A Estrutura Indutrial e Agrária do Brasil.ppt

Ciências Humanas e suas
Tecnologias - Geografia
Ensino Médio, 3º Ano
A Estrutura Industrial e Agrária do Brasil

EVOLUÇÃO INDUSTRIAL
BRASILEIRA
GEOGRAFIA, 3º Ano do Ensino Médio

BREVE HISTÓRICO
• Período colonial: apenas manufatura do açúcar.
• 1785: alvará proibindo instalação e funcionamento da
indústria.
• 1808: Família Real. Revogação do Alvará de 1785.
• 1844: Tarifa Alves Branco (impostos + altos). Primeiro surto
industrial.
• 1888: Lei Áurea. Vinda de mais imigrantes.
• 1880 a 1930: indústrias de bens não duráveis.
• IGM: segundo surto industrial, com o declínio do comércio
mundial.
www.cni.org.br/portal/lumis/portal/file/fileDownload.jsp?fileId...

CAFÉ: CRISE E INDUSTRIALIZAÇÃO
• Atividade cafeeira (1850 a 1930): ampla infraestrutura de
capital, mão de obra, mercado consumidor, energia,
transportes.
• 1929: Queda da Bolsa de Nova Iorque.
• Anos 30 - Crise: novas possibilidades político-administrativas
e financeiras em favor da industrialização, sobretudo em
São Paulo.

INTERVENÇÃO ESTATAL:
GOVERNO DE GETÚLIO VARGAS
• 1930 a 1945/1951 a 1954: grandes
investimentos estatais na implantação de
indústrias de base: CSN, Petrobrás, CHESF,
CVRD (volumosos capitais e retorno lento).
• Até o final da IIGM: indústrias
substitutivas.
• Após a Guerra: entrada de multinacionais.
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Imagem:
Author
Desconhecido.
Colorida
por
Djalma
Gomes
Netto
/
Public
domain

GOVERNO JK (1956 a 1961)
• Plano de Metas: grandes investimentos
estatais - setores de energia e transportes.
• Entrada maciça de capital estrangeiro em
novos setores industriais: automóveis,
eletrodomésticos, máquinas e
equipamentos, químico-farmacêutico.
• Consequências: aumento da dívida
externa e inflação; concentração industrial
no Sudeste.
• Criação: SUDENE, SUDAM, SUDECO,
SUDESUL, CODEVASF, etc.
Imagem:Governo
do
Brasil
/
Public
domain

GOVERNO JANGO (1961 a 1964)
• Plano Trienal: reformas de base
(agrária, tributária, administrativa,
bancária e educacional), sem
responsabilidade pela produção
industrial. Elaborado por Celso
Furtado, para combater a inflação e
desenvolver o país, falhou, porém.
Imagem: Governo do Brasil / Public domain

DITADURA MILITAR (1964 a 1985)
• “Milagre Econômico” – 1968 a 1974: elevados índices de
crescimento econômico. PIB: 10%.
• Política industrial: internacionalização e estatização da
economia nacional.
• Expansão do consumo, facilidades de crédito.
• Aumento das exportações de produtos industrializados e da
dívida externa.
• 1973 a 1979: crises do petróleo e aumento dos juros
internacionais. Achatamento salarial; aumento da desigualdade
e exclusão social.

ÚLTIMAS DÉCADAS – século XX
• Anos 80: “década perdida”.
Vários planos econômicos.
• Anos 90: Governo Collor:
neoliberalismo e privatizações.
Impeachment.
• 1994: Plano Real –
diminuição da inflação.
Imagem:Fabio
Pozzebom
/
Creative
Commons
Attribution
3.0
Brazil

• FHC: ajuste das contas públicas, adoção de medidas
políticas e jurídicas de apoio à micro e pequena indústria,
entrada de capital estrangeiro, investimento do capital de
risco no setor industrial atraente;
• Século XXI: Governo Lula – manteve as regras;
• Autossuficiência do petróleo (minimizou a dependência do
setor industrial). Falta ao Brasil um desafio atual,
globalizado: a geração de tecnologia de ponta nacional.

MODELO ECONÔMICO BRASILEIRO (TRIPÉ)
CAPITAL
ESTATAL
indústrias de
bens de
produção, de
base.
CAPITAL
PRIVADO
NACIONAL
indústrias de
bens de
consumo não
duráveis
CAPITAL
PRIVADO
ESTRANGEIRO
indústrias de bens
de produção e de
bens de consumo
duráveis

DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA INDÚSTRIA BRASILEIRA
• Herança histórica do café: Região Sudeste.
• Concentração industrial na Grande São Paulo:
complementaridade industrial e concentração de
investimentos públicos em infraestrutura.

Imagem disponível no site:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.
html?aula=37567

RELATIVA DESCONCENTRAÇÃO
• Anos 70: dispersão dos investimentos para o interior de
São Paulo e outras regiões.
• Anos 90: índices de crescimento econômico maior do
interior paulista, do Nordeste e do Sul, em relação à São
Paulo.

Distribuição regional do valor da transformação
industrial 1970 a 2000
Participação (%)
1970 1980 1993 2000
Sudeste 80,7 72,6 69,0 66,1
Sul 12,0 15,8 18,0 18,3
Nordeste 5,7 8,0 8,0 8,9
Norte e Centro-Oeste 1,6 3,6 5,0 6,7
Fonte: Dados disponíveis no Anuário Estatístico do Brasil 2001. Rio de Janeiro. IBGE, 2003.

Imagem: Anuário Estatístico 2012, indicadores das indústrias. IBGE, 2012.
NÚMERO DE EMPREGOS NA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO MERCADO FORMAL
8.000
7.800
7.600
7.400
7.200
7.000
6.800
6.600
6.400
6.200
6.000
5.800
5.600
5.400
5.200
5.000
4.800
4.600
4.400
4.200
4.000
(Mil
E
mpregados)
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
4.821
4.903
5.131 5.357
5.815 6.008
6.254
6.711
6.905 6.932
7.517
7.681

ESTRUTURA AGRÁRIA
BRASILEIRA

AGRICULTURA
 Conceito: técnica de plantio e uso do solo.
 Objetivos: alimentação, matéria-prima;.
 FATORES DE PRODUÇÃO: Terra,
Trabalho,
Dinheiro.
 SISTEMAS:
 intensivo: dispõe-se mais de dinheiro;
 extensivo: dispõe-se mais de terras.
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CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS:
subsistência: para sustento;
comercial: para consumidor;
especulativa: p/ exportação (plantation);
itinerante: com queimada, destoca, semeadura;
científica: moderna, de países desenvolvidos;
jardinagem: tradicional, mas com técnicas aprimoradas.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO BRASIL
o Não apresenta áreas que impedem a prática;
o pequena parte da área total é ocupada;
o os solos mais férteis, as máquinas mais modernas e outras
tecnologias são para produtos de exportação e/ou
agroindústria;
o o mercado interno fica em segundo plano;
o pequena participação do setor no pib;
o participação significativa nas exportações;
o é o maior exportador mundial de soja e carne bovina;

o maior rebanho bovino comercial do mundo;
o aumentam as exportações de álcool combustível;
o aumento constante da produtividade (modernização
tecnológica e financiamentos);
o agronegócio favorece o crescimento de cidades
interioranas;
o o país é o quarto maior produtor mundial de transgênicos
(área plantada) e o quinto em valor de mercado.

ESTRUTURAS DE PROPRIEDADES RURAIS
Brasil Colônia: sistema de sesmarias (até 1820);
Brasil Império: Lei da Terra (1850 – leilão de terras);
1964: Estatuto da Terra (estabeleceu o Módulo Rural, área
suficiente para dar sustento adequado a uma família de 4
pessoas que nela trabalhe. Fixado para cada região).

ESTRUTURA FUNDIÁRIA
 Minifúndio: - 1 MR média: 20ha
 Empresa Rural: 1 a 600 MR – 50% explorado média: 221ha
 Latifúndio por exploração: 1 a 600 MR – inexplorado
média: 350ha
 Latifúndio por dimensão: + 600 MR média: 100.000ha

NOVA LEI AGRÁRIA: 1993
• Módulo Fiscal: Módulo Rural médio do Município
 Minifúndio: menor que o módulo fiscal
 Pequena propriedade: 1 a 4 MF
 Média propriedade: 4 a 15 MF
 Grande propriedade: + de 15 MF
• BRASIL: variação de 5 a 110ha

REFORMA AGRÁRIA
• OBJETIVO: proporcionar a redistribuição das propriedades
rurais. (Wagner de Cerqueira e Francisco - www.brasilescola.com)
• ORIGENS NO BRASIL: Ligas Camponesas – Década de 1950
– Francisco Julião.
• CONFLITOS NO CAMPO: causas e consequências.

BRASIL - DISTRIBUIÇÃO DE IMÓVEIS RURAIS E ÁREA
CADASTRADA SEGUNDO A CATEGORIA DE IMÓVEL
Categoria de
Imóvel Rural (IR)
Nº Imóvel
Cadastrado
%
Imóvel
Rural
Área
Cadastrada
%
Área
%
Produtiva/Total
por Categoria
IR
% Área
Explorada/
Área Explorável
Imóvel Área
Minifúndio 1.772.870 60,63 24.036.652,2 7,75 82,88
Peq. Total 821.003 28,08 49.570.478,5 15,99 84,22
Peq. Prod. 302.159 15.521.693,4 36,80 31,31
Média Total 235.904 8,07 62.340.006,2 20,11 88,35
Média Prod. 85.961 20.334.996,0 36,44 32,62
Grande Total 82.316 2,81 171.512.893,4 55,32 81,00
Grande Prod. 34.951 36.503.991,6 42,46 21,28
Não Classificada 12.111 0,41 2.570.721,9 0,83 37,16
Total 2.924.204 100,0 310.030.752,2 100,0
Imagem: Dados disponíveis em: www.incra.gov.br. Estatísticas Consolidadas. INCRA,1998.

BRASIL: PRINCIPAIS PRODUTOS AGRÍCOLAS (1996) –
POR ESTADOS:
• CAFÉ: MG (55%), ES (15%), SP (13%), PA (9%);
• CANA: SP (69%), AL (9%), PR (8%), PE (7%);
• LARANJA: SP (80%), BA (5%), SE (4%);
• ALGODÃO HERBÁCEO: GO (24%), BA (22%), MG (19%);
• SOJA: PR (29%), MT (27%), RS (21%), GO (11%);
• ARROZ: RS (51%), MA (10%),SC (9%);
• MILHO: PR (25%), RS (16%), MG (15%), SC (14%);
• CACAU: BA (79%), PA (11%), ES (5%);
• TRIGO: PR (54%), RS (36%), SC (3%).
Fonte: Dados disponíveis em: http://www.colegioweb.com.br/geografia/principais-produtos-da-agricultura-brasileira.html.

AS MAIORES SAFRAS (em mil ton.)
Imagem disponível no site:
http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_v
isualiza.php?id_noticia=1161

Imagem:
André
Koehne
/
Public
domain.
Mapa representativo do uso agrícola no território
brasileiro.

PECUÁRIA
• Conceito: criação de animais para comercializar.
• Objetivos: alimentação, transporte, tração
Formas de criação:
extensiva,
intensiva.
• Tipos de Gado: bovino, equino, suíno, caprino, ovino,
bufalino, muares, asininos.

OUTRAS CRIAÇÕES:
• carcinocultura;
• piscicultura;
• ranicultura;
• avicultura;
• apicultura;
• cunicultura;
• marinocultura.

RELAÇÕES DE TRABALHO
• Pequeno proprietário;
• Parceiro: não tem terras, faz acordo e paga com a produção
(meeiro, terceiro, quarteiro);
• Arrendatário: não tem terras, faz acordo e paga em $, valor
pré-determinado;
• Assalariado: temporário ou permanente.
Observação:
posseiro: invasor de terras.
grileiro: invasor, mas com $ arruma documentos falsos
de posse da terra.

IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELA
AGROPECUÁRIA:
 compactação do solo;
 erosão;
 queimadas;
 perda da produtividade (monocultura);
 contaminação por agrotóxicos.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. Qual a importância do ciclo do café no processo da
industrialização brasileira?
2. Como se deu a intervenção estatal de Vargas e JK no
processo de industrialização brasileira?
3. Explique as causas e consequências: concentração industrial
e relativa desconcentração espacial das indústrias no Brasil.
4. Quais as consequências da concentração fundiária no Brasil?
Aponte soluções.
5. Caracterize a agropecuária brasileira.
6. Situação-problema: Na atual conjuntura econômica mundial,
como aumentar a participação brasileira?

CAVALCANTE, Neusa. 40 anos do IEL na trajetória da
indústria no Brasil. Brasília: IEL, 2009. Disponível em:
COELHO, M. A. Geografia geral. O espaço natural e
socioeconômico. São Paulo: Moderna, 2001.
LUCCI, E. A; BRANCO, A. L; M. C. Território e sociedade
no mundo globalizado. São Paulo: Saraiva, 2010.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SITES
• www.brasilescola.com
• http://www.ibge.gov.br/home/
• http://www.desenvolvimento.gov.br/portalmdic/sitio/
• http://www.colegioweb.com.br/geografia/principais-
produtos-da-agricultura-brasileira.html
• http://www.incra.gov.br/

Tabela de Imagens
n° do
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5 Author Desconhecido. Colorida por Djalma
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pg
18/09/2012
7 Governo do Brasil / Public domain http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Jango.jpg 18/09/2012
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