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COMANDO DA AERONÁUTICA
CENTRO DE INVESTIGAÇÃO E PREVENÇÃO DE
ACIDENTES AERONÁUTICOS
RELATÓRIO FINAL
A - 162/CENIPA/2013
OCORRÊNCIA: ACIDENTE
AERONAVE: PT-HNL
MODELO: HB-350B
DATA: 01JUL2008
RF A-162/CENIPA/2013 PT-HNL 01JUL2008
2/13
ADVERTÊNCIA
Conforme a Lei nº 7.565, de 19 de dezembro de 1986, Artigo 86, compete ao Sistema de
Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos – SIPAER – planejar, orientar, coordenar,
controlar e executar as atividades de investigação e de prevenção de acidentes aeronáuticos.
A elaboração deste Relatório Final foi conduzida com base em fatores contribuintes e
hipóteses levantadas, sendo um documento técnico que reflete o resultado obtido pelo SIPAER em
relação às circunstâncias que contribuíram ou podem ter contribuído para desencadear esta
ocorrência.
Não é foco do mesmo quantificar o grau de contribuição dos fatores contribuintes,
incluindo as variáveis que condicionaram o desempenho humano, sejam elas individuais,
psicossociais ou organizacionais, e que interagiram, propiciando o cenário favorável ao acidente.
O objetivo exclusivo deste trabalho é recomendar o estudo e o estabelecimento de
providências de caráter preventivo, cuja decisão quanto à pertinência a acatá-las será de
responsabilidade exclusiva do Presidente, Diretor, Chefe ou o que corresponder ao nível mais alto
na hierarquia da organização para a qual estão sendo dirigidas.
Este relatório não recorre a quaisquer procedimentos de prova para apuração de
responsabilidade civil ou criminal; estando em conformidade com o item 3.1 do Anexo 13 da
Convenção de Chicago de 1944, recepcionada pelo ordenamento jurídico brasileiro através do
Decreto n º 21.713, de 27 de agosto de 1946.
Outrossim, deve-se salientar a importância de resguardar as pessoas responsáveis pelo
fornecimento de informações relativas à ocorrência de um acidente aeronáutico. A utilização deste
Relatório para fins punitivos, em relação aos seus colaboradores, macula o princípio da "não
autoincriminação" deduzido do "direito ao silêncio", albergado pela Constituição Federal.
Consequentemente, o seu uso para qualquer propósito, que não o de prevenção de futuros
acidentes, poderá induzir a interpretações e a conclusões errôneas.
RF A-162/CENIPA/2013 PT-HNL 01JUL2008
3/13
ÍNDICE
SINOPSE...............................................................................................................................4
GLOSSÁRIO DE TERMOS TÉCNICOS E ABREVIATURAS................................................5
1 INFORMAÇÕES FACTUAIS ..............................................................................................6
1.1 Histórico da ocorrência....................................................................................................6
1.2 Danos pessoais ...............................................................................................................6
1.3 Danos à aeronave ...........................................................................................................6
1.4 Outros danos ...................................................................................................................6
1.5 Informações acerca do pessoal envolvido.......................................................................6
1.5.1 Informações acerca dos tripulantes..............................................................................6
1.6 Informações acerca da aeronave ....................................................................................7
1.7 Informações meteorológicas............................................................................................7
1.8 Auxílios à navegação.......................................................................................................7
1.9 Comunicações.................................................................................................................7
1.10 Informações acerca do aeródromo................................................................................7
1.11 Gravadores de voo ........................................................................................................7
1.12 Informações acerca do impacto e dos destroços...........................................................8
1.13 Informações médicas, ergonômicas e psicológicas.......................................................8
1.13.1 Aspectos médicos.......................................................................................................8
1.13.2 Informações ergonômicas ..........................................................................................8
1.13.3 Aspectos psicológicos ................................................................................................8
1.14 Informações acerca de fogo ..........................................................................................8
1.15 Informações acerca de sobrevivência e/ou de abandono da aeronave.........................8
1.16 Exames, testes e pesquisas ..........................................................................................8
1.17 Informações organizacionais e de gerenciamento.........................................................9
1.18 Informações operacionais..............................................................................................9
1.19 Informações adicionais................................................................................................10
1.20 Utilização ou efetivação de outras técnicas de investigação.......................................10
2 ANÁLISE ..........................................................................................................................10
3 CONCLUSÃO...................................................................................................................11
3.1 Fatos..............................................................................................................................11
3.2 Fatores contribuintes .....................................................................................................11
3.2.1 Fator Humano.............................................................................................................12
3.2.2 Fator Operacional.......................................................................................................12
3.2.3 Fator Material..............................................................................................................12
4 RECOMENDAÇÃO DE SEGURANÇA DE VOO (RSV) ...................................................12
5 AÇÃO CORRETIVA OU PREVENTIVA JÁ ADOTADA ....................................................13
6 DIVULGAÇÃO ..................................................................................................................13
7 ANEXOS...........................................................................................................................13
RF A-162/CENIPA/2013 PT-HNL 01JUL2008
4/13
SINOPSE
O presente Relatório Final refere-se ao acidente com a aeronave PT-HNL, modelo
HB-350B, ocorrido em 01JUL2008, classificado como falha de motor em voo.
Durante o procedimento de decolagem, aproximadamente a 15 metros de altura,
ocorreu a falha do motor em voo, provocando o retorno da aeronave para o solo.
O piloto sofreu ferimentos leves.
A aeronave teve danos graves.
Houve a designação de representante acreditado do BEA (French Bureau
d'Enquêtes et d'Analyses pour la Securité de l’Aviation).
RF A-162/CENIPA/2013 PT-HNL 01JUL2008
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GLOSSÁRIO DE TERMOS TÉCNICOS E ABREVIATURAS
ABRAPHE Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero
ANAC Agência Nacional de Aviação Civil
ATS
CA
Air Traffic Services
Certificado de Aeronavegabilidade
CCF Certificado de Capacidade Física
CENIPA
CG
Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos
Centro de Gravidade
CHT Certificado de Habilitação Técnica
Lat Latitude
Long Longitude
PCH Piloto Comercial – Helicóptero
PPH Piloto Privado – Helicóptero
RSV Recomendação de Segurança de Voo
SERIPA Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos
SIBH Designativo de localidade – Heliponto Helicidade, SP
SIPAER Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos
SJGM Designativo de localidade – Heliponto Quadra Hungria, SP
TPP
VFR
Categoria de emprego de aeronaves – Serviços Aéreos Privados
Visual Flght Rules
RF A-162/CENIPA/2013 PT-HNL 01JUL2008
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AERONAVE
Modelo: HB-350B
Operador:
HAP Participações Ltda.
Matrícula: PT-HNL
Fabricante: EUROCOPTER
OCORRÊNCIA
Data/hora: 02JUL2008 / 21:45 (Local)
Tipo:
Falha do motor em voo
Local: Heliponto Helicidade (SIBH)
Lat. 23º32’48”S – Long. 046º44’13”W
Município – UF: São Paulo – SP
1 INFORMAÇÕES FACTUAIS
1.1 Histórico da ocorrência
Durante a decolagem do spot nº 8, do Heliponto Helicidade (SIBH), às 21h45min
local, com destino ao Heliponto Quadra Hungria (SJGM), com notificação de voo visual
(VFR), houve uma repentina perda de potência do motor da aeronave.
A aeronave estava atingindo, aproximadamente, 15 metros de altura e acabou
retornando ao solo em atitude nivelada.
1.2 Danos pessoais
Lesões Tripulantes Passageiros Terceiros
Fatais - - -
Graves - - -
Leves 01 - -
Ilesos - - -
1.3 Danos à aeronave
Danos graves nos esquis, na cabine de passageiros, no cone e no rotor de cauda.
1.4 Outros danos
Não houve.
1.5 Informações acerca do pessoal envolvido
1.5.1 Informações acerca dos tripulantes
HORAS VOADAS
DISCRIMINAÇÃO PILOTO
Totais 1.016:05
Totais, nos últimos 30 dias 100:00
Totais, nas últimas 24 horas 01:30
Neste tipo de aeronave 500:00
Neste tipo, nos últimos 30 dias 50:00
Neste tipo, nas últimas 24 horas 01:30
Obs.: Os dados relativos às horas voadas foram fornecidos pelo piloto.
1.5.1.1 Formação
O piloto realizou o curso de Piloto Privado – Helicóptero (PPH) na Power
Helicópteros Escola de Pilotagem, em 2004.
RF A-162/CENIPA/2013 PT-HNL 01JUL2008
7/13
1.5.1.2 Validade e categoria das licenças e certificados
O piloto possuía a licença de Piloto Comercial – Helicóptero (PCH) e estava com a
habilitação técnica de aeronave tipo H350 válido.
1.5.1.3 Qualificação e experiência de voo
O piloto estava qualificado e possuía experiência suficiente para realizar o tipo de
voo.
1.5.1.4 Validade da inspeção de saúde
O piloto estava com o Certificado de Capacidade Física (CCF) válido.
1.6 Informações acerca da aeronave
A aeronave, de número de série HB1140/2239 foi fabricada pela Eurocopter, em
1990.
O Certificado de Aeronavegabilidade (CA) estava válido.
As cadernetas de célula e de motor não estavam com as escriturações atualizadas.
Os últimos registros datavam de janeiro de 2008.
A última inspeção da aeronave, do tipo “100 horas”, foi realizada em 12JUN2008
pela oficina Tucson Aviação Ltda., em São Paulo, SP, estando com 23 horas e 10 minutos
voadas após a inspeção.
A última revisão da aeronave, do tipo “2000 horas/06 anos”, foi realizada em
08ABR2008 pela oficina Tucson Aviação Ltda., em São Paulo, SP, estando com 37 horas e
40 minutos voadas após a revisão.
1.7 Informações meteorológicas
As condições eram favoráveis ao voo visual.
1.8 Auxílios à navegação
Nada a relatar.
1.9 Comunicações
Ao acionar o motor, o piloto informou à estação-rádio de apoio ao heliponto sua
intenção de voo.
Durante esse contato bilateral, foi possível observar a solicitação expressa do
operador da aeronave quanto à necessidade de acelerar a saída, uma vez que os
passageiros estariam aguardando a chegada da aeronave.
No primeiro contato entre o PT-HNL e a rádio de apoio do heliponto, o piloto cita a
matrícula de outra aeronave.
1.10 Informações acerca do aeródromo
O Heliponto é privado e homologado, opera VFR (voo visual), em período diurno e
noturno.
O pavimento é de concreto, com dimensões de 24m x 24m e elevação de 2.418
pés. Eixo de aproximações e decolagens nas proas 020º/170º.
RF A-162/CENIPA/2013 PT-HNL 01JUL2008
8/13
1.11 Gravadores de voo
Não requeridos e não instalados.
1.12 Informações acerca do impacto e dos destroços
A aeronave colidiu contra o solo em uma atitude nivelada, sofrendo danos graves
nos esquis, na cabine de passageiros, no cone de cauda e no rotor de cauda.
1.13 Informações médicas, ergonômicas e psicológicas
1.13.1 Aspectos médicos
Não pesquisados.
1.13.2 Informações ergonômicas
Nada a relatar.
1.13.3 Aspectos psicológicos
Não pesquisados.
1.13.3.1 Informações individuais
Nada a relatar.
1.13.3.2 Informações psicossociais
Nada a relatar.
1.13.3.3 Informações organizacionais
Nada a relatar.
1.14 Informações acerca de fogo
Não houve fogo.
1.15 Informações acerca de sobrevivência e/ou de abandono da aeronave
Apesar de a aeronave ter apresentado a falha a uma altura aproximada de 15
metros, o piloto conseguiu utilizar o procedimento de rotação do rotor principal para
amenizar a queda. Os sistemas de cintos e suspensórios e a cadeira minimizaram
substancialmente as lesões.
Houve a desmontagem parcial da cabine, o que dificultou a remoção do tripulante.
1.16 Exames, testes e pesquisas
Uma amostra do combustível residual existente no tanque principal foi
encaminhada para análise, e não foram encontradas anormalidades quanto à presença de
impurezas ou presença de água.
Várias aeronaves reabasteceram no mesmo local do acidente e não tiveram
qualquer problema.
No momento em que houve a queda de potência, observou-se nas gravações das
câmeras de segurança instaladas no heliponto, a presença de uma fumaça branca na
região do escapamento do motor da aeronave.
RF A-162/CENIPA/2013 PT-HNL 01JUL2008
9/13
Os testes realizados no motor e na unidade de controle de fluxo de combustível
(FCU) não revelaram qualquer anormalidade que pudesse justificar a presença de fumaça
branca.
De acordo com especialistas em motores, a fumaça branca na saída do
escapamento revela a presença de hidrocarbonetos provenientes do combustível.
Foram realizadas, também, verificações no sistema de controle de antecipação e
comando de vazão do motor.
De acordo com laudo emitido pela Helibras, foram constatados que os sistemas e
seus componentes estavam instalados corretamente e encontravam-se fixados e ajustados
com liberdade de movimento. Tudo estava em conformidade com o estabelecido pelo
fabricante.
1.17 Informações organizacionais e de gerenciamento
O piloto não possuía vínculo empregatício com o operador da aeronave.
Permanecia nas instalações da empresa Helicidade, aguardando voos de oportunidade.
1.18 Informações operacionais
O piloto havia acabado de pousar com uma aeronave e rapidamente embarcou no
PT-HNL para realizar outro voo.
Segundo o piloto, ele recebeu a informação do preposto do proprietário da
aeronave, que deveria realizar outro voo e estava atrasado, os passageiros já o esperavam
em outro heliponto.
O tempo decorrido entre o pouso e a outra decolagem foi de aproximadamente
quinze minutos. Nesse intervalo, foram realizados o abastecimento e a preparação para
nova decolagem.
O voo consistia do traslado da aeronave de SIBH para SJGM, distante cerca de 1,5
NM.
Figura 1 - Foto aérea do heliponto Helicidade.
Spot 8
Local da queda
RF A-162/CENIPA/2013 PT-HNL 01JUL2008
10/13
O procedimento operacional adotado pelo heliponto Helicidade consistia em
decolar do spot nº8, taxiar até o spot central, e ascender para o heliponto localizado,
aproximadamente, a 15 metros de altura do solo.
De acordo com as imagens geradas pelo sistema de câmeras de vigilância da
empresa operadora do heliponto, foi possível observar que a aeronave, ao sair do solo,
iniciou um deslocamento vertical acentuado, sobrevoou o spot central a aproximadamente
10 metros de altura em curva para a direita.
Ao atingir uma altura aproximada de 15 metros, a uma distância lateral de 02
metros do heliponto elevado, ocorreu uma súbita guinada à direita e foi observada uma
grande e anormal saída de fumaça branca pelo escapamento do motor.
O piloto afirmou que a aeronave apresentou uma queda repentina de potência a
qual foi percebida pela guinada à direita e pela diminuição do ruído produzido pelo motor,
sem, contudo, ter apagado completamente.
Ao perceber a possível falha do motor, o piloto instantaneamente levou o manete
de potência (vazão de combustível) para a posição “máxima – emergência”.
O peso da aeronave era de aproximadamente 1.098kg, considerando que estava
abastecida com aproximadamente 40% de combustível, equivalente a 167kg, e o piloto
pesava cerca de 55kg.
O peso máximo aprovado para decolagem era de 1.950kg, conforme seu
certificado de matrícula.
A aeronave estava dentro dos limites de peso e do centro de gravidade (CG)
especificados pelo fabricante.
A aeronave acabou colidindo contra o solo em uma atitude nivelada.
1.19 Informações adicionais
De acordo com a transcrição da gravação da comunicação entre a aeronave e a
rádio do heliponto, pode-se inferir que a aeronave estava sendo utilizada para transportar
passageiros da Global Táxi-Aéreo, apesar de estar registrada na categoria de serviços
aéreos privados (TPP).
1.20 Utilização ou efetivação de outras técnicas de investigação
Não houve.
2 ANÁLISE
O piloto, ao invés de taxiar a aeronave do spot nº 8 até o spot central, para depois
iniciar a subida, iniciou a subida a partir do spot nº 8, provavelmente, com a intenção de
abreviar o procedimento de decolagem, por estar atrasado.
O tempo gasto entre a preparação da aeronave até a decolagem foi de apenas 15
minutos.
Em razão da ansiedade e da pressão para decolar o mais rápido possível, uma
hipótese provável é que o piloto não tenha posicionando corretamente o manete de vazão
de combustível para a posição voo, fazendo com que o motor deixasse de operar
adequadamente.
Como o piloto não realizou o procedimento de táxi e iniciou a subida a partir do
spot nº 8, o problema apareceu assim que o helicóptero atingiu a altura do heliponto.
RF A-162/CENIPA/2013 PT-HNL 01JUL2008
11/13
É possível que, se o piloto tivesse realizado o procedimento padrão, a falta de
potência fosse percebida ainda durante o procedimento de táxi.
Ao perceber a falha do motor, o piloto acionou o manete de potência e o levou para
a posição “máxima – emergência”, aumentando o fluxo de combustível para o motor.
É bastante provável que a presença da fumaça branca na saída do escapamento
tenha ocorrido em razão da injeção do combustível na câmara de combustão, após o piloto
ter levado o manete de potência para a posição “máxima – emergência”.
Segundo os técnicos da empresa Turbomeca do Brasil, o motor da aeronave não
apresentou indícios de falha durante os testes realizados após o acidente.
Outro indício da ansiedade do piloto em decolar pôde ser percebido no momento
em que ele se comunica com a rádio de apoio do heliponto e cita, erroneamente, a
matrícula de outra aeronave.
3 CONCLUSÃO
3.1 Fatos
a) o piloto estava com o CCF válido;
b) o piloto estava com o CHT válido;
c) o piloto era qualificado e possuía experiência suficiente para realizar o voo;
d) a aeronave estava com o CA válido;
e) a aeronave estava dentro dos limites de peso e balanceamento;
f) o piloto havia acabado de pousar com uma aeronave e rapidamente embarcou
no PT-HNL para realizar outro voo;
g) o tempo decorrido entre o pouso e a outra decolagem foi de aproximadamente
quinze minutos;
h) o voo consistia do traslado da aeronave de SIBH para SJGM, distante cerca de
1,5NM;
i) o procedimento adotado pelo heliponto Helicidade consistia em decolar do spot
nº 8, taxiar até o spot central e ascender para o heliponto;
j) a aeronave, ao sair do solo, iniciou um deslocamento vertical acentuado,
sobrevoou o spot central a, aproximadamente, 10 metros de altura em curva para a direita;
k) ao atingir uma altura aproximada de 15 metros, ocorreu uma súbita guinada à
direita e foi observada uma grande e anormal saída de fumaça branca pelo escapamento
do motor;
l) ao perceber a falha do motor, o piloto acionou o manete de potência (vazão de
combustível) para a posição “máxima – emergência;
m) a aeronave colidiu contra o solo em uma atitude nivelada;
n) a aeronave teve danos graves; e
o) o piloto sofreu lesões leves.
RF A-162/CENIPA/2013 PT-HNL 01JUL2008
12/13
3.2 Fatores contribuintes
3.2.1 Fator Humano
3.2.1.1 Aspecto Médico
Nada a relatar.
3.2.1.2 Aspecto Psicológico
3.2.1.2.1 Informações Individuais
Nada a relatar.
3.2.1.2.2 Informações Psicossociais
Nada a relatar.
3.2.1.2.3 Informações organizacionais
Nada a relatar.
3.2.2 Fator Operacional
3.2.2.1 Concernentes à operação da aeronave
a) Esquecimento do piloto – indeterminado
É provável que, em razão da pressa em decolar, o piloto tenha se esquecido de
realizar todos os procedimentos previstos e, entre eles, o de levar o manete de potência
para posição voo após a partida do motor da aeronave.
b) Julgamento de Pilotagem – contribuiu
Para ganhar tempo, o piloto avaliou que seria possível decolar direto do spot 8 para
o heliponto, deixando de respeitar os procedimentos operacionais previstos para o
heliponto Helicidade, o que não possibilitou perceber a falta de potência durante o taxi.
c) Planejamento de voo – contribuiu
Considerando a exiguidade do tempo entre o último pouso e a nova decolagem,
houve um planejamento inadequado por parte do piloto ao aceitar a realização de um voo
muito próximo ao final do outro, o que pode ter prejudicado a realização de todos os
procedimentos previstos.
3.2.2.2 Concernentes aos órgãos ATS
Não contribuiu.
3.2.3 Fator Material
3.2.3.1 Concernentes a aeronave
Não contribuiu.
3.2.3.2 Concernentes a equipamentos e sistemas de tecnologia para ATS
Não contribuiu.
4 RECOMENDAÇÃO DE SEGURANÇA DE VOO (RSV)
É o estabelecimento de uma ação que a Autoridade Aeronáutica ou Elo-SIPAER emite
para o seu âmbito de atuação, visando eliminar ou mitigar o risco de uma condição latente ou a
consequência de uma falha ativa.
RF A-162/CENIPA/2013 PT-HNL 01JUL2008
13/13
Sob a ótica do SIPAER, é essencial para a Segurança de Voo, referindo-se a um perigo
específico e devendo ser cumprida num determinado prazo.
Recomendações de Segurança de Voo emitidas pelo SERIPA IV durante o curso da
investigação:
À HAP Participações Ltda., recomenda-se:
RSV (A) 138 / 2009 – SERIPA IV Emitida em: 27/11/2009
Criar mecanismos eficazes, a fim de não permitir que tripulante sem acompanhamento de
treinamento, assim como, sem vínculo de trabalho, seja autorizado a operar aeronave de
empresa.
Recomendações de Segurança de Voo emitidas pelo CENIPA:
À Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), recomenda-se:
A-162/CENIPA/2013 – RSV 001 Emitida em: 30/12/2013
Divulgar o conteúdo do presente relatório durante a realização de seminários, palestras e
atividades afins voltadas aos proprietários, operadores e exploradores de helicópteros.
5 AÇÃO CORRETIVA OU PREVENTIVA JÁ ADOTADA
Não houve.
6 DIVULGAÇÃO
−Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC)
−Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero (ABRAPHE)
−Bureau d'Enquêtes et d'Analyses pour la Securité de l’Aviation (BEA)
−SERIPA IV
7 ANEXOS
Não há.
Em, 30 / 12 / 2013

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Relatório Final Comissão Nacional da Verdade - Volume I - Tomo I
 

Relatório Final - Acidente com a Aeronave PT-HNL - Modelo HB-350B - Falha de Motor em Voo

  • 1. COMANDO DA AERONÁUTICA CENTRO DE INVESTIGAÇÃO E PREVENÇÃO DE ACIDENTES AERONÁUTICOS RELATÓRIO FINAL A - 162/CENIPA/2013 OCORRÊNCIA: ACIDENTE AERONAVE: PT-HNL MODELO: HB-350B DATA: 01JUL2008
  • 2. RF A-162/CENIPA/2013 PT-HNL 01JUL2008 2/13 ADVERTÊNCIA Conforme a Lei nº 7.565, de 19 de dezembro de 1986, Artigo 86, compete ao Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos – SIPAER – planejar, orientar, coordenar, controlar e executar as atividades de investigação e de prevenção de acidentes aeronáuticos. A elaboração deste Relatório Final foi conduzida com base em fatores contribuintes e hipóteses levantadas, sendo um documento técnico que reflete o resultado obtido pelo SIPAER em relação às circunstâncias que contribuíram ou podem ter contribuído para desencadear esta ocorrência. Não é foco do mesmo quantificar o grau de contribuição dos fatores contribuintes, incluindo as variáveis que condicionaram o desempenho humano, sejam elas individuais, psicossociais ou organizacionais, e que interagiram, propiciando o cenário favorável ao acidente. O objetivo exclusivo deste trabalho é recomendar o estudo e o estabelecimento de providências de caráter preventivo, cuja decisão quanto à pertinência a acatá-las será de responsabilidade exclusiva do Presidente, Diretor, Chefe ou o que corresponder ao nível mais alto na hierarquia da organização para a qual estão sendo dirigidas. Este relatório não recorre a quaisquer procedimentos de prova para apuração de responsabilidade civil ou criminal; estando em conformidade com o item 3.1 do Anexo 13 da Convenção de Chicago de 1944, recepcionada pelo ordenamento jurídico brasileiro através do Decreto n º 21.713, de 27 de agosto de 1946. Outrossim, deve-se salientar a importância de resguardar as pessoas responsáveis pelo fornecimento de informações relativas à ocorrência de um acidente aeronáutico. A utilização deste Relatório para fins punitivos, em relação aos seus colaboradores, macula o princípio da "não autoincriminação" deduzido do "direito ao silêncio", albergado pela Constituição Federal. Consequentemente, o seu uso para qualquer propósito, que não o de prevenção de futuros acidentes, poderá induzir a interpretações e a conclusões errôneas.
  • 3. RF A-162/CENIPA/2013 PT-HNL 01JUL2008 3/13 ÍNDICE SINOPSE...............................................................................................................................4 GLOSSÁRIO DE TERMOS TÉCNICOS E ABREVIATURAS................................................5 1 INFORMAÇÕES FACTUAIS ..............................................................................................6 1.1 Histórico da ocorrência....................................................................................................6 1.2 Danos pessoais ...............................................................................................................6 1.3 Danos à aeronave ...........................................................................................................6 1.4 Outros danos ...................................................................................................................6 1.5 Informações acerca do pessoal envolvido.......................................................................6 1.5.1 Informações acerca dos tripulantes..............................................................................6 1.6 Informações acerca da aeronave ....................................................................................7 1.7 Informações meteorológicas............................................................................................7 1.8 Auxílios à navegação.......................................................................................................7 1.9 Comunicações.................................................................................................................7 1.10 Informações acerca do aeródromo................................................................................7 1.11 Gravadores de voo ........................................................................................................7 1.12 Informações acerca do impacto e dos destroços...........................................................8 1.13 Informações médicas, ergonômicas e psicológicas.......................................................8 1.13.1 Aspectos médicos.......................................................................................................8 1.13.2 Informações ergonômicas ..........................................................................................8 1.13.3 Aspectos psicológicos ................................................................................................8 1.14 Informações acerca de fogo ..........................................................................................8 1.15 Informações acerca de sobrevivência e/ou de abandono da aeronave.........................8 1.16 Exames, testes e pesquisas ..........................................................................................8 1.17 Informações organizacionais e de gerenciamento.........................................................9 1.18 Informações operacionais..............................................................................................9 1.19 Informações adicionais................................................................................................10 1.20 Utilização ou efetivação de outras técnicas de investigação.......................................10 2 ANÁLISE ..........................................................................................................................10 3 CONCLUSÃO...................................................................................................................11 3.1 Fatos..............................................................................................................................11 3.2 Fatores contribuintes .....................................................................................................11 3.2.1 Fator Humano.............................................................................................................12 3.2.2 Fator Operacional.......................................................................................................12 3.2.3 Fator Material..............................................................................................................12 4 RECOMENDAÇÃO DE SEGURANÇA DE VOO (RSV) ...................................................12 5 AÇÃO CORRETIVA OU PREVENTIVA JÁ ADOTADA ....................................................13 6 DIVULGAÇÃO ..................................................................................................................13 7 ANEXOS...........................................................................................................................13
  • 4. RF A-162/CENIPA/2013 PT-HNL 01JUL2008 4/13 SINOPSE O presente Relatório Final refere-se ao acidente com a aeronave PT-HNL, modelo HB-350B, ocorrido em 01JUL2008, classificado como falha de motor em voo. Durante o procedimento de decolagem, aproximadamente a 15 metros de altura, ocorreu a falha do motor em voo, provocando o retorno da aeronave para o solo. O piloto sofreu ferimentos leves. A aeronave teve danos graves. Houve a designação de representante acreditado do BEA (French Bureau d'Enquêtes et d'Analyses pour la Securité de l’Aviation).
  • 5. RF A-162/CENIPA/2013 PT-HNL 01JUL2008 5/13 GLOSSÁRIO DE TERMOS TÉCNICOS E ABREVIATURAS ABRAPHE Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero ANAC Agência Nacional de Aviação Civil ATS CA Air Traffic Services Certificado de Aeronavegabilidade CCF Certificado de Capacidade Física CENIPA CG Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos Centro de Gravidade CHT Certificado de Habilitação Técnica Lat Latitude Long Longitude PCH Piloto Comercial – Helicóptero PPH Piloto Privado – Helicóptero RSV Recomendação de Segurança de Voo SERIPA Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos SIBH Designativo de localidade – Heliponto Helicidade, SP SIPAER Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos SJGM Designativo de localidade – Heliponto Quadra Hungria, SP TPP VFR Categoria de emprego de aeronaves – Serviços Aéreos Privados Visual Flght Rules
  • 6. RF A-162/CENIPA/2013 PT-HNL 01JUL2008 6/13 AERONAVE Modelo: HB-350B Operador: HAP Participações Ltda. Matrícula: PT-HNL Fabricante: EUROCOPTER OCORRÊNCIA Data/hora: 02JUL2008 / 21:45 (Local) Tipo: Falha do motor em voo Local: Heliponto Helicidade (SIBH) Lat. 23º32’48”S – Long. 046º44’13”W Município – UF: São Paulo – SP 1 INFORMAÇÕES FACTUAIS 1.1 Histórico da ocorrência Durante a decolagem do spot nº 8, do Heliponto Helicidade (SIBH), às 21h45min local, com destino ao Heliponto Quadra Hungria (SJGM), com notificação de voo visual (VFR), houve uma repentina perda de potência do motor da aeronave. A aeronave estava atingindo, aproximadamente, 15 metros de altura e acabou retornando ao solo em atitude nivelada. 1.2 Danos pessoais Lesões Tripulantes Passageiros Terceiros Fatais - - - Graves - - - Leves 01 - - Ilesos - - - 1.3 Danos à aeronave Danos graves nos esquis, na cabine de passageiros, no cone e no rotor de cauda. 1.4 Outros danos Não houve. 1.5 Informações acerca do pessoal envolvido 1.5.1 Informações acerca dos tripulantes HORAS VOADAS DISCRIMINAÇÃO PILOTO Totais 1.016:05 Totais, nos últimos 30 dias 100:00 Totais, nas últimas 24 horas 01:30 Neste tipo de aeronave 500:00 Neste tipo, nos últimos 30 dias 50:00 Neste tipo, nas últimas 24 horas 01:30 Obs.: Os dados relativos às horas voadas foram fornecidos pelo piloto. 1.5.1.1 Formação O piloto realizou o curso de Piloto Privado – Helicóptero (PPH) na Power Helicópteros Escola de Pilotagem, em 2004.
  • 7. RF A-162/CENIPA/2013 PT-HNL 01JUL2008 7/13 1.5.1.2 Validade e categoria das licenças e certificados O piloto possuía a licença de Piloto Comercial – Helicóptero (PCH) e estava com a habilitação técnica de aeronave tipo H350 válido. 1.5.1.3 Qualificação e experiência de voo O piloto estava qualificado e possuía experiência suficiente para realizar o tipo de voo. 1.5.1.4 Validade da inspeção de saúde O piloto estava com o Certificado de Capacidade Física (CCF) válido. 1.6 Informações acerca da aeronave A aeronave, de número de série HB1140/2239 foi fabricada pela Eurocopter, em 1990. O Certificado de Aeronavegabilidade (CA) estava válido. As cadernetas de célula e de motor não estavam com as escriturações atualizadas. Os últimos registros datavam de janeiro de 2008. A última inspeção da aeronave, do tipo “100 horas”, foi realizada em 12JUN2008 pela oficina Tucson Aviação Ltda., em São Paulo, SP, estando com 23 horas e 10 minutos voadas após a inspeção. A última revisão da aeronave, do tipo “2000 horas/06 anos”, foi realizada em 08ABR2008 pela oficina Tucson Aviação Ltda., em São Paulo, SP, estando com 37 horas e 40 minutos voadas após a revisão. 1.7 Informações meteorológicas As condições eram favoráveis ao voo visual. 1.8 Auxílios à navegação Nada a relatar. 1.9 Comunicações Ao acionar o motor, o piloto informou à estação-rádio de apoio ao heliponto sua intenção de voo. Durante esse contato bilateral, foi possível observar a solicitação expressa do operador da aeronave quanto à necessidade de acelerar a saída, uma vez que os passageiros estariam aguardando a chegada da aeronave. No primeiro contato entre o PT-HNL e a rádio de apoio do heliponto, o piloto cita a matrícula de outra aeronave. 1.10 Informações acerca do aeródromo O Heliponto é privado e homologado, opera VFR (voo visual), em período diurno e noturno. O pavimento é de concreto, com dimensões de 24m x 24m e elevação de 2.418 pés. Eixo de aproximações e decolagens nas proas 020º/170º.
  • 8. RF A-162/CENIPA/2013 PT-HNL 01JUL2008 8/13 1.11 Gravadores de voo Não requeridos e não instalados. 1.12 Informações acerca do impacto e dos destroços A aeronave colidiu contra o solo em uma atitude nivelada, sofrendo danos graves nos esquis, na cabine de passageiros, no cone de cauda e no rotor de cauda. 1.13 Informações médicas, ergonômicas e psicológicas 1.13.1 Aspectos médicos Não pesquisados. 1.13.2 Informações ergonômicas Nada a relatar. 1.13.3 Aspectos psicológicos Não pesquisados. 1.13.3.1 Informações individuais Nada a relatar. 1.13.3.2 Informações psicossociais Nada a relatar. 1.13.3.3 Informações organizacionais Nada a relatar. 1.14 Informações acerca de fogo Não houve fogo. 1.15 Informações acerca de sobrevivência e/ou de abandono da aeronave Apesar de a aeronave ter apresentado a falha a uma altura aproximada de 15 metros, o piloto conseguiu utilizar o procedimento de rotação do rotor principal para amenizar a queda. Os sistemas de cintos e suspensórios e a cadeira minimizaram substancialmente as lesões. Houve a desmontagem parcial da cabine, o que dificultou a remoção do tripulante. 1.16 Exames, testes e pesquisas Uma amostra do combustível residual existente no tanque principal foi encaminhada para análise, e não foram encontradas anormalidades quanto à presença de impurezas ou presença de água. Várias aeronaves reabasteceram no mesmo local do acidente e não tiveram qualquer problema. No momento em que houve a queda de potência, observou-se nas gravações das câmeras de segurança instaladas no heliponto, a presença de uma fumaça branca na região do escapamento do motor da aeronave.
  • 9. RF A-162/CENIPA/2013 PT-HNL 01JUL2008 9/13 Os testes realizados no motor e na unidade de controle de fluxo de combustível (FCU) não revelaram qualquer anormalidade que pudesse justificar a presença de fumaça branca. De acordo com especialistas em motores, a fumaça branca na saída do escapamento revela a presença de hidrocarbonetos provenientes do combustível. Foram realizadas, também, verificações no sistema de controle de antecipação e comando de vazão do motor. De acordo com laudo emitido pela Helibras, foram constatados que os sistemas e seus componentes estavam instalados corretamente e encontravam-se fixados e ajustados com liberdade de movimento. Tudo estava em conformidade com o estabelecido pelo fabricante. 1.17 Informações organizacionais e de gerenciamento O piloto não possuía vínculo empregatício com o operador da aeronave. Permanecia nas instalações da empresa Helicidade, aguardando voos de oportunidade. 1.18 Informações operacionais O piloto havia acabado de pousar com uma aeronave e rapidamente embarcou no PT-HNL para realizar outro voo. Segundo o piloto, ele recebeu a informação do preposto do proprietário da aeronave, que deveria realizar outro voo e estava atrasado, os passageiros já o esperavam em outro heliponto. O tempo decorrido entre o pouso e a outra decolagem foi de aproximadamente quinze minutos. Nesse intervalo, foram realizados o abastecimento e a preparação para nova decolagem. O voo consistia do traslado da aeronave de SIBH para SJGM, distante cerca de 1,5 NM. Figura 1 - Foto aérea do heliponto Helicidade. Spot 8 Local da queda
  • 10. RF A-162/CENIPA/2013 PT-HNL 01JUL2008 10/13 O procedimento operacional adotado pelo heliponto Helicidade consistia em decolar do spot nº8, taxiar até o spot central, e ascender para o heliponto localizado, aproximadamente, a 15 metros de altura do solo. De acordo com as imagens geradas pelo sistema de câmeras de vigilância da empresa operadora do heliponto, foi possível observar que a aeronave, ao sair do solo, iniciou um deslocamento vertical acentuado, sobrevoou o spot central a aproximadamente 10 metros de altura em curva para a direita. Ao atingir uma altura aproximada de 15 metros, a uma distância lateral de 02 metros do heliponto elevado, ocorreu uma súbita guinada à direita e foi observada uma grande e anormal saída de fumaça branca pelo escapamento do motor. O piloto afirmou que a aeronave apresentou uma queda repentina de potência a qual foi percebida pela guinada à direita e pela diminuição do ruído produzido pelo motor, sem, contudo, ter apagado completamente. Ao perceber a possível falha do motor, o piloto instantaneamente levou o manete de potência (vazão de combustível) para a posição “máxima – emergência”. O peso da aeronave era de aproximadamente 1.098kg, considerando que estava abastecida com aproximadamente 40% de combustível, equivalente a 167kg, e o piloto pesava cerca de 55kg. O peso máximo aprovado para decolagem era de 1.950kg, conforme seu certificado de matrícula. A aeronave estava dentro dos limites de peso e do centro de gravidade (CG) especificados pelo fabricante. A aeronave acabou colidindo contra o solo em uma atitude nivelada. 1.19 Informações adicionais De acordo com a transcrição da gravação da comunicação entre a aeronave e a rádio do heliponto, pode-se inferir que a aeronave estava sendo utilizada para transportar passageiros da Global Táxi-Aéreo, apesar de estar registrada na categoria de serviços aéreos privados (TPP). 1.20 Utilização ou efetivação de outras técnicas de investigação Não houve. 2 ANÁLISE O piloto, ao invés de taxiar a aeronave do spot nº 8 até o spot central, para depois iniciar a subida, iniciou a subida a partir do spot nº 8, provavelmente, com a intenção de abreviar o procedimento de decolagem, por estar atrasado. O tempo gasto entre a preparação da aeronave até a decolagem foi de apenas 15 minutos. Em razão da ansiedade e da pressão para decolar o mais rápido possível, uma hipótese provável é que o piloto não tenha posicionando corretamente o manete de vazão de combustível para a posição voo, fazendo com que o motor deixasse de operar adequadamente. Como o piloto não realizou o procedimento de táxi e iniciou a subida a partir do spot nº 8, o problema apareceu assim que o helicóptero atingiu a altura do heliponto.
  • 11. RF A-162/CENIPA/2013 PT-HNL 01JUL2008 11/13 É possível que, se o piloto tivesse realizado o procedimento padrão, a falta de potência fosse percebida ainda durante o procedimento de táxi. Ao perceber a falha do motor, o piloto acionou o manete de potência e o levou para a posição “máxima – emergência”, aumentando o fluxo de combustível para o motor. É bastante provável que a presença da fumaça branca na saída do escapamento tenha ocorrido em razão da injeção do combustível na câmara de combustão, após o piloto ter levado o manete de potência para a posição “máxima – emergência”. Segundo os técnicos da empresa Turbomeca do Brasil, o motor da aeronave não apresentou indícios de falha durante os testes realizados após o acidente. Outro indício da ansiedade do piloto em decolar pôde ser percebido no momento em que ele se comunica com a rádio de apoio do heliponto e cita, erroneamente, a matrícula de outra aeronave. 3 CONCLUSÃO 3.1 Fatos a) o piloto estava com o CCF válido; b) o piloto estava com o CHT válido; c) o piloto era qualificado e possuía experiência suficiente para realizar o voo; d) a aeronave estava com o CA válido; e) a aeronave estava dentro dos limites de peso e balanceamento; f) o piloto havia acabado de pousar com uma aeronave e rapidamente embarcou no PT-HNL para realizar outro voo; g) o tempo decorrido entre o pouso e a outra decolagem foi de aproximadamente quinze minutos; h) o voo consistia do traslado da aeronave de SIBH para SJGM, distante cerca de 1,5NM; i) o procedimento adotado pelo heliponto Helicidade consistia em decolar do spot nº 8, taxiar até o spot central e ascender para o heliponto; j) a aeronave, ao sair do solo, iniciou um deslocamento vertical acentuado, sobrevoou o spot central a, aproximadamente, 10 metros de altura em curva para a direita; k) ao atingir uma altura aproximada de 15 metros, ocorreu uma súbita guinada à direita e foi observada uma grande e anormal saída de fumaça branca pelo escapamento do motor; l) ao perceber a falha do motor, o piloto acionou o manete de potência (vazão de combustível) para a posição “máxima – emergência; m) a aeronave colidiu contra o solo em uma atitude nivelada; n) a aeronave teve danos graves; e o) o piloto sofreu lesões leves.
  • 12. RF A-162/CENIPA/2013 PT-HNL 01JUL2008 12/13 3.2 Fatores contribuintes 3.2.1 Fator Humano 3.2.1.1 Aspecto Médico Nada a relatar. 3.2.1.2 Aspecto Psicológico 3.2.1.2.1 Informações Individuais Nada a relatar. 3.2.1.2.2 Informações Psicossociais Nada a relatar. 3.2.1.2.3 Informações organizacionais Nada a relatar. 3.2.2 Fator Operacional 3.2.2.1 Concernentes à operação da aeronave a) Esquecimento do piloto – indeterminado É provável que, em razão da pressa em decolar, o piloto tenha se esquecido de realizar todos os procedimentos previstos e, entre eles, o de levar o manete de potência para posição voo após a partida do motor da aeronave. b) Julgamento de Pilotagem – contribuiu Para ganhar tempo, o piloto avaliou que seria possível decolar direto do spot 8 para o heliponto, deixando de respeitar os procedimentos operacionais previstos para o heliponto Helicidade, o que não possibilitou perceber a falta de potência durante o taxi. c) Planejamento de voo – contribuiu Considerando a exiguidade do tempo entre o último pouso e a nova decolagem, houve um planejamento inadequado por parte do piloto ao aceitar a realização de um voo muito próximo ao final do outro, o que pode ter prejudicado a realização de todos os procedimentos previstos. 3.2.2.2 Concernentes aos órgãos ATS Não contribuiu. 3.2.3 Fator Material 3.2.3.1 Concernentes a aeronave Não contribuiu. 3.2.3.2 Concernentes a equipamentos e sistemas de tecnologia para ATS Não contribuiu. 4 RECOMENDAÇÃO DE SEGURANÇA DE VOO (RSV) É o estabelecimento de uma ação que a Autoridade Aeronáutica ou Elo-SIPAER emite para o seu âmbito de atuação, visando eliminar ou mitigar o risco de uma condição latente ou a consequência de uma falha ativa.
  • 13. RF A-162/CENIPA/2013 PT-HNL 01JUL2008 13/13 Sob a ótica do SIPAER, é essencial para a Segurança de Voo, referindo-se a um perigo específico e devendo ser cumprida num determinado prazo. Recomendações de Segurança de Voo emitidas pelo SERIPA IV durante o curso da investigação: À HAP Participações Ltda., recomenda-se: RSV (A) 138 / 2009 – SERIPA IV Emitida em: 27/11/2009 Criar mecanismos eficazes, a fim de não permitir que tripulante sem acompanhamento de treinamento, assim como, sem vínculo de trabalho, seja autorizado a operar aeronave de empresa. Recomendações de Segurança de Voo emitidas pelo CENIPA: À Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), recomenda-se: A-162/CENIPA/2013 – RSV 001 Emitida em: 30/12/2013 Divulgar o conteúdo do presente relatório durante a realização de seminários, palestras e atividades afins voltadas aos proprietários, operadores e exploradores de helicópteros. 5 AÇÃO CORRETIVA OU PREVENTIVA JÁ ADOTADA Não houve. 6 DIVULGAÇÃO −Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) −Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero (ABRAPHE) −Bureau d'Enquêtes et d'Analyses pour la Securité de l’Aviation (BEA) −SERIPA IV 7 ANEXOS Não há. Em, 30 / 12 / 2013