O documento descreve a história do carnaval no Brasil e a origem do samba na escola de samba Mangueira. Fala sobre como os moradores de Mangueira começaram a cantar e dançar samba no carnaval no início do século XX, antes disso dançavam jongo e maxixe. Também descreve os diferentes tipos de festas de carnaval que existiam para classes diferentes na época, como bailes de máscara para a classe média e cordões de mascarados para os mais pobres.
2. Mangueira
Carlos Cachaça, nascido em Mangueira, nas proximidades
do morro, no dia 3 de agosto de 1902, foi testemunha da
primeira vez em que os mangueirenses ouviram um
samba. Até então, eles cantavam e dançavam o jongo e os
lundus do folclore ou os maxixes que aprendiam nas festas
da igreja da Penha, numa época em que o rádio ainda não
existia (a primeira emissora brasileira, a Rádio
Sociedade, surgiria em 1923). No carnaval, divertiam-se
dançando nos cordões e nos ranchos.
Antes da existência do Morro de Mangueira, havia também
o carnaval elegante, com bailes de máscaras realizados
geralmente em hotéis.
3. A classe média , por sua vez, aderiu imediatamente ao desfile
dos carros alegóricos das grandes sociedades, dividida em
torcidas a favor da Tenentes do Diabo, da Democrática e da
Fenianos, as mais importantes da época, todas fundadas
entre 1860 e 1870. Os pobres divertiam-se nos cordões, a
primeira solução encontrada pelos foliões para brincar em
grupo. Seus integrantes saíam fantasiados (mascarados,
palhaços, diabos, reis, rainhas e outros), em dois tipos de
cordões, o de "velhos"(todos dançavam envergados, imitando
velhos) e os cucumbis, em que predominava a batucada, na
base de adufos, cuícas e reco-reco. O cronista João do Rio
dedicou várias páginas à descrição dos cordões.
4.
5. Notícias
Com suas belas passistas, a
empolgação e a grandiosidade de
seus destaques, mestre-sala e porta-
bandeiira, além da magnitude dos
ritmistas que empolgam com o seu
batuque, o grupo Mangueira Show faz
da sua festa um grande e animado
desfile.
Conte também com a Bateria Surdo
Um, os músicos e ritmistas que levam
a Sapucaí ao delírio.
6. Dai-me inspiração, oh Pai!
Pois em meus versos
quero declamar
A capital da natureza, eternizar
Embarque na Estação Primeira
O mestre a nos guiar
Bambas imortais, o eldorado
dos antigos carnavais
Num relicário de beleza sem igual
Fonte de riqueza natural
Cidade formosa...Verde...Rosa
Teu nome reluz,
Vila Real do Bom Jesus
O apito a tocar preste atenção!
Mistérios e lendas de assombração
Segui com coragem,
mostrei meu valor
É a Mangueira a todo vapor
7. Em cada lugar, um
"causo" que o povo contou
Em cada olhar, na arte
num poema brilhou
Um doce sabor,
tempero pro meu paladar
Procure seu par a
festança já vai começar
Na bênção de São Benedito eu vou
Dançar com o meu amor, o sonho
enfim chegou
Ao paraíso, emoldurado
em cintilante céu azul
Bendita sejas terra amada!
O coração da América do Sul
É hora de darmos as mãos
Agora seguir a missão
Sustentar na mesma direção
Mangueira...O trem da emoção
Viaja na imaginação
Meu samba é madeira, é jequitibá
É poesia dedicada a Cuiabá