3. O que é RIO+20
Nesta edição especial sobre "desenvolvimento sustentável" vamos tentar
esclarecer sobre os objetivos e expectativas da Rio+20, tendo em vista que as
negociações para o documento final da Conferência Rio+20 já estão sendo
realizadas.
Vinte anos após a Cúpula da Terra, realizada no Rio em 1992, a Rio+ 20 será
mais uma oportunidade de refletir sobre o futuro que queremos para o mundo
nos próximos vinte anos.
Nessa conferência, líderes mundiais, milhares de participantes do setor
privado, ONGs e outros grupos se reunirão para determinar como é possível
reduzir a pobreza, promover a justiça social e a proteção do meio ambiente em
um planeta que é cada vez mais habitado.
Segundo Brice Lalonde, esta é uma oportunidade histórica para desenvolver
idéias que possam promover um futuro sustentável - um futuro com mais
postos de trabalho, com fontes de energia limpa, com mais segurança e com um
padrão de vida decente para todos. "O Rio+20 é um dos maiores encontros
mundiais sobre o desenvolvimento sustentável do nosso tempo", disse Brice.
4. Por que se chama RIO+20
O Brasil inteiro já está entrando no clima da Rio+20, mas você sabe o
que, afinal de contas, vai ser o evento? A Rio+20 é a Conferência das
Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que vai acontecer
no Rio de Janeiro este ano.
O objetivo é reunir diversos líderes do mundo inteiro para discutir
como podemos transformar o mundo em um lugar melhor e quais
atitudes podem ser tomadas em prol do desenvolvimento sustentável.
É o maior evento do mundo na área de sustentabilidade e é onde o
futuro inteiro do planeta pode ser decidido!
A conferência se chama Rio+20 porque há exatos 20 anos o Rio de
Janeiro recebeu a Eco92, outra reunião desse grau de
importância, também promovida pela ONU.
5. Quais as concequências?
A Cúpula da Terra, a 'Rio+20', acontece num divisor histórico que
cobra, ao mesmo tempo legitima a busca de novos caminhos para a
continuidade da aventura humana no planeta. A singularidade desta
reunião, o seu maior trunfo, não pode ser abstraído, tampouco
amesquinhado pelas organizações, lideranças e chefes de Estado
reunidos a partir desta 4ª feira no Rio de Janeiro: a Rio+20 reverbera o
colapso da ordem neoliberal.
Não é um acaso, nem deve ser tratado assim. Se a Rio+20 não associar
organicamente a agenda do meio ambiente a um elenco de medidas
destinadas a enfrentar a derrocada em curso suas propostas serão
contaminadas pelo bafejo da irrelevância. O movimento ambientalista,
cuja pertinência está sedimentada em estudos e indicadores científicos
que evidenciam o assalto aos recursos que formam as bases da vida na
Terra, enfrenta aqui a idade da razão.
Sua responsabilidade é dar consequência política à bandeira do Estado
anfitrião desse encontro, ou seja, o futuro sustentável não será
conquistado apenas na esfera ambiental
6. Secretário-geral das Nações Unidas
diz:
secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, lamentou os poucos
avanços na área ambiental desde a Rio92, mas parabenizou a
presidência do Brasil pelos resultados das negociações durante a
Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável,
Rio+20. Segundo ele, durante a conferência, o mundo terá uma
"segunda chance".
"Estamos diante de um acordo histórico, não vamos perder essa
oportunidade. O mundo está nos observando para ver se seremos
capazes de fazer as mudanças", disse.
Ban Ki-moon também ressaltou que a Rio+20 não é o fim de um
processo, mas apenas o começo dele."Está na hora de pensarmos
globalmente e localmente. Estamos lutando contra o relógio", alertou.
Ainda durante a cerimônia, Dilma Rousseff foi eleita a presidenta da
conferência. Em seguida, ela fez um breve discurso de agradecimento,
deu boas vindas aos participantes e abriu os trabalhos