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Teatro Romano
Teatro de Mérida
• O teatro romano teve diferentes gêneros.
Misturando influências etruscas
(influenciados pelos gregos) e de espécie
de representações religiosas de caráter
sério ou satírico itálicas (curiosamente de
forma semelhante ao aparecimento do
teatro grego), os romanos tinham uma
forma embrionária de teatro quando
entraram em contacto com a Grécia: esse
contacto significou a morte do primitivo
teatro romano, que imediatamente copiou
as formas gregas (tragédia, comédia).
• Começaram por traduzir peças
gregas (séc. III AC). Depois
estrangeiros radicados em Roma
produziram textos e, mais tarde,
romanos escreveram peças,
adaptando temas gregos, ou
inventando temas romanos
normalmente baseados na
História.
• O apogeu do teatro romano dá-se no
séc. III-II A.C com Plauto e Terêncio.
Quer a comédia, quer a tragédia
romana, tinham diferenças com os
seus modelos gregos: insistiam mais
no horror e na violência no palco que
era representada, grande
preocupação com a moral em
discursos elaborados.
• Plauto nasceu em Sarsina, Úmbria
por volta do ano de 250a.C e
faleceu, provavelmente em Roma,
no ano de 184a.C. Considerado o
maior comediógrafo da Roma antiga,
nasceu em berço humilde e veio para Roma
ainda jovem, onde começou a fazer teatro,
primeiro como ator e depois escrevendo
comédias. Por muito tempo, ficou conhecido
apenas como Plautus, que quer dizer "pés
chatos", porém mais tarde se autodenomina
Maccus ("palhaço") Titus
Estima-se que tenha
escrito 130 peças, das
quais apenas 21 sobrevivem.
• Com métrica elaborada e
linguagem coloquial, sua obra
reproduz com fidelidade a vida
dos romanos da época.
• Os enredos são em geral
baseados em casos de amor ou
confusões decorrentes de troca
de identidades, mas apresentam
grande originalidade no
tratamento dos temas. Os seus
personagens são de origem
popular: escravos mentirosos,
Ladrões, velhos, soldados
fanfarrões, cortesãs, etc.
• Suas comédias inspiraram
dramaturgos pós-renascentistas
como por exemplo: Molière, que
tomou como modelo a obra "O Vaso
de Ouro" para escrever "O Avarento".
Já Shakespeare baseou-se "Os
Gêmeos" e "Anfitriões" para escrever
A Comédia dos Erros.
• No final da República, o público perdeu
interesse pelo teatro tradicional, devido a
concorrência dos espetáculos com mais
ação, tipo gladiadores, corridas de carros
• A criação de gêneros teatrais mais
simples como as pantomimas,
representação de um único ator de
uma peça simples e de fácil
reconhecimento pela audiência, em
que não falava, dançava, fazia
gestos, e era acompanhado por
músicos, um coro e mimos
• Histórias também simples mas
com vários atores, em que
normalmente se satirizava
tipos sociais de forma mesmo
obscena, levaram ao quase
abandono do teatro.
• No período imperial, na
parte oriental do império
continuaram a representar
as peças tradicionais,
sobretudo de autores da
nova comédia como
Menandro.
• Máscaras romanas
Menandro,
era filho de uma
rica família de pecuaristas,
nasceu em 343 e morreu em 291
a.C.
Durante a época em que viveu não foi
reconhecido como um grande autor de
comédias. No entanto, depois de sua morte,
suas obras foram tão divulgadas que passaram a
ser consideradas, por muitos intelectuais da
época, como um primor estético.
• No ocidente Sêneca tenta
ressuscitar a tragédia, mas o público
preferia os espetáculos de mimos e
pantomimas devido a dificuldade dos
menos instruídos compreenderem
peças complexas.
Havia uma preferência por
espetáculos simples e que
apelassem aos sentidos.
• Predomina a comédia. A
tragédia é cheia de situações
grotescas e efeitos especiais.
Durante o Império Romano
(de 27 a.C. a 476 d.C.) a cena
é dominada por pantomimas,
exibições acrobáticas e jogos
circenses.
• Autores romanos
• Na comédia destaca-se Plauto
no século III a.C., e Terêncio no
século II a.C.
• Suas personagens
estereotipadas darão origem, por
volta do século XVI, aos tipos da
commedia dell'arte.
• Da tragédia só sobrevivem
completas as obras de
Sêneca ''Fedra'', que
substituem o despojamento
grego por ornamentos
retóricos.
• Os romanos construíram vários
teatros especificamente para
representações, mas na maioria
dos casos, nas pequenas
cidades, utilizavam os anfiteatros
para vários eventos, usando para
espetáculos de gladiadores,
corridas,representações.
• Gladiadores
• Dedicar-se ao teatro era muito
mal visto: os atores eram
normalmente escravos ou ex-
escravos; raramente mulheres
representavam, tendo má
reputação as que o faziam. Os
papéis femininos eram feitos por
homens.
• Ficaram conhecidos imperadores
com uma enorme paixão pelo teatro.
• Nero é o mais conhecido: adorava
espetáculos de mimos. Casou-se
com um mimo depois de se livrar de
Pompéia. O imperador atuava.
• Dado o baixo estatuto dos atores,
normalmente escravos ou ex-
escravos, isso era motivo de
escândalo.
• Atores no teatro romano
• Vários imperadores apresentados
como cruéis ordenavam que os
espetáculos se tornassem
realistas. Quando aparecia, no
texto, um personagem que
marcado para morrer, dublava-se
o ator por um condenado à morte
• Europa e Zeus, sobre a forma de touro,
teve uma representação em
que uma
condenada
à morte
manteve
relações
com um
um animal.
• Com o advento da Igreja, esta viu
com maus olhos gêneros artísticos
que ou se referiam a deuses pagãos
ou riam abertamente dela, como os
espetáculos de mimos, levando à sua
progressiva perseguição, para além
dos aspectos que considerava
imorais, tais como representação de
cenas licenciosas ou mesmo nudez.

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  • 2. • O teatro romano teve diferentes gêneros. Misturando influências etruscas (influenciados pelos gregos) e de espécie de representações religiosas de caráter sério ou satírico itálicas (curiosamente de forma semelhante ao aparecimento do teatro grego), os romanos tinham uma forma embrionária de teatro quando entraram em contacto com a Grécia: esse contacto significou a morte do primitivo teatro romano, que imediatamente copiou as formas gregas (tragédia, comédia).
  • 3. • Começaram por traduzir peças gregas (séc. III AC). Depois estrangeiros radicados em Roma produziram textos e, mais tarde, romanos escreveram peças, adaptando temas gregos, ou inventando temas romanos normalmente baseados na História.
  • 4. • O apogeu do teatro romano dá-se no séc. III-II A.C com Plauto e Terêncio. Quer a comédia, quer a tragédia romana, tinham diferenças com os seus modelos gregos: insistiam mais no horror e na violência no palco que era representada, grande preocupação com a moral em discursos elaborados.
  • 5. • Plauto nasceu em Sarsina, Úmbria por volta do ano de 250a.C e faleceu, provavelmente em Roma, no ano de 184a.C. Considerado o maior comediógrafo da Roma antiga, nasceu em berço humilde e veio para Roma ainda jovem, onde começou a fazer teatro, primeiro como ator e depois escrevendo comédias. Por muito tempo, ficou conhecido apenas como Plautus, que quer dizer "pés chatos", porém mais tarde se autodenomina Maccus ("palhaço") Titus
  • 6. Estima-se que tenha escrito 130 peças, das quais apenas 21 sobrevivem.
  • 7. • Com métrica elaborada e linguagem coloquial, sua obra reproduz com fidelidade a vida dos romanos da época.
  • 8. • Os enredos são em geral baseados em casos de amor ou confusões decorrentes de troca de identidades, mas apresentam grande originalidade no tratamento dos temas. Os seus personagens são de origem popular: escravos mentirosos, Ladrões, velhos, soldados fanfarrões, cortesãs, etc.
  • 9. • Suas comédias inspiraram dramaturgos pós-renascentistas como por exemplo: Molière, que tomou como modelo a obra "O Vaso de Ouro" para escrever "O Avarento". Já Shakespeare baseou-se "Os Gêmeos" e "Anfitriões" para escrever A Comédia dos Erros.
  • 10. • No final da República, o público perdeu interesse pelo teatro tradicional, devido a concorrência dos espetáculos com mais ação, tipo gladiadores, corridas de carros
  • 11. • A criação de gêneros teatrais mais simples como as pantomimas, representação de um único ator de uma peça simples e de fácil reconhecimento pela audiência, em que não falava, dançava, fazia gestos, e era acompanhado por músicos, um coro e mimos
  • 12. • Histórias também simples mas com vários atores, em que normalmente se satirizava tipos sociais de forma mesmo obscena, levaram ao quase abandono do teatro.
  • 13. • No período imperial, na parte oriental do império continuaram a representar as peças tradicionais, sobretudo de autores da nova comédia como Menandro.
  • 15. Menandro, era filho de uma rica família de pecuaristas, nasceu em 343 e morreu em 291 a.C. Durante a época em que viveu não foi reconhecido como um grande autor de comédias. No entanto, depois de sua morte, suas obras foram tão divulgadas que passaram a ser consideradas, por muitos intelectuais da época, como um primor estético.
  • 16. • No ocidente Sêneca tenta ressuscitar a tragédia, mas o público preferia os espetáculos de mimos e pantomimas devido a dificuldade dos menos instruídos compreenderem peças complexas. Havia uma preferência por espetáculos simples e que apelassem aos sentidos.
  • 17. • Predomina a comédia. A tragédia é cheia de situações grotescas e efeitos especiais. Durante o Império Romano (de 27 a.C. a 476 d.C.) a cena é dominada por pantomimas, exibições acrobáticas e jogos circenses.
  • 18. • Autores romanos • Na comédia destaca-se Plauto no século III a.C., e Terêncio no século II a.C. • Suas personagens estereotipadas darão origem, por volta do século XVI, aos tipos da commedia dell'arte.
  • 19. • Da tragédia só sobrevivem completas as obras de Sêneca ''Fedra'', que substituem o despojamento grego por ornamentos retóricos.
  • 20. • Os romanos construíram vários teatros especificamente para representações, mas na maioria dos casos, nas pequenas cidades, utilizavam os anfiteatros para vários eventos, usando para espetáculos de gladiadores, corridas,representações.
  • 22. • Dedicar-se ao teatro era muito mal visto: os atores eram normalmente escravos ou ex- escravos; raramente mulheres representavam, tendo má reputação as que o faziam. Os papéis femininos eram feitos por homens.
  • 23. • Ficaram conhecidos imperadores com uma enorme paixão pelo teatro. • Nero é o mais conhecido: adorava espetáculos de mimos. Casou-se com um mimo depois de se livrar de Pompéia. O imperador atuava. • Dado o baixo estatuto dos atores, normalmente escravos ou ex- escravos, isso era motivo de escândalo.
  • 24. • Atores no teatro romano
  • 25. • Vários imperadores apresentados como cruéis ordenavam que os espetáculos se tornassem realistas. Quando aparecia, no texto, um personagem que marcado para morrer, dublava-se o ator por um condenado à morte
  • 26. • Europa e Zeus, sobre a forma de touro, teve uma representação em que uma condenada à morte manteve relações com um um animal.
  • 27. • Com o advento da Igreja, esta viu com maus olhos gêneros artísticos que ou se referiam a deuses pagãos ou riam abertamente dela, como os espetáculos de mimos, levando à sua progressiva perseguição, para além dos aspectos que considerava imorais, tais como representação de cenas licenciosas ou mesmo nudez.