SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 6
«A gordasenhoraexplicou suasaflições: o segun‐ docasamentodecorria sem demais. Até que o novo
marido, o Sulemane, passoua sofrer de estranhosataques. Aconteciam à noite, nosmomentosem
que preparavamnamoros. Elatirava o sutiã, o Sulemane chegava‐se, pesado. Eraentão que aparecia
o feitiço: grunhidosemlugar da fala, babasnoslábios, ves‐ gueira nosolhos. Sulemane, confessava
ela, o meu Sulemane saltada cama e assim, tododespido, gati‐ nha, fareja, esfrega nochão e, por fim,
focinha no tape. Depois, todosuado, o coitadinhopede água, acaba umgarrafão. Nãofica logo‐logoo
mesmo:demoraa recuperar. Gagueja, sóouve dodireito e adormece de olhosabertos. A noite
inteira, aqueles olhostortosa mentir que olham, é umhorror. Ai, sr. Zuzé, me salve. Sofro de mais, até
tenhodúvi‐ das de Deus. Istoé obrade Evaristo, maldição dele. Éramos felizes eu e Sulemane. Agora,
nósambosjá somostrês. Meu Deus, por quenão esperei? Por que ele nãome deixa?
Zuzé Parazacruzouas mãos, acariciou corvo. Tinha suassuspeitas:Evaristoera de raça negra, natural
da região. DonaCandida, com certeza não cumpriraas cerimónias da tradição para afastar a mortedo
primeiro marido. Enganoseu, ela cumprira.
— Cerimóniascompletas?
— Claro, sr. Paraza.
— Mascomo?A senhora assimmulata da sua pele, quasebranca da sua alma?
— Ele era preto, o senhorsabe. Pedido foida família dele, eu segui.
Paraza, intrigado, parece aindaduvidar.
— Matou o cabrito?
— Matei.
— O bicho gritou enquanto a senhora cantava?
— Gritou, sim.
— E quemais, dona Candida?
— Fuiao rio lavar‐meda mortedele. Levaram‐measviúvas, banharamcomigo. Tiraramumvidro e
cortaram‐meaqui, nasvirilhas. Disseramqueera aliqueo meu marido dormia. Coitadas, se
soubessemondeo Evaristo dormia...
— E o sanguesaiu bem?
— Hemorragia completa. Asviúvasviram. Pelo sanguedisseramquemeentendia bemcomele. Não
des‐ menti, preferi assim.
Zuzé Parazameditou, teatroso. Depois, soltouo corvo. O bicho esvoaçoue pousounoombroamplo
da Candida. Ela encolheu as carnes, arrepiadadas cócegas. Espreitouo animal, desconfiada. Olhado
assim, o corvoera feio porde mais. Quemquiser apreciar a beleza de umpássaronão podeolhar as
patas. Ospés das avesguardamo seu passadoesca‐ moso, herança dosrastejantes lagartos.
O corvorodouno poleiro redondodamulata.
— Desculpe, sr. Zuzé:ele não mevai cagaremcima?
— Não fale, dona Candida. O bicho precisa con‐ centrar.
Porfim, o pássaropronunciou‐se. Zuzéescutavadeolhosfechados, ocupadonoesforço da tradução.
— Quefoi quedisse ele?
— Não foi o pássaro quefalou. Foio Varisto.
— Evaristo?— desconfiou ela. — Comaquela voz?- Falou atravésdo bico, não esqueça.
A gordaficou séria, ganhandocréditos.
— Sr. Zuzé, aproveitea ligação para lhepedir... peça‐lhe...
Arrependendo‐se, donaCandidadesistedo intermediário e começa ela de berrar nocorvo poleirado
no seuombro:
— Evaristo, medeixa empaz. Faça‐meo favor, deixa‐mesozinha, sossegadana minha vida.
O pássaro, incomodadocoma gritaria, saltoudopoiso. Parazaimpôs a ordem:
— Dona Candida, não valea pena agitar. Viu?O pássaro sustou.
A consultante, esgotada, chorou.
— A senhora escutou o pedido do falecido?
Coma cabeça, ela negou. Ouvira sóo corvo, igual aos demais, desses quesaltitam noscoqueiros. — O
falecido, dona Candida, está pediruma mala cheia comroupa dele, dessa queelecostumava usar. —
Roupa dele?Já não tenho. Eu não disseque pra‐ tiqueiessasvossascerimónias?Rasguei, esburaqueia
roupa, quando elemorreu. Foiassimquememandaram. Disseramquedevia fazerburacospara a
roupa soltaro último suspiro. Sim, eu sei:se fosseagora não cortava nada. Aproveitava tudo. Mas
naqueletempo, sr. Paraza...
— É uma maçada, dona Candida. O defunto está mesmo precisado. Nemimaginaosfriosquedão lá
nosmortos.
A mulataficou parada, imaginandoEvaristotre‐ mendo, sem amparodostecidos. Apesar das
maldadesque ele causara, não merecia tal vingança. Remediouos ditos:haviade roubaras roupasdo
Sulemanee trazer tudonumembrulhoescondido.
— O Sulemanenão podesaberdisto.Meu Deus, seele desconfia!
— Fica descansada, donaCandida.Ninguémvaisaber. Só eu e o corvo.
E, no últimoinstante, antes de sair, a gorda:
— Como será queo Evaristo podeaceitar, naqueleciúmequelevou para o outro mundo, como éque
podeaceitara roupa do meu novo marido?
— Aceita. Roupassão roupas. O frio manda maisqueciúme.
— Tema certeza, sr. Paraza?
— Experiência quetenho é essa. Osmortosficamfriorentosporquesão ventadosechuviscados. Daí
queganhaminveja da quentura dosvivos. Vaiver, dona Candida, queessa roupa vaiacalmaras
vingançasdo Evaristo.
E a gordamulata confessouo seu receio, nem bem com osmortosnem bem comos vivos:
— O meu medo, agora, éo Sulemane. Elemata‐me, a mime ao senhor.
Zuzé Parazalevantou‐se, confiante. Colocoua mão nobraço da cliente e acalmou‐a:
— Estive assim pensageiro, dona Candida. Eencon‐ treia solução. A senhora équevai descobriro
roubo ecomunicaro seu marido. Pronto, foiumladrão qualquer, há tantosdelesaqui.
Umasemanadepois, chegou umamala cheiinha. Calças, camisas, cuecas, gravatas, tudo. Umafortu‐
na. Zuzé começou de experimentar o fato castanho. Estavalargo, medida era de umcomerciante,
homemde esperar sentado, comer bem. Enquantoele, um pintor, puxavatamanhomenor. Era tão
magroque nem pulgasnem piolhoslhe escolhiam.
Procurouna mala umagravataa condizer. Havia maisde dez. Juntocom cuecas de perna compri‐ da,
peúgassem remendos. Sulemanedevia ter ficado descuecado. O seu guarda‐fatoera agoraum
guarda‐nada.
Vestido dasaldrabices da sua invenção, ZuzéParaza puxoua garrafa de xicadjú. Parafestejar, somou
mais de dez copos. Foi entãoque o álcool começou a aldrabar a esperteza dele, também. Havia uma
vozque teimava de dentro:
— Essasroupassão minhaspróprias, não foininguémquedeu, não vieram denenhuma parte. São
minhas!
E assim, convencidoque era donodosenfeites, decidiu sair, gingar fora. Parouna cantina, mostrouas
vaidades, casacado, gravatado. Asvozesem volta encheram‐sede invejas:
— Aquela roupa não édele. Parecejá vi um alguémcomela.
E os presentes, lembrando, chegaram aodono:eram de Sulemane Amade. Exatamente, eram. Como
foram parar aquelasroupasno Zuzé, sacana, telefo‐ nistadas almas?Roubou, ogajo. Esse corveiro
entrouna casa do Sulemane. E partiram a avisar o indiano. «
Oral Parte 1 - Apresentaçao - Contextualizar o trecho na obra ( o que aconteceu antes e
depois); relacionar com o(s) temas do programa, resumir os acontecimentos, ideais e
mensagens presentes. 3/4 minutos .
Oral parte 2 - Desenvolvimento dos pontos apresentados. 4/5 minutos
Oral parte 3 – Discussão geral sobre um ou mais do que um dos 5 cinco temas do programa
. (5/6)
Zuze paraza toma vantagen da inocencia do povo através de um corvo que diz que possui
poderes mágicos
Zuze paraza usa esse corvo para ganhar dinheiro e manipular as pessoas
O primero marido de dona candida faleceu, e o seu espirito atormenta ela. Apesar de ela ter
casado novamente ela busca o Zuze paraza para se livrar do espirito do marido antigo.
As crenças da região dizem que um ritual e um sacrifico têm que ser feitos para a gente se
livrar de um espirito.
O ritual que a dona candida faz não funciona. Então ela busca o Zuze Paraza. Zuze paraza diz
para a Dona Candida que ela precisa doar as roupas do marido falecido para ele porque os
mortos sentem frio.
Mas na verdade isso tudo é uma farsa porque o corvo não tem poderes, e Zuze Paraza esta
manipulando a dona candida para ganhar roupas de graça.
Quando Zuze paraza recebe as roupas, ele vai para um bar usando as roupas e os habitantes
percebem que as roupas na verdade pertencem ao Sulemane.
Zuze paraza ja com uma reputação de sacana, leva branca dos habitantes quando eles
percebem que o Zuze deve ter roubado essas roupas do Sulemane.
ORAL PARTE 1 – duração 3 a 4 minutos
Objetivo: Contextualização e resumo :
- Falar detalhadamente dos rituais de passagemque os vivos realizam e que são
exemplificados no dialogo entre zuze e dona candida- exemplos dos rituais : 1. sacrificio do
cabrito 2. Purificaçnao no rio junto com outras viuvas , com o corte na virilha para se limpar
da presença do falecido evaristo3. ritual - sugerido por Zuzé, (bruxo; vidente) : doaçNao de
todas as roupas do atual marido porque os morte sentem frio e chuva. Toda esta situaçnao
que é de certa forma ridicula cria um caracter comico que tem como finalidade evidenciar a
profunda ingenuidade de uma comunidade iletrada bem como sua pobreza intelectual.
o Tema escolhido : Inovação Cientifica ciência e progresso
Resumir os videos :
- sobre uma cirurgia que reverte doenças degenerativas efetuada por um
médico nos Estados Unidos
- sobre uma substancia que ajuda no combate a doenças cancerosas
ORAL PARTE 2
OBJETIVO DESENVOLVER IDEIAS E CONCEITOS RELACIONANDO COM OS TEMAS DO
PROGRAMA
ORAL PARTE 3 :
APRESENTAR OUTROS TEMAS DO PROGRAMA COM OU SEU RELAÇÃO COM O TRECHO
TRECHO PARA ANALISAR VOZES ANOITECIDAS.docx

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a TRECHO PARA ANALISAR VOZES ANOITECIDAS.docx

Bâ, Amadou Hampâté. “Amkoullel, o menino fula”. São Paulo. Pallas Athena Casa...
Bâ, Amadou Hampâté. “Amkoullel, o menino fula”. São Paulo. Pallas Athena Casa...Bâ, Amadou Hampâté. “Amkoullel, o menino fula”. São Paulo. Pallas Athena Casa...
Bâ, Amadou Hampâté. “Amkoullel, o menino fula”. São Paulo. Pallas Athena Casa...Junior Ferreira
 
"Perfeição" - Capítulo 3 - Carmélia rouba o cofre da mansão
"Perfeição" - Capítulo 3 - Carmélia rouba o cofre da mansão"Perfeição" - Capítulo 3 - Carmélia rouba o cofre da mansão
"Perfeição" - Capítulo 3 - Carmélia rouba o cofre da mansãolucas_vinicius2012
 
E-book de Gil Vicente, Auto da Índia
E-book de Gil Vicente, Auto da ÍndiaE-book de Gil Vicente, Auto da Índia
E-book de Gil Vicente, Auto da ÍndiaCarla Crespo
 
Poemas de Manuel Felipe de Sousa
Poemas de Manuel Felipe de SousaPoemas de Manuel Felipe de Sousa
Poemas de Manuel Felipe de SousaJosiane Amaral
 
Artur azevedo contos fora da moda
Artur azevedo   contos fora da modaArtur azevedo   contos fora da moda
Artur azevedo contos fora da modaTulipa Zoá
 
Sou feliz só por preguiçateste
Sou feliz só por preguiçatesteSou feliz só por preguiçateste
Sou feliz só por preguiçatestePaula Costa
 
Nao matem os jacares
Nao matem os jacaresNao matem os jacares
Nao matem os jacaresNilce Bravo
 
Arthur Rimbaud - História
Arthur Rimbaud - HistóriaArthur Rimbaud - História
Arthur Rimbaud - HistóriaAutônomo
 
Artur azevedo epaminondas
Artur azevedo   epaminondasArtur azevedo   epaminondas
Artur azevedo epaminondasTulipa Zoá
 
Venha ver o por do sol
Venha ver o por do solVenha ver o por do sol
Venha ver o por do solCicero Luciano
 
O marinheiro escritor
O marinheiro escritorO marinheiro escritor
O marinheiro escritorGladis Maia
 

Semelhante a TRECHO PARA ANALISAR VOZES ANOITECIDAS.docx (20)

Bâ, Amadou Hampâté. “Amkoullel, o menino fula”. São Paulo. Pallas Athena Casa...
Bâ, Amadou Hampâté. “Amkoullel, o menino fula”. São Paulo. Pallas Athena Casa...Bâ, Amadou Hampâté. “Amkoullel, o menino fula”. São Paulo. Pallas Athena Casa...
Bâ, Amadou Hampâté. “Amkoullel, o menino fula”. São Paulo. Pallas Athena Casa...
 
"Perfeição" - Capítulo 3 - Carmélia rouba o cofre da mansão
"Perfeição" - Capítulo 3 - Carmélia rouba o cofre da mansão"Perfeição" - Capítulo 3 - Carmélia rouba o cofre da mansão
"Perfeição" - Capítulo 3 - Carmélia rouba o cofre da mansão
 
E-book de Gil Vicente, Auto da Índia
E-book de Gil Vicente, Auto da ÍndiaE-book de Gil Vicente, Auto da Índia
E-book de Gil Vicente, Auto da Índia
 
Zeli pausa
Zeli pausaZeli pausa
Zeli pausa
 
Viver
Viver Viver
Viver
 
Poemas de Manuel Felipe de Sousa
Poemas de Manuel Felipe de SousaPoemas de Manuel Felipe de Sousa
Poemas de Manuel Felipe de Sousa
 
Artur azevedo contos fora da moda
Artur azevedo   contos fora da modaArtur azevedo   contos fora da moda
Artur azevedo contos fora da moda
 
Pausa - Moacyr Scliar
Pausa  - Moacyr ScliarPausa  - Moacyr Scliar
Pausa - Moacyr Scliar
 
Alvares de Azevedo - Macário
Alvares de Azevedo - MacárioAlvares de Azevedo - Macário
Alvares de Azevedo - Macário
 
Coisas que só eu sei
Coisas que só eu seiCoisas que só eu sei
Coisas que só eu sei
 
José de Alencar - Diva
José de Alencar - DivaJosé de Alencar - Diva
José de Alencar - Diva
 
Sou feliz só por preguiçateste
Sou feliz só por preguiçatesteSou feliz só por preguiçateste
Sou feliz só por preguiçateste
 
Nao matem os jacares
Nao matem os jacaresNao matem os jacares
Nao matem os jacares
 
Arthur Rimbaud - História
Arthur Rimbaud - HistóriaArthur Rimbaud - História
Arthur Rimbaud - História
 
Artur azevedo epaminondas
Artur azevedo   epaminondasArtur azevedo   epaminondas
Artur azevedo epaminondas
 
Venha ver o por do sol
Venha ver o por do solVenha ver o por do sol
Venha ver o por do sol
 
Livro de poesia plnm 2c
Livro de poesia  plnm 2cLivro de poesia  plnm 2c
Livro de poesia plnm 2c
 
O marinheiro escritor
O marinheiro escritorO marinheiro escritor
O marinheiro escritor
 
A causa secreta machado de assis
A causa secreta machado de assisA causa secreta machado de assis
A causa secreta machado de assis
 
Perfeição - capítulo 6
Perfeição - capítulo 6Perfeição - capítulo 6
Perfeição - capítulo 6
 

Último

aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptssuser2b53fe
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...HELENO FAVACHO
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfmaurocesarpaesalmeid
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesFabianeMartins35
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfHELENO FAVACHO
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAHELENO FAVACHO
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdfLeloIurk1
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médiorosenilrucks
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasSocorro Machado
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxTailsonSantos1
 
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdfatividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdfLuizaAbaAba
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfHELENO FAVACHO
 

Último (20)

aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
 
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdfatividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
 

TRECHO PARA ANALISAR VOZES ANOITECIDAS.docx

  • 1. «A gordasenhoraexplicou suasaflições: o segun‐ docasamentodecorria sem demais. Até que o novo marido, o Sulemane, passoua sofrer de estranhosataques. Aconteciam à noite, nosmomentosem que preparavamnamoros. Elatirava o sutiã, o Sulemane chegava‐se, pesado. Eraentão que aparecia o feitiço: grunhidosemlugar da fala, babasnoslábios, ves‐ gueira nosolhos. Sulemane, confessava ela, o meu Sulemane saltada cama e assim, tododespido, gati‐ nha, fareja, esfrega nochão e, por fim, focinha no tape. Depois, todosuado, o coitadinhopede água, acaba umgarrafão. Nãofica logo‐logoo mesmo:demoraa recuperar. Gagueja, sóouve dodireito e adormece de olhosabertos. A noite inteira, aqueles olhostortosa mentir que olham, é umhorror. Ai, sr. Zuzé, me salve. Sofro de mais, até tenhodúvi‐ das de Deus. Istoé obrade Evaristo, maldição dele. Éramos felizes eu e Sulemane. Agora, nósambosjá somostrês. Meu Deus, por quenão esperei? Por que ele nãome deixa? Zuzé Parazacruzouas mãos, acariciou corvo. Tinha suassuspeitas:Evaristoera de raça negra, natural da região. DonaCandida, com certeza não cumpriraas cerimónias da tradição para afastar a mortedo primeiro marido. Enganoseu, ela cumprira. — Cerimóniascompletas? — Claro, sr. Paraza. — Mascomo?A senhora assimmulata da sua pele, quasebranca da sua alma? — Ele era preto, o senhorsabe. Pedido foida família dele, eu segui. Paraza, intrigado, parece aindaduvidar. — Matou o cabrito? — Matei. — O bicho gritou enquanto a senhora cantava? — Gritou, sim. — E quemais, dona Candida? — Fuiao rio lavar‐meda mortedele. Levaram‐measviúvas, banharamcomigo. Tiraramumvidro e cortaram‐meaqui, nasvirilhas. Disseramqueera aliqueo meu marido dormia. Coitadas, se soubessemondeo Evaristo dormia... — E o sanguesaiu bem? — Hemorragia completa. Asviúvasviram. Pelo sanguedisseramquemeentendia bemcomele. Não des‐ menti, preferi assim. Zuzé Parazameditou, teatroso. Depois, soltouo corvo. O bicho esvoaçoue pousounoombroamplo da Candida. Ela encolheu as carnes, arrepiadadas cócegas. Espreitouo animal, desconfiada. Olhado
  • 2. assim, o corvoera feio porde mais. Quemquiser apreciar a beleza de umpássaronão podeolhar as patas. Ospés das avesguardamo seu passadoesca‐ moso, herança dosrastejantes lagartos. O corvorodouno poleiro redondodamulata. — Desculpe, sr. Zuzé:ele não mevai cagaremcima? — Não fale, dona Candida. O bicho precisa con‐ centrar. Porfim, o pássaropronunciou‐se. Zuzéescutavadeolhosfechados, ocupadonoesforço da tradução. — Quefoi quedisse ele? — Não foi o pássaro quefalou. Foio Varisto. — Evaristo?— desconfiou ela. — Comaquela voz?- Falou atravésdo bico, não esqueça. A gordaficou séria, ganhandocréditos. — Sr. Zuzé, aproveitea ligação para lhepedir... peça‐lhe... Arrependendo‐se, donaCandidadesistedo intermediário e começa ela de berrar nocorvo poleirado no seuombro: — Evaristo, medeixa empaz. Faça‐meo favor, deixa‐mesozinha, sossegadana minha vida. O pássaro, incomodadocoma gritaria, saltoudopoiso. Parazaimpôs a ordem: — Dona Candida, não valea pena agitar. Viu?O pássaro sustou. A consultante, esgotada, chorou. — A senhora escutou o pedido do falecido? Coma cabeça, ela negou. Ouvira sóo corvo, igual aos demais, desses quesaltitam noscoqueiros. — O falecido, dona Candida, está pediruma mala cheia comroupa dele, dessa queelecostumava usar. — Roupa dele?Já não tenho. Eu não disseque pra‐ tiqueiessasvossascerimónias?Rasguei, esburaqueia roupa, quando elemorreu. Foiassimquememandaram. Disseramquedevia fazerburacospara a roupa soltaro último suspiro. Sim, eu sei:se fosseagora não cortava nada. Aproveitava tudo. Mas naqueletempo, sr. Paraza... — É uma maçada, dona Candida. O defunto está mesmo precisado. Nemimaginaosfriosquedão lá nosmortos.
  • 3. A mulataficou parada, imaginandoEvaristotre‐ mendo, sem amparodostecidos. Apesar das maldadesque ele causara, não merecia tal vingança. Remediouos ditos:haviade roubaras roupasdo Sulemanee trazer tudonumembrulhoescondido. — O Sulemanenão podesaberdisto.Meu Deus, seele desconfia! — Fica descansada, donaCandida.Ninguémvaisaber. Só eu e o corvo. E, no últimoinstante, antes de sair, a gorda: — Como será queo Evaristo podeaceitar, naqueleciúmequelevou para o outro mundo, como éque podeaceitara roupa do meu novo marido? — Aceita. Roupassão roupas. O frio manda maisqueciúme. — Tema certeza, sr. Paraza? — Experiência quetenho é essa. Osmortosficamfriorentosporquesão ventadosechuviscados. Daí queganhaminveja da quentura dosvivos. Vaiver, dona Candida, queessa roupa vaiacalmaras vingançasdo Evaristo. E a gordamulata confessouo seu receio, nem bem com osmortosnem bem comos vivos: — O meu medo, agora, éo Sulemane. Elemata‐me, a mime ao senhor. Zuzé Parazalevantou‐se, confiante. Colocoua mão nobraço da cliente e acalmou‐a: — Estive assim pensageiro, dona Candida. Eencon‐ treia solução. A senhora équevai descobriro roubo ecomunicaro seu marido. Pronto, foiumladrão qualquer, há tantosdelesaqui. Umasemanadepois, chegou umamala cheiinha. Calças, camisas, cuecas, gravatas, tudo. Umafortu‐ na. Zuzé começou de experimentar o fato castanho. Estavalargo, medida era de umcomerciante, homemde esperar sentado, comer bem. Enquantoele, um pintor, puxavatamanhomenor. Era tão magroque nem pulgasnem piolhoslhe escolhiam. Procurouna mala umagravataa condizer. Havia maisde dez. Juntocom cuecas de perna compri‐ da, peúgassem remendos. Sulemanedevia ter ficado descuecado. O seu guarda‐fatoera agoraum guarda‐nada.
  • 4. Vestido dasaldrabices da sua invenção, ZuzéParaza puxoua garrafa de xicadjú. Parafestejar, somou mais de dez copos. Foi entãoque o álcool começou a aldrabar a esperteza dele, também. Havia uma vozque teimava de dentro: — Essasroupassão minhaspróprias, não foininguémquedeu, não vieram denenhuma parte. São minhas! E assim, convencidoque era donodosenfeites, decidiu sair, gingar fora. Parouna cantina, mostrouas vaidades, casacado, gravatado. Asvozesem volta encheram‐sede invejas: — Aquela roupa não édele. Parecejá vi um alguémcomela. E os presentes, lembrando, chegaram aodono:eram de Sulemane Amade. Exatamente, eram. Como foram parar aquelasroupasno Zuzé, sacana, telefo‐ nistadas almas?Roubou, ogajo. Esse corveiro entrouna casa do Sulemane. E partiram a avisar o indiano. « Oral Parte 1 - Apresentaçao - Contextualizar o trecho na obra ( o que aconteceu antes e depois); relacionar com o(s) temas do programa, resumir os acontecimentos, ideais e mensagens presentes. 3/4 minutos . Oral parte 2 - Desenvolvimento dos pontos apresentados. 4/5 minutos Oral parte 3 – Discussão geral sobre um ou mais do que um dos 5 cinco temas do programa . (5/6) Zuze paraza toma vantagen da inocencia do povo através de um corvo que diz que possui poderes mágicos Zuze paraza usa esse corvo para ganhar dinheiro e manipular as pessoas O primero marido de dona candida faleceu, e o seu espirito atormenta ela. Apesar de ela ter casado novamente ela busca o Zuze paraza para se livrar do espirito do marido antigo. As crenças da região dizem que um ritual e um sacrifico têm que ser feitos para a gente se livrar de um espirito. O ritual que a dona candida faz não funciona. Então ela busca o Zuze Paraza. Zuze paraza diz para a Dona Candida que ela precisa doar as roupas do marido falecido para ele porque os mortos sentem frio. Mas na verdade isso tudo é uma farsa porque o corvo não tem poderes, e Zuze Paraza esta manipulando a dona candida para ganhar roupas de graça. Quando Zuze paraza recebe as roupas, ele vai para um bar usando as roupas e os habitantes percebem que as roupas na verdade pertencem ao Sulemane. Zuze paraza ja com uma reputação de sacana, leva branca dos habitantes quando eles percebem que o Zuze deve ter roubado essas roupas do Sulemane. ORAL PARTE 1 – duração 3 a 4 minutos Objetivo: Contextualização e resumo :
  • 5. - Falar detalhadamente dos rituais de passagemque os vivos realizam e que são exemplificados no dialogo entre zuze e dona candida- exemplos dos rituais : 1. sacrificio do cabrito 2. Purificaçnao no rio junto com outras viuvas , com o corte na virilha para se limpar da presença do falecido evaristo3. ritual - sugerido por Zuzé, (bruxo; vidente) : doaçNao de todas as roupas do atual marido porque os morte sentem frio e chuva. Toda esta situaçnao que é de certa forma ridicula cria um caracter comico que tem como finalidade evidenciar a profunda ingenuidade de uma comunidade iletrada bem como sua pobreza intelectual. o Tema escolhido : Inovação Cientifica ciência e progresso Resumir os videos : - sobre uma cirurgia que reverte doenças degenerativas efetuada por um médico nos Estados Unidos - sobre uma substancia que ajuda no combate a doenças cancerosas ORAL PARTE 2 OBJETIVO DESENVOLVER IDEIAS E CONCEITOS RELACIONANDO COM OS TEMAS DO PROGRAMA ORAL PARTE 3 : APRESENTAR OUTROS TEMAS DO PROGRAMA COM OU SEU RELAÇÃO COM O TRECHO