SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 19
JONACIR NOVAES DAS VIRGENS -1099859
       PÓS- GRADUAÇÃO EM ENSINO DE QUÍMICA




A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DE QUÍMCA PARA O
        EXERCÍCIO DA CIDADANIA


    ORIENTADOR: PROF. MSC. CESAR ZANELLA


      CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO




           VITÓRIA- ESPIRITO SANTO
                       2012
RESUMO

O artigo se refere a uma análise do Ensino de Química voltado para a Educação Básica,
sendo que a mesma atravessou mudanças significativas e o ensino em sala de aula vem
acompanhando essas modificações, notadamente no que se refere à metodologia
aplicada pelo professor em sala de aula, que não se admite mais uma aula meramente
expositiva, decorativa e cobrada através de exercícios repetitivos. O ensino de Química
se encaixa na formação para cidadania, à medida que, o indivíduo necessita de
conhecimentos mínimos de química para participar efetivamente da sociedade.
Documentos oficiais como a Lei de Diretrizes e Bases do Ensino Médio e os Parâmetros
Curriculares Nacionais em suas resoluções têm priorizado o ensino de Química voltado
para a cidadania e para a realidade das escolas, indo de encontro à pedagogia tradicional
predominante nas escolas, no entanto, sendo os livros didáticos o recurso mais utilizado
no ensino de química, apesar dos avanços tecnológicos e da enorme variedade de
materiais curriculares, atualmente disponíveis no mercado.

Palavras- chaves: Ensino de Química; Educação Básica; Formação da Cidadania;
Livros didáticos.
I.        INTRODUÇÃO

A Química é uma disciplina que faz parte do programa curricular do ensino
fundamental e médio. A aprendizagem de Química deve possibilitar aos alunos a
compreensão das transformações químicas que ocorrem no mundo físico de forma
abrangente e integrada, para que os estes possam julgar, com fundamentos, as
informações adquiridas na mídia, na escola, com pessoas, etc. A partir daí, o aluno
tomará sua decisão e dessa forma, interagirá com o mundo enquanto indivíduo e
cidadão.

A Educação de uma forma geral está presenciando um momento de busca por
mudanças. Estas geralmente visam o aprimoramento curricular e a conseqüente
melhoria do ensino, no método ensino-aprendizagem e consequentemente no processo
avaliativo, e estes talvez sejam os grandes motivadores das reformas que vêm
acontecendo em diversos países. Como também, o processo de globalização e as
profundas transformações sociais decorrentes dela, que têm gerado uma grande
quantidade de informação e modificado as relações de trabalho até então existentes.

Por outro lado, propostas mais progressistas, sistematizadas, indicam a possibilidade de
se buscar a produção de conhecimento e a formação de um sujeito crítico e situado no
mundo.

Com relação ao ensino de química, Cardoso e Colinvaux (2000, p. 401) dizem:

              O estudo da química deve-se principalmente ao fato de possibilitar ao homem o
              desenvolvimento de uma visão crítica do mundo que o cerca, podendo analisar,
              compreender e utilizar este conhecimento no cotidiano, tendo condições de perceber e
              interferir em situações que contribuem para a deterioração de sua qualidade de vida. Cabe
              assinalar que o entendimento das razões e objetivos que justificam e motivam o ensino
              desta disciplina, poderá ser alcançado abandonando-se as aulas baseadas na simples
              memorização de nomes de fórmulas, tornando-as vinculadas aos conhecimentos e conceitos
              do dia-a-dia do alunado.



De acordo com Soares e Sobrinho (2008) o homem atual está inserido num mundo
globalizado que passa constantemente por transformações científicas, as quais lhe
proporcionam um encontro cada vez mais rápido com ambiente tecnológico. Na
sociedade, todos são dependentes da ciência e da tecnologia, através dela as pessoas
ficam mais atualizadas seja por meio da informação, seja por meio do conhecimento
científico.
Nessa perspectiva, a escola deve ser entendida como o meio que oportuniza aos
educandos uma sistematização de saberes, além do que contribui para a construção e
formação da cidadania.

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – PCNEM
(BRASIL, 1999), a Química é um dos componentes curriculares capazes de promover o
desenvolvimento intelectual dos estudantes, por meio da busca de significados para se
compreender a natureza e suas transformações. Neste sentido, a disciplina de Química
do Ensino Médio pode ser uma oportunidade única para que estudantes entendam o
mundo sob o ponto de vista da Química e aprendam conceitos básicos importantes.

Portanto esse tema foi escolhido como fruto da real preocupação com relação ao ensino
de química na construção da cidadania nos dias atuais, com as dificuldades de
metodologias adequadas e que muitas vezes não atendem as exigências dos parâmetros
curriculares nacionais, priorizando um conhecimento alinhado com o interesse atual do
sistema produtivo ao construir também competências e habilidades, logo tem-se como
objetivos conceituar o significado do Ensino de Química para o exercício da cidadania e
identificar se os livros didáticos de química do ensino médio apresentam temas
transversais ou contextualizados que trazem reflexões sobre o exercício da cidadania.
II.     METODOLOGIA

A pesquisa utilizou como método de procedimento o analítico-descritivo, aplicados a
artigos e outras publicações científicas que abordassem diretamente o tema central ou
que discutisse temas de proximidade relevante. A técnica de coleta de dados foi à coleta
direta ou indireta de publicações científicas com posterior seleção das publicações de
maiores relevâncias, como passo posterior foi realizada uma análise crítica do texto com
confronto de idéias entre os documentos analisados, artigos e livros-texto de didática
das ciências naturais. O intuito deste procedimento foi o de poder detectar o nível de
concordância entre a orientação oficial para o ensino de ciências e em especial o da
química para a cidadania e os avanços teórico-metodológicos da didática das ciências.

Essa análise realizada prendeu-se as possíveis articulações dos assuntos de química
trabalhados no ensino médio com as questões relativas ao exercício da cidadania.
III.    DISCUSSÃO

ENSINO DE QUÍMICA

O Ensino de Química no Nível Médio da Educação Básica tem se caracterizado por
aulas quase que exclusivamente expositivas em que os conceitos químicos são
resumidos a comprovações matemáticas, desvinculados dos fenômenos que levaram à
sua quantificação e das relações desses conceitos com situações reais do contexto sócio-
econômico e cultural no qual o indivíduo está inserido.

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – PCNEM
(BRASIL, 1999), a Química é um dos componentes curriculares capazes de promover o
desenvolvimento intelectual dos estudantes, por meio da busca de significados para se
compreender a natureza e suas transformações. Neste sentido, a disciplina de Química
do Ensino Médio pode ser uma oportunidade única para que estudantes entendam o
mundo sob o ponto de vista da Química e aprendam conceitos básicos importantes.

Com o avanço tecnológico, aumenta a dependência entre a sociedade e a Química. Uma
dependência que se estende da utilização diária de produtos sintetizados pelo homem até
as inúmeras influências e impactos no desenvolvimento dos países, dos problemas
referentes à qualidade de vida das pessoas aos efeitos ambientais das aplicações
tecnológicas, refletindo-se em decisões solicitadas aos cidadãos quanto ao emprego de
tais tecnologias.

Assim, é importante que as pessoas conheçam as possibilidades de utilização das
substâncias que encontram no seu cotidiano, que tenham consciência dos efeitos
ambientais resultantes da utilização dessas substâncias, que desenvolvam um
posicionamento crítico frente à relação custo/benefício e quanto às decisões referentes
aos investimentos nessa área (SANTOS & SCHNETZLER, 2003). Além disso, como
muito bem discute Chassot (2003) vale a pena conhecer um pouco das Ciências da
Natureza para entender melhor o mundo que nos rodeia e, assim, termos facilitadas
algumas vivências.

Citando Paulo Freire (1976), é preciso lembrar que precisamos “de uma educação para a
decisão, para a responsabilidade social e política. Uma educação que possibilitasse ao
homem a discussão corajosa de sua problemática. Educação que o colocasse em diálogo
constante com o outro. Que o identificasse com métodos e processos científicos”. Esta
educação não se faz usando metodologias que explorem a memorização e que valorizem
o cálculo, mas com procedimentos que desenvolvam as capacidades de reflexão, de
investigação e de ação empreendedora.

Partimos da constatação de que, a despeito das tentativas de modernização, pouco
mudou no ensino de Química nos últimos anos, embora sejam de reconhecida
importância as abordagens que se voltam para o cotidiano de professores e alunos.

Em outros termos, a Química deve ser ensinada com o objetivo de fornecer ao aluno o
suporte de que necessita para atuar com mais segurança e conhecimento no mundo.
Assim, a Química que se ensina deve estar ligada à realidade e ao cotidiano dos alunos.
Segundo SANTOS (1992), a educação para a cidadania é função primordial da
educação básica nacional, conforme dispõe a Constituição Brasileira e a legislação de
ensino.
LIVROS DIDÁTICOS DE QUÍMICA

Apesar dos avanços tecnológicos e da enorme variedade de materiais curriculares,
atualmente disponíveis no mercado, o livro didático, continua sendo o recurso mais
utilizado no ensino de Química. O livro didático é entendido aqui em sua definição
clássica: livro elaborado com o intuito de ser uma versão didatizada do conhecimento
para fins escolares e/ou com o propósito de formação de valores ( CHOPPIN 2004)

Essa centralidade lhe confere estatuto e funções privilegiadas na medida em que é
através dele que o professor organiza, desenvolve e avalia seu trabalho pedagógico de
sala de aula. Para o aluno, o livro de Química é um dos elementos determinantes
de sua relação com a disciplina e da disciplina com o meio histórico – social.

Os livros didáticos são resultados de disputas relacionadas às decisões e ações
curriculares, um currículo escrito que nos proporciona um testemunho, uma fonte
documental, um mapa d o terreno sujeito a modificações; constitui também um dos
melhores roteiros oficiais para a estrutura institucionalizada da escolarização
(GOODSON, 1998)

Como já descrito anteriormente o conhecimento científico de química tem o mérito de
ampliar nossa capacidade de compreender e atuar no mundo em que vivemos. Por isso o
ensino de Química deve oferecer ao aluno oportunidades de reflexão, preparando assim,
alunos mais conscientes de seu papel quantos cidadãos.

Até nos anos de 1930, os livros didáticos caracterizavam-se como resumo de Química
geral, o que é lógico com a então estrutura do ensino secundário de química. A ausência
de um sistema de ensino bem estruturado, em conseqüência, contribuía para a não-
seriação dos estudos secundários. Uma característica interessante dos livros do período
é a ausência completa de exercícios ou questionários. Além disso, a maioria dos
aspectos abordados na parte de química geral o era de maneira qualitativa. A única
exceção refere-se às leis ponderais e volumétricas das reações químicas, que
apresentavam também uma abordagem quantitativa.

Hoje, o livro didático ampliou sua função precípua. Além de transferir os
conhecimentos orais à linguagem escrita, tornou-se um instrumento pedagógico que
possibilita o processo de intelectualizar e contribuir para a formação social e política do
indivíduo. O livro instrui, informa, diverte, mas, acima de tudo, prepara para liberdade
(BOLIVAR; 2001. SOARES; 2002)

Além do saber cognitivo, o livro didático pode propiciar a formação de capacidades e
competências. Essas capacidades são os conjuntos de conhecimentos que permitem um
saber-fazer e saber-ser para desempenhar algumas tarefas. As competências, por sua
vez, são consideradas como um conjunto de capacidades que permitem encarar nova e,
da maneira mais adequada, resolvê-las. O livro ainda tem a função de destacar também
as funções relativas à interfase com o cotidiano e de educação social e cultural.
ENSINO DE QUÍMCA PARA O EXERCÍCIO DA CIDADANIA

A contextualização vem sendo bastante pesquisada nos últimos anos (SANTOS e
SCHNETZLER, 1997; WARTHA e ALÁRIO, 2005; SANTOS, 2007; SILVA,
2007; SILVA et al, 2009). Uma das principais razões para que esta temática tenha se
tornado objeto de pesquisas e discussões na área de ensino de ciências está relacionado
à presença desta nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) e Parâmetros
Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCNEM).

O   entendimento    da      palavra   contextualização   é   peça   fundamental   para   o
desenvolvimento de estratégias para o aperfeiçoamento do processo de ensino
aprendizagem que favoreçam o preparo do aluno para ao exercício da cidadania.

Pensando-se sobre a significação etimológica da palavra contextualizar, que se
assemelha a contextuar, significando, assim, enraizar uma referência em um texto, que
longe do qual este perde o seu significado, podemos afirmar que o ato de contextualizar
é algo que está tentando fazer parte do cotidiano educacional na plenitude de sua
prática. Contextualizar, portanto, é uma estratégia fundamental para a construção de
significações. Neste caso contextualizar o processo de ensino, significa incorporar a ele
vivências concretas, reais e diversificadas e também incorporar o próprio processo de
ensino a essas vivências.

A aprendizagem situada/contextualizada é associada, nos PCNEM, à preocupação em
retirar o aluno da condição de espectador passivo, em produzir uma aprendizagem
significativa e em desenvolver o conhecimento espontâneo em direção ao conhecimento
abstrato. Com constantes referências a Vigotsky e a Piaget, a contextualização nesses
momentos aproxima-se mais da valorização dos saberes prévios dos alunos (BRASIL,
1999).

O desafio educativo implica desenvolver a capacidade de construir uma identidade
complexa, uma identidade que comporte a pertinência a diversos âmbitos; local,
nacional e internacional, político, religioso, artístico, econômico, familiar, etc. “Na
socialização do conhecimento, a busca de uma prática pedagógica capaz de unir o
conhecimento popular com o científico é um grande desafio”. E ainda segundo
Mortimer (1988) este desafio vem sendo fortemente superado através das novas
tecnologias e técnicas inovadoras na educação, tais elas previstas nas leis e nos
parâmetros que regem a educação brasileira. (MORTIMER; 1988).

Não se podem discutir os conteúdos de química isoladamente e de forma resumida,
pois estes conteúdos devem voltar-se para um contexto, obedecendo a uma seqüência
lógica, que possa atender a demanda dos alunos.

A escola torna-se então, o espaço ideal para que e os educandos possam desenvolver
valores morais, éticas e sócias para poder interagir com o mundo de maneira apropriada
a cidadãos conscientizados de seu papel transformador da sociedade.

Neste espaço escolar, o livro didático ainda é mesmo em meio á toda essa demanda
tecnológica, uma ferramenta importante na construção da aula pelo professor que deseja
alcançar um ensino contextualizado e interdisciplinar e bom acompanhamento e
desempenho durante a aula por parte dos alunos que fazem uso deste livro.
ANÁLISE DE LIVROS DIDÁTICOS

Os conceitos explicitados anteriormente foram pesquisados em três livros selecionados
aleatoriamente, porém indicados pelo Programa Nacional do Livro Didático para o
Ensino Médio (PNLEM) de 2012. A análise de cada um dos livros iniciou-se por suas
características organizacionais físicas, ou seja, os livros passaram por um processo de
avaliação visual simples. A seguir, as características implícitas e pedagógicas foram
analisadas a partir da leitura de trechos específicos.

Durante essa leitura, o foco não foi o entendimento do assunto retratado, mas sim a
identificação da maneira como o assunto foi discutido. Em outras palavras, buscamos
identificar a organização com base em um roteiro pré-determinado.

Foi analisado o capitulo sobre Aspectos Quantitativos das Reações Químicas ou
conteúdo equivalente de três livros didáticos de química, conforme Quadro 1.

Quadro 1- Livros didáticos de Química avaliados na Pesquisa.

Numeração              Título                  Autores        Editora   Ano     Edição

                                          Eduardo Leite do
                                                Canto
    LD1              Química na                               Moderna    200      4ª
                   Abordagem do               Francisco                     6
                      Cotidiano           Miragaia Peruzzo

                                          Gerson de Souza
                                                 Mól
    LD2           Química Cidadã                               Nova     201       1ª
                                            Wildson Luiz      Geração   0
                                         Pereira dos Santos



    LD3           Ser Protagonista           Julio Cesar      Edições   201       1ª
                                           Foschini Lisboa      SM      0
                      Química



Como critérios de avaliação foram selecionados alguns tópicos. O Quadro 2 mostra os
itens abordados nos livros didáticos.
Quadro 2- Ficha de Avaliação dos Livros didáticos.


                                TÓPICOS                                     SIM     NÃO

A CAPA DO LIVRO APRESENTA FIGURAS OU DESENHOS QUE ESTIMULAM                 66,7%   33,3%
SUA LEITURA.
A METODOLOGIA EMPREGADA ESTIMULA O RACIOCÍNIO, A INTERAÇÃO                  100%    0%
ENTRE ALUNOS E/OU PROFESSOR, NÃO TENDO COMO CARACTERÍSTICA
PRINCIPAL A MEMORIZAÇÃO DE CONTEÚDO E TERMOS TÉCNICOS.
TEXTOS E ILUSTRAÇÕES RESPEITAM AS DIFERENTES ETNIAS, GÊNEROS E              66,7%   33,3%
CLASSES SOCIAIS, EVITANDO CRIAR ESTEREÓTIPOS E PRECONCEITOS
PREJUDICIAIS À CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA.
INCENTIVA UMA POSTURA DE RESPEITO AO AMBIENTE, TANTO NO QUE                 100%    0%
SE REFERE À SUA CONSERVAÇÃO QUANTO À MANEIRA COM QUE OS
SERES VIVOS SÃO RETRATADOS APRESENTA CLAREZA E OBJETIVIDADE,
ESTIMULANDO A LEITURA E A EXPLORAÇÃO CRÍTICA DOS ASSUNTOS.
ESTABELECE LIGAÇÃO ENTRE PRINCÍPIOS ESTUDADOS E FENÔMENOS                   100%    0%
CONHECIDOS POR ALUNOS E PROFESSOR.
APRESENTA CONTEÚDOS RELEVANTES, LIGADOS AOS CONTEXTOS                       33,3%   66,7%
PRÓPRIOS DA REALIDADE BRASILEIRA.
APRESENTA SUGESTÕES DE LEITURAS COMPLEMENTARES PARA OS                      66,7%   33,3%
ALUNOS.
A EXECUÇÃO DOS EXPERIMENTOS/DEMONSTRAÇÕES PROPOSTOS É                       100%    0%
VIÁVEL, COM BASE NAS INSTRUÇÕES FORNECIDAS.
A EXECUÇÃO DOS EXPERIMENTOS/DEMONSTRAÇÕES PROPOSTOS É                       100%    0%
VIÁVEL, EM TERMOS DE OBTENÇÃO DOS MATERIAIS NECESSÁRIOS.
OS EXPERIMENTOS E DEMONSTRAÇÕES PROPOSTOS SÃO IMPORTANTES E                 100%    0%
PERTINENTES PARA A COMPREENSÃO DOS FENÔMENOS QUE ESTÃO
SENDO DISCUTIDOS.
EXISTEM PROPOSTAS DE MATERIAIS ALTERNATIVOS PARA A EXECUÇÃO                 0%      100%
DOS EXPERIMENTOS.
EXPERIÊNCIAS SOCIOCULTURAIS             E   SABERES      DO   ALUNO   SÃO   100%    0%
CONSIDERADOS
FONTE: Caso seja sua autoria, ACERVO PESSOAL.




Dos livros analisados, um (33,7%) apresentava-se com capa simples sem nenhuma
atratividade, pois é sabido que a diagramação deve causar um efeito visual bem
agradável que leve o leitor ao interesse pela leitura.

Enquanto a questão de igualdade racial é observada a preocupação dos autores dos
livros didáticos em explorar com fotos de etnias diferentes sem predominação e
supremacia de uma ou de outra etnia tendo com isso o intuito de minimizar os
preconceitos sociais, culturais e étnicos.

Nos PCNEM, a contextualização é entendida como um recurso capaz de ampliar as
possibilidades de interação não apenas entre as disciplinas nucleadas em uma área como
entre as próprias áreas de nucleação (Brasil, 1999, V. I: 79). Tal aspecto é entendido no
documento como uma forma de incorporar o cotidiano social e cultural à escola
possibilitando aos estudantes construir um novo olhar sobre o mundo (Pereira, 2000).
Dessa forma, a contextualização adquire a função de inter-relacionar conhecimentos
diferentes para a construção de novos significados. Os livros didáticos apropriam-se
dessa idéia buscando valorizar o vínculo dos conhecimentos científicos com a realidade.
Assim, a orientação sobre a contextualização predomina, na medida em que é
importante instigar a curiosidade do estudante, despertar o desejo de aprender e mostrar
que a Química é uma ciência extremamente vinculada à realidade.

No entanto, é interessante perceber que, mesmo valorizando a contextualização dos
conteúdos didáticos, há nessas apresentações uma grande valorização dos conteúdos
disciplinares. Assim, a contextualização aparece ao lado da importância dos conteúdos e
um desses livros (33,7%), no capitulo analisado, não aparece tópicos voltados a
realidade do aluno, o que torna o assunto questionável pelo aluno quanto a
empregabilidade e importância para seu cotidiano.

Os autores dos livros didáticos utilizam estratégias para relacionar esses princípios aos
conteúdos disciplinares são bem diversas e vão desde a inclusão de boxes com textos ao
final dos capítulos, uma outra estratégia é a abordagem diferenciada por um tema
central contextualizador que permeia todos os conteúdos . Além disso, as coleções
analisadas privilegiam, em maior ou menor grau, as tecnologias e a contextualização,
sendo difícil diferenciá-las, tal a estreita relação que apresentam.

Nos livros de Química, identificou-se que as concepções de contextualização estão
ligadas ao cotidiano pessoal e profissional, com questões sociais, ambientais e
tecnológicas.

A necessidade de diminuir as distâncias entre a química da escola e a química do
cotidiano do aluno tem sido um discurso frequente em educação. A busca de estratégias
para o ensino de Química, com o uso de diferentes materiais e metodologias de ensino,
vem sendo bastante discutida na universidade, em cursos de formação de professores e
na escola, sendo a experimentação uma importante estratégia para o ensino de Química.
No entanto observou-se que ainda existem livros didáticos de Química que não trazem
sugestões de experimentos, pelo menos um por capítulo, simplesmente para
correlacionar o assunto teórico ao experimental, sendo a química uma ciência
puramente experimental. Destaca-se aqui um novo significado para a experimentação,
pois o experimento não precisa mais ser feito, ele pode ser narrado, descrito,
fotografado ou demonstrado, chegando-se a pensar que os laboratórios possam, cada
vez mais, ser substituídos por filmes e imagens. Portanto seria útil que fosse
disponibilizados nos livros didáticos, ao final de cada capítulo, sugestões de vídeos e ou
filmes que abordasse os assuntos estudados que correlacionava com o cotidiano ou o
contexto social do aluno.




   IV.     CONCLUSÃO

O ensino de química na construção da cidadania é de caráter altamente direcionado a
função social por excelência. Com isso pretende-se aprimorar o aspecto didático que
requer de professores de química uma constante busca por novos modelos, que possam
conduzir o estudante a refletir, a se inteirar, aprimorar e valorizar o ensino de química
como suporte para que o conhecimento científico seja assimilado de forma significativa
e ideal.

Em vista disso, um dos objetivos do ensino de química é a contribuição para com a
formação da cidadania, desse modo a escola passa a ter outras responsabilidades, como
a de aprimorar valores e atitudes do indivíduo, capacitando-o a buscar de maneira
autônoma o conhecimento do contexto científico e tecnológico em que está inserido.
Enfim, fazendo-se o uso de conhecimentos químicos, o cidadão poderá se tornar mais
critico e dessa forma, contribuir com a melhoria da qualidade de sua vida e de toda a
sociedade.

Historicamente os livros didáticos (LD) têm desempenhado um papel importante como
um mecanismo de seleção e organização dos conteúdos e apesar dos diversos estudos
em relação a metodologias diferenciadas de ensino, e das várias opções de materiais
didáticos atuais como filmes, aulas experimentais, entre outros, o LD continua sendo
o recurso didático mais utilizado pelos professores.

Observa-se que a contextualização é entendida por muitos autores de livros didáticos
como mera exemplificação de situações cotidianas que ilustrem aplicações do
conhecimento químico. Desta forma, é preciso uma discussão ampla e conceitual sobre
contextualização. Uma formação que permita ao professor diferenciar contextualização
de exemplificação é fundamental à medida que este professor possa analisar
criticamente os materiais didáticos que utiliza.

E este é um dos grandes desafios encontrados atualmente na socialização do
conhecimento. A busca de uma prática pedagógica capaz de articular o conhecimento
popular com o científico, na construção de saberes escolar. Não se podem abordar os
conteúdos das ciências naturais, no caso em questão, o de química, de forma isolada,
uma vez que não basta problematizá-los em base reducionista - conteudista. Sem fazer
apologia do pragmatismo, os conteúdos de química poderiam ser trabalhados em sala de
aula na perspectiva da contextualização, obedecendo a uma seqüência lógica que
mantenha a ordem das unidades temáticas apresentados nos livros didáticos.

Além de contribuir decisivamente para a construção do saber, a escola integrada a um
ensino-aprendizagem contextualizado e integrador, possui papel fundamental na
formação de indivíduos. Logo, para desenvolver valores que possam servir de
mediadores da interação do aluno com o meio em que está inserido.




BIBLIOGRAFIA



BOLIVAR. A Globalização e Identidades: Território da Cultura. Revista de Educação,
n.8, ano VI. 2001.
BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília,
1996.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei n° 9.394, de 20 de
dezembro de 1996.

BRASIL. Ministério da Educação.       Secretaria da Educação Média e Tecnológica.
Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio.            Brasília: Ministério de
Educação Média e Tecnológica, 1999.

BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Orientações Curriculares para o Ensino
Médio. Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias. Brasília: Ministério da
Educação, 2006.

BUFFA, Ester et al. Educação e cidadania: quem educa o cidadão? 7ª ed. São Paulo:
Cortez, 1999.

CACHAPUZ, et all. A necessária renovação do ensino das ciências. São Paulo:
Cortez, 2005.

CHASSOT, A.P. Alquimiando a Química. Química Nova na Escola. n. 1. São Paulo,
SBQ, maio 1995.

CHASSOT, Attico Inacio. Para Que(m) é Útil o Nosso Ensino de Química. Porto
Alegre, 1995. Tese de Doutorado. UFRGS.

CHASSOT, Attico I.. Educação consciência. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2003.

CHASSOT, A. I. Catalisando transformações na educação. 3. ed. Ijuí/RS: Ed. Unijuí,
1995.

FREIRE, Paulo. Desafios da Educação de Adultos Frente à Nova Reestruturação
Tecnológica. In: Educação e Escolarização de Jovens e Adultos – vol. 1. Experiências
Internacionais. IBEAC/MEC. 1997.

FREIRE, Paulo. Educação como Prática de Liberdade. 30. ed. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 2007.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. 30. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2004.
GIORDAN, M. O papel da experimentação no ensino de ciências. Química Nova da
Escola, São Paulo, n. 10, p. 43-49, Nov. 1999.

GOODSON, Ivor F. (1998). Currículo: Teoria e História. Petrópolis: Vozes.

GOODSON, Ivor F. (1997).         A Construção social do currículo. Coletânea de textos
de Goodson organizada por António Nóvoa. Lisboa: Educa.

MORTIMER, Eduardo Fleury. O ensino de estrutura atômica e de ligação química
na escola de 2º grau; drama, tragédia ou comédia? Belo Horizonte, Universidade
Federal de Minas Gerais, 1988. Dissertação (mestrado).

SANTOS, W.L.P.; SCHNETZLER, R.P. Função social. O que significa ensino de
Química para formar o cidadão? Química Nova na Escola., n. 4. São Paulo, SBQ,
novembro 1996.

SANTOS, W. L. P.; Schnetzler, R. P. Educação em Química: compromisso com a
cidadania. Ijuí: INIJUÍ, 1997.

SANTOS, Wildson Luiz Pereira dos. O ensino de química para formar o cidadão:
principais características e condições para a sua implementação na escola
secundária brasileira. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação
da Universidade Estadual de Campinas, 1992.

Sociedade Brasileira de Química. Disponível em: http://www.sbq.org.br Acesso em: 04
de março de 2012.

______. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, Resolução CEB nº
3 de 26 de junho de 1998.

______. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – Parte I –

Bases Legais, Brasília: MEC/INEP, 1998.

______. Ministério da Educação (MEC), Secretaria de Educação Média e Tecnológica
(Semtec). Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília:
Ministério da Educação, 1999.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA: CONCEPÇÕES DOS ALUNOS DA 2ª E 3ª SÉRIES ...
EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA: CONCEPÇÕES DOS ALUNOS DA 2ª E 3ª SÉRIES ...EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA: CONCEPÇÕES DOS ALUNOS DA 2ª E 3ª SÉRIES ...
EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA: CONCEPÇÕES DOS ALUNOS DA 2ª E 3ª SÉRIES ...Anderson Oliveira
 
Proposta curricular magalhães neto
Proposta curricular magalhães netoProposta curricular magalhães neto
Proposta curricular magalhães netofamiliaestagio
 
Contextualização do ensino de química motivando alunos de ensino
Contextualização do ensino de química motivando alunos de ensinoContextualização do ensino de química motivando alunos de ensino
Contextualização do ensino de química motivando alunos de ensinoaleciam18
 
Cotidiano e contextualização no ensino de química
Cotidiano e contextualização no ensino de químicaCotidiano e contextualização no ensino de química
Cotidiano e contextualização no ensino de químicaJair Lucio Prados Ribeiro
 
Proposta curricular cetepa adailton, hiplito, rondinelle,tereza
Proposta curricular cetepa adailton, hiplito, rondinelle,terezaProposta curricular cetepa adailton, hiplito, rondinelle,tereza
Proposta curricular cetepa adailton, hiplito, rondinelle,terezafamiliaestagio
 
Proposta curricular colégio estadual de alagoinhas
Proposta curricular   colégio estadual de alagoinhasProposta curricular   colégio estadual de alagoinhas
Proposta curricular colégio estadual de alagoinhasfamiliaestagio
 
Proposta curricular cetepa adailton, hipólito, rondinelle,tereza
Proposta curricular cetepa adailton, hipólito, rondinelle,terezaProposta curricular cetepa adailton, hipólito, rondinelle,tereza
Proposta curricular cetepa adailton, hipólito, rondinelle,terezafamiliaestagio
 
Proposta curricular de biologia
Proposta curricular de biologiaProposta curricular de biologia
Proposta curricular de biologiafamiliaestagio
 
Proposta curricular de biologia
Proposta curricular de biologiaProposta curricular de biologia
Proposta curricular de biologiafamiliaestagio
 
Biologia geologia 10
Biologia geologia 10Biologia geologia 10
Biologia geologia 10Paulo Ventura
 
Proposta de diretrizes curriculares nacionais para a educacao ambiental
Proposta de diretrizes curriculares nacionais para a educacao ambientalProposta de diretrizes curriculares nacionais para a educacao ambiental
Proposta de diretrizes curriculares nacionais para a educacao ambientalAlessandra Chacon
 
Ciências físicas-e-naturais-orientações-curriculares-3º-ciclo
Ciências físicas-e-naturais-orientações-curriculares-3º-cicloCiências físicas-e-naturais-orientações-curriculares-3º-ciclo
Ciências físicas-e-naturais-orientações-curriculares-3º-cicloAna Freitas
 
Currículo interdisciplinar para licenciatura em ciências da natureza
Currículo interdisciplinar para licenciatura em ciências da naturezaCurrículo interdisciplinar para licenciatura em ciências da natureza
Currículo interdisciplinar para licenciatura em ciências da naturezacasifufrgs
 
713 educacao ambiental na optica discente analise pre-teste
713 educacao ambiental na optica discente analise pre-teste713 educacao ambiental na optica discente analise pre-teste
713 educacao ambiental na optica discente analise pre-testeEmanuella Andrade Silva
 
Ensino de Química perspectivas para a pesquisa e para o ensino - Prof. Dr. G...
Ensino de Química perspectivas para a pesquisa e para o ensino - Prof. Dr. G...Ensino de Química perspectivas para a pesquisa e para o ensino - Prof. Dr. G...
Ensino de Química perspectivas para a pesquisa e para o ensino - Prof. Dr. G...Encontro de Química e Formação Docente
 
ETAPA II- 3º CADERNO Ciências da Natureza
ETAPA II- 3º CADERNO Ciências da NaturezaETAPA II- 3º CADERNO Ciências da Natureza
ETAPA II- 3º CADERNO Ciências da Naturezajosinalda
 

Mais procurados (20)

EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA: CONCEPÇÕES DOS ALUNOS DA 2ª E 3ª SÉRIES ...
EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA: CONCEPÇÕES DOS ALUNOS DA 2ª E 3ª SÉRIES ...EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA: CONCEPÇÕES DOS ALUNOS DA 2ª E 3ª SÉRIES ...
EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA: CONCEPÇÕES DOS ALUNOS DA 2ª E 3ª SÉRIES ...
 
Proposta curricular magalhães neto
Proposta curricular magalhães netoProposta curricular magalhães neto
Proposta curricular magalhães neto
 
Contextualização do ensino de química motivando alunos de ensino
Contextualização do ensino de química motivando alunos de ensinoContextualização do ensino de química motivando alunos de ensino
Contextualização do ensino de química motivando alunos de ensino
 
Cotidiano e contextualização no ensino de química
Cotidiano e contextualização no ensino de químicaCotidiano e contextualização no ensino de química
Cotidiano e contextualização no ensino de química
 
Proposta curricular cetepa adailton, hiplito, rondinelle,tereza
Proposta curricular cetepa adailton, hiplito, rondinelle,terezaProposta curricular cetepa adailton, hiplito, rondinelle,tereza
Proposta curricular cetepa adailton, hiplito, rondinelle,tereza
 
000822123
000822123000822123
000822123
 
Proposta curricular colégio estadual de alagoinhas
Proposta curricular   colégio estadual de alagoinhasProposta curricular   colégio estadual de alagoinhas
Proposta curricular colégio estadual de alagoinhas
 
Proposta curricular cetepa adailton, hipólito, rondinelle,tereza
Proposta curricular cetepa adailton, hipólito, rondinelle,terezaProposta curricular cetepa adailton, hipólito, rondinelle,tereza
Proposta curricular cetepa adailton, hipólito, rondinelle,tereza
 
Caderno III
Caderno IIICaderno III
Caderno III
 
Resumo Caderno III
Resumo Caderno IIIResumo Caderno III
Resumo Caderno III
 
Proposta curricular de biologia
Proposta curricular de biologiaProposta curricular de biologia
Proposta curricular de biologia
 
Proposta curricular de biologia
Proposta curricular de biologiaProposta curricular de biologia
Proposta curricular de biologia
 
Biologia geologia 10
Biologia geologia 10Biologia geologia 10
Biologia geologia 10
 
Proposta de diretrizes curriculares nacionais para a educacao ambiental
Proposta de diretrizes curriculares nacionais para a educacao ambientalProposta de diretrizes curriculares nacionais para a educacao ambiental
Proposta de diretrizes curriculares nacionais para a educacao ambiental
 
Ciências físicas-e-naturais-orientações-curriculares-3º-ciclo
Ciências físicas-e-naturais-orientações-curriculares-3º-cicloCiências físicas-e-naturais-orientações-curriculares-3º-ciclo
Ciências físicas-e-naturais-orientações-curriculares-3º-ciclo
 
Título
TítuloTítulo
Título
 
Currículo interdisciplinar para licenciatura em ciências da natureza
Currículo interdisciplinar para licenciatura em ciências da naturezaCurrículo interdisciplinar para licenciatura em ciências da natureza
Currículo interdisciplinar para licenciatura em ciências da natureza
 
713 educacao ambiental na optica discente analise pre-teste
713 educacao ambiental na optica discente analise pre-teste713 educacao ambiental na optica discente analise pre-teste
713 educacao ambiental na optica discente analise pre-teste
 
Ensino de Química perspectivas para a pesquisa e para o ensino - Prof. Dr. G...
Ensino de Química perspectivas para a pesquisa e para o ensino - Prof. Dr. G...Ensino de Química perspectivas para a pesquisa e para o ensino - Prof. Dr. G...
Ensino de Química perspectivas para a pesquisa e para o ensino - Prof. Dr. G...
 
ETAPA II- 3º CADERNO Ciências da Natureza
ETAPA II- 3º CADERNO Ciências da NaturezaETAPA II- 3º CADERNO Ciências da Natureza
ETAPA II- 3º CADERNO Ciências da Natureza
 

Semelhante a Tcc ps-ensino-de-qumica-aluno-jonacir-verso-final

ÁGUA RECURSO NATURAL COMO TEMA GERADOR DO CONHECIMENTO QUÍMICO.
ÁGUA RECURSO NATURAL COMO TEMA GERADOR DO CONHECIMENTO QUÍMICO.ÁGUA RECURSO NATURAL COMO TEMA GERADOR DO CONHECIMENTO QUÍMICO.
ÁGUA RECURSO NATURAL COMO TEMA GERADOR DO CONHECIMENTO QUÍMICO.Anderson Oliveira
 
Explorando o ensino_quimica_volume
Explorando o ensino_quimica_volumeExplorando o ensino_quimica_volume
Explorando o ensino_quimica_volumejoogolombori
 
Atualmente os profissionais da área da educação (salvo automaticamente)
Atualmente os profissionais da área da educação (salvo automaticamente)Atualmente os profissionais da área da educação (salvo automaticamente)
Atualmente os profissionais da área da educação (salvo automaticamente)Hanna Magalhaes
 
Projeto monografia 2
Projeto monografia 2Projeto monografia 2
Projeto monografia 2Leonor
 
Temas ambientais no ensino de química recurso didático
Temas ambientais no ensino de química  recurso didáticoTemas ambientais no ensino de química  recurso didático
Temas ambientais no ensino de química recurso didáticoDanielSFaria
 
O Protagonismo dos Educandos diante das Demandas Socioambientais da Escola: a...
O Protagonismo dos Educandos diante das Demandas Socioambientais da Escola: a...O Protagonismo dos Educandos diante das Demandas Socioambientais da Escola: a...
O Protagonismo dos Educandos diante das Demandas Socioambientais da Escola: a...Daniela Menezes
 
Caderno iii-c.-da-natureza- slide
Caderno iii-c.-da-natureza- slideCaderno iii-c.-da-natureza- slide
Caderno iii-c.-da-natureza- slideAndrea Felix
 
praticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médiopraticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médiorosenilrucks
 
13742-Article-251963-1-10-20210930.pdf
13742-Article-251963-1-10-20210930.pdf13742-Article-251963-1-10-20210930.pdf
13742-Article-251963-1-10-20210930.pdfsuelen348409
 
Currículo referência ciências da natureza 6º ao 9º ano
Currículo referência ciências da natureza 6º ao 9º anoCurrículo referência ciências da natureza 6º ao 9º ano
Currículo referência ciências da natureza 6º ao 9º anotecnicossme
 
RESENHA CRÍTICA Química e sociedade: uma experiência de abordagem temática pa...
RESENHA CRÍTICA Química e sociedade: uma experiência de abordagem temática pa...RESENHA CRÍTICA Química e sociedade: uma experiência de abordagem temática pa...
RESENHA CRÍTICA Química e sociedade: uma experiência de abordagem temática pa...Heitor Rodrigues
 
Detergentes biodegradáveis
Detergentes biodegradáveisDetergentes biodegradáveis
Detergentes biodegradáveisJoyceferreira
 
A EDUCAÇÃO AMBIENTAL: NO CONTEXTO ESCOLAR
A EDUCAÇÃO AMBIENTAL: NO CONTEXTO ESCOLARA EDUCAÇÃO AMBIENTAL: NO CONTEXTO ESCOLAR
A EDUCAÇÃO AMBIENTAL: NO CONTEXTO ESCOLARchristianceapcursos
 
A EDUCAÇÃO AMBIENTAL: NO CONTEXTO ESCOLAR1
A EDUCAÇÃO AMBIENTAL: NO CONTEXTO ESCOLAR1A EDUCAÇÃO AMBIENTAL: NO CONTEXTO ESCOLAR1
A EDUCAÇÃO AMBIENTAL: NO CONTEXTO ESCOLAR1christianceapcursos
 
Qn 2006-291-173-178-reações-oscilantes
Qn 2006-291-173-178-reações-oscilantesQn 2006-291-173-178-reações-oscilantes
Qn 2006-291-173-178-reações-oscilantesDanilo Souza
 
Proposta curricular de biologia cprp
Proposta curricular de  biologia cprpProposta curricular de  biologia cprp
Proposta curricular de biologia cprpfamiliaestagio
 
A alfabetização científica da teoria a prática no ensino de ciências naturais
A alfabetização científica da teoria a prática no ensino de ciências naturaisA alfabetização científica da teoria a prática no ensino de ciências naturais
A alfabetização científica da teoria a prática no ensino de ciências naturaisLuciana Corrêa
 
Ensino de química por meio de atividades
Ensino de química por meio de atividadesEnsino de química por meio de atividades
Ensino de química por meio de atividadesaleciam18
 
A educação ambiental no contexto escolar Maria Ana Pereira da Silva
A educação ambiental no contexto escolar Maria Ana Pereira da Silva A educação ambiental no contexto escolar Maria Ana Pereira da Silva
A educação ambiental no contexto escolar Maria Ana Pereira da Silva christianceapcursos
 

Semelhante a Tcc ps-ensino-de-qumica-aluno-jonacir-verso-final (20)

ÁGUA RECURSO NATURAL COMO TEMA GERADOR DO CONHECIMENTO QUÍMICO.
ÁGUA RECURSO NATURAL COMO TEMA GERADOR DO CONHECIMENTO QUÍMICO.ÁGUA RECURSO NATURAL COMO TEMA GERADOR DO CONHECIMENTO QUÍMICO.
ÁGUA RECURSO NATURAL COMO TEMA GERADOR DO CONHECIMENTO QUÍMICO.
 
Explorando o ensino_quimica_volume
Explorando o ensino_quimica_volumeExplorando o ensino_quimica_volume
Explorando o ensino_quimica_volume
 
Atualmente os profissionais da área da educação (salvo automaticamente)
Atualmente os profissionais da área da educação (salvo automaticamente)Atualmente os profissionais da área da educação (salvo automaticamente)
Atualmente os profissionais da área da educação (salvo automaticamente)
 
Projeto monografia 2
Projeto monografia 2Projeto monografia 2
Projeto monografia 2
 
Temas ambientais no ensino de química recurso didático
Temas ambientais no ensino de química  recurso didáticoTemas ambientais no ensino de química  recurso didático
Temas ambientais no ensino de química recurso didático
 
O Protagonismo dos Educandos diante das Demandas Socioambientais da Escola: a...
O Protagonismo dos Educandos diante das Demandas Socioambientais da Escola: a...O Protagonismo dos Educandos diante das Demandas Socioambientais da Escola: a...
O Protagonismo dos Educandos diante das Demandas Socioambientais da Escola: a...
 
Caderno iii-c.-da-natureza- slide
Caderno iii-c.-da-natureza- slideCaderno iii-c.-da-natureza- slide
Caderno iii-c.-da-natureza- slide
 
praticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médiopraticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médio
 
13742-Article-251963-1-10-20210930.pdf
13742-Article-251963-1-10-20210930.pdf13742-Article-251963-1-10-20210930.pdf
13742-Article-251963-1-10-20210930.pdf
 
Currículo referência ciências da natureza 6º ao 9º ano
Currículo referência ciências da natureza 6º ao 9º anoCurrículo referência ciências da natureza 6º ao 9º ano
Currículo referência ciências da natureza 6º ao 9º ano
 
RESENHA CRÍTICA Química e sociedade: uma experiência de abordagem temática pa...
RESENHA CRÍTICA Química e sociedade: uma experiência de abordagem temática pa...RESENHA CRÍTICA Química e sociedade: uma experiência de abordagem temática pa...
RESENHA CRÍTICA Química e sociedade: uma experiência de abordagem temática pa...
 
Atividade online 1
Atividade online 1Atividade online 1
Atividade online 1
 
Detergentes biodegradáveis
Detergentes biodegradáveisDetergentes biodegradáveis
Detergentes biodegradáveis
 
A EDUCAÇÃO AMBIENTAL: NO CONTEXTO ESCOLAR
A EDUCAÇÃO AMBIENTAL: NO CONTEXTO ESCOLARA EDUCAÇÃO AMBIENTAL: NO CONTEXTO ESCOLAR
A EDUCAÇÃO AMBIENTAL: NO CONTEXTO ESCOLAR
 
A EDUCAÇÃO AMBIENTAL: NO CONTEXTO ESCOLAR1
A EDUCAÇÃO AMBIENTAL: NO CONTEXTO ESCOLAR1A EDUCAÇÃO AMBIENTAL: NO CONTEXTO ESCOLAR1
A EDUCAÇÃO AMBIENTAL: NO CONTEXTO ESCOLAR1
 
Qn 2006-291-173-178-reações-oscilantes
Qn 2006-291-173-178-reações-oscilantesQn 2006-291-173-178-reações-oscilantes
Qn 2006-291-173-178-reações-oscilantes
 
Proposta curricular de biologia cprp
Proposta curricular de  biologia cprpProposta curricular de  biologia cprp
Proposta curricular de biologia cprp
 
A alfabetização científica da teoria a prática no ensino de ciências naturais
A alfabetização científica da teoria a prática no ensino de ciências naturaisA alfabetização científica da teoria a prática no ensino de ciências naturais
A alfabetização científica da teoria a prática no ensino de ciências naturais
 
Ensino de química por meio de atividades
Ensino de química por meio de atividadesEnsino de química por meio de atividades
Ensino de química por meio de atividades
 
A educação ambiental no contexto escolar Maria Ana Pereira da Silva
A educação ambiental no contexto escolar Maria Ana Pereira da Silva A educação ambiental no contexto escolar Maria Ana Pereira da Silva
A educação ambiental no contexto escolar Maria Ana Pereira da Silva
 

Tcc ps-ensino-de-qumica-aluno-jonacir-verso-final

  • 1. JONACIR NOVAES DAS VIRGENS -1099859 PÓS- GRADUAÇÃO EM ENSINO DE QUÍMICA A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DE QUÍMCA PARA O EXERCÍCIO DA CIDADANIA ORIENTADOR: PROF. MSC. CESAR ZANELLA CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO VITÓRIA- ESPIRITO SANTO 2012
  • 2. RESUMO O artigo se refere a uma análise do Ensino de Química voltado para a Educação Básica, sendo que a mesma atravessou mudanças significativas e o ensino em sala de aula vem acompanhando essas modificações, notadamente no que se refere à metodologia aplicada pelo professor em sala de aula, que não se admite mais uma aula meramente expositiva, decorativa e cobrada através de exercícios repetitivos. O ensino de Química se encaixa na formação para cidadania, à medida que, o indivíduo necessita de conhecimentos mínimos de química para participar efetivamente da sociedade. Documentos oficiais como a Lei de Diretrizes e Bases do Ensino Médio e os Parâmetros Curriculares Nacionais em suas resoluções têm priorizado o ensino de Química voltado para a cidadania e para a realidade das escolas, indo de encontro à pedagogia tradicional predominante nas escolas, no entanto, sendo os livros didáticos o recurso mais utilizado no ensino de química, apesar dos avanços tecnológicos e da enorme variedade de materiais curriculares, atualmente disponíveis no mercado. Palavras- chaves: Ensino de Química; Educação Básica; Formação da Cidadania; Livros didáticos.
  • 3. I. INTRODUÇÃO A Química é uma disciplina que faz parte do programa curricular do ensino fundamental e médio. A aprendizagem de Química deve possibilitar aos alunos a compreensão das transformações químicas que ocorrem no mundo físico de forma abrangente e integrada, para que os estes possam julgar, com fundamentos, as informações adquiridas na mídia, na escola, com pessoas, etc. A partir daí, o aluno tomará sua decisão e dessa forma, interagirá com o mundo enquanto indivíduo e cidadão. A Educação de uma forma geral está presenciando um momento de busca por mudanças. Estas geralmente visam o aprimoramento curricular e a conseqüente melhoria do ensino, no método ensino-aprendizagem e consequentemente no processo avaliativo, e estes talvez sejam os grandes motivadores das reformas que vêm acontecendo em diversos países. Como também, o processo de globalização e as profundas transformações sociais decorrentes dela, que têm gerado uma grande quantidade de informação e modificado as relações de trabalho até então existentes. Por outro lado, propostas mais progressistas, sistematizadas, indicam a possibilidade de se buscar a produção de conhecimento e a formação de um sujeito crítico e situado no mundo. Com relação ao ensino de química, Cardoso e Colinvaux (2000, p. 401) dizem: O estudo da química deve-se principalmente ao fato de possibilitar ao homem o desenvolvimento de uma visão crítica do mundo que o cerca, podendo analisar, compreender e utilizar este conhecimento no cotidiano, tendo condições de perceber e interferir em situações que contribuem para a deterioração de sua qualidade de vida. Cabe assinalar que o entendimento das razões e objetivos que justificam e motivam o ensino desta disciplina, poderá ser alcançado abandonando-se as aulas baseadas na simples memorização de nomes de fórmulas, tornando-as vinculadas aos conhecimentos e conceitos do dia-a-dia do alunado. De acordo com Soares e Sobrinho (2008) o homem atual está inserido num mundo globalizado que passa constantemente por transformações científicas, as quais lhe proporcionam um encontro cada vez mais rápido com ambiente tecnológico. Na sociedade, todos são dependentes da ciência e da tecnologia, através dela as pessoas ficam mais atualizadas seja por meio da informação, seja por meio do conhecimento científico.
  • 4. Nessa perspectiva, a escola deve ser entendida como o meio que oportuniza aos educandos uma sistematização de saberes, além do que contribui para a construção e formação da cidadania. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – PCNEM (BRASIL, 1999), a Química é um dos componentes curriculares capazes de promover o desenvolvimento intelectual dos estudantes, por meio da busca de significados para se compreender a natureza e suas transformações. Neste sentido, a disciplina de Química do Ensino Médio pode ser uma oportunidade única para que estudantes entendam o mundo sob o ponto de vista da Química e aprendam conceitos básicos importantes. Portanto esse tema foi escolhido como fruto da real preocupação com relação ao ensino de química na construção da cidadania nos dias atuais, com as dificuldades de metodologias adequadas e que muitas vezes não atendem as exigências dos parâmetros curriculares nacionais, priorizando um conhecimento alinhado com o interesse atual do sistema produtivo ao construir também competências e habilidades, logo tem-se como objetivos conceituar o significado do Ensino de Química para o exercício da cidadania e identificar se os livros didáticos de química do ensino médio apresentam temas transversais ou contextualizados que trazem reflexões sobre o exercício da cidadania.
  • 5. II. METODOLOGIA A pesquisa utilizou como método de procedimento o analítico-descritivo, aplicados a artigos e outras publicações científicas que abordassem diretamente o tema central ou que discutisse temas de proximidade relevante. A técnica de coleta de dados foi à coleta direta ou indireta de publicações científicas com posterior seleção das publicações de maiores relevâncias, como passo posterior foi realizada uma análise crítica do texto com confronto de idéias entre os documentos analisados, artigos e livros-texto de didática das ciências naturais. O intuito deste procedimento foi o de poder detectar o nível de concordância entre a orientação oficial para o ensino de ciências e em especial o da química para a cidadania e os avanços teórico-metodológicos da didática das ciências. Essa análise realizada prendeu-se as possíveis articulações dos assuntos de química trabalhados no ensino médio com as questões relativas ao exercício da cidadania.
  • 6. III. DISCUSSÃO ENSINO DE QUÍMICA O Ensino de Química no Nível Médio da Educação Básica tem se caracterizado por aulas quase que exclusivamente expositivas em que os conceitos químicos são resumidos a comprovações matemáticas, desvinculados dos fenômenos que levaram à sua quantificação e das relações desses conceitos com situações reais do contexto sócio- econômico e cultural no qual o indivíduo está inserido. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – PCNEM (BRASIL, 1999), a Química é um dos componentes curriculares capazes de promover o desenvolvimento intelectual dos estudantes, por meio da busca de significados para se compreender a natureza e suas transformações. Neste sentido, a disciplina de Química do Ensino Médio pode ser uma oportunidade única para que estudantes entendam o mundo sob o ponto de vista da Química e aprendam conceitos básicos importantes. Com o avanço tecnológico, aumenta a dependência entre a sociedade e a Química. Uma dependência que se estende da utilização diária de produtos sintetizados pelo homem até as inúmeras influências e impactos no desenvolvimento dos países, dos problemas referentes à qualidade de vida das pessoas aos efeitos ambientais das aplicações tecnológicas, refletindo-se em decisões solicitadas aos cidadãos quanto ao emprego de tais tecnologias. Assim, é importante que as pessoas conheçam as possibilidades de utilização das substâncias que encontram no seu cotidiano, que tenham consciência dos efeitos ambientais resultantes da utilização dessas substâncias, que desenvolvam um posicionamento crítico frente à relação custo/benefício e quanto às decisões referentes aos investimentos nessa área (SANTOS & SCHNETZLER, 2003). Além disso, como muito bem discute Chassot (2003) vale a pena conhecer um pouco das Ciências da Natureza para entender melhor o mundo que nos rodeia e, assim, termos facilitadas algumas vivências. Citando Paulo Freire (1976), é preciso lembrar que precisamos “de uma educação para a decisão, para a responsabilidade social e política. Uma educação que possibilitasse ao homem a discussão corajosa de sua problemática. Educação que o colocasse em diálogo constante com o outro. Que o identificasse com métodos e processos científicos”. Esta
  • 7. educação não se faz usando metodologias que explorem a memorização e que valorizem o cálculo, mas com procedimentos que desenvolvam as capacidades de reflexão, de investigação e de ação empreendedora. Partimos da constatação de que, a despeito das tentativas de modernização, pouco mudou no ensino de Química nos últimos anos, embora sejam de reconhecida importância as abordagens que se voltam para o cotidiano de professores e alunos. Em outros termos, a Química deve ser ensinada com o objetivo de fornecer ao aluno o suporte de que necessita para atuar com mais segurança e conhecimento no mundo. Assim, a Química que se ensina deve estar ligada à realidade e ao cotidiano dos alunos. Segundo SANTOS (1992), a educação para a cidadania é função primordial da educação básica nacional, conforme dispõe a Constituição Brasileira e a legislação de ensino.
  • 8. LIVROS DIDÁTICOS DE QUÍMICA Apesar dos avanços tecnológicos e da enorme variedade de materiais curriculares, atualmente disponíveis no mercado, o livro didático, continua sendo o recurso mais utilizado no ensino de Química. O livro didático é entendido aqui em sua definição clássica: livro elaborado com o intuito de ser uma versão didatizada do conhecimento para fins escolares e/ou com o propósito de formação de valores ( CHOPPIN 2004) Essa centralidade lhe confere estatuto e funções privilegiadas na medida em que é através dele que o professor organiza, desenvolve e avalia seu trabalho pedagógico de sala de aula. Para o aluno, o livro de Química é um dos elementos determinantes de sua relação com a disciplina e da disciplina com o meio histórico – social. Os livros didáticos são resultados de disputas relacionadas às decisões e ações curriculares, um currículo escrito que nos proporciona um testemunho, uma fonte documental, um mapa d o terreno sujeito a modificações; constitui também um dos melhores roteiros oficiais para a estrutura institucionalizada da escolarização (GOODSON, 1998) Como já descrito anteriormente o conhecimento científico de química tem o mérito de ampliar nossa capacidade de compreender e atuar no mundo em que vivemos. Por isso o ensino de Química deve oferecer ao aluno oportunidades de reflexão, preparando assim, alunos mais conscientes de seu papel quantos cidadãos. Até nos anos de 1930, os livros didáticos caracterizavam-se como resumo de Química geral, o que é lógico com a então estrutura do ensino secundário de química. A ausência de um sistema de ensino bem estruturado, em conseqüência, contribuía para a não- seriação dos estudos secundários. Uma característica interessante dos livros do período é a ausência completa de exercícios ou questionários. Além disso, a maioria dos aspectos abordados na parte de química geral o era de maneira qualitativa. A única exceção refere-se às leis ponderais e volumétricas das reações químicas, que apresentavam também uma abordagem quantitativa. Hoje, o livro didático ampliou sua função precípua. Além de transferir os conhecimentos orais à linguagem escrita, tornou-se um instrumento pedagógico que possibilita o processo de intelectualizar e contribuir para a formação social e política do
  • 9. indivíduo. O livro instrui, informa, diverte, mas, acima de tudo, prepara para liberdade (BOLIVAR; 2001. SOARES; 2002) Além do saber cognitivo, o livro didático pode propiciar a formação de capacidades e competências. Essas capacidades são os conjuntos de conhecimentos que permitem um saber-fazer e saber-ser para desempenhar algumas tarefas. As competências, por sua vez, são consideradas como um conjunto de capacidades que permitem encarar nova e, da maneira mais adequada, resolvê-las. O livro ainda tem a função de destacar também as funções relativas à interfase com o cotidiano e de educação social e cultural.
  • 10. ENSINO DE QUÍMCA PARA O EXERCÍCIO DA CIDADANIA A contextualização vem sendo bastante pesquisada nos últimos anos (SANTOS e SCHNETZLER, 1997; WARTHA e ALÁRIO, 2005; SANTOS, 2007; SILVA, 2007; SILVA et al, 2009). Uma das principais razões para que esta temática tenha se tornado objeto de pesquisas e discussões na área de ensino de ciências está relacionado à presença desta nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) e Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCNEM). O entendimento da palavra contextualização é peça fundamental para o desenvolvimento de estratégias para o aperfeiçoamento do processo de ensino aprendizagem que favoreçam o preparo do aluno para ao exercício da cidadania. Pensando-se sobre a significação etimológica da palavra contextualizar, que se assemelha a contextuar, significando, assim, enraizar uma referência em um texto, que longe do qual este perde o seu significado, podemos afirmar que o ato de contextualizar é algo que está tentando fazer parte do cotidiano educacional na plenitude de sua prática. Contextualizar, portanto, é uma estratégia fundamental para a construção de significações. Neste caso contextualizar o processo de ensino, significa incorporar a ele vivências concretas, reais e diversificadas e também incorporar o próprio processo de ensino a essas vivências. A aprendizagem situada/contextualizada é associada, nos PCNEM, à preocupação em retirar o aluno da condição de espectador passivo, em produzir uma aprendizagem significativa e em desenvolver o conhecimento espontâneo em direção ao conhecimento abstrato. Com constantes referências a Vigotsky e a Piaget, a contextualização nesses momentos aproxima-se mais da valorização dos saberes prévios dos alunos (BRASIL, 1999). O desafio educativo implica desenvolver a capacidade de construir uma identidade complexa, uma identidade que comporte a pertinência a diversos âmbitos; local, nacional e internacional, político, religioso, artístico, econômico, familiar, etc. “Na socialização do conhecimento, a busca de uma prática pedagógica capaz de unir o conhecimento popular com o científico é um grande desafio”. E ainda segundo Mortimer (1988) este desafio vem sendo fortemente superado através das novas
  • 11. tecnologias e técnicas inovadoras na educação, tais elas previstas nas leis e nos parâmetros que regem a educação brasileira. (MORTIMER; 1988). Não se podem discutir os conteúdos de química isoladamente e de forma resumida, pois estes conteúdos devem voltar-se para um contexto, obedecendo a uma seqüência lógica, que possa atender a demanda dos alunos. A escola torna-se então, o espaço ideal para que e os educandos possam desenvolver valores morais, éticas e sócias para poder interagir com o mundo de maneira apropriada a cidadãos conscientizados de seu papel transformador da sociedade. Neste espaço escolar, o livro didático ainda é mesmo em meio á toda essa demanda tecnológica, uma ferramenta importante na construção da aula pelo professor que deseja alcançar um ensino contextualizado e interdisciplinar e bom acompanhamento e desempenho durante a aula por parte dos alunos que fazem uso deste livro.
  • 12. ANÁLISE DE LIVROS DIDÁTICOS Os conceitos explicitados anteriormente foram pesquisados em três livros selecionados aleatoriamente, porém indicados pelo Programa Nacional do Livro Didático para o Ensino Médio (PNLEM) de 2012. A análise de cada um dos livros iniciou-se por suas características organizacionais físicas, ou seja, os livros passaram por um processo de avaliação visual simples. A seguir, as características implícitas e pedagógicas foram analisadas a partir da leitura de trechos específicos. Durante essa leitura, o foco não foi o entendimento do assunto retratado, mas sim a identificação da maneira como o assunto foi discutido. Em outras palavras, buscamos identificar a organização com base em um roteiro pré-determinado. Foi analisado o capitulo sobre Aspectos Quantitativos das Reações Químicas ou conteúdo equivalente de três livros didáticos de química, conforme Quadro 1. Quadro 1- Livros didáticos de Química avaliados na Pesquisa. Numeração Título Autores Editora Ano Edição Eduardo Leite do Canto LD1 Química na Moderna 200 4ª Abordagem do Francisco 6 Cotidiano Miragaia Peruzzo Gerson de Souza Mól LD2 Química Cidadã Nova 201 1ª Wildson Luiz Geração 0 Pereira dos Santos LD3 Ser Protagonista Julio Cesar Edições 201 1ª Foschini Lisboa SM 0 Química Como critérios de avaliação foram selecionados alguns tópicos. O Quadro 2 mostra os itens abordados nos livros didáticos.
  • 13. Quadro 2- Ficha de Avaliação dos Livros didáticos. TÓPICOS SIM NÃO A CAPA DO LIVRO APRESENTA FIGURAS OU DESENHOS QUE ESTIMULAM 66,7% 33,3% SUA LEITURA. A METODOLOGIA EMPREGADA ESTIMULA O RACIOCÍNIO, A INTERAÇÃO 100% 0% ENTRE ALUNOS E/OU PROFESSOR, NÃO TENDO COMO CARACTERÍSTICA PRINCIPAL A MEMORIZAÇÃO DE CONTEÚDO E TERMOS TÉCNICOS. TEXTOS E ILUSTRAÇÕES RESPEITAM AS DIFERENTES ETNIAS, GÊNEROS E 66,7% 33,3% CLASSES SOCIAIS, EVITANDO CRIAR ESTEREÓTIPOS E PRECONCEITOS PREJUDICIAIS À CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA. INCENTIVA UMA POSTURA DE RESPEITO AO AMBIENTE, TANTO NO QUE 100% 0% SE REFERE À SUA CONSERVAÇÃO QUANTO À MANEIRA COM QUE OS SERES VIVOS SÃO RETRATADOS APRESENTA CLAREZA E OBJETIVIDADE, ESTIMULANDO A LEITURA E A EXPLORAÇÃO CRÍTICA DOS ASSUNTOS. ESTABELECE LIGAÇÃO ENTRE PRINCÍPIOS ESTUDADOS E FENÔMENOS 100% 0% CONHECIDOS POR ALUNOS E PROFESSOR. APRESENTA CONTEÚDOS RELEVANTES, LIGADOS AOS CONTEXTOS 33,3% 66,7% PRÓPRIOS DA REALIDADE BRASILEIRA. APRESENTA SUGESTÕES DE LEITURAS COMPLEMENTARES PARA OS 66,7% 33,3% ALUNOS. A EXECUÇÃO DOS EXPERIMENTOS/DEMONSTRAÇÕES PROPOSTOS É 100% 0% VIÁVEL, COM BASE NAS INSTRUÇÕES FORNECIDAS. A EXECUÇÃO DOS EXPERIMENTOS/DEMONSTRAÇÕES PROPOSTOS É 100% 0% VIÁVEL, EM TERMOS DE OBTENÇÃO DOS MATERIAIS NECESSÁRIOS. OS EXPERIMENTOS E DEMONSTRAÇÕES PROPOSTOS SÃO IMPORTANTES E 100% 0% PERTINENTES PARA A COMPREENSÃO DOS FENÔMENOS QUE ESTÃO SENDO DISCUTIDOS. EXISTEM PROPOSTAS DE MATERIAIS ALTERNATIVOS PARA A EXECUÇÃO 0% 100% DOS EXPERIMENTOS. EXPERIÊNCIAS SOCIOCULTURAIS E SABERES DO ALUNO SÃO 100% 0% CONSIDERADOS FONTE: Caso seja sua autoria, ACERVO PESSOAL. Dos livros analisados, um (33,7%) apresentava-se com capa simples sem nenhuma atratividade, pois é sabido que a diagramação deve causar um efeito visual bem agradável que leve o leitor ao interesse pela leitura. Enquanto a questão de igualdade racial é observada a preocupação dos autores dos livros didáticos em explorar com fotos de etnias diferentes sem predominação e
  • 14. supremacia de uma ou de outra etnia tendo com isso o intuito de minimizar os preconceitos sociais, culturais e étnicos. Nos PCNEM, a contextualização é entendida como um recurso capaz de ampliar as possibilidades de interação não apenas entre as disciplinas nucleadas em uma área como entre as próprias áreas de nucleação (Brasil, 1999, V. I: 79). Tal aspecto é entendido no documento como uma forma de incorporar o cotidiano social e cultural à escola possibilitando aos estudantes construir um novo olhar sobre o mundo (Pereira, 2000). Dessa forma, a contextualização adquire a função de inter-relacionar conhecimentos diferentes para a construção de novos significados. Os livros didáticos apropriam-se dessa idéia buscando valorizar o vínculo dos conhecimentos científicos com a realidade. Assim, a orientação sobre a contextualização predomina, na medida em que é importante instigar a curiosidade do estudante, despertar o desejo de aprender e mostrar que a Química é uma ciência extremamente vinculada à realidade. No entanto, é interessante perceber que, mesmo valorizando a contextualização dos conteúdos didáticos, há nessas apresentações uma grande valorização dos conteúdos disciplinares. Assim, a contextualização aparece ao lado da importância dos conteúdos e um desses livros (33,7%), no capitulo analisado, não aparece tópicos voltados a realidade do aluno, o que torna o assunto questionável pelo aluno quanto a empregabilidade e importância para seu cotidiano. Os autores dos livros didáticos utilizam estratégias para relacionar esses princípios aos conteúdos disciplinares são bem diversas e vão desde a inclusão de boxes com textos ao final dos capítulos, uma outra estratégia é a abordagem diferenciada por um tema central contextualizador que permeia todos os conteúdos . Além disso, as coleções analisadas privilegiam, em maior ou menor grau, as tecnologias e a contextualização, sendo difícil diferenciá-las, tal a estreita relação que apresentam. Nos livros de Química, identificou-se que as concepções de contextualização estão ligadas ao cotidiano pessoal e profissional, com questões sociais, ambientais e tecnológicas. A necessidade de diminuir as distâncias entre a química da escola e a química do cotidiano do aluno tem sido um discurso frequente em educação. A busca de estratégias para o ensino de Química, com o uso de diferentes materiais e metodologias de ensino,
  • 15. vem sendo bastante discutida na universidade, em cursos de formação de professores e na escola, sendo a experimentação uma importante estratégia para o ensino de Química. No entanto observou-se que ainda existem livros didáticos de Química que não trazem sugestões de experimentos, pelo menos um por capítulo, simplesmente para correlacionar o assunto teórico ao experimental, sendo a química uma ciência puramente experimental. Destaca-se aqui um novo significado para a experimentação, pois o experimento não precisa mais ser feito, ele pode ser narrado, descrito, fotografado ou demonstrado, chegando-se a pensar que os laboratórios possam, cada vez mais, ser substituídos por filmes e imagens. Portanto seria útil que fosse disponibilizados nos livros didáticos, ao final de cada capítulo, sugestões de vídeos e ou filmes que abordasse os assuntos estudados que correlacionava com o cotidiano ou o contexto social do aluno. IV. CONCLUSÃO O ensino de química na construção da cidadania é de caráter altamente direcionado a função social por excelência. Com isso pretende-se aprimorar o aspecto didático que requer de professores de química uma constante busca por novos modelos, que possam conduzir o estudante a refletir, a se inteirar, aprimorar e valorizar o ensino de química
  • 16. como suporte para que o conhecimento científico seja assimilado de forma significativa e ideal. Em vista disso, um dos objetivos do ensino de química é a contribuição para com a formação da cidadania, desse modo a escola passa a ter outras responsabilidades, como a de aprimorar valores e atitudes do indivíduo, capacitando-o a buscar de maneira autônoma o conhecimento do contexto científico e tecnológico em que está inserido. Enfim, fazendo-se o uso de conhecimentos químicos, o cidadão poderá se tornar mais critico e dessa forma, contribuir com a melhoria da qualidade de sua vida e de toda a sociedade. Historicamente os livros didáticos (LD) têm desempenhado um papel importante como um mecanismo de seleção e organização dos conteúdos e apesar dos diversos estudos em relação a metodologias diferenciadas de ensino, e das várias opções de materiais didáticos atuais como filmes, aulas experimentais, entre outros, o LD continua sendo o recurso didático mais utilizado pelos professores. Observa-se que a contextualização é entendida por muitos autores de livros didáticos como mera exemplificação de situações cotidianas que ilustrem aplicações do conhecimento químico. Desta forma, é preciso uma discussão ampla e conceitual sobre contextualização. Uma formação que permita ao professor diferenciar contextualização de exemplificação é fundamental à medida que este professor possa analisar criticamente os materiais didáticos que utiliza. E este é um dos grandes desafios encontrados atualmente na socialização do conhecimento. A busca de uma prática pedagógica capaz de articular o conhecimento popular com o científico, na construção de saberes escolar. Não se podem abordar os conteúdos das ciências naturais, no caso em questão, o de química, de forma isolada, uma vez que não basta problematizá-los em base reducionista - conteudista. Sem fazer apologia do pragmatismo, os conteúdos de química poderiam ser trabalhados em sala de aula na perspectiva da contextualização, obedecendo a uma seqüência lógica que mantenha a ordem das unidades temáticas apresentados nos livros didáticos. Além de contribuir decisivamente para a construção do saber, a escola integrada a um ensino-aprendizagem contextualizado e integrador, possui papel fundamental na
  • 17. formação de indivíduos. Logo, para desenvolver valores que possam servir de mediadores da interação do aluno com o meio em que está inserido. BIBLIOGRAFIA BOLIVAR. A Globalização e Identidades: Território da Cultura. Revista de Educação, n.8, ano VI. 2001.
  • 18. BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília, 1996. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Brasília: Ministério de Educação Média e Tecnológica, 1999. BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Orientações Curriculares para o Ensino Médio. Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias. Brasília: Ministério da Educação, 2006. BUFFA, Ester et al. Educação e cidadania: quem educa o cidadão? 7ª ed. São Paulo: Cortez, 1999. CACHAPUZ, et all. A necessária renovação do ensino das ciências. São Paulo: Cortez, 2005. CHASSOT, A.P. Alquimiando a Química. Química Nova na Escola. n. 1. São Paulo, SBQ, maio 1995. CHASSOT, Attico Inacio. Para Que(m) é Útil o Nosso Ensino de Química. Porto Alegre, 1995. Tese de Doutorado. UFRGS. CHASSOT, Attico I.. Educação consciência. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2003. CHASSOT, A. I. Catalisando transformações na educação. 3. ed. Ijuí/RS: Ed. Unijuí, 1995. FREIRE, Paulo. Desafios da Educação de Adultos Frente à Nova Reestruturação Tecnológica. In: Educação e Escolarização de Jovens e Adultos – vol. 1. Experiências Internacionais. IBEAC/MEC. 1997. FREIRE, Paulo. Educação como Prática de Liberdade. 30. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2007. FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. 30. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2004.
  • 19. GIORDAN, M. O papel da experimentação no ensino de ciências. Química Nova da Escola, São Paulo, n. 10, p. 43-49, Nov. 1999. GOODSON, Ivor F. (1998). Currículo: Teoria e História. Petrópolis: Vozes. GOODSON, Ivor F. (1997). A Construção social do currículo. Coletânea de textos de Goodson organizada por António Nóvoa. Lisboa: Educa. MORTIMER, Eduardo Fleury. O ensino de estrutura atômica e de ligação química na escola de 2º grau; drama, tragédia ou comédia? Belo Horizonte, Universidade Federal de Minas Gerais, 1988. Dissertação (mestrado). SANTOS, W.L.P.; SCHNETZLER, R.P. Função social. O que significa ensino de Química para formar o cidadão? Química Nova na Escola., n. 4. São Paulo, SBQ, novembro 1996. SANTOS, W. L. P.; Schnetzler, R. P. Educação em Química: compromisso com a cidadania. Ijuí: INIJUÍ, 1997. SANTOS, Wildson Luiz Pereira dos. O ensino de química para formar o cidadão: principais características e condições para a sua implementação na escola secundária brasileira. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas, 1992. Sociedade Brasileira de Química. Disponível em: http://www.sbq.org.br Acesso em: 04 de março de 2012. ______. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, Resolução CEB nº 3 de 26 de junho de 1998. ______. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – Parte I – Bases Legais, Brasília: MEC/INEP, 1998. ______. Ministério da Educação (MEC), Secretaria de Educação Média e Tecnológica (Semtec). Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília: Ministério da Educação, 1999.