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Kelvin Florindo
Dario Baute
Jerónima Jorge
Vionildo Saguate
Ada Chico
Tomás Feniasse
Agostinho Fernando
Conservação da biodiversidade ((avaliação do estado para conservação, procedimentos
qualitativos para avaliação da ameaça e regras para avaliação qualitativos da ameaça)
Licenciatura em ensino de Biologia com Habilitações em Química
Universidade Púngue
Extensão de Tete
2022
Kelvin Florindo
Dario Baute
Jerónima Jorge
Vionildo Saguate
Ada Chico
Tomás Feniasse
Agostinho Fernando
Conservação da biodiversidade (avaliação do estado para conservação, procedimentos
qualitativos para avaliação da ameaça e regras para avaliação qualitativos da ameaça)
Universidade Púnguè
Extensão de Tete
2022
Trabalho a ser entregue no Departamento de
Ciências Agrárias e Biológicas, como critério de
avaliação na disciplina de Biologia de Conservacao
para o curso de Licenciatura em Ensino de Biologia
com Habilitações em Ensino de Química, como
requisito da avaliação parcial.
Docente: Msc. Juliana Paulo
Índice
1.1. Objectivos ...........................................................................................................................3
1.1.1. Objectivo Geral................................................................................................................3
1.1.2. Objectivos específicos .....................................................................................................3
2.Conservação da biodiversidade...............................................................................................4
2.1.Avaliação do estado para a conservação da biodiversidade ................................................4
2.2.Os processos de Avaliação do Estado de Conservação da biodiversidade.........................4
2.3.Os procedimentos de avaliação da Biodiversidade.............................................................5
2.4. As regras para avaliação qualitativa das ameaças...............................................................6
2.5.O Método de Categorias e Critérios da UICN.....................................................................7
2.5.1.Categorias de risco de extinção.........................................................................................7
2.5.2.Critérios...........................................................................................................................10
3.Conclusão..............................................................................................................................11
4.Bibliografia ...........................................................................................................................12
3
1.Introdução
O processo natural de extinção de espécies sempre ocorreu, no entanto, não levava ao seu total
extermínio, pois a variabilidade genética permitia que novas espécies surgissem. Atualmente,
observamos um processo de extinção acelerado decorrente das ações antrópicas,
principalmente relacionadas ao aquecimento global e destruição da camada de ozônio, o que
limita o processo evolutivo e causa a extinção de muitos animais.
Consideram-se ameaças aos animais tudo o que pode ocasionar diretamente a sua retirada da
natureza ou a destruição de seu habitat. No mundo, as principais ameaças estão relacionadas às
atividades agropecuárias, expansão urbana, geração e transmissão de energia. A construção de
hidrelétricas tem afetado não apenas as espécies terrestres, com a destruição das matas, mas a
alteração dos corpos d'água atinge também profundamente as espécies aquáticas, que ainda são
afetadas pela pesca predatória e poluição. Para determinar em qual categoria de risco de
extinção a espécie encontra-se, existem alguns critérios que devem ser avaliados com muita
cautela, por exemplo, se a população apresenta ou apresentará uma redução em um
determinado período de tempo em seu número de indivíduos capazes de reproduzirem-se, a
distribuição geográfica da população, entre outros. O nível taxonômico avaliado dos indivíduos
geralmente é o de espécie, que pode também chegar à subespécie.
Quanto a estrutura o trabalho do princípio contem introdução onde consta os objectivos gerais
e específicos, de seguida o desenvolvimento contendo todas informações da abordagem de
conteúdo a ser tratado e por fim conclusão e bibliografia.
1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
 Explicar de forma detalhada sobre Avaliação do estado para a conservação da
biodiversidade.
1.1.2. Objectivos específicos
 Descrever os procedimentos de avaliação da Biodiversidade; e
 Apresentar as regras , criterios e categorias para avaliação qualitativa das ameaças.
4
2.Conservação da biodiversidade
2.1.Avaliação do estado para a conservação da biodiversidade
A biodiversidade é um bem comum essencial para a sobrevivência da humanidade na Terra.
Seu valor intrínseco e extrínseco tem sido amplamente reconhecido por governos e sociedade
civil em diversos acordos internacionais. A perda de biodiversidade é uma das piores crises
mundiais da atualidade com espécies e habitats diminuindo a uma taxa alarmante como
mostrou a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas de Extinção de 2008 (Vié et al. 2009). Por
isso a Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB) definiu para 2020 metas claras de
redução das taxas de extinção a nível mundial.
As listas de espécies ameaçadas de extinção ou Listas Vermelhas (“Red List”), tornaram-se
mundialmente conhecidas através da União Internacional para a Conservação da Natureza
(UICN). Inicialmente elaboradas para mamíferos e aves, essas listas foram criadas para chamar
a atenção para a necessidade de agir rápida e efetivamente em prol da conservação das espécies
com maior risco de extinção em futuro próximo (Fitter & Fitter 1987).
Avaliação do estado para a conservação da biodiversidade nada mais é do que estimar a
probabilidade ou risco relativo de extinção de uma espécie ou subespécie. Além de apontar as
espécies com maior urgência de ações de conservação, as avaliações podem gerar índices do
estado de degeneração ou recuperação da biodiversidade por grupo taxonômico ou por região
geográfica. Por isso, quando o objetivo é reduzir a taxa de extinção de espécies, a avaliação do
estado de conservação é considerado o passo inicial e também o mais importante para planejar
e priorizar recursos e ações (Mace & Lande 2001, Mace et al. 2008 apud Dias, pag.45).
2.2.Os processos de Avaliação do Estado de Conservação da biodiversidade
Compreender o estado de conservação da biodiversidade é o ponto de partida para o
planejamento das medidas que devem ser tomadas para reduzir o risco de extinção das espécies.
Sendo assim, o Processo de Avaliação do Estado de Conservação da Fauna caracteriza-se pelo
diagnóstico que identifica quais espécies estão em risco de extinção, e localiza as principais
ameaças e áreas importantes para a manutenção da espécie.
5
o processo de avaliação do estado de conservação da biodiversidade analisa os aspectos
relacionados ao risco de extinção biológica de cada espécie em relação às suas principais
ameaças, os aspectos socioeconômicos são analisados na Comissão Nacional de
Biodiversidade (CONABIO), um colegiado paritário entre representantes de governo e da
sociedade civil organizada. Diante de todas as informações disponibilizadas, cabe ao Ministro
de Estado de Meio Ambiente publicar a(s) Lista(s) Nacional(is) da Fauna Ameaça de Extinção.
2.3.Os procedimentos de avaliação da Biodiversidade
Os procedimentos de avaliação da da Biodiversidade é executado em etapas, desde a
compilação e organização de informações em fichas individuais para cada espécie, passando
pela consulta ampla (pública) e direta aos especialistas da comunidade científica para revisão
das informações; passando pela oficina de avaliação do risco de extinção das espécies com o
método UICN e pela validação dos resultados da avaliação onde é feita a checagem da
aplicação do método; até a publicação e divulgação dos resultados (Figura 1).
Fonte: Carvalho, 2018
De uma forma geral as avaliações de cada espécie passam por 3 procedimentos básicas:
Preparação, Avaliação e Validação. A Preparação compreende todas as etapas de compilação
de informações para cada espécie e incluem revisões bibliográficas, consultas diretas a
especialistas e consultas às Sociedades Científicas Organizadas.
O conjunto das melhores informações disponíveis e os mapas de distribuição de cada espécie
são levados para subsidiar as categorizações, definidas em plenária pelos especialistas de várias
áreas do conhecimento.
6
Essas Avaliações são submetidas à Validação como artigos científicos em um sistema de
revisão por pares (“peer-review”), duplo cego, através da publicação na revista Biodiversidade,
estruturada pela Coordenação Geral de Pesquisa/DIBIO/ICMBio.
Cada artigo é revisado por pelo menos dois pesquisadores com larga experiência na aplicação
de categorias e critérios, e preferencialmente com envolvimento ativo em grupos de
especialistas da UICN, mas em geral com sua experiência em grupos taxonômicos diferentes
dos que estão sendo validados. Esse processo de Validação visa garantir clareza das
informações apresentadas, consistência e coerência da aplicação dos critérios e também a
padronização e rigor da aplicação da metodologia utilizada entre os grupos taxonômicos a
médio e longo prazos.
2.4. As regras para avaliação qualitativa das ameaças
As diretrizes deste processo (IN ICMBio nº 34, de 2013) são:
 Avaliação de grupos taxonômicos como um processo regular e contínuo, com ciclos de
reavaliação a cada 5 anos;
 Uso do método de categorias e critérios da União Internacional para a Conservação da
Natureza – UICN para avaliação do risco de extinção das espécies. O método UICN foi
adotado por ser reconhecidamente a abordagem mais abrangente, objetiva e
cientificamente rigorosa para avaliar o risco de extinção de qualquer organismo, com
exceção dos microrganismos, e por ser atualmente um modelo utilizado em todo o
mundo, inclusive por governos de diversos países, para elaboração de listas nacionais
de espécies ameaçadas (Grammont & Cuarón 2006; Mace et al. 2008);
 Para os invertebrados, seleção de grupos taxonômicos, preferencialmente aqueles
considerados indicadores de qualidade ambiental, importantes para serviços ambientais
ou que são utilizados comercialmente;
 Formação de uma rede permanente de especialistas por meio de parcerias com a UICN,
instituições de pesquisa, sociedades científicas e organizações não-governamentais de
reconhecida atuação em conservação da biodiversidade, para garantir que as avaliações
e recomendações de conservação sejam baseadas nos melhores dados e informações
disponíveis, ou seja, oriundos dos estudos científicos mais recentes e da vivência e
experiência de campo dos especialistas da comunidade científica. O diagnóstico da
situação de cada espécie é construído em colaboração com os pesquisadores vinculados
a essas instituições, que participam ativamente do processo;
7
 Qualificação e capacitação contínuas, no método de categorias e critérios da UICN, da
equipe de técnicos do ICMBio envolvida na condução do processo de avaliação;
 Documentação de todas as etapas do processo.
2.5.O Método de Categorias e Critérios da UICN
O método utilizado para avaliação das espécies foi desenvolvido pela União Internacional
para Conservação da Natureza – UICN, é amplamente utilizado emavaliações do estado de
conservação de espécies em nível global e já adotado por diversos países. O método utiliza
categorias e critérios para definir o risco de extinção das espécies, é produto de amplas
discussões entre a UICN e a comunidade científica ligada à Comissão de Sobrevivência de
Espécies, e é constantemente revisado. A primeira versão das categorias e critérios foi
desenvolvida em 1994, e atualmente utiliza-se a versão 3.1, de 2001 (IUCN 2012a). Para
aplicação do método são utilizados atualmente o guia para uso das categorias e critérios UICN
versão 13 (IUCN 2017) e o guia para aplicação em nível regional versão 4.0 (IUCN 2012b).
2.5.1.Categorias de risco de extinção
 Para a identificação da categoria de risco de extinção de uma espécie são analisadas e
combinadas as seguintes informações:
 Tamanho da população e informações sobre fragmentação, flutuações ou declínio
passado e/ou projetado;
 Extensão da distribuição geográfica, da área de ocupação e informações sobre
fragmentação, declínio ou flutuações;
 Ameaças que afectam a espécie; e
 Medidas de conservação já existentes.
Uma espécie pode ser enquadrada em onze categorias distintas de acordo com o grau do risco
de extinção em que se encontra (Figura 2). Por convenção, sempre que houver referência a
determinada categoria utiliza-se o nome em português e a sigla original em inglês, entre
parênteses.
8
Fonte: Carvalho, 2018
Extinta (EX): Uma espécie é considerada Extinta quando não restam quaisquer dúvidas de
que o último indivíduo tenha morrido. Uma espécie está presumivelmente Extinta quando
exaustivos levantamentos no habitat conhecido e/ou potencial, em períodos apropriados (do
dia, estação e ano), realizados em toda a sua área de distribuição histórica, falharam em registrar
a espécie. As prospecções devem ser feitas durante um período de tempo adequado ao ciclo de
vida e forma biológica da espécie em questão.
Extinta na Natureza (EW): Uma espécie está extinta na natureza quando sua sobrevivência é
conhecida apenas em cultivo, cativeiro ou como uma população (ou populações) naturalizada
fora da sua área de distribuição natural. Uma espécie está presumivelmente Extinta na Natureza
quando exaustivos levantamentos no habitat conhecido e/ou potencial, em períodos
apropriados (do dia, estação e ano), realizados em toda a sua área de distribuição histórica,
falharam em registrar a espécie. As prospecções devem ser feitas durante um período de tempo
adequado ao ciclo de vida e forma biológica da espécie em questão.
9
Regionalmente Extinta (RE): Categoria para uma espécie quando não há dúvida razoável de
que o último indivíduo potencialmente capaz de se reproduzir na região tenha morrido ou
desaparecido da natureza, ou no caso de ser uma espécie visitante, o último indivíduo tenha
morrido ou desaparecido da natureza, na região. A fixação de limite de tempo para a inclusão
como RE não deve ser anterior a 1.500 D.C.
Criticamente em Perigo (CR): Uma espécie é considerada Criticamente em Perigo quando as
melhores evidências disponíveis indicam que se cumpre qualquer um dos critérios A a E
(explicados adiante) para Criticamente em Perigo, e por isso considera-se que está enfrentando
um risco extremamente alto de extinção na natureza.
Em Perigo (EN): Uma espécie é considerada Em Perigo quando as melhores evidências
disponíveis indicam que se cumpre qualquer um dos critérios A a E para Em Perigo, e por isso
considera-se que está enfrentando um risco muito alto de extinção na natureza.
Vulnerável (VU): Uma espécie está Vulnerável quando as melhores evidências disponíveis
indicam que se cumpre qualquer um dos critérios A a E para Vulnerável, e por isso considerase
que está enfrentando um risco alto de extinção na natureza.
Quase Ameaçada (NT): Uma espécie é considerada Quase Ameaçada quando, ao ser avaliada
pelos critérios, não se qualifica atualmente como Criticamente em Perigo, Em Perigo ou
Vulnerável, mas está perto da qualificação ou é provável que venha a se enquadrar em uma
categoria de ameaça num futuro próximo.
Menos Preocupante (LC): Uma espécie é considerada Menos Preocupante quando é avaliada
pelos critérios e não se qualifica como Criticamente em Perigo, Em Perigo, Vulnerável ou
Quase Ameaçada. Espécies de distribuição ampla e espécies abundantes são incluídas nesta
categoria.
Dados Insuficientes (DD): Uma espécie é considerada com Dados Insuficientes quando não
há informação adequada para fazer uma avaliação direta ou indireta do seu risco de extinção,
com base na sua distribuição e/ou estado da população. Uma espécie nesta categoria pode estar
bem estudada e a sua biologia ser bem conhecida, mas faltam dados adequados sobre a sua
distribuição e/ou abundância. Classificar uma espécie nesta categoria indica que é necessária
mais informação e que se reconhece a possibilidade de que pesquisas futuras poderão mostrar
que a classificação em uma categoria de ameaça seja apropriada. É importante que seja feito
uso de toda informação disponível.
10
Não Aplicável (NA): Categoria de uma espécie considerada inelegível para ser avaliada em
nível regional. Uma espécie pode ser NA por não ser uma população selvagem ou não estar
dentro da sua distribuição natural, ou por ser um errante na região. Também pode ser NA
porque ocorre em números muito baixos na região ou trata-se de um nível taxonômico mais
baixo do que o considerado elegível (abaixo do nível de espécie ou subespécie).
Não Avaliada (NE): Uma espécie é considerada Não Avaliada quando ainda não foi avaliada
sob os critérios UICN.
As espécies consideradas Criticamente em Perigo (CR), Em Perigo (EN) ou Vulnerável (VU),
são aquelas efetivamente consideradas ameaçadas de extinção e, consequentemente,
necessitam de ações de conservação em um futuro imediato.
2.5.2.Critérios
Há cinco critérios quantitativos e qualitativos que são utilizados para determinar se uma espécie
está ameaçada de extinção e qual categoria de risco de extinção em que se encontra (IUCN
2001). Os cinco critérios são:
 Redução da população (passada, presente e/ou projetada);
 Distribuição geográfica restrita e apresentando fragmentação, declínio ou flutuações;
 . População pequena e com fragmentação, declínio ou flutuações;
 População muito pequena ou distribuição muito restrita;e
 Análise quantitativa de risco de extinção (ex: PVA - Análise de Viabilidade
Populacional).
A maioria destes inclui subcritérios que são usados para justificar mais especificamente a
classificação de uma espécie em determinada categoria.
11
3.Conclusão
Avaliação do estado para a conservação da biodiversidade nada mais é do que estimar a
probabilidade ou risco relativo de extinção de uma espécie ou subespécie. Além de apontar as
espécies com maior urgência de acções de conservação, as avaliações podem gerar índices do
estado de degeneração ou recuperação da biodiversidade por grupo taxonômico ou por região
geográfica. Por isso, quando o objectivo é reduzir a taxa de extinção de espécies, a avaliação
do estado de conservação é considerado o passo inicial e também o mais importante para
planejar e priorizar recursos e acções.
12
4.Bibliografia
1. CARVALHO, Carlos Eduardo Guidorizzi de, et al, Avaliação do risco de extinção da
fauna brasileira: ponto de Partida para a conservação da biodiversidade, 2018.
2. DIAS, Braúlio Ferreira de Souza, et al, Avaliação do Estado de Conservação da Fauna
Brasileira e a Lista de Espécies Ameaçadas: o que significa, qual sua importância, como
fazer?, pags. 45-46.
3. ESTEVÃO, Carino Fernandes de Souza1,4, Arthur Brant1, Carlos Augusto Rangel1,
Luis
4. FITTER, R. and Fitter, M. (eds). The Road to Extinction. IUCN, Gland, Switzerland,
1987.
5. IUCN Standards and Petitions Subcommittee. 2010. Guidelines for Using the IUCN
Red List Categories and Criteria. Version 8.1. Prepared by the Standards and Petitions
Subcommittee in March 2010.
6. IUCN. IUCN Red List Categories and Criteria: Version 3.1. IUCN Species Survival
Commission. IUCN, Gland, Switzerland and Cambridge, U.K. ii + 30p, 2001.
7. MACE, G.M. & Lande, R.. Assessing extinction threats: toward a reevaluation of IUCN
threatened species categories, Conservation Biology 5:148–157, 1991

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  • 2. Kelvin Florindo Dario Baute Jerónima Jorge Vionildo Saguate Ada Chico Tomás Feniasse Agostinho Fernando Conservação da biodiversidade (avaliação do estado para conservação, procedimentos qualitativos para avaliação da ameaça e regras para avaliação qualitativos da ameaça) Universidade Púnguè Extensão de Tete 2022 Trabalho a ser entregue no Departamento de Ciências Agrárias e Biológicas, como critério de avaliação na disciplina de Biologia de Conservacao para o curso de Licenciatura em Ensino de Biologia com Habilitações em Ensino de Química, como requisito da avaliação parcial. Docente: Msc. Juliana Paulo
  • 3. Índice 1.1. Objectivos ...........................................................................................................................3 1.1.1. Objectivo Geral................................................................................................................3 1.1.2. Objectivos específicos .....................................................................................................3 2.Conservação da biodiversidade...............................................................................................4 2.1.Avaliação do estado para a conservação da biodiversidade ................................................4 2.2.Os processos de Avaliação do Estado de Conservação da biodiversidade.........................4 2.3.Os procedimentos de avaliação da Biodiversidade.............................................................5 2.4. As regras para avaliação qualitativa das ameaças...............................................................6 2.5.O Método de Categorias e Critérios da UICN.....................................................................7 2.5.1.Categorias de risco de extinção.........................................................................................7 2.5.2.Critérios...........................................................................................................................10 3.Conclusão..............................................................................................................................11 4.Bibliografia ...........................................................................................................................12
  • 4. 3 1.Introdução O processo natural de extinção de espécies sempre ocorreu, no entanto, não levava ao seu total extermínio, pois a variabilidade genética permitia que novas espécies surgissem. Atualmente, observamos um processo de extinção acelerado decorrente das ações antrópicas, principalmente relacionadas ao aquecimento global e destruição da camada de ozônio, o que limita o processo evolutivo e causa a extinção de muitos animais. Consideram-se ameaças aos animais tudo o que pode ocasionar diretamente a sua retirada da natureza ou a destruição de seu habitat. No mundo, as principais ameaças estão relacionadas às atividades agropecuárias, expansão urbana, geração e transmissão de energia. A construção de hidrelétricas tem afetado não apenas as espécies terrestres, com a destruição das matas, mas a alteração dos corpos d'água atinge também profundamente as espécies aquáticas, que ainda são afetadas pela pesca predatória e poluição. Para determinar em qual categoria de risco de extinção a espécie encontra-se, existem alguns critérios que devem ser avaliados com muita cautela, por exemplo, se a população apresenta ou apresentará uma redução em um determinado período de tempo em seu número de indivíduos capazes de reproduzirem-se, a distribuição geográfica da população, entre outros. O nível taxonômico avaliado dos indivíduos geralmente é o de espécie, que pode também chegar à subespécie. Quanto a estrutura o trabalho do princípio contem introdução onde consta os objectivos gerais e específicos, de seguida o desenvolvimento contendo todas informações da abordagem de conteúdo a ser tratado e por fim conclusão e bibliografia. 1.1. Objectivos 1.1.1. Objectivo Geral  Explicar de forma detalhada sobre Avaliação do estado para a conservação da biodiversidade. 1.1.2. Objectivos específicos  Descrever os procedimentos de avaliação da Biodiversidade; e  Apresentar as regras , criterios e categorias para avaliação qualitativa das ameaças.
  • 5. 4 2.Conservação da biodiversidade 2.1.Avaliação do estado para a conservação da biodiversidade A biodiversidade é um bem comum essencial para a sobrevivência da humanidade na Terra. Seu valor intrínseco e extrínseco tem sido amplamente reconhecido por governos e sociedade civil em diversos acordos internacionais. A perda de biodiversidade é uma das piores crises mundiais da atualidade com espécies e habitats diminuindo a uma taxa alarmante como mostrou a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas de Extinção de 2008 (Vié et al. 2009). Por isso a Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB) definiu para 2020 metas claras de redução das taxas de extinção a nível mundial. As listas de espécies ameaçadas de extinção ou Listas Vermelhas (“Red List”), tornaram-se mundialmente conhecidas através da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN). Inicialmente elaboradas para mamíferos e aves, essas listas foram criadas para chamar a atenção para a necessidade de agir rápida e efetivamente em prol da conservação das espécies com maior risco de extinção em futuro próximo (Fitter & Fitter 1987). Avaliação do estado para a conservação da biodiversidade nada mais é do que estimar a probabilidade ou risco relativo de extinção de uma espécie ou subespécie. Além de apontar as espécies com maior urgência de ações de conservação, as avaliações podem gerar índices do estado de degeneração ou recuperação da biodiversidade por grupo taxonômico ou por região geográfica. Por isso, quando o objetivo é reduzir a taxa de extinção de espécies, a avaliação do estado de conservação é considerado o passo inicial e também o mais importante para planejar e priorizar recursos e ações (Mace & Lande 2001, Mace et al. 2008 apud Dias, pag.45). 2.2.Os processos de Avaliação do Estado de Conservação da biodiversidade Compreender o estado de conservação da biodiversidade é o ponto de partida para o planejamento das medidas que devem ser tomadas para reduzir o risco de extinção das espécies. Sendo assim, o Processo de Avaliação do Estado de Conservação da Fauna caracteriza-se pelo diagnóstico que identifica quais espécies estão em risco de extinção, e localiza as principais ameaças e áreas importantes para a manutenção da espécie.
  • 6. 5 o processo de avaliação do estado de conservação da biodiversidade analisa os aspectos relacionados ao risco de extinção biológica de cada espécie em relação às suas principais ameaças, os aspectos socioeconômicos são analisados na Comissão Nacional de Biodiversidade (CONABIO), um colegiado paritário entre representantes de governo e da sociedade civil organizada. Diante de todas as informações disponibilizadas, cabe ao Ministro de Estado de Meio Ambiente publicar a(s) Lista(s) Nacional(is) da Fauna Ameaça de Extinção. 2.3.Os procedimentos de avaliação da Biodiversidade Os procedimentos de avaliação da da Biodiversidade é executado em etapas, desde a compilação e organização de informações em fichas individuais para cada espécie, passando pela consulta ampla (pública) e direta aos especialistas da comunidade científica para revisão das informações; passando pela oficina de avaliação do risco de extinção das espécies com o método UICN e pela validação dos resultados da avaliação onde é feita a checagem da aplicação do método; até a publicação e divulgação dos resultados (Figura 1). Fonte: Carvalho, 2018 De uma forma geral as avaliações de cada espécie passam por 3 procedimentos básicas: Preparação, Avaliação e Validação. A Preparação compreende todas as etapas de compilação de informações para cada espécie e incluem revisões bibliográficas, consultas diretas a especialistas e consultas às Sociedades Científicas Organizadas. O conjunto das melhores informações disponíveis e os mapas de distribuição de cada espécie são levados para subsidiar as categorizações, definidas em plenária pelos especialistas de várias áreas do conhecimento.
  • 7. 6 Essas Avaliações são submetidas à Validação como artigos científicos em um sistema de revisão por pares (“peer-review”), duplo cego, através da publicação na revista Biodiversidade, estruturada pela Coordenação Geral de Pesquisa/DIBIO/ICMBio. Cada artigo é revisado por pelo menos dois pesquisadores com larga experiência na aplicação de categorias e critérios, e preferencialmente com envolvimento ativo em grupos de especialistas da UICN, mas em geral com sua experiência em grupos taxonômicos diferentes dos que estão sendo validados. Esse processo de Validação visa garantir clareza das informações apresentadas, consistência e coerência da aplicação dos critérios e também a padronização e rigor da aplicação da metodologia utilizada entre os grupos taxonômicos a médio e longo prazos. 2.4. As regras para avaliação qualitativa das ameaças As diretrizes deste processo (IN ICMBio nº 34, de 2013) são:  Avaliação de grupos taxonômicos como um processo regular e contínuo, com ciclos de reavaliação a cada 5 anos;  Uso do método de categorias e critérios da União Internacional para a Conservação da Natureza – UICN para avaliação do risco de extinção das espécies. O método UICN foi adotado por ser reconhecidamente a abordagem mais abrangente, objetiva e cientificamente rigorosa para avaliar o risco de extinção de qualquer organismo, com exceção dos microrganismos, e por ser atualmente um modelo utilizado em todo o mundo, inclusive por governos de diversos países, para elaboração de listas nacionais de espécies ameaçadas (Grammont & Cuarón 2006; Mace et al. 2008);  Para os invertebrados, seleção de grupos taxonômicos, preferencialmente aqueles considerados indicadores de qualidade ambiental, importantes para serviços ambientais ou que são utilizados comercialmente;  Formação de uma rede permanente de especialistas por meio de parcerias com a UICN, instituições de pesquisa, sociedades científicas e organizações não-governamentais de reconhecida atuação em conservação da biodiversidade, para garantir que as avaliações e recomendações de conservação sejam baseadas nos melhores dados e informações disponíveis, ou seja, oriundos dos estudos científicos mais recentes e da vivência e experiência de campo dos especialistas da comunidade científica. O diagnóstico da situação de cada espécie é construído em colaboração com os pesquisadores vinculados a essas instituições, que participam ativamente do processo;
  • 8. 7  Qualificação e capacitação contínuas, no método de categorias e critérios da UICN, da equipe de técnicos do ICMBio envolvida na condução do processo de avaliação;  Documentação de todas as etapas do processo. 2.5.O Método de Categorias e Critérios da UICN O método utilizado para avaliação das espécies foi desenvolvido pela União Internacional para Conservação da Natureza – UICN, é amplamente utilizado emavaliações do estado de conservação de espécies em nível global e já adotado por diversos países. O método utiliza categorias e critérios para definir o risco de extinção das espécies, é produto de amplas discussões entre a UICN e a comunidade científica ligada à Comissão de Sobrevivência de Espécies, e é constantemente revisado. A primeira versão das categorias e critérios foi desenvolvida em 1994, e atualmente utiliza-se a versão 3.1, de 2001 (IUCN 2012a). Para aplicação do método são utilizados atualmente o guia para uso das categorias e critérios UICN versão 13 (IUCN 2017) e o guia para aplicação em nível regional versão 4.0 (IUCN 2012b). 2.5.1.Categorias de risco de extinção  Para a identificação da categoria de risco de extinção de uma espécie são analisadas e combinadas as seguintes informações:  Tamanho da população e informações sobre fragmentação, flutuações ou declínio passado e/ou projetado;  Extensão da distribuição geográfica, da área de ocupação e informações sobre fragmentação, declínio ou flutuações;  Ameaças que afectam a espécie; e  Medidas de conservação já existentes. Uma espécie pode ser enquadrada em onze categorias distintas de acordo com o grau do risco de extinção em que se encontra (Figura 2). Por convenção, sempre que houver referência a determinada categoria utiliza-se o nome em português e a sigla original em inglês, entre parênteses.
  • 9. 8 Fonte: Carvalho, 2018 Extinta (EX): Uma espécie é considerada Extinta quando não restam quaisquer dúvidas de que o último indivíduo tenha morrido. Uma espécie está presumivelmente Extinta quando exaustivos levantamentos no habitat conhecido e/ou potencial, em períodos apropriados (do dia, estação e ano), realizados em toda a sua área de distribuição histórica, falharam em registrar a espécie. As prospecções devem ser feitas durante um período de tempo adequado ao ciclo de vida e forma biológica da espécie em questão. Extinta na Natureza (EW): Uma espécie está extinta na natureza quando sua sobrevivência é conhecida apenas em cultivo, cativeiro ou como uma população (ou populações) naturalizada fora da sua área de distribuição natural. Uma espécie está presumivelmente Extinta na Natureza quando exaustivos levantamentos no habitat conhecido e/ou potencial, em períodos apropriados (do dia, estação e ano), realizados em toda a sua área de distribuição histórica, falharam em registrar a espécie. As prospecções devem ser feitas durante um período de tempo adequado ao ciclo de vida e forma biológica da espécie em questão.
  • 10. 9 Regionalmente Extinta (RE): Categoria para uma espécie quando não há dúvida razoável de que o último indivíduo potencialmente capaz de se reproduzir na região tenha morrido ou desaparecido da natureza, ou no caso de ser uma espécie visitante, o último indivíduo tenha morrido ou desaparecido da natureza, na região. A fixação de limite de tempo para a inclusão como RE não deve ser anterior a 1.500 D.C. Criticamente em Perigo (CR): Uma espécie é considerada Criticamente em Perigo quando as melhores evidências disponíveis indicam que se cumpre qualquer um dos critérios A a E (explicados adiante) para Criticamente em Perigo, e por isso considera-se que está enfrentando um risco extremamente alto de extinção na natureza. Em Perigo (EN): Uma espécie é considerada Em Perigo quando as melhores evidências disponíveis indicam que se cumpre qualquer um dos critérios A a E para Em Perigo, e por isso considera-se que está enfrentando um risco muito alto de extinção na natureza. Vulnerável (VU): Uma espécie está Vulnerável quando as melhores evidências disponíveis indicam que se cumpre qualquer um dos critérios A a E para Vulnerável, e por isso considerase que está enfrentando um risco alto de extinção na natureza. Quase Ameaçada (NT): Uma espécie é considerada Quase Ameaçada quando, ao ser avaliada pelos critérios, não se qualifica atualmente como Criticamente em Perigo, Em Perigo ou Vulnerável, mas está perto da qualificação ou é provável que venha a se enquadrar em uma categoria de ameaça num futuro próximo. Menos Preocupante (LC): Uma espécie é considerada Menos Preocupante quando é avaliada pelos critérios e não se qualifica como Criticamente em Perigo, Em Perigo, Vulnerável ou Quase Ameaçada. Espécies de distribuição ampla e espécies abundantes são incluídas nesta categoria. Dados Insuficientes (DD): Uma espécie é considerada com Dados Insuficientes quando não há informação adequada para fazer uma avaliação direta ou indireta do seu risco de extinção, com base na sua distribuição e/ou estado da população. Uma espécie nesta categoria pode estar bem estudada e a sua biologia ser bem conhecida, mas faltam dados adequados sobre a sua distribuição e/ou abundância. Classificar uma espécie nesta categoria indica que é necessária mais informação e que se reconhece a possibilidade de que pesquisas futuras poderão mostrar que a classificação em uma categoria de ameaça seja apropriada. É importante que seja feito uso de toda informação disponível.
  • 11. 10 Não Aplicável (NA): Categoria de uma espécie considerada inelegível para ser avaliada em nível regional. Uma espécie pode ser NA por não ser uma população selvagem ou não estar dentro da sua distribuição natural, ou por ser um errante na região. Também pode ser NA porque ocorre em números muito baixos na região ou trata-se de um nível taxonômico mais baixo do que o considerado elegível (abaixo do nível de espécie ou subespécie). Não Avaliada (NE): Uma espécie é considerada Não Avaliada quando ainda não foi avaliada sob os critérios UICN. As espécies consideradas Criticamente em Perigo (CR), Em Perigo (EN) ou Vulnerável (VU), são aquelas efetivamente consideradas ameaçadas de extinção e, consequentemente, necessitam de ações de conservação em um futuro imediato. 2.5.2.Critérios Há cinco critérios quantitativos e qualitativos que são utilizados para determinar se uma espécie está ameaçada de extinção e qual categoria de risco de extinção em que se encontra (IUCN 2001). Os cinco critérios são:  Redução da população (passada, presente e/ou projetada);  Distribuição geográfica restrita e apresentando fragmentação, declínio ou flutuações;  . População pequena e com fragmentação, declínio ou flutuações;  População muito pequena ou distribuição muito restrita;e  Análise quantitativa de risco de extinção (ex: PVA - Análise de Viabilidade Populacional). A maioria destes inclui subcritérios que são usados para justificar mais especificamente a classificação de uma espécie em determinada categoria.
  • 12. 11 3.Conclusão Avaliação do estado para a conservação da biodiversidade nada mais é do que estimar a probabilidade ou risco relativo de extinção de uma espécie ou subespécie. Além de apontar as espécies com maior urgência de acções de conservação, as avaliações podem gerar índices do estado de degeneração ou recuperação da biodiversidade por grupo taxonômico ou por região geográfica. Por isso, quando o objectivo é reduzir a taxa de extinção de espécies, a avaliação do estado de conservação é considerado o passo inicial e também o mais importante para planejar e priorizar recursos e acções.
  • 13. 12 4.Bibliografia 1. CARVALHO, Carlos Eduardo Guidorizzi de, et al, Avaliação do risco de extinção da fauna brasileira: ponto de Partida para a conservação da biodiversidade, 2018. 2. DIAS, Braúlio Ferreira de Souza, et al, Avaliação do Estado de Conservação da Fauna Brasileira e a Lista de Espécies Ameaçadas: o que significa, qual sua importância, como fazer?, pags. 45-46. 3. ESTEVÃO, Carino Fernandes de Souza1,4, Arthur Brant1, Carlos Augusto Rangel1, Luis 4. FITTER, R. and Fitter, M. (eds). The Road to Extinction. IUCN, Gland, Switzerland, 1987. 5. IUCN Standards and Petitions Subcommittee. 2010. Guidelines for Using the IUCN Red List Categories and Criteria. Version 8.1. Prepared by the Standards and Petitions Subcommittee in March 2010. 6. IUCN. IUCN Red List Categories and Criteria: Version 3.1. IUCN Species Survival Commission. IUCN, Gland, Switzerland and Cambridge, U.K. ii + 30p, 2001. 7. MACE, G.M. & Lande, R.. Assessing extinction threats: toward a reevaluation of IUCN threatened species categories, Conservation Biology 5:148–157, 1991