O documento descreve a gongocompostagem como uma alternativa para o aproveitamento de resíduos orgânicos que envolve a atividade de diplópodes na fragmentação de resíduos vegetais em péletes fecais, decompondo e enriquecendo o composto gerado. O processo é descrito em detalhes incluindo a coleta dos diplópodes, construção do gongolário, adição dos resíduos e resultados após 180 dias, quando o gongocomposto pode ser usado como substrato para mudas.

1. GONGOCOMPOSTO:
Uma alternativa para
aproveitamento de
resíduos sólidos
orgânicos
Disciplina: Tratamento e Aproveitamento de
Resíduos Agropecuários – TAL-3716
Prof.ª Drª Luana Pereira de Moraes

2. Introdução:
2
A B
C D

3. Compostagem - definição:
Transformação de resíduos biodegradáveis
em matéria orgânica estável;
Importante valor para agricultura;
Envolve uma variedade de organismos da
fauna saprófaga e de microrganismos;
Processo biológico, aeróbio, controlado =>
humificação material orgânico =>
“composto orgânico”;
3

4. Tipos de compostagem:
4
Compostagem
“propriamente
dita”

5. Tipos de compostagem:
5
A B
D D

6. Gongocompostagem - definição:
Biotecnologia - atividade alimentar de
diplópodes (Trigoniulus corallinus);
Fragmentam resíduos vegetais => péletes
fecais com diferentes características físico-
químicas do material vegetal original;
Decompõe resíduos vegetais agrícolas e
urbanos, enriquecendo o composto gerado
com cálcio, magnésio e fósforo;
;
6

7. Diplópodes – Trigoniulus corallinus - Gongolos
– Embuás - Maria-café – Piolhos-de-cobra
7
C D
A B

8. Gongocompostagem - definição:
Embaixo de folhas e troncos caídos;
Eles têm um corpo comprido como o da
minhoca;
Mas, por fora um exoesqueleto duro que
nem um besouro;
Grande número de pernas – quatro
pernas/anel;
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9. Gongocompostagem - definição:
Enrolar é uma forma de proteção;
Não possuem ferrão e nem são capazes de
dar uma mordida doída;
Quando assustados, soltam um cheiro forte;
São capazes de comer o equivalente ao seu
próprio peso em 3 dias;
São muito importantes para o crescimento das
plantas.
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10. Gongocompostagem – coleta / aquisição e
acondicionamento:
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Caixa plástica adaptada para a sobrevivência dos diplópodes.
Imagem: Luiz Fernando de S. Antunes, 2015.
C D
A B

11. Gongocompostagem - Gongolário:
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Vistas externa e interna do gongolário. Imagem: Luiz Fernando de
S. Antunes, 2016.

12. Gongocompostagem - Processo:
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A) Anel de concreto com adição de 500 litros de resíduos. B) Resíduos
devidamente preparados para a gongocompostagem. C) Quantificação e
adição dos gongolos nos anéis contendo os resíduos. D) Início do processo
de gongocompostagem e proteção dos anéis. Imagem: Luiz Fernando de
Sousa Antunes, 2015.

13. Gongocompostagem - Resultados:
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Substrato SIPA constituído de 83% de vermicomposto, 15% de fino
de carvão vegetal e 2% de torta de mamona.

14. Gongocompostagem - Resultados:
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Mudas de alface crespa desenvolvidas em bandejas de 200 células
com os diferentes substratos avaliados. Imagem: Luiz Fernando de
S. Antunes, 2016.
C D
A B

15. Gongocompostagem - Resultados:
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Detalhes da altura das mudas de alface cv. Vera aos 28 dias após a
semeadura. No lado esquerdo a muda formada no substrato T4-
SIPA e ao lado direito a muda formada no substrato T3-
Gongocomposto 180 dias. Imagem: Luiz Fernando de S. Antunes,
2016.
A B

16. 16
1 3 5
6
4
2
Confirmar a
disponibilidade dos
resíduos
Coleta / aquisição
dos diplópodes
(gongolos)
Manejar adequadamente
oferecendo condições adequadas
para seu desenvolvimento
Construção /
adaptação do
Gongolário
Adicionar resíduos secos
(aparas de grama, folhas,
resíduos agrícolas,
papelão, podas)
Após 180 dias retirar e
peneirar para aplicação
como substrato
ROTEIRO

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STRENGTHS
Permite o reaproveitamento
de resíduos secos;
Número menor de
predadores;
WEAKNESSES
Processo pouco conhecido e
aplicado pelos produtores;
Produção de mudas agric.
orgânica – sem aditivos;
Características químicas e
físicas desejáveis;
OPPORTUNITIES
Descontinuidade das
pesquisas e estudos para
recomendação de novas
aplicações e processos;
THREATS
Análise SWOT

18. Antunes, L. F. S.; Souza, R. G.; Krahenbuhl, J. L.; Dias, G. R.; Silva, D. G.; Correia, M. E. F.
(2021). Eficiência de gongocompostos obtidos a partir de diferentes resíduos vegetais e
sistemas de produção no desenvolvimento de mudas de alface. Nativa. Sinop. v. 9. p. 147-156.
Bugni, N. O. C.; Antunes, L. F. S.; Guerra, J. G. M.; Correia, M. E. F. (2019) Gongocomposto:
substrato orgânico proviniente de resíduos de poda para produção de mudas de alface. Revista
Brasileira de Agropecuária Sustentável (RBAS), v.9. p.68-77.
Correia, M. E. F.; Neves, M. C. P.; Aquino, A. M.; Ferreira, V. M. (2014) O MULUNGU e seus
amigos gongolos: a mágica da reciclagem. Seropédica - RJ. Embrapa Agrobiologia. 20 p.
Ramanathan, B.; Alagesan, P. (2012) Evaluation of millicompost versus vermicompost. Current
Science, v. 103, p. 140–143.
Senthilkumar, N.; Lakhmidevi, R.; Sumathi, R.; Sathiskumar, R.; Divya, G. R.; Lenora, L. M. D.
(2018) Research article millicompost: an alternate biocompost for forest nurseries. International
Journal of Current Research, v. 10. p. 70971-70974.
Referências bibliográficas:
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Giovani Costa de Oliveira