, da Organização Marítima Internacional (OMI) e do API. devem ser consultadas para informações adicionais sobre segurança. Deve-se assinalar que enquanto muitos produtos químicos apresentam características similares às de outras cargas líquidas de petróleo e, assim, não requerem uma consideração especial, muitos de fato apresentam uma ameaça em potencial à segurança do pessoal, do meio ambiente e das embarcações que os transportam. Assim, todas as precauções especiais e métodos de medição requeridos pelo embarcador, fornecedor ou qualquer outra autoridade regulatória pertinente devem ser compreendidos e observados no manuseio dessas cargas. Os vapores do petróleo e de substâncias associadas – incluindo vapores de sulfeto de hidrogênio a partir do petróleo bruto contaminado – também envolvem toxicidade em potencial. Os vapores de petróleo com altas concentrações de sulfeto de hidrogênio podem causar a inconsciência ou morte. Durante e após a abertura da boca de medição, todo o pessoal deve permanecer longe o suficiente para minimizar a inalação dos vapores. Já que os vapores tóxicos ou deficiência de oxigênio não podem ser detectados com segurança pelo sentido do olfato, pela inspeção visual ou pelo julgamento, precauções apropriadas devem ser tomadas para assegurar a proteção. Providências devem ser tomadas para o monitoramento apropriado da exposição, para o equipamento protetor do pessoal e para os procedimentos de salvamento de emergência. Quando for necessário, o pessoal deve contar com proteção respiratória adequada antes de ingressar no local de medição e durante o procedimento de medição.
  • 26. 6.2 Características Físicas e Considerações sobre Incêndios O pessoal que lida com substâncias relacionadas com o petróleo, bem como com outras substâncias químicas, deve estar familiarizado com suas características físicas e químicas – incluindo o potencial para incêndios, explosões e reatividade – e com riscos em potencial de toxicidade e para a saúde, além de procedimentos de emergência. O pessoal deve estar alerta para evitar fontes em potencial de ignição e manter os receptáculos de materiais fechados quando não estiverem em uso. Os regulamentos API 2217 e API 2026, bem como quaisquer outros aplicáveis, devem ser consultados quando a amostragem requerer o ingresso em espaços confinados. Informações relativas a materiais e condições específicas devem ser obtidas do empregador, fabricante ou fornecedor desses materiais ou de sua folha de dados de segurança.
  • 27. 10 CAPÍTULO 17 – MEDIÇÃO MARÍTIMA 7. Antes do Carregamento 7.1 Reunião-Chave 7.1.1 Geral Antes que um carregamento comece, uma ou mais reuniões devem ser realizadas entre os inspetores de carga, os representantes da embarcação e o pessoal operacional de terra envolvido na operação de carregamento. Nessas reuniões, o pessoal-chave operacional é identificado, responsabilidades são definidas, procedimentos de comunicação são providenciados e todos os envolvidos devem rever os procedimentos e planos de carregamento para assegurar um pleno entendimento de todas as atividades. - Todas as partes devem concordar sobre a especificação da qualidade e quantidade da carga. (Veja Certificado de Opções da Quantidade da Carga). - Um acordo deve ser atingido sobre se o pessoal de terra ou da embarcação irá encerrar o carregamento. - Cheque com o representante da embarcação relatos de quaisquer eventos incomuns que possam ter ocorrido durante a travessia marítima ou no porto anterior e que possam requerer uma vigilância especial durante o carregamento. - O representante da embarcação deve confirmar a capacidade da mesma de aquecer a carga conforme instruído. - Cheque com o pessoal de terra se houve concordância sobre os procedimentos para o manuseio de quaisquer condições especiais que possam existir em terra com possibilidade de afetar negativamente as atividades ou medidas de carregamento. - Uma Carta de Protesto deve ser emitida para qualquer parte que deixe de acatar os procedimentos recomendados. - Um acordo deve ser atingido sobre o método a ser usado para determinar a integridade das tubulações (Veja o Cap. 17.6 do MPMS do API). - Determine quais tanques da embarcação serão carregados, a capacidade dos tanques, a condição das tubulações, a natureza das últimas três cargas da embarcação e o método de limpeza dos tanques de carga. (Veja o Cap. 17.8 do MPMS do API). -Se amostras do “primeiro pé” forem requeridas, deve-se tomar uma decisão sobre os tanques a serem usados para tais amostras na quantidade da carga a ser carregada para a amostragem. Em embarcações de múltiplos graus, pode ser necessário que seus tanques sejam carregados em uma certa ordem para evitar contaminação e para atender aos requisitos
  • 28. operacionais da embarcação. Isto deve ser abordado e a ordem por grau e/ou produto deve ser autorizada antes que as operações de carregamento se iniciem. NOTA: A contaminação pode resultar em uma condição insegura para o terminal e/ou a embarcação. 7.1.2 Mistura Se houver necessidade de mistura a bordo da embarcação, é vital que todos os volumes carregados sejam consistentes com a mistura manual proporcional antes do carregamento. Se o material contido na tubulação de terra tiver que ser carregado como parte da mistura, uma amostra da tubulação deve ser tirada e testada. Para ajudar na mistura, o componente mais pesado pode ser carregado primeiro, seguido pelos componentes mais leves. O volume deve ser calculado após cada componente ser carregado. O conteúdo da tubulação de terra, a carga anterior da embarcação e qualquer OBQ devem ser levados em consideração para seu efeito sobre a operação de mistura. As misturas podem requerer ajuste para manterem as especificações autorizadas mutuamente para a mistura. NOTA: Devido à mistura incompleta, limitações de amostragens e outras restrições operacionais, as amostras dos tanques da embarcação freqüentemente não são representativas das misturas manuais proporcionais no porto de carregamento.
  • 29. SEÇÃO 1 – DIRETRIZES PARA A INSPEÇÃO DE CARGAS MARÍTIMAS 11 7.2 Inspeção em Terra 7.2.1 Tubulações e Tanques de Terra Determine a natureza e as quantidades do material nas tubulações de terra até a borda do navio. Quando o conteúdo da tubulação for questionável ou quando houver a possibilidade de contaminação da carga, amostras da tubulação devem ser testadas para que seja verificada a compatibilidade com a carga a ser carregada. Alternativamente, o conteúdo da tubulação de terra deve ser carregado em um compartimento de carga da embarcação, medido, amostrado e testado. Nota: As amostras da tubulação podem não ser representativas devido às limitações do local da amostra. Determine a condição de enchimento da tubulação de terra (veja o Cap. 17.6 do MPMS do API). Relate a condição e o método empregado. Adicionalmente, registre e relate a capacidade total das tubulações de terra usadas. É responsabilidade do terminal assegurar que todas as tubulações e válvulas sejam colocadas na posição correta para a operação. Quando for viável, essas configurações devem ser confirmadas pelo inspetor e, quando apropriado, as válvulas devem ser vedadas. Quando tubulações não-dedicadas de carregamento forem usadas, considere as seqüências de carregamento dos produtos que fluem pelos tubos a fim de minimizar o potencial de contaminação causado pelo deslocamento do conteúdo nos tubos. Esta determinação deve incluir um acordo sobre como os tubos serão deslocados e/ou como as diferentes interfaces do produto serão administradas. O produto a ser carregado deve atender às especificações de qualidade dos acordos. A amostragem e a análise de laboratório devem ser utilizadas para assegurar que as especificações de qualidade sejam atendidas (veja 7.2.4, 12.4). Se a carga a ser carregada requerer calor, informe se as tubulações de terra estão vedadas e se a temperatura do tubo deve ser obtida sempre que possível e registrada. 7.2.2 Medições dos Tanques de Terra 7.2.2.1 Medições manuais Registre a altura de referência a partir das tabelas de capacidade dos tanques antes que as medições e graduações da água sejam tomadas. Tome as medidas de abertura, das temperaturas, das amostras e da água de cada tanque a ser usado no carregamento. Qualquer diferença entre a altura de referência observada e a altura de referência mostrada nas tabelas de capacidade dos tanques deve ser observada e investigada. (Veja o Cap. 17.2, B.3 do MPMS do API).
  • 30. Todas as medições devem ser registradas apenas após a obtenção de três leituras consecutivas dentro de uma faixa de 3 mm (1/8 pol). Se duas das três leituras consecutivas forem idênticas, esta leitura deve ser relatada segundo o 1 mm mais próximo se trenas de métricas forem usadas ou segundo o 1/8 pol. mais próximo se trenas de polegadas forem usadas. Se as três leituras forem usadas, elas devem ter sua média extraída. Se for determinado que o conteúdo dos tanques está em movimento e que aguardar seu equilíbrio não é possível, as medições dos tanques devem ser registradas e todas as partes avisadas. Se a situação não puder ser resolvida, uma Carta de Protesto deve ser emitida. Registre as medições automáticas para fins de comparação. (Veja o Cap. 3.1A do MPMS do API). No caso de tanques com tetos flutuantes, a medição deve ser evitada enquanto o teto estiver na zona crítica. A colocação das pernas do teto na posição alta ou baixa e a zona crítica devem ser registradas. A natureza pesada de alguns produtos pode requerer que uma medição de espaço vazio seja tomada. Se houver esta condição, todas as partes devem ser notificadas e a condição deve ser registrada.
  • 31. 12 CAPÍTULO 17 – MEDIÇÃO MARÍTIMA 7.2.2.2 Medições Automáticas Sistemas de medição automática com precisão e/ou tolerâncias de medição consistentes com o Cap. 3.1B do MPMS do API podem ser usados para a transferência de custódia por acordo mútuo entre as partes interessadas. Se um sistema automático de medição de tanques for usado e as leituras não forem verificadas por medições manuais, registre no relatório de inspeção as últimas duas vezes em que o sistema automático e as medidas manuais foram comparados. Registre no relatório de inspeção o fato de que medições automáticas foram utilizadas. 7.2.3 Temperaturas dos Tanques de Terra Determinar a temperatura das cargas em um tanque de terra é crítico para o processo de transferência de custódia. Portanto, no momento da medição, as temperaturas devem ser tomadas cuidadosamente (veja o Cap. 7 do MPMS do API). Cargas pesadas, cargas aquecidas, cargas misturadas e cargas em tanques não-aquecidos em tempo muito frio podem tender à estratificação da temperatura dentro dos tanques. Quando esta situação for determinada, medições extras da temperatura devem ser feitas. Em cargas de elevado calor, como asfalto, pode ser impossível obter temperaturas representativas com o uso de termômetros de proteção de cubas ou Termômetros Eletrônicos Portáteis; pode ser necessário utilizar dispositivos de medição de temperatura instalados permanentemente. O uso de um dispositivo de medição instalado permanentemente deve ser assinalado no relatório, juntamente com a data e a forma pela qual a precisão do dispositivo foi verificada. CUIDADO – Temperaturas tomadas nos elementos de aquecimento ou perto dos mesmos podem ter seus perfis distorcidos. 7.2.3.1Termômetro Eletrônico Portátil O Termômetro Eletrônico Portátil (PET) é o equipamento preferido para a obtenção de temperaturas. O PET deve ter uma faixa calibrada de precisão que atenda à faixa de temperatura desejada do material a partir da qual uma temperatura deve ser tirada. Por exemplo, uma PET com um microchip calibrado com precisão de até 300ºF/149ºC não é aceitável para produtos de asfalto, já que estes são armazenados a 350ºF/177ºC. (Veja o Cap. 7 do MPMS do API). 7.2.3.2 Termômetro de Mercúrio em Vidro Os termômetros devem permanecer no líquido o tempo suficiente para alcançarem a temperatura do líquido que está sendo medido. (Veja o Cap. 7 do MPMS do API). Com relação aos líquidos em que a estratificação da temperatura possa ocorrer, as restrições
  • 32. de tempo envolvidas no uso de um termômetro de mercúrio em vidro para fornecer o perfil de um tanque pode requerer o uso de um PET. 7.2.3.3 Medição Dinâmica da Temperatura Se uma sonda de temperatura na tubulação de terra for usada para determinar a temperatura para a correção da quantidade medida carregada, verifique e registre no relatório de inspeção as duas últimas vezes em que a sonda teve sua precisão verificada. (Veja os Cap. 5 e 7 do MPMS do API). 7.2.3.4 Sistema Automático de Temperatura Sistemas automáticos de temperatura com tolerâncias de precisão e/ou medição consistentes com o Cap. 7 do MPMS do API podem ser usados para transferência de custódia por acordo mútuo entre as partes interessadas. Se um sistema automático de temperatura for usado e as leituras não forem verificadas por medições manuais, registre no relatório de inspeção as duas últimas vezes em que o sistema automático e as medições manuais foram comparados e se foi notada qualquer diferença. Registre no relatório de inspeção quais temperaturas automáticas foram usadas.
  • 33. SEÇÃO 1 – DIRETRIZES PARA A INSPEÇÃO DE CARGAS MARÍTIMAS 13 7.2.4 Amostragem Rotule prontamente cada amostra com o número apropriado do tanque e outros dados pertinentes. Se apropriado, vede o receptáculo e registre os números das vedações. 7.2.4.1 Amostragem Manual dos Tanques O objetivo da amostragem manual consiste em obter uma pequena parcela (amostra local) de material a partir de uma área selecionada dentro de um receptáculo representativo do material na área ou, no caso de amostras correntes ou de todos os níveis, uma amostra cuja composição seja representativa do material total no receptáculo. Uma série de amostras locais pode ser combinada para criar uma amostra representativa. Cada tanque de terra a ser usado no carregamento deve ter quantidade suficiente para atender aos requisitos das partes interessadas e das agências regulatórias. Receptáculos de amostras devem estar limpos e, no caso de derivados de petróleo, devem ser enxaguados com o derivado antes da retirada da amostra. Os receptáculos de amostra devem atender aos requerimentos do Cap. 8 do MPMS do API. Os receptáculos usados para transportar e armazenar amostras devem atender aos requisitos regulatórios apropriados. Quando produtos não-homogêneos são amostrados, amostras da parte superior, média e inferior do local são usualmente obtidas. Se houver suspeita de estratificação, recomenda-se incisivamente que amostras em níveis adicionais sejam tiradas. Se apenas parte do produto no tanque for usada para o carregamento, então as amostras da zona de carregamento podem ser tomadas a partir da parte do tanque que está envolvida na transferência. Todas as partes envolvidas devem ser notificadas se o material for considerado estratificado e cada parte deve concordar com ações adicionais antes de prosseguirem. Especifique no relatório de inspeção os locais dos tanques e os métodos usados para obter amostras. O relatório de inspeção também deve declarar se o tanque estava equipado com misturadores, um sistema de circulação ou aeradores e deve assinalar a extensão da mistura realizada no tanque. 7.2.4.2 Amostragem Automática A amostragem automática é o método preferido de amostrar uma transferência de carga marítima. Se um sistema de amostragem automática for usado, ele deve ser ajustado e limpo apropriadamente em preparação para a tomada de uma amostra, da mesma forma que uma inspeção visual do receptáculo da amostra deve ser feita. Certifique-se de que a taxa de rapidez seja correta para coletar uma amostra suficiente que atenda aos requisitos sem encher o receptáculo em demasia. Em pelo menos três ocasiões durante a transferência, observe por meios não-invasivos se o amostrador está funcionando. Observe e anote a hora de início do amostrador e a quantidade de petróleo no receptor da amostra no ponto a meio caminho durante o carregamento e perto da conclusão do
  • 34. carregamento. Indique se o amostrador automático usado teve fluxo ou tempo proporcional. Qualquer deficiência deve ser relatada. 7.2.5 Medidores Os operadores de terminais são responsáveis pela operação de seus medidores e aferidores de medidores. Eles devem disponibilizar dados apropriados de aferição do medidor para o pessoal de medição. Cartões de medição dos medidores devem ser fornecidos para cada transferência de custódia e incluir as informações requeridas no Cap. 12.2 do MPMS do API. Operadores ou inspetores de terminais que estejam cientes das dificuldades dos medidores que possam afetar sua precisão devem informar imediatamente sobre o problema a todas as partes envolvidas na transferência de custódia. O incidente e a resolução devem ser registrados no relatório de inspeção. Antes de carregar, registre as leituras do medidor de abertura. Recomenda-se que os medidores sejam aferidos durante o carregamento de acordo com os Cap. 4, 5 e 12.2 do MPMS do API, e relatados.
  • 35. 14 CAPÍTULO 17 – MEDIÇÃO MARÍTIMA Se medidas dos tanques de terra manuais e/ou automáticas forem tomadas, mostre uma comparação com os volumes medidos. Se os volumes não puderem ser conciliados, volte a verificar os fatores do medidor, as medições dos tanques de terra e os cálculos. Relate todos os resultados no relatório de inspeção. 7.3 Inspeção da Embarcação 7.3.1 VEF Dados sobre viagens anteriores devem ser obtidos para uso no cálculo do VEF. (Veja o Procedimento API/EI para Calcular VEFs nos Cap. 17.9/IP HM 49 do MPMS do API). Registre qualquer comentário sobre comparações anteriores da embarcação/terra contidos nos registros da embarcação. O VEF pode ser usado para a conciliação de volumes. 7.3.2 Linha do Calado, Trim e Inclinação Registre a linha do calado, o trim e a inclinação. Quando as barcaças não tiverem tabelas de correção da inclinação ou do trim, consulte o Cap. 12.1.1 do MPMS do API. 7.3.3 Lastro Remanescente Para a maioria das cargas, não deve restar lastro nos tanques de carga, nas tubulações ou nas bombas. Qualquer lastro a bordo deve ser totalmente separado. Meça e registre a quantidade de qualquer lastro que tenha restado a bordo antes de efetuar o carregamento. Registre a presença e amostre qualquer petróleo mensurável nos tanques de lastro. Se o deslastreamento tiver que ser efetuada simultaneamente às operações de carregamento, determine o motivo a partir do representante da embarcação e registre-o no relatório de inspeção. Indique as separações das válvulas singulares/duplas, se houver, entre o sistema de lastro limpo/sujo e os sistemas de carga. 7.3.4 Tubulações e Tanques de Embarcações Todos os tanques de embarcações, incluindo carga, lastro e compartimentos estanques, devem ser inspecionados antes de serem carregados. Antes de medir a embarcação, solicite que suas tubulações sejam drenadas. Deve-se ter cuidado em cargas de múltiplos graus a fim de evitar misturar o conteúdo das tubulações de diferentes produtos. Meça a quantidade da carga ou da água do lastro caída no tanque e amostre-a se houver uma quantidade suficiente da mesma. Ademais, registre a capacidade das tubulações que foram drenadas. Relate a transferência de quaisquer águas servidas Se a carga anterior apresentar um problema de contaminação, todas as tubulações e bombas devem ser totalmente limpas e drenadas. Anote no relatório de inspeção como a limpeza e a drenagem foram realizadas.
  • 36. Quando a aceitabilidade dos tanques da embarcação for inspecionada antes do carregamento, tal inspeção deve ser realizada de acordo com o Cap. 17.8 do MPMS do API. 7.3.5 Medição da OBQ Obtenha e registre as alturas de referência a partir das tabelas de calibragem antes de tomar as medições de abertura e as graduações da água. Registre as alturas da graduação observada e investigue e relate qualquer discrepância. Determine a quantidade e natureza de qualquer material a bordo (OBQ) antes de efetuar o carregamento, incluindo toda carga em trânsito e o material em espaços de carga não-designados (consulte o Cap. 17.2 do MPMS do API). Descreva e relate a OBQ e/ou FW (veja tanques de águas servidas em 7.3.8). 7.3.6 Cálculo do Volume da OBQ O Relatório OBQ/ROB deve ser completado antes do carregamento. Determine a OBQ conforme especificado no Cap. 17.4 do MPMS do API. a) Para material líquido e água, use uma fórmula de cunha se o líquido não tocar todas as anteparas dos compartimentos da embarcação. Use as correções de trim/inclinação se o líquido estiver em contato com todas as anteparas do compartimento.
  • 37. SEÇÃO 1 – DIRETRIZES PARA A INSPEÇÃO DA CARGA MARÍTIMA 15 b) Para material não-líquido, a medição multipontos é recomendada para determinar se existe uma condição de cunha. Já que a fórmula da cunha usa um fator de trim para determinar a quantidade, um cálculo preciso não será possível sem se saber se o trim da embarcação no momento em que o material se solidificou. Se o material medido não for uma cunha, a média das leituras múltiplas deve ser usada para determinar o volume. No entanto, se apenas um ponto de medição estiver disponível, deve-se presumir que o material esteja distribuído por igual pelo fundo do tanque. NOTA: Para informações adicionais, consulte o Cap. 17.4 do MPMS do API. 7.3.7 Amostragem da OBQ Quando a OBQ estiver acessível, amostras deverão ser obtidas de todos os compartimentos que contenham volume líquido. Deve ser feita uma tentativa para amostrar volumes não-líquidos. As amostras tiradas devem ser em quantidade suficiente para permitir qualquer análise que venha a ser requerida. As amostras deverão ser tiradas de acordo com o Cap. 8 do MPMS do API. 7.3.8 Tanques de Águas Servidas Meça o conteúdo dos tanques de águas servidas para determinar a interface e as quantidades separadas de FW e do óleo das águas servidas. Tome a temperatura e amostre a camada oleosa. Tome uma amostra em separado da camada de água. Determine a gravidade API e o conteúdo de S&W da amostra da camada oleosa e registre os resultados. Compute as quantidades; se parte das águas servidas for misturada com a carga subseqüente, ela será tratada como OBQ e registrada de acordo. 7.3.9 Temperaturas da OBQ As temperaturas deverão ser obtidas, registradas e usadas para a correção do volume de carga sempre que a profundidade do material for suficiente e sua natureza o permita. Se a temperatura não puder ser medida, o GOV deverá ser relatado como GSV. As medições de temperatura devem ser obtidas de acordo com os Cap. 7 e 17.2 do MPMS do API. 7.3.10 Válvulas Marítimas Confirme na presença do pessoal da embarcação se as válvulas marítimas e as válvulas de descarregamento até o limite da plataforma estão na posição fechada e vedada antes que o carregamento seja iniciado. Vede a válvulas na medida do possível de forma a poder determinar se foram usadas durante o carregamento. Registre os números das vedações. 7.3.11 Carregamento no Topo
  • 38. Se um procedimento de carregamento pelo topo for seguido, preencha um Relatório de Carregamento pelo Topo. 7.3.12 Inspeção dos Tanques de Combustível Deve-se realizar uma inspeção dos tanques de combustível antes e depois do carregamento, conforme requerido. Se houver a intenção de abastecer a embarcação de combustível durante o carregamento, os GOVs devem ser comparados com os documentos de recepção dos tanques de combustível e com as taxas normais de consumo. Amostras dos tanques de combustível devem ser extraídas e testadas sob pedido. Nas barcaças de carga, se solicitado, inspecione e relate as quantidades nos tanques de combustível diesel usado para alimentar as bombas acionadas pelo motor. 8 Durante o Carregamento 8.1 Comunicações Um meio confiável de comunicação com a terra e entre as embarcações deve ser providenciado. O pessoal da embarcação, de terra ou de medição que observar um problema durante qualquer etapa da transferência que possa afetar eventos subseqüentes deve notificar prontamente todo o pessoal-chave de forma que uma pronta ação possa ser tomada. Registre esses eventos no relatório de inspeção.
  • 39. 16 CAPÍTULO 17 – MEDIÇÃO MARÍTIMA Quando mais de um produto e/ou grau de produto tiver que ser carregado, uma comunicação estreita deve ser mantida entre o pessoal de terra e da embarcação a fim de evitar a contaminação de materiais fora das especificações. Isto é de especial importância ao se mudar de um produto e/ou grau para outro. 8.2 Amostra das Tubulações Amostras das tubulações são normalmente tiradas para fins de controle de qualidade. Para alguns produtos, é necessário retirar uma amostra da tubulação no início do carregamento. Essas amostras devem ser tiradas do distribuidor da embarcação ou tão próximas quanto possível do mesmo. Amostras de tubulações podem ser inspecionadas visualmente ou, no caso de derivados sem sinais evidentes para observar, um teste imediato de laboratório quanto às especificações acordadas pode ser requerido. De qualquer forma, essas amostras devem ser tiradas e guardadas. 8.2.1 Amostra do Primeiro Pé Se uma amostra do primeiro pé for requerida, ela deve ser tirada quando aproximadamente 1 pé (0,3 m) da carga houver sido carregado no tanque. Uma amostra é então retirada do tanque. A amostra deve ser examinada ou testada para que seja de terminada sua conformidade com as especificações da carga. Se a amostra indicar contaminação em potencial, nenhuma carga adicional será carregada no tanque até que o problema tenha sido resolvido. (Referência: ISGOTT 20.5.2 e 20.5.3). 8.2.2 Prova dos Medidores A aferição dos medidores deve ser monitorada, conforme apropriado, de acordo com os Cap. 4, 5 e 12.2 do MPMS do API e relatada. 9 Inspeção da Embarcação Após o Carregamento 9.1 Linha do Calado, Trim e Inclinação Verifique a linha do calado, o trim e a inclinação e registre-os. 9.2 Tubulações da Embarcação Antes de medir a embarcação, solicite a drenagem de suas tubulações. Deve-se ter cuidado com relação a cargas de múltiplos graus a fim de se evitar misturar o conteúdo das tubulações de diferentes produtos. Todas as transferências internas da carga devem ser completadas e todas as válvulas dos tanques devem ser fixadas antes da medição. As tubulações de carregamento devem ser ventiladas antes da medição. Também é comum no caso de carregamentos de derivados de petróleo de múltiplos graus também vedar as válvulas de sucção dos tanques individuais.
  • 40. 9.3 Medições da Embarcação Tome medições, graduações da água e temperaturas em todos os compartimentos de carga no ponto de referência indicado nas tabelas de capacidade da embarcação. O relatório deve indicar se as medições foram manuais ou automáticas e se os tanques na embarcação estavam inertes durante a medição. Inspecione a presença de carga nos espaços de carga não-designados, nos tanques de lastro, nos compartimentos estanques e espaços vazios. Se for encontrada carga, meça-a da mesma maneira que o petróleo nos compartimentos de carga (consulte o Cap. 17.2 do MPMS do API) e notifique todas as partes envolvidas. As alturas observadas das medições devem ser registradas e comparadas com as alturas das medições de referência. Cheque e relate qualquer discrepância. Em alguns casos, é impossível determinar a altura da medição observada, a graduação da água e a medição do espaço cheio. O local do ponto de medição de referência deve ser anotado no relatório de inspeção.
  • 41. SEÇÃO 1 – DIRETRIZES PARA A INSPEÇÃO DE CARGAS MARÍTIMAS 17 Medições da embarcação feitas através de colunas montantes não ranhuradas podem ser imprecisas como resultado do fechamento na base do tubo, da ação capilar ou de diferenciais de pressão. Medições adicionais podem ser necessárias a partir de outros locais quando ocorrer esta condição. Observe no relatório a existência desta condição. No caso de materiais viscosos pesados, o ar e/ou gases inertes podem estar entranhados no produto. Um tempo apropriado de assentamento deve ser permitido, se possível. Se a embarcação for medida imediatamente após a conclusão do carregamento, este fato deve ser assinalado no Diário da Hora e no Relatório da Ulagem. Em operações que envolvam baldeação, cada embarcação recebedora, além da embarcação distribuidora, deve ser medida antes e na conclusão da baldeação. 9.4 Medição da Graduação da Água Meça a FW no decorrer da medição de cada compartimento. Registre o tipo de pasta ou dispositivo de encontrar água utilizado para determinar a interface petróleo/água. Registre a interface e qualquer emulsão de petróleo detectada. Se uma quantidade suficiente de FW for encontrada, tome uma amostra da água. (Veja o Cap. 17.3 do MPMS do API). Derivados com densidades mais pesadas que a água podem precisar ter a água no seu topo graduada. Se for impossível tomar uma medida da graduação da água, então medidas de amostragem alternativas devem ser tomadas. Se for detectado um aumento da FW, uma Carta de Protesto deve ser emitida para o representante da embarcação e para a instalação de carregamento e todas as partes interessadas devem ser notificada imediatamente. 9.5 Temperatura da Embarcação Temperaturas de compartimentos individuais da embarcação devem ser tiradas juntamente com a ulagem. Temperaturas únicas ou de múltiplos níveis podem ser requeridas. No caso de materiais aquecidos, as temperaturas superior, média e inferior devem ser tiradas. Temperaturas adicionais podem ser requeridas, conforme delineado no Cap. 17.2 do MPMS do API. Medições devem ter suas médias calculadas para determinar a temperatura de cada compartimento. O PET deve ter uma faixa calibrada de precisão que atenda à faixa de temperatura desejada do material a ser checado. CUIDADO – Temperaturas tomadas nos elementos de aquecimento ou perto dos mesmos podem ter seus perfis distorcidos. 9.6 Tanques de Lastro Inspecione os tanques de lastro e registre a quantidade de lastro a bordo. Registre a presença e amostre qualquer carga mensurável em qualquer tanque de lastro, se
  • 42. possível. Notifique todas as partes interessadas e emita uma Carta de Protesto, conforme o caso. Utilize o Relatório de Ulagem/Sondagem da Embarcação e de Capacidade para registrar essas medições. NOTA: Se um deslastreamento simultâneo foi realizado durante as operações de carregamento, determine o motivo a partir do representante da embarcação e registre-o no relatório de inspeção. Indique as separações das válvulas simples/duplas, se houver, entre o lastro limpo/sujo e o sistema de carga. 9.7 Amostragem da Embarcação Retire amostras de cada compartimento da embarcação de tal forma que uma amostra composta que vise representar o total de cada grau de carga possa ser preparada para testes apropriados. (Veja o Cap. 8.1 do MPMS do API). Esta amostra, normalmente preparada em um laboratório, será tomada combinando-se as amostras dos tanques individuais da embarcação em uma proporção que aproxime do volume de cada tanque ao volume total do grau da carga carregada. Quando a existência do material estratificado for conhecida ou suspeita, amostras individuais das partes superior, média e inferior podem ser tiradas e analisadas para determinar o grau de estratificação. Todas as partes interessadas devem ser notificadas de acordo.
  • 43. 18 CAPÍTULO 17 – MEDIÇÃO MARÍTIMA NOTA : Em cargas misturadas, devido à mistura incompleta, às limitações da amostragem e a outras restrições operacionais, as amostras dos tanques não serão representativas das amostras proporcionais misturadas manualmente que foram testadas no porto de carregamento. Tire amostras das águas servidas. Mantenha essas amostras separadas das amostras da carga. No caso de algumas cargas, amostras de tanques individuais em vez de amostras compostas são requeridas. Nesses casos, é importante que cada receptáculo de amostra seja lavado com o derivado antes que a amostra seja tirada a fim de assegurar sua limpeza. Deve-se tomar cuidado para assegurar que as amostras sejam manejadas de uma forma que evite a perda das extremidades leves. A mistura de amostras de diferentes derivados e/ou graus deve ser evitada. (Veja o Cap. 8 do MPMS do API). NOTA: Rotule prontamente cada amostra com o número apropriado do tanque e outros dados pertinentes. Se for encontrada a presença ou houver suspeita da presença de FW, pelo menos uma amostra deve ser tirada do piso do compartimento através de um amostrador do fundo. NOTA: Latas soldadas revestidas de latão não são receptáculos apropriados para FW, já que podem contaminar a amostra. 9.8 Manuseio de Amostras Amostras suficientes devem ser obtidas para atender aos requisitos das partes interessadas e agências regulatórias. As partes interessadas geralmente especificam os requisitos da amostragem e do teste. Amostras idênticas devem ser fornecidas para: a) o terminal de terra; b) o terminal receptor via capitão da embarcação; c) o inspetor independente; d) todas as outras partes designados para receber as amostras. Amostras colocadas a bordo da embarcação para entrega ao representante no porto de descarregamento devem ser seladas e reconhecidas com um recibo assinado pelo representante da embarcação. Uma cópia do recibo assinado deve ser incluída no relatório de inspeção. O período de tempo em que as amostras devem ser guardadas deve ser estabelecido de uma forma que seja consistente com as circunstâncias, experiência e políticas das partes envolvidas na transferência da custódia.
  • 44. 9.9 Válvulas Marítimas Confirme na presença do pessoal da embarcação se as válvulas marítimas e as válvulas de descarregamento do limite da plataforma estiveram fechadas e se as vedações permaneceram intactas. Se as válvulas vedadas anteriormente não estiverem intactas, tente determinar porque as vedações foram rompidas e, se apropriado, notifique todas as partes interessadas. Registre as constatações no relatório de inspeção. 9.10 Inspeção dos Tanques de Combustível Veja 7.3.2. 9.11 Cálculos de Volume Relate tanto a ulagem real conforme medida como a ulagem corrigida para o trim e a inclinação; inclua a medição e quantidade de FW, o GOV e a temperatura de cada compartimento na embarcação. Calcule o GSV de cada tanque,
  • 45. SEÇÃO 1 – DIRETRIZES PARA A INSPEÇÃO DE CARGAS MARÍTIMAS 19 utilizando a temperatura média de cada tanque e a densidade fornecida. Não utilize uma temperatura média para toda a embarcação. Determine o TCV e subtraia a OBQ para uma comparação com o TCV de terra entregue. 10 Inspeção da Carga no Porto Após Carregamento 10.1 Tubulações de Terra Verifique se todas as válvulas estão na posição apropriada e se as vedações instaladas permanecem intactas. Determine a condição da tubulação de terra. (Veja o Cap. 17.6 do MPMS do API). Relate a condição e o método usado. Determine a natureza e as quantidades do material nas tubulações de carregamento de terra antes de obter as medições dos tanques de fechamento ou as leituras do medidor. Uma amostra pode ser tirada das tubulações para esta finalidade. Se a condição da tubulação após o carregamento diferir da condição antes do carregamento, registre e notifique todas as partes interessadas. Ajustes para as quantidades transferidas baseadas nas discrepâncias do encorpamento da tubulação são determinados por acordo entre as partes interessadas. 10.2 Medição dos Tanques Tome as medições de fechamento, das temperaturas e da água de cada tanque usado na operação de carregamento e registre os resultados. 10.3 Amostras dos Tanques Tire amostras representativas dos tanques se for necessário após o enchimento. (Veja o Cap. 8.1 do MPMS do API). Especifique os locais dos tanques a partir dos quais as amostras foram obtidas. 10.4 Amostrador Automático Se um amostrador automático foi usado, determine se o volume coreto da amostra foi obtido. (Veja o Cap. 8.2 do MPMS do API). Testemunhe a mistura do conteúdo do receptáculo da amostra e da retirada e, se requerido, o teste da amostra. Informe sobre qualquer dificuldade que ocorra com relação aos procedimentos de amostragem em linha., 10.5 Medidores Registre as leituras de fechamento dos medidores e o fator usado dos medidores. Obtenha uma cópia completa de todos os formulários de aferição e os bilhetes do medidor. Se o medidor ou medidores não foram testados durante o carregamento,
  • 46. indique a freqüência da aferição do medidor anterior e obtenha uma cópia dos relatórios pertinentes da aferição do medidor anterior. Se medições manuais e/ou automáticas dos tanques de terra foram tomadas, demonstre uma comparação entre elas e os volumes medidos. Se os volumes não puderem ser conciliados, volte a checar os fatores do medidor, as medições dos tanques de terra e os cálculos. Informe sobre todos os resultados no relatório de inspeção. 11 Conciliação Com o Porto de Carregamento 11.1 Cálculos dos Volumes Transferidos de Terra e da Embarcação Veja o Cap. 12 do MPMS do API. 11.2 Análise da Viagem no Porto de Carregamento Compare o TCV de terra entregue com o TCV corrigido do VEF recebido da embarcação. (O TCV recebido iguala o GSV, mais FW, menos OBQ). Se a diferença for maior que a diferença especificada pelas partes do contrato ou pelas políticas
  • 47. 20 CAPÍTULO 17 – MEDIÇÃO MARÍTIMA declaradas dessas empresas, volte a checar todas as medidas e cálculos numa tentativa de identificar a discrepância. Se as diferenças não puderem ser conciliadas, notifique as partes interessadas e emita uma Notificação de Discrepância Aparente para os representantes da embarcação e do terminal. 11.3 Conhecimento de Embarque Quando o Conhecimento de Embarque e os volumes da embarcação são comparados, qualquer discrepância entre o GSV, NSV, densidade, temperaturas e/ou qualquer outra especificação deve ser investigada e levada à atenção das partes interessadas apropriadas. 11.4 Teste Qualitativo As partes interessadas devem especificar os testes de qualidade. Informe sobre os tipos de métodos analíticos (isto é, ASTM, ISO ou outros métodos de teste aprovados pelo setor) que são usados para testes. A responsabilidade pelos testes recai primordialmente sobre a parte designada. As partes interessadas ou seus representantes devem ser autorizados a conduzirem os mesmos testes com base em uma amostra em duplicata ou, alternativamente, para testemunhar os testes desempenhados pela parte designada. Qualquer desvio testemunhado a partir dos procedimentos de testes especificados deve ser registrado e relatado a todas as partes interessadas. 11.5 Diário da Hora Registre em um Diário da Hora a hora e a data dos principais eventos de carregamento. Inclua a hora e a descrição de qualquer ocorrência incomum na coluna apropriada no Diário da Hora. 11.6 Carta de Protesto Se algum problema ocorrer que possa afetar os procedimentos subseqüentes em qualquer etapa da transferência, todas as pessoas-chaves envolvidas devem ser notificadas prontamente de forma que uma ação corretiva possa ser tomada. Qualquer ação ou recusa de agir que seja contrária a este procedimento ou a acordos contratuais anteriores específicos deve ser relatada às pessoas envolvidas, podendo ser documentada pela emissão de uma Carta de Protesto. 11.7 Distribuição de Documentos Deixe cópias de todos os documentos de inspeção disponíveis na embarcação e no terminal. 12 Antes do Descarregamento
  • 48. 12.1 Reunião-Chave Antes que o descarregamento se inicie, uma ou mais reuniões devem ser realizadas entre os inspetores de carga, os representantes da embarcação e o pessoal da operação de terra que estiver envolvido na operação de descarregamento. Nessas reuniões, o pessoal operacional-chave é identificado, as responsabilidades são definidas, os procedimentos de comunicação são providenciados e todos os envolvidos revêem os procedimentos e planos de descarregamento para assegurar um pleno entendimento de todas as atividades. Verifique com o representante da embarcação relatórios de qualquer evento incomum que possa ter ocorrido durante a travessia marítima ou no porto anterior e que possa requerer uma vigilância especial durante o descarregamento. Verifique com o pessoal de terra para assegurar que não exista nenhuma condição especial em terra que possa afetar negativamente a atividade de descarregamento ou as medições. Uma Carta de Protesto deve ser emitida para qualquer parte que deixe de cumprir com os procedimentos recomendados. Nas embarcações de múltiplos graus, pode ser necessário descarregá-las obedecendo a uma certa seqüência para evitar contaminação e cumprir com seus requisitos operacionais. Isto deve ser discutido e a seqüência do descarregamento por grau e/ou derivado deve ser autorizada pelas partes antes do descarregamento.
  • 49. SEÇÃO 1 – DIRETRIZES PARA A INSPEÇÃO DE CARGAS MARÍTIMAS 21 Se surgir alguma questão com relação a compatibilidade ou contaminação, todas as partes interessadas devem ser notificadas e a questão deve ser resolvida antes que o descarregamento seja iniciado. A contaminação pode resultar em uma condição insegura para o terminal e/ou a embarcação. A lista de verificação de inspeção sugerida (veja o Anexo A) ou um documento similar deve ser usado. 12.2 Inspeção em Terra 12.2.1 Tubulações e Tanques de Terra Determine a natureza e a quantidade de material nas tubulações de terra até a borda da embarcação. Quando o conteúdo de uma tubulação for questionável ou quando existir a possibilidade de contaminação da carga, as amostras das tubulações devem ser testadas para que seja verificada sua compatibilidade com a carga que será descarregada. NOTA: Amostras das tubulações podem não ser representativas devido aos limites de sua localização. Determine a condição de encorpamento da tubulação de terra. (Veja o Cap. 17.6 do MPMS do API). Relate a condição e o método usados. Adicionalmente, registre e relate a capacidade total das tubulações de terra usadas. É responsabilidade do terminal assegurar que todas as tubulações e válvulas sejam ajustadas na posição correta para a operação. Quando viável, o inspetor deve confirmar que esses ajustes e válvulas estejam vedados e que sejam apropriados. Quando tubulações da terra não-dedicadas são usadas, considere as seqüências de descarregamento dos derivados fluindo pelas tubulações a fim de minimizar o potencial de contaminação causado pelo deslocamento do conteúdo das tubulações. Esta determinação deve incluir um acordo sobre como as tubulações serão deslocadas e/ou como as diferentes interfaces dos derivados serão geridas. Se a carga a ser deslocada requerer calor, informe se as tubulações de terra estão isoladas e/ou aquecidas. Sempre que possível, a temperatura das tubulações deve ser obtida e registrada. Se a tubulação de terra contiver material que requeira calor, deve ser anotado no relatório de inspeção se a mesma está isolada, se é identificada pelo vapor e se sua temperatura deve ser registrada. 12.2.2 Medições dos Tanques de Terra 12.2.2.1 Medições Manuais
  • 50. Registre a altura de referência a partir das tabelas de calibragem dos tanques antes que as medições e graduações da água sejam tomadas. Tome as medições de abertura, as temperaturas, amostras e medições de cada tanque a ser usado no descarregamento. Qualquer diferença entre a altura de referência observada e a altura de referência mostrada nas tabelas de calibragem do tanque deve ser assinalada e investigada. (Veja o Cap. 17.2 do MPMS do API). Todas as medições devem ser registradas apenas após a obtenção de três leituras consecutivas estarem numa faixa de 3 mm (1/8 pol.). Se duas ou mais leituras consecutivas forem idênticas, esta leitura deverá ser relatada, utilizando-se o 1 mm ou 1/8 pol. mais próximo. Se todas as três leituras forem usadas, elas devem ter suas médias calculadas. Se for determinado que o conteúdo dos tanques está em movimento e que aguardar seu equilíbrio não é possível, as medições dos tanques devem ser registradas e todas as partes avisadas. Se a situação não puder ser resolvida, uma Carta de Protesto deve ser emitida. Registre as medições automáticas para fins de comparação. No caso de tanques com tetos flutuantes, a medição deve ser evitada enquanto o teto estiver na zona crítica. A colocação das pernas do teto na posição alta ou baixa e a zona crítica deve ser registrada. A natureza pesada de alguns produtos pode requerer que uma medição de espaço vazio seja tomada. Derivados com densidades mais pesadas que a água podem necessitar que a água em seu topo seja medida por régua de graduação.
  • 51. 22 CAPÍTULO 17 – MEDIÇÃO MARÍTIMA Qualquer incrustação que se formar no topo do produto pode produzir imprecisões na medição. Se esta condição existir, todas as partes devem ser notificadas e a condição gravada. 12.2.2.2 Medições Automáticas Sistemas de gravação automática com precisão e/ou tolerâncias de medição consistentes com o Cap. 3.1B do MPMS do API podem ser usados para a transferência de custódia por mútuo acordo entre as partes interessadas. Se um sistema automático de medição de tanques for usado e as leituras não forem verificadas por medições manuais, registre no relatório de inspeção as duas últimas vezes em que o sistema automático e as medições manuais foram comparados e se alguma diferença foi notada. Registre no relatório de inspeção que medições automáticas foram usadas. 12.3 Temperaturas dos Tanques em Terra A determinação da temperatura de cargas em um tanque de terra é crítica para o processo de transferência de custódia. Portanto, no momento da medição, as temperaturas devem ser tomadas cuidadosamente. (Veja o Cap. 7 do MPMS do API). Cargas pesadas, cargas aquecidas, cargas misturadas e cargas em tanques não-aquecidos em tempo muito frio podem tender a terem uma estratificação da temperatura dentro de cada tanque. Quando esta situação for determinada, medições extras da temperatura devem ser tomadas. Em cargas de calor elevado, como asfalto, pode ser impossível obter temperaturas representativas com o uso de proteção de cuba ou PETs. Pode ser necessário usar dispositivos de medição de temperatura instalados permanentemente. O uso de um dispositivo de medição instalado permanentemente deve ser assinalado no relatório, juntamente com quando e como a precisão do dispositivo foi verificada. CUIDADO – Temperaturas tomadas nos elementos de aquecimento ou perto dos mesmos podem ter seus perfis distorcidos. 12.3.1 Termômetro Eletrônico Portátil O PET é o equipamento favorito para a obtenção de temperaturas. O PET deve ter uma faixa de precisão calibrada que atenda à faixa de temperatura desejada do material a partir do qual uma temperatura possa ser tomada. Por exemplo, um PET com um microchip calibrado com precisão de 300ºF/149ºC não é aceitável para produtos de asfalto armazenados a 350ºF/177ºC. (Veja o Cap. 7 do MPMS do API). 12.3.2 Termômetro de Mercúrio em Vidro
  • 52. Os termômetros devem permanecer no líquido o tempo suficiente para atingirem a temperatura do líquido que está sendo medido (veja o Cap.7 do MPMS do API). Com relação aos líquidos em que a estratificação da temperatura pode ocorrer, as restrições de tempo envolvidas no uso de um termômetro de mercúrio em vidro para fornecer o perfil de um tanque pode requerer o uso de um PET. 12.3.3 Medição Dinâmica da Temperatura Se uma sonda de temperatura na tubulação de terra for usada para determinar a temperatura para a correção da quantidade medida carregada, verifique e registre no relatório de inspeção as duas últimas vezes em que a precisão da sonda foi verificada. (Consulte os Cap. 5 e 7 do MPMS do API). 12.3.4 Sistema Automático de Temperatura Sistemas automáticos de temperatura com precisão e/ou tolerâncias de medição consistentes com o Cap. 7 do MPMS do API podem ser utilizados para a transferência de custódia por mútuo acordo entre as partes interessadas. Se um sistema automático de temperatura for usado e as leituras não forem verificadas por medições manuais, registre as últimas duas vezes em que o sistema automático e as medições manuais foram comparados e se alguma diferença foi assinalada. Registre no relatório de inspeção que foram usadas temperaturas automáticas.
  • 53. SEÇÃO1 – DIRETRIZES PARA A INSPEÇÃO DE CARGAS MARÍTIMAS 23 12.4 Amostragem Todas as amostras tiradas devem ser devidamente rotuladas e, se apropriado, vedadas. Os números da vedação devem ser registrados. 12.4.1 Amostras dos Tanques Cada tanque de terra a ser usado no descarregamento deve ser amostrado em quantidade suficiente para atender aos requisitos das partes interessadas e das agências regulatórias. Os receptáculos de amostras devem ser limpos e, no caso de derivados de petróleo, devem ser enxaguados com o derivado antes que a amostra seja tirada. Os receptáculos de amostra devem atender aos requerimentos do Cap. 8 do MPMS do API. Os receptáculos utilizados para o transporte e armazenamento de amostras devem atender aos requisitos regulatórios apropriados. Quando derivados não-homogêneos são amostrados, amostras da parte superior, média e inferior são usualmente obtidas. Se houver suspeita de estratificação, recomenda-se incisivamente que amostras em níveis adicionais sejam tiradas. Especifique no relatório de inspeção os locais dos tanques e os métodos usados para obter amostras. O relatório de inspeção também deve declarar se o tanque estava equipado com misturadores, um sistema de circulação ou aeradores e deve assinalar a extensão da mistura realizada no tanque. 12.4.2 Amostragem Automática A amostragem automática é o método preferido de amostragem de uma transferência de carga marítima. Se um sistema de amostragem automático for instalado, ele deve ser provado e operado em conformidade com o Cap. 8.2 do MPMS do API. Se um amostrador automático for usado, ele deve ser ajustado e limpo apropriadamente em preparação para a tomada de uma amostra e uma inspeção visual no receptáculo da amostra deve ser feita. Certifique-se de que a taxa de rapidez da amostra esteja correta para que haja a coleta de uma amostra suficiente para atender aos requerimentos sem encher o receptáculo em demasia. Observe e anote a hora de início do amostrador e a quantidade de petróleo no receptor de amostra no ponto mediano durante o descarregamento e perto da conclusão do descarregamento. Indique se o amostrador automático usado foi proporcional ao fluxo ou proporcional ao tempo. Qualquer deficiência deve ser relatada. 12.5 Medidores Os operadores de terminais são responsáveis pela operação de seus medidores e aferidores de medidores. Eles devem disponibilizar dados apropriados de aferição dos medidores ao pessoal da medição. Os bilhetes de medição dos medidores devem ser
  • 54. fornecidos para cada transferência de custódia e incluir as informações requeridas nos Cap. 4, 5 e 12.2 do MPMS do API. Os operadores ou inspetores de terminais cientes das dificuldades dos medidores que poderiam afetar a precisão devem relatar o problema imediatamente a todas as partes envolvidas na transferência de custódia. O incidente e a solução devem ser registrados no relatório de inspeção. Antes do descarregamento, registre as leituras do medidor de abertura. Recomenda-se que os medidores sejam aferidos durante o descarregamento de acordo com os Cap. 4, 5 e 12.2 do MPMS do API e relatados. Se medições manuais e/ou automáticas dos tanques forem tomadas, mostre uma comparação com os volumes medidos. Se os volumes não puderem ser conciliados, volte a checar os fatores dos medidores, as medições dos tanques de terra e os cálculos. Relate todos os resultados no relatório de inspeção. 12.6 Inspeção de Embarcações 12.6.1 VEF Dados sobre viagens anteriores devem ser obtidos para uso no cálculo do VEF. (Veja o Procedimento API/EI para o Cálculo dos VEFs no Cap. 17.9/EI HM 49). Registre qualquer comentário sobre comparações anteriores entre a embarcação e terra contido nos registros da embarcação. O VEF pode ser usado para a conciliação de volumes.
  • 55. 24 CAPÍTULO 17 – MEDIÇÃO MARÍTIMA 12.6.2 Linha do Calado, Trim e Inclinação Registre a linha do calado, o trim e a inclinação. Quando barcaças não dispuserem de tabelas de correção de inclinação ou trim, consulte o Cap.12.1.1 do MPMS do API. 12.6.3 Tubulações e Tanques das Embarcações Solicite que o pessoal da embarcação drene as tubulações do convés nos compartimentos de carga, se possível. Informe sobre a transferência de qualquer água servida ou outros líquidos que possa haver na sala de máquinas para os tanques de carga ou de águas servidas. O sistema de tubulação da embarcação deve ser inspecionado antes do descarregamento a fim de assegurar que qualquer vedação originária do porto de carregamento esteja no lugar. O derivado a ser descarregado deve atender à qualidade contratual. A amostragem e a análise de laboratório deverão ser usadas para assegurar que as especificações da qualidade sejam atendidas. (Veja 7.2.4 e 12.4). 12.6.4 Medições de Chegada Tome medições, graduações da água e temperaturas em todos os compartimentos de carga no ponto de referência indicado nas tabelas de capacidade da embarcação. O relatório deve indicar se as medições foram manuais ou automáticas e se os tanques na embarcação estavam inertes durante a ulagem. Inspecione a presença de carga nos espaços de carga não-designados, nos tanques de lastro, nos compartimentos estanques e nos espaços vazios. Se for encontrada carga, meça-a da mesma maneira que o petróleo nos compartimentos de carga (consulte o Cap. 17.2 do MPMS do API) e notifique todas as partes envolvidas. Este procedimento deve incluir compartimentos que não devem ser descarregados. As alturas observadas das medições devem ser registradas e comparadas com as alturas das medições de referência. Investigue e relate qualquer discrepância. Em alguns casos, é impossível determinar a altura da medição observada, a graduação da água e a medição do espaço cheio. O local do ponto de medição de referência deve ser anotado no relatório de inspeção. Medições da embarcação feitas através de colunas montantes não ranhuradas podem ser imprecisas como resultado do fechamento na base do tubo, da ação capilar ou de diferenças de pressão. Medições adicionais podem ser necessárias a partir de outros locais quando ocorrer esta condição. Observe no relatório a existência desta condição. Em operações que envolvam baldeação, cada embarcação recebedora, além da embarcação distribuidora, deve ser medida antes e na conclusão da baldeação.
  • 56. 12.6.5 Medição da Graduação da Água Meça a FW durante o decorrer da ulagem de cada compartimento. Registre o tipo de pasta ou dispositivo de encontrar água utilizado para determinar a interface petróleo/água. Registre a interface e qualquer emulsão de óleo que seja detectada. Se uma quantidade suficiente de FW for encontrada, tome uma amostra da água. (Veja o Cap. 17.3 do MPMS do API). Derivados com densidades mais pesadas que a água podem precisar ter a água graduada no seu topo. Se for impossível tomar uma medida da graduação da água, então medidas de amostragem alternativas devem ser tomadas. Quando FW for detectada em certos produtos cujas especificações são sensíveis à presença de FW, a embarcação deve receber uma Carta de Protesto a respeito e todas as partes envolvidas devem ser notificadas imediatamente. 12.6.6 Temperatura da Embarcação Temperaturas de compartimentos individuais na embarcação devem ser tomadas concomitantemente com a ulagem. Temperaturas singulares ou de múltiplos níveis podem ser requeridas. No caso de materiais aquecidos, as temperaturas superior, média e inferior devem ser tomadas. Temperaturas adicionais podem ser requeridas conforme delineado no Cap. 17.2 do MPMS do API. Medições devem ter suas médias calculadas para determinar a temperatura de cada compartimento. O PET deve ter uma faixa de precisão calibrada que atenda à faixa de temperatura desejada do material a ser checado.
  • 57. SEÇÃO 1 – DIRETRIZES PARA A INSPEÇÃO DE CARGAS MARÍTIMAS 25 CUIDADO – Temperaturas tomadas nos elementos de aquecimento ou perto dos mesmos podem ter seus perfis distorcidos. 12.6.7 Tanques de Lastro Inspecione os tanques de lastro e registre a quantidade de lastro a bordo. Registre a presença de qualquer carga mensurável em qualquer tanque de lastro e, se possível, obtenha amostras. Notifique todas as partes interessadas e emita uma Carta de Protesto, conforme apropriado. Use o Relatório de Ulagem/Sondagem e Capacidade da Embarcação para registrar essas medições. NOTA: Se um deslastreamento simultâneo tiver que ser realizado durante as operações de carregamento, determine o motivo a partir do representante da embarcação e registre- o no relatório de inspeção. Indique as separações das válvulas simples/duplas, se houver, entre o lastro limpo/sujo e o sistema de carga. 12.6.8 Amostragem da Embarcação Tire amostras de cada compartimento da embarcação de tal forma que uma amostra composta, que vise representar o total de cada grau de carga, possa ser preparada para testes apropriados. (Veja o Cap. 8.1 do MPMS do API). Esta amostra, normalmente preparada em um laboratório, será tomada combinando-se as amostras dos tanques individuais da embarcação em uma proporção que aproxime o volume de cada tanque ao volume total do grau da carga carregada. Quando a existência do material estratificado for conhecida ou suspeita, amostras individuais das partes superior, média e inferior podem ser tiradas e analisadas para determinar o grau de estratificação. Todas as partes interessadas devem ser notificadas de acordo. NOTA: Em cargas mistas, devido à mistura incompleta, limitações de amostragem e outras restrições operacionais, as amostras dos tanques da embarcação freqüentemente não são representativas das amostras misturadas manualmente que foram testadas no porto de carregamento. Tire amostras das águas servidas. Mantenha essas amostras em separado das amostras da carga. No caso de algumas cargas, amostras de tanques individuais em vez de amostras compostas são requeridas. Nesses casos, é importante que cada receptáculo seja enxaguado com o derivado antes que a amostra seja tirada a fim de assegurar a limpeza dos receptáculos de amostra. Deve-se tomar cuidado para assegurar que as amostras sejam manejadas de uma forma que evite a perda das extremidades leves. A mistura das amostras de diferentes derivados e/ou graus deve ser evitada. (Veja o Cap. 8 do MPMS do API).
  • 58. NOTA: Rotule prontamente cada amostra com o número apropriado do tanque e outros dados pertinentes. Se houver suspeita da presença de FW, pelo menos uma amostra deve ser tirada do piso do compartimento através de um amostrador de fundo. 12.6.9 Manuseio das Amostras Amostras suficientes devem ser obtidas para atender aos requisitos das partes interessadas e agências regulatórias. As partes interessadas geralmente especificam os requisitos de amostragem e de teste. Amostras idênticas devem ser fornecidas para os seguintes: a) o terminal de terra; b) o inspetor independente; c) todas as outras partes designados para receber as amostras. Amostras colocadas a bordo da embarcação para entrega ao representante no porto de descarregamento devem ser entregues de acordo com as instruções fornecidas pelas partes interessadas. As amostras devem ser reconhecidas por um recibo assinado pela parte que aceitou as amostras do porto de carregamento. O relatório de inspeção deve conter uma cópia do recibo assinado.
  • 59. 26 CAPÍTULO 17 – MEDIÇÃO MARÍTIMA O período de tempo durante o qual as amostras devem ser guardadas deve ser estabelecido de uma forma consistente com as circunstâncias, experiência e políticas das partes envolvidas na transferência de custódia. 12.6.10 Válvulas Marítimas Confirme na presença do pessoal da embarcação se as válvulas marítimas e as válvulas de descarregamento até o limite da plataforma estão na posição fechada. Certifique-se de que as válvulas vedadas no porto de carregamento permaneçam fechadas e vedadas até que a operação de descarregamento esteja completada. Registre e relate os números das vedações no Relatório de Ulagem/Sondagem e de Capacidade da Embarcação. Se esses números diferirem dos registrados no porto de carregamento, determine o motivo para a discrepância e notifique todas as partes envolvidas. 12.6.11 Inspeção dos Tanques de Combustível Veja 7.3.12. 12.6.12 Cálculos de Volume Relate a ulagem real da forma medida e a ulagem corrigida para o trim e a inclinação, inclua a medição e quantidade de FW, o GOV e a temperatura de cada compartimento da embarcação. Calcule o GSV de cada tanque, usando a temperatura média de cada tanque e a densidade fornecida. Não use uma temperatura média para toda a embarcação. Determine o TCV. 12.6.13 Diferença em Trânsito Compare o TCV, GSV e FW no porto de carregamento antes de zarpar com o TCV, GSV e FW antes do descarregamento. Se o volume total da quantidade da carga variar mais do que a quantidade especificada pelas partes interessadas, notifique o representante da embarcação e volte a verificar a embarcação. Se a discrepância permanecer depois que a embarcação houver sido checada novamente, emita uma Carta de Protesto para o representante da embarcação e notifique todas as partes interessadas. 13 Durante o Descarregamento 13.1 Comunicações Um meio confiável de comunicação com a terra e entre as embarcações deve ser providenciado. O pessoal das embarcações, de terra ou de medição que observar um problema durante qualquer etapa da transferência que possa afetar eventos subseqüentes deve notificar prontamente todo o pessoal-chave de forma que uma pronta ação possa ser adotada. Registre esses eventos no relatório de inspeção.