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Eletricidade - CONCEITOS BÁSICOS

Matéria e Substância

Matéria é tudo que existe no universo.
Substância é cada tipo particular de matéria com uma característica própria.

Moléculas e átomos

Molécula é a menor parte que pode existir de uma substância. São partes tão pequenas, que não podem ser
vistas mesmo com o auxílio aos microscópios.
As moléculas são constituídas de átomos.

Prótons, Nêutrons e Elétrons

                                  Durante muito tempo se acreditou que o átomo fosse a menor parte da
                                  matéria. Tanto assim que o seu próprio nome( do grego a = sem e tomo =
                                  dividir) significa “o que não se pode dividir”. Atualmente, sabe-se que o átomo
                                  se compõe de Prótons, Nêutrons e Elétrons.

                                 A estrutura do átomo consiste em um núcleo central, formado pôr dois tipos
de partículas simples e indivisíveis: os prótons e os nêutrons. Os prótons têm carga elétrica positiva, e os
nêutrons não têm carga.

Corrente Elétrico é um fluxo de elétrons em movimento. A intensidade de corrente elétrica é medida em
AMPERE . O instrumento que mede a intensidade de corrente é o AMPERÍMETRO.




Tensão Elétrica é a força que desloca os elétrons. . A unidade de medida da tensão Elétrica é o Volt, e um
instrumento para medi-la, que é o voltímetro.

Sentido da Corrente

Como sabemos os prótons tem carga positiva, e os
elétrons, cargas negativas. Se o átomo perde elétrons,
ficará com carga positiva. Se o átomo recebe elétrons,
ficará com carga negativa. Se considerarmos as condições
de carga dos átomos apresentados, havendo ligação entre
eles, o átomo B (-) cederá dois elétrons ao átomo A (+).
 Logo, o sentido da corrente elétrica é da carga negativa (-) para a carga positiva (+).

Materiais Condutores, Isolantes.
Todos os materiais oferecem uma oposição a passagem da corrente elétrica; no entanto dependendo da
substância do material, essa oposição é maior ou menor, sendo que alguns materiais praticamente não
permitem a passagem da corrente elétrica (Chamados de Materiais Isolantes).


                                                                                           Prof. Fabiano Moreira
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 Os materiais que oferecem pouca oposição à passagem da corrente elétrica chamamos de materiais
condutores.

Potência Elétrica é a energia elétrica consumida ou produzida na unidade de tempo. A potência elétrica tem
como unidade o Watt, que é representado pela letra W.

Componentes do Computador

Fonte de Alimentação: Responsável por fornecer energia necessária para o funcionamento de todos os
componentes do computador.

Tensões fornecidas pelas fontes
Os dispositivos que compõem o computador requerem níveis diferentes de tensão para seu funcionamento. Por
isso, as fontes de alimentação fornecem, essencialmente, quatro tipos de tensão (em Volts - V):
         5 V - utilizada na alimentação de chips, como processadores, chipsets e módulos de memória;
         - 5 V - aplicada em dispositivos periféricos, como mouse e teclado;
         12 V - usada em dispositivos que contenham motores, como HDs (cujo motor é responsável por girar os
         discos) e drives de CD ou DVD (que possui motores para abrir a gaveta e para girar o disco);
         - 12 V - utilizada na alimentação de barramentos de comunicação, como o antigo ISA (Industry Standard
         Architecture).
Os valores descritos acima são usados no padrão de fonte conhecido como AT (Advanced Technology).
No entanto, o padrão ATX (Advanced Technology Extended), quando lançado, apresentou mais uma
tensão: a de 3,3 V, que passou a ser usada por chips (principalmente pelo processador), reduzindo o
consumo de energia.

Principais Caracterisiticas das Fontes:
        AT – Conectores de 12 pinos dividido em duas partes;
        Padrão ate 1996;
        Possui botão de Power ON/OFF na Fonte;
        Potencia Máxima 350W;

       ATX – Conectores de 24 pinos(20+4);
       Padrão atual a partir de 1996;
       Não possui botão de Power ON/OFF na Fonte;
       Potencia Máxima acima de 1000W;

Potência das fontes de alimentação

Se um dia você já teve que comprar ou pesquisar o preço de uma fonte de alimentação para seu computador,
certamente pode ter ficado em dúvida sobre qual potência escolher. No Brasil, é muito comum encontrar fontes
de 300 W (watts), no entanto, dependendo de seu hardware, uma fonte mais potente pode ser necessária. Para
saber quando isso é aplicável, deve-se saber quanto consome cada item de seu computador. A tabela abaixo
mostra um valor estimado:
              ITEM                                                              CONSUMO
              Processadores topo de linha (como Pentium 4 HT e Athlon64)        60 W - 110 W
              Processadores econômicos (como Celeron e Duron)                   30 W - 80 W
              Placa-mãe                                                         20 W - 100 W
                                                                                        Prof. Fabiano Moreira
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               HDs e drives de CD e DVD                                             25 W - 35 W
               Placa de vídeo sem instruções em 3D                                  15 W - 25 W
               Placa de vídeo com instruções em 3D                                  35 W - 110 W
               Módulos de memória                                                   2W - 10 W
               Placas de expansão (placa de rede, placa de som, etc)                5 W - 10 W
               Cooler                                                               5 W - 10 W
               Teclado e mouse                                                      1 W - 15 W

Obviamente esses valores podem variar, pois não são precisos. Além disso, o consumo de energia de
determinados dispositivos pode depender do modelo e do fabricante. O importante é que você analise a
quantidade de itens existentes em seu computador e adquira uma fonte que possa atender a essa configuração
de maneira estável. Por exemplo, se você tiver uma máquina com processador Athlon 64 FX, com dois HDs, um
drive de CD/DVD, placa de vídeo 3D, mouse óptico, entre outros, uma fonte de 250 W não é recomendável.
Basta somar as taxas de consumo desses itens para notar:

                          Athlon 64 FX                     100 W (valor estimado)
                          HD (cada)                     25 W + 25 W (valor estimado)
                          Drive de CD/DVD                  25 W (valor estimado)
                          Placa de vídeo 3D                80 W (valor estimado)
                          Mouse óptico + teclado           10 W (valor estimado)
                                            Total *                            265 W
                       * sem considerar os demais itens (placa-mãe, pentes de memória, etc).

É importante considerar ainda que dificilmente uma fonte de alimentação fornece a potência máxima indicada.
Por isso, é bom utilizar uma fonte que forneça certa "folga" nesse aspecto. Para a configuração citada acima,
por exemplo, uma fonte de 350 W seria adequada.

Fonte Genérica X Fonte Real
Fontes Genéricas são aquelas que fornecem potencia máxima de Pico;
Fontes Reais são aquelas que fornecem potencia máxima, por demanda, em tempo real;




                                                                                               Prof. Fabiano Moreira
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Placa-mãe

Também conhecida como "motherboard" ou "mainboard", a placa-mãe é, basicamente, a responsável pela
interconexão de todas as peças que formam o computador. O HD, a memória, o teclado, o mouse, a placa de
vídeo, enfim, praticamente todos os dispositivos, precisam ser conectados à placa-mãe para formar o
computador.
                                                                           Conectores da Placa Mãe

                                                                            A – Socket da CPU
                                                                            B – Socket Memoria
                                                                            C – Barramentos PCI(1), AGP(2) e
                                                                            AMR(3)
                                                                            D – Conector Fonte ATX
                                                                            E – Conectores Painel Fontal (1)
                                                                            e HD IDE (2)
                                                                            F1 – Bateria
                                                                            F2 – Bios
                                                                            G – Conectores Traseiro
                                                                            H – Local de fixação dos
                                                                            parafusos
                                                                            I – CHIPSET Norte (2) e Sul (1)




Item A - processador
O item A mostra o local onde o processador deve ser conectado. Também conhecido como socket, esse encaixe
não serve para qualquer processador, mas sim para um modelo (ou para modelos) específico.
Cada tipo de processador tem características que o diferenciam de outros modelos. Assim sendo, processadores
que utilizam outros sockets, como o Intel Pentium 4 ou o AMD Athlon 64 não se conectam a esta placa.
Por isso, na aquisição de um computador, deve-se escolher primeiro o processador e, em seguida, verificar
quais as placas-mãe que são compatíveis. À medida que novos processadores vão sendo lançados, novos
sockets vão surgindo.
É importante frisar que, mesmo quando um processador utiliza um determinado socket, ele pode não ser
compatível com a placa-mãe relacionada. Isso porque o chip pode ter uma capacidade de processamento acima
da suportada pela motherboard. Por isso, essa questão também deve ser verificada no momento da montagem
de um computador.

Item B - Memória RAM
O item B mostra os encaixes existentes para a memória RAM. Esse conector varia conforme o tipo. As placas-
mãe mais antigas usavam o tipo de memória popularmente conhecido como SDRAM. No entanto, o padrão
mais usado atualmente é o DDR (Double Data Rate). As memórias também trabalham em velocidades
diferentes, mesmo quando são do mesmo tipo. A placa-mãe mostrada acima aceita memórias DDR que
trabalham a 266 MHz, 333 MHz e 400 MHz.
Supondo que a motherboard só aceitasse velocidades de até 333 MHz, um pente de memória DDR que funciona
a 400 MHz só trabalharia a 333 MHz nessa placa, o máximo suportado.

Item C - Slots de expansão
                                                                                      Prof. Fabiano Moreira
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Para que seja possível conectar placas que adicionam funções ao computador, é necessário fazer uso de slots de
expansão. Esses conectores permitem a conexão de vários tipos de dispositivos. Placas de vídeo, placas de som,
placas de redes, modems, etc, são conectados nesses encaixes. Os tipos de slots mais conhecidos atualmente
são o PCI (Peripheral Component Interconnect) - item C1 -, o AGP (Accelerated Graphics Port) - item C2 -, o CNR
(Communications Network Riser) - item C3 - e o PCI Express (PCI-E). As placas-mãe mais antigas apresentavam
ainda o slot ISA (Industry Standard Architecture).
A placa-mãe vista acima possui um slot AGP (usado exclusivamente por placas de vídeo), um slot CNR (usado
para modems) e cinco slots PCI (usados por placas de rede, placas de som, modems PCI, etc). A tendência atual
é que tanto o slot AGP quanto o slot PCI sejam substituídos pelo padrão PCI Express, que oferece mais recursos
e possibilidades.

Item D - Plug de alimentação
O item D mostra o local onde deve-se encaixar o cabo da fonte que leva energia elétrica à placa-mãe.
Para isso, tanto a placa-mãe como a fonte de alimentação devem ser do mesmo tipo. Existem, atualmente, dois
padrões para isso: o ATX e o AT (este último saiu de linha, mas ainda é utilizado). A placa-mãe da foto usa o
padrão ATX. É importante frisar que a placa-mãe sozinha consegue alimentar o processador, as memórias e a
grande maioria dos dispositivos encaixados nos slots. No entanto, HDs, unidades de CD e DVD, drive de disquete
e cooler (um tipo de ventilador acoplado ao processador que serve para manter sua temperatura em limites
aceitáveis de uso) devem receber conectores individuais de energia.

Item E - Conectores IDE e drive de disquete
O item E2 mostra as entradas padrão IDE (Intergrated
Drive Electronics) onde devem ser encaixados os cabos
que ligam HDs e unidades de CD/DVD à placa-mãe. Esses
cabos, chamados de "flat cables", podem ser de 40 vias
ou 80 vias (grossamente falando, cada via seria um
"fiozinho"), sendo este último mais eficiente. Cada cabo
pode suportar até dois HDs ou unidades de CD/DVD,
totalizando até quatro dispositivos nas entradas IDE.
Note também que E1 aponta para o conector onde deve
ser encaixado o cabo que liga o drive de disquete à
motherboard.Existe também, um tipo de HD que não
segue o padrão IDE, mas sim o SATA (Serial ATA), como
mostra a figura a seguir.

Item F - BIOS e bateria
                                          O item F2 aponta para o chip Flash-ROM e o F1, para a bateria que
                                          o alimenta. Esse chip contém um pequeno software chamado
                                          BIOS (Basic Input Output System), que é responsável por controlar
                                          o uso do hardware do computador e manter as informações
                                          relativas à hora e data. Cabe ao BIOS, por exemplo, emitir uma
                                          mensagem de erro quando o teclado não está conectado. Na
verdade, quando isso ocorre, o BIOS está trabalhando em conjunto com o Post, um software que testa os
componentes de hardware após o computador ser ligado.
Através de uma interface denominada Setup, também presente na Flash-ROM, é possível alterar configurações
de hardware, como velocidade do processador, detecção de discos rígidos, desativação de portas USB, etc.
Como mostra a imagem abaixo, placas-mãe antigas usavam um chip maior para o BIOS.
                                                                                       Prof. Fabiano Moreira
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Item G - Conectores de teclado, mouse, USB, impressora e outros
O item G aponta para a parte onde ficam localizadas as entradas
para a conexão do mouse (tanto serial, quanto PS/2), teclado,
portas USB, porta paralela (usada principalmente por impressoras),
além de outros que são disponibilizados conforme o modelo da
placa-mãe. Esses itens ficam posicionados de forma que, quando a
motherboard for instalada em um gabinete, tais entradas fiquem
imediatamente acessíveis pela parte traseira deste.

H - Furos de encaixe
Para evitar danos, a placa-mãe deve ser devidamente presa ao gabinete. Isso é feito através de furos (item H)
que permitem o encaixe de espaçadores e parafusos.

I - Chipset
O chipset é um chip responsável pelo controle de uma série de itens da placa-mãe, como acesso à memória,
barramentos e outros. Principalmente nas placas-mãe atuais, é bastante comum que existam dois chips para
esses controles: Ponte Sul (I1) e Ponte Norte (I2):
Ponte (CHIP) Sul (South Bridge): este geralmente é responsável pelo controle de dispositivos de entrada e saída,
como as interfaces IDE ou SATA. Placas-mãe que possuem som onboard (visto adiante), podem incluir o
controle desse dispositivo também na Ponte Sul;
Ponte(CHIP) Norte (North Bridge): este chip faz um trabalho "mais pesado" e, por isso, geralmente requer um
dissipador de calor para não esquentar muito. Repare que na foto da placa-mãe em que esse chip é apontado,
ele, na verdade, está debaixo de uma estrutura metálica. Essa peça é dissipador. Cabe à Ponte Norte as tarefas
de controle do FSB (Front Side Bus - velocidade na qual o processador se comunica com a memória e com
componentes da placa-mãe), da freqüência de operação da memória, do barramento AGP, etc.
Os chipsets não são desenvolvidos pelas fabricantes das placas-mãe e sim por empresas como VIA Technologies,
SiS e Intel (esta é uma exceção, já que fabrica motherboards também). Assim sendo, é comum encontrar um
mesmo chipset em modelos concorrentes de placa-mãe.

Placas-mãe onboard X offboard
"Onboard" é o termo empregado para distinguir placas-mãe que possuem um ou mais dispositivos de expansão
integrados. Por exemplo, há modelos que têm placa de vídeo, placa de som, modem ou placa de rede na
própria placa-mãe. Por esta razão, os conectores desses dispositivos ficam juntos às entradas mostradas no
item G visto anteriormente.
A vantagem de se utilizar modelos onboard é a redução de custo do computador, uma vez que deixa-se de
comprar determinados dispositivos porque estes já estão incluídos na placa-mãe. No entanto, é necessário ter
cuidado: quanto mais itens onboard uma placa-mãe tiver, mais o desempenho do computador será
comprometido. Isso porque o processador acaba tendo que executar as tarefas dos dispositivos integrados. Na
maioria dos casos, placas de som e rede onboard não influenciam significantemente no desempenho, mas
placas de vídeo e modems sim.
As placas de vídeo, mesmo os modelos mais simples, possuem um chip gráfico que é responsável pela geração
de imagens. Este, por sua vez, requer memória para tal, principalmente quando trata imagens em 3D. Uma
placa de vídeo onboard, mesmo quando acompanhada de um chip gráfico integrado, acaba "tomando atenção"
do processador, além de usar parte da memória RAM. Se um computador é comprado para uso em uma loja ou
em alguma aplicação que não requer muito desempenho, a compra de um computador com placa-mãe onboard
pode ser viável. No entanto, quem deseja uma máquina para jogos e aplicações mais pesadas deve pensar

                                                                                          Prof. Fabiano Moreira
Apostila de Montagem e Manutenção de Microcomputadores – ETESC 2010              7

seriamente em adquirir uma placa-mãe "offboard", isto é, com nenhum item integrado, ou no máximo, com
placa de som ou rede onboard.

Finalizando
Existe uma série de empresas que fabricam placas-mãe. As marcas mais conhecidas são: Asus, Abit, Gigabyte,
Soyo, PC Chips, MSI, Intel e ECS. Apesar da maioria dessas fabricantes disponibilizarem bons produtos, é
recomendável pesquisar sobre um modelo de seu interesse para conhecer suas vantagens e desvantagens. Para
isso, basta digitar o nome do modelo em sites de busca. Geralmente, o resultado mostra fóruns de discussão
onde os participantes debatem sobre a placa-mãe em questão. A pesquisa vale a pena, afinal, a placa-mãe é um
item de importância extrema ao computador.

Processadores

                                                    Os processadores (ou CPUs, de Central Processing Unit) são
                                                    chips responsáveis pela execução de cálculos, decisões
                                                    lógicas e instruções que resultam em todas as tarefas que
                                                    um computador pode fazer. Embora haja poucos
                                                    fabricantes (essencialmente, Intel, AMD e VIA), o mercado
                                                    conta com uma grande variedade de processadores.
                                                    Apesar disso e das diferenças existentes entre cada
                                                    modelo, todos compartilham de alguns conceitos e
                                                    características.
                                                    O processador é um chip de silício responsável pela
execução das tarefas cabíveis a um computador. Para entender como um processador trabalha, é conveniente
dividirmos um computador em três partes: processador, memória e um conjunto de dispositivos de entrada e
saída (ou I/O, de Input/Output). Neste último, encontra-se qualquer item responsável pela entrada ou saída de
dados no computador.

Barramentos
São os responsáveis pela interligação e comunicação dos
dispositivos em um computador.Para o processador se comunicar
com a memória e com o conjunto de dispositivos de entrada e
saída, há 3 setas, isto é, barramentos: um se chama barramento de
endereços (address bus); outro, barramento de dados (data bus); o
terceiro, barramento de controle (control bus).

Clock interno e clock externo
Em um computador, todas as atividades necessitam de sincronização. O clock serve justamente para isso, ou
seja, basicamente, atua como de sinal de sincronização. Quando os dispositivos do computador recebem o sinal
de executar suas atividades, dá-se a esse acontecimento o nome de "pulso de clock". Em cada pulso, os
dispositivos executam suas tarefas, param e vão para o próximo ciclo de clock.
A medição do clock é feita em hertz (Hz), a unidade padrão de medidas de freqüência, que indica o número de
oscilações ou ciclos que ocorre dentro de uma determinada medida de tempo, no caso, segundos. Assim, se um
processador trabalha à 800 Hz, por exemplo, significa que é capaz de lidar com 800 operações de ciclos de clock
por segundo. Repare que, para fins práticos, a palavra kilohertz (KHz) é utilizada para indicar 1000 Hz, assim
como o termo megahertz (MHz) é usado para indicar 1000 KHz (ou 1 milhão de hertz). De igual forma, gigahertz

                                                                                         Prof. Fabiano Moreira
Apostila de Montagem e Manutenção de Microcomputadores – ETESC 2010               8

(GHz) é a denominação usada quando se tem 1000 MHz, e assim por diante. Com isso, se um processador tem,
por exemplo, uma freqüência de 800 MHz, significa que pode trabalhar com 800 milhões de ciclos por segundo.
As freqüências com as quais os processadores trabalham são chamadas também de clock interno. Neste ponto,
você certamente já deve ter entendido que é daí que vem expressões como Pentium 4 de 3,2 GHz, por exemplo.
Mas, os processadores também contam com o que chamamos de clock externo ou Front Side Bus (FSB) ou,
ainda, barramento frontal.

Bits dos processadores
                                    O número de bits é outra importante característica dos processadores e,
                                    naturalmente, tem grande influência no desempenho desse dispositivo.
                                    Processadores mais antigos, como o 286, trabalhavam com 16 bits.
                                    Durante muito, no entanto, processadores que trabalham com 32 bits
                                    foram muitos comuns, como as linhas Pentium, Pentium II, Pentium III e
                                    Pentium 4 da Intel, ou Athlon XP e Duron da AMD. Alguns modelos de 32
                                    bits ainda são encontrados no mercado, todavia, o padrão atual são os
                                    processadores de 64 bits, como os da linha Core 2 Duo, da Intel, ou
                                    Athlon 64, da AMD.
Em resumo, quanto mais bits internos o processador trabalhar, mais rapidamente ele poderá fazer cálculos e
processar dados em geral, dependendo da execução a ser feita. Isso acontece porque os bits dos processadores
representam a quantidade de dados que os circuitos desses dispositivos conseguem trabalhar por vez.

Memória cache
Uma solução para problema de lentidão seria equipar os computadores com um tipo de memória muito mais
rápida, a SRAM (Static RAM). Estas se diferenciam das memórias convencionais DRAM (Dynamic RAM) por
serem muito rápidas, por outro lado, são muito mais caras e não contam com o mesmo nível de miniaturização,
sendo, portanto, inviáveis. Apesar disso, a idéia não foi totalmente descartada, pois foi adaptada para o que
conhecemos como memória cache.
A memória cache consiste em uma pequena quantidade de memória SRAM embutida no processador. Quando
este precisa ler dados na memória RAM, um circuito especial chamado "controlador de cache" transfere blocos
de dados muito utilizados da RAM para a memória cache. Assim, no próximo acesso do processador, este
consultará a memória cache, que é bem mais rápida, permitindo o processamento de dados de maneira mais
eficiente. Se o dado estiver no cache, o processador a utiliza, do contrário, irá buscá-lo na memória RAM, etapa
essa que é mais lenta. Dessa forma,
 a memória cache atua como um intermediário, isto é, faz com que o processador nem sempre necessite chegar
à memória RAM para acessar os dados dos quais necessita. O trabalho da memória cache é tão importante que,
sem ela, o desempenho de um processador pode ser seriamente comprometido.
Os processadores trabalham, basicamente, com dois tipos de cache: cache L1 (Level 1 - Nível 1) e cachê L2
(Level 2 - Nível 2). Este último é ligeiramente maior em termos de capacidade e passou a ser utilizado quando o
cache L1 se mostrou insuficiente. Antigamente, um tipo distinguia do outro pelo fato da memória cache L1 estar
localizada junto ao núcleo do processador, enquanto que a cache L2 ficava localizada na placa-mãe.
Atualmente, ambos os tipos ficam localizados dentro do chip do processador, sendo que, em muitos casos, a
cache L1 é dividida em duas partes: "L1 para dados" e "L1 para instruções".
Vale ressaltar que, dependendo da arquitetura do processador, é possível o surgimento de modelos que
tenham um terceiro nível de cache (L3). Mas, isso não é novidade: a AMD chegou a ter um processador em 1999
chamado K6-III que contava com cache L1 e L2 internamente, algo incomum à época, já que naquele tempo o
cache L2 se localizava na placa-mãe. Com isso, esta última acabou assumindo o papel de cache L3.

                                                                                          Prof. Fabiano Moreira
Apostila de Montagem e Manutenção de Microcomputadores – ETESC 2010             9

Processadores com dois ou mais núcleos
                                                                Uma das formas encontradas pelos fabricantes
                                                                para lidar com essa limitação é fabricar e
                                                                disponibilizar processadores com dois núcleos
                                                                (dual-core) ou mais (multi-core). Mas, o que
                                                                isso significa?
                                                                Processadores desse tipo contam com dois ou
                                                                mais núcleos distintos no mesmo circuito
                                                                integrado,      como    se   houvesse    dois
                                                                processadores dentro de um. Dessa forma, o
                                                                processador pode lidar com dois processos por
                                                                vez, um para cada núcleo, melhorando o
                                                                desempenho do computador como um todo.
                                                                Note que, em um chip de único núcleo, o
                                                                usuário pode ter a impressão de que vários
                                                                processos são executados simultaneamente, já
                                                                que a máquina está quase sempre executando
mais de uma aplicação ao mesmo tempo. Na verdade, o que acontece é que o processador dedica
determinados intervalos de tempo a cada processo e isso ocorre de maneira tão rápida, que se tem a impressão
de processamento simultâneo.
A partir de processadores lançados em meados de 2004, a Intel passou a usar o esquema de "Números de
Processadores" para identifica seus chips. Até então, a empresa adotava como único parâmetro de
desempenho o valor da freqüência interna de seus processadores, por exemplo, Pentium 4 de 2.8 GHz e Celeron
de 1.8 GHz. Na verdade, a Intel usava um ou outro parâmetro em determinados modelos, como aqueles
equipados com a tecnologia Hyper-Threading (tecnologia que aumenta significantemente o desempenho do
processamento por virtualização de core, isto é, o processador com um core “pensa” que possui dois) que, por
isso, recebiam a sigla HT em seu nome.
Em uma compra devemos observar itens que vão além da velocidade de processamento.A quantidade de
core’s, a quantidade de memória cachê (L1 e L2), e principalmente o FSB dos processador que deve ser
compatível com a placa mãe.

Memórias ROM e RAM
No que se refere ao hardware dos computadores, entendemos como memória os dispositivos que armazenam
os dados com os quais o processador trabalha. Há, essencialmente, duas categorias de memórias: ROM (Read-
Only Memory), que permite apenas a leitura dos dados e não perde informação na ausência de energia; e RAM
(Random-Access Memory), que permite ao processador tanto a leitura quanto a gravação de dados e perde
informação quando não há alimentação elétrica.

Memória ROM
As memórias ROM (Read-Only Memory: Memória Somente de Leitura) recebem esse nome porque os dados
são gravados nelas apenas uma vez. Depois disso, essas informações não podem ser apagadas ou alteradas,
apenas lidas pelo computador, exceto por meio de procedimentos especiais. Outra característica das memórias
ROM é que elas são do tipo não voláteis, isto é, os dados gravados não são perdidos na ausência de energia
elétrica ao dispositivo.
CD-ROM, DVD-ROM e afins: essa é uma categoria de discos ópticos onde os dados são gravados apenas uma
vez, seja de fábrica, como os CDs de músicas, ou com dados próprios do usuário, quando o próprio efetua a

                                                                                       Prof. Fabiano Moreira
Apostila de Montagem e Manutenção de Microcomputadores – ETESC 2010              10

gravação. Há também uma categoria que pode ser comparada ao tipo regravável, pois permite a regravação de
dados: CD-RW e DVD-RW e afins.

Memória RAM
As memórias RAM (Random-Access Memory - Memória de Acesso Aleatório) constituem uma das partes mais
importantes dos computadores, pois são nelas que o processador armazena os dados com os quais está lidando.
Esse tipo de memória tem um processo de gravação de dados extremamente rápido, se comparado aos vários
tipos de memória ROM. No entanto, as informações gravadas se perdem quando não há mais energia elétrica,
isto é, quando o computador é desligado, sendo, portanto, um tipo de memória volátil.
Há dois tipos de tecnologia de memória RAM que são muitos utilizados: estático e dinâmico, isto é, SRAM e
DRAM, respectivamente. Eis uma breve explicação de cada tipo:
     • SRAM (Static Random-Access Memory: RAM Estática): esse tipo é muito mais rápido que as memórias
         DRAM, porém armazena menos dados e possui preço elevado se considerarmos o custo por megabyte.
     • DRAM          (Dynamic        Random-Access
         Memory: RAM Dinâmica): memórias
         desse tipo possuem capacidade alta, isto
         é,      podem       comportar     grandes
         quantidades de dados. No entanto, o
         acesso a essas informações costuma ser
         mais lento que o acesso às memórias
         estáticas. Esse tipo também costuma ter
         preço bem menor quando comparado ao
         tipo estático;
Módulos de memória
Entendemos como módulo ou, ainda, pente, uma
pequena placa onde são instalados os
encapsulamentos de memória. Essa placa é
encaixada na placa-mãe por meio de encaixes (slots) específicos para isso. Eis uma breve descrição dos tipos
mais comuns de módulos:
     • SIMM (Single In-Line Memory Module): módulos deste tipo não eram soldados, mas encaixados na
         placa?mãe. A primeira versão continha 30 terminais de contato (SIMM de 30 vias) e era formada por
         um conjunto de 8 chips (ou 9, para paridade). Com isso, podiam transferir um byte por ciclo de clock.
         Posteriormente surgiu uma versão com 72 pinos (SIMM de 72 vias), portanto, maior e capaz de
         transferir 32 bits por vez. Módulos SIMM de 30 vias podiam ser encontrados com capacidades que iam
         de 1 MB a 16 MB. Módulos SIMM de 72 vias, por sua vez, eram comumente encontrados com
         capacidades que iam de 4 MB a 64 MB;
     • DIMM (Double In-Line Memory Module): os módulos DIMM levam esse nome por terem terminais de
         contatos em ambos os lados do pente. São capazes de transmitir 64 bits por vez. A primeira versão -
         aplicada em memória SDR SDRAM - tinha 168 pinos. Em seguida, foram lançados módulos de 184 vias,
         utilizados em memórias DDR, e módulos de 240 vias, utilizados em módulos DDR2 e DDR3. Existe um
         padrão DIMM de tamanho reduzido chamado SODIMM (Small Outline DIMM), que são utilizados
         principalmente em computadores portáteis, como notebooks;
     • RIMM (Rambus In-Line Memory Module): formado por 168 vias, esse módulo é utilizado pelas
         memórias Rambus, que serão abordadas ainda neste artigo. Um fato curioso é que para cada pente de
         memória Rambus instalado no computador é necessário instalar um módulo "vazio", de 184 vias,
         chamado de C-RIMM (Continuity-RIMM).

                                                                                        Prof. Fabiano Moreira
Apostila de Montagem e Manutenção de Microcomputadores – ETESC 2010            11

Tecnologias de memórias
Várias tecnologias de memórias foram (e são) criadas com o passar do tempo. É graças a isso que,
periodicamente, encontramos memórias mais rápidas, com maior capacidade e até memórias que exigem cada
vez menos energia. Eis uma breve descrição dos principais tipos de memória RAM:
FPM (Fast-Page Mode): uma das primeiras tecnologias de memória RAM. Com o FPM, a primeira leitura da
memória tem um tempo de acesso maior que as leituras seguintes. Isso porque são feitos, na verdade, quatro
operações de leitura seguidas, ao invés de apenas uma, em um esquema do tipo x-y-y-y,por exemplo: 3-2-2-2
ou 6-3-3-3. A primeira leitura acaba sendo mais demorada, mas as três seguintes são mais rápidas. Memórias
FPM utilizavam módulos SIMM, tanto de 30 quanto de 72 vias;
EDO (Extended Data Output): a sucessora da tecnologia FPM é a EDO, que possui como destaque a capacidade
de permitir que um endereço da memória seja acessado ao mesmo tempo em que uma solicitação anterior
ainda está em andamento. Esse tipo foi aplicado principalmente em módulos SIMM, mas também chegou a ser
encontrado em módulos DIMM de 168 vias. Houve também uma tecnologia semelhante, chamada BEDO (Burst
EDO), que trabalhava mais rapidamente por ter tempo de acesso menor, mas quase não foi utilizada, pois tinha
custo maior por ser de propriedade da empresa Micron. Além disso, foi "ofuscada" pela chegada da tecnologia
SDRAM;




SDRAM (Synchronous Dynamic Random Access Memory): as memórias FPM e EDO são assíncronas, o que
significa que não trabalham de forma sincronizada com o processador. O problema é que, com processadores
cada vez mais rápidos, isso começou a se tornar um problema, pois muitas vezes o processador tinha que
esperar demais para ter acesso aos dados da memória. As memórias SDRAM, por sua vez, trabalham de forma
sincronizada com o processador, evitando os problemas de atraso. A partir dessa tecnologia, passou - se a
considerar a freqüência com a qual a memória trabalha para medida de velocidade. Surgiam então as memórias
SDR SDRAM (Single Data Rate SDRAM), que podiam trabalhar com 66 MHz, 100 MHz e 133 MHz (também
chamadas de PC66, PC100 e PC133, respectivamente).Muitas pessoas se referem a essa memória apenas como
"memórias SDRAM" ou, ainda, como "memórias DIMM", por causa de seu módulo. No entanto, a
denominação SDR é a mais adequada;




DDR SDRAM (Double Data Rate SDRAM): as memórias DDR apresentam evolução significativa em relação ao
padrão SDR, isso porque elas são capazes de lidar com o dobro de dados em cada ciclo de clock (memórias SDR
                                                                                      Prof. Fabiano Moreira
Apostila de Montagem e Manutenção de Microcomputadores – ETESC 2010              12

trabalham apenas com uma operação por ciclo). Assim, uma memória DDR que trabalha à freqüência de 100
MHz, por exemplo, acaba dobrando seu desempenho, como se trabalhasse à taxa de 200 MHz. Visualmente, é
possível identificá-las facilmente em relação aos módulos SDR, porque este último contém duas divisões na
parte inferior, onde estão seus contatos, enquanto que as memórias DDR2 possuem apenas uma divisão.
DDR2 SDRAM: como o nome indica, as memórias DDR2 são uma evolução das memórias DDR. Sua principal
característica é a capacidade de trabalhar com quatro operações por ciclo de clock, portanto, o dobro do padrão
anterior. Os módulos DDR2 também contam com apenas uma divisão em sua parte inferior, no entanto, essa
abertura é um pouco mais deslocada para o lado.




DDR3 SDRAM: as memórias DDR3 são, obviamente, uma evolução das memórias DDR2. Novamente,`aqui
dobra-se a quantidade de operações por ciclo de clock, desta vez, de oito. Na época de fechamento deste
artigo, as memórias DDR3 ainda não eram muito populares.
Rambus (Rambus DRAM): as memórias Rambus recebem esse nome por serem uma criação da empresa
Rambus Inc. e chegaram ao mercado com o apoio da Intel. Elas são diferentes do padrão SDRAM, pois
trabalham apenas com 16 bits por vez. Em compensação, memórias Rambus trabalham com frequência de 400
MHz e com duas operações por ciclo de clock. Tinham como desvantagens, no entanto, taxas de latência muito
altas, aquecimento elevado e maior custo. Memórias Rambus nunca tiveram grande aceitação no mercado, mas
também não foram um total fiasco: foram utilizadas, por exemplo, no console de jogos Nintendo 64.
Curiosamente, as memórias Rambus trabalham em pares com "módulos vazios" ou "pentes cegos". Isso significa
que, para cada módulo Rambus instalado, um "módulo vazio" tem que ser instalado em outro slot. Essa
tecnologia acabou perdendo espaço para as memórias DDR.

Para compra de uma memória devemos observar qual o tipo adequado para a placa mãe. Depois de definido
devemos observar as 3 informações mais importante em uma memória: Latência, Capacidade e Velocidade;
Atualmente apenas a Capacidade e Velocidade são relevante. A latência e desprezadas, pois a mesma , em
memórias atuais, e baixíssima ou simplesmente não existe.

                                                    * * *




                                                                                         Prof. Fabiano Moreira

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  • 1. Apostila de Montagem e Manutenção de Microcomputadores – ETESC 2010 1 Eletricidade - CONCEITOS BÁSICOS Matéria e Substância Matéria é tudo que existe no universo. Substância é cada tipo particular de matéria com uma característica própria. Moléculas e átomos Molécula é a menor parte que pode existir de uma substância. São partes tão pequenas, que não podem ser vistas mesmo com o auxílio aos microscópios. As moléculas são constituídas de átomos. Prótons, Nêutrons e Elétrons Durante muito tempo se acreditou que o átomo fosse a menor parte da matéria. Tanto assim que o seu próprio nome( do grego a = sem e tomo = dividir) significa “o que não se pode dividir”. Atualmente, sabe-se que o átomo se compõe de Prótons, Nêutrons e Elétrons. A estrutura do átomo consiste em um núcleo central, formado pôr dois tipos de partículas simples e indivisíveis: os prótons e os nêutrons. Os prótons têm carga elétrica positiva, e os nêutrons não têm carga. Corrente Elétrico é um fluxo de elétrons em movimento. A intensidade de corrente elétrica é medida em AMPERE . O instrumento que mede a intensidade de corrente é o AMPERÍMETRO. Tensão Elétrica é a força que desloca os elétrons. . A unidade de medida da tensão Elétrica é o Volt, e um instrumento para medi-la, que é o voltímetro. Sentido da Corrente Como sabemos os prótons tem carga positiva, e os elétrons, cargas negativas. Se o átomo perde elétrons, ficará com carga positiva. Se o átomo recebe elétrons, ficará com carga negativa. Se considerarmos as condições de carga dos átomos apresentados, havendo ligação entre eles, o átomo B (-) cederá dois elétrons ao átomo A (+). Logo, o sentido da corrente elétrica é da carga negativa (-) para a carga positiva (+). Materiais Condutores, Isolantes. Todos os materiais oferecem uma oposição a passagem da corrente elétrica; no entanto dependendo da substância do material, essa oposição é maior ou menor, sendo que alguns materiais praticamente não permitem a passagem da corrente elétrica (Chamados de Materiais Isolantes). Prof. Fabiano Moreira
  • 2. Apostila de Montagem e Manutenção de Microcomputadores – ETESC 2010 2 Os materiais que oferecem pouca oposição à passagem da corrente elétrica chamamos de materiais condutores. Potência Elétrica é a energia elétrica consumida ou produzida na unidade de tempo. A potência elétrica tem como unidade o Watt, que é representado pela letra W. Componentes do Computador Fonte de Alimentação: Responsável por fornecer energia necessária para o funcionamento de todos os componentes do computador. Tensões fornecidas pelas fontes Os dispositivos que compõem o computador requerem níveis diferentes de tensão para seu funcionamento. Por isso, as fontes de alimentação fornecem, essencialmente, quatro tipos de tensão (em Volts - V): 5 V - utilizada na alimentação de chips, como processadores, chipsets e módulos de memória; - 5 V - aplicada em dispositivos periféricos, como mouse e teclado; 12 V - usada em dispositivos que contenham motores, como HDs (cujo motor é responsável por girar os discos) e drives de CD ou DVD (que possui motores para abrir a gaveta e para girar o disco); - 12 V - utilizada na alimentação de barramentos de comunicação, como o antigo ISA (Industry Standard Architecture). Os valores descritos acima são usados no padrão de fonte conhecido como AT (Advanced Technology). No entanto, o padrão ATX (Advanced Technology Extended), quando lançado, apresentou mais uma tensão: a de 3,3 V, que passou a ser usada por chips (principalmente pelo processador), reduzindo o consumo de energia. Principais Caracterisiticas das Fontes: AT – Conectores de 12 pinos dividido em duas partes; Padrão ate 1996; Possui botão de Power ON/OFF na Fonte; Potencia Máxima 350W; ATX – Conectores de 24 pinos(20+4); Padrão atual a partir de 1996; Não possui botão de Power ON/OFF na Fonte; Potencia Máxima acima de 1000W; Potência das fontes de alimentação Se um dia você já teve que comprar ou pesquisar o preço de uma fonte de alimentação para seu computador, certamente pode ter ficado em dúvida sobre qual potência escolher. No Brasil, é muito comum encontrar fontes de 300 W (watts), no entanto, dependendo de seu hardware, uma fonte mais potente pode ser necessária. Para saber quando isso é aplicável, deve-se saber quanto consome cada item de seu computador. A tabela abaixo mostra um valor estimado: ITEM CONSUMO Processadores topo de linha (como Pentium 4 HT e Athlon64) 60 W - 110 W Processadores econômicos (como Celeron e Duron) 30 W - 80 W Placa-mãe 20 W - 100 W Prof. Fabiano Moreira
  • 3. Apostila de Montagem e Manutenção de Microcomputadores – ETESC 2010 3 HDs e drives de CD e DVD 25 W - 35 W Placa de vídeo sem instruções em 3D 15 W - 25 W Placa de vídeo com instruções em 3D 35 W - 110 W Módulos de memória 2W - 10 W Placas de expansão (placa de rede, placa de som, etc) 5 W - 10 W Cooler 5 W - 10 W Teclado e mouse 1 W - 15 W Obviamente esses valores podem variar, pois não são precisos. Além disso, o consumo de energia de determinados dispositivos pode depender do modelo e do fabricante. O importante é que você analise a quantidade de itens existentes em seu computador e adquira uma fonte que possa atender a essa configuração de maneira estável. Por exemplo, se você tiver uma máquina com processador Athlon 64 FX, com dois HDs, um drive de CD/DVD, placa de vídeo 3D, mouse óptico, entre outros, uma fonte de 250 W não é recomendável. Basta somar as taxas de consumo desses itens para notar: Athlon 64 FX 100 W (valor estimado) HD (cada) 25 W + 25 W (valor estimado) Drive de CD/DVD 25 W (valor estimado) Placa de vídeo 3D 80 W (valor estimado) Mouse óptico + teclado 10 W (valor estimado) Total * 265 W * sem considerar os demais itens (placa-mãe, pentes de memória, etc). É importante considerar ainda que dificilmente uma fonte de alimentação fornece a potência máxima indicada. Por isso, é bom utilizar uma fonte que forneça certa "folga" nesse aspecto. Para a configuração citada acima, por exemplo, uma fonte de 350 W seria adequada. Fonte Genérica X Fonte Real Fontes Genéricas são aquelas que fornecem potencia máxima de Pico; Fontes Reais são aquelas que fornecem potencia máxima, por demanda, em tempo real; Prof. Fabiano Moreira
  • 4. Apostila de Montagem e Manutenção de Microcomputadores – ETESC 2010 4 Placa-mãe Também conhecida como "motherboard" ou "mainboard", a placa-mãe é, basicamente, a responsável pela interconexão de todas as peças que formam o computador. O HD, a memória, o teclado, o mouse, a placa de vídeo, enfim, praticamente todos os dispositivos, precisam ser conectados à placa-mãe para formar o computador. Conectores da Placa Mãe A – Socket da CPU B – Socket Memoria C – Barramentos PCI(1), AGP(2) e AMR(3) D – Conector Fonte ATX E – Conectores Painel Fontal (1) e HD IDE (2) F1 – Bateria F2 – Bios G – Conectores Traseiro H – Local de fixação dos parafusos I – CHIPSET Norte (2) e Sul (1) Item A - processador O item A mostra o local onde o processador deve ser conectado. Também conhecido como socket, esse encaixe não serve para qualquer processador, mas sim para um modelo (ou para modelos) específico. Cada tipo de processador tem características que o diferenciam de outros modelos. Assim sendo, processadores que utilizam outros sockets, como o Intel Pentium 4 ou o AMD Athlon 64 não se conectam a esta placa. Por isso, na aquisição de um computador, deve-se escolher primeiro o processador e, em seguida, verificar quais as placas-mãe que são compatíveis. À medida que novos processadores vão sendo lançados, novos sockets vão surgindo. É importante frisar que, mesmo quando um processador utiliza um determinado socket, ele pode não ser compatível com a placa-mãe relacionada. Isso porque o chip pode ter uma capacidade de processamento acima da suportada pela motherboard. Por isso, essa questão também deve ser verificada no momento da montagem de um computador. Item B - Memória RAM O item B mostra os encaixes existentes para a memória RAM. Esse conector varia conforme o tipo. As placas- mãe mais antigas usavam o tipo de memória popularmente conhecido como SDRAM. No entanto, o padrão mais usado atualmente é o DDR (Double Data Rate). As memórias também trabalham em velocidades diferentes, mesmo quando são do mesmo tipo. A placa-mãe mostrada acima aceita memórias DDR que trabalham a 266 MHz, 333 MHz e 400 MHz. Supondo que a motherboard só aceitasse velocidades de até 333 MHz, um pente de memória DDR que funciona a 400 MHz só trabalharia a 333 MHz nessa placa, o máximo suportado. Item C - Slots de expansão Prof. Fabiano Moreira
  • 5. Apostila de Montagem e Manutenção de Microcomputadores – ETESC 2010 5 Para que seja possível conectar placas que adicionam funções ao computador, é necessário fazer uso de slots de expansão. Esses conectores permitem a conexão de vários tipos de dispositivos. Placas de vídeo, placas de som, placas de redes, modems, etc, são conectados nesses encaixes. Os tipos de slots mais conhecidos atualmente são o PCI (Peripheral Component Interconnect) - item C1 -, o AGP (Accelerated Graphics Port) - item C2 -, o CNR (Communications Network Riser) - item C3 - e o PCI Express (PCI-E). As placas-mãe mais antigas apresentavam ainda o slot ISA (Industry Standard Architecture). A placa-mãe vista acima possui um slot AGP (usado exclusivamente por placas de vídeo), um slot CNR (usado para modems) e cinco slots PCI (usados por placas de rede, placas de som, modems PCI, etc). A tendência atual é que tanto o slot AGP quanto o slot PCI sejam substituídos pelo padrão PCI Express, que oferece mais recursos e possibilidades. Item D - Plug de alimentação O item D mostra o local onde deve-se encaixar o cabo da fonte que leva energia elétrica à placa-mãe. Para isso, tanto a placa-mãe como a fonte de alimentação devem ser do mesmo tipo. Existem, atualmente, dois padrões para isso: o ATX e o AT (este último saiu de linha, mas ainda é utilizado). A placa-mãe da foto usa o padrão ATX. É importante frisar que a placa-mãe sozinha consegue alimentar o processador, as memórias e a grande maioria dos dispositivos encaixados nos slots. No entanto, HDs, unidades de CD e DVD, drive de disquete e cooler (um tipo de ventilador acoplado ao processador que serve para manter sua temperatura em limites aceitáveis de uso) devem receber conectores individuais de energia. Item E - Conectores IDE e drive de disquete O item E2 mostra as entradas padrão IDE (Intergrated Drive Electronics) onde devem ser encaixados os cabos que ligam HDs e unidades de CD/DVD à placa-mãe. Esses cabos, chamados de "flat cables", podem ser de 40 vias ou 80 vias (grossamente falando, cada via seria um "fiozinho"), sendo este último mais eficiente. Cada cabo pode suportar até dois HDs ou unidades de CD/DVD, totalizando até quatro dispositivos nas entradas IDE. Note também que E1 aponta para o conector onde deve ser encaixado o cabo que liga o drive de disquete à motherboard.Existe também, um tipo de HD que não segue o padrão IDE, mas sim o SATA (Serial ATA), como mostra a figura a seguir. Item F - BIOS e bateria O item F2 aponta para o chip Flash-ROM e o F1, para a bateria que o alimenta. Esse chip contém um pequeno software chamado BIOS (Basic Input Output System), que é responsável por controlar o uso do hardware do computador e manter as informações relativas à hora e data. Cabe ao BIOS, por exemplo, emitir uma mensagem de erro quando o teclado não está conectado. Na verdade, quando isso ocorre, o BIOS está trabalhando em conjunto com o Post, um software que testa os componentes de hardware após o computador ser ligado. Através de uma interface denominada Setup, também presente na Flash-ROM, é possível alterar configurações de hardware, como velocidade do processador, detecção de discos rígidos, desativação de portas USB, etc. Como mostra a imagem abaixo, placas-mãe antigas usavam um chip maior para o BIOS. Prof. Fabiano Moreira
  • 6. Apostila de Montagem e Manutenção de Microcomputadores – ETESC 2010 6 Item G - Conectores de teclado, mouse, USB, impressora e outros O item G aponta para a parte onde ficam localizadas as entradas para a conexão do mouse (tanto serial, quanto PS/2), teclado, portas USB, porta paralela (usada principalmente por impressoras), além de outros que são disponibilizados conforme o modelo da placa-mãe. Esses itens ficam posicionados de forma que, quando a motherboard for instalada em um gabinete, tais entradas fiquem imediatamente acessíveis pela parte traseira deste. H - Furos de encaixe Para evitar danos, a placa-mãe deve ser devidamente presa ao gabinete. Isso é feito através de furos (item H) que permitem o encaixe de espaçadores e parafusos. I - Chipset O chipset é um chip responsável pelo controle de uma série de itens da placa-mãe, como acesso à memória, barramentos e outros. Principalmente nas placas-mãe atuais, é bastante comum que existam dois chips para esses controles: Ponte Sul (I1) e Ponte Norte (I2): Ponte (CHIP) Sul (South Bridge): este geralmente é responsável pelo controle de dispositivos de entrada e saída, como as interfaces IDE ou SATA. Placas-mãe que possuem som onboard (visto adiante), podem incluir o controle desse dispositivo também na Ponte Sul; Ponte(CHIP) Norte (North Bridge): este chip faz um trabalho "mais pesado" e, por isso, geralmente requer um dissipador de calor para não esquentar muito. Repare que na foto da placa-mãe em que esse chip é apontado, ele, na verdade, está debaixo de uma estrutura metálica. Essa peça é dissipador. Cabe à Ponte Norte as tarefas de controle do FSB (Front Side Bus - velocidade na qual o processador se comunica com a memória e com componentes da placa-mãe), da freqüência de operação da memória, do barramento AGP, etc. Os chipsets não são desenvolvidos pelas fabricantes das placas-mãe e sim por empresas como VIA Technologies, SiS e Intel (esta é uma exceção, já que fabrica motherboards também). Assim sendo, é comum encontrar um mesmo chipset em modelos concorrentes de placa-mãe. Placas-mãe onboard X offboard "Onboard" é o termo empregado para distinguir placas-mãe que possuem um ou mais dispositivos de expansão integrados. Por exemplo, há modelos que têm placa de vídeo, placa de som, modem ou placa de rede na própria placa-mãe. Por esta razão, os conectores desses dispositivos ficam juntos às entradas mostradas no item G visto anteriormente. A vantagem de se utilizar modelos onboard é a redução de custo do computador, uma vez que deixa-se de comprar determinados dispositivos porque estes já estão incluídos na placa-mãe. No entanto, é necessário ter cuidado: quanto mais itens onboard uma placa-mãe tiver, mais o desempenho do computador será comprometido. Isso porque o processador acaba tendo que executar as tarefas dos dispositivos integrados. Na maioria dos casos, placas de som e rede onboard não influenciam significantemente no desempenho, mas placas de vídeo e modems sim. As placas de vídeo, mesmo os modelos mais simples, possuem um chip gráfico que é responsável pela geração de imagens. Este, por sua vez, requer memória para tal, principalmente quando trata imagens em 3D. Uma placa de vídeo onboard, mesmo quando acompanhada de um chip gráfico integrado, acaba "tomando atenção" do processador, além de usar parte da memória RAM. Se um computador é comprado para uso em uma loja ou em alguma aplicação que não requer muito desempenho, a compra de um computador com placa-mãe onboard pode ser viável. No entanto, quem deseja uma máquina para jogos e aplicações mais pesadas deve pensar Prof. Fabiano Moreira
  • 7. Apostila de Montagem e Manutenção de Microcomputadores – ETESC 2010 7 seriamente em adquirir uma placa-mãe "offboard", isto é, com nenhum item integrado, ou no máximo, com placa de som ou rede onboard. Finalizando Existe uma série de empresas que fabricam placas-mãe. As marcas mais conhecidas são: Asus, Abit, Gigabyte, Soyo, PC Chips, MSI, Intel e ECS. Apesar da maioria dessas fabricantes disponibilizarem bons produtos, é recomendável pesquisar sobre um modelo de seu interesse para conhecer suas vantagens e desvantagens. Para isso, basta digitar o nome do modelo em sites de busca. Geralmente, o resultado mostra fóruns de discussão onde os participantes debatem sobre a placa-mãe em questão. A pesquisa vale a pena, afinal, a placa-mãe é um item de importância extrema ao computador. Processadores Os processadores (ou CPUs, de Central Processing Unit) são chips responsáveis pela execução de cálculos, decisões lógicas e instruções que resultam em todas as tarefas que um computador pode fazer. Embora haja poucos fabricantes (essencialmente, Intel, AMD e VIA), o mercado conta com uma grande variedade de processadores. Apesar disso e das diferenças existentes entre cada modelo, todos compartilham de alguns conceitos e características. O processador é um chip de silício responsável pela execução das tarefas cabíveis a um computador. Para entender como um processador trabalha, é conveniente dividirmos um computador em três partes: processador, memória e um conjunto de dispositivos de entrada e saída (ou I/O, de Input/Output). Neste último, encontra-se qualquer item responsável pela entrada ou saída de dados no computador. Barramentos São os responsáveis pela interligação e comunicação dos dispositivos em um computador.Para o processador se comunicar com a memória e com o conjunto de dispositivos de entrada e saída, há 3 setas, isto é, barramentos: um se chama barramento de endereços (address bus); outro, barramento de dados (data bus); o terceiro, barramento de controle (control bus). Clock interno e clock externo Em um computador, todas as atividades necessitam de sincronização. O clock serve justamente para isso, ou seja, basicamente, atua como de sinal de sincronização. Quando os dispositivos do computador recebem o sinal de executar suas atividades, dá-se a esse acontecimento o nome de "pulso de clock". Em cada pulso, os dispositivos executam suas tarefas, param e vão para o próximo ciclo de clock. A medição do clock é feita em hertz (Hz), a unidade padrão de medidas de freqüência, que indica o número de oscilações ou ciclos que ocorre dentro de uma determinada medida de tempo, no caso, segundos. Assim, se um processador trabalha à 800 Hz, por exemplo, significa que é capaz de lidar com 800 operações de ciclos de clock por segundo. Repare que, para fins práticos, a palavra kilohertz (KHz) é utilizada para indicar 1000 Hz, assim como o termo megahertz (MHz) é usado para indicar 1000 KHz (ou 1 milhão de hertz). De igual forma, gigahertz Prof. Fabiano Moreira
  • 8. Apostila de Montagem e Manutenção de Microcomputadores – ETESC 2010 8 (GHz) é a denominação usada quando se tem 1000 MHz, e assim por diante. Com isso, se um processador tem, por exemplo, uma freqüência de 800 MHz, significa que pode trabalhar com 800 milhões de ciclos por segundo. As freqüências com as quais os processadores trabalham são chamadas também de clock interno. Neste ponto, você certamente já deve ter entendido que é daí que vem expressões como Pentium 4 de 3,2 GHz, por exemplo. Mas, os processadores também contam com o que chamamos de clock externo ou Front Side Bus (FSB) ou, ainda, barramento frontal. Bits dos processadores O número de bits é outra importante característica dos processadores e, naturalmente, tem grande influência no desempenho desse dispositivo. Processadores mais antigos, como o 286, trabalhavam com 16 bits. Durante muito, no entanto, processadores que trabalham com 32 bits foram muitos comuns, como as linhas Pentium, Pentium II, Pentium III e Pentium 4 da Intel, ou Athlon XP e Duron da AMD. Alguns modelos de 32 bits ainda são encontrados no mercado, todavia, o padrão atual são os processadores de 64 bits, como os da linha Core 2 Duo, da Intel, ou Athlon 64, da AMD. Em resumo, quanto mais bits internos o processador trabalhar, mais rapidamente ele poderá fazer cálculos e processar dados em geral, dependendo da execução a ser feita. Isso acontece porque os bits dos processadores representam a quantidade de dados que os circuitos desses dispositivos conseguem trabalhar por vez. Memória cache Uma solução para problema de lentidão seria equipar os computadores com um tipo de memória muito mais rápida, a SRAM (Static RAM). Estas se diferenciam das memórias convencionais DRAM (Dynamic RAM) por serem muito rápidas, por outro lado, são muito mais caras e não contam com o mesmo nível de miniaturização, sendo, portanto, inviáveis. Apesar disso, a idéia não foi totalmente descartada, pois foi adaptada para o que conhecemos como memória cache. A memória cache consiste em uma pequena quantidade de memória SRAM embutida no processador. Quando este precisa ler dados na memória RAM, um circuito especial chamado "controlador de cache" transfere blocos de dados muito utilizados da RAM para a memória cache. Assim, no próximo acesso do processador, este consultará a memória cache, que é bem mais rápida, permitindo o processamento de dados de maneira mais eficiente. Se o dado estiver no cache, o processador a utiliza, do contrário, irá buscá-lo na memória RAM, etapa essa que é mais lenta. Dessa forma, a memória cache atua como um intermediário, isto é, faz com que o processador nem sempre necessite chegar à memória RAM para acessar os dados dos quais necessita. O trabalho da memória cache é tão importante que, sem ela, o desempenho de um processador pode ser seriamente comprometido. Os processadores trabalham, basicamente, com dois tipos de cache: cache L1 (Level 1 - Nível 1) e cachê L2 (Level 2 - Nível 2). Este último é ligeiramente maior em termos de capacidade e passou a ser utilizado quando o cache L1 se mostrou insuficiente. Antigamente, um tipo distinguia do outro pelo fato da memória cache L1 estar localizada junto ao núcleo do processador, enquanto que a cache L2 ficava localizada na placa-mãe. Atualmente, ambos os tipos ficam localizados dentro do chip do processador, sendo que, em muitos casos, a cache L1 é dividida em duas partes: "L1 para dados" e "L1 para instruções". Vale ressaltar que, dependendo da arquitetura do processador, é possível o surgimento de modelos que tenham um terceiro nível de cache (L3). Mas, isso não é novidade: a AMD chegou a ter um processador em 1999 chamado K6-III que contava com cache L1 e L2 internamente, algo incomum à época, já que naquele tempo o cache L2 se localizava na placa-mãe. Com isso, esta última acabou assumindo o papel de cache L3. Prof. Fabiano Moreira
  • 9. Apostila de Montagem e Manutenção de Microcomputadores – ETESC 2010 9 Processadores com dois ou mais núcleos Uma das formas encontradas pelos fabricantes para lidar com essa limitação é fabricar e disponibilizar processadores com dois núcleos (dual-core) ou mais (multi-core). Mas, o que isso significa? Processadores desse tipo contam com dois ou mais núcleos distintos no mesmo circuito integrado, como se houvesse dois processadores dentro de um. Dessa forma, o processador pode lidar com dois processos por vez, um para cada núcleo, melhorando o desempenho do computador como um todo. Note que, em um chip de único núcleo, o usuário pode ter a impressão de que vários processos são executados simultaneamente, já que a máquina está quase sempre executando mais de uma aplicação ao mesmo tempo. Na verdade, o que acontece é que o processador dedica determinados intervalos de tempo a cada processo e isso ocorre de maneira tão rápida, que se tem a impressão de processamento simultâneo. A partir de processadores lançados em meados de 2004, a Intel passou a usar o esquema de "Números de Processadores" para identifica seus chips. Até então, a empresa adotava como único parâmetro de desempenho o valor da freqüência interna de seus processadores, por exemplo, Pentium 4 de 2.8 GHz e Celeron de 1.8 GHz. Na verdade, a Intel usava um ou outro parâmetro em determinados modelos, como aqueles equipados com a tecnologia Hyper-Threading (tecnologia que aumenta significantemente o desempenho do processamento por virtualização de core, isto é, o processador com um core “pensa” que possui dois) que, por isso, recebiam a sigla HT em seu nome. Em uma compra devemos observar itens que vão além da velocidade de processamento.A quantidade de core’s, a quantidade de memória cachê (L1 e L2), e principalmente o FSB dos processador que deve ser compatível com a placa mãe. Memórias ROM e RAM No que se refere ao hardware dos computadores, entendemos como memória os dispositivos que armazenam os dados com os quais o processador trabalha. Há, essencialmente, duas categorias de memórias: ROM (Read- Only Memory), que permite apenas a leitura dos dados e não perde informação na ausência de energia; e RAM (Random-Access Memory), que permite ao processador tanto a leitura quanto a gravação de dados e perde informação quando não há alimentação elétrica. Memória ROM As memórias ROM (Read-Only Memory: Memória Somente de Leitura) recebem esse nome porque os dados são gravados nelas apenas uma vez. Depois disso, essas informações não podem ser apagadas ou alteradas, apenas lidas pelo computador, exceto por meio de procedimentos especiais. Outra característica das memórias ROM é que elas são do tipo não voláteis, isto é, os dados gravados não são perdidos na ausência de energia elétrica ao dispositivo. CD-ROM, DVD-ROM e afins: essa é uma categoria de discos ópticos onde os dados são gravados apenas uma vez, seja de fábrica, como os CDs de músicas, ou com dados próprios do usuário, quando o próprio efetua a Prof. Fabiano Moreira
  • 10. Apostila de Montagem e Manutenção de Microcomputadores – ETESC 2010 10 gravação. Há também uma categoria que pode ser comparada ao tipo regravável, pois permite a regravação de dados: CD-RW e DVD-RW e afins. Memória RAM As memórias RAM (Random-Access Memory - Memória de Acesso Aleatório) constituem uma das partes mais importantes dos computadores, pois são nelas que o processador armazena os dados com os quais está lidando. Esse tipo de memória tem um processo de gravação de dados extremamente rápido, se comparado aos vários tipos de memória ROM. No entanto, as informações gravadas se perdem quando não há mais energia elétrica, isto é, quando o computador é desligado, sendo, portanto, um tipo de memória volátil. Há dois tipos de tecnologia de memória RAM que são muitos utilizados: estático e dinâmico, isto é, SRAM e DRAM, respectivamente. Eis uma breve explicação de cada tipo: • SRAM (Static Random-Access Memory: RAM Estática): esse tipo é muito mais rápido que as memórias DRAM, porém armazena menos dados e possui preço elevado se considerarmos o custo por megabyte. • DRAM (Dynamic Random-Access Memory: RAM Dinâmica): memórias desse tipo possuem capacidade alta, isto é, podem comportar grandes quantidades de dados. No entanto, o acesso a essas informações costuma ser mais lento que o acesso às memórias estáticas. Esse tipo também costuma ter preço bem menor quando comparado ao tipo estático; Módulos de memória Entendemos como módulo ou, ainda, pente, uma pequena placa onde são instalados os encapsulamentos de memória. Essa placa é encaixada na placa-mãe por meio de encaixes (slots) específicos para isso. Eis uma breve descrição dos tipos mais comuns de módulos: • SIMM (Single In-Line Memory Module): módulos deste tipo não eram soldados, mas encaixados na placa?mãe. A primeira versão continha 30 terminais de contato (SIMM de 30 vias) e era formada por um conjunto de 8 chips (ou 9, para paridade). Com isso, podiam transferir um byte por ciclo de clock. Posteriormente surgiu uma versão com 72 pinos (SIMM de 72 vias), portanto, maior e capaz de transferir 32 bits por vez. Módulos SIMM de 30 vias podiam ser encontrados com capacidades que iam de 1 MB a 16 MB. Módulos SIMM de 72 vias, por sua vez, eram comumente encontrados com capacidades que iam de 4 MB a 64 MB; • DIMM (Double In-Line Memory Module): os módulos DIMM levam esse nome por terem terminais de contatos em ambos os lados do pente. São capazes de transmitir 64 bits por vez. A primeira versão - aplicada em memória SDR SDRAM - tinha 168 pinos. Em seguida, foram lançados módulos de 184 vias, utilizados em memórias DDR, e módulos de 240 vias, utilizados em módulos DDR2 e DDR3. Existe um padrão DIMM de tamanho reduzido chamado SODIMM (Small Outline DIMM), que são utilizados principalmente em computadores portáteis, como notebooks; • RIMM (Rambus In-Line Memory Module): formado por 168 vias, esse módulo é utilizado pelas memórias Rambus, que serão abordadas ainda neste artigo. Um fato curioso é que para cada pente de memória Rambus instalado no computador é necessário instalar um módulo "vazio", de 184 vias, chamado de C-RIMM (Continuity-RIMM). Prof. Fabiano Moreira
  • 11. Apostila de Montagem e Manutenção de Microcomputadores – ETESC 2010 11 Tecnologias de memórias Várias tecnologias de memórias foram (e são) criadas com o passar do tempo. É graças a isso que, periodicamente, encontramos memórias mais rápidas, com maior capacidade e até memórias que exigem cada vez menos energia. Eis uma breve descrição dos principais tipos de memória RAM: FPM (Fast-Page Mode): uma das primeiras tecnologias de memória RAM. Com o FPM, a primeira leitura da memória tem um tempo de acesso maior que as leituras seguintes. Isso porque são feitos, na verdade, quatro operações de leitura seguidas, ao invés de apenas uma, em um esquema do tipo x-y-y-y,por exemplo: 3-2-2-2 ou 6-3-3-3. A primeira leitura acaba sendo mais demorada, mas as três seguintes são mais rápidas. Memórias FPM utilizavam módulos SIMM, tanto de 30 quanto de 72 vias; EDO (Extended Data Output): a sucessora da tecnologia FPM é a EDO, que possui como destaque a capacidade de permitir que um endereço da memória seja acessado ao mesmo tempo em que uma solicitação anterior ainda está em andamento. Esse tipo foi aplicado principalmente em módulos SIMM, mas também chegou a ser encontrado em módulos DIMM de 168 vias. Houve também uma tecnologia semelhante, chamada BEDO (Burst EDO), que trabalhava mais rapidamente por ter tempo de acesso menor, mas quase não foi utilizada, pois tinha custo maior por ser de propriedade da empresa Micron. Além disso, foi "ofuscada" pela chegada da tecnologia SDRAM; SDRAM (Synchronous Dynamic Random Access Memory): as memórias FPM e EDO são assíncronas, o que significa que não trabalham de forma sincronizada com o processador. O problema é que, com processadores cada vez mais rápidos, isso começou a se tornar um problema, pois muitas vezes o processador tinha que esperar demais para ter acesso aos dados da memória. As memórias SDRAM, por sua vez, trabalham de forma sincronizada com o processador, evitando os problemas de atraso. A partir dessa tecnologia, passou - se a considerar a freqüência com a qual a memória trabalha para medida de velocidade. Surgiam então as memórias SDR SDRAM (Single Data Rate SDRAM), que podiam trabalhar com 66 MHz, 100 MHz e 133 MHz (também chamadas de PC66, PC100 e PC133, respectivamente).Muitas pessoas se referem a essa memória apenas como "memórias SDRAM" ou, ainda, como "memórias DIMM", por causa de seu módulo. No entanto, a denominação SDR é a mais adequada; DDR SDRAM (Double Data Rate SDRAM): as memórias DDR apresentam evolução significativa em relação ao padrão SDR, isso porque elas são capazes de lidar com o dobro de dados em cada ciclo de clock (memórias SDR Prof. Fabiano Moreira
  • 12. Apostila de Montagem e Manutenção de Microcomputadores – ETESC 2010 12 trabalham apenas com uma operação por ciclo). Assim, uma memória DDR que trabalha à freqüência de 100 MHz, por exemplo, acaba dobrando seu desempenho, como se trabalhasse à taxa de 200 MHz. Visualmente, é possível identificá-las facilmente em relação aos módulos SDR, porque este último contém duas divisões na parte inferior, onde estão seus contatos, enquanto que as memórias DDR2 possuem apenas uma divisão. DDR2 SDRAM: como o nome indica, as memórias DDR2 são uma evolução das memórias DDR. Sua principal característica é a capacidade de trabalhar com quatro operações por ciclo de clock, portanto, o dobro do padrão anterior. Os módulos DDR2 também contam com apenas uma divisão em sua parte inferior, no entanto, essa abertura é um pouco mais deslocada para o lado. DDR3 SDRAM: as memórias DDR3 são, obviamente, uma evolução das memórias DDR2. Novamente,`aqui dobra-se a quantidade de operações por ciclo de clock, desta vez, de oito. Na época de fechamento deste artigo, as memórias DDR3 ainda não eram muito populares. Rambus (Rambus DRAM): as memórias Rambus recebem esse nome por serem uma criação da empresa Rambus Inc. e chegaram ao mercado com o apoio da Intel. Elas são diferentes do padrão SDRAM, pois trabalham apenas com 16 bits por vez. Em compensação, memórias Rambus trabalham com frequência de 400 MHz e com duas operações por ciclo de clock. Tinham como desvantagens, no entanto, taxas de latência muito altas, aquecimento elevado e maior custo. Memórias Rambus nunca tiveram grande aceitação no mercado, mas também não foram um total fiasco: foram utilizadas, por exemplo, no console de jogos Nintendo 64. Curiosamente, as memórias Rambus trabalham em pares com "módulos vazios" ou "pentes cegos". Isso significa que, para cada módulo Rambus instalado, um "módulo vazio" tem que ser instalado em outro slot. Essa tecnologia acabou perdendo espaço para as memórias DDR. Para compra de uma memória devemos observar qual o tipo adequado para a placa mãe. Depois de definido devemos observar as 3 informações mais importante em uma memória: Latência, Capacidade e Velocidade; Atualmente apenas a Capacidade e Velocidade são relevante. A latência e desprezadas, pois a mesma , em memórias atuais, e baixíssima ou simplesmente não existe. * * * Prof. Fabiano Moreira