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HINO NACIONAL BRASILEIRO
                                            HISTÓRIA
A música do hino é de Francisco Manuel da Silva e foi inicialmente composta para banda. Em1831, tornou-se
popular com versos que comemoravam a abdicação de Dom Pedro I. Posteriormente, à época da coroação
de Dom Pedro II, sua letra foi trocada e a composição, devido a sua popularidade, passou a ser considerada
como o hino nacional brasileiro, embora não tenha sido oficializada como tal. Após a proclamação da
República os governantes abriram um concurso para a oficialização de um novo hino, ganho por Leopoldo
Miguez. Entretanto, com as manifestações populares contrárias à adoção do novo hino, o presidente da
República,Deodoro da Fonseca, oficializou como Hino Nacional Brasileiro a composição de Francisco
Manuel da Silva, estabelecendo que a composição de Leopoldo Miguez seria o Hino da Proclamação da
República. Durante o centenário da Proclamação da Independência, em 1922, finalmente a letra escrita pelo
poeta e jornalista Joaquim Osório Duque Estrada tornou-se oficial. A orquestração do hino é de Antônio Assis
Republicano e sua instrumentação para banda é do tenente Antônio Pinto Júnior. A adaptação vocal foi feita
por Alberto Nepomuceno e é proibida a execução de quaisquer outros arranjos vocais ou artístico-
instrumentais do hino.

                                         COMPOSIÇÃO
A música do Hino Nacional do Brasil foi composta em 1822, por Francisco Manuel da Silva, chamada
inicialmente de "Marcha Triunfal" para comemorar a Independência do país. Essa música tornou-se bastante
popular durante os anos seguintes, e recebeu duas letras. A primeira letra, produzida quando Dom Pedro
Iabdicou do trono, foi de autoria de Ovídio Saraiva de Carvalho e Silva, sendo cantada pela primeira vez,
juntamente com a execução do hino, no cais do Largo do Paço (ex-Cais Pharoux, atual Praça 15 de
Novembro, no Rio de Janeiro), a 13 de abril de 1831, em desacato ao ex-imperador que embarcava para
Portugal. A letra dizia o seguinte:


                                         Os bronzes da tirania
                                     Já no Brasil não rouquejam;
                                    Os monstros que o escravizavam
                                       Já entre nós não vicejam.

                                                (estribilho)
                                             Da Pátria o grito
                                             Eis que se desata
                                            Desde o Amazonas
                                                Até o Prata

                                       Ferrões e grilhões e forcas
                                      D'antemão se preparavam;
                                        Mil planos de proscrição
                                     As mãos dos monstros gizavam



O hino passou assim a se chamar "Hino ao 7 de abril" em alusão à abdicação de Dom Pedro I. Já a segunda
letra, na época da coroação de Dom Pedro II, de autoria desconhecida, dizia:

                                       Negar de Pedro as virtudes
                                         Seu talento escurecer
                                        É negar como é sublime
                                       Da bela aurora, o romper
Durante o segundo reinado, o hino nacional era executado nas solenidades oficiais em que participasse o
imperador, sem qualquer canção.
      Após a Proclamação da República em 1889, um concurso foi realizado para escolher um novo Hino
Nacional. A música vencedora, entretanto, foi hostilizada pelo público e pelo próprio Marechal Deodoro da
Fonseca. Esta composição ("Liberdade, liberdade! Abre as asas sobre nós!...") seria oficializada como Hino da
Proclamação da República do Brasil, e a música original, de Francisco Manuel da Silva, continuou como hino
oficial. Somente em 1906 foi realizado um novo concurso para a escolha da melhor letra que se adaptasse ao
hino, e o poema declarado vencedor foi o de Joaquim Osório Duque Estrada, em 1909, que foi oficializado
por Decreto do Presidente Epitácio Pessoa em 1922 e permanece até hoje.




                                            LEGISLAÇÃO

      De acordo com o Capítulo V da Lei 5.700 (01/09/1971), que trata dos símbolos nacionais, durante a
execução do Hino Nacional, todos devem tomar atitude de respeito, de pé e em silêncio. Civis do sexo
masculino com a cabeça descoberta e os militares em continência, segundo os regulamentos das respectivas
corporações. Além disso, é vedada qualquer outra forma de saudação (gestual ou vocal como, por exemplo,
aplausos, gritos de ordem ou manifestações ostensivas do gênero, sendo estas desrespeitosas ou não).
      Segundo a Seção II da mesma lei, execuções simplesmente instrumentais devem ser tocadas sem
repetição e execuções vocais devem sempre apresentar as duas partes do poema cantadas em uníssono.
Portanto, em caso de execução instrumental prevista no cerimonial, não se deve acompanhar a execução
cantando, deve-se manter, conforme descrito acima, silêncio.
      Em caso de cerimônia em que se tenha que executar um hino nacional estrangeiro, este deve, por
cortesia, preceder o Hino Nacional Brasileiro.



                                             Significado
 Eis o significado dos termos usados na letra do Hino:
  Margens plácidas - "Plácida" significa serena, calma.
  Ipiranga - É o riacho junto ao qual D. Pedro I teria proclamado a independência.
  Brado retumbante - Grito forte que provoca eco.
  Penhor - Usado de maneira metafórica (figurada). "penhor desta igualdade" é a garantia, a segurança de
     que haverá liberdade.
  Imagem do Cruzeiro resplandece - O "Cruzeiro" é a constelação do Cruzeiro do Sul que resplandece
     (brilha) no céu.
  Impávido colosso - "Colosso" é o nome de uma estátua de enormes dimensões. Estar "impávido" é estar
     tranqüilo, calmo.
  Mãe gentil - A "mãe gentil" é a pátria. Um país que ama e defende seus "filhos" (os brasileiros) como
     qualquer mãe.
  Fulguras - do verbo fulgurar (reluzir, brilhar).
  Florão - "Florão" é um ornato em forma de flor usado nas abóbadas de construções grandiosas. O Brasil
     seria o ponto mais importante e vistoso da América.
  Garrida - Enfeitada. Que chama a atenção pela beleza.
  Lábaro - Sinônimo de bandeira. "Lábaro" era um antigo estandarte usado pelos romanos.
  Clava forte - Clava é um grande porrete, usado no combate corpo-a-corpo. No verso, significa mobilizar
     um exército, entrar em guerra.
Letras
          Hino Nacional Brasileiro
                                                             Segunda Parte
              Primeira Parte




I                                           II

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas     Deitado eternamente em berço esplêndido,

De um povo heróico o brado retumbante,      Ao som do mar e à luz do céu profundo,

E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos,    Fulguras, ó Brasil, florão da América,

Brilhou no céu da Pátria nesse instante.    Iluminado ao sol do Novo Mundo!



Se o penhor dessa igualdade                 Do que a terra mais garrida

Conseguimos conquistar com braço forte,     Teus risonhos, lindos campos têm mais flores,

Em teu seio, ó Liberdade,                   "Nossos bosques têm mais vida",

Desafia o nosso peito a própria morte!      "Nossa vida" no teu seio "mais amores". (*)



Ó Pátria amada,                             Ó Pátria amada,

Idolatrada,                                 Idolatrada,

Salve! Salve!                               Salve! Salve!



Brasil, um sonho intenso, um raio vívido,   Brasil, de amor eterno seja símbolo

De amor e de esperança à terra desce,       O lábaro que ostentas estrelado,

Se em teu formoso céu, risonho e límpido,   E diga o verde-louro dessa flâmula

A imagem do Cruzeiro resplandece.           - Paz no futuro e glória no passado.


Gigante pela própria natureza,              Mas se ergues da justiça a clava forte,

És belo, és forte, impávido colosso,        Verás que um filho teu não foge à luta,

E o teu futuro espelha essa grandeza.       Nem teme, quem te adora, a própria morte.



Terra adorada                               Terra adorada

Entre outras mil                            Entre outras mil

És tu, Brasil,                              És tu, Brasil,

Ó Pátria amada!                             Ó Pátria amada!



Dos filhos deste solo                       Dos filhos deste solo

És mãe gentil,                              És mãe gentil,

Pátria amada,                               Pátria amada,

Brasil!                                     Brasil!

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História do Hino Nacional Brasileiro

  • 1. HINO NACIONAL BRASILEIRO HISTÓRIA A música do hino é de Francisco Manuel da Silva e foi inicialmente composta para banda. Em1831, tornou-se popular com versos que comemoravam a abdicação de Dom Pedro I. Posteriormente, à época da coroação de Dom Pedro II, sua letra foi trocada e a composição, devido a sua popularidade, passou a ser considerada como o hino nacional brasileiro, embora não tenha sido oficializada como tal. Após a proclamação da República os governantes abriram um concurso para a oficialização de um novo hino, ganho por Leopoldo Miguez. Entretanto, com as manifestações populares contrárias à adoção do novo hino, o presidente da República,Deodoro da Fonseca, oficializou como Hino Nacional Brasileiro a composição de Francisco Manuel da Silva, estabelecendo que a composição de Leopoldo Miguez seria o Hino da Proclamação da República. Durante o centenário da Proclamação da Independência, em 1922, finalmente a letra escrita pelo poeta e jornalista Joaquim Osório Duque Estrada tornou-se oficial. A orquestração do hino é de Antônio Assis Republicano e sua instrumentação para banda é do tenente Antônio Pinto Júnior. A adaptação vocal foi feita por Alberto Nepomuceno e é proibida a execução de quaisquer outros arranjos vocais ou artístico- instrumentais do hino. COMPOSIÇÃO A música do Hino Nacional do Brasil foi composta em 1822, por Francisco Manuel da Silva, chamada inicialmente de "Marcha Triunfal" para comemorar a Independência do país. Essa música tornou-se bastante popular durante os anos seguintes, e recebeu duas letras. A primeira letra, produzida quando Dom Pedro Iabdicou do trono, foi de autoria de Ovídio Saraiva de Carvalho e Silva, sendo cantada pela primeira vez, juntamente com a execução do hino, no cais do Largo do Paço (ex-Cais Pharoux, atual Praça 15 de Novembro, no Rio de Janeiro), a 13 de abril de 1831, em desacato ao ex-imperador que embarcava para Portugal. A letra dizia o seguinte: Os bronzes da tirania Já no Brasil não rouquejam; Os monstros que o escravizavam Já entre nós não vicejam. (estribilho) Da Pátria o grito Eis que se desata Desde o Amazonas Até o Prata Ferrões e grilhões e forcas D'antemão se preparavam; Mil planos de proscrição As mãos dos monstros gizavam O hino passou assim a se chamar "Hino ao 7 de abril" em alusão à abdicação de Dom Pedro I. Já a segunda letra, na época da coroação de Dom Pedro II, de autoria desconhecida, dizia: Negar de Pedro as virtudes Seu talento escurecer É negar como é sublime Da bela aurora, o romper
  • 2. Durante o segundo reinado, o hino nacional era executado nas solenidades oficiais em que participasse o imperador, sem qualquer canção. Após a Proclamação da República em 1889, um concurso foi realizado para escolher um novo Hino Nacional. A música vencedora, entretanto, foi hostilizada pelo público e pelo próprio Marechal Deodoro da Fonseca. Esta composição ("Liberdade, liberdade! Abre as asas sobre nós!...") seria oficializada como Hino da Proclamação da República do Brasil, e a música original, de Francisco Manuel da Silva, continuou como hino oficial. Somente em 1906 foi realizado um novo concurso para a escolha da melhor letra que se adaptasse ao hino, e o poema declarado vencedor foi o de Joaquim Osório Duque Estrada, em 1909, que foi oficializado por Decreto do Presidente Epitácio Pessoa em 1922 e permanece até hoje. LEGISLAÇÃO De acordo com o Capítulo V da Lei 5.700 (01/09/1971), que trata dos símbolos nacionais, durante a execução do Hino Nacional, todos devem tomar atitude de respeito, de pé e em silêncio. Civis do sexo masculino com a cabeça descoberta e os militares em continência, segundo os regulamentos das respectivas corporações. Além disso, é vedada qualquer outra forma de saudação (gestual ou vocal como, por exemplo, aplausos, gritos de ordem ou manifestações ostensivas do gênero, sendo estas desrespeitosas ou não). Segundo a Seção II da mesma lei, execuções simplesmente instrumentais devem ser tocadas sem repetição e execuções vocais devem sempre apresentar as duas partes do poema cantadas em uníssono. Portanto, em caso de execução instrumental prevista no cerimonial, não se deve acompanhar a execução cantando, deve-se manter, conforme descrito acima, silêncio. Em caso de cerimônia em que se tenha que executar um hino nacional estrangeiro, este deve, por cortesia, preceder o Hino Nacional Brasileiro. Significado Eis o significado dos termos usados na letra do Hino:  Margens plácidas - "Plácida" significa serena, calma.  Ipiranga - É o riacho junto ao qual D. Pedro I teria proclamado a independência.  Brado retumbante - Grito forte que provoca eco.  Penhor - Usado de maneira metafórica (figurada). "penhor desta igualdade" é a garantia, a segurança de que haverá liberdade.  Imagem do Cruzeiro resplandece - O "Cruzeiro" é a constelação do Cruzeiro do Sul que resplandece (brilha) no céu.  Impávido colosso - "Colosso" é o nome de uma estátua de enormes dimensões. Estar "impávido" é estar tranqüilo, calmo.  Mãe gentil - A "mãe gentil" é a pátria. Um país que ama e defende seus "filhos" (os brasileiros) como qualquer mãe.  Fulguras - do verbo fulgurar (reluzir, brilhar).  Florão - "Florão" é um ornato em forma de flor usado nas abóbadas de construções grandiosas. O Brasil seria o ponto mais importante e vistoso da América.  Garrida - Enfeitada. Que chama a atenção pela beleza.  Lábaro - Sinônimo de bandeira. "Lábaro" era um antigo estandarte usado pelos romanos.  Clava forte - Clava é um grande porrete, usado no combate corpo-a-corpo. No verso, significa mobilizar um exército, entrar em guerra.
  • 3. Letras Hino Nacional Brasileiro Segunda Parte Primeira Parte I II Ouviram do Ipiranga as margens plácidas Deitado eternamente em berço esplêndido, De um povo heróico o brado retumbante, Ao som do mar e à luz do céu profundo, E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos, Fulguras, ó Brasil, florão da América, Brilhou no céu da Pátria nesse instante. Iluminado ao sol do Novo Mundo! Se o penhor dessa igualdade Do que a terra mais garrida Conseguimos conquistar com braço forte, Teus risonhos, lindos campos têm mais flores, Em teu seio, ó Liberdade, "Nossos bosques têm mais vida", Desafia o nosso peito a própria morte! "Nossa vida" no teu seio "mais amores". (*) Ó Pátria amada, Ó Pátria amada, Idolatrada, Idolatrada, Salve! Salve! Salve! Salve! Brasil, um sonho intenso, um raio vívido, Brasil, de amor eterno seja símbolo De amor e de esperança à terra desce, O lábaro que ostentas estrelado, Se em teu formoso céu, risonho e límpido, E diga o verde-louro dessa flâmula A imagem do Cruzeiro resplandece. - Paz no futuro e glória no passado. Gigante pela própria natureza, Mas se ergues da justiça a clava forte, És belo, és forte, impávido colosso, Verás que um filho teu não foge à luta, E o teu futuro espelha essa grandeza. Nem teme, quem te adora, a própria morte. Terra adorada Terra adorada Entre outras mil Entre outras mil És tu, Brasil, És tu, Brasil, Ó Pátria amada! Ó Pátria amada! Dos filhos deste solo Dos filhos deste solo És mãe gentil, És mãe gentil, Pátria amada, Pátria amada, Brasil! Brasil!