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RESUMO: As atividades experimentais, há muito tempo são consideradas por alguns estudiosos da 
educação como sendo feramentas importantes no processo de ensino e aprendizagem, permitindo a 
convivência dos alunos com os conteúdos trabalhados em sala de aula. Estas atividades permitem aos 
alunos participar de uma forma mais ativa no processo de ensino aprendizagem, saindo do contexto 
passivo onde é apenas um receptor de conhecimentos, passando a ser agente do processo de ensino. 
Outro aspecto relevante é a maior motivação que tais atividades podem desencadear nos alunos, 
principalmente em uma sociedade que vive um momento de consumismo exacerbado de bens de 
consumo como Smartphones, Tabletes e Computadores. Nesta nova realidade o professor não pode 
continuar ministrando suas aulas da mesma forma que fazia há vinte anos. Vivemos em um mundo 
globalizado onde uma infinidade de conhecimentos estão ao alcance dos alunos exigindo uma forma 
diferente de agir e pensar a educação. Pensando nesta mudança de cultura, foi proposta a inclusão de 
atividades experimentais de forma a complementar o ensino de química, buscando atrair uma maior 
atenção dos alunos e uma maior participação. Os resultados se mostraram muito relevantes, havendo 
uma melhora considerável na assimilação dos conteúdos básicos de química pelos alunos. 
Palavras-chave: Atividades Experimentais. Química. Ensino de química. 
INTRODUÇÃO 
As novas tecnologias passaram a se 
apropriar dos espaços escolares e da atenção dos 
alunos, levando a uma situação onde o professor 
não apenas precisa ensinar os conteúdos de sua 
disciplina, mas também, conseguir a atenção 
necessária para o processo de ensino e 
aprendizagem. Segundo Libâneo (2004), a nossa 
sociedade vem passando por inúmeras mudanças, 
econômicas, tecnológicas e culturais, cabendo ao 
professor lidar com essa nova realidade. 
Como alternativa ao processo tradicional 
de ensino, foi apresentada uma proposta de 
utilização de experimentos, relacionados a 
conteúdos anteriormente trabalhados com os 
alunos. 
Segundo Guimarães (2009), as atividades 
experimentais retiram o aluno da função de mero 
espectador para um papel principal, no processo 
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Outro aspecto que se deve levar em 
consideração é a forma de avaliação. Segundo 
Hoffmann (2011) é um processo diário, deve se 
levar em consideração as características de cada 
aluno e ser realizada continuamente. 
A partir destes pressupostos, foi proposta 
uma série de atividades experimentais com a 
função de abordar conteúdos de química, 
anteriormente trabalhados com os alunos. 
Para nível de comparação foram 
utilizados alunos de duas salas diferentes, de uma 
mesma escola, cursando a mesma série, com os 
mesmos professores. Isso permitiu uma melhor 
comparação dos resultados. A primeira sala a 
qual chamaremos de sala X, foram executados os 
experimentos. A outra sala que chamaremos de 
sala Y, serviu como controle. Uma avaliação 
objetiva foi aplicada algum tempo depois da 
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fossem avisados pelo professor. 
MATERIAL E MÉTODOS 
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experimentais. A primeira atividade experimental proposta foi a do ciclo do cobre com materiais alternativos. Este experimento aborda vários conteúdos de química, como, reações de oxido- redução, precipitação e reações de dupla troca. 
A segunda atividade experimental proposta foi a de saponificação utilizando óleo de cozinha usado. Primeiramente foi apresentado aos alunos os danos provocados pelo descarte de óleo nas redes de esgoto ou na fossa séptica. Este experimento permitiu abordar o processo de saponificação dos óleos e conteúdos de danos ambientais. 
Na terceira atividade experimental, realizaram-se dois experimentos: a montagem de uma pilha com limões, eletrodos de cobre e zinco para acionamento de um LED para indicar o funcionamento; e o processo de eletrólise aquosa do cloreto de sódio com o indicador de pH fenolftaleína para indicar a produção de hidróxido de sódio. Estes experimentos abordaram os conceitos de eletroquímica. 
A última atividade experimental, foi a utilização de um calorímetro ligado a um termômetro digital e a uma placa Arduino para a aquisição de dados em tempo real. Dentro do calorímetro, foi realizada uma reação de neutralização ácido-base. Com a ajuda do aparato acima mencionado obtivemos a variação da temperatura em uma tabela do Excel para posterior analise. 
As atividades começaram sempre com uma explicação dos conceitos químicos envolvidos em cada atividade. As dúvidas foram sendo sanadas durante a realização dos experimentos e ao final de cada atividade foi solicitada a confecção de um relatório por grupo, abordando a parte teórica bem como suas observações durante os experimentos. 
Após mais de trinta dias decorridos do fim das atividades experimentais foi aplicada uma avaliação objetiva com questões relacionadas com os conteúdos de reações químicas, eletroquímica, funções orgânicas e termoquímica. 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
A aplicação destas atividades resultou em uma melhora considerável nas notas obtidas pelos alunos que participarm das atividades experimentais. 
Na sala X onde foram realizados os experimentos, vinte e três alunos realizaram a avaliação de conhecimento de química. Na sala Y salas de controle dezessete alunos realizaram a avalição. Na tabela abaixo temos um comparativo entre as notas obtidas nas duas salas. 
Tabela 1: Comparativo das notas obtidas na sala X e sala Y 
Nota 
Alunos Sala X 
Alunos Sala Y 
7,1 
06 
06 
5,7 
16 
--- 
4,3 
01 
05 
2,9 
--- 
04 
1,4 
--- 
02 
A pesar das duas classes terem tido o mesmo número de notas em 7,1 pontos, que foi a maior nota obtida, na sala X a maioria dos alunos obtiveram nota 5,7 enquanto na sala de controle a maior parte das notas ficou entre 4,3 e 2,9 pontos. 
A média das notas na sala X foi 6,0 pontos, com um desvio padrão relativo de 11,8%. Na sala Y a média foi de 4,6 pontos, com um desvio padrão relativo de 43,9%. 
Um fato importante ocorreu com duas questões da avaliação. Em uma questão a maioria dos alunos que participarm das atividades experimentais, conseguiram acertar a resposta em quanto que a sala de controle a grande maioria não conseguiu. 
Na outra questão tanto os alunos que participaram das atividades experimentais quanto os alunos do controle não conseguiram acertar a resposta demonstrando que neste caso o experimento não conseguiu cumprir com seus objetivos, sendo necessário uma avalição da forma de execução do mesmo. 
CONCLUSÕES 
Chegamos à conclusão de que a utilização de atividades experimentais podem contribuir de forma considerável para uma melhor assimilação dos conteúdos de química no ensino médio. 
AGRADECIMENTOS 
Ao PIBIC/IF-GOIANO pelo auxílio financeiro durante a execução deste trabalho. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
GUIMARÃES, G. C. Experimentação no Ensino de Química: Caminhos e Descaminhos Rumo à Aprendizagem Significativa. QUÍMICA NOVA NA ESCOLA, Agosto 2009. p. 198-202. 
HOFFMANN, J. Avaliar para promover: As setas do caminho. 14ª ed. Porto Alegre: Mediação, 2011. p. 62-64. 
LIBANÊO, J. C. Pedagogia e pedagogos para quê? 7ª ed. São Paulo: Cortez, 2004. p. 17-34.

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Ceres resumo 2

  • 1. III Congresso Estadual de Iniciação Científica do IF Goiano A pesquisa científica como fator de desenvolvimento regional 22 a 25 de setembro de 2014. IF Goiano – Câmpus Ceres. Ceres, GO ATIVIDADES EXPERIMENTAIS, UMA PODEROSA FERRAMENTA PARA O ENSINO DE QUÍMICA Uashington José Ferreira(1); Paulo Silva Melo(2). (1) Estudante de Licenciatura em Química, Bolsista de Iniciação Científica PIBIC/IF; Instituto Federal Goiano – Campus Iporá; Uashington@gmail.com; (2) Professor; Instituto Federal Goiano – Campus Iporá. RESUMO: As atividades experimentais, há muito tempo são consideradas por alguns estudiosos da educação como sendo feramentas importantes no processo de ensino e aprendizagem, permitindo a convivência dos alunos com os conteúdos trabalhados em sala de aula. Estas atividades permitem aos alunos participar de uma forma mais ativa no processo de ensino aprendizagem, saindo do contexto passivo onde é apenas um receptor de conhecimentos, passando a ser agente do processo de ensino. Outro aspecto relevante é a maior motivação que tais atividades podem desencadear nos alunos, principalmente em uma sociedade que vive um momento de consumismo exacerbado de bens de consumo como Smartphones, Tabletes e Computadores. Nesta nova realidade o professor não pode continuar ministrando suas aulas da mesma forma que fazia há vinte anos. Vivemos em um mundo globalizado onde uma infinidade de conhecimentos estão ao alcance dos alunos exigindo uma forma diferente de agir e pensar a educação. Pensando nesta mudança de cultura, foi proposta a inclusão de atividades experimentais de forma a complementar o ensino de química, buscando atrair uma maior atenção dos alunos e uma maior participação. Os resultados se mostraram muito relevantes, havendo uma melhora considerável na assimilação dos conteúdos básicos de química pelos alunos. Palavras-chave: Atividades Experimentais. Química. Ensino de química. INTRODUÇÃO As novas tecnologias passaram a se apropriar dos espaços escolares e da atenção dos alunos, levando a uma situação onde o professor não apenas precisa ensinar os conteúdos de sua disciplina, mas também, conseguir a atenção necessária para o processo de ensino e aprendizagem. Segundo Libâneo (2004), a nossa sociedade vem passando por inúmeras mudanças, econômicas, tecnológicas e culturais, cabendo ao professor lidar com essa nova realidade. Como alternativa ao processo tradicional de ensino, foi apresentada uma proposta de utilização de experimentos, relacionados a conteúdos anteriormente trabalhados com os alunos. Segundo Guimarães (2009), as atividades experimentais retiram o aluno da função de mero espectador para um papel principal, no processo de ensino e aprendizagem. Outro aspecto que se deve levar em consideração é a forma de avaliação. Segundo Hoffmann (2011) é um processo diário, deve se levar em consideração as características de cada aluno e ser realizada continuamente. A partir destes pressupostos, foi proposta uma série de atividades experimentais com a função de abordar conteúdos de química, anteriormente trabalhados com os alunos. Para nível de comparação foram utilizados alunos de duas salas diferentes, de uma mesma escola, cursando a mesma série, com os mesmos professores. Isso permitiu uma melhor comparação dos resultados. A primeira sala a qual chamaremos de sala X, foram executados os experimentos. A outra sala que chamaremos de sala Y, serviu como controle. Uma avaliação objetiva foi aplicada algum tempo depois da realização dos experimentos sem que os alunos fossem avisados pelo professor. MATERIAL E MÉTODOS Os trabalhos começaram com uma visita ao laboratório, onde foram apresentados os equipamentos e vidrarias e sua função de forma simplifica. Foi solicitado aos alunos a confecção de um pequeno relatório sobre normas de segurança no laboratório e sinais de advertência. Tendo os alunos uma noção das normas de segurança, iniciou-se as atividades
  • 2. III Congresso Estadual de Iniciação Científica do IF Goiano. 22 a 25 de setembro de 2014. 2 experimentais. A primeira atividade experimental proposta foi a do ciclo do cobre com materiais alternativos. Este experimento aborda vários conteúdos de química, como, reações de oxido- redução, precipitação e reações de dupla troca. A segunda atividade experimental proposta foi a de saponificação utilizando óleo de cozinha usado. Primeiramente foi apresentado aos alunos os danos provocados pelo descarte de óleo nas redes de esgoto ou na fossa séptica. Este experimento permitiu abordar o processo de saponificação dos óleos e conteúdos de danos ambientais. Na terceira atividade experimental, realizaram-se dois experimentos: a montagem de uma pilha com limões, eletrodos de cobre e zinco para acionamento de um LED para indicar o funcionamento; e o processo de eletrólise aquosa do cloreto de sódio com o indicador de pH fenolftaleína para indicar a produção de hidróxido de sódio. Estes experimentos abordaram os conceitos de eletroquímica. A última atividade experimental, foi a utilização de um calorímetro ligado a um termômetro digital e a uma placa Arduino para a aquisição de dados em tempo real. Dentro do calorímetro, foi realizada uma reação de neutralização ácido-base. Com a ajuda do aparato acima mencionado obtivemos a variação da temperatura em uma tabela do Excel para posterior analise. As atividades começaram sempre com uma explicação dos conceitos químicos envolvidos em cada atividade. As dúvidas foram sendo sanadas durante a realização dos experimentos e ao final de cada atividade foi solicitada a confecção de um relatório por grupo, abordando a parte teórica bem como suas observações durante os experimentos. Após mais de trinta dias decorridos do fim das atividades experimentais foi aplicada uma avaliação objetiva com questões relacionadas com os conteúdos de reações químicas, eletroquímica, funções orgânicas e termoquímica. RESULTADOS E DISCUSSÃO A aplicação destas atividades resultou em uma melhora considerável nas notas obtidas pelos alunos que participarm das atividades experimentais. Na sala X onde foram realizados os experimentos, vinte e três alunos realizaram a avaliação de conhecimento de química. Na sala Y salas de controle dezessete alunos realizaram a avalição. Na tabela abaixo temos um comparativo entre as notas obtidas nas duas salas. Tabela 1: Comparativo das notas obtidas na sala X e sala Y Nota Alunos Sala X Alunos Sala Y 7,1 06 06 5,7 16 --- 4,3 01 05 2,9 --- 04 1,4 --- 02 A pesar das duas classes terem tido o mesmo número de notas em 7,1 pontos, que foi a maior nota obtida, na sala X a maioria dos alunos obtiveram nota 5,7 enquanto na sala de controle a maior parte das notas ficou entre 4,3 e 2,9 pontos. A média das notas na sala X foi 6,0 pontos, com um desvio padrão relativo de 11,8%. Na sala Y a média foi de 4,6 pontos, com um desvio padrão relativo de 43,9%. Um fato importante ocorreu com duas questões da avaliação. Em uma questão a maioria dos alunos que participarm das atividades experimentais, conseguiram acertar a resposta em quanto que a sala de controle a grande maioria não conseguiu. Na outra questão tanto os alunos que participaram das atividades experimentais quanto os alunos do controle não conseguiram acertar a resposta demonstrando que neste caso o experimento não conseguiu cumprir com seus objetivos, sendo necessário uma avalição da forma de execução do mesmo. CONCLUSÕES Chegamos à conclusão de que a utilização de atividades experimentais podem contribuir de forma considerável para uma melhor assimilação dos conteúdos de química no ensino médio. AGRADECIMENTOS Ao PIBIC/IF-GOIANO pelo auxílio financeiro durante a execução deste trabalho. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GUIMARÃES, G. C. Experimentação no Ensino de Química: Caminhos e Descaminhos Rumo à Aprendizagem Significativa. QUÍMICA NOVA NA ESCOLA, Agosto 2009. p. 198-202. HOFFMANN, J. Avaliar para promover: As setas do caminho. 14ª ed. Porto Alegre: Mediação, 2011. p. 62-64. LIBANÊO, J. C. Pedagogia e pedagogos para quê? 7ª ed. São Paulo: Cortez, 2004. p. 17-34.