O documento discute a importância dos inventários de gases de efeito estufa. Em particular, descreve as diretrizes do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas para a realização de inventários nacionais, incluindo os setores a serem considerados e os métodos de estimativa de emissões.
Mudanças Climáticas e Inventário de Gases do Efeito Estufa - Roberto de Aguiar Peixoto
1. Mudanças Climáticas
Inventário de Gases de Efeito Estufa
Roberto de Aguiar Peixoto
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2. • Aquecimento Global: Fundamentos
• Gases de Efeito Estufa - GEE
• Convenção Quadro sobre Mudanças Climáticas -
(UNFCCC)
• Protocolo de Kyoto
• IPCC
• Inventário de GEE
• Inventário Estadual de GEE
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3. INST ITU T O M A U Á D E T EC N O L O G IA - IM T
diâmetro da Terra = 13.000km
7. Efeito Estufa: os principais GEE
Gás Origem
• CO2 Queima de combustíveis fósseis, Desmatamento, Indústria
• CH4 Arrozais, Fermentação, Resíduos
• N2O Queima de biomassa, Fertilizantes
• PFCs Solventes, agentes de extinção de incêndios
• SF6 Transformadores elétricos, equipamentos elétricos
• HFCs Refrigeração, produção de espumas, aerossóis
CFCs, HCFCs: Refrigeração, produção de espumas, aerossóis
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8. Principais gases de efeito estufa
Potencial de
Gases de Fórmula Concentração Concentração Permanência Fontes
Aquecimento
efeito estufa Química Pré-industrial em 2005 na Atmosfera Antropogênicas
Global
Combustíveis, Uso
Dióxido de
CO2 278 000 ppbv 379 000ppbv Variável do solo, Produção 1
Carbono
de cimento
Combustíveis,
Metano CH4 715 ppbv 1774 ppbv 12,2 +/- 3 Cultura de arroz, 21
Lixões, Gado
Fertilizantes,
Oxido Nitroso N2O 270 ppbv 319 ppbv 120 processos 310
industriais
Fluidos
CFC-12 CCI2F2 0 0,503 ppbv 102 refrigerantes, 6200 – 7100
Espumas
Fluidos
HCFC-22 CHCIF2 0 0,105 ppbv 12,1 1300 – 1400
refrigerantes
Produção de
Perfluormetano CF4 0 0,070 ppbv 50.000 6500
alumínio
Hexafluoreto
SF6 0 0,032 ppbv 3200 Fluidos dielétricos 23900
de Enxofre
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9. Gases de efeito estufa Poluentes convencionais
CO2 CO
CH4 SO2
N2O NO2
CFCs O3
HCFCs HC
CF4 MP
SF6
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10. INST ITU T O M A U Á D E T EC N O L O G IA - IM T
11. INST ITU T O M A U Á D E T EC N O L O G IA - IM T
12. Os modelos
climatológicos e as
previsões de
mudanças no clima.
•Grande resfriamento estratosférico
•Aquecimento global médio da
superfície
•Aumento da média global de
precipitação
•Redução do gelo do mar
•Aquecimento da superfície no
inverno polar
•Aquecimento/ressecamento
continental
•Aumento da precipitação em
latitudes altas
•Aumento da média global do nível
INST ITU T O M A U Á D E T EC N O L O G IA - IM T do mar
13. Convenção Quadro sobre
Mudanças Climáticas - (UNFCCC)
Aprovada na Conferência das Nações Unidas sobre
Meio Ambiente e Desenvolvimento, ocorrida no Rio de
Janeiro em 1992 (ECO-92).
Propõe compromissos entre países signatários para
implementar ações concretas sobre redução dos níveis
de Gases de Efeito Estufa na atmosfera.
Entrou em vigor em 21 de março de 1994
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14. Convenção Quadro da ONU
sobre Mudança do Clima
• Países listados no Anexo I da Convenção
(países industrializados):
– Inventários Anuais
• Países não listados no Anexo I (países em
desenvolvimento)
– Inventários periódicos como parte de suas
Comunicações Nacionais à Convenção
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15. Protocolo de Kyoto
O que é
É um tratado com compromissos mais rígidos para a
redução da emissão dos gases que provocam o efeito
estufa, complementar à Convenção Quadro. É o resultado
da reunião da Conferência das Partes no Japão, em 1997.
O compromisso
O Protocolo estabelece que os países desenvolvidos terão
a obrigação de reduzir a quantidade de seis gases efeito
estufa em pelo menos 5%, em relação aos níveis de 1990
entre 2008 e 2012.
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16. Protocolo de Kyoto 1997
Substâncias Controladas
• CO2, N2O, CH4, PFCs, SF6, HFCs
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17. INST ITU T O M A U Á D E T EC N O L O G IA - IM T
18. • O Painel Intergovernamental sobre
Mudanças Climáticas (IPCC) foi
estabelecido em 1988 pelo Programa das
Nações Unidas para o Meio Ambiente
(UNEP) e a Organização Meteorológica
Mundial (WMO) para prover os
“tomadores de decisão” com
informações confiáveis sobre mudanças
climáticas.
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19. INST ITU T O M A U Á D E T EC N O L O G IA - IM T
20. INST ITU T O M A U Á D E T EC N O L O G IA - IM T
21. INST ITU T O M A U Á D E T EC N O L O G IA - IM T
22. INST ITU T O M A U Á D E T EC N O L O G IA - IM T
23. Importância dos Inventários
• Retrato das emissões e remoções antrópicas
• Responsabilidade (histórica)
• Evolução
• verificação de compromissos (Anexo I)
• resultados de políticas
• Oportunidades e prioridades de mitigação
• políticas
• MDL
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24. Diretrizes de Inventário
• Metodologia:
– Painel Intergovernamental de Mudança do
Clima (IPCC)
• WG1 , WG2, WG3
• Força Tarefa em Inventários Nacionais de Gases de
Efeito Estufa
– Diretrizes publicadas:
• Diretrizes para Inventários Nacionais de 1995
• Diretrizes revisadas de 1996 para Inventários
Nacionais
• Guia de Boas Práticas para Inventários Nacionais de
2000
• Guia de Boas Práticas para Uso da Terra, Mudança no
Uso da Terra e Florestas de 2003
• Diretriz para Inventários Nacionais de GEE de 2006
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25. O método revisado de Inventário
de 1996 e GPG 2000 do IPCC
Os métodos desenvolvidos pelo Painel
Intergovernamental de Mudanças
Climáticas (IPCC) permitem a
homogeneização dos procedimentos de
inventário.
Fornece dados de referência, quando não
há dados locais disponíveis e expõe o
nível de conhecimento local acerca dos
dados necessários para a estimativa das
emissões de gases de efeito estufa locais.
http://www.ipcc-nggip.iges.or.jp/
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26. O método para inventário
nacional de gases de efeito
estufa do IPCC de 2006.
Foi aprovado pelo IPCC,
mas ainda não foi adotado
pela UNFCCC.
http://www.ipcc-nggip.iges.or.jp/
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27. Diretrizes de Inventário
• Métodos:
– Básico (dado de atividade X fator
de emissão)
– Níveis de complexidade
• Tier 1 (fatores de emissão default)
• Tier 2 (fatores de emissão específicos
do país)
• Tier 3 : métodos mais complexos
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28. Diretrizes de Inventário
• Setores :
– Energia
• Queima de combustíveis (CO2 CH4 N2O)
• Emissões fugitivas na indústria de carvão mineral e
petróleo (CO2 CH4 )
– Processos industriais
• Indústria de produtos minerais (CO2 )
• Indústria química (CO2 N2O)
• Indústria metalúrgica (CO2 PFCs)
• Produção e utilização de HFCs e SF6
– Refrigeração, espumas, equipamento elétrico
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29. Diretrizes de Inventário
• Setores :
– Agropecuária
• Fermentação entérica ( CH4)
• Manejo de dejetos animais (CH4 N2O)
• Cultivo de Arroz ( CH4)
• Queima de resíduos agrícolas (CH4, N2O)
• Solos agrícolas (N2O)
– Mudança no uso da terra e florestas
• Conversão de florestas (CO2 CH4 N2O)
• Abandono de terras manejadas (CO2)
• Mudança de carbono de solos (CO2)
• Reservatórios (CO2 CH4)
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30. Diretrizes de Inventário
• Setores :
– Tratamento de resíduos
• Disposição de resíduos sólidos (CH4 )
• Tratamento de esgotos (CH4 N2O)
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31. Síntese da aplicação de um método de inventário de emissões de gases de efeito estufa:
Registro de medições diretas de emissões de GEE
Estimativas:
Dados de atividade da x Fatores de emissão = Estimativas de
economia emissão
Ex: Ex: Ex:
[tCO2equivalente/hab] tCO2equivalente
Cabeças de gado [tCH4/cabeçai] CO2
CH4
Toneladas de combustível [tCO2/tgasolina ]
N2O
consumido
Área desmatada [tCO2/área desmatada] CFCs
[tCO2/carro produzido] HCFCs
Bens produzidos
CF4
Geração de resíduo SF6
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32. Emission Factor Data Base (IPCC):
http://www.ipcc-nggip.iges.or.jp/EFDB/main.php
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33. Relatórios de Referência das emissões e sumidouros de gases de efeito estufa
Brasil
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34. Ranking international
O Brasil ocupa um confortável 16o 1o Estados Unidos 15,8%
lugar entre os países que mais 2o China 11,9%
emitem gás carbônico para gerar 3o Indonésia 7,4%
energia. Mas se forem considerados 4o Brasil 5,4%
também os GEE liberados pela 5o Rússia 4,8%
mudança do uso do solo e pela
agropecuária, o país é o quarto 6o Índia 4,5%
o
maior emissor (em % das emissões 7 Japão 3,2%
totais de GEE). 8o Alemanha 2,5%
9o Malásia 2,1%
10oCanadá 1,8%
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35. Método GHG Protocol para corporações.
http://www.bcsdportugal.org/content/index.php?action=detailFo&rec=117
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36. Carbon Disclosure Project (CDP):
O CDP inclui as 500 maiores
corporações do mundo.
As empresas que responderam
ao questionário do CDP4
(2007) correspondem a 72%.
Contra os 71% do CDP3, 59%
do CDP2 e 47% do CDP1.
http://www.fabricaethica.com.br/pub/CDPBrasilReport2008.pdf
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37. Climate Leadership Index (CLI) 2006
Neste ano usou-se uma
escala de 100 pontos
para graduar as respostas
das empresas no
questionário do CDP.
Foram classificadas as
respostas de todas as
empresas que
responderam ao
questionário do CDP4.
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38. Inventário nacional – obrigação assumida na UNFCCC,
subsidia as negociações e os tratados internacionais;
Inventário estadual – voluntário, fornece subsídios ao Governo
Estadual, deve melhorar a informação nacional;
Inventário municipal – voluntário, fornece subsídios à
municipalidade e
Inventário de corporações – voluntário, primeiro passo para
identificar oportunidades de redução de projeto de MDL, na
bolsa de Chicago ou no Mercado voluntário não-regulado. Pode
viabilizar a agregação de valor à instituição que o realiza por
indicar suas prioridades de ação.
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39. Inventário Estado de São Paulo-Cetesb
• Instituto Mauá de Tecnologia
– Emissões de HFCs PFCs, SF6
• Emissões de CFCs e HCFCs
– Emissões de CO2 (transporte rodoviário e
aéreo)
• Gases de efeito indireto: CO, NOx, NMVOC
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40. Referências:
UNFCCC, Protocolo de Quioto e Projetos de MDL
www.unfccc.int
Bases científicas e metodológicas
www.ipcc.ch
Projetos brasileiros de MDL e legislação federal nacional
www.mct.gov.br/clima
Página sobre o tema na agência ambiental paulista
http://www.cetesb.sp.gov.br/Tecnologia/questoes_globais.asp
Programa Brasileiro GHG Protocol
www.ghgprotocol.org
Projeto de Lei de Mudanças Climátcas do ESP
http://www.al.sp.gov.br
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