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Alagoas l 2 de outubro I ano 08 I nº 097 l 2020 redação 82 3023.2092 I e-mail redacao@odia-al.com.br
5COMÉRCIODEMACEIÓ:SETORVAREJISTAVOLTAASEANIMARCOMORETORNODOSCONSUMIDORESÀSCOMPRAS
6
JOALDO CAVALCANTE
Jornalista
inova
lançamento
de livro no
sistema
“drive-thru”
literário
Contribuiçãosolidáriaquefoifeitapelo
Frigorífico Marfrig deveria ser usada na
compra de testes rápidos para detectar a
infecção pelo novo coronavírus. Os recur-
sos não foram utilizados para a finalidade
que consta na doação e o Planalto decidiu
liberar a dinheirama para programas da
primeira-dama, Michelle Bolsonaro, que
nãotêmnadaavercomocombateàCovid-
19. Por que esse dinheiro não foi usado no
combateàpandemia?Aoposiçãojáreagiu
e pediu investigação do caso.
Midia CaetéThiago Sampaio
Divulgação
Banco da praça foi descaracterizado
A informação não é boa
nem era esperada. Depois
da sequência de novos
casosabaixodacasados200,
Alagoas registrou ONTEM
625 novos casos. Para uma
situação que vinha em
queda livre, essa subida
repentina deixou as auto-
ridades de saúde preocu-
padas. Esses números vão
elevar a ocupação de leitos
clínicos, de UTI e os casos
deóbitosnospróximosdias.
O número de mortes para
o período de 24 horas teve
uma leve subida de cinco
para seis casos. Agora, são
2.078 mortos por Covid-19
emAlagoas. Com o registro
de 87.504 casos da doença
e 84.304 pessoas tratadas e
recuperadas. Outros 2.028
casosestãoeminvestigação.
COVID-19
Mais de 600
novos casos
em 24 horas
preocupa
2
NA GRUTA
Banco ganha
quebra-molas
para evitar
“vulneráveis”
Um novo centro educa-
cional e social beneficiará,
em breve, a população vulne-
rável do Vergel do Lago,
em Maceió. Por meio de
um Termo de Fomento, o
GovernodoEstado,viaSecre-
taria de Assistência e Desen-
volvimento Social (Seades),
investirá R$ 2 milhões na
construção do Centro de
Formação e Inclusão Social
Escola Irmã Blandina, um
projeto da Associação Espí-
rita Nosso Lar. O termo foi
assinadoONTEMpelogover-
nador em exercício, Tutmés
Airan, o secretário de Assis-
tência,SílvioBulhões,eodiri-
gente da associação, Wictor
José Menezes.
TRABALHANDO
População do Vergel terá
centro social e educacional
No exercício do cargo de governador,TutmésAiran assinou ONTEM oTermo de Fomento; serão investidos R$ 2 milhões
COVIDÃO NO
PLANALTO
PRIMEIRA-DAMA
MICHELLE BOLSONARO
RECEBEU R$ 7,5 MILHÕES
QUE SERIAM PARA O
COMBATEÀ PANDEMIA
4
2 O DIA DIGITAL l 2 de outubro I 2020
MACEIÓ redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
WanessaOliveira
MídiaCaeté
U
m banco com
“ q u e b r a -
-molas”. A
imagemserianomínimoinusi-
tada se não envolvesse, em seu
contexto, uma investida escan-
carada de afastar a população
em situação de rua do espaço
público,evitandoquesedeitem
no local. A cena presenciada
na Praça Jornalista Genésio
Carvalho, situada na Gruta de
Lourdes, gerou discordância
e indignação entre os próprios
moradores da localidade, e foi
questionada também em razão
de sua ilegalidade e de uma
simbologia forte em torno da
higienizaçãosocial.
A situação tomou conta
até mesmo das redes sociais
quando alguns moradores dos
condomínios,contráriosàideia,
buscaram as redes. Os relatos
são de que a insatisfação com
a convivência das pessoas na
praça foi expressa já há alguns
meses, nas conversas virtuais
decondomínio.
Uma das moradoras de
um dos prédios situados no
entorno da praça, que preferiu
nãoseidentificar,relatouqueos
conflitos já ocorrem há algum
tempo e tiveram seu início com
a própria noção de diversos
moradores de que a praça é
privada.
É que a partir de parceria
com a Prefeitura de Maceió, a
Praça Genésio de Carvalho foi
reformadaporumaconstrutora
aindaem2014. “Esseanoacons-
trutorasugeriuqueosprédiosse
juntassemecuidassemdapraça.
Não sei como funciona, mas a
gentepagacincoreaisnocondo-
mínio que seria para limpeza e
manutenção da praça”, expli-
cou uma moradora de um dos
prédios, que preferiu não ser
identificada. Desde então, a
praça passou a receber manu-
tenção e limpeza com reforço
dosmoradores.
“Mas, agora, desde que
se deu a pandemia, o pessoal
voltou. Não sei se os mesmos
de antes, mas tem uma ou duas
famílias morando na praça. E a
princípioosmoradoresdomeu
prédio começaram a falar no
grupodoprédioque‘issoeraum
abuso’,‘queeramuitoperigoso’.
E esses tipos de comentário. E
ficavam ligando para polícia
dizendo que estavam aglome-
rando na praça. Só que era bem
cínico isso porque os próprios
filhos iam jogar basquete na
praça, e ninguém ligava para a
polícia”,completou.
Em meio aos desconfortos
desses moradores com a exis-
tênciasdaspessoasemsituação
deruanapraça,houvemaisum
episódio. “Descobriram que
tinha uma senhora na outra
rua que alimentava o pessoal.
E foram na casa dela dizer que
parasse porque ‘eles estavam
ficandoviciados’.Nãoseicomo
se procedeu com a senhora,
mas ela parou de alimentar
eles”,relatou.
Moradora de uma casa na
continuidade da rua, Clarissa
Sampaio começou a distri-
buir espontaneamente alguns
alimentos em frente a sua resi-
dência para pessoas que esta-
vam em situação de fome, no
início da pandemia. “Tinham
algumas pessoas que passa-
vam aqui e já sabiam que eu
iria entregar. Comecei a fazer
as quentinhas. Depois de um
tempo, pessoas que são mora-
doras daqui também come-
çaram a trazer outros tipos de
alimento, produtos de higiene,
diversos suprimentos. Foi bem
bonito. Uma mulher que eu
nemconhecia,traziasopatodos
os domingos. Daí abri uma
tenda aqui em frente e comecei
a fazer distribuição”, relatou.A
ação de Clarissa chegou a ser
divulgada também em uma
páginadoInstagram:
Toda a situação já acontecia
emmeioaosconflitosdealguns
moradores dos prédios contra
pessoas que ficavam na praça.
“Dois síndicos dos prédios
vieram até aqui e me pediram
paraparardedistribuirasquen-
tinhas,porquealgumaspessoas
estavamderramandoasopana
praça e sujando tudo. E de fato
tinhagentequefaziaisso.Euaté
sei quem são. Na hora eu falei
que a praça estava suja, porque
não tinha gente passando com
o serviço de limpeza”, explica.
Um tempo depois, entretanto,
Clarissaoptouporinterromper
com as entregas. “Não foi em
razão do que eles falara, mas vi
que tinha algumas pessoas que
estavam mesmo derramando.
Daí pensei que não estavam
mais nessa condição de fome e
era hora de parar. Do mesmo
jeitoquecoloqueiatenda,tirei”,
conta.
Clarissa conta que desde
então ficou em isolamento
sociale,apenasnestaterça-feira,
01, ao passar pela praça, perce-
beuqueosbancosestavamcom
levantamentosdecimento.“Eu
estava em minha casa, distri-
buindoosalimentosnumaárea
que é minha, e vieram pedir
para que eu tirasse. Eu nem sei
o que pensar ainda sobre o que
fizeramcomosbancos.Nemsei
sepodemfazeralgoassim,ouse
essa é de fato uma solução boa,
porque poderíamos chamar a
políciacasovíssemosalgoacon-
tecendo e até mesmo juntar os
moradores para aguardar até
a polícia chegar, mas não fazer
isso com os bancos. A praça é
de todos nós, e ninguém veio
atéaquiparafalarsobrecolocar
essescimentos”,acrescentou.
Já de acordo com a mora-
doraquenãoquisseidentificar,
o episódio mais recente que
teria justificado a instalação
dos ‘quebra-molas’ foi de que
haviaumcasalfazendosexono
banco. “Não sei quanto a vera-
cidade disso, mas na mesma
hora surgiu o assunto de tirar
o banco da praça pra eles não
ficarem mais lá. Quando foi
essa semana fizeram o serviço
de colocar umas divisórias
de cimento pra impedir que
deitassem”,conta.
A Mídia Caeté procurou
a Prefeitura de Maceió, por
meio da Superintendência
Municipal de Desenvolvi-
mento Sustentável (Sudes), e
responsável pelos cuidados
com as praças. O órgão emitiu
aseguintenota:“ASuperinten-
dênciaMunicipaldeDesenvol-
vimento Sustentável (Sudes)
informa que não realizou
nenhuma mudança na estru-
tura da praça Jornalista Gené-
sio de Carvalho. Uma equipe
defiscalizaçãoseráenviadaaté
o local para avaliar e tomar as
medidas cabíveis para solucio-
nar os problemas.
“Banco da vergonha” afasta
pessoas em situação de rua
HIGIENIZAÇÃO SOCIAL em praça pública é criticada por moradores; obra no banco é para impedir que moradores de rua se deitem
Nas redes sociais, a situa-
ção repercutiu rapidamente.
Em duas páginas do Insta-
gram com perfis do bairro da
Gruta, a discussão acalorada
seguia entre os que são favo-
ráveis a medida adotada, e os
que entendem a gravidade
da privatização do espaço
público.
Na página do Instagram
“ViverGruta”,aindanodia8de
maio, uma postagem foi efetu-
ada com objetivo de denunciar
apresençadaspessoasnapraça.
A página relatava existência de
ameaçaaosmoradoreseseguia
afirmando que “A falta “do
que fazer” na quarentena está
deixando a pracinha da Gruta
cheiademoradores.”
Apesar do tom de denún-
cia ter sido corroborado
por alguns, que reforçaram
a existência de práticas de
vandalismo, ameaça a mora-
dores, outras pessoas que
também se identificaram
enquanto moradores apon-
taram órgãos com os quais
poderiam ser feitas denún-
cias e se indignaram com a
ausência de empatia. Reba-
teram, entre outras coisas,
lembrando o básico: a praça
é pública e todos tem direito
de ir e vir. A quem cabe
determinar quem tem direito
a estar em uma praça?
Para a moradora do prédio,
a investida em ‘fazer a limpa
na praça’ é bem anterior ao
episódio em que justificam
como motriz para a colocação
dos quebra-molas do banco.
“Isso foi o mínimo sabe? Suge-
riram tirar o banco. Uma vez
o pessoal deixou um colchão
la, e sugeriram descer e jogar o
colchão dele no lixo. Eles falam
no grupo como se não estives-
sem falando de pessoas e como
se essa reação fosse natural”,
comenta. “Querem fazer a
limpanapraça”.
O coordenador nacional
do Movimento da População
em Situação de Rua, Rafael
Machado, aponta o quanto a
situação é recorrente. “Foram
colocadosemBeloHorizonte,
mas foi retirado. Em outras
cidades também. O movi-
mento tem discutido, porque
a sociedade não sabe propor
algoquevenhatrazergarantia
dos direitos da justiça social
para a população em situação
derua.Oqueasociedadesabe
fazer é marginalizar cada vez
mais essa população”, critica.
“Não chamamos o que eles
estão agindo nem de crimina-
lização, mas de higienização.
Quando não conseguem tirar
de um jeito, querem tirar de
outro”, relata.
Segundo Rafael Machado,
o Movimento tem pautado as
condições de vida da popu-
lação nessas condições e não
há participação desses grupos
no debate. “Há sempre essas
alegações. Claro que discutir
moradias não discutem. Usam
esse tipo de prática. Não vem
para o debate, não contribuem.
O problema hoje da popula-
ção em situação de rua é falta
de políticas públicas, assistên-
cia, saúde, trabalho, moradia,
esporte e lazer. Nós do movi-
mento lutamos para que essas
políticas sejam efetivadas. Está
na Constituição e é um direito
docidadão”,ressalta.
a construtora R. Pontes
reforçou não ter tido qualquer
participaçãosobreadecisãode
instalação das divisórias nos
bancos, ou quaisquer outras,
desde a entrega dos prédios .
A Mídia Caeté tentou contato
com um dos síndicos dos
prédios do entorno, mas não
obteve êxito. Rafael Machado
alertou que o Movimento está
acionando a Promotoria de
Direitos Humanos do Ministé-
rio Público Estadual.
“Fazer a limpa na praça”é argumento de quem defende a segregação no local
Divisórias são colocadas em banco para evitar que pessoas durmam em praça
Wanessa Oliveira
3O DIA DIGITAL l 2 de outubro I 2020
ALAGOAS redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
A
Secretaria de
E s t a d o d a
S e g u r a n ç a
Pública de Alagoas (SSP) reali-
zou coletiva de imprensa para
apresentar o resultado de três
operações integradas, uma
delas com o Ministério Público
do Estado (MPE), por meio do
Grupo de Atuação Especial
de Combate às Organizações
Criminosas (Gaeco), com o
objetivo de prender integran-
tes de organizações criminosas
queatuavamemmunicípiosdo
Litoral Norte deAlagoas.
As três operações integra-
das, sob a coordenação da
Secretaria de Estado da Segu-
rançaPúblicadeAlagoas(SSP),
foram deflagradas, com o obje-
tivo de prender integrantes de
organizações criminosas que
atuavam em municípios do
Litoral Norte deAlagoas.
As operações integradas
contaram com a participação
de unidades das Polícias Civil
e Militar e foram batizadas
de Duplo Alto, Goel e Ilha de
Ferro, esta última ocorre de
forma integrada também com
o Ministério Público do Estado
(MPE), por meio do Grupo de
Atuação Especial de Combate
ao Crime Organizado (Gaeco).
As investigações consta-
taram que todos os integran-
tes das organizações alvo das
operações integradas prati-
cavam atividades criminosas
diversas, como roubos e homi-
cídios, mas em especial atua-
vam no tráfico de drogas.
OPERAÇÃODUPLOALTO
A Operação Duplo Alto
teve aproximadamente seis
meses de investigação, que
foram realizadas pela Divisão
Especial de Investigações e
Capturas (DEIC), sob a coor-
denação do delegado Gustavo
Henrique, em parceria com o
6º Batalhão da Polícia Militar.
A operação ganhou este nome
porcontadaatuaçãocriminosa
ocorrer em dois morros.
Durante este período,
ficou constado que o líder da
organização encontra-se reco-
lhido no sistema prisional de
Pernambuco, mas ainda assim
comandava delitos, inclusive
a vinda de drogas do estado
vizinho para ser comerciali-
zada em Alagoas. A investi-
gação também apontou que a
organização criminosa atuava
em Maragogi, Japaratinga e
possuía uma ramificação em
Maceió.
Do total de 11 integran-
tes identificados, nove são
homens, um é menor de idade
e uma mulher. Ela foi presa em
julhodesteano,nodecorrerdas
investigações, transportando 9
quilos de maconha de Mara-
gogi para Maceió.
Com base nas provas técni-
cas, a 17ª Vara Criminal da
Capital expediu 10 mandados
de prisão e 12 de busca e apre-
ensão, após representação da
DEIC, os quais foram cumpri-
dos nesta manhã. Até o final
da tarde, sete pessoas foram
presas e cerca de 11 quilos de
drogas apreendidas.
No cumprimento do
mandado de prisão de um dos
presos, foi identificado que
ele portava documento falso,
sendo autuado por falsidade
ideológica. Além disso, esse
mesmo elemento tinha um
mandado de prisão preven-
tiva expedido pela justiça de
Pernambuco por homicídio.
Segurança Pública deflagra operações
no “atacado” e desarticula quadrilhas
POLÍCIAS CIVIL E MILITAR apresentaram ONTEM balanço das operações “Ilha de Ferro”,“Duplo Alto” e “Goel” ocorridas
Operação Goel foi para prender traficantes
Já a operação Goel,
visava prender integrantes
de uma organização crimi-
nosa atuante em São Luís do
Quitunde, responsável por
tráfico de drogas, roubos,
posse e porte ilegal de armas
e homicídios. Durante os
cinco meses de investigação
da DEIC em parceria com o
6º Batalhão da Polícia Militar,
ficou constatado que a orga-
nização está em guerra com
outro grupo, o que resultou
em vários homicídios ocorri-
dos na cidade.
A DEIC representou e a
17ª Vara Criminal da Capi-
tal expediu 11 mandados de
prisão e 12 de busca e apre-
ensão. Tanto a organização
criminosa desbaratadada
na operação Goel, como na
Duplo Alto são vinculadas a
uma facção criminosa nacio-
nalmente conhecida. Até
o momento foram presos
quatro suspeitos, sendo um
deles em Goiás e duas armas
durante as investigações.
OPERAÇÃO ILHA DE FERRO
Já na operação Ilha de
Ferro, a Secretaria da Segu-
rança Pública, as Polícias
Civil e Militar e o Ministério
Público do Estado (MPE),
por meio do Grupo de Atua-
ção Especial de Combate
às Organizações Crimino-
sas (Gaeco), cumprem 23
mandados de busca e apreen-
são e 15 de prisão temporária
contra integrantes de organi-
zações criminosas que atuam
na Barra de Santo Antônio. A
ação é fruto de um trabalho
investigativo que teve início
em janeiro deste ano. Foram
presos nove suspeitos e apre-
endidos: notebook, tablet,
drogas e celulares.
Para o Secretário da Segu-
rança Pública, Lima Júnior, o
resultado das três operações
é fruto da grande política
de integração realizada pela
pasta entre as forças. “Conse-
guimos com êxito deflagrar
três grandes operações para
combater o crime e o tráfico
de drogas no Litoral Norte
e tudo isso graças a forte
integração entre as Polícias
Civil e Militar que realiza-
mos diuturnamente. Destaco
também a importância da
parceria e colaboração do
Ministério Público Estadual
na manhã de hoje, que, junto
com as forças de Segurança,
realizaram um grande traba-
lho que beneficia toda a socie-
dade alagoana”.
Açõesmobilizaram130policiaisnaterraenoar
Mais de 130 policiais
civis, militares e do Grupa-
mento Aéreo participaram
do cumprimento dos manda-
dos nas três operações inte-
gradas, comprovando que
a política de integração das
forças de segurança garante o
combate ao crime e a redução
da violência emAlagoas.
A Polícia Militar empre-
gou policiais da 3ª Compa-
nhia da Polícia Militar, do
6º Batalhão, do Batalhão de
Radiopatrulha (BPRp), Bata-
lhão de Operações Especiais
(BOPE), Batalhão de Policia-
mento de Trânsito (BPTran)
e do Batalhão de Polícia
Ambiental (BPA).
Já a Polícia Civil atuou
com policiais do Tático Inte-
grado de Grupos de Resgate
Especiais (TIGRE), Seção de
Capturas, Antisequestro e
Núcleo de Inteligência, todos
pertencentes à Divisão Espe-
cial de Investigações e Captu-
ras (DEIC), além da Asfixia
e Gerência de Polícia Judici-
ária (GPJ-2). O Grupamento
Aéreo, da SSP, também parti-
cipou.
Todos os materiais apre-
endidos e presos nas três
operações serão encaminha-
dos para a sede da DEIC, no
bairro da Santa Amélia, em
Maceió, para a confecção dos
procedimentos cabíveis.
A população é grande
parceira da Segurança
Pública no combate ao crime
em Alagoas e pode contri-
buir com o trabalho das polí-
cias realizando denúncias
sobre homicídios, tráfico de
drogas, roubos, organizações
criminosas e outros crimes
por meio do Disque Denún-
cia . As informações podem
ser repassadas, de forma
anônima e gratuita, por meio
de ligações para o 181 ou pelo
aplicativo Disque Denúncia,
disponível para download na
Play Store.
Policiais civis da Delegacia
do17ºDistritoPolicial(17ºDP),
de Marechal Deodoro, realiza-
ram uma operação visando
o cumprimento de quatro
mandados de busca e apreen-
são expedidos pela 17ª Vara
CriminaldaCapital.
os mandados foram
cumpridos no Povoado
Pedras,emMarechalDeodoro,
e nos bairros da Ponta verde,
Benedito Bentes e Santa Lucia,
nacidadedeMaceió.
De acordo com o chefe de
Operações do 17º DP, agente
Antonio Augusto, os manda-
dos foram referentes ao desfal-
que de mais de R$ 3,5 milhões
de uma empresa de segurança
e logística, situada no Polo
de Marechal Deodoro, em
Alagoas.”Os suspeitos frauda-
vamnotasfiscaiseconseguiam
desviarodinheirodaempresa.
Um deles é de Alagoas e os
demais são dos estados da
BahiaePernambuco”,frisou.
Na operação, computa-
dores, carros, celulares, R$ 5
mil em espécie, e documentos
foram apreendidos e ficarão a
disposiçãodaJustiça.
MARECHAL
17º DP faz operação
e cumpre mandados
Nas três operações,foram aprendidos celulares,armas,dinheiro e drogas
Ascom/SSP
4 O DIA DIGITAL l 2 de outubro I 2020
BRASIL redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
ESCÂNDALO: Michelle recebe
R$ 7,5 mi do combate à Covid
DINHEIRO DEVERIA ter sido usado na compra de testes rápidos mas foi destinado a programas da primeira-dama
P
arlamentares
da oposição na
Câmara dos
Deputados já articulam uma
investigação contra a primeira-
-dama Michelle Bolsonaro, por
conta de uma doação de R$ 7,5
milhões originalmente desti-
nadaacompradetestesrápidos
da covid-19 mas que acabou
sendo repassada e utilizada
pelo programa Pátria Voluntá-
ria.Otemaémanchetenojornal
Folha de S. Paulo de ONTEM
A líder do PCdoB na Câmara,
PerpétuaAlmeida (AC), anun-
ciou que pedirá a investigação
docaso.
“Já estou acionando minha
assessoria para que prepare
todos os expedientes e ações
necessárias”, afirmou a parla-
mentar,emnotaàimprensa.“A
prestaçãodecontasprecisavira
públicoimediatamente.”Outra
deputada a cobrar investiga-
ção é a líder do PSOL na Casa,
FernandaMelchionna(RS).
O deputado Marcelo
Freixo, do PSOL fluminense,
também definiu o caso como
um“escândalo”:Areportagem
apontaqueadoaçãomilionária
foi feita no início da pandemia
pelo frigorífico Marfrig, com
o intuito de se adquirir testes
rápidoscontraapandemia.Em
julho, já em posse do dinheiro,
ogovernoconsultouaempresa
para saber se era possível utili-
zar o dinheiro outras ações de
combateàpandemia.
Com a anuência da
empresa,omontanteacabouno
projetoArrecadação Solidária,
vinculado ao Pátria Voluntária
de Michelle. Segundo a Casa
Civil, o dinheiro foi utilizado
na compra de cestas básicas à
população mais afetada pela
pandemia.
A matéria ainda cita que
parte do valor, cerca de R$
230 mil, foi para a AMTB,
uma ONG ligada à ministra
da Mulher, Família e Direitos
Humanos, Damares Alves.
A ONG é cadastrada em um
endereço onde, segundo a
reportagem da Folha, funcio-
nariaumrestaurante.
O líder da minoria na
Câmara dos Deputados, José
Guimarães (PT), definiu o fato
como“inaceitável”.
Michelle recebe doação milionária feita na pandemia pelo frigorífico Marfrig
Alan Santos/PR
Líderes partidários e
congressistas avaliaram nesta
quarta-feira(30)queogoverno
está perdido e tateando no
escuro para encontrar as
fontes de financiamento para
o Renda Cidadã, programa
comoqualJairBolsonaroquer
substituir o Bolsa Família.
Os parlamentares reagi-
ram às declarações do minis-
tro Paulo Guedes (Economia)
de que não será utilizada
sobra de recursos da limitação
no pagamento de precatórios
(dívidas do governo reconhe-
cidas pela Justiça) para finan-
ciar o novo programa social.
A informação tinha sido
dada na segunda-feira (28)
durante pronunciamento que
contou com a participação
do presidente Jair Bolsonaro,
de Guedes e de líderes do
governo e de partidos da base
no Congresso.
A decisão gerou contro-
vérsia na própria segunda,
quando aliados do presidente
da Câmara, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), consideraram a
estratégia uma espécie de
calote. Eles criticaram ainda
outra fonte de financiamento
que seria usada, de 5% dos
recursos novos do Fundeb
(fundo para educação básica)
para ajudar as famílias que
estarão no Renda Cidadã a
manter os filhos na escola.
Na avaliação do depu-
tado Zé Silva (MG), líder do
Solidariedade na Câmara, a
equipe técnica deve ter feito
uma análise técnica e conclu-
ído pela inviabilidade legal
da medida. Já o líder do PV
na Câmara, deputado Enrico
Misasi (SP), disse estar preo-
cupadocom“afaltadeclareza
e de unidade do governo” em
relação à fonte de financia-
mento do Renda Cidadã.
O deputado Arnaldo
Jardim (SP), líder do Cida-
dania na Câmara, afirmou
ser difícil “acreditar que uma
equipe econômica expe-
riente tenha sido levada a dar
guarida a uma proposta tão
prejudicial à economia brasi-
leira”.
“De qualquer forma,
perdeu-se uma excelente
oportunidade de apresentar
um programa de auxílio aos
mais vulneráveis e, ainda, de
fazê-lo pautado em compro-
missos que levem o país à rota
do crescimento econômico.
E não ao populismo inconse-
quente”, disse.
Paulo Ganime (RJ), líder
doNovonaCâmara,elogiouo
recuoeafirmouqueBolsonaro
prioriza a reeleição.”Essas
pautas de corte de gastos,
reforma administrativa, são
difíceis de explicar para a
população, têm menos apelo
popular, acabam conflitando
com a agenda de reeleição”,
afirmou. “Mas a reeleição
não deveria ser o motor do
governo, sim as reformas
necessário para o país.”
O deputado Fábio Trad
(PSD-MS)afirmouqueorecuo
mostra que o governo está
tateando no escuro. “Busca
fontes de financiamento, mas
não consegue achar a rubrica
adequada”, afirmou. “O fato
é que o ultraliberalismo do
Estadomínimovaiaospoucos
cedendo espaço aos apelos de
políticas compensatórias de
transferências de renda tipica-
mentebrasileiras.Éaescolade
Chicago se desmanchando.”
No Senado, a decisão do
governo de desistir de usar
precatórios para financiar o
Renda Cidadã também foi
elogiada.
EQUIPE À DERIVA
Congresso vê governo perdido sobre
o financiamento ao Renda Cidadã
5O DIA DIGITAL l 2 de outubro I 2020
MERCADO redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
C
om a reto-
m a d a d a s
a t i v i d a d e s
econômicas e a volta, ainda
que em menor ritmo, dos
consumidores, a pesquisa
de Índice de Confiança do
Empresário do Comércio
(ICEC) realizada em Maceió
demonstra um aumento de
21,1% no ânimo do empresa-
riado, em agosto. O estudo foi
desenvolvido pelo Instituto
Fecomércio AL em parceria
com a Confederação Nacional
doComérciodeBens,Serviços
e Turismo (CNC).
Embora a variação mensal
tenha sido boa, em termos
anuais a confiança está 23,9%
mais baixa. Segundo o asses-
sor econômico da Federação
do Comércio de Bens, Servi-
ços e Turismo do Estado de
Alagoas (Fecomércio AL),
Felippe Rocha, o otimismo
de agosto se deve à melhora
das condições de curtíssimo
prazo, curto prazo e nos
investimentos até o final do
ano. “Na primeira situação,
temos um crescimento de
26,6%, cabendo destaque para
uma melhora de 53,8% sobre
as condições econômicas”,
observa. Avaliando o cenário,
o economista ressalta que o
boletim divulgado pela Secre-
taria da Fazenda do Estado
de Alagoas (Sefaz AL) aponta
uma alta de 16% na ativi-
dade econômica, com alta
de 9% no varejo, “que deve
ser explicada pela reabertura
dos negócios, dos consumi-
dores retornando à rotina de
consumo e pelo adicional de
R$ 1.045,00 do FGTS”.
Nocurtoprazo,ouseja,nas
expectativas econômicas até o
final do ano, houve elevação
de 22,9%, cabendo destaque
para a percepção do empre-
sário de melhora da economia
brasileira em 29,9%. “Isso se
deve a recuperação mensal
apresentada desde julho no
país”, pondera Felippe.
Em relação aos os investi-
mentos, houve alta de 14,8%
na variação mensal, com
elevaçãoexpressivade31%na
intenção de contratar novos
funcionários. “Como no perí-
odo de agosto a dezembro
teremos pelo menos quatro
datas comemorativas, a
contratação de temporários
aparenta vigor e aponta gran-
des chances de que temporá-
rios se tornem efetivos, diante
da melhora da economia até o
final do ano e da recuperação
em 2021”, analisa o econo-
mista.
Relatório completo dispo-
nibilizado no site do Instituto
FecomércioAL.
Volta dos consumidores eleva
a confiança dos empresários
INDICADOR SUBIU 21,1% na variação mensal, mas está 23,9% mais baixo na comparação anual; melhora expectativa do setor
Ascom Fecomércio
Retorno dos consumidores ainda está abaixo do esperado,mas agosto apresentou crescimento no ânimo do empresariado,conforme estudo da Fecomércio
6 O DIA DIGITAL l 2 de outubro I 2020
CULTURA redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
Jornalista lança livro sobre
a tragédia da mineração
DISTRIBUIÇÃO será
em“drive-thru”literário
É
uma viagem na história, rebuscando fatos
lá no nascedouro. Juntamos peças de um
grande quebra-cabeça, com documentos
oficiaisefatosregistradospelaimprensaalagoana”.Assim
o jornalista Joaldo Cavalcante resume o teor do seu novo
livro-reportagem, intitulado “Salgema, do erro à tragé-
dia”. O autor apresenta a obra como uma contribuição ao
debate sobre o futuro da cidade. “O desastre da mineração
em plena área urbana mexe com o sentimento e a vida de
milhares de pessoas”.A distribuição será sem custo e num
“drive-thru”literário,marcadopara06deoutubro.
O livro possui 136 páginas, com dezenoves capítulos
e uma seção de anexos contendo recortes de fatos jorna-
lísticos marcantes, além de documentos oficiais acerca da
polêmicainstalaçãodaantigaSalgemaIndústriasQuímicas
S/A na restinga do Pontal da Barra. O prefácio é do profes-
sorehistoriadorDouglasApratto.Emrazãodapandemia,
o autor da obra resolveu lançá-la de forma inovadora: vai
fazer“drivethru”literárioefranquearexemplares.
“Salgema, do erro à tragédia”, vai chegar às mãos do
público na terça-feira, dia 06, a partir das 19 horas, no esta-
cionamento próximo à barraca Pedra Virada, na Ponta
Verde, onde a SMTT está reservando espaço para o autor
fazeraentregadeexemplaresaoscondutoresdeveículo.
“Graças à parceria cultural com o Cesmac, vou
entregá-los sem nenhum custo, na janela do carro
de quem desejar conhecer fatos históricos surpre-
endentes,cujodesfechoéoquetodosestãoviven-
ciando”,disseJoaldoCavalcante.
Emritmodeprestaçãodeserviçoàcidadania
e visando animar o debate sobre as consequên-
ciasparaacidade,decorrentesdamineraçãoda
Salgema-Trikem-Braskem, o jornalista Joaldo
Cavalcante espera que a publicação seja útil
paraenriqueceradiscussão,sobretudoentre
osquedesejamadministrarMaceió,apartir
dejaneirode2021.
O esforço de reportagem do jorna-
lista expõe a cumplicidade histórica das
au-toridades, nos mais diversos níveis
de poder, que impuseram ao povo de
Maceióumaindústriadealtorisco,bem
como seu campo de mineração. “Preva-
leceu o lucro fácil, em detrimento da
expansão urbana, da sustentabilidade e
dopotencialturísticodaregião,quegera
muito emprego, divisas e não possui
chaminé”,afirmouCavalcante.

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  • 1. Alagoas l 2 de outubro I ano 08 I nº 097 l 2020 redação 82 3023.2092 I e-mail redacao@odia-al.com.br 5COMÉRCIODEMACEIÓ:SETORVAREJISTAVOLTAASEANIMARCOMORETORNODOSCONSUMIDORESÀSCOMPRAS 6 JOALDO CAVALCANTE Jornalista inova lançamento de livro no sistema “drive-thru” literário Contribuiçãosolidáriaquefoifeitapelo Frigorífico Marfrig deveria ser usada na compra de testes rápidos para detectar a infecção pelo novo coronavírus. Os recur- sos não foram utilizados para a finalidade que consta na doação e o Planalto decidiu liberar a dinheirama para programas da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, que nãotêmnadaavercomocombateàCovid- 19. Por que esse dinheiro não foi usado no combateàpandemia?Aoposiçãojáreagiu e pediu investigação do caso. Midia CaetéThiago Sampaio Divulgação Banco da praça foi descaracterizado A informação não é boa nem era esperada. Depois da sequência de novos casosabaixodacasados200, Alagoas registrou ONTEM 625 novos casos. Para uma situação que vinha em queda livre, essa subida repentina deixou as auto- ridades de saúde preocu- padas. Esses números vão elevar a ocupação de leitos clínicos, de UTI e os casos deóbitosnospróximosdias. O número de mortes para o período de 24 horas teve uma leve subida de cinco para seis casos. Agora, são 2.078 mortos por Covid-19 emAlagoas. Com o registro de 87.504 casos da doença e 84.304 pessoas tratadas e recuperadas. Outros 2.028 casosestãoeminvestigação. COVID-19 Mais de 600 novos casos em 24 horas preocupa 2 NA GRUTA Banco ganha quebra-molas para evitar “vulneráveis” Um novo centro educa- cional e social beneficiará, em breve, a população vulne- rável do Vergel do Lago, em Maceió. Por meio de um Termo de Fomento, o GovernodoEstado,viaSecre- taria de Assistência e Desen- volvimento Social (Seades), investirá R$ 2 milhões na construção do Centro de Formação e Inclusão Social Escola Irmã Blandina, um projeto da Associação Espí- rita Nosso Lar. O termo foi assinadoONTEMpelogover- nador em exercício, Tutmés Airan, o secretário de Assis- tência,SílvioBulhões,eodiri- gente da associação, Wictor José Menezes. TRABALHANDO População do Vergel terá centro social e educacional No exercício do cargo de governador,TutmésAiran assinou ONTEM oTermo de Fomento; serão investidos R$ 2 milhões COVIDÃO NO PLANALTO PRIMEIRA-DAMA MICHELLE BOLSONARO RECEBEU R$ 7,5 MILHÕES QUE SERIAM PARA O COMBATEÀ PANDEMIA 4
  • 2. 2 O DIA DIGITAL l 2 de outubro I 2020 MACEIÓ redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br WanessaOliveira MídiaCaeté U m banco com “ q u e b r a - -molas”. A imagemserianomínimoinusi- tada se não envolvesse, em seu contexto, uma investida escan- carada de afastar a população em situação de rua do espaço público,evitandoquesedeitem no local. A cena presenciada na Praça Jornalista Genésio Carvalho, situada na Gruta de Lourdes, gerou discordância e indignação entre os próprios moradores da localidade, e foi questionada também em razão de sua ilegalidade e de uma simbologia forte em torno da higienizaçãosocial. A situação tomou conta até mesmo das redes sociais quando alguns moradores dos condomínios,contráriosàideia, buscaram as redes. Os relatos são de que a insatisfação com a convivência das pessoas na praça foi expressa já há alguns meses, nas conversas virtuais decondomínio. Uma das moradoras de um dos prédios situados no entorno da praça, que preferiu nãoseidentificar,relatouqueos conflitos já ocorrem há algum tempo e tiveram seu início com a própria noção de diversos moradores de que a praça é privada. É que a partir de parceria com a Prefeitura de Maceió, a Praça Genésio de Carvalho foi reformadaporumaconstrutora aindaem2014. “Esseanoacons- trutorasugeriuqueosprédiosse juntassemecuidassemdapraça. Não sei como funciona, mas a gentepagacincoreaisnocondo- mínio que seria para limpeza e manutenção da praça”, expli- cou uma moradora de um dos prédios, que preferiu não ser identificada. Desde então, a praça passou a receber manu- tenção e limpeza com reforço dosmoradores. “Mas, agora, desde que se deu a pandemia, o pessoal voltou. Não sei se os mesmos de antes, mas tem uma ou duas famílias morando na praça. E a princípioosmoradoresdomeu prédio começaram a falar no grupodoprédioque‘issoeraum abuso’,‘queeramuitoperigoso’. E esses tipos de comentário. E ficavam ligando para polícia dizendo que estavam aglome- rando na praça. Só que era bem cínico isso porque os próprios filhos iam jogar basquete na praça, e ninguém ligava para a polícia”,completou. Em meio aos desconfortos desses moradores com a exis- tênciasdaspessoasemsituação deruanapraça,houvemaisum episódio. “Descobriram que tinha uma senhora na outra rua que alimentava o pessoal. E foram na casa dela dizer que parasse porque ‘eles estavam ficandoviciados’.Nãoseicomo se procedeu com a senhora, mas ela parou de alimentar eles”,relatou. Moradora de uma casa na continuidade da rua, Clarissa Sampaio começou a distri- buir espontaneamente alguns alimentos em frente a sua resi- dência para pessoas que esta- vam em situação de fome, no início da pandemia. “Tinham algumas pessoas que passa- vam aqui e já sabiam que eu iria entregar. Comecei a fazer as quentinhas. Depois de um tempo, pessoas que são mora- doras daqui também come- çaram a trazer outros tipos de alimento, produtos de higiene, diversos suprimentos. Foi bem bonito. Uma mulher que eu nemconhecia,traziasopatodos os domingos. Daí abri uma tenda aqui em frente e comecei a fazer distribuição”, relatou.A ação de Clarissa chegou a ser divulgada também em uma páginadoInstagram: Toda a situação já acontecia emmeioaosconflitosdealguns moradores dos prédios contra pessoas que ficavam na praça. “Dois síndicos dos prédios vieram até aqui e me pediram paraparardedistribuirasquen- tinhas,porquealgumaspessoas estavamderramandoasopana praça e sujando tudo. E de fato tinhagentequefaziaisso.Euaté sei quem são. Na hora eu falei que a praça estava suja, porque não tinha gente passando com o serviço de limpeza”, explica. Um tempo depois, entretanto, Clarissaoptouporinterromper com as entregas. “Não foi em razão do que eles falara, mas vi que tinha algumas pessoas que estavam mesmo derramando. Daí pensei que não estavam mais nessa condição de fome e era hora de parar. Do mesmo jeitoquecoloqueiatenda,tirei”, conta. Clarissa conta que desde então ficou em isolamento sociale,apenasnestaterça-feira, 01, ao passar pela praça, perce- beuqueosbancosestavamcom levantamentosdecimento.“Eu estava em minha casa, distri- buindoosalimentosnumaárea que é minha, e vieram pedir para que eu tirasse. Eu nem sei o que pensar ainda sobre o que fizeramcomosbancos.Nemsei sepodemfazeralgoassim,ouse essa é de fato uma solução boa, porque poderíamos chamar a políciacasovíssemosalgoacon- tecendo e até mesmo juntar os moradores para aguardar até a polícia chegar, mas não fazer isso com os bancos. A praça é de todos nós, e ninguém veio atéaquiparafalarsobrecolocar essescimentos”,acrescentou. Já de acordo com a mora- doraquenãoquisseidentificar, o episódio mais recente que teria justificado a instalação dos ‘quebra-molas’ foi de que haviaumcasalfazendosexono banco. “Não sei quanto a vera- cidade disso, mas na mesma hora surgiu o assunto de tirar o banco da praça pra eles não ficarem mais lá. Quando foi essa semana fizeram o serviço de colocar umas divisórias de cimento pra impedir que deitassem”,conta. A Mídia Caeté procurou a Prefeitura de Maceió, por meio da Superintendência Municipal de Desenvolvi- mento Sustentável (Sudes), e responsável pelos cuidados com as praças. O órgão emitiu aseguintenota:“ASuperinten- dênciaMunicipaldeDesenvol- vimento Sustentável (Sudes) informa que não realizou nenhuma mudança na estru- tura da praça Jornalista Gené- sio de Carvalho. Uma equipe defiscalizaçãoseráenviadaaté o local para avaliar e tomar as medidas cabíveis para solucio- nar os problemas. “Banco da vergonha” afasta pessoas em situação de rua HIGIENIZAÇÃO SOCIAL em praça pública é criticada por moradores; obra no banco é para impedir que moradores de rua se deitem Nas redes sociais, a situa- ção repercutiu rapidamente. Em duas páginas do Insta- gram com perfis do bairro da Gruta, a discussão acalorada seguia entre os que são favo- ráveis a medida adotada, e os que entendem a gravidade da privatização do espaço público. Na página do Instagram “ViverGruta”,aindanodia8de maio, uma postagem foi efetu- ada com objetivo de denunciar apresençadaspessoasnapraça. A página relatava existência de ameaçaaosmoradoreseseguia afirmando que “A falta “do que fazer” na quarentena está deixando a pracinha da Gruta cheiademoradores.” Apesar do tom de denún- cia ter sido corroborado por alguns, que reforçaram a existência de práticas de vandalismo, ameaça a mora- dores, outras pessoas que também se identificaram enquanto moradores apon- taram órgãos com os quais poderiam ser feitas denún- cias e se indignaram com a ausência de empatia. Reba- teram, entre outras coisas, lembrando o básico: a praça é pública e todos tem direito de ir e vir. A quem cabe determinar quem tem direito a estar em uma praça? Para a moradora do prédio, a investida em ‘fazer a limpa na praça’ é bem anterior ao episódio em que justificam como motriz para a colocação dos quebra-molas do banco. “Isso foi o mínimo sabe? Suge- riram tirar o banco. Uma vez o pessoal deixou um colchão la, e sugeriram descer e jogar o colchão dele no lixo. Eles falam no grupo como se não estives- sem falando de pessoas e como se essa reação fosse natural”, comenta. “Querem fazer a limpanapraça”. O coordenador nacional do Movimento da População em Situação de Rua, Rafael Machado, aponta o quanto a situação é recorrente. “Foram colocadosemBeloHorizonte, mas foi retirado. Em outras cidades também. O movi- mento tem discutido, porque a sociedade não sabe propor algoquevenhatrazergarantia dos direitos da justiça social para a população em situação derua.Oqueasociedadesabe fazer é marginalizar cada vez mais essa população”, critica. “Não chamamos o que eles estão agindo nem de crimina- lização, mas de higienização. Quando não conseguem tirar de um jeito, querem tirar de outro”, relata. Segundo Rafael Machado, o Movimento tem pautado as condições de vida da popu- lação nessas condições e não há participação desses grupos no debate. “Há sempre essas alegações. Claro que discutir moradias não discutem. Usam esse tipo de prática. Não vem para o debate, não contribuem. O problema hoje da popula- ção em situação de rua é falta de políticas públicas, assistên- cia, saúde, trabalho, moradia, esporte e lazer. Nós do movi- mento lutamos para que essas políticas sejam efetivadas. Está na Constituição e é um direito docidadão”,ressalta. a construtora R. Pontes reforçou não ter tido qualquer participaçãosobreadecisãode instalação das divisórias nos bancos, ou quaisquer outras, desde a entrega dos prédios . A Mídia Caeté tentou contato com um dos síndicos dos prédios do entorno, mas não obteve êxito. Rafael Machado alertou que o Movimento está acionando a Promotoria de Direitos Humanos do Ministé- rio Público Estadual. “Fazer a limpa na praça”é argumento de quem defende a segregação no local Divisórias são colocadas em banco para evitar que pessoas durmam em praça Wanessa Oliveira
  • 3. 3O DIA DIGITAL l 2 de outubro I 2020 ALAGOAS redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br A Secretaria de E s t a d o d a S e g u r a n ç a Pública de Alagoas (SSP) reali- zou coletiva de imprensa para apresentar o resultado de três operações integradas, uma delas com o Ministério Público do Estado (MPE), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), com o objetivo de prender integran- tes de organizações criminosas queatuavamemmunicípiosdo Litoral Norte deAlagoas. As três operações integra- das, sob a coordenação da Secretaria de Estado da Segu- rançaPúblicadeAlagoas(SSP), foram deflagradas, com o obje- tivo de prender integrantes de organizações criminosas que atuavam em municípios do Litoral Norte deAlagoas. As operações integradas contaram com a participação de unidades das Polícias Civil e Militar e foram batizadas de Duplo Alto, Goel e Ilha de Ferro, esta última ocorre de forma integrada também com o Ministério Público do Estado (MPE), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). As investigações consta- taram que todos os integran- tes das organizações alvo das operações integradas prati- cavam atividades criminosas diversas, como roubos e homi- cídios, mas em especial atua- vam no tráfico de drogas. OPERAÇÃODUPLOALTO A Operação Duplo Alto teve aproximadamente seis meses de investigação, que foram realizadas pela Divisão Especial de Investigações e Capturas (DEIC), sob a coor- denação do delegado Gustavo Henrique, em parceria com o 6º Batalhão da Polícia Militar. A operação ganhou este nome porcontadaatuaçãocriminosa ocorrer em dois morros. Durante este período, ficou constado que o líder da organização encontra-se reco- lhido no sistema prisional de Pernambuco, mas ainda assim comandava delitos, inclusive a vinda de drogas do estado vizinho para ser comerciali- zada em Alagoas. A investi- gação também apontou que a organização criminosa atuava em Maragogi, Japaratinga e possuía uma ramificação em Maceió. Do total de 11 integran- tes identificados, nove são homens, um é menor de idade e uma mulher. Ela foi presa em julhodesteano,nodecorrerdas investigações, transportando 9 quilos de maconha de Mara- gogi para Maceió. Com base nas provas técni- cas, a 17ª Vara Criminal da Capital expediu 10 mandados de prisão e 12 de busca e apre- ensão, após representação da DEIC, os quais foram cumpri- dos nesta manhã. Até o final da tarde, sete pessoas foram presas e cerca de 11 quilos de drogas apreendidas. No cumprimento do mandado de prisão de um dos presos, foi identificado que ele portava documento falso, sendo autuado por falsidade ideológica. Além disso, esse mesmo elemento tinha um mandado de prisão preven- tiva expedido pela justiça de Pernambuco por homicídio. Segurança Pública deflagra operações no “atacado” e desarticula quadrilhas POLÍCIAS CIVIL E MILITAR apresentaram ONTEM balanço das operações “Ilha de Ferro”,“Duplo Alto” e “Goel” ocorridas Operação Goel foi para prender traficantes Já a operação Goel, visava prender integrantes de uma organização crimi- nosa atuante em São Luís do Quitunde, responsável por tráfico de drogas, roubos, posse e porte ilegal de armas e homicídios. Durante os cinco meses de investigação da DEIC em parceria com o 6º Batalhão da Polícia Militar, ficou constatado que a orga- nização está em guerra com outro grupo, o que resultou em vários homicídios ocorri- dos na cidade. A DEIC representou e a 17ª Vara Criminal da Capi- tal expediu 11 mandados de prisão e 12 de busca e apre- ensão. Tanto a organização criminosa desbaratadada na operação Goel, como na Duplo Alto são vinculadas a uma facção criminosa nacio- nalmente conhecida. Até o momento foram presos quatro suspeitos, sendo um deles em Goiás e duas armas durante as investigações. OPERAÇÃO ILHA DE FERRO Já na operação Ilha de Ferro, a Secretaria da Segu- rança Pública, as Polícias Civil e Militar e o Ministério Público do Estado (MPE), por meio do Grupo de Atua- ção Especial de Combate às Organizações Crimino- sas (Gaeco), cumprem 23 mandados de busca e apreen- são e 15 de prisão temporária contra integrantes de organi- zações criminosas que atuam na Barra de Santo Antônio. A ação é fruto de um trabalho investigativo que teve início em janeiro deste ano. Foram presos nove suspeitos e apre- endidos: notebook, tablet, drogas e celulares. Para o Secretário da Segu- rança Pública, Lima Júnior, o resultado das três operações é fruto da grande política de integração realizada pela pasta entre as forças. “Conse- guimos com êxito deflagrar três grandes operações para combater o crime e o tráfico de drogas no Litoral Norte e tudo isso graças a forte integração entre as Polícias Civil e Militar que realiza- mos diuturnamente. Destaco também a importância da parceria e colaboração do Ministério Público Estadual na manhã de hoje, que, junto com as forças de Segurança, realizaram um grande traba- lho que beneficia toda a socie- dade alagoana”. Açõesmobilizaram130policiaisnaterraenoar Mais de 130 policiais civis, militares e do Grupa- mento Aéreo participaram do cumprimento dos manda- dos nas três operações inte- gradas, comprovando que a política de integração das forças de segurança garante o combate ao crime e a redução da violência emAlagoas. A Polícia Militar empre- gou policiais da 3ª Compa- nhia da Polícia Militar, do 6º Batalhão, do Batalhão de Radiopatrulha (BPRp), Bata- lhão de Operações Especiais (BOPE), Batalhão de Policia- mento de Trânsito (BPTran) e do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA). Já a Polícia Civil atuou com policiais do Tático Inte- grado de Grupos de Resgate Especiais (TIGRE), Seção de Capturas, Antisequestro e Núcleo de Inteligência, todos pertencentes à Divisão Espe- cial de Investigações e Captu- ras (DEIC), além da Asfixia e Gerência de Polícia Judici- ária (GPJ-2). O Grupamento Aéreo, da SSP, também parti- cipou. Todos os materiais apre- endidos e presos nas três operações serão encaminha- dos para a sede da DEIC, no bairro da Santa Amélia, em Maceió, para a confecção dos procedimentos cabíveis. A população é grande parceira da Segurança Pública no combate ao crime em Alagoas e pode contri- buir com o trabalho das polí- cias realizando denúncias sobre homicídios, tráfico de drogas, roubos, organizações criminosas e outros crimes por meio do Disque Denún- cia . As informações podem ser repassadas, de forma anônima e gratuita, por meio de ligações para o 181 ou pelo aplicativo Disque Denúncia, disponível para download na Play Store. Policiais civis da Delegacia do17ºDistritoPolicial(17ºDP), de Marechal Deodoro, realiza- ram uma operação visando o cumprimento de quatro mandados de busca e apreen- são expedidos pela 17ª Vara CriminaldaCapital. os mandados foram cumpridos no Povoado Pedras,emMarechalDeodoro, e nos bairros da Ponta verde, Benedito Bentes e Santa Lucia, nacidadedeMaceió. De acordo com o chefe de Operações do 17º DP, agente Antonio Augusto, os manda- dos foram referentes ao desfal- que de mais de R$ 3,5 milhões de uma empresa de segurança e logística, situada no Polo de Marechal Deodoro, em Alagoas.”Os suspeitos frauda- vamnotasfiscaiseconseguiam desviarodinheirodaempresa. Um deles é de Alagoas e os demais são dos estados da BahiaePernambuco”,frisou. Na operação, computa- dores, carros, celulares, R$ 5 mil em espécie, e documentos foram apreendidos e ficarão a disposiçãodaJustiça. MARECHAL 17º DP faz operação e cumpre mandados Nas três operações,foram aprendidos celulares,armas,dinheiro e drogas Ascom/SSP
  • 4. 4 O DIA DIGITAL l 2 de outubro I 2020 BRASIL redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br ESCÂNDALO: Michelle recebe R$ 7,5 mi do combate à Covid DINHEIRO DEVERIA ter sido usado na compra de testes rápidos mas foi destinado a programas da primeira-dama P arlamentares da oposição na Câmara dos Deputados já articulam uma investigação contra a primeira- -dama Michelle Bolsonaro, por conta de uma doação de R$ 7,5 milhões originalmente desti- nadaacompradetestesrápidos da covid-19 mas que acabou sendo repassada e utilizada pelo programa Pátria Voluntá- ria.Otemaémanchetenojornal Folha de S. Paulo de ONTEM A líder do PCdoB na Câmara, PerpétuaAlmeida (AC), anun- ciou que pedirá a investigação docaso. “Já estou acionando minha assessoria para que prepare todos os expedientes e ações necessárias”, afirmou a parla- mentar,emnotaàimprensa.“A prestaçãodecontasprecisavira públicoimediatamente.”Outra deputada a cobrar investiga- ção é a líder do PSOL na Casa, FernandaMelchionna(RS). O deputado Marcelo Freixo, do PSOL fluminense, também definiu o caso como um“escândalo”:Areportagem apontaqueadoaçãomilionária foi feita no início da pandemia pelo frigorífico Marfrig, com o intuito de se adquirir testes rápidoscontraapandemia.Em julho, já em posse do dinheiro, ogovernoconsultouaempresa para saber se era possível utili- zar o dinheiro outras ações de combateàpandemia. Com a anuência da empresa,omontanteacabouno projetoArrecadação Solidária, vinculado ao Pátria Voluntária de Michelle. Segundo a Casa Civil, o dinheiro foi utilizado na compra de cestas básicas à população mais afetada pela pandemia. A matéria ainda cita que parte do valor, cerca de R$ 230 mil, foi para a AMTB, uma ONG ligada à ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves. A ONG é cadastrada em um endereço onde, segundo a reportagem da Folha, funcio- nariaumrestaurante. O líder da minoria na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT), definiu o fato como“inaceitável”. Michelle recebe doação milionária feita na pandemia pelo frigorífico Marfrig Alan Santos/PR Líderes partidários e congressistas avaliaram nesta quarta-feira(30)queogoverno está perdido e tateando no escuro para encontrar as fontes de financiamento para o Renda Cidadã, programa comoqualJairBolsonaroquer substituir o Bolsa Família. Os parlamentares reagi- ram às declarações do minis- tro Paulo Guedes (Economia) de que não será utilizada sobra de recursos da limitação no pagamento de precatórios (dívidas do governo reconhe- cidas pela Justiça) para finan- ciar o novo programa social. A informação tinha sido dada na segunda-feira (28) durante pronunciamento que contou com a participação do presidente Jair Bolsonaro, de Guedes e de líderes do governo e de partidos da base no Congresso. A decisão gerou contro- vérsia na própria segunda, quando aliados do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), consideraram a estratégia uma espécie de calote. Eles criticaram ainda outra fonte de financiamento que seria usada, de 5% dos recursos novos do Fundeb (fundo para educação básica) para ajudar as famílias que estarão no Renda Cidadã a manter os filhos na escola. Na avaliação do depu- tado Zé Silva (MG), líder do Solidariedade na Câmara, a equipe técnica deve ter feito uma análise técnica e conclu- ído pela inviabilidade legal da medida. Já o líder do PV na Câmara, deputado Enrico Misasi (SP), disse estar preo- cupadocom“afaltadeclareza e de unidade do governo” em relação à fonte de financia- mento do Renda Cidadã. O deputado Arnaldo Jardim (SP), líder do Cida- dania na Câmara, afirmou ser difícil “acreditar que uma equipe econômica expe- riente tenha sido levada a dar guarida a uma proposta tão prejudicial à economia brasi- leira”. “De qualquer forma, perdeu-se uma excelente oportunidade de apresentar um programa de auxílio aos mais vulneráveis e, ainda, de fazê-lo pautado em compro- missos que levem o país à rota do crescimento econômico. E não ao populismo inconse- quente”, disse. Paulo Ganime (RJ), líder doNovonaCâmara,elogiouo recuoeafirmouqueBolsonaro prioriza a reeleição.”Essas pautas de corte de gastos, reforma administrativa, são difíceis de explicar para a população, têm menos apelo popular, acabam conflitando com a agenda de reeleição”, afirmou. “Mas a reeleição não deveria ser o motor do governo, sim as reformas necessário para o país.” O deputado Fábio Trad (PSD-MS)afirmouqueorecuo mostra que o governo está tateando no escuro. “Busca fontes de financiamento, mas não consegue achar a rubrica adequada”, afirmou. “O fato é que o ultraliberalismo do Estadomínimovaiaospoucos cedendo espaço aos apelos de políticas compensatórias de transferências de renda tipica- mentebrasileiras.Éaescolade Chicago se desmanchando.” No Senado, a decisão do governo de desistir de usar precatórios para financiar o Renda Cidadã também foi elogiada. EQUIPE À DERIVA Congresso vê governo perdido sobre o financiamento ao Renda Cidadã
  • 5. 5O DIA DIGITAL l 2 de outubro I 2020 MERCADO redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br C om a reto- m a d a d a s a t i v i d a d e s econômicas e a volta, ainda que em menor ritmo, dos consumidores, a pesquisa de Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) realizada em Maceió demonstra um aumento de 21,1% no ânimo do empresa- riado, em agosto. O estudo foi desenvolvido pelo Instituto Fecomércio AL em parceria com a Confederação Nacional doComérciodeBens,Serviços e Turismo (CNC). Embora a variação mensal tenha sido boa, em termos anuais a confiança está 23,9% mais baixa. Segundo o asses- sor econômico da Federação do Comércio de Bens, Servi- ços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL), Felippe Rocha, o otimismo de agosto se deve à melhora das condições de curtíssimo prazo, curto prazo e nos investimentos até o final do ano. “Na primeira situação, temos um crescimento de 26,6%, cabendo destaque para uma melhora de 53,8% sobre as condições econômicas”, observa. Avaliando o cenário, o economista ressalta que o boletim divulgado pela Secre- taria da Fazenda do Estado de Alagoas (Sefaz AL) aponta uma alta de 16% na ativi- dade econômica, com alta de 9% no varejo, “que deve ser explicada pela reabertura dos negócios, dos consumi- dores retornando à rotina de consumo e pelo adicional de R$ 1.045,00 do FGTS”. Nocurtoprazo,ouseja,nas expectativas econômicas até o final do ano, houve elevação de 22,9%, cabendo destaque para a percepção do empre- sário de melhora da economia brasileira em 29,9%. “Isso se deve a recuperação mensal apresentada desde julho no país”, pondera Felippe. Em relação aos os investi- mentos, houve alta de 14,8% na variação mensal, com elevaçãoexpressivade31%na intenção de contratar novos funcionários. “Como no perí- odo de agosto a dezembro teremos pelo menos quatro datas comemorativas, a contratação de temporários aparenta vigor e aponta gran- des chances de que temporá- rios se tornem efetivos, diante da melhora da economia até o final do ano e da recuperação em 2021”, analisa o econo- mista. Relatório completo dispo- nibilizado no site do Instituto FecomércioAL. Volta dos consumidores eleva a confiança dos empresários INDICADOR SUBIU 21,1% na variação mensal, mas está 23,9% mais baixo na comparação anual; melhora expectativa do setor Ascom Fecomércio Retorno dos consumidores ainda está abaixo do esperado,mas agosto apresentou crescimento no ânimo do empresariado,conforme estudo da Fecomércio
  • 6. 6 O DIA DIGITAL l 2 de outubro I 2020 CULTURA redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br Jornalista lança livro sobre a tragédia da mineração DISTRIBUIÇÃO será em“drive-thru”literário É uma viagem na história, rebuscando fatos lá no nascedouro. Juntamos peças de um grande quebra-cabeça, com documentos oficiaisefatosregistradospelaimprensaalagoana”.Assim o jornalista Joaldo Cavalcante resume o teor do seu novo livro-reportagem, intitulado “Salgema, do erro à tragé- dia”. O autor apresenta a obra como uma contribuição ao debate sobre o futuro da cidade. “O desastre da mineração em plena área urbana mexe com o sentimento e a vida de milhares de pessoas”.A distribuição será sem custo e num “drive-thru”literário,marcadopara06deoutubro. O livro possui 136 páginas, com dezenoves capítulos e uma seção de anexos contendo recortes de fatos jorna- lísticos marcantes, além de documentos oficiais acerca da polêmicainstalaçãodaantigaSalgemaIndústriasQuímicas S/A na restinga do Pontal da Barra. O prefácio é do profes- sorehistoriadorDouglasApratto.Emrazãodapandemia, o autor da obra resolveu lançá-la de forma inovadora: vai fazer“drivethru”literárioefranquearexemplares. “Salgema, do erro à tragédia”, vai chegar às mãos do público na terça-feira, dia 06, a partir das 19 horas, no esta- cionamento próximo à barraca Pedra Virada, na Ponta Verde, onde a SMTT está reservando espaço para o autor fazeraentregadeexemplaresaoscondutoresdeveículo. “Graças à parceria cultural com o Cesmac, vou entregá-los sem nenhum custo, na janela do carro de quem desejar conhecer fatos históricos surpre- endentes,cujodesfechoéoquetodosestãoviven- ciando”,disseJoaldoCavalcante. Emritmodeprestaçãodeserviçoàcidadania e visando animar o debate sobre as consequên- ciasparaacidade,decorrentesdamineraçãoda Salgema-Trikem-Braskem, o jornalista Joaldo Cavalcante espera que a publicação seja útil paraenriqueceradiscussão,sobretudoentre osquedesejamadministrarMaceió,apartir dejaneirode2021. O esforço de reportagem do jorna- lista expõe a cumplicidade histórica das au-toridades, nos mais diversos níveis de poder, que impuseram ao povo de Maceióumaindústriadealtorisco,bem como seu campo de mineração. “Preva- leceu o lucro fácil, em detrimento da expansão urbana, da sustentabilidade e dopotencialturísticodaregião,quegera muito emprego, divisas e não possui chaminé”,afirmouCavalcante.