Este documento descreve uma receita para branqueamento a 80 graus que pode poupar entre 85.250€ e 255.750€ por ano em custos de energia para tinturarias de diferentes tamanhos, em comparação com o branqueamento a 105 graus. A receita fornece instruções de produtos químicos e temperatura para obter um grau de branco semelhante com menos energia e sem danificar as fibras.
1. MEIO BRANCO A 80 GRAUS
POUPANÇÃO POSSIVEL DE 85 250 € POR ANO PARA UMA TINTURARIA DE 10 000 KG.
PARA UMA DE 20 000 KG/DIA – poupa 170 500 €/ ANO
PARA UMA DE 30 000 KG/ DIA - poupa – 255 750 €/ANO.
A nossa receita é segura para 80 graus, 30-40 min.
Esta receita praticamente dá o mesmo grau de branco da receita a 105 graus, 62
berger contra 64.
Com este grau de branco faz-se qualquer cor.
Molhagem excelente.
Para ver a literatura basta carregar em cima do nome do produto
DENI DET EST – 2,0 G/L
ADRANET FXE – 0,5 G/L
SODA CÁUSTICA – 3 G/L
ÁGIA OXIGENADA – 3 G/L
WHITE OXA – 1,0 G/L
Neutralização:
ÁCIDO ACÉTICO
DENI ZYME CAT OC – 0,8 G/L
O grau de branco com que se trabalha é exigido para 10% das cores. Talvez azuis muito
claros ou cores com brilho possam necessitar de ½ branco mais alto. A restantes cores
deverão usar esta receita tipo:
DENI DET EST – 1,8-2,0 G/L
SODA CÁUSTICA – 3.0 G/L
ÁGUA OXIGENADA – 3.0 G/L
WHITE OXA – 0,8 G/L
O que se ganha em termos económicos com esta receita:
1. Supondo que as máquinas de tingir estão a encher a 50 graus.
A quantidade de calor necessário para fazer subir a temperatura de até 105 graus
é dade pela equação da termodinâmica correspondente à primeira lei da
termodinâmica – A Energia total de um corpo é igual ao calor que entra mais o
trabalho realizado sobre o corpo e pode ser dado por.
2. Q = Quantidade de água * Capacidade calorifica da água * Variação da
temperatura.
Q = m.Cp.∆T .
Q = Calor Total, Cal, Caloria.
m = massa de água em gramas.
Cp = capacidade calorifica especifica, Cal/(gramas * grau Centigrado)
∆T = Tempratura_final – Temperatura_inicial.
Para branqueação a 105 ºC
Se a temperatura da água quente for de 50 graus e a final de 105 ; então
Q1 = mCp (105-50) = m.Cp. 60.
Para a branqueação a 80 graus.
Q2 = mCp.(80-50) = mCp.30.
Como a quantidade de água e capacidade calorifica é a mesma nos dois casos,
temos:
mCp =
𝑄1
55
=
𝑄2
30
Q1 =
55
30
. Q2 => Q1 = 1,83. Q2
O diferencial de calor entre Q1 e Q2 é dado por Q1-Q2 = Q1.(1-0.55)= 0,45Q1.
Ou seja
(𝑄1−𝑄2)
𝑄2
= 0,45, ou seja a quantidade de calor que se vai gastar é de
45% mais para ir de 80 graus até 105 graus.
Senão vejamos; o Cp = 1,0 cal/(grama.C)
Caso de 100 litros de água que têm de aquecer desde 80 .C (Q2) e até 105
graus(Q1).
Q1 = 100 000(gramas)*1 (
𝐶𝑎𝑙
𝐺𝑟𝑎𝑚𝑎∗º𝐶
)*(105-50) = 5 500 000 calorias.
Para subir somente até 80 graus.
Q2 = 100000*1*(80-50) = 3 000 000 calorias
Logo (5 500 000 – 3 000 000) = 2 500 000 calorias, pode-se ver que quase preciso
de outro tanto de energia.
3. No Livro, (click) . Salem, Vidal, “Tingimento Têxtil, Conceitos e Tecnologias” que
podem consultar, temos a tabela da relação entre a variação de temperatura e a
necessidade de vapor.
Temos as tabelas seguintes:
Que dão a quantidade de vapor saturado que vem da caldeira a 5
atmosferas, quando é preciso passar da temperatura da água no jet de 50
graus para 80 e para 100 graus.
Vemos que para passar de 50 para 80 preciso de 57 kg de vapor por cada
𝑚3
de água aquecida.
Para passar de 50 para 105 graus preciso de 107,75 kg por cada 𝑚3
de água
aquecida, o que corresponde quase ao dobro.
Gasto menos – 107.75 - 57.0 = 50.75 kg de vapor/𝑚3
de água aquecida.
A partir das características da caldeira facilmente se determina o valor.
Conhecendo os Kg de vapor necessários para aquecer a água (𝑚3
) de 50 graus,
temperatura inicial, até à temperatura final que se pretende, vai-se às características
da caldeira onde se encontram os metros cúbicos de gás necessários para produzir 1
𝑚3
de vapor a 5 atmosferas.
A partir daqui, com o preço do gás em metro cubico, temos o preço do vapor e o preço
de aquecer a água.
Em outras empresas este valor é em média corresponde a 0,18 €/kg de malha
produzida branqueda.
Assim, a receita custa em produtos à volta de 0.045 €/kg de malha
produzida, que é um valor insignificante quando comparado com o preço
4. da energia poupada que é de 0,086 €/kg – Corresponde a metade do
valor.
Ganho com a receita
1. 0,086 €/kg de malhas produzida em vapor não consumido.
2. Poupo energia elétrica na caldeira pois não vou precisar de vapor.
3. Poupo água para arrefecimento do jet de 105 até 70 graus. Por cada
100 litros de banho a arrefecer preciso no mínimo de 120 litros para
ter a água quente no depósito a de recolha a 50 graus.
Caso vão tingir 23 000 kg de felpo dia para relação de banho de 1:6,
terão 6*23 000 = 138 000 litros de água/dia de água poupada e
bombas elétricas de envios entre depósitos. Claro que a água é
recuperada em circuito interno, mas com grandes perdas térmicas.
4. Poupo bomba.
5. Pompo energia elétrica das bombas em sobre-pressão.
6. Não estou a destruir a fibra, pois a 105 graus estamos a cozinhar a
fibra, o que vai fazer pilling.
7. Ao não gastar tanto combustível fóssil na caldeira, estamos a
reduzir a poluição.
8. Introduz um processo mais verde.
Fica a ganhar no mínimo = 0,062 €/kg de malha produzida.
Se for uma tinturaria de 10 000 kg/dia
A trabalhar 25 dia mês, 11 meses – 170 500€ ao fim do ano – acha pouco?
Por favor ler o que está no livro Anexado (tabela de vapor)
Ver qual o consumo de gás da vossa caldeira por cada kg de vapor
produzido.