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PCC-2466
     SISTEMAS PREDIAIS II

Sistemas Prediais de Proteção contra
Descargas Atmosféricas - SPDA
SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

   Conceituação de SPDA – NBR 5419/2001

   • Sistema completo destinado a proteger uma
     estrutura contra os efeitos das descargas
     atmosféricas. É composto de um sistema externo e
     de um sistema interno de proteção.
       • Sistema externo de proteção: sistema que
         consiste em subsistema de captores, subsistema de
         condutores de descida e susbistema de aterramento.

       • Sistema interno de proteção: conjunto de
         dispositivos que reduzem os efeitos elétricos e
         magnéticos da corrente de descarga atmosférica
         dentro do volume a proteger (DPS – dispositivo
         de proteção contra surtos).
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SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

   Conceitos Básicos

     • Descarga atmosférica - descarga elétrica de origem
       atmosférica entre uma nuvem e a terra ou entre
       nuvens, consistindo em um ou mais impulsos de vários
       quiloamperes.

     • Raio - um dos impulsos elétricos de uma descarga
       atmosférica para a terra.

     • Relâmpago - luz gerada pelo arco elétrico do raio.

     • Trovão - ruído produzido pelo deslocamento do ar
       devido ao súbito aquecimento causado pela descarga
       do raio.
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SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

   Formação das cargas nas nuvens

    • A forma mais comum de explicar a formação das
      cargas e o modelo das nuvens é a representação bi-
      polar: a nuvem como um enorme bipolo com cargas
      positivas na parte superior e as negativas na inferior.

    • A nuvem carregada, induz no solo cargas positivas,
      que ocupam uma área correspondente ao tamanho da
      nuvem. Como a nuvem é arrastada pelo vento, a
      região de cargas positivas no solo acompanha o
      deslocamento dela, formando uma forma de sombra
      de cargas positivas que seguem a nuvem.


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SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

   Indução de cargas positivas no solo

             + + + + + + + +       • Esse bipolo tem uma altura de
              ----------             10 a 15 km e extensão de
                                     alguns km2.
                                   • A diferença de temperatura
                                     entre a base e o teto da nuvem
                                     (65 a 70o C) provoca a formação
                      +              de correntes ascendentes no
                          +   +
                +                    centro      da     nuvem       e
                     +               descendentes nas bordas. Essas
                    +         ++     correntes de ar deslocando as
                                     partículas provocaria o atrito e
                          +          conseqüente       carregamento,
                          +          formando o bipolo.
                          +
            + + + + + + + + + +

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SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

  Formação das descarga atmosféricas
  • Ocorre um raio quando a diferença de potencial entre a nuvem e a
    superfície da Terra ou entre duas nuvens é suficiente para ionizar o ar;
    os átomos do ar perdem alguns de seus elétrons e tem início a uma
    corrente elétrica (descarga).




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SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS
   Ação dos raios em seres vivos
      • Uma descarga penetrando o solo pode gerar um
        gradiente de potencial perigoso para as pessoas e
        animais.




      • Tensão
        de
        passo


                                                        Diferença de potencial

                       Gradiente de potencial do solo

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SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

   Pára-raios – Como funcionam?

                                   • As descargas elétricas das
                                     nuvens de tempestades
                                     se dirigem para o solo.
                                   • Um campo elétrico que
                                     sai do pára-raios intercepta
                                     a carga e completa um
                                     circuito.
                                   • O resultado é uma grande
                                    carga de eletricidade,
                                    chamada de raio.
                                   • O pára-raios dissipa esta
                                    carga ao levá-la para o solo.
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SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

   Pára-raios

      • É um SPDA que tem como objetivo
        encaminhar a energia do raio, desde o
        ponto que ele atinge a edificação até o
        aterramento, o mais rápido e seguro
        possível.
      • O SPDA não pára o raio, não atrai raios e
        nem evita que o raio caia.
      • O SPDA protege o patrimônio (edificação)
        e as pessoas que estão dentro da
        edificação que é protegida.
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SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

   Funções do SPDA

   • Neutralizar, pelo poder de atração das pontas, o
     crescimento do gradiente de potencial elétrico entre o
     solo e as nuvens, por meio do permanente escoamento
     de cargas elétricas do meio ambiente para a terra.

    • Oferecer à descarga elétrica que for cair em suas
      proximidades um caminho preferencial, reduzindo os
      riscos de sua incidência sobre as estruturas.

        Um pára-raio corretamente instalado reduz
        significativamente os perigos e os riscos de
        danos, pois captará os raios que iriam cair nas
        proximidades de sua instalação.
PCC-2466 - Sistemas Prediais II                           10
SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS


   Tipos de SPDA
     • Existem basicamente dois tipos de SPDA

         • Pontas ou Hastes

         • Gaiola de Faraday

      Os sistemas que utilizam o efeito das pontas são
      mais econômicos, mas para edifícios longos,
      como fábricas, o princípio da “gaiola” pode se
      tornar mais econômico. E no caso de edifícios
      destinados a equipamentos eletrônicos torna-se
      indispensável.
PCC-2466 - Sistemas Prediais II                          11
SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS


   Tipos de SPDA

   • Hastes ou do tipo Franklin
      • O método proposto por Franklin tem por base uma haste
        elevada. Esta haste, em forma de ponta, produz, sob a
        nuvem carregada, uma alta concentração de cargas
        elétricas, juntamente com um campo elétrico intenso.
        Isto produz a ionização do ar diminuindo a altura efetiva
        de nuvem carregada, o que propicia o raio através do
        “rompimento” da rigidez dielétrica da camada de ar.

      • Utiliza a propriedade das pontas metálicas de propiciar o
        escoamento das cargas elétricas para a atmosfera,
        chamado de poder das pontas.

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SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

    Tipos de SPDA
    • Hastes ou
                                    + + + + + + +
      do tipo Franklin              _ _ _ _ _ __ _
                                              _
                                               _


                                                         Raio




                                                     Campo elétrico intenso
                                               +
                                               +
                                      haste
                                               +
                                               +
                                               +
                                               +
                          _ _ _ _ _ + + + + + + + + + + Solo_ _ _ _
                                                        _
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SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

    Tipos de SPDA
    • Hastes ou do tipo Franklin
        Formado por um
        mastro
        galvanizado,
        suportes isoladores
        para o mastro,
        base de fixação e
        um condutor de
        descida que leva a
        descarga elétrica
        até a malha de
        aterramento.

  PCC-2466 - Sistemas Prediais II                   14
SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

     Tipos de SPDA
    • Hastes ou do tipo Franklin
       • O raio captado pela haste é transportado pelo cabo de
         descida e escoado na terra pelo sistema de aterramento.
         Se o diâmetro do cabo de descida, conexões e
         aterramento não forem adequados, as tensões ao longo
         do sistema que constitui o pára-raios serão elevadas e a
         segurança estará comprometida.
     • Ao se instalar um sistema de proteção com pára-raios,
       deve-se ter sempre o princípio básico da proteção:

         É preferível não ter pára-raios do que ter
         um mal dimensionado ou mal instalado.
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SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

      Componentes do sistema tipo Franklin
   • Captor – principal componente do pára-raios, formado
     por três pontas ou mais de aço inoxidável ou cobre. É
     denominado de ponta.
    • Mastro ou haste – é o suporte do captor, constituído
      de um tubo de cobre de comprimento igual a 5 m e com
      55 mm de diâmetro. A sua função é suportar o captor e
      servir de condutor metálico.

    • Isolador – é a base de fixação do mastro ou haste. Em
      geral, de porcelana vitrificada ou de vidro temperado
      para nível de tensão de 10 KV.
    • Condutor de descida – é o condutor que faz ligação
      entre o captor e o eletrodo de terra.
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SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

      Componentes do sistema tipo Franklin
   • Condutor de descida
       • Tem a função de conduzir o raio desde o captor até o
         sistema de aterramento. Esta condução deverá ser feita
         de modo a não causar dano na estrutura protegida,
         manter os potenciais abaixo do nível de segurança e não
         produzir faiscamentos laterais com estruturas metálicas
         vizinhas.
       • Deve ser contínuo. Se não for possível, usar emendas
         metalizadas. Estas emendas devem ter seção maior ou
         igual ao cabo de descida.
       • Os condutores de descida devem ser instalados nos
         cantos principais da edificação e ao longo das fachadas,
         de acordo com o nível de proteção.
 PCC-2466 - Sistemas Prediais II                               17
SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

      Componentes do sistema tipo Franklin
   • Condutor de descida                  Não
                                        permitido
                                                    permitido
      • No caso de edifícios com os
        andares     superiores  em
        balanço, não é permitido
        que o condutor de descida
        contorne o balanço. Poderia
        por em risco a segurança de
        uma     pessoa     que     aí
        estivesse. Neste caso é
        obrigatório que o condutor
        de descida passe por um
        local protegido como um
        poço interno, por exemplo.
 PCC-2466 - Sistemas Prediais II                                18
SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

      Componentes do sistema tipo Franklin
   • A armadura de concreto como condutor de descida

      • As armaduras de concreto armado podem ser
        consideradas condutores de descida naturais,
        desde que:
          • Cerca de 50% dos cruzamentos de barras da
            armadura,    incluindo os   estribos,  estejam
            firmemente amarrados com arame de aço torcido e
            as barras na região de trespasse apresentem
            comprimento de sobreposição de no mínimo 20
            diâmetros, igualmente amarrados com arame de
            aço torcido, ou soldadas, ou interligadas por
            conexão mecânica adequada.

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SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

      Componentes do sistema tipo Franklin

   • Eletrodo de terra – o condutor de descida é conectado
     na sua extremidade inferior a três ou mais eletrodos de
     terra, cujo valor da resistência de aterramento não
     deverá ser superior a 10 ohms, na pior época do ano
     (período seco) para instalações em geral e de 1 ohm
     para edificações destinadas a materiais explosivos ou
     facilmente inflamáveis.

    • A função do aterramento nos SPDA é dissipar no
      solo as correntes dos raios recebidas pelos
      captores e conduzidas pelas descidas. Quando da
      dissipação devem ser satisfeitas as seguintes
      condições:
 PCC-2466 - Sistemas Prediais II                               20
SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

      Aterramento
    • Não devem surgir diferenças de potencial entre equipamentos
      ou partes de um mesmo equipamento;
    • Não devem surgir no solo diferenças de potencial que causem
      tensões de passo perigosas às pessoas;
    • Não devem surgir entre as partes metálicas e o solo
      diferenças de potencial que causem tensões de toque ou
      descarga laterais às pessoas.

     Para que estas condições sejam atendidas deve-se
     equalizar os referenciais de potencial das diferentes
     entradas (força e telefone, por exemplo) de modo
     que não surjam diferenças de potencial perigosas
     aos equipamentos.
 PCC-2466 - Sistemas Prediais II                                    21
SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

      Componentes do sistema tipo Franklin


    • Conexão de medição – conexão desmontável
      destinada a permitir a medição da resistência de
      aterramento. Deve ser instalada a 2 m ou mais acima do
      nível do solo.




 PCC-2466 - Sistemas Prediais II                               22
SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS


   Tipos de SPDA

   • Gaiola de Faraday

      • O princípio básico da proteção de Michael
        Faraday (1791-1867) é usar os condutores de
        captura em forma de anel.

      • É uma proteção eficiente e largamente adotada.
        Para melhorar a sua eficiência, pode ser usada
        em conjunto com a proteção tipo Franklin.


PCC-2466 - Sistemas Prediais II                     23
SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

  Tipos de SPDA

  • Gaiola de Faraday

      É formada por um
      captor, cabos de
      cobre no formato de
      uma malha,
      suportes isoladores
      e tubos de proteção
      para os condutores
      de descida até o
      solo.


  PCC-2466 - Sistemas Prediais II                   24
SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

     Largura do módulo da malha da Gaiola de Faraday

                  Largura do módula da malha
            Nível de proteção    Distância máxima
                                dos espaçamentos
                     I                  5m

                   II e III                10 m

                       IV                  20 m


      • O módulo da malha deverá constituir um anel fechado, com o
        comprimento não superior ao dobro da sua largura.

PCC-2466 - Sistemas Prediais II                                 25
SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS
     Classificação de Estruturas (NBR 5419/2001)
      Classificação da                     Tipo de estrutura                     Nível de
         estrutura                                                               proteção
                           Residências                                              III
                           Fazendas, estabelecimento agropecuários               III ou IV
                           Teatros, escolas, lojas de departamentos, áreas          II
                           esportivas e igrejas
    Estruturas comuns
                           Bancos, companhias de seguro, companhias                 II
                           comerciais e outros
                           Hospitais, casa de repouso e prisões                     II
                           Indústrias                                               III
                           Museus, locais arqueológicos                             II
    Estruturas com risco   Estações de telecomunicação, usinas elétricas             I
    confinado              industriais
    Estruturas com risco   Refinarias, postos de combustível, fábricas de            I
    para os arredores      fogos, fábricas de munição
    Estruturas com risco   Indústrias químicas, usinas nucleares, laboratórios       I
    para o meio ambiente   bioquímicos
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SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

  Tipos de SPDA
  • Pára-raios radioativo
       • Sua ação ativa é produzida pelos elementos radioativo que
         bombardeiam o ar, ionizando-o. Esta ação radioativa ocorre
         permanentemente durante toda a vida útil do pára-raios.
     • É semelhante ao pára-raios de Franklin. No seu captor são
       colocados os elementos (material) radioativos.

     • Inicialmente era utilizado o elemento radioativo Rádio-266 que
       emite partículas alfa (núcleos de Hélio), mas como existe sempre
       em equilíbrio com o Radônio-222, gás nobre e altamente difusível,
       foi abandonado por emitir radiações alfa e gama.

     • Atualmente tem sido utilizado elementos sintéticos, como o
       transurânico Amerício 241, que praticamente não emite radiações
       gama.

  PCC-2466 - Sistemas Prediais II                                          27
SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

  Tipos de SPDA

  • Abolição do pára-raios radioativo no Brasil
       • A zona espacial de proteção não é muito maior que a do pára-raios
         tipo Franklin.
       • Risco na armazenagem e manuseio durante a instalação .

       • Risco no uso indiscriminado de pára-raios nos edifícios com
         alturas distintas.
       • Vida útil do elemento radioativo (média de 450 anos), muito
         maior que a vida útil do edifício e dos elementos que compõem
         o pára-raio.

       • Quando o pára-raios ficar velho e fora de uso, onde guardar a
         carcaça radioativa?

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SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS


   Proteção de instalações especiais

   • Áreas esportivas

     • As áreas esportivas, camping, piscinas,
       estádios etc. devem ser protegidas. A solução
       mais simples é a proteção por meio de
       terminais em mastros de bandeira, ou torre
       de holofotes ou reservatórios de água.

     • O número de terminais depende do caso
       específico (natureza, importância, área).

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SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS


   Proteção de instalações especiais
   • Igrejas
     • São muito sujeitas às descargas atmosféricas,
       por causa da sua altura e das massas metálicas
       (sino) existentes nas torres.
     • A torre do sino deve ser dotada de um captor,
       ao qual deve ser ligado à massa dos sinos,
       carrilhões ou relógios que existam.
     • Se no alto existirem estátuas ou cruz, também
       estas devem ter um captor; se forem metálicas,
       elas mesmas devem participar do sistema.
PCC-2466 - Sistemas Prediais II                     30
Referências
   • NBR 5419/2001: Proteção de       estruturas
     contra descargas atmosféricas.

   • VISACRO Filho, S. Descargas atmosféricas:
     uma abordagem de engenharia. São Paulo:
     Artiber Editora, 2005.

   • KIDERMANN, G. Descargas atmosféricas: uma
     abordagem de engenharia. São Paulo: ABDR
     Editora, 1997.

   • http://www.pea.usp.br/ext/pea2402/spda.pdf.



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  • 1. PCC-2466 SISTEMAS PREDIAIS II Sistemas Prediais de Proteção contra Descargas Atmosféricas - SPDA
  • 2. SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS Conceituação de SPDA – NBR 5419/2001 • Sistema completo destinado a proteger uma estrutura contra os efeitos das descargas atmosféricas. É composto de um sistema externo e de um sistema interno de proteção. • Sistema externo de proteção: sistema que consiste em subsistema de captores, subsistema de condutores de descida e susbistema de aterramento. • Sistema interno de proteção: conjunto de dispositivos que reduzem os efeitos elétricos e magnéticos da corrente de descarga atmosférica dentro do volume a proteger (DPS – dispositivo de proteção contra surtos). PCC-2466 - Sistemas Prediais II 2
  • 3. SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS Conceitos Básicos • Descarga atmosférica - descarga elétrica de origem atmosférica entre uma nuvem e a terra ou entre nuvens, consistindo em um ou mais impulsos de vários quiloamperes. • Raio - um dos impulsos elétricos de uma descarga atmosférica para a terra. • Relâmpago - luz gerada pelo arco elétrico do raio. • Trovão - ruído produzido pelo deslocamento do ar devido ao súbito aquecimento causado pela descarga do raio. PCC-2466 - Sistemas Prediais II 3
  • 4. SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS Formação das cargas nas nuvens • A forma mais comum de explicar a formação das cargas e o modelo das nuvens é a representação bi- polar: a nuvem como um enorme bipolo com cargas positivas na parte superior e as negativas na inferior. • A nuvem carregada, induz no solo cargas positivas, que ocupam uma área correspondente ao tamanho da nuvem. Como a nuvem é arrastada pelo vento, a região de cargas positivas no solo acompanha o deslocamento dela, formando uma forma de sombra de cargas positivas que seguem a nuvem. PCC-2466 - Sistemas Prediais II 4
  • 5. SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS Indução de cargas positivas no solo + + + + + + + + • Esse bipolo tem uma altura de ---------- 10 a 15 km e extensão de alguns km2. • A diferença de temperatura entre a base e o teto da nuvem (65 a 70o C) provoca a formação + de correntes ascendentes no + + + centro da nuvem e + descendentes nas bordas. Essas + ++ correntes de ar deslocando as partículas provocaria o atrito e + conseqüente carregamento, + formando o bipolo. + + + + + + + + + + + PCC-2466 - Sistemas Prediais II 5
  • 6. SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS Formação das descarga atmosféricas • Ocorre um raio quando a diferença de potencial entre a nuvem e a superfície da Terra ou entre duas nuvens é suficiente para ionizar o ar; os átomos do ar perdem alguns de seus elétrons e tem início a uma corrente elétrica (descarga). PCC-2466 - Sistemas Prediais II 6
  • 7. SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS Ação dos raios em seres vivos • Uma descarga penetrando o solo pode gerar um gradiente de potencial perigoso para as pessoas e animais. • Tensão de passo Diferença de potencial Gradiente de potencial do solo PCC-2466 - Sistemas Prediais II 7
  • 8. SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS Pára-raios – Como funcionam? • As descargas elétricas das nuvens de tempestades se dirigem para o solo. • Um campo elétrico que sai do pára-raios intercepta a carga e completa um circuito. • O resultado é uma grande carga de eletricidade, chamada de raio. • O pára-raios dissipa esta carga ao levá-la para o solo. PCC-2466 - Sistemas Prediais II 8
  • 9. SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS Pára-raios • É um SPDA que tem como objetivo encaminhar a energia do raio, desde o ponto que ele atinge a edificação até o aterramento, o mais rápido e seguro possível. • O SPDA não pára o raio, não atrai raios e nem evita que o raio caia. • O SPDA protege o patrimônio (edificação) e as pessoas que estão dentro da edificação que é protegida. PCC-2466 - Sistemas Prediais II 9
  • 10. SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS Funções do SPDA • Neutralizar, pelo poder de atração das pontas, o crescimento do gradiente de potencial elétrico entre o solo e as nuvens, por meio do permanente escoamento de cargas elétricas do meio ambiente para a terra. • Oferecer à descarga elétrica que for cair em suas proximidades um caminho preferencial, reduzindo os riscos de sua incidência sobre as estruturas. Um pára-raio corretamente instalado reduz significativamente os perigos e os riscos de danos, pois captará os raios que iriam cair nas proximidades de sua instalação. PCC-2466 - Sistemas Prediais II 10
  • 11. SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS Tipos de SPDA • Existem basicamente dois tipos de SPDA • Pontas ou Hastes • Gaiola de Faraday Os sistemas que utilizam o efeito das pontas são mais econômicos, mas para edifícios longos, como fábricas, o princípio da “gaiola” pode se tornar mais econômico. E no caso de edifícios destinados a equipamentos eletrônicos torna-se indispensável. PCC-2466 - Sistemas Prediais II 11
  • 12. SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS Tipos de SPDA • Hastes ou do tipo Franklin • O método proposto por Franklin tem por base uma haste elevada. Esta haste, em forma de ponta, produz, sob a nuvem carregada, uma alta concentração de cargas elétricas, juntamente com um campo elétrico intenso. Isto produz a ionização do ar diminuindo a altura efetiva de nuvem carregada, o que propicia o raio através do “rompimento” da rigidez dielétrica da camada de ar. • Utiliza a propriedade das pontas metálicas de propiciar o escoamento das cargas elétricas para a atmosfera, chamado de poder das pontas. PCC-2466 - Sistemas Prediais II 12
  • 13. SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS Tipos de SPDA • Hastes ou + + + + + + + do tipo Franklin _ _ _ _ _ __ _ _ _ Raio Campo elétrico intenso + + haste + + + + _ _ _ _ _ + + + + + + + + + + Solo_ _ _ _ _ PCC-2466 - Sistemas Prediais II 13
  • 14. SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS Tipos de SPDA • Hastes ou do tipo Franklin Formado por um mastro galvanizado, suportes isoladores para o mastro, base de fixação e um condutor de descida que leva a descarga elétrica até a malha de aterramento. PCC-2466 - Sistemas Prediais II 14
  • 15. SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS Tipos de SPDA • Hastes ou do tipo Franklin • O raio captado pela haste é transportado pelo cabo de descida e escoado na terra pelo sistema de aterramento. Se o diâmetro do cabo de descida, conexões e aterramento não forem adequados, as tensões ao longo do sistema que constitui o pára-raios serão elevadas e a segurança estará comprometida. • Ao se instalar um sistema de proteção com pára-raios, deve-se ter sempre o princípio básico da proteção: É preferível não ter pára-raios do que ter um mal dimensionado ou mal instalado. PCC-2466 - Sistemas Prediais II 15
  • 16. SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS Componentes do sistema tipo Franklin • Captor – principal componente do pára-raios, formado por três pontas ou mais de aço inoxidável ou cobre. É denominado de ponta. • Mastro ou haste – é o suporte do captor, constituído de um tubo de cobre de comprimento igual a 5 m e com 55 mm de diâmetro. A sua função é suportar o captor e servir de condutor metálico. • Isolador – é a base de fixação do mastro ou haste. Em geral, de porcelana vitrificada ou de vidro temperado para nível de tensão de 10 KV. • Condutor de descida – é o condutor que faz ligação entre o captor e o eletrodo de terra. PCC-2466 - Sistemas Prediais II 16
  • 17. SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS Componentes do sistema tipo Franklin • Condutor de descida • Tem a função de conduzir o raio desde o captor até o sistema de aterramento. Esta condução deverá ser feita de modo a não causar dano na estrutura protegida, manter os potenciais abaixo do nível de segurança e não produzir faiscamentos laterais com estruturas metálicas vizinhas. • Deve ser contínuo. Se não for possível, usar emendas metalizadas. Estas emendas devem ter seção maior ou igual ao cabo de descida. • Os condutores de descida devem ser instalados nos cantos principais da edificação e ao longo das fachadas, de acordo com o nível de proteção. PCC-2466 - Sistemas Prediais II 17
  • 18. SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS Componentes do sistema tipo Franklin • Condutor de descida Não permitido permitido • No caso de edifícios com os andares superiores em balanço, não é permitido que o condutor de descida contorne o balanço. Poderia por em risco a segurança de uma pessoa que aí estivesse. Neste caso é obrigatório que o condutor de descida passe por um local protegido como um poço interno, por exemplo. PCC-2466 - Sistemas Prediais II 18
  • 19. SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS Componentes do sistema tipo Franklin • A armadura de concreto como condutor de descida • As armaduras de concreto armado podem ser consideradas condutores de descida naturais, desde que: • Cerca de 50% dos cruzamentos de barras da armadura, incluindo os estribos, estejam firmemente amarrados com arame de aço torcido e as barras na região de trespasse apresentem comprimento de sobreposição de no mínimo 20 diâmetros, igualmente amarrados com arame de aço torcido, ou soldadas, ou interligadas por conexão mecânica adequada. PCC-2466 - Sistemas Prediais II 19
  • 20. SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS Componentes do sistema tipo Franklin • Eletrodo de terra – o condutor de descida é conectado na sua extremidade inferior a três ou mais eletrodos de terra, cujo valor da resistência de aterramento não deverá ser superior a 10 ohms, na pior época do ano (período seco) para instalações em geral e de 1 ohm para edificações destinadas a materiais explosivos ou facilmente inflamáveis. • A função do aterramento nos SPDA é dissipar no solo as correntes dos raios recebidas pelos captores e conduzidas pelas descidas. Quando da dissipação devem ser satisfeitas as seguintes condições: PCC-2466 - Sistemas Prediais II 20
  • 21. SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS Aterramento • Não devem surgir diferenças de potencial entre equipamentos ou partes de um mesmo equipamento; • Não devem surgir no solo diferenças de potencial que causem tensões de passo perigosas às pessoas; • Não devem surgir entre as partes metálicas e o solo diferenças de potencial que causem tensões de toque ou descarga laterais às pessoas. Para que estas condições sejam atendidas deve-se equalizar os referenciais de potencial das diferentes entradas (força e telefone, por exemplo) de modo que não surjam diferenças de potencial perigosas aos equipamentos. PCC-2466 - Sistemas Prediais II 21
  • 22. SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS Componentes do sistema tipo Franklin • Conexão de medição – conexão desmontável destinada a permitir a medição da resistência de aterramento. Deve ser instalada a 2 m ou mais acima do nível do solo. PCC-2466 - Sistemas Prediais II 22
  • 23. SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS Tipos de SPDA • Gaiola de Faraday • O princípio básico da proteção de Michael Faraday (1791-1867) é usar os condutores de captura em forma de anel. • É uma proteção eficiente e largamente adotada. Para melhorar a sua eficiência, pode ser usada em conjunto com a proteção tipo Franklin. PCC-2466 - Sistemas Prediais II 23
  • 24. SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS Tipos de SPDA • Gaiola de Faraday É formada por um captor, cabos de cobre no formato de uma malha, suportes isoladores e tubos de proteção para os condutores de descida até o solo. PCC-2466 - Sistemas Prediais II 24
  • 25. SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS Largura do módulo da malha da Gaiola de Faraday Largura do módula da malha Nível de proteção Distância máxima dos espaçamentos I 5m II e III 10 m IV 20 m • O módulo da malha deverá constituir um anel fechado, com o comprimento não superior ao dobro da sua largura. PCC-2466 - Sistemas Prediais II 25
  • 26. SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS Classificação de Estruturas (NBR 5419/2001) Classificação da Tipo de estrutura Nível de estrutura proteção Residências III Fazendas, estabelecimento agropecuários III ou IV Teatros, escolas, lojas de departamentos, áreas II esportivas e igrejas Estruturas comuns Bancos, companhias de seguro, companhias II comerciais e outros Hospitais, casa de repouso e prisões II Indústrias III Museus, locais arqueológicos II Estruturas com risco Estações de telecomunicação, usinas elétricas I confinado industriais Estruturas com risco Refinarias, postos de combustível, fábricas de I para os arredores fogos, fábricas de munição Estruturas com risco Indústrias químicas, usinas nucleares, laboratórios I para o meio ambiente bioquímicos PCC-2466 - Sistemas Prediais II 26
  • 27. SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS Tipos de SPDA • Pára-raios radioativo • Sua ação ativa é produzida pelos elementos radioativo que bombardeiam o ar, ionizando-o. Esta ação radioativa ocorre permanentemente durante toda a vida útil do pára-raios. • É semelhante ao pára-raios de Franklin. No seu captor são colocados os elementos (material) radioativos. • Inicialmente era utilizado o elemento radioativo Rádio-266 que emite partículas alfa (núcleos de Hélio), mas como existe sempre em equilíbrio com o Radônio-222, gás nobre e altamente difusível, foi abandonado por emitir radiações alfa e gama. • Atualmente tem sido utilizado elementos sintéticos, como o transurânico Amerício 241, que praticamente não emite radiações gama. PCC-2466 - Sistemas Prediais II 27
  • 28. SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS Tipos de SPDA • Abolição do pára-raios radioativo no Brasil • A zona espacial de proteção não é muito maior que a do pára-raios tipo Franklin. • Risco na armazenagem e manuseio durante a instalação . • Risco no uso indiscriminado de pára-raios nos edifícios com alturas distintas. • Vida útil do elemento radioativo (média de 450 anos), muito maior que a vida útil do edifício e dos elementos que compõem o pára-raio. • Quando o pára-raios ficar velho e fora de uso, onde guardar a carcaça radioativa? PCC-2466 - Sistemas Prediais II 28
  • 29. SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS Proteção de instalações especiais • Áreas esportivas • As áreas esportivas, camping, piscinas, estádios etc. devem ser protegidas. A solução mais simples é a proteção por meio de terminais em mastros de bandeira, ou torre de holofotes ou reservatórios de água. • O número de terminais depende do caso específico (natureza, importância, área). PCC-2466 - Sistemas Prediais II 29
  • 30. SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS Proteção de instalações especiais • Igrejas • São muito sujeitas às descargas atmosféricas, por causa da sua altura e das massas metálicas (sino) existentes nas torres. • A torre do sino deve ser dotada de um captor, ao qual deve ser ligado à massa dos sinos, carrilhões ou relógios que existam. • Se no alto existirem estátuas ou cruz, também estas devem ter um captor; se forem metálicas, elas mesmas devem participar do sistema. PCC-2466 - Sistemas Prediais II 30
  • 31. Referências • NBR 5419/2001: Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. • VISACRO Filho, S. Descargas atmosféricas: uma abordagem de engenharia. São Paulo: Artiber Editora, 2005. • KIDERMANN, G. Descargas atmosféricas: uma abordagem de engenharia. São Paulo: ABDR Editora, 1997. • http://www.pea.usp.br/ext/pea2402/spda.pdf. PCC-2466 - Sistemas Prediais II 31