1. Pentatônicas
Pentatônica menor.
As pentatônicas são escalas formadas por cinco notas, e mesmo sendo um tipo de escala
relativamente menor (com relação ao número de notas) comparando-a com a escala maior
por exemplo, as possibilidades sonoras e musicais são tão grandes quanto.
Já que esta escala possui cinco notas, podemos utilizar cinco digitações diferentes para cada
uma delas.
Como em tudo, é interessante nos apegarmos a sua formula de formação, assim ficará muito
mais fácil compreender tanto a origem dos cinco formatos quanto a relação dessa escala
com as outras.
Formula da pentatônica menor:
Um tom e meio entre a tônica e a nota seguinte...Nesse caso, será gerada uma terça menor.
Um tom entre a terça menor e a nota seguinte...Nesse caso, será gerada uma quarta justa.
Um tom entra a quarta justa e a nota seguinte... Nesse caso, será gerada uma quinta justa.
Um tom e meio entre a quinta justa e a nota seguinte...Nesse caso, será gerada uma sétima
menor.
Então temos:
Tom e meio – Tom – Tom – Tom e meio
Vou tomar a tônica de Sol como ponto de partida, assim teremos:
Tônica Terça menor Quarta justa Quinta justa Sétima menor
Sol Sib Do Re Fa
Tom e meio Tom Tom Tom e meio
Dessa forma temos a formula da pentatôniaca menor aplicada a tonalidade de Sol.
As notas geradas forma a pentatônica de Sol menor, que normalmente se escreve – Penta
Gm7
Uma vez que determinamos e entendemos quais notas precisamos para montar uma escala
pentatônica m7 e aplicamos essa formula numa tonalidade (Sol como exemplo) temos a
possibilidade de enxergar todas essas notas espalhadas pelo braço da guitarra.
SHAPE
Seria muito complicado ao estudando que esta se iniciando neste assunto enxergar as notas
espalhadas pelo braço da guitarra. Levaria muito tempo e o resultado sonoro seria
igualmente demorado.
Por isso, trabalhamos com um formato muito comum e confortável para executar as escalas
pentatônicas de uma forma geral.
Duas notas por corda.
Agora vão surgir os famosos formatos das escalas pentatônicas.
2. Ainda nos mantendo no exemplo de Sol, vamos distribuir essas cinco notas que acabamos de
descobrir partindo do Sol mais grave da guitarra...Então teremos:
Reparem como ainda temos muito braço de guitarra para explorar!
Analizando esse braço e suas notas, o que faremos a seguir é simplesmente continuar a
repetir as mesmas cinco notas, porém, na região mais aguda do braço, nas cordas mais
agudas.
Assim teremos:
O primeiro formato da pentatônica de Sol menor com a sétima menor – Gm7
O que temos que entender agora é muito simples.
A origem dos outros formatos nada mais é do que essa mesma escala com essas mesmas
cinco notas, a única coisa, é que, ao invés de começarmos a toca-la a partir da tônica,
partiremos de sua terça menor, depois de sua quarta justa, depois de sua quinta justa e por
fim, de sua sétima menor.
Os formatos surgem naturalmente ao tocarmos essas notas e nos mantivermos no padrão de
duas notas por corda.
Veja a tabela abaixo:
Pentatônicas de Gm7
FORMULA Tônica 3b 4 5 7b
1 Digitação Sol Sib Do Re Fa
2 Digitação Sib Do Re Fa Sol
3 Digitação Do Re Fa Sol Sib
4 Digitação Re Fa Sol Sib Do
5 Digitação Fa Sol Sib Do Re
Vamos enchergar no braço da guitarra:
3. Primeiro formato – Partindo da tônica de Sol.
Segundo formato – Partindo da terça menor.
Terceiro formato – Partindo da quarta justa.
Quarto formato – Partindo da quinta justa.
Quinto formato – Partindo da sétima menor.
4. Veja só como essa linha de raciocínio nos da de bandeja todo o braço da guitarra para
trabalhar com essa escala.
Uma vez que você compreendeu isso, a teoria por tras da formação da escala e por
consequencia da origem dos cinco formatos, não precisa mais quebrar a cabeça com isso na
hora de aplicar essa escala em outras tonalidades, basta literalmente trocar esses desenhos
de lugar de acordo com a necessidade da música em questão.
Memorize e pratique incansavelmente esses desenhos até que seus dedos façam as conexões
entre esses cinco formatos de forma natural. Dessa maneira, as possibilidades para as
composições e improvisos vão se multiplicar de forma absurda.
Pentatônica Maior.
Pois bem, pegue tudo o que foi visto até aqui e mude apenas uma coisa...A fórmula aplicada
a escala, aquela que nos deu a pentatônica menor.
Dessa vez, faremos o mesmo processo, porém, aplicando a formula que da as caracteristicas
a pentatônica maior, que é a seguinte:
Um tom entre a tônica e a nota seguinte...Nesse caso, será gerada uma segunda maior.
Um tom entre a segunda maior e a nota seguinte...Nesse caso, será gerada uma terça maior.
Um tom e meio entre a terça maior e a nota seguinte... Nesse caso, será gerada uma quinta
justa.
Um tom entre a quinta justa e a nota seguinte...Nesse caso, será gerada uma sexta maior.
Então temos:
Tom – Tom – Tom e meio – Tom
Vou tomar a tônica de Sol como ponto de partida, assim teremos:
Tônica Segunda maior Terça maior Quinta justa Sexta maior
Sol La Si Re Mi
Tom Tom Tom e meio Tom
E segindo a mesmíssima lógica usada até aqui, teremos essas notas da seguinte maneira
espalhadas pelo braço da guitarra.
5. Primeiro formato – Partindo da tônica de Sol.
Segundo formato – Partindo da segunda maior.
Terceiro formato – Partindo da terça maior.
Quarto formato – Partindo da quinta justa.
Quinto formato – Partindo da sexta maior.
6. Depois de ter passado pelo estudo das pentatônicas menores eu tenho certeza que se
identificará com cada um desses desenhos, pois são exatamente os MESMOS.
A diferença fica por conta da nossa referência.
Se a tonalidade da música é Sol menor, usamos:
Se a tonalidade da música é Sol maior, usamos:
E para cada um dos raciocínios, esses primeiros formatos são meramente REFERÊNCIA!!!
Eles nos indicam um ponto de partida, e não que precisamos começar os nossos solos a partir
dai, ok?
Memorize e pratique incansavelmente esses desenhos até que seus dedos façam as conexões
entre esses cinco formatos de forma natural. Dessa maneira, as possibilidades para as
composições e improvisos vão se multiplicar de forma absurda, e a partir desse ponto, não
se confundirá entre as idéias de tonalidade maior e menor.