Este documento propõe quatro medidas para fortalecer as bases do Partido Pessoas-Animais-Natureza em Portugal: 1) maior presença da liderança nas ações locais e regionais para motivar militantes; 2) descentralizar grandes eventos para fora das grandes cidades; 3) abrir uma sede do partido no Porto; 4) definir estratégias concretas para o presente enquanto objetivos de longo prazo são alcançados.
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Construir o PAN pelas bases
1. MOÇÃO SECTORIAL
CONSTRUIR PELAS BASES, FAZER MILITÂNCIA.
Subscritores:
Andrea Carla Gonçalves Domingos, 243
Dina Carla da Costa Maia do Amaral, filiada 308
Ernesto Carlos Iglésias Morais, filiado 460
Joana Catarina da Silva Pinto, filiada 320
José Diogo Martins Oliveira, filiado 309
Rui Carlos Medeiros Alvarenga, 313
2. Neste curto documento não cabe aprofundar as fragilidades da estratégia
adotada para a consolidação territorial do Partido, mas parece-nos adequada a chamada
de atenção para a evidente falta de motivação e interesse pela participação política que
atinge a família PAN, bem como a necessidade de gerar uma nova massa crítica capaz de
fazer crescer o Partido. Apesar do aumento do número de inscritos, o PAN não tem
produzido melhor dinamismo.
O ato político não é um ato de fé. Mais do que teorizar sobre uma utopia, por
muito legitima que seja, o ato político pressupõe a construção efetiva de um caminho,
com degraus, alguns recuos e vários níveis de conquista.
Para a edificação deste percurso, necessitamos de estratégias exequíveis,
orientações assertivas, capacidade, por parte dos órgãos nacionais, de mobilizar e
motivar os agentes políticos.
Esta moção pretende propor quatro medidas que conferirão, a curto prazo, maior
apoio aos militantes e requalificará o posicionamento dos órgãos nacionais em relação às
bases do Partido.
a. Liderança mais presente
A liderança do Partido tem que ter a capacidade de motivar e influenciar, de forma
positiva, para que os militantes possam, voluntaria e entusiasticamente, trabalhar em
torno dos objetivos comummente aceites. O PAN necessita de uma maior presença dos
representantes do Partido nas ações das assembleias locais e regionais. Um maior
acompanhamento será fundamental para reabilitar a motivação e consolidar os níveis de
participação. O Partido é novo e tem que ser construído de forma consistente. Não basta
criar órgãos locais e deixá-los à sua sorte. Nesta fase, o papel do Presidente do Partido é
fundamental para mobilizar mais apoios, incentivar os menos motivados ou esclarecer os
mais céticos. Os dirigentes nacionais têm que se comprometer em estar, sempre que
possam, nas realizações promovidas pelos órgãos locais. Mais do que a
internacionalização do PAN, urge consolidar a sua implementação no território nacional.
3. b. Descentralizar a ação do Partido
A construção de um Partido deve ser produzida através das bases. Na prática, o PAN
não tem conseguido escapar à velha lógica da centralização. É importante que as grandes
ações do Partido possam ser realizadas em outros locais do Território Nacional. É difícil
compreender que um Partido, em fase de crescimento, promova os seus primeiros três
congressos na mesma cidade. É igualmente estranho que os locais onde se realizam as
reuniões magnas tenham tão pouco que ver com os valores que o PAN pretende
transmitir. Sugerimos que os próximos Congressos se realizem fora das grandes cidades,
em locais que necessitem de ser mostrados e valorizados, evitando os auditórios
convencionais pertencentes a grandes grupos empresariais, em espaços naturais e que
aceitem animais de companhia.
c. Abertura de sede do Partido no Porto
Para efetivar uma estratégia de descentralização ambiciosa, com vista a um
crescimento sustentado, é essencial a abertura de uma sede na segunda cidade do País.
Este novo espaço permitirá criar uma maior dinâmica no Porto, mas servirá também de
ligação às regiões Norte e Centro do País. As reuniões dos órgãos nacionais deverão ser
realizadas, de forma intercalada, entre estas duas sedes, permitindo aos dirigentes
nacionais interagirem regularmente com os dirigentes, filiados, simpatizantes e
população em geral, motivando-os, passando informação e atualizando diretamente a
agenda política e as orientações para a ação de comunicação que o Partido pretende
desenvolver.
d. Estratégias para o presente
Os vários programas políticos que o Partido têm produzido são, na generalidade,
consensuais. São fins em si mesmos. Todavia, o PAN tarda em definir o caminho para
atingir metas intermédias, realizáveis dentro do contexto jurídico atual. Um exemplo
concreto: Urge mudar a lei de proteção animal. Mas enquanto não se muda a lei, objetivo
que, infelizmente, pode demorar anos, o PAN deverá identificar, no imediato, todos os
4. aspetos do problema e criar estratégias de ação, com base nas boas práticas, de forma a
espelha-las em todo o território nacional.
Os grupos de trabalho, entretanto formados, que são constituídos por membros
de excecional competência e dedicação, atuam sem ter como base uma diretriz do
Partido. Torna-se fundamental a construção de um plano de ação concreto para todas as
áreas de atuação política, visando o presente, indo ao encontro das expetativas do
eleitorado.