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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL
UNIDADE DE ENSINO DE DOURADOS
CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA

Vagner Torres dos Santos

O Uso do Lúdico no Ensino de Química, na Escola de Ensino Médio.

Dourados - MS
2011
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL
UNIDADE DE ENSINO DE DOURADOS
CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA

O Uso do Lúdico no Ensino de Química, na Escola de Ensino Médio.

Trabalho de Conclusão de Curso,
apresentado
como
parte
das
atividades para obtenção do título de
Químico Licenciado, do curso de
Química
Licenciatura
da
Universidade Estadual de Mato
Grosso do Sul - UEMS.

Orientador: Prof. Dr. Noé de Oliveira

Dourados - MS
2011
DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a
Deus, por ser Senhor Supremo,
Autor e Consumador da minha
fé, sendo esta tão viva
esperança que habita em mim.
A minha mãe, Tereza V.
Torres, por ser exemplo de
honestidade, me mostrando a
importância da esperança na
vida do ser humano e na
humildade me ensina lições de
amor, honestidade e
perseverança.
A minha esposa, Renata
Graciele Mori dos Santos, pelo
amor demonstrado, sempre me
ajudando e compreendendo a
minha ausência.
Aos meus irmãos que se
orgulham de mais uma conquista
desta família, sempre se
orgulhando de mim.
Aos meus amigos que
sempre me apoiaram nesta
decisão e acreditaram que esta
conquista seria possível.
AGRADECIMENTOS

Ao meu orientador
Professor Doutor Noé de
Oliveira, por compartilhar um
bem tão precioso que levarei
comigo para sempre, o
“conhecimento”.
Aos professores Edemar
Benedetti Filho e Antonio
Rogério Fiorucci, por aceitarem
fazer parte da banca, sendo que
tenho grande admiração pelo
trabalho deles.
Aos meus professores
Alex Jeller, Jonas S. Mota e aos
demais professores do curso de
química licenciatura.

O
mais
importante
ingrediente na fórmula do
sucesso é saber como lidar com
as pessoas.
Theodore Roosevelt
5

SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................. 9
2 O JOGO DE DOMINÓ .................................................................................................................................... 13
3. OBJETIVOS .................................................................................................................................................... 13
3.1 GERAL ......................................................................................................................................................... 13
3.2 ESPECÍFICOS ................................................................................................................................................ 13
4 MATERIAIS E MÉTODO .............................................................................................................................. 14
4.1 CONSTRUÇÃO DO JOGO DE DOMINÓ ............................................................................................................ 14
4.2 APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA .................................................................................................................... 14
4.3 REGRAS DO JOGO ......................................................................................................................................... 15
4.4 COLETA DE DADOS ...................................................................................................................................... 15
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO...................................................................................................................... 16
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................... 23
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS........................................................................................................... 24
6

Índice de figuras

Figura 01. Montando as peças dos dominós............................................................14
Figura 02. Modelo de dominó químico utilizado nas atividades................................15
Figura 03. Alunos iniciando as etapas do jogo..........................................................16
Figura 04. Momentos de descontração, demonstração de prazer nas atividades....16
Figura 05. Alunos trabalhando em grupo..................................................................17
Figura 06. Alunos participando do jogo.....................................................................17
Figura 07. Classificação do jogo de dominó..............................................................17
Figura 08. Abordagem do jogo de dominó relacionado a temas atuais de química..18
Figura 09. Utilização de outros tipos de jogos...........................................................19
Figura 10. Interação aluno/aluno e aluno/professor..................................................19
Figura 11. Aprender Química com jogos educativos.................................................20
7

RESUMO
Esse trabalho teve como proposta a aplicação de um jogo didático o “Dominó
Químico” (uma adaptação do jogo de dominó utilizado como uma atividade de lazer),
no intuito de avaliar a aprendizagem do aluno, propiciando a revisão dos conteúdos
trabalhados em sala de aula, em momentos anteriores ao jogo, quando necessários. O
trabalho foi realizado com uma turma de 1o Ano, do período matutino, da Escola
Estadual “Fernando Corrêa da Costa”, na cidade de Rio Brilhante-MS. O “Dominó
Químico” teve como símbolos os cátions e anions (sem as cargas de valência). As
peças foram feitas a partir de etilvinilacetato, conhecido no comércio como E.V.A. e os
símbolos impressos em papel (do tamanho da peça). O jogo teve a participação de 2
(dois) ou 3 (três) alunos em cada partida. Ao final de cada partida os alunos explicavam
o seu comportamento durante a mesma. A seguir iniciava-se uma discussão que tinha
como objetivo a revisão de conteúdos que envolvia as deficiências encontradas pelo
aluno perdedor. Com a participação do aluno que apresentava deficiências de
conteúdos, em outras partidas, podem-se observar melhorias na sua aprendizagem e,
com isso, de perdedor tornava-se o vencedor. Como resultado desse trabalho,
observou-se que o jogo tem como principal função, o processo de avaliar e corrigir
dificuldades de aprendizagens.

Palavra Chave: Ensino, ludicidade, aprendizagem.
8

ABSTRACT

This work was property in apply of a game didact call off "Chemist Dominoes"
(an adaptation the game of domino as a leisure activity) in intent of to value student
learning, providing a review of the contents worked in the classroom in the moments
before the game when, necessary. The work was conducted with a group of first year
in the morning, the Estate School "Fernando Correa da Costa," in city of Rio
Brilhante-MS. The "Chemist Dominoes" had as symbols cations and anions (without
loads of valence). The pieces were made from ethylvinylacetate, known in business
as EVA and symbols printed on paper (the big of the piece). The game was
participation by 2 (two) or 3 (three) students in each match. Where the end of each
match the students explain their behavior during it. Then began a contest with
objective of review the contents which involved the deficiencies found by the student
loser. With the participation of students who had deficiencies of content in other
games, can see relief in their learning and with this, the loser became the winner. As
result this work, to perceive that the game's main function, the process of to value
and to correct learning difficulties.

Keywords: Instruction, playfulness, learning.
9

1 INTRODUÇÃO
O termo lúdico advém do latim ludus e existem inúmeras palavras para
designá-lo. Ao pesquisar em diferentes dicionários da língua portuguesa pode se
encontrar vários substantivos referentes ao termo lúdico o que dá caráter abrangente
em termos de manifestação.
A aplicabilidade das atividades lúdicas também é bem ampla. Isso nos levou a
aproveitar essa ferramenta como tema para desenvolver um trabalho voltado à
revisão e avaliação no ensino de química, para isso foi desenvolvido um jogo de
dominó químico (uma adaptação do dominó comum), que permitisse entender a forma
de como se ligam os cátions e ânions. A forma tradicional de ensino ainda é muito
utilizada e para alguns professores não é perceptível a combinação de jogo e
educação, isso faz com que o jogo perca caráter lúdico. Neste caso como diz Soares
(2010):

Pode parecer a alguns professores que
jogo e educação não se combinam, pois, para
preservar o caráter lúdico, deve-se preservar a
liberdade, que é inerente à atividade lúdica. No
sistema tradicional de ensino o aluno não tem
escolha, não é sujeito ativo no processo, é
apenas um receptor de informações e
atividades. Em sala de aula, o professor é
quem inicia o jogo. Isso priva o aluno da
liberdade de escolha, fator essencial na
atividade lúdica. Porém, sem essa orientação o
jogo perde seu caráter educativo (p. 2).
De acordo com o autor, o aluno deve ter liberdade de escolha, fato este que dá
o caráter lúdico da atividade, quando o professor controla a atividade, ela perde esse
caráter, ficando apenas a atitude educativa, tornando o jogo desinteressante. Assim, o
professor pode utilizar–se de novos recursos como as atividades lúdicas que não
devem ser utilizadas como um mero passatempo, mas como objetivo principal na
revisão e avaliação de conhecimentos.
Sabemos que as atividades lúdicas não são a solução para todas as dificuldades no
processo de ensino e de aprendizagem, porém quando bem aplicadas, com objetivos
bem definidos podem ser de valia considerável. As atividades lúdicas não levam à
memorização do assunto abordado, mas induzem o aluno a raciocinar, a refletir. Além
10

disso, essas práticas contribuem para o desenvolvimento de competências e
habilidades, aumentando ainda a motivação dos alunos perante as aulas de Química,
pois o lúdico é integrador de várias dimensões do aluno, como a afetividade, o
trabalho em grupo e das relações com regras pré-definidas (SANTANA, 2006).
As brincadeiras envolvendo jogos didáticos se tornam úteis, como ferramenta para o
educador, como conceitua Oliveira (2009, p. 42)

...ela é indispensável para o desenvolvimento
das crianças, dos adolescentes e do adulto,
promovendo processos de socialização e
descoberta do mundo. As expressões
recreação, lazer, jogo e brincadeira são usadas
geralmente como sendo sinônimas. É difícil
estabelecer se uma atividade recreativa é um
lazer, um jogo ou uma brincadeira.
Vamos utilizar o termo jogo como representação de uma forma “prazerosa de
atividade educativa”, sendo então denominada atividade lúdica, como afirma
(BROUGÉRE, 1998, citado em OLIVEIRA, 2009)

O jogo, é o que o vocabulário cientifico
denomina atividade lúdica, quer essa
denominação
diga
respeito
a
um
reconhecimento objetivo por observação
externa ou ao sentimento pessoal que cada um
possa ter em certas circunstâncias, de
participar de um jogo (p. 43).
Mesmo sabendo que o jogo é regido por regras, quando apresentado no
reforço e avaliação dos conceitos de química de forma diferenciada do ensino
tradicional, passa a ser visto como forma lúdica, pois tornam as aulas mais prazerosas
como relatado anteriormente.
O jogo como subsídio no ensino de uma ciência tem sido empregado desde a
Antiguidade Clássica e sendo defendido por filósofos, entre eles Platão que, concebeu
a idéia de que a educação deveria medir as aptidões dos alunos. Aristóteles, um de
seus discípulos, idealizou um sistema de ensino que propiciava o equilíbrio entre as
atividades físicas e intelectuais e que permitia melhor acessibilidade às pessoas. No
Brasil, os jogos educativos, têm uma valorização acentuada a partir da década de 80
(oitenta) com o aumento de pesquisas educativas sobre a utilização dos jogos
11

(KISHIMOTO, 1993).
A facilidade na revisão e avaliação com a utilização dos jogos educativos é
válida desde que o educador tenha objetivos bem definidos e faça uma preparação
prévia dos materiais. Os jogos devem ser testados antecipadamente, visando uma
antecipação aos possíveis questionamentos em sala de aula, que possam vir a
acontecer durante a sua aplicação.
Segundo Benedetti et al (2009):

No espaço da sala de aula, acontecem os
grandes encontros, a troca de experiências, as
discussões e interações entre os alunos,
caracterizando- se as relações existentes entre
estes e o professor. Dentro desse contexto, o
docente observa seus estudantes, identifica suas
conquistas e suas dificuldades e os conhece cada
vez melhor e o seu ambiente de trabalho (p. 89).

Concordamos com o autor e acrescentamos às suas afirmações que durante
uma atividade lúdica ficam nítidas essas interações. A interação aluno-aluno durante
as discussões que sucedem a cada jogada; a troca de experiência no momento em
que uns discutem suas técnicas vitoriosas e, outros, as suas dificuldades; e, a
interação professor/aluno quando o primeiro interage com os alunos no sentido de
avaliar e, depois, revisar, os conteúdos que ainda não foram efetivamente aprendidos,
podem ser observadas em quaisquer atividades lúdicas de ensino.
Neste contesto, vemos que a sala de aula é um espaço onde pode ocorrer
troca de experiências e torna se palco de discussões que propiciam maior interação
entre professor e aluno, como dizem Benedetti et al. (2009).
Vemos então que os jogos, utilizados como atividades didáticas podem
caracterizar em uma melhor relação entre aluno/professor e aluno/aluno, em sala de
aula, propiciar a avaliação e reforço da aprendizagem. Para que isso ocorra é
necessário despertar o interesse do aluno para as atividades aplicadas, pois o
interesse não pode ser gerado, pois já existe intrinsecamente (OLIVEIRA, 2005).
É através desta concepção sobre a utilização das atividades lúdicas que
concordamos com Benedetti et al. (2009) quando dizem que:

O uso do lúdico para ensinar conceitos
em sala de aula pode ser uma ferramenta que
12

desperte o interesse na maioria dos alunos,
motivando-os a buscar soluções e alternativas
que resolvam e expliquem as atividades lúdicas
propostas (p. 89).

Então elaboramos o “Dominó Químico”, como ferramenta didática para
avaliação e posterior revisão de conteúdos trabalhados em ligações químicas,
aproveitando destas propriedades lúdicas e educativas dos jogos, sempre atentos e
buscando entender os termos que definem as atividades que envolvem jogos
didáticos, assim como diz Soares (2010, p. 1):
•
•

•

Atividade lúdica e termos relacionados ao lúdico
referem-se a atividades prazerosas para o
praticante. São, somente, ações divertidas.
Brincadeira é uma atividade lúdica em que as regras
explícitas não são tão definidas e mudam de acordo
com o local e o grupo que a pratica. Entretanto,
possui regras implícitas definidas. Um exemplo é a
‘brincadeira de queimada’, onde a regra implícita é
que se deve acertar o jogador com a bola e as
explícitas mudam, como o jogador poder aparar a
bola para evitar eliminação ou não. As regras
explícitas dependem do acordo do grupo praticante.
Jogo é o termo que define uma atividade lúdica que
implica no prazer, divertimento e liberdade,
entretanto, com um sistema de regras claras e
explícitas e um lugar ou objeto onde agir, o
brinquedo.

Como visto a palavra jogo, em si pode ter vários significados dependendo
unicamente da forma em que é empregada, neste trabalho será explorado no sentido
educativo.
13

2 O JOGO DE DOMINÓ
Alguns escritos mencionam sobre a utilização do dominó por volta dos anos de
234 a 181 a. C. o jogo era conhecido como “Kwat p’ ai” (tabletes de osso). O dominó
mais conhecido atualmente é conhecido por “sena”. Uma pedra com o duplo seis em
sua configuração. No Brasil, o jogo teria chegado com os portugueses no sec. XVI,
virando passatempo para escravos (ALEGRE, 2011).
O dominó tradicional possui 28 (vinte e oito) peças, isso possibilita que até 4
jogadores participem no mesmo jogo. No dominó químico, decidimos por alterar a
quantidade de peças para 21 (vinte e um), isso por que as ligações conforme o
número de carga efetiva dos íons seria possível formar 21 (vinte e um) pares de
ligações.

3. OBJETIVOS
3.1 Geral
O uso do jogo de “Dominó Químico” como ferramenta de reforço e avaliação no
ensino de química.

3.2 Específicos
Promover a avaliação e, a seguir, a revisão dos conteúdos em que o aluno
apresente dificuldade.
Observar se o aluno será capaz de reconhecer as diferentes possibilidades de
ligação de um determinado cátion ou ânion.
14

4 MATERIAIS E MÉTODO
4.1 Construção do jogo de Dominó
Optamos pelo uso de folhas de EVA (Etilvinilacetato), na construção das peças
do jogo de dominó químico, tendo em vista o seu baixo custo e a facilidade dele ser
encontrado em muitas das lojas que vendem material escolar. As peças do dominó
foram planejadas em planilha eletrônica (software Excel).
Os materiais utilizados na construção deste dominó foram: computador,
impressora, tinta para impressora, folhas de papel A4 (210x297 180g/m3), cola e
tesoura.
Foram feitos 15 jogos, de cores diferentes, com vinte e uma peças cada,
possibilitando a participação de todos os alunos de uma só vez, separados em grupos
de dois ou três participantes para cada jogo ou partida. Cada peça foi feita, utilizando
no lugar de numerações ou pontos, símbolos de sete íons diferentes, como pode ser
observado na figura 01, momento esse, em que é necessário todo cuidado para que
as peças possam ser criadas corretamente e atenta ao objetivo proposto.

Figura 01: Montando as peças dos dominós.

4.2 Apresentação da proposta
Num primeiro momento, conversou-se com a direção e a coordenação da
escola, juntamente com a professora da disciplina de química, explicando qual o
objetivo da aplicação da atividade e os possíveis benefícios quanto à possibilidade de
se obter mais uma ferramenta como material didático.
O trabalho foi desenvolvido em Rio Brilhante, em uma turma do primeiro ano,
15

matutino, do Ensino Médio da Escola Estadual Fernando Correa da Costa, composta
por 30 alunos. Foram apresentadas aulas teóricas pelo professor da disciplina de
forma que os alunos tivessem embasamento para realização dos jogos.
4.3 Regras do jogo
A atividade aconteceu com 3 jogadores em cada rodada, onde cada jogador
recebe 7 pedras.
No caso do aluno que não tiver a pedra da vez, passa a vez para o próximo
aluno.
O primeiro a jogar, era o aluno que tinha a peça com a maior massa. Para isso
cada aluno informava o maior valor de massa de sua peça, sem informar qual era a
mesma, que só era de conhecimento dos demais depois de jogada, caso os demais
participantes não tivessem outra peça com maior valor. O jogo continuava com a
participação dos próximos no sentido anti-horário ao jogador iniciante.
O ganhador era o aluno que jogasse todas as suas peças antes dos demais.
As peças deviam ser encaixadas de forma que, os símbolos dos íons presentes
nas pedras formassem ligações químicas, de acordo com a figura 02, onde vemos a
representação de ligações químicas nas peças encaixadas.

Figura 02: Modelo de dominó químico utilizado nas atividades.

4.4 Coleta de dados
Toda a atividade foi filmada e fotografada e ao final foi realizada a aplicação de
questionários avaliativos (anexo 01), com observações diretas no momento da
aplicação das atividades lúdicas, além de anotações em caderno de campo, para
melhor avaliação dos dados obtidos. Para melhor clareza na obtenção dos dados, o
questionário avaliativo foi aplicado pela coordenação da escola, sem a minha
16

presença.

5 Resultados e Discussão
A aplicação das atividades aconteceu de forma espontânea em que os alunos
sentiram-se a vontade tornando a atividade uma forma prazerosa de aprendizagem.
Na primeira etapa, os alunos receberam aulas de ligações químicas com
enfoque nos três tipos de ligações (Iônica, covalente e metálica), seguindo o currículo
da secretaria de educação.
Na segunda etapa, ocorreu a aplicação da atividade que teve a participação de
todos os alunos atestando a espontaneidade por parte dos alunos.
Os momentos de interação e descontração dos alunos podem ser observados
nas figuras 03 e 04, momento em que eles discutem os resultados da partida. Uns
explicando suas técnicas vitoriosas e outros os erros cometidos e, nesses instantes o
professor questionava os alunos no sentido de avaliar e revisar conteúdos que não
foram inteiramente aprendidos.

Figura 03: Alunos iniciando as etapas do jogo.

Figura 04: Momentos de descontração,
demonstração de prazer nas atividades

Os questionamentos foram fundamentais para a observação do caráter
investigativo das atividades, nesses momentos os alunos propunham e discutiam suas
idéias numa demonstração de que estavam realmente interessados em aprender.
Durante as discussões os alunos formavam grupos de estudos para discutir as
dificuldades encontradas por alguns colegas, propondo e discutindo suas hipóteses
sobre elas (figuras 05 e 06). As correções das dúvidas aconteceram durante essas
discussões, demonstrando que os erros podem ser corrigidos sem constrangimentos
e, melhor, a construção do saber não foi feita pelo professor, mas, por todos, o que dá
à atividade de ensinar uma nova concepção, o professor não é mais o dono do
17

conhecimento, “aquele que ensina”, mas sim, aquele que intermedeia as discussões,
direcionado-as para a construção do conhecimento escolar e, o aluno deixa de ser
aquele que somente ouve, agora ele discute suas ideias sobre determinado tema,
sentindo-se o construtor de seus saberes.

Figura 05: Alunos trabalhando em grupo.

Figura 06: Alunos participando do jogo.

Nessa etapa os alunos colaboraram de forma participativa, com interesse e
disciplina o que contribuiu e muito para o sucesso das atividades.
Na terceira etapa os alunos responderam a um questionário avaliativo sobre as
atividades lúdicas, que apresentou os seguintes resultados:

Como você classifica o jogo de dominó apresentado, para as aulas
de química?
30

Número de Alunos

25
20

Bom
Ruim

15

Proveitoso

10

Interesante

5
0
Bom

Ruim

Proveitoso

Interesante

Figura 07: Classificação do jogo de dominó.

Observamos na figura 07 (sete), que dos trinta alunos que responderam ao
questionário, vinte e cinco (83,33%), classificaram o jogo como bom. É possível
18

também observar que quatro alunos acharam o jogo proveitoso e um interessante, o
que demonstra a importância dos jogos na sala de aula. Dessa forma, podemos
afirmar que o jogo pode vir a ser mais uma ferramenta a disposição do professor, que
queira tornar suas aulas mais interessantes e com a participação efetiva de seus
alunos, já que nesse trabalho ele contou com a aprovação total de 96,67%.
Finalmente, neste item, observa-se que apenas um dos alunos demonstrou
dificuldade para assimilar os conteúdos aplicados com o jogo, fato decorrente da
dificuldade de aprender os conteúdos teóricos, observação anotada no caderno de
campo.
O jogo de dominó apresentado póde abordar temas relacionados
com a disciplina de química?
30

Número de Alunos

25
20
Sim

15

Não

10
5
0
Sim

Não

Figura 08: Abordagem do jogo de dominó relacionado à química.

Observando os dados na figura 08 (oito) que alunos foram unânimes em
afirmar que sim o que demonstra a nossa preocupação em construir o jogo com
estreitas relações as diretrizes curriculares da escola.
19

Você acha que o professor da disciplina deveria trazer mais jogos
para a sala de aula?
30

Número de Alunos

25
20
Sim

15

Não

10
5
0
Sim

Não

Figura 09: Utilização de outros tipos de jogos.

As respostas dos alunos na figura 09 (nove) confirmam o que já tínhamos como
hipótese, ou seja, que os jogos são ferramentas importantes para estimular os alunos
à investigação a partir dos desafios. Os desafios, nessa atividade, foram o de
encontrar a peça correta para jogar (cátion ou ânion). Em uma atividade lúdica, como
o jogo apresentado, os alunos sentem-se desafiados a aprender e, atendem aos
desafios com prazer, diferentemente quando se sente “obrigados” a aprender para
não reprovarem na disciplina.
Baseado no jogo de dominó apresentado, você acha que este
proporcionou maior interação do tipo aluno/aluno e
aluno/professor. Justifique sua resposta.

Número de Alunos

30
25
20
Sim

15

Não

10
5
0
Sim

Não

Figura 10: Interação aluno/aluno e aluno/professor.

Tal qual na questão anterior, já se esperava esse resultado expresso na figura
10 (dez), tendo em vista que com o uso do lúdico como ferramenta alternativa no
ensino da química, ou em outras ciências, é possível aprimorar a construção do
20

conhecimento, propiciando a interação aluno/aluno e aluno/professor e com isso
aumentar o prazer pela aprendizagem, pois os alunos aprendem brincando. Nesse
contexto, se faz necessário afirmar-se que “aprender brincando” é diferente de
“brincar de aprender”, assim, ficamos com a primeira e isso, pode ser confirmado na
justificativa de um dos alunos registrada no diário de campo:

“Foi muito bom brincar com o dominó, além de a gente aprender a turma ficou mais
unida e o professor nos ajudou muito.”

.5 – Você acredita que podemos aprender química, brincando com jogos
educativos?
Você acredita que podemos aprender química, brincando com
jogos educativos?Justifique sua resposta.
30

Número de Alunos

25
20
Sim

15

Não

10
5
0
Sim

Não

Figura 11: Aprender Química com jogos educativos.

Mais uma vez, a quase unanimidade das respostas apresentados na figura 11
(onze), não nos surpreendeu pelo fato de que o lúdico facilita a aprendizagem, já que
ao aluno é permitido o erro que é corrigido sem constrangimentos. Em uma atividade
lúdica, as hipóteses que são formuladas e discutidas pelos alunos é que levam os
alunos à correção de seus erros. Ao professor cabe o importante papel de mediar
essa discussão, sem respostas imediatas aos questionamentos dos alunos. São eles,
os alunos, que devem apontar e seguir a trilha que leva ao conhecimento. Nesse tipo
de atividade o professor não “transmite” ou “ensina” conhecimentos já existentes e
sim, fertiliza o terreno intelectual dando condições para o seu desenvolvimento.
21

Nessa questão, um aluno que respondeu não ser possível a aprendizagem dos
conteúdos relacionados com a química com o uso de jogos, o mesmo aluno afirma
nas questões dissertativas ter dificuldade de assimilar os conteúdos. Possivelmente,
essa dificuldade não está relacionada aos conteúdos específicos trabalhados durante
o jogo e sim, sobre todos os conteúdos anteriores que os embasaram, o que pode ser
observado pela sua fala:

“Já tentei entender, mas a minha dificuldade esta em tudo relacionado à química” [...]

Isso indica que a dificuldade deste aluno vai muito além do simples
fato dele ter entendido as regras do jogo, devendo ser acompanhado de forma
diferenciada.
6 - Faça um comentário sobre a atividade aplicada, sua opinião é muito importante
para a avaliação deste trabalho.

Quanto ao uso do lúdico na avaliação e revisão dos conteúdos trabalhados em
sala de aula, pelo professor, as respostas demonstraram que o jogo pode ser mais um
recurso didático para se conseguir a melhoria da aprendizagem, conforme os
comentários dos alunos abaixo:
(sic) “O jogo foi uma forma diferente de aprender química, agente fica mais feliz.”.
Essa frase evidencia a interação da parte lúdica com a parte didática do jogo, onde o
aluno expressa a alegria de utilizar uma atividade diferente na disciplina.
Na frase a seguir, vemos o jogo como desafiador para os alunos.
(sic) “Achei muito interessante, nunca tinha jogado um dominó de química, no
começo foi um pouco difícil, mas depois agente aprendeu.”. Isso nos mostra o quanto
o lúdico desperta a criatividade, ajudando na sua aprendizagem.
“Eu achei que não ia conseguir jogar, mas com as dicas do professor ficou bem
fácil”. Essa frase demonstra a necessidade do professor atuar como interlocutor na
aplicação das atividades, facilitando o processo ensino aprendizagem.
“A turma toda se divertiu, foi muito legal, [...].”
“Nossa, foi muito legal, ainda mais que todos participaram.”
A fala dos alunos nessas frases nos mostra o quanto às aulas de química podem ser
diversificadas de forma que fiquem mais atraentes para o aluno, propiciando interação
22

entre os alunos. Vemos também na frese a seguir que os alunos perdem a noção do
tempo, sendo arremetidos a uma dimensão de prazer nas atividades, sem notar o fim
da aula.
(sic) “Pena que a aula foi rápida, eu queria jogar mais um pouco. Rsrsrs”.
O interesse demonstrado na frase a seguir, só comprova o quanto as atividades
lúdicas são proveitosas no processo de ensino e aprendizagem.
(sic) “Gostei, poderia ter mais alguns jogos que ajudasse agente assim.”
23

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Inicialmente, esclarecemos que os jogos devem ser utilizados como mais uma
ferramenta de apoio ao ensino e que este tipo de prática pedagógica, conduz o aluno
a desenvolver sua criatividade e afetividade melhorando sua auto-estima além de
propiciar facilidades no processo de ensino e de aprendizagem. O jogo utilizado nesse
trabalho, com materiais simples e acessíveis; ricos enquanto instrumento de
aprendizagem e motivadores pelo seu aspecto lúdico, tornou-se um recurso eficaz na
construção de uma aprendizagem de forma divertida, dinâmica e atraente.
Neste trabalho é possível entender a importância da utilização dos jogos no
processo educativo, como instrumento facilitador da integração, da sociabilidade, do
despertar lúdico, da brincadeira, principalmente do aprendizado, enfocando a
necessidade de alguns cuidados que devem ser tomados ao levarmos um jogo em
sala de aula.
Sabemos que esse trabalho não esgota a discussão que se tem feito sobre o
uso de jogos no ensino e que não podemos afirmar que os jogos sejam a solução
para resolver as dificuldades do processo de ensino e de aprendizagem. O nosso
objetivo é demonstrar que o professor deva sempre buscar novas alternativas
pedagógicas que permitam diversificar suas aulas, tornando-as mais interessantes e
atraentes para seus alunos e, que os jogos se apresentam como uma opção
diferenciada, que podem ser utilizados como avaliação e reforço de conteúdos
previamente desenvolvidos.
Finalmente, concluímos que o uso de atividades lúdicas pode contribuir para a
construção de um indivíduo criativo, que não aceita o ensino como algo a ser recebido
e sim, a ser construído, que formula e discute suas hipóteses. Neste caso, um
indivíduo que usa de análises e de critica para compreender e intervir quando se
depara com um determinado fenômeno, ou seja, um cidadão importante para a
construção de uma sociedade, na qual, as pessoas possam ser capazes de fazer
descobertas, inventar e, consequentemente, provocar mudanças necessárias na
construção de um mundo melhor.
24

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
ALEGRE. E. R. História do dominó. Disponível em: http://historiajogosar.
blogspot.com/2010/08/domino.html. Acessado em 20/11/2011.

FIALHO, N. N. Os Jogos Pedagógicos como Ferramentas de Ensino, Curitiba:
FACINTER,
2007.
http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2008/
anais/pdf/293_114.pd. Acessado em 23/06/2011.

Benedetti-Filho, E.; Fiorucci, A. R.; Benedetti, L. P. S. e Craveiro, J. A. Palavra
Cruzada como Recurso Didático no Ensino de Teoria Atômica. Química Nova na
Escola, n 2, p. 88-95, 2009.

KISHIMOTO, T. M. O Brinquedo na Educação Considerações Históricas. São
Paulo:
Pioneira.
p
39,
1993.
Disponível
em
<http://www.
crmariocovas.sp.gov.br/pdf/ideias_07_p039-045_c.pdf>. Acessado 15/07/2011.

OLIVEIRA, N. Atividades de Experimentação Investigativas Lúdicas no Ensino
de Química: Um Estudo de Caso. Tese de Doutorado em Química ao Instituto de
Química. Universidade Federal de Goiás – Goiás , 2009.

SANTANA, E. M., A Influência de atividades lúdicas na aprendizagem de
conceitos químicos. Universidade de São Paulo, Instituto de Física - Programa de
Pós-Graduação - São Paulo – SP. 2006.

SOARES. H. F. B. Jogos em ensino de Química: Avaliação da produção
cientifica a partir dos trabalhos publicados nos Encontros Nacionais de Ensino
de Química (Período 1996-2008). XV Encontro Nacional de Ensino de Química (XV
ENEQ). Brasília, DF, Brasil – julho de 2010.
25

8. ANEXO
Anexo 01: Questionário após a aplicação do jogo

Escola:

Série:

Turma:

Turno:

1 – Como você classifica o jogo de dominó apresentado, para as aulas de
química?
( ) bom – podemos aprender química jogando
( ) ruim – não tem proveito na disciplina
( ) proveitoso – é útil no aprendizado
( ) interessante – mas não dá pra aprender química

2 – O jogo de dominó apresentado pode abordar temas relacionados com a
disciplina de química?
( ) sim ( ) não

3 – Você acha que o professor da disciplina deveria trazer mais jogos para a
sala de aula?
( ) sim ( ) não
4 – Baseado no jogo de dominó apresentado, você acha que este proporcionou
maior interação do tipo aluno/aluno e aluno/professor. Justifique sua resposta.
( ) sim ( ) não
____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
5 – Você acredita que podemos aprender química, brincando com jogos
educativos? Justifique sua resposta.
( ) sim ( ) não
____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
6 - Faça um comentário sobre a atividade aplicada, sua opinião é muito
importante para a avaliação deste trabalho.
____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Obrigado!

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  • 1. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL UNIDADE DE ENSINO DE DOURADOS CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA Vagner Torres dos Santos O Uso do Lúdico no Ensino de Química, na Escola de Ensino Médio. Dourados - MS 2011
  • 2. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL UNIDADE DE ENSINO DE DOURADOS CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA O Uso do Lúdico no Ensino de Química, na Escola de Ensino Médio. Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado como parte das atividades para obtenção do título de Químico Licenciado, do curso de Química Licenciatura da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul - UEMS. Orientador: Prof. Dr. Noé de Oliveira Dourados - MS 2011
  • 3. DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a Deus, por ser Senhor Supremo, Autor e Consumador da minha fé, sendo esta tão viva esperança que habita em mim. A minha mãe, Tereza V. Torres, por ser exemplo de honestidade, me mostrando a importância da esperança na vida do ser humano e na humildade me ensina lições de amor, honestidade e perseverança. A minha esposa, Renata Graciele Mori dos Santos, pelo amor demonstrado, sempre me ajudando e compreendendo a minha ausência. Aos meus irmãos que se orgulham de mais uma conquista desta família, sempre se orgulhando de mim. Aos meus amigos que sempre me apoiaram nesta decisão e acreditaram que esta conquista seria possível.
  • 4. AGRADECIMENTOS Ao meu orientador Professor Doutor Noé de Oliveira, por compartilhar um bem tão precioso que levarei comigo para sempre, o “conhecimento”. Aos professores Edemar Benedetti Filho e Antonio Rogério Fiorucci, por aceitarem fazer parte da banca, sendo que tenho grande admiração pelo trabalho deles. Aos meus professores Alex Jeller, Jonas S. Mota e aos demais professores do curso de química licenciatura. O mais importante ingrediente na fórmula do sucesso é saber como lidar com as pessoas. Theodore Roosevelt
  • 5. 5 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................. 9 2 O JOGO DE DOMINÓ .................................................................................................................................... 13 3. OBJETIVOS .................................................................................................................................................... 13 3.1 GERAL ......................................................................................................................................................... 13 3.2 ESPECÍFICOS ................................................................................................................................................ 13 4 MATERIAIS E MÉTODO .............................................................................................................................. 14 4.1 CONSTRUÇÃO DO JOGO DE DOMINÓ ............................................................................................................ 14 4.2 APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA .................................................................................................................... 14 4.3 REGRAS DO JOGO ......................................................................................................................................... 15 4.4 COLETA DE DADOS ...................................................................................................................................... 15 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO...................................................................................................................... 16 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................... 23 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS........................................................................................................... 24
  • 6. 6 Índice de figuras Figura 01. Montando as peças dos dominós............................................................14 Figura 02. Modelo de dominó químico utilizado nas atividades................................15 Figura 03. Alunos iniciando as etapas do jogo..........................................................16 Figura 04. Momentos de descontração, demonstração de prazer nas atividades....16 Figura 05. Alunos trabalhando em grupo..................................................................17 Figura 06. Alunos participando do jogo.....................................................................17 Figura 07. Classificação do jogo de dominó..............................................................17 Figura 08. Abordagem do jogo de dominó relacionado a temas atuais de química..18 Figura 09. Utilização de outros tipos de jogos...........................................................19 Figura 10. Interação aluno/aluno e aluno/professor..................................................19 Figura 11. Aprender Química com jogos educativos.................................................20
  • 7. 7 RESUMO Esse trabalho teve como proposta a aplicação de um jogo didático o “Dominó Químico” (uma adaptação do jogo de dominó utilizado como uma atividade de lazer), no intuito de avaliar a aprendizagem do aluno, propiciando a revisão dos conteúdos trabalhados em sala de aula, em momentos anteriores ao jogo, quando necessários. O trabalho foi realizado com uma turma de 1o Ano, do período matutino, da Escola Estadual “Fernando Corrêa da Costa”, na cidade de Rio Brilhante-MS. O “Dominó Químico” teve como símbolos os cátions e anions (sem as cargas de valência). As peças foram feitas a partir de etilvinilacetato, conhecido no comércio como E.V.A. e os símbolos impressos em papel (do tamanho da peça). O jogo teve a participação de 2 (dois) ou 3 (três) alunos em cada partida. Ao final de cada partida os alunos explicavam o seu comportamento durante a mesma. A seguir iniciava-se uma discussão que tinha como objetivo a revisão de conteúdos que envolvia as deficiências encontradas pelo aluno perdedor. Com a participação do aluno que apresentava deficiências de conteúdos, em outras partidas, podem-se observar melhorias na sua aprendizagem e, com isso, de perdedor tornava-se o vencedor. Como resultado desse trabalho, observou-se que o jogo tem como principal função, o processo de avaliar e corrigir dificuldades de aprendizagens. Palavra Chave: Ensino, ludicidade, aprendizagem.
  • 8. 8 ABSTRACT This work was property in apply of a game didact call off "Chemist Dominoes" (an adaptation the game of domino as a leisure activity) in intent of to value student learning, providing a review of the contents worked in the classroom in the moments before the game when, necessary. The work was conducted with a group of first year in the morning, the Estate School "Fernando Correa da Costa," in city of Rio Brilhante-MS. The "Chemist Dominoes" had as symbols cations and anions (without loads of valence). The pieces were made from ethylvinylacetate, known in business as EVA and symbols printed on paper (the big of the piece). The game was participation by 2 (two) or 3 (three) students in each match. Where the end of each match the students explain their behavior during it. Then began a contest with objective of review the contents which involved the deficiencies found by the student loser. With the participation of students who had deficiencies of content in other games, can see relief in their learning and with this, the loser became the winner. As result this work, to perceive that the game's main function, the process of to value and to correct learning difficulties. Keywords: Instruction, playfulness, learning.
  • 9. 9 1 INTRODUÇÃO O termo lúdico advém do latim ludus e existem inúmeras palavras para designá-lo. Ao pesquisar em diferentes dicionários da língua portuguesa pode se encontrar vários substantivos referentes ao termo lúdico o que dá caráter abrangente em termos de manifestação. A aplicabilidade das atividades lúdicas também é bem ampla. Isso nos levou a aproveitar essa ferramenta como tema para desenvolver um trabalho voltado à revisão e avaliação no ensino de química, para isso foi desenvolvido um jogo de dominó químico (uma adaptação do dominó comum), que permitisse entender a forma de como se ligam os cátions e ânions. A forma tradicional de ensino ainda é muito utilizada e para alguns professores não é perceptível a combinação de jogo e educação, isso faz com que o jogo perca caráter lúdico. Neste caso como diz Soares (2010): Pode parecer a alguns professores que jogo e educação não se combinam, pois, para preservar o caráter lúdico, deve-se preservar a liberdade, que é inerente à atividade lúdica. No sistema tradicional de ensino o aluno não tem escolha, não é sujeito ativo no processo, é apenas um receptor de informações e atividades. Em sala de aula, o professor é quem inicia o jogo. Isso priva o aluno da liberdade de escolha, fator essencial na atividade lúdica. Porém, sem essa orientação o jogo perde seu caráter educativo (p. 2). De acordo com o autor, o aluno deve ter liberdade de escolha, fato este que dá o caráter lúdico da atividade, quando o professor controla a atividade, ela perde esse caráter, ficando apenas a atitude educativa, tornando o jogo desinteressante. Assim, o professor pode utilizar–se de novos recursos como as atividades lúdicas que não devem ser utilizadas como um mero passatempo, mas como objetivo principal na revisão e avaliação de conhecimentos. Sabemos que as atividades lúdicas não são a solução para todas as dificuldades no processo de ensino e de aprendizagem, porém quando bem aplicadas, com objetivos bem definidos podem ser de valia considerável. As atividades lúdicas não levam à memorização do assunto abordado, mas induzem o aluno a raciocinar, a refletir. Além
  • 10. 10 disso, essas práticas contribuem para o desenvolvimento de competências e habilidades, aumentando ainda a motivação dos alunos perante as aulas de Química, pois o lúdico é integrador de várias dimensões do aluno, como a afetividade, o trabalho em grupo e das relações com regras pré-definidas (SANTANA, 2006). As brincadeiras envolvendo jogos didáticos se tornam úteis, como ferramenta para o educador, como conceitua Oliveira (2009, p. 42) ...ela é indispensável para o desenvolvimento das crianças, dos adolescentes e do adulto, promovendo processos de socialização e descoberta do mundo. As expressões recreação, lazer, jogo e brincadeira são usadas geralmente como sendo sinônimas. É difícil estabelecer se uma atividade recreativa é um lazer, um jogo ou uma brincadeira. Vamos utilizar o termo jogo como representação de uma forma “prazerosa de atividade educativa”, sendo então denominada atividade lúdica, como afirma (BROUGÉRE, 1998, citado em OLIVEIRA, 2009) O jogo, é o que o vocabulário cientifico denomina atividade lúdica, quer essa denominação diga respeito a um reconhecimento objetivo por observação externa ou ao sentimento pessoal que cada um possa ter em certas circunstâncias, de participar de um jogo (p. 43). Mesmo sabendo que o jogo é regido por regras, quando apresentado no reforço e avaliação dos conceitos de química de forma diferenciada do ensino tradicional, passa a ser visto como forma lúdica, pois tornam as aulas mais prazerosas como relatado anteriormente. O jogo como subsídio no ensino de uma ciência tem sido empregado desde a Antiguidade Clássica e sendo defendido por filósofos, entre eles Platão que, concebeu a idéia de que a educação deveria medir as aptidões dos alunos. Aristóteles, um de seus discípulos, idealizou um sistema de ensino que propiciava o equilíbrio entre as atividades físicas e intelectuais e que permitia melhor acessibilidade às pessoas. No Brasil, os jogos educativos, têm uma valorização acentuada a partir da década de 80 (oitenta) com o aumento de pesquisas educativas sobre a utilização dos jogos
  • 11. 11 (KISHIMOTO, 1993). A facilidade na revisão e avaliação com a utilização dos jogos educativos é válida desde que o educador tenha objetivos bem definidos e faça uma preparação prévia dos materiais. Os jogos devem ser testados antecipadamente, visando uma antecipação aos possíveis questionamentos em sala de aula, que possam vir a acontecer durante a sua aplicação. Segundo Benedetti et al (2009): No espaço da sala de aula, acontecem os grandes encontros, a troca de experiências, as discussões e interações entre os alunos, caracterizando- se as relações existentes entre estes e o professor. Dentro desse contexto, o docente observa seus estudantes, identifica suas conquistas e suas dificuldades e os conhece cada vez melhor e o seu ambiente de trabalho (p. 89). Concordamos com o autor e acrescentamos às suas afirmações que durante uma atividade lúdica ficam nítidas essas interações. A interação aluno-aluno durante as discussões que sucedem a cada jogada; a troca de experiência no momento em que uns discutem suas técnicas vitoriosas e, outros, as suas dificuldades; e, a interação professor/aluno quando o primeiro interage com os alunos no sentido de avaliar e, depois, revisar, os conteúdos que ainda não foram efetivamente aprendidos, podem ser observadas em quaisquer atividades lúdicas de ensino. Neste contesto, vemos que a sala de aula é um espaço onde pode ocorrer troca de experiências e torna se palco de discussões que propiciam maior interação entre professor e aluno, como dizem Benedetti et al. (2009). Vemos então que os jogos, utilizados como atividades didáticas podem caracterizar em uma melhor relação entre aluno/professor e aluno/aluno, em sala de aula, propiciar a avaliação e reforço da aprendizagem. Para que isso ocorra é necessário despertar o interesse do aluno para as atividades aplicadas, pois o interesse não pode ser gerado, pois já existe intrinsecamente (OLIVEIRA, 2005). É através desta concepção sobre a utilização das atividades lúdicas que concordamos com Benedetti et al. (2009) quando dizem que: O uso do lúdico para ensinar conceitos em sala de aula pode ser uma ferramenta que
  • 12. 12 desperte o interesse na maioria dos alunos, motivando-os a buscar soluções e alternativas que resolvam e expliquem as atividades lúdicas propostas (p. 89). Então elaboramos o “Dominó Químico”, como ferramenta didática para avaliação e posterior revisão de conteúdos trabalhados em ligações químicas, aproveitando destas propriedades lúdicas e educativas dos jogos, sempre atentos e buscando entender os termos que definem as atividades que envolvem jogos didáticos, assim como diz Soares (2010, p. 1): • • • Atividade lúdica e termos relacionados ao lúdico referem-se a atividades prazerosas para o praticante. São, somente, ações divertidas. Brincadeira é uma atividade lúdica em que as regras explícitas não são tão definidas e mudam de acordo com o local e o grupo que a pratica. Entretanto, possui regras implícitas definidas. Um exemplo é a ‘brincadeira de queimada’, onde a regra implícita é que se deve acertar o jogador com a bola e as explícitas mudam, como o jogador poder aparar a bola para evitar eliminação ou não. As regras explícitas dependem do acordo do grupo praticante. Jogo é o termo que define uma atividade lúdica que implica no prazer, divertimento e liberdade, entretanto, com um sistema de regras claras e explícitas e um lugar ou objeto onde agir, o brinquedo. Como visto a palavra jogo, em si pode ter vários significados dependendo unicamente da forma em que é empregada, neste trabalho será explorado no sentido educativo.
  • 13. 13 2 O JOGO DE DOMINÓ Alguns escritos mencionam sobre a utilização do dominó por volta dos anos de 234 a 181 a. C. o jogo era conhecido como “Kwat p’ ai” (tabletes de osso). O dominó mais conhecido atualmente é conhecido por “sena”. Uma pedra com o duplo seis em sua configuração. No Brasil, o jogo teria chegado com os portugueses no sec. XVI, virando passatempo para escravos (ALEGRE, 2011). O dominó tradicional possui 28 (vinte e oito) peças, isso possibilita que até 4 jogadores participem no mesmo jogo. No dominó químico, decidimos por alterar a quantidade de peças para 21 (vinte e um), isso por que as ligações conforme o número de carga efetiva dos íons seria possível formar 21 (vinte e um) pares de ligações. 3. OBJETIVOS 3.1 Geral O uso do jogo de “Dominó Químico” como ferramenta de reforço e avaliação no ensino de química. 3.2 Específicos Promover a avaliação e, a seguir, a revisão dos conteúdos em que o aluno apresente dificuldade. Observar se o aluno será capaz de reconhecer as diferentes possibilidades de ligação de um determinado cátion ou ânion.
  • 14. 14 4 MATERIAIS E MÉTODO 4.1 Construção do jogo de Dominó Optamos pelo uso de folhas de EVA (Etilvinilacetato), na construção das peças do jogo de dominó químico, tendo em vista o seu baixo custo e a facilidade dele ser encontrado em muitas das lojas que vendem material escolar. As peças do dominó foram planejadas em planilha eletrônica (software Excel). Os materiais utilizados na construção deste dominó foram: computador, impressora, tinta para impressora, folhas de papel A4 (210x297 180g/m3), cola e tesoura. Foram feitos 15 jogos, de cores diferentes, com vinte e uma peças cada, possibilitando a participação de todos os alunos de uma só vez, separados em grupos de dois ou três participantes para cada jogo ou partida. Cada peça foi feita, utilizando no lugar de numerações ou pontos, símbolos de sete íons diferentes, como pode ser observado na figura 01, momento esse, em que é necessário todo cuidado para que as peças possam ser criadas corretamente e atenta ao objetivo proposto. Figura 01: Montando as peças dos dominós. 4.2 Apresentação da proposta Num primeiro momento, conversou-se com a direção e a coordenação da escola, juntamente com a professora da disciplina de química, explicando qual o objetivo da aplicação da atividade e os possíveis benefícios quanto à possibilidade de se obter mais uma ferramenta como material didático. O trabalho foi desenvolvido em Rio Brilhante, em uma turma do primeiro ano,
  • 15. 15 matutino, do Ensino Médio da Escola Estadual Fernando Correa da Costa, composta por 30 alunos. Foram apresentadas aulas teóricas pelo professor da disciplina de forma que os alunos tivessem embasamento para realização dos jogos. 4.3 Regras do jogo A atividade aconteceu com 3 jogadores em cada rodada, onde cada jogador recebe 7 pedras. No caso do aluno que não tiver a pedra da vez, passa a vez para o próximo aluno. O primeiro a jogar, era o aluno que tinha a peça com a maior massa. Para isso cada aluno informava o maior valor de massa de sua peça, sem informar qual era a mesma, que só era de conhecimento dos demais depois de jogada, caso os demais participantes não tivessem outra peça com maior valor. O jogo continuava com a participação dos próximos no sentido anti-horário ao jogador iniciante. O ganhador era o aluno que jogasse todas as suas peças antes dos demais. As peças deviam ser encaixadas de forma que, os símbolos dos íons presentes nas pedras formassem ligações químicas, de acordo com a figura 02, onde vemos a representação de ligações químicas nas peças encaixadas. Figura 02: Modelo de dominó químico utilizado nas atividades. 4.4 Coleta de dados Toda a atividade foi filmada e fotografada e ao final foi realizada a aplicação de questionários avaliativos (anexo 01), com observações diretas no momento da aplicação das atividades lúdicas, além de anotações em caderno de campo, para melhor avaliação dos dados obtidos. Para melhor clareza na obtenção dos dados, o questionário avaliativo foi aplicado pela coordenação da escola, sem a minha
  • 16. 16 presença. 5 Resultados e Discussão A aplicação das atividades aconteceu de forma espontânea em que os alunos sentiram-se a vontade tornando a atividade uma forma prazerosa de aprendizagem. Na primeira etapa, os alunos receberam aulas de ligações químicas com enfoque nos três tipos de ligações (Iônica, covalente e metálica), seguindo o currículo da secretaria de educação. Na segunda etapa, ocorreu a aplicação da atividade que teve a participação de todos os alunos atestando a espontaneidade por parte dos alunos. Os momentos de interação e descontração dos alunos podem ser observados nas figuras 03 e 04, momento em que eles discutem os resultados da partida. Uns explicando suas técnicas vitoriosas e outros os erros cometidos e, nesses instantes o professor questionava os alunos no sentido de avaliar e revisar conteúdos que não foram inteiramente aprendidos. Figura 03: Alunos iniciando as etapas do jogo. Figura 04: Momentos de descontração, demonstração de prazer nas atividades Os questionamentos foram fundamentais para a observação do caráter investigativo das atividades, nesses momentos os alunos propunham e discutiam suas idéias numa demonstração de que estavam realmente interessados em aprender. Durante as discussões os alunos formavam grupos de estudos para discutir as dificuldades encontradas por alguns colegas, propondo e discutindo suas hipóteses sobre elas (figuras 05 e 06). As correções das dúvidas aconteceram durante essas discussões, demonstrando que os erros podem ser corrigidos sem constrangimentos e, melhor, a construção do saber não foi feita pelo professor, mas, por todos, o que dá à atividade de ensinar uma nova concepção, o professor não é mais o dono do
  • 17. 17 conhecimento, “aquele que ensina”, mas sim, aquele que intermedeia as discussões, direcionado-as para a construção do conhecimento escolar e, o aluno deixa de ser aquele que somente ouve, agora ele discute suas ideias sobre determinado tema, sentindo-se o construtor de seus saberes. Figura 05: Alunos trabalhando em grupo. Figura 06: Alunos participando do jogo. Nessa etapa os alunos colaboraram de forma participativa, com interesse e disciplina o que contribuiu e muito para o sucesso das atividades. Na terceira etapa os alunos responderam a um questionário avaliativo sobre as atividades lúdicas, que apresentou os seguintes resultados: Como você classifica o jogo de dominó apresentado, para as aulas de química? 30 Número de Alunos 25 20 Bom Ruim 15 Proveitoso 10 Interesante 5 0 Bom Ruim Proveitoso Interesante Figura 07: Classificação do jogo de dominó. Observamos na figura 07 (sete), que dos trinta alunos que responderam ao questionário, vinte e cinco (83,33%), classificaram o jogo como bom. É possível
  • 18. 18 também observar que quatro alunos acharam o jogo proveitoso e um interessante, o que demonstra a importância dos jogos na sala de aula. Dessa forma, podemos afirmar que o jogo pode vir a ser mais uma ferramenta a disposição do professor, que queira tornar suas aulas mais interessantes e com a participação efetiva de seus alunos, já que nesse trabalho ele contou com a aprovação total de 96,67%. Finalmente, neste item, observa-se que apenas um dos alunos demonstrou dificuldade para assimilar os conteúdos aplicados com o jogo, fato decorrente da dificuldade de aprender os conteúdos teóricos, observação anotada no caderno de campo. O jogo de dominó apresentado póde abordar temas relacionados com a disciplina de química? 30 Número de Alunos 25 20 Sim 15 Não 10 5 0 Sim Não Figura 08: Abordagem do jogo de dominó relacionado à química. Observando os dados na figura 08 (oito) que alunos foram unânimes em afirmar que sim o que demonstra a nossa preocupação em construir o jogo com estreitas relações as diretrizes curriculares da escola.
  • 19. 19 Você acha que o professor da disciplina deveria trazer mais jogos para a sala de aula? 30 Número de Alunos 25 20 Sim 15 Não 10 5 0 Sim Não Figura 09: Utilização de outros tipos de jogos. As respostas dos alunos na figura 09 (nove) confirmam o que já tínhamos como hipótese, ou seja, que os jogos são ferramentas importantes para estimular os alunos à investigação a partir dos desafios. Os desafios, nessa atividade, foram o de encontrar a peça correta para jogar (cátion ou ânion). Em uma atividade lúdica, como o jogo apresentado, os alunos sentem-se desafiados a aprender e, atendem aos desafios com prazer, diferentemente quando se sente “obrigados” a aprender para não reprovarem na disciplina. Baseado no jogo de dominó apresentado, você acha que este proporcionou maior interação do tipo aluno/aluno e aluno/professor. Justifique sua resposta. Número de Alunos 30 25 20 Sim 15 Não 10 5 0 Sim Não Figura 10: Interação aluno/aluno e aluno/professor. Tal qual na questão anterior, já se esperava esse resultado expresso na figura 10 (dez), tendo em vista que com o uso do lúdico como ferramenta alternativa no ensino da química, ou em outras ciências, é possível aprimorar a construção do
  • 20. 20 conhecimento, propiciando a interação aluno/aluno e aluno/professor e com isso aumentar o prazer pela aprendizagem, pois os alunos aprendem brincando. Nesse contexto, se faz necessário afirmar-se que “aprender brincando” é diferente de “brincar de aprender”, assim, ficamos com a primeira e isso, pode ser confirmado na justificativa de um dos alunos registrada no diário de campo: “Foi muito bom brincar com o dominó, além de a gente aprender a turma ficou mais unida e o professor nos ajudou muito.” .5 – Você acredita que podemos aprender química, brincando com jogos educativos? Você acredita que podemos aprender química, brincando com jogos educativos?Justifique sua resposta. 30 Número de Alunos 25 20 Sim 15 Não 10 5 0 Sim Não Figura 11: Aprender Química com jogos educativos. Mais uma vez, a quase unanimidade das respostas apresentados na figura 11 (onze), não nos surpreendeu pelo fato de que o lúdico facilita a aprendizagem, já que ao aluno é permitido o erro que é corrigido sem constrangimentos. Em uma atividade lúdica, as hipóteses que são formuladas e discutidas pelos alunos é que levam os alunos à correção de seus erros. Ao professor cabe o importante papel de mediar essa discussão, sem respostas imediatas aos questionamentos dos alunos. São eles, os alunos, que devem apontar e seguir a trilha que leva ao conhecimento. Nesse tipo de atividade o professor não “transmite” ou “ensina” conhecimentos já existentes e sim, fertiliza o terreno intelectual dando condições para o seu desenvolvimento.
  • 21. 21 Nessa questão, um aluno que respondeu não ser possível a aprendizagem dos conteúdos relacionados com a química com o uso de jogos, o mesmo aluno afirma nas questões dissertativas ter dificuldade de assimilar os conteúdos. Possivelmente, essa dificuldade não está relacionada aos conteúdos específicos trabalhados durante o jogo e sim, sobre todos os conteúdos anteriores que os embasaram, o que pode ser observado pela sua fala: “Já tentei entender, mas a minha dificuldade esta em tudo relacionado à química” [...] Isso indica que a dificuldade deste aluno vai muito além do simples fato dele ter entendido as regras do jogo, devendo ser acompanhado de forma diferenciada. 6 - Faça um comentário sobre a atividade aplicada, sua opinião é muito importante para a avaliação deste trabalho. Quanto ao uso do lúdico na avaliação e revisão dos conteúdos trabalhados em sala de aula, pelo professor, as respostas demonstraram que o jogo pode ser mais um recurso didático para se conseguir a melhoria da aprendizagem, conforme os comentários dos alunos abaixo: (sic) “O jogo foi uma forma diferente de aprender química, agente fica mais feliz.”. Essa frase evidencia a interação da parte lúdica com a parte didática do jogo, onde o aluno expressa a alegria de utilizar uma atividade diferente na disciplina. Na frase a seguir, vemos o jogo como desafiador para os alunos. (sic) “Achei muito interessante, nunca tinha jogado um dominó de química, no começo foi um pouco difícil, mas depois agente aprendeu.”. Isso nos mostra o quanto o lúdico desperta a criatividade, ajudando na sua aprendizagem. “Eu achei que não ia conseguir jogar, mas com as dicas do professor ficou bem fácil”. Essa frase demonstra a necessidade do professor atuar como interlocutor na aplicação das atividades, facilitando o processo ensino aprendizagem. “A turma toda se divertiu, foi muito legal, [...].” “Nossa, foi muito legal, ainda mais que todos participaram.” A fala dos alunos nessas frases nos mostra o quanto às aulas de química podem ser diversificadas de forma que fiquem mais atraentes para o aluno, propiciando interação
  • 22. 22 entre os alunos. Vemos também na frese a seguir que os alunos perdem a noção do tempo, sendo arremetidos a uma dimensão de prazer nas atividades, sem notar o fim da aula. (sic) “Pena que a aula foi rápida, eu queria jogar mais um pouco. Rsrsrs”. O interesse demonstrado na frase a seguir, só comprova o quanto as atividades lúdicas são proveitosas no processo de ensino e aprendizagem. (sic) “Gostei, poderia ter mais alguns jogos que ajudasse agente assim.”
  • 23. 23 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS Inicialmente, esclarecemos que os jogos devem ser utilizados como mais uma ferramenta de apoio ao ensino e que este tipo de prática pedagógica, conduz o aluno a desenvolver sua criatividade e afetividade melhorando sua auto-estima além de propiciar facilidades no processo de ensino e de aprendizagem. O jogo utilizado nesse trabalho, com materiais simples e acessíveis; ricos enquanto instrumento de aprendizagem e motivadores pelo seu aspecto lúdico, tornou-se um recurso eficaz na construção de uma aprendizagem de forma divertida, dinâmica e atraente. Neste trabalho é possível entender a importância da utilização dos jogos no processo educativo, como instrumento facilitador da integração, da sociabilidade, do despertar lúdico, da brincadeira, principalmente do aprendizado, enfocando a necessidade de alguns cuidados que devem ser tomados ao levarmos um jogo em sala de aula. Sabemos que esse trabalho não esgota a discussão que se tem feito sobre o uso de jogos no ensino e que não podemos afirmar que os jogos sejam a solução para resolver as dificuldades do processo de ensino e de aprendizagem. O nosso objetivo é demonstrar que o professor deva sempre buscar novas alternativas pedagógicas que permitam diversificar suas aulas, tornando-as mais interessantes e atraentes para seus alunos e, que os jogos se apresentam como uma opção diferenciada, que podem ser utilizados como avaliação e reforço de conteúdos previamente desenvolvidos. Finalmente, concluímos que o uso de atividades lúdicas pode contribuir para a construção de um indivíduo criativo, que não aceita o ensino como algo a ser recebido e sim, a ser construído, que formula e discute suas hipóteses. Neste caso, um indivíduo que usa de análises e de critica para compreender e intervir quando se depara com um determinado fenômeno, ou seja, um cidadão importante para a construção de uma sociedade, na qual, as pessoas possam ser capazes de fazer descobertas, inventar e, consequentemente, provocar mudanças necessárias na construção de um mundo melhor.
  • 24. 24 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ALEGRE. E. R. História do dominó. Disponível em: http://historiajogosar. blogspot.com/2010/08/domino.html. Acessado em 20/11/2011. FIALHO, N. N. Os Jogos Pedagógicos como Ferramentas de Ensino, Curitiba: FACINTER, 2007. http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2008/ anais/pdf/293_114.pd. Acessado em 23/06/2011. Benedetti-Filho, E.; Fiorucci, A. R.; Benedetti, L. P. S. e Craveiro, J. A. Palavra Cruzada como Recurso Didático no Ensino de Teoria Atômica. Química Nova na Escola, n 2, p. 88-95, 2009. KISHIMOTO, T. M. O Brinquedo na Educação Considerações Históricas. São Paulo: Pioneira. p 39, 1993. Disponível em <http://www. crmariocovas.sp.gov.br/pdf/ideias_07_p039-045_c.pdf>. Acessado 15/07/2011. OLIVEIRA, N. Atividades de Experimentação Investigativas Lúdicas no Ensino de Química: Um Estudo de Caso. Tese de Doutorado em Química ao Instituto de Química. Universidade Federal de Goiás – Goiás , 2009. SANTANA, E. M., A Influência de atividades lúdicas na aprendizagem de conceitos químicos. Universidade de São Paulo, Instituto de Física - Programa de Pós-Graduação - São Paulo – SP. 2006. SOARES. H. F. B. Jogos em ensino de Química: Avaliação da produção cientifica a partir dos trabalhos publicados nos Encontros Nacionais de Ensino de Química (Período 1996-2008). XV Encontro Nacional de Ensino de Química (XV ENEQ). Brasília, DF, Brasil – julho de 2010.
  • 25. 25 8. ANEXO Anexo 01: Questionário após a aplicação do jogo Escola: Série: Turma: Turno: 1 – Como você classifica o jogo de dominó apresentado, para as aulas de química? ( ) bom – podemos aprender química jogando ( ) ruim – não tem proveito na disciplina ( ) proveitoso – é útil no aprendizado ( ) interessante – mas não dá pra aprender química 2 – O jogo de dominó apresentado pode abordar temas relacionados com a disciplina de química? ( ) sim ( ) não 3 – Você acha que o professor da disciplina deveria trazer mais jogos para a sala de aula? ( ) sim ( ) não 4 – Baseado no jogo de dominó apresentado, você acha que este proporcionou maior interação do tipo aluno/aluno e aluno/professor. Justifique sua resposta. ( ) sim ( ) não ____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 5 – Você acredita que podemos aprender química, brincando com jogos educativos? Justifique sua resposta. ( ) sim ( ) não ____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ 6 - Faça um comentário sobre a atividade aplicada, sua opinião é muito importante para a avaliação deste trabalho. ____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ Obrigado!