O avanço da tecnologia modela a demanda de profissionais, e atualmente está marcado pelo auge do Big Data, internet das coisas e armazenamento em nuvem. Mas que tipo de profissionais serão necessários nesse novo panorama? Entre 2010 e 2020 a demanda de trabalhadores relacionados à tecnologia aumentará em 22%, segundo o informe de projeção de emprego da BSL de 2014. Esse aumento é superior a todos os outros setores, os quais crescerão em média 14,3%.
“Data scientist é uma profissão integral e nova, que necessita de uma base diferente: uma forma de pensar nos dados radicalmente distinta”, afirma o diretor de Relações com Universidades da IBM, Victor Camargo. Ele assegura que este perfil será dos mais demandados nos próximos anos, e não só na área de TI. Os cientistas de dados tornar-se-ão vitais em todas as indústrias que gerem grande quantidade de informação e necessitem, além de armazená-las e gerenciá-las (tarefa de um engenheiro da informação comum ou especializado em dados), criar rentabilidade e novos modelos de negócio a partir delas.
Um exemplo que evidenciou o novo potencial dessas pessoas é o LinkedIn. Em 2006, a rede social possuía somente oito milhões de usuários, e a atividade era muito menor do que esperavam os executivos. Quando contrataram Jonathan Goldman, um doutor em física com notáveis habilidades para manejar algoritmos, ele começou a explorar as caóticas coleções de informação sobre as conexões entre usuários e encontrou padrões interessantes.
Seguindo a hipótese de que pessoas que se conheciam tinham amigos em comum, incluiu o painel “pessoas que talvez você conheça”. Em pouco tempo, LinkedIn aumentou seus acessos em 30%, e consequentemente suas receitas com publicidade.
O que Goldman fez foi capacitar as bases de dados, extraindo-lhes um sentido que as tornasse um recurso de negócio. Pouco depois, em 2008, cunhou-se o termo “data scientist” no Vale do Silício para referir-se a profissionais como Goldman. Seis anos depois, a celebridade desse perfil segue estampando capas de revistas como a Harvard Business Review, que se reafirmou em 2014 com “o cientista de dados segue sendo o trabalho mais sexy deste século”.
Fonte: http://www.technologyreview.es/read_article.aspx?id=46752, por Teresa Alameda, em MIT Technology Review en Español
Tradução: André Aranha | http://br.linkedin.com/in/andrearanha
Os gênios de big data serão os profissionais mais demandados em 2020
1. Os gênios dê Big Data sêrao os
profissionais mais dêmandados êm
2020
O avanço tecnológico requer novos perfis associados a fatores como grandes volumes de
dados e experiência do usuário.
Em 1999 a profissão de analista de segurança da informação nem sequer constava na lista de
empregos oficiais da BLS (Bureau of Labor Statistics, uma repartição do ministériodo trabalho
norte americanoque serve de referênciaparase observarastendênciasde empregoemtodoo
ocidente). Menos de duas décadas depois já existem 80 mil profissionais nesta área, somente
nos Estados Unidos.
O avanço da tecnologia modela a demanda de profissionais, e atualmente está marcado pelo
auge do Big Data, internet das coisas e armazenamento em nuvem. Mas que tipo de
profissionais serão necessários nesse novo panorama? Entre 2010 e 2020 a demanda de
trabalhadoresrelacionadosàtecnologiaaumentaráem22%,segundoo informe de projeçãode
empregodaBSL de 2014. Esse aumentoé superioratodososoutrossetores,osquais crescerão
em média 14,3%.
Entre essas profissões tecnológicas há uma especialmente listada pelas empresas, e que foi
qualificadapelaHarvard BusinessReview como“a profissãomaissexydoséculoXXI”,em2012.
Trata-se do Cientista de Dados, ou Data Scientist, um novo perfil que há de combinar o
conhecimento de disciplinascomoestatísticae programação,paraajudar as empresasaextrair
a máxima rentabilidade do big data.
“Data scientisté umaprofissãointegrale nova,quenecessitade umabasediferente:umaforma
de pensarnosdadosradicalmente distinta”, afirmaodiretorde RelaçõescomUniversidadesda
IBM, VictorCamargo.Ele asseguraque este perfil serádosmaisdemandadosnospróximosanos,
e não só na área de TI. Os cientistas de dados tornar-se-ão vitais em todas as indústrias que
gerem grande quantidade de informação e necessitem, além de armazená-las e gerenciá-las
(tarefade umengenheirodainformaçãocomumouespecializadoemdados),criarrentabilidade
e novos modelos de negócio a partir delas.
Um exemplo que evidenciou o novo potencial dessas pessoas é o LinkedIn. Em 2006, a rede
social possuía somente oito milhões de usuários, e a atividade era muito menor do que
esperavam os executivos. Quando contrataram Jonathan Goldman, um doutor em física com
notáveis habilidadespara manejar algoritmos, ele começou a explorar as caóticas coleções de
informação sobre as conexões entre usuários e encontrou padrões interessantes.
Seguindo a hipótese de que pessoas que se conheciam tinham amigos em comum, incluiu o
painel “pessoas que talvez você conheça”. Em pouco tempo, LinkedIn aumentou seus acessos
em 30%, e consequentemente suas receitas com publicidade.
2. O que Goldmanfezfoi capacitar as basesde dados,extraindo-lhesumsentidoque as tornasse
um recursode negócio.Poucodepois,em2008, cunhou-se otermo“data scientist”noVale do
Silícioparareferir-se aprofissionaiscomoGoldman.Seisanosdepois,acelebridadedesse perfil
segue estampando capas de revistas como a Harvard Business Review, que se reafirmou em
2014 com “o cientista de dados segue sendo o trabalho mais sexy deste século”.
Escola de Goldmans
Já que não é habitual encontrar gênios como Goldman, qual seria a formação oficial que se
necessitaparatornar-se umdeles?SegundoCamargo,umaduplaformaçãoemmatemáticaem
engenharia(sejade informáticaoutelecomunicações) é umaboatitulaçãoparasatisfazeressas
necessidades.
Algumas universidades espanholas oferecem uma graduação dupla que combina essas duas
disciplinas.Conforme comunicaocoordenadordesse cursona Escuela Politécnica Superiordela
Universidad Autónoma de Madrid, José Antonio Macías, “será uma das mais demandadas nos
próximos anos”. Para a turma de 2013-2014, essa formação teve uma nota de corte bastante
elevada para sua recente criação.
Além de formar os Goldmans do futuro, os programas educativos tambémdeverão se atentar
aos perfisprofissionais“que nãoexistiamhá20 anos”,cuja demandaaumentaránotavelmente
nosanosseguintes,segundooinformedaBLS.Ostrêslíderesdorankingsão:profissionaisde TI
(englobando subáreas distintas), designers de experiência do usuário (UX), e gerentes de
produto.
Noprimeirogrupo,inclui-seasprofissõesassociadasaTI,que são:desenvolvedoresde software
e administradores de sistemas. Esses tipos ampliarão as funções do típico “cara de TI” da
empresa ou do programador, para aprofundar-se em tópicos como cloud computing,
manutençãode armazenamentode grandesvolumesdedados,gerenciamentode sistemasque
tenham novos requisitos de segurança, e controle de vastas redes que interconectem
dispositivosaoredordomundo.A especializaçãodessesprofissionaisnocampode big data não
os converte em cientistas de dados, mas sim em especialistas. “O que também é necessário,
embora não atenda aos mesmos requisitos”, recorda Camargo, da IBM.
O segundoperfil,designerde UX,corresponde aoencarregadode fazerainformaçãodisponível
e visível na web, para quem nela navega. Esses serão os responsáveis por traduzir milharesde
linhasde códigosgeradasporprogramadores,paraque ainformaçãosejatransitável demaneira
intuitiva e atrativa em todos os dispositivos: computadores, smartphones, tablets ou
smartwatches.
Jáo terceirocargoque maiscrescerá,ode gestorde projetos,jáé umapeçachave nasindústrias
de construção, arquitetura e desenvolvimento de sistemas. Esses trabalhadores
interdisciplinarestêmcomoprincipal tarefaacriaçãoou gestãode um produtoou projeto,seja
um novo serviço online, uma nova ferramenta tecnológica, ou um novo vídeo game. Ainda,
coordenam os resultados de outros trabalhadores, como designers de UX, programadores ou
engenheiros, para integrá-los à concepção do produto final. Sua responsabilidade é ter uma
3. visão global para prever as debilidades e riscos de fracasso do projeto. Seu papel é essencial
para a aparição de novos modelos de negócios que apliquem a tecnologia.
Fonte: http://www.technologyreview.es/read_article.aspx?id=46752, por Teresa Alameda, em
MIT Technology Review en Español
Tradução: André Aranha | http://br.linkedin.com/in/andrearanha