Esta história ilustra a importância de ver os outros como irmãos, merecedores de respeito, e não por aparências ou títulos. O autor argumenta que respeitar as diferenças entre as pessoas é essencial para demonstrar amor, assim como Jesus ensinou. Reconhecer o valor de cada membro, apesar das diferenças, é fundamental para a unidade do corpo de Cristo.
1. O DIA ESTÁ RAIANDO
Conta-se que um velho sábio perguntou a seus
alunos: “Como podemos saber que a noite é finda e
o dia está raiando?”. Um dos alunos respondeu:
“Quando vemos uma árvore à distância e sabemos
se é uma mangueira ou um jambeiro”. “Quando
vemos um animal e sabemos que é uma raposa, não
um lobo”, respondeu outro.
2. “Não”, disse o mestre. Os
alunos, confusos, esperaram a reposta. O sábio
calmamente respondeu: “Sabemos que o dia está
raiando quando vemos outra pessoa e sabemos
que é nosso irmão ou irmã. Do contrário, não
importa que horas sejam, ainda é noite”.
3. Esta pequena estória ilustra o quanto é importante
enxergar o “outro” pelo seu valor intrínseco como
pessoa, pelo que Deus lhe conferiu, não por causa de
aparências, títulos ou conveniências sociais. É uma
pessoa, merece respeito. É meu irmão ou irmã em
Cristo, merece respeito. E respeitar as pessoas é uma
forma inconteste de demonstrar amor.
4. Creio que essa verdade perpassava a mente de Jesus
quando se dirigiu a Seus discípulos e recomendou e
“receita” que os identificaria como “seus discípulos”
perante o mundo: “Nisto conhecerão todos que sois
meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros”
(Jo 13.35).
5. Uma das mais sutis formas de desrespeito é o não
reconhecimento do labor de alguém, só pelo fato do
seu trabalho ser “diferente”. Não respeitar diferenças
é o mesmo que querer fazer um jambeiro parecer
com uma mangueira; ou o lobo parecer com uma
raposa.
6. O apóstolo Paulo foi categórico em exaltar o valor
intrínseco de cada discípulo de Cristo, exatamente em
expor as diferenças entre os mesmos, quando fez a
analogia do corpo: “Porque, assim como o corpo é um e
tem muitos membros, e todos os membros, sendo
muitos, constituem um só corpo, assim também com
respeito a Cristo” (1 Co 12.12).
7. Lembro-me da estória de um homem que, por causa da
catarata, passara muitos anos sem enxergar, a não ser
borrões. Depois de passar por uma delicada
cirurgia, passou a usar óculos “fundo-de-garrafa”. O
homem ficou maravilhado com as paisagens, a beleza
das cores, que há muito não via. Mas seu nariz
protuberante protestou veementemente: “Chega, é
muito peso! Se quiseres olhar bem, coloque esses
óculos em outro lugar, não em mim. Eu não preciso
deles!”.
8. Depois de muito protestar, finalmente foi atendido. Na
primeira caminhada daquele homem “sem óculos”, ele
deu uma forte topada e caiu de frente, e foi parar no
hospital. Quando saiu, estampava na face os curativos
de um nariz machucado.
9. Paulo fez essa mesma apologia: “O certo é que há
muitos membros, mas um só corpo. Não podem os olhos
dizer à mão: Não precisamos de ti; nem ainda a
cabeça, aos pés: Não preciso de vós. Pelo contrário, os
membros do corpo que parecem ser mais fracos são
necessários”
(1 Co 12.20-22).
10. Às vezes queremos ser exclusivistas, achando que a
graça de Deus achou o “caminho certo” em nós, e que
todos os outros estão errados. Foi o que ocorreu com
os discípulos, que disseram a Jesus: “Mestre, vimos
certo homem que, em teu nome, expelia demônios e lho
proibimos, porque não segue conosco”. Mas Jesus lhes
disse: “Não proibais; pois quem não é contra vós
outros é por vós”
(Lc 9.49-50).
11. Pedro aprendeu a lição, e disse: “Servi uns aos
outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons
despenseiros da multiforme graça de Deus” (1 Pe 4.10).
Para alguns, a graça é uniforme, não multiforme; é a
“minha” graça, o meu jeito de fazer as coisas.
A lógica perversa é esta: se nossos métodos são
diferentes, então o “outro” tem de estar errado.
Ora, “quem é que te faz sobressair? E que tens tu que não
tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te
vanglorias, como se o não tiveras recebido?”
(1 Co 4.7).
12. Paulo expressou a mesma solicitude, ao julgar diferentes
formas de pregação do evangelho, inclusive as
impróprias: “Alguns, efetivamente, proclamam a Cristo
por inveja e porfia; outros, porém, o fazem de boa
vontade... Todavia, que importa? Uma vez que Cristo, de
qualquer modo, está sendo pregado, quer por
pretexto, quer por verdade, também com isto me
regozijo, sim, sempre me regozijarei”
(Fp 1.15-18).
13. Agora, não devemos de modo algum confundir graça
com conivência, nem humildade com frouxidão
moral, tampouco “deixa como está pra ver como é
que fica” com “vai e não peques mais”. Pois “cada um
dará contas de si mesmo a Deus”.
14. O dia está raiando. Se pelo menos respeitarmos uns
aos outros, então estaremos apenas no primeiro
passo de amor para sermos conhecidos como
discípulos de Cristo.
(Autor Desconhecido)
15. Uma coisa aprendi durante a minha vida, sofrer nao e a
pior coisa que existe. Desobedecer a Deus e a
pior de todas as coisas.
Sinceramente,
Fernanda Torres/2010
fftorres65@hotmail.com
16. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se
vos amardes uns aos outros.
João 13:35