2. As verdadeiras raízes da subcultura gótica podem ser
achadas inicialmente nos anos 4050 na cultura beat.
Os beats eram pessoas com gosto pelo que outrora fora
conhecido como cabaré (na época dos grandes artistas
e pensadores franceses), ou seja, ambientes
boêmios, onde
conversavam, bebiam, fumavam, apreciavam saraus e
ouviam boa música (jazz underground e
posteriormente rock). Tudo excessivamente. Tanto que
os óculos escuros foram adotados ao estereótipo
Beat, junto com as roupas predominantemente escuras
e boina preta, por causa da fumaça.
3. Os cabelos eram compridos (porém mais curtos que os
dos Hippies) e eram comuns um tipo de cavanhaque
bem aparado em linha ao longo do queixo. Nos Estados
Unidos o movimento se tornou menos
quot;intelectualizadoquot;, e mais junto desleixado. O primeiro
uso do termo quot;Beatquot; ou quot;Beat generationquot; teria sido
feito por Jack Kerouac no final dos anos 1940. Mas o
termo só se popularizaria nos anos 50. Passou também
a ser um movimento pop e quot;comercializávelquot; de 57 a
61. Mas suas origens remontam ao underground dos
cafés parisienses do pós-guerra. Daí vem o termo
quot;estudante de arte existencialista e parisiensequot; para a
postura Beat.
4. O Termo quot;Beatnikquot; foi cunhado pela imprensa,
misturando Beat a Sputnik ( primeiro satélite russo no
espaço sideral ). Os Beatniks nos 60's eram mais
apolíticos ( e/ou pacifistas ), existencialistas, cool, sua
poesia e música contemplava tanto o lado obscuro
quanto hedonista e urbano da boêmia. Porém o que
era um movimento underground acabou em
decadência com sua comercialização. Da diluição desse
movimento surgiram talvez outros dois, o hippie e o
punk]beat, ou glam punk.
5. Mary Shelley, criadora do inesquecível Frankenstein, foi
uma autora profícua e dotada de uma imaginação
ímpar. Contudo, devido ao reconhecimento de que
Frankenstein sempre foi alvo, a sua restante obra tem
sido pouco estudada e divulgada. Os Contos Góticos
aqui apresentados são exemplo da mestria literária de
Mary Shelley. Dominando com segurança o estilo
gótico, desenvolve uma linguagem com um timbre
muito próprio, tratando temas como o terror, a
loucura, a desolação e a solidão com uma sensibilidade
única. Algumas preocupações recorrentes na sua obra –
o fim da civilização, a aniquilação do espírito humano e
os perigos do desenvolvimento tecnológico –
distinguem-na dos seus contemporâneos e
estabelecem-na como uma mulher à frente do seu
tempo.
6. Os Hippies formaram movimento politizado, expressivo
(not cool), de visual colorido e cabelos muito longos. A
parte do Beat que permaneceu no Hippie foi a
religiosidade alternativa, muitas vezes orientalista, o
quot;alternativismoquot;, e alguns estilos musicais. Isso é bem o
estilo de artistas que conhecemos muito bem, como
Jimi Hendrix, porém não fazia a cara de outros como
Iggy Pop. Uma parte dos Beats, claro, não se tornou
Hippie, por discordar de suas tendências, e seguiu
outros caminhos.
7. O estilo gótico designa uma fase da
história da arte
ocidental, identificável por
características muito próprias de
contexto social, político e religioso
em conjugação com valores
estéticos e filosóficos e que surge
como resposta à austeridade do
estilo românico.
8. Este movimento cultural e artístico
desenvolve-se durante a Idade
Média, no contexto do
Renascimento do Século XII e
estende-se ao momento do
advento do Renascimento Italiano
em Florença, quando a inspiração
clássica quebra a linguagem
artística até então difundida.
9. Os primeiros passos são dados a
meados do século XII em França no
campo da arquitetura (mais
especificamente na construção de
catedrais) e, acabando por abranger
outras disciplinas estéticas, estende-se
pela Europa até ao início do século
XVI, já não apresentando então uma
uniformidade geográfica.
10. A arquitetura em comunhão com a
religião, vai formar o eixo de maior
relevo deste movimento e vai
cunhar profundamente todo o
desenvolvimento estético
11. Nos dias de hoje há góticos fiéis aos anos 80, que dizem que o
movimento acabou nos anos 90, e os mais ecléticos que
gostam tanto da old school goth como da cena atual.
O que importa é não fazer confusão, no quesito musical a
cena evoluiu muito e bandas novas surgem todos os dias com
sonoridades ligadas à música gótica consideradas de óptima
qualidade. Como tudo, a música gótica passou por
inovações, mas há quem diga que o metal gótico é uma delas.
O que pode se ver que é uma afirmação indubitavelmente
mentirosa, pois pode se perceber que ao longo da história o
gótico segue uma vertente rock que nunca se encontrou com
o metal.