No final do século 19, a empresa de bondes emitia cupons ("bonds") de cinco passagens por um mil réis, já que não havia moedas menores em circulação. Com o tempo, o povo passou a chamar os próprios bondes de "bonde", adotando o nome dos cupons para se referir ao meio de transporte. Os últimos bondes de São Paulo circularam até 1968.
1. A ORIGEM DA PALAVRA "BONDE"
Em 1872 surge a palavra bonde, sua origem se deve ao fato de que
naquela época as passagens custavam 200 Reis, e não existiam
moedas de prata deste valor em circulação. Em vista disso, a
empresa emitiu pequenos cupons ou bilhetes em grupo de cinco,
pelo preço de um mil reis, pois existiam grande quantidades de
cédulas deste valor em circulação. Os bilhetes (ricamente
ilustrados) impressos nos Estados Unidos, eram conhecidos como
“Bonds” (Bônus, Ação). A própria empresa denominava bond os
cupons, por entender que realmente representava o compromisso
assumido de, em troca transportar o portador em um de seus
veículos. Com o tempo o povo passou a denominar o próprio carril
de ferro urbano como bond, designação que mais tarde se consagrou
com o neologismo “bonde”.
2. Muitos ainda se lembram com saudosismo dos bondes que circulavam por São Paulo. A última
linha, a Santo Amaro, funcionou até 1968. Ainda hoje é possível encontrar pela cidade marcas
de seus trilhos. Eles eram muitos. Na década de 30, havia quatro vezes mais trilhos de bonde
do que há de metrô hoje. A história desse meio de transporte na cidade, a partir de 1872,
quando era puxado por burros, até a extinção dos bondes elétricos, é contada agora de
maneira ricamente ilustrada no livro Bonde saudoso paulistano, de Fernando Portela.