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CÁLCULO DE DESEMPENHO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO:
João Vítor Drumond
Trabalho de Conclusão de Curso
2023/1
Engenharia Elétrica
Uma Comparação entre os Resultados Obtidos via IEEE Flash e ATP
Orientador: Rafael Silva Alípio
Coorientador: Fernando Almeida Diniz
Supervisora: Daiane Conceição Rafael
ORGANIZAÇÃO
INTRODUÇÃO
DESEMPENHO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO
ESTUDO DE CASO
METODOLOGIA
RESULTADOS
CONCLUSÃO
1.
2.
3.
4.
5.
6.
João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG 1
INTRODUÇÃO
O desempenho de uma LT é medido por seu número de desligamentos.
Sugundo Visacro (2005, p. 144), as descargas atmosféricas são a principal causa de
desligamentos não-programados em LTs (70%).
O software IEEE Flash é amplamente utilizado para o cálculo de desempenho de linhas
de transmissão.
2
João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG
Contextualização:
INTRODUÇÃO
Programa de código aberto, desenvolvido pelo IEEE.
Uso descomplicado e intuitivo.
Aceito, no Brasil, por órgãos como a ANEEL e o ONS, assim como várias concessionárias
de energia.
Apresenta modelos e metodologias muito simplificadas.
Será retomado com mais detalhes ao decorrer da apresentação,
3
Resumidamente, o IEEE Flash:
João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG
INTRODUÇÃO
Apresentar uma descrição crítica dos modelos e premissas adotados pelo IEEE Flash.
Implementar uma metodologia de cálculo de desempenho de LTs utilizando o ATP Draw.
Comparar os resultados de desempenho obtidos para linhas de diferentes classes de
tensão com as duas metodologias, verificando o efeito da variação de resistência de
aterramento.
4
Objetivo do Trabalho:
João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG
2. DESEMPENHO DE
LINHAS DE TRANSMISSÃO
João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG 5
DESLIGAMENTO DE LTS
Incidência sobre os cabos de fase.
Ocorre para correntes menos
intensas.
Tipicamente suportáveis aos níveis
de isolamento de transmissão.
Incidência sobre a torre ou sobre a
blindagem.
Capaz de superar o isolamento da
LT.
Ocorrências mais severas.
Foco deste trabalho.
FALHA DE BLINDAGEM BACKFLASHOVER
João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG 6
FALHAS DE BLINDAGEM
Menor raio de atração.
Incidência sobre a fase.
Flashover ocorre para linhas menores, como
RDs rurais.
João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG 7
Fonte: IEEE Std 1243-
1997 - "IEEE Guide for
Improving the Lightning
Performance of
Transmission Lines". 1997.
FALHAS DE BLINDAGEM
Menor raio de atração.
Incidência sobre a fase.
Flashover ocorre para linhas menores, como
RDs rurais.
João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG 8
Fonte: S. Filho, "Descargas
Atmosféricas: Uma
abordagem de
Engenharia". Editora
Artliber, 2005.
Fonte: IEEE Std 1243-
1997 - "IEEE Guide for
Improving the Lightning
Performance of
Transmission Lines". 1997.
BACKFLASHOVER
Elevada corrente de descarga.
Incidência no meio do vão: divisão da corrente.
Pode haver ruptura entre blindagem e fase.
Incidência na torre: efeito maior da corrente.
Corrente crítica: valor de corrente impulsiva para
a qual ocorre a ruptura do isolamento.
João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG 9
Fonte: S. Filho, "Descargas
Atmosféricas: Uma abordagem
de Engenharia". Editora Artliber,
2005.
BACKFLASHOVER
João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG 10
Parâmetros de Influência na Sobretensão Resultante:
ATERRAMENTO
João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG 11
Caminho de baixa impedância para a corrente impulsiva.
Eletrodos são cordoalhas metálicas dispostas de forma radial.
Deve-se buscar a menor resistência com o menor comprimento de contrapeso.
Medições de resistividade (ABNT NBR 7117).
Medições de resistência de aterramento (ABNT NBR 15749).
ATERRAMENTO
João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG 12
Arranjo de aterramento típico. Coeficiente de reflexão de tensão.
Índice 1: torre;
Índice 2: aterramento.
FATORES DE PROJETO
João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG 13
Projeto básico: geometria da torre típica e resistência média de aterramento.
Projeto executivo: projeto do sistema de aterramento com base em medições de
resistividade.
Visa-se a menor quantidade de desligamentos.
O prejuízo é maior para as transmissoras (desconto sobre a receita mensal, ou
pagamento base).
FATORES DE PROJETO
João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG 14
Critério do ONS para LTs pertencentes ao SIN.
Fonte: ONS, "Procedimentos de Rede
- Módulo 2- Critérios e Requisitos.
Submódulo 2.7: Requisitos mínimos
para linhas de transmissão.
FATORES DE PROJETO
João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG 15
Os resultados de desempenho previstos em projeto devem ser submetidos
ao ONS.
Fonte: ONS, SAGIT - Sistema de
Análise e Gerenciamento de
Instalações de Transmissão.
Disponível em:
http://aplicac.ons.org.br/sagit/
3. ESTUDO DE CASO
João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG 16
ESTUDO DE CASO
Avaliou-se o
BFR de duas
LTs, uma de
138 kV e uma
de 230 kV.
Três
distribuições de
impedância de
aterramento
foram utilizadas.
Comparou-se
os resultados
do IEEE Flash e
do ATP.
João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG 17
Publicado em 1980.
Desenvolvido em código aberto.
Interface atual em Excel.
Implementado também em C e Matlab.
Análise de falha de blindagem e
backflashover.
ESTUDO DE CASO
18
Sobre o IEEE Flash:
João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG
Utilização de formas de onda padronizadas.
Uso da altura média dos condutores.
Limite na quantidade de cabos de blindagem.
ESTUDO DE CASO
19
Algumas considerações do IEEE Flash¹:
João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG
Rigidez dielétrica da cadeia calculada
conforme fórmula experimental.
Somente duas reflexões nos vãos
adjacentes.
¹W.A. Chisholm, "The IEEE Flash Program: A
Structure for Evaluation of Transmission Lightning
Performance."
Desenvolvido pelo Dr. W. Scott Meyer.
Programa aberto, não-comercial.
Apresenta interface gráfica.
Pré-processamento dos cartões.
Solução numérica de transitórios
eletromagnéticos.
ESTUDO DE CASO
20
Sobre o ATP Draw:
João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG
ESTUDO DE CASO
Modelagem criteriosa e flexível de componentes do sistema.
Possibilidade de se avaliar o comportamento de parâmetros dependentes da frequência.
Possibilidade de se avaliar cabos underbuilt.
Possibilidade de se avaliar o efeito de elementos não-lineares tais como para-raios.
21
João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG
Vantagens do ATP:
4. METODOLOGIA
João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG 22
METODOLOGIA
Organização dos dados de cada LT
estudada e das distribuições de resistência
de aterramento.
CONFIGURAÇÃO
DO IEEE FLASH
CONFIGURAÇÃO
DO ATP DRAW
Modelagem de cada componente do sistema
de acordo com critérios pré-definidos.
Organização das saídas para aplicação do
método DE.
João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG 23
GEOMETRIA DAS TORRES
24
João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG
LT 138 kV LT 230 kV
Fonte: F. Vasconcellos, R. Alípio, and F. Moreira,
“Evaluation of the Impact of Including the
Frequency-Dependent Behavior of Grounding
Systems on the Lightning Performance of
Transmission Lines and on Grounding Systems
Design,”
Fonte: Daiane Conceição, Rafael
Alipio, William A. Chisholm, and
Ivan J.. S. Lopes, “Lightning
Performance Calculation of
Transmission Lines Considering a
Detailed Modeling of the Tower
Geometries Distribution,”
MODELO DO FLASH
25
João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG
Fonte: M. A. Sargent and M. Darveniza,
“Tower Surge Impedance,” IEEE Trans.
Power
Appar. Syst., vol. PAS-88, no. 5, pp.
680–687, 1969,
Representações baseadas na silhueta das torres.
Adotou-se o modelo cônico para os dois casos.
Valores calculados:
MODELO DO ATP
26
João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG
Fonte: A. De Conti, S. Visacro, A. Soares, and M. A. O.
Schroeder, “Revision, Extension, and Validation of Jordan’s
Formula to Calculate the Surge Impedance of Vertical
Conductors.”
Torres representadas como condutores verticais. Modelo de Jordan.
Componente do ATP: linha monofásica.
Valores calculados:
SISTEMA DE ATERRAMENTO
27
João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG
Valores por torre extraídos de distribuições log-normais com valores medianos em 10, 20
e 30 Ohms.
No IEEE Flash: entra-se com os valores médios de dez conjuntos das distribuições
ordenadas.
No ATP: resistor com valor correspondente à média do intervalo considerado.
SISTEMA DE ATERRAMENTO
28
João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG
Distribuições de Resistência:
10 Ohms 20 Ohms 30 Ohms
SISTEMA DE ATERRAMENTO
29
João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG
Intervalos ordenados:
10 Ohms 20 Ohms 30 Ohms
Aspectos construtivos e parâmetros elétricos obtidos de folhas de dados de fabricantes.
No Flash: informa-se o comprimento da cadeia.
No ATP: importante saber o valor de CFO (Critic Flashover Overvoltage) da cadeia.
CADEIA DE ISOLADORES
30
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31
João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG
No Flash: posicionamento dos cabos, as flechas e o diâmetro.
No ATP: linha simulada através do bloco LCC, modelo "JMarti".
A resistência dos cabos deve ser corrigida para a temperatura operacional.
As flechas devem ser calculadas com base no tracionamento do cabo, comprimento do
vão e distâncias de segurança.
LINHA DE TRANSMISSÃO
CORRENTE IMPULSIVA
32
João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG
Foram utilizadas 7 funções de Heidler para a representação da corrente impulsiva.
Fonte: F. Heidler, “Analytische
blitzstromfunktion zur LEMP-berechnung,”
18th Internacional Conference on Lightning
Protection, 1985.
CORRENTE IMPULSIVA
33
João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG
Os parâmetros de cada função foram levantados com base em dados de medição da
estação de San Salvatore.
Fonte: A. De Conti and S. Visacro, “Analytical
Representation of Single- and Double-Peaked
Lightning Current Waveforms.”
SIMULAÇÕES
No modelo de simulação no ATP, tomou-se a torre
incidente e dois vãos adjacentes.
Os arquivos LCC das extremidades são
suficientemente grandes.
Mede-se a sobretensão na cadeia de isoladores para
cada fase.
Para as duas LTs, fez-se uma simulação para cada
resistência dos intervalos ordenados (60
simulações).
34
João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG
Curvas "V x t", o Método de Progressão do Líder e o
Método do Efeito Disruptivo - DE (Disruptive Effect).
Optou-se neste trabalho pela aplicação do Método DE.
Parte-se da consideração de uma "porção ativa" da
sobretensão.
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO
35
João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO
36
João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG
Formulação Matemática:
O intervalo de integração (t1 - t2) corresponde
à "Porção Ativa da Onda".
Fonte: William A. Chisholm, “New Challenges in
Lightning Impulse Flashover Modeling of Air Gaps and
Insulators,” IEEE Electrical Insulation Magazine, 2010.
O mínimo valor de DE para o qual há disruptura é denominado DE "crítico".
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO
37
João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG
Formulação Matemática:
Adotando-se as constantes apresentadas no slide anterior.
Fonte: Andrew R. Hileman, Insulation Coordination for
Power Systems, First., vol. 1. New York: CRC Press,
Taylor & Francis Group, 1999.
Procedimento numérico desenvolvido em MATLAB.
Cálculo inicial desconsiderando a rede.
Cálculo final considerando a tensão de 60 Hz.
Se DE < DEc, incrementa-se a sobretensão.
Se DE > DEc, reduz-se a sobretensão.
Itera-se até o erro mínimo.
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO
38
João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG
A quantidade de desligamentos (BFR - Backflashover Rate) é calculada para cada
resistência da série.
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO
39
João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG
Onde:
É o total de descargas que incidem sobre a
torre de transmissão (60%)
Para padronização da análise, optou-se por utilizar densidade de descargas unitária.
Arquivos de plot do ATP
formato ".MAT"
ENTRADAS:
Diagrama do procedimento:
Corrente crítica
BFR
Arquivo .m
SAÍDAS:
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO
40
João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG
CÓDIGO EM MATLAB
5. RESULTADOS
João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG 41
Redução da corrente crítica com o aumento da resistência de aterramento.
Desligamentos para 138 kV atendem aos limites definidos na literatura.
Desligamentos para 230 kV atendem ao ONS para a primeira e a segunda distribuições.
RESULTADOS DO FLASH
42
João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG
RESULTADOS DO ATP
43
João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG
Diferença considerável com relação aos resultados do Flash, principalmente para os
desligamentos.
Correntes críticas são todas superiores. Os desligamentos são todos inferiores.
6. CONCLUSÃO
João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG 44
As simplificações adotadas na implementação do Flash culminam em resultados
discrepantes, quando comparados a metodologias mais criteriosas.
Resultados do Flash podem levar ao sobredimensionamento do sistema, que pode se
confirmar operacionalmente.
Recomenda-se a utilização de metodologias auxiliares, em conjunto com o IEEE Flash,
como as simulações via softwares do tipo EMTP.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
45
João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG
Avaliação do problema para outras classes de tensão (345 kV, 500 kV etc.).
Avaliação para linhas de corrente contínua.
Comparação de resultados do IEEE Flash com os de sistemas que consideram o
comportamento do aterramento dependente da frequência.
SUGESTÃO DE CONTINUIDADE
46
João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG
OBRIGADO!
João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG

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  • 1. CÁLCULO DE DESEMPENHO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO: João Vítor Drumond Trabalho de Conclusão de Curso 2023/1 Engenharia Elétrica Uma Comparação entre os Resultados Obtidos via IEEE Flash e ATP Orientador: Rafael Silva Alípio Coorientador: Fernando Almeida Diniz Supervisora: Daiane Conceição Rafael
  • 2. ORGANIZAÇÃO INTRODUÇÃO DESEMPENHO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO ESTUDO DE CASO METODOLOGIA RESULTADOS CONCLUSÃO 1. 2. 3. 4. 5. 6. João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG 1
  • 3. INTRODUÇÃO O desempenho de uma LT é medido por seu número de desligamentos. Sugundo Visacro (2005, p. 144), as descargas atmosféricas são a principal causa de desligamentos não-programados em LTs (70%). O software IEEE Flash é amplamente utilizado para o cálculo de desempenho de linhas de transmissão. 2 João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG Contextualização:
  • 4. INTRODUÇÃO Programa de código aberto, desenvolvido pelo IEEE. Uso descomplicado e intuitivo. Aceito, no Brasil, por órgãos como a ANEEL e o ONS, assim como várias concessionárias de energia. Apresenta modelos e metodologias muito simplificadas. Será retomado com mais detalhes ao decorrer da apresentação, 3 Resumidamente, o IEEE Flash: João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG
  • 5. INTRODUÇÃO Apresentar uma descrição crítica dos modelos e premissas adotados pelo IEEE Flash. Implementar uma metodologia de cálculo de desempenho de LTs utilizando o ATP Draw. Comparar os resultados de desempenho obtidos para linhas de diferentes classes de tensão com as duas metodologias, verificando o efeito da variação de resistência de aterramento. 4 Objetivo do Trabalho: João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG
  • 6. 2. DESEMPENHO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG 5
  • 7. DESLIGAMENTO DE LTS Incidência sobre os cabos de fase. Ocorre para correntes menos intensas. Tipicamente suportáveis aos níveis de isolamento de transmissão. Incidência sobre a torre ou sobre a blindagem. Capaz de superar o isolamento da LT. Ocorrências mais severas. Foco deste trabalho. FALHA DE BLINDAGEM BACKFLASHOVER João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG 6
  • 8. FALHAS DE BLINDAGEM Menor raio de atração. Incidência sobre a fase. Flashover ocorre para linhas menores, como RDs rurais. João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG 7 Fonte: IEEE Std 1243- 1997 - "IEEE Guide for Improving the Lightning Performance of Transmission Lines". 1997.
  • 9. FALHAS DE BLINDAGEM Menor raio de atração. Incidência sobre a fase. Flashover ocorre para linhas menores, como RDs rurais. João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG 8 Fonte: S. Filho, "Descargas Atmosféricas: Uma abordagem de Engenharia". Editora Artliber, 2005. Fonte: IEEE Std 1243- 1997 - "IEEE Guide for Improving the Lightning Performance of Transmission Lines". 1997.
  • 10. BACKFLASHOVER Elevada corrente de descarga. Incidência no meio do vão: divisão da corrente. Pode haver ruptura entre blindagem e fase. Incidência na torre: efeito maior da corrente. Corrente crítica: valor de corrente impulsiva para a qual ocorre a ruptura do isolamento. João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG 9 Fonte: S. Filho, "Descargas Atmosféricas: Uma abordagem de Engenharia". Editora Artliber, 2005.
  • 11. BACKFLASHOVER João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG 10 Parâmetros de Influência na Sobretensão Resultante:
  • 12. ATERRAMENTO João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG 11 Caminho de baixa impedância para a corrente impulsiva. Eletrodos são cordoalhas metálicas dispostas de forma radial. Deve-se buscar a menor resistência com o menor comprimento de contrapeso. Medições de resistividade (ABNT NBR 7117). Medições de resistência de aterramento (ABNT NBR 15749).
  • 13. ATERRAMENTO João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG 12 Arranjo de aterramento típico. Coeficiente de reflexão de tensão. Índice 1: torre; Índice 2: aterramento.
  • 14. FATORES DE PROJETO João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG 13 Projeto básico: geometria da torre típica e resistência média de aterramento. Projeto executivo: projeto do sistema de aterramento com base em medições de resistividade. Visa-se a menor quantidade de desligamentos. O prejuízo é maior para as transmissoras (desconto sobre a receita mensal, ou pagamento base).
  • 15. FATORES DE PROJETO João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG 14 Critério do ONS para LTs pertencentes ao SIN. Fonte: ONS, "Procedimentos de Rede - Módulo 2- Critérios e Requisitos. Submódulo 2.7: Requisitos mínimos para linhas de transmissão.
  • 16. FATORES DE PROJETO João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG 15 Os resultados de desempenho previstos em projeto devem ser submetidos ao ONS. Fonte: ONS, SAGIT - Sistema de Análise e Gerenciamento de Instalações de Transmissão. Disponível em: http://aplicac.ons.org.br/sagit/
  • 17. 3. ESTUDO DE CASO João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG 16
  • 18. ESTUDO DE CASO Avaliou-se o BFR de duas LTs, uma de 138 kV e uma de 230 kV. Três distribuições de impedância de aterramento foram utilizadas. Comparou-se os resultados do IEEE Flash e do ATP. João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG 17
  • 19. Publicado em 1980. Desenvolvido em código aberto. Interface atual em Excel. Implementado também em C e Matlab. Análise de falha de blindagem e backflashover. ESTUDO DE CASO 18 Sobre o IEEE Flash: João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG
  • 20. Utilização de formas de onda padronizadas. Uso da altura média dos condutores. Limite na quantidade de cabos de blindagem. ESTUDO DE CASO 19 Algumas considerações do IEEE Flash¹: João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG Rigidez dielétrica da cadeia calculada conforme fórmula experimental. Somente duas reflexões nos vãos adjacentes. ¹W.A. Chisholm, "The IEEE Flash Program: A Structure for Evaluation of Transmission Lightning Performance."
  • 21. Desenvolvido pelo Dr. W. Scott Meyer. Programa aberto, não-comercial. Apresenta interface gráfica. Pré-processamento dos cartões. Solução numérica de transitórios eletromagnéticos. ESTUDO DE CASO 20 Sobre o ATP Draw: João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG
  • 22. ESTUDO DE CASO Modelagem criteriosa e flexível de componentes do sistema. Possibilidade de se avaliar o comportamento de parâmetros dependentes da frequência. Possibilidade de se avaliar cabos underbuilt. Possibilidade de se avaliar o efeito de elementos não-lineares tais como para-raios. 21 João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG Vantagens do ATP:
  • 23. 4. METODOLOGIA João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG 22
  • 24. METODOLOGIA Organização dos dados de cada LT estudada e das distribuições de resistência de aterramento. CONFIGURAÇÃO DO IEEE FLASH CONFIGURAÇÃO DO ATP DRAW Modelagem de cada componente do sistema de acordo com critérios pré-definidos. Organização das saídas para aplicação do método DE. João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG 23
  • 25. GEOMETRIA DAS TORRES 24 João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG LT 138 kV LT 230 kV Fonte: F. Vasconcellos, R. Alípio, and F. Moreira, “Evaluation of the Impact of Including the Frequency-Dependent Behavior of Grounding Systems on the Lightning Performance of Transmission Lines and on Grounding Systems Design,” Fonte: Daiane Conceição, Rafael Alipio, William A. Chisholm, and Ivan J.. S. Lopes, “Lightning Performance Calculation of Transmission Lines Considering a Detailed Modeling of the Tower Geometries Distribution,”
  • 26. MODELO DO FLASH 25 João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG Fonte: M. A. Sargent and M. Darveniza, “Tower Surge Impedance,” IEEE Trans. Power Appar. Syst., vol. PAS-88, no. 5, pp. 680–687, 1969, Representações baseadas na silhueta das torres. Adotou-se o modelo cônico para os dois casos. Valores calculados:
  • 27. MODELO DO ATP 26 João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG Fonte: A. De Conti, S. Visacro, A. Soares, and M. A. O. Schroeder, “Revision, Extension, and Validation of Jordan’s Formula to Calculate the Surge Impedance of Vertical Conductors.” Torres representadas como condutores verticais. Modelo de Jordan. Componente do ATP: linha monofásica. Valores calculados:
  • 28. SISTEMA DE ATERRAMENTO 27 João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG Valores por torre extraídos de distribuições log-normais com valores medianos em 10, 20 e 30 Ohms. No IEEE Flash: entra-se com os valores médios de dez conjuntos das distribuições ordenadas. No ATP: resistor com valor correspondente à média do intervalo considerado.
  • 29. SISTEMA DE ATERRAMENTO 28 João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG Distribuições de Resistência: 10 Ohms 20 Ohms 30 Ohms
  • 30. SISTEMA DE ATERRAMENTO 29 João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG Intervalos ordenados: 10 Ohms 20 Ohms 30 Ohms
  • 31. Aspectos construtivos e parâmetros elétricos obtidos de folhas de dados de fabricantes. No Flash: informa-se o comprimento da cadeia. No ATP: importante saber o valor de CFO (Critic Flashover Overvoltage) da cadeia. CADEIA DE ISOLADORES 30 João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG
  • 32. 31 João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG No Flash: posicionamento dos cabos, as flechas e o diâmetro. No ATP: linha simulada através do bloco LCC, modelo "JMarti". A resistência dos cabos deve ser corrigida para a temperatura operacional. As flechas devem ser calculadas com base no tracionamento do cabo, comprimento do vão e distâncias de segurança. LINHA DE TRANSMISSÃO
  • 33. CORRENTE IMPULSIVA 32 João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG Foram utilizadas 7 funções de Heidler para a representação da corrente impulsiva. Fonte: F. Heidler, “Analytische blitzstromfunktion zur LEMP-berechnung,” 18th Internacional Conference on Lightning Protection, 1985.
  • 34. CORRENTE IMPULSIVA 33 João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG Os parâmetros de cada função foram levantados com base em dados de medição da estação de San Salvatore. Fonte: A. De Conti and S. Visacro, “Analytical Representation of Single- and Double-Peaked Lightning Current Waveforms.”
  • 35. SIMULAÇÕES No modelo de simulação no ATP, tomou-se a torre incidente e dois vãos adjacentes. Os arquivos LCC das extremidades são suficientemente grandes. Mede-se a sobretensão na cadeia de isoladores para cada fase. Para as duas LTs, fez-se uma simulação para cada resistência dos intervalos ordenados (60 simulações). 34 João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG
  • 36. Curvas "V x t", o Método de Progressão do Líder e o Método do Efeito Disruptivo - DE (Disruptive Effect). Optou-se neste trabalho pela aplicação do Método DE. Parte-se da consideração de uma "porção ativa" da sobretensão. AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO 35 João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG
  • 37. AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO 36 João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG Formulação Matemática: O intervalo de integração (t1 - t2) corresponde à "Porção Ativa da Onda". Fonte: William A. Chisholm, “New Challenges in Lightning Impulse Flashover Modeling of Air Gaps and Insulators,” IEEE Electrical Insulation Magazine, 2010.
  • 38. O mínimo valor de DE para o qual há disruptura é denominado DE "crítico". AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO 37 João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG Formulação Matemática: Adotando-se as constantes apresentadas no slide anterior. Fonte: Andrew R. Hileman, Insulation Coordination for Power Systems, First., vol. 1. New York: CRC Press, Taylor & Francis Group, 1999.
  • 39. Procedimento numérico desenvolvido em MATLAB. Cálculo inicial desconsiderando a rede. Cálculo final considerando a tensão de 60 Hz. Se DE < DEc, incrementa-se a sobretensão. Se DE > DEc, reduz-se a sobretensão. Itera-se até o erro mínimo. AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO 38 João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG
  • 40. A quantidade de desligamentos (BFR - Backflashover Rate) é calculada para cada resistência da série. AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO 39 João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG Onde: É o total de descargas que incidem sobre a torre de transmissão (60%) Para padronização da análise, optou-se por utilizar densidade de descargas unitária.
  • 41. Arquivos de plot do ATP formato ".MAT" ENTRADAS: Diagrama do procedimento: Corrente crítica BFR Arquivo .m SAÍDAS: AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO 40 João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG CÓDIGO EM MATLAB
  • 42. 5. RESULTADOS João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG 41
  • 43. Redução da corrente crítica com o aumento da resistência de aterramento. Desligamentos para 138 kV atendem aos limites definidos na literatura. Desligamentos para 230 kV atendem ao ONS para a primeira e a segunda distribuições. RESULTADOS DO FLASH 42 João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG
  • 44. RESULTADOS DO ATP 43 João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG Diferença considerável com relação aos resultados do Flash, principalmente para os desligamentos. Correntes críticas são todas superiores. Os desligamentos são todos inferiores.
  • 45. 6. CONCLUSÃO João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG 44
  • 46. As simplificações adotadas na implementação do Flash culminam em resultados discrepantes, quando comparados a metodologias mais criteriosas. Resultados do Flash podem levar ao sobredimensionamento do sistema, que pode se confirmar operacionalmente. Recomenda-se a utilização de metodologias auxiliares, em conjunto com o IEEE Flash, como as simulações via softwares do tipo EMTP. CONSIDERAÇÕES FINAIS 45 João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG
  • 47. Avaliação do problema para outras classes de tensão (345 kV, 500 kV etc.). Avaliação para linhas de corrente contínua. Comparação de resultados do IEEE Flash com os de sistemas que consideram o comportamento do aterramento dependente da frequência. SUGESTÃO DE CONTINUIDADE 46 João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG
  • 48. OBRIGADO! João Vítor Drumond | Engenharia Elétrica| 2023 | CEFET-MG