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É PRECISO TER CERTEZA
DO QUE SE PÕE NA MESA
Textos: Ana Cláudia Cruz Folha, Júlio César F Costa, Luís Duarte
                                               .
Vieira, Maciel Cover, Poliane Oliveira Dutra, Rachel Omoto
Gabriel, Tayson Bedin, Vanessa Aparecida Araújo Correia


Diagramação e ilustração: Victor Luigi Bautista Pisani


Revisão: Claudia Santos da Silva, Eric Sousa Moura, Joaquim
Alberto Andrade Silva, Laércio Vieira, Guilherme Monteiro
Cerqueira, Raquel Pulita Andrade Silva
O que é a Semana da Cidadania    5
 Atividades Permanentes 2012     8
                Apresentação     11
     Como organizar a Semana     13
                       Saúde     15
                   Agricultura   22
                     Direitos    31
         Contatos importantes    39
5


                                                             escolas, nos meios populares e nas comunida-
      O que é   a                                            des rurais. É o exercício do anúncio evangélico
                                                             de vida plena; anúncio engajado na realidade con-
                Semana da                                    creta dos sujeitos jovens, comprometido com a
                                                             reparação das injustiças e com a construção da

                Cidadania?                                   igualdade social, como sinais do Reino de Deus.



       A Semana da Cidadania (SdC) enfatiza a                O que e Cidadania?
dimensão sociopolítica e é parte do processo de
formação integral promovido pelas Pastorais da                       A palavra cidadania, vinda do latim civitas (ci-
Juventude do Brasil, sendo uma de suas três1 ati-            dade), já está bem incorporada em nosso vocabulá-
vidades permanentes e atividade oficial da Igreja            rio. Ela é usada para designar uma cidadania formal,
no Brasil. É uma ação do discipulado missioná-               isto é, pertencimento a um território, nacionalidade
rio de milhares de grupos de jovens e militantes             (somos cidadãos/ãs brasileiros/as); ou para se refe-
organizados como Igreja nas comunidades nas                  rir ao conjunto de direitos (civis, políticos, sociais)
                                                             de cada pessoa/grupo. A concepção mais comum
1. Das três atividades citadas, destacamos que o Dia Na-
                                                             de cidadania é, portanto, o conjunto de direitos da
cional da Juventude é uma das Atividades Permanentes das
Pastorais da Juventude e do Setor Juventude da CNBB. A       pessoa que vive em sociedade. Mais do que isso, a
partir de 2012, sua preparação no âmbito nacional foi as-    cidadania é o exercício desses direitos, culminando
sumida pela Coordenação Nacional de Jovens, da qual as       em participação plena na vida social. Fala-se tam-
Pastorais da Juventude fazem parte com outros grupos e
                                                             bém em deveres, para se referir às implicações e
movimentos. Isso revela a importância desta atividade para
a juventude e seus diversos grupos.                          responsabilidades da vida em sociedade.
6


        A cidadania pode ser entendida também                fazer para que nossa cidadania não seja apenas
como um processo longo e permanente de con-                  formal, mas efetiva/substantiva, isto é, para que
quista de direitos. É só lembrarmos que, quando              todos/as possam exercer plenamente seus direi-
surgiu a ideia de cidadania (ainda na Idade An-              tos, para que os direitos conquistados não sejam
tiga), somente homens, proprietários de terras               retirados e para que todos/as tenham vida plena.
e adultos eram considerados cidadãos. Foram
necessários muitos séculos para que mulheres,
pobres, estrangeiros, crianças e jovens acessas-             Para que Semana da
sem os mesmos direitos, mesmo que só for-
malmente. Está ainda em curso a história de
                                                             Cidadania?
construção e ampliação destes direitos a toda
                                                                   É o caráter de permanente da construção
população, no Brasil e no mundo. E a participa-
                                                             de nossa cidadania que faz com que a SdC seja
ção popular foi sempre decisiva para a ampliação
                                                             sempre tão importante. Ela não é uma semana
e o acesso aos direitos civis, políticos e sociais.
                                                             para exercermos a cidadania, pois esta, como vi-
Por isso, é importante lembrar que a cidadania
                                                             mos, é vivida e construída no cotidiano. Ela é um
plena só se realiza se for combinada com demo-
                                                             evento, dentro de um processo, que nos ajuda a:
cracia, direitos, igualdade social, justiça e partici-
pação popular.                                                     Fazer memória e celebrar a luta histórica
        Em nossa história notamos o avanço con-                    dos jovens e de todo o povo na constru-
siderável de acesso a direitos, graças às lutas                    ção dos direitos;
dos movimentos sociais, das Igrejas e dos di-
versos grupos, mas, sobretudo por causa das                        Fortalecer/organizar o processo de cons-
desigualdades sociais, ainda temos muito que                       trução e garantia de direitos, articulando
7


      forças com outros grupos, movimentos,
      Igrejas, em torno do projeto de sociedade
      que sonhamos e em defesa da vida dos/
      as jovens;

      Criar oportunidade para debater com os/as
      jovens os temas da cidadania, dos direitos,
      sobretudo os que dizem respeito à vida da
      juventude, por meio de atividades de for-
      mação, mobilização, campanhas, etc;

      Criar oportunidade para dialogar com o
      poder público e outros órgãos e institui-
      ções em vista da efetivação de direitos
      juvenis e de políticas públicas para este
      público.


       A Semana da Cidadania constitui parte
de nosso compromisso apostólico de anunciar
e construir vida plena. É um espaço para a con-
vocação de novos grupos de jovens e para des-
pertar para a vida comunitária e é nossa opor-
tunidade, como jovens, de compor a história da
construção dos nossos direitos.
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                                                  em torno da Campanha Nacional contra a vio-
                                                  lência e o extermínio de jovens. E no próximo
  Atividades




                                         2012
                                                  triênio, começando agora em 2012, estão em
                                                  sintonia com o Projeto de Revitalização da Pas-
Permanentes                                       toral Juvenil na América Latina.
                                                         As Atividades Permanentes ajudam a
                                                  compor a agenda, com as motivações e os de-
       Todos os anos as Pastorais da Juventude    safios importantes para as ações pastorais com/
realizam três Atividades Permanentes, que são     dos jovens, no ano. Elas são espaços e oportu-
parte de sua ação no cuidado com a vida da ju-    nidades de formação, conscientização e mobili-
ventude, ao modo de Jesus de Nazaré, e do pro-    zação.
cesso de formação integral que desenvolvem               Em 2012, toda a ação pastoral com jovens
com os/as sujeitos jovens. A Semana da Cida-      no Brasil e na América Latina está convidada a
dania (SdC), a Semana do Estudante (SdE) e o      caminhar na direção de Nazaré, o lugar bíblico do
Dia Nacional da Juventude (DNJ) são realizadas    cuidado e do crescimento. Nas Atividades Per-
como um processo, por isso são organizadas a      manentes deste ano encontramos várias formas
partir do planejamento das ações das Pastorais    de estar com Jesus em Nazaré. Neste caso,
no ano e têm os/as jovens como protagonistas.     encontrar com Ele é também encontrar com a
São realizadas em sintonia com a Campanha da      comunidade, com o grupo, com a família, com
Fraternidade, com o Documento 85 da CNBB –        a cultura, com a religião, com as dores do povo,
Evangelização da Juventude e com as Diretrizes    do planeta, com as lutas, as conquistas e os so-
Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja do Bra-   nhos dos/as jovens.
sil. Nos últimos três anos organizam-se também
9


                                                       rado por João, renovamos nossa fé de que Je-
   Semana da Cidadania
                                                       sus alimenta e faz viver. Ele é o “alimento que
   14 a 21 de abril de 2012
                                                       permanece” e que nos faz viver. Nossa busca
   Tema: Juventude e saúde alimentar
                                                       é encontrá-lo no cotidiano, em nossa Nazaré,
   Lema:  É preciso ter certeza do que se
                                                       alimentarmo-nos da sua Palavra e da sua vida.
   põe na mesa
                                                       Buscar vida plena, encontrando na prática e na
                                                       vida d´Ele referência para vivermos nossa pró-
                                                       pria vida.
      A SdC abordará o tema da saúde, com ên-
                                                              Desejamos que a SdC nos ajude a culti-
fase no direito à alimentação. Estes temas estão
                                                       vamos, também nos hábitos alimentares e na
muito próximos da realidade de cada pessoa,
                                                       relação com os/as outros e com o mundo, nossa
que vive no campo ou na cidade. Comer é uma
                                                       Casa, o Bem-Viver tendo em vista a defesa da
necessidade básica de todos/as nós. É também
                                                       vida e a construção da Civilização do Amor.
um direito social fundamental para nossa cida-
dania. Por isso, este tema nos propõe refletir
o acesso que cada pessoa tem aos alimentos
                                                          Semana do Estudante
necessários; o modo como se produz os alimen-
                                                          06 a 12 de agosto de 2012
tos que consumimos; o cuidado com o planeta
                                                          Tema: Semana do Estudante - 10 anos so-
e com a vida das pessoas no processo de pro-
                                                          nhando e construindo a civilização do amor
dução alimentícia; e a igualdade e a justiça no
                                                          Lema:  No caminho da história, a opção
campo e na cidade.
                                                          por uma educação libertadora
      O referencial bíblico Jo 6, 27 deve ilumi-
nar a SdC. Nesta passagem do evangelho nar-
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       	 Com a SdE teremos a oportunidade de                    Com a pergunta “que vida vale a pena ser
conversar sobre o modelo de educação que so-            vivida?” poderemos refletir sobre a realização da
                                                                ,
nhamos. Em 2012, com a realização da décima             vida plena, através de nossos projetos de vida
Semana do Estudante, poderemos fazer memó-              pessoais e dos projetos de sociedade.
ria histórica dos passos dados na construção                   Enfim, que neste ano em que a Igreja cele-
da Civilização do Amor. Será uma oportunidade           bra os 50 anos do Concílio Vaticano II, as Ativida-
para refletir as opções no campo da educação e          des Permanentes nos ajudem a entrar na mística
da sociedade e renovar os compromissos, para            de Nazaré, isto é, a estarmos dispostos a realizar
alimentar as utopias.                                   a vida, comprometidos com o Reino, na simplici-
                                                        dade, na cultura, no cotidiano, na missão.

   Dia Nacional da Juventude
   28 de outubro de 2012
   Tema: Juventude e Vida
   Lema: Que vida vale a pena ser vivida?



       O DNJ em 2012 e 2013 estará sob respon-
sabilidade da Comissão Episcopal Pastoral para a
Juventude. As Pastorais da Juventude, por meio
de seus secretários nacionais, acompanham e
participam da Coordenação Nacional de Jovens
(CEPJ) da CNBB, composta por pastorais, movi-
mentos e novas comunidades.
11


                                                  vida diferente, não o do consumismo e do indi-


    Apresentação
                                                  vidualismo, mas o da integralidade da vida, com
                                                  uma espiritualidade comunitária e ecológica.
                                                         Nosso Senhor Jesus Cristo veio para dar
                                                  dignidade e vida aos seres humanos. Veio pro-
       Caros Irmãos e Irmãs! A Campanha da        por uma vida digna aonde não falte o alimento
Fraternidade 2012 (CF) neste ano nos propõe       do cotidiano e nem o alimento espiritual. No
um caminho de reflexão bastante ousado –          Evangelho de João “Eu vim para que todos te-
“Fraternidade e Saúde Pública” Um tema que
                                .                 nham vida, e a tenham em abundância” (Jo 10,
exige conversão e mudança de mentalidade. A       10b), Jesus assumiu o compromisso de dar a
vida é o maior presente que Deus deu ao ser       vida para outras tenham vida em abundância.
humano, assim somos convidados a ampliar          Essa é a maior prova de amor pelo outro. Ain-
a solidariedade com o enfermo, no cultivo de      da no Evangelho (Jo 6,27), Jesus nos convida a
uma vida saudável e no compromisso com a          crer Nele, pois Ele “alimento que permanece”
garantia do direito a um bom sistema de saúde     e que nos faz viver.
pública de qualidade.                                    O Bem Viver pode ilustrar nossa busca,
       A Semana da Cidadania (SdC) se soma à      porque falar de saúde é falar de cuidado. Nin-
CF Com o tema “Saúde Alimentar” propõe que
   .                                              guém está saudável se não cuida de si, se não
a juventude, nos seus diversos espaços, reflita   é cuidado pelo/a outro/a, se não cuida do próxi-
sobre as práticas de cuidado consigo, com os      mo, da terra, das relações, da alimentação, do
outros e com planeta, práticas que geram Bem      corpo, do espírito. O cuidado, a integralidade,
Viver. A idéia do Bem Viver, fruto da sabedoria   a relação, que tanto estão relacionados com o
dos povos indígenas, nos aponta um modo de        modo de vida dos povos originários de nosso
12


continente latino-americano. Como aprende-            os anos e nos ajuda a refletir e valorizar o Ser
mos com a CF a melhor forma de cuidar da
                 ,                                    Humano Criatura amada de Deus.
saúde de uma pessoa é evitar que ela adoeça.                Boa Semana da Cidadania a todos e a to-
Assim, a SdC propõe três eixos temáticos para         das.
trabalhar o tema: saúde, agricultura e direi-
tos. Os três eixos nos ajudam a dar uma volta               Fraternalmente,
ampla pelo tema, tendo como pano de fundo
a idéia do cultivo do Bem Viver. Pensemos nas                       P Antonio Ramos do Prado, sdb
                                                                     .
pessoas, no cuidado com o corpo, com uma                        Assessor para a Comissão Episcopal
vida saudável, que passa pelo consumo de ali-                     Pastoral para a Juventude da Cnbb
mentos adequados. Pensemos nos modelos de
produção de alimentos, nas práticas que geram
saúde para as pessoas e para o planeta e nas
práticas que geram doença e morte. Pensemos
em garantir o direito à saúde e à segurança
alimentar a todos/as, com acesso igualitário e
adequado, com qualidade e segurança.
       Desejamos que você, sua família, seu
grupo, sua comunidade, sua escola, sua fa-
culdade que aprofundem e alimentem sua Fé,
pois Jesus é o alimento que nos faz viver. Fé
na Vida, Fé no Homem e Fé na Terra. A Semana
da Cidadania é uma porta que nos abre todos
13


                                                    necessário planejar com antecedência e cuidado
                                                    as atividades. Podemos começar pelo estudo des-
   Como organizar                                   te material e de outros que possam nos inteirar do
                                                    tema, formar as parcerias, planejar, realizar e ava-
      a Semana                                      liar as atividades e ações.
                                                            Compreendendo que a SdC é realizada por
                                                    muitos tipos de grupos, o subsídio foi preparado
        A Semana da Cidadania (SdC) pode ser        de modo a favorecer a realização de diferentes
realizada de muitas formas, por muitos modelos      tipos de atividades. As atividades da SdC podem
de grupos e coletivos. O tema proposto é sem-       e devem acontecer em diversos espaços da so-
pre um tema relacionado à vida dos/as jovens, por   ciedade: igrejas, praças, escolas, ruas, câmaras,
isso, sabemos muitas coisas a respeito dele. No     sindicatos, comunidades rurais, acampamentos,
entanto, com o subsídio, as Pastorais da Juventu-   etc. O importante é ter criatividade tanto na ativi-
de apresentam mais do que o tema, apresentam        dade a ser realizada como em onde realizá-la. Para
uma reflexão. Este subsídio propõe alguns modos     cada um dos temas abordados, dentro da temá-
de abordagem e questões, dados e ideias sobre o     tica central da SdC, são apresentados: um texto
tema para o debate e a ação dos grupos. Ele nos     de aprofundamento, um referencial bíblico, suges-
ajuda a entender melhor alguns aspectos do tema     tão de dinâmicas e indicação de subsídios (filmes,
e pode ser usado em conjunto com outros mate-       músicas, poesias). Assim, temos em mãos um
riais aos quais tenhamos acesso e com as informa-   conjunto de possibilidades que podem ser mon-
ções que já sabemos a respeito do tema da SdC.      tadas e usadas da maneira que melhor atender às
        Para que a SdC cumpra seus objetivos e      expectativas e necessidades dos grupos. Abaixo,
seja oportunidade de formação e mobilização, é      sugerimos algumas atividades para realizar a SdC.
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Sugestoes de atividades:                                     •	 Gincanas;
                                                             •	 Propor e realizar ações conjuntas com a
 •	   Rodas de Conversa;                                        Campanha da Fraternidade 2012;
 •	   Reuniões/encontros para debate das temáticas;          •	 Seções solenes nas Câmaras Municipais e/
 •	   Plenárias;                                                ou Assembleias Legislativas;
 •	   Palestras;                                             •	 Criação e divulgação de pequenos filmes
 •	   Pesquisas sobre temáticas relacionadas;                   no na internet;
 •	   Seminários;                                            •	 Criação e divulgação de textos, poemas,
 •	   Oficinas;                                                 jornais, teatros, etc;
 •	   Campanhas ou apoio às Campanhas já                     •	 Elaboração de paródias e/ou músicas;
      existentes relacionadas às temáticas;                  •	 Criação de jogos;
 •	   Feiras;                                                •	 Visitas nas escolas;
 •	   Painéis;                                               •	 Acampamentos;
 •	   Tardes de Formação;                                    •	 Celebrações;
 •	   Ofícios Divino;                                        •	 Festivais;
 •	   Audiências Públicas;                                   •	 Pesquisar os movimentos e pastorais so-
 •	   Conversas com profissionais da saúde;                     ciais que têm se dedicado à conquista de
 •	   Visita à pequenos agricultores;                           direito alimentar;
 •	   Visita à entidades que trabalham ou estudam te-        •	 Estudar com o grupo/coletivo/movimento o
      máticas diretamente ligadas à temática da SdC;            Marco legal brasileiro que garante o direito
 •	   Planfletagem;                                             à alimentação.
 •	   Passeatas ou Marchas;                                  •	 Organizar atividades preparatórias para a
 •	   Cine-Fórum;                                               Conferência Rio +20
15




                           Saúde                        Para trabalhar o tema:
” Que a saúde se difunda pela terra” (Eclo 38,8)        1. Texto de apoio:


                                                               A promoção da saúde e de uma vida sau-
        Sabemos que fomos criados para a vida em
                                                        dável não está relacionada somente com os
abundância. Temos de cuidar da vida, do corpo, da
                                                        serviços médicos. Diz respeito à garantia de um
alimentação. A saúde é um dos aspectos funda-
                                                        conjunto de direitos que inclui saneamento, mo-
mentais para pensarmos uma vida plena, para culti-
                                                        radia, educação, lazer, emprego e alimentação.
varmos o Bem Viver. Mas saúde não é apenas a au-
                                                        No entanto, não prescinde de um bom Sistema
sência de doença. Aprendemos com a Organização
                                                        Único de Saúde (SUS), que funcione adequada-
Mundial da Saúde (OMS) que saúde é “a situação
                                                        mente e que efetivamente garanta os seus prin-
de perfeito bem-estar físico, mental, social e espi-
                                                        cípios de universalidade, integralidade e equida-
ritual” Ela é também um direito de todos, previsto
      .
                                                        de. E, além disso, que garanta um serviço espe-
em nossa Constituição Federal no artigo 196.
                                                        cializado e qualificado no atendimento de jovens
        Um dos pontos que queremos discutir na
                                                        e adolescentes.
SdC é a saúde alimentar, pois este assunto está
relacionado diretamente com nossa vida cotidia-
                                                        É preciso ter certeza do que
na. Todos os dias ingerimos alimentos para obter
                                                        se põe na mesa
energia, prazer, saúde, disposição para realizar nos-
sas atividades. Mas sabemos o que colocamos na
                                                               Em ranking da Agência Nacional de Vigi-
mesa? Será que o que consumimos está nos tra-
                                                        lância Sanitária (Anvisa), publicado em dezembro
zendo mais vida?
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de 2011, foi detectada a presença de resíduos de          meio ambiente e a nossa saúde.
agrotóxicos em níveis acima do permitido em ali-                  A saúde também tem a ver com os hábitos
mentos como pimentão, morango e pepino, além              alimentares. Estes hábitos estão relacionados à
da utilização de agrotóxicos não autorizados. Um          cultura, mas podem sofrer influência da indústria
dos diretores da Anvisa considerou a situação pre-        alimentícia e de um estilo de vida acelerado, que
ocupante, pois a ingestão contínua de alimentos           contribui para o sucesso dos “fast-food’s” os quais
                                                                                                   ,
contaminados por agrotóxicos pode contribuir para         têm contribuído para o aumento da obesidade
o surgimento de doenças como o câncer.                    infantil e adulta. A obesidade é considerada pela
        Assim, todos os dias, quando comemos              Organização Mundial da Saúde (OMS) um dos dez
algum alimento, podemos estar ingerindo uma               principais problemas de saúde pública no mundo.
quantidade enorme de venenos. Nossos alimen-              E, de acordo com o IBGE, metade da população
tos estão cada dia mais contaminados em função            adulta de nosso país está com sobrepeso.
das toneladas de agrotóxicos que são jogadas nas                  	Alguns alimentos industrializados que
lavouras, em especial nos monocultivos do agro-           fazem parte do dia a dia de muitos brasileiros
negócio. Só no ano de 2009 foram jogados mais             causam muitos malefícios à saúde: uma lata de
de um bilhão de litros de agrotóxicos no campo            refrigerante equivale em média a 10 colheres de
brasileiro e, desde 2008, o Brasil se transformou         chá de açúcar e um pacote de biscoito recheado,
no maior consumidor de agrotóxicos do mundo,              além da mesma quantidade de açúcar, contém
segundo dados da Campanha Nacional contra os              grande quantidade de gordura.
agrotóxicos. Os agrotóxicos contaminam os ali-                    Esses e tantos outros fatos nos indicam
mentos que comemos e a água que bebemos,                  a importância de estarmos atentos à origem e à
além dos rios, lagos, chuvas e os lençóis freáti-         composição dos alimentos que ingerimos, pois
cos. Toda essa contaminação afeta diretamente o           nossas escolhas e hábitos alimentares afetam
17


diretamente a nossa saúde, o nosso bem-estar,               para dar vida plena. Quando cura algum doente,
nossa disposição para servir ao Reino, além de              não apenas o cura da doença, mas restaura-lhe
estarem relacionados a questões mais profundas,             a dignidade, devolve-lhe a integridade. Este ver-
que envolvem o conjunto da sociedade, como os               sículo pode ajudar a lançar luz sobre o fato de
modelos de produção agrícola e o estilo de vida             que devemos não apenas acabar com a fome
da sociedade contemporânea. Conscientes de                  e com a doença, mas alimentar-nos de maneira
nossas atitudes e de dos nossos direitos, somos             saudável, prazerosa, com alimentos que tragam
capazes de transformar nossas vidas e daqueles              vida, que sejam produzidos de maneira adequa-
que estão ao redor, seja no campo, na cidade, na            da, sem exploração no campo, sem substâncias
escola ou em qualquer outro espaço que estiver-             que nos causem danos à saúde.
mos ocupando.
       A gente não quer só comida, a gente quer
comida boa! Temos direito não só à alimentação,             3. Sugestão de dinâmicas
mas a uma alimentação adequada. Vamos fazer
valer nosso grito por políticas publicas de juventu-          •	 Em uma mesa, com os jovens ao redor,
de e também de saúde!                                            como se fossem participar de uma refei-
                                                                 ção, colocam-se diversas embalagens de
                                                                 venenos (rato, barata, etc) em pratos, que
2. Sugestão bíblica:                                             são distribuídos sobre a mesa.,
                                                              •	 Ao som de um fundo musical tenso, é dito
     “Eu vim para que tenham vida, e a te-                       aos jovens que algumas substâncias usa-
nham em abundância” (João 10, 10b).                              das na produção de venenos para matar
     Jesus vem para libertar o povo oprimido,                    insetos e bichos são os mesmo usados na
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     produção de nossos alimentos. Envene-              Tenho Sede!
     nam nossa comida, podendo deixar resídu-           Tu tens sede de quê, ó fonte viva?
     os em nossos corpos e afetar diretamente           No manancial quebrado de teu corpo
     nossa saúde.                                       se saciam os anjos.
•	   Após alguns instantes de silêncio para que         E todos os humanos
     olhem a mesa, convida-se para que for-             bebemos em teus olhos moribundos
     mem pequenos grupos a fim de debater o             a luz que não se apaga.
     tema. Sugestões de questões:
•	   Após a discussão, canta-se uma música re-          Terra de nossa carne, calcinada
     lacionada ao tema.                                 por todo o egoísmo que a humanidade brota,
•	   Os jovens são, então, convidados a escrever        Tens a sede do amor que nós não temos,
     em pedaços de papel que atitudes podem             Ébrios de tantas águas suicidas...
     tomar para realizar o desejo de mais saúde,
     assim como a protagonista da canção.               Entretanto, sabemos
•	   As embalagens de venenos são retiradas             que será dessa boca, ressecada pela sede,
     para dar lugar ao papéis em que os jovens          que nos virá o hino da alegria, o vinho da
     escreveram seus desejos. No centro da              irmandade,
     mesa é, então, colocado um cesto com al-           a enchente jubilosa da terra prometida!
     gumas frutas, legumes e verduras.
•	   Ao som de “Casa no campo” de Elis Regi-
                                   ,                    Dá-nos sede da sede!
     na, são oferecidos pedaços de frutas aos           Dá-nos sede de Deus!
     jovens para serem saboreadas.
•	   Termina-se com a seguinte leitura:                 (Pedro Casaldáliga e Johnny Alf)
19


4. Anexos                                                    para os animais e para o meio-ambiente.
     *sugestão de filmes, poesias, músicas, fontes
                                                            O veneno nosso de cada dia
                                                            Mostra os efeitos que os produtos químicos
Filmes                                                      utilizados na agricultura têm para a saúde
                                                            humana.
     Maus hábitos
     O filme conta a história de uma família
     unida por uma variedade de distúrbios                Musicas
     alimentares.
                                                            Saúde Mental (Vibrações Rasta)
     Nação fast food                                        Muitos dos meus irmãos,
     filme fala sobre os riscos à saúde da po-              Sufocados pela opressão,
     pulação e ao meio ambiente que a indús-                Acabaram se entregando
     tria do fast-food provoca.                             de bandeja à banalização. (Repete)
                                                            Corrupção do seu corpo
     Super size me - a dieta do palhaço
                                                            Joga a sua vida no esgoto
     Mostra a dieta de um cineasta que duran-
                                                            E a possibilidade de se libertar e aos demais
     te um mês comeu somente comida fast
                                                            e aos demais fica pra trás
     food nos EUA, provando os efeitos men-
                                                            E a possibilidade de se libertar
     tais e físicos deste tipo de alimento.
                                                            E encontrar a paz, a paz
     A carne é fraca                                        Logo se vai...
     Mostra os impactos que o ato de comer                  Então, não se deixe levar pela pedra
     carne representa para a saúde humana,                  do mal, não.]
20


Porque ela iria te roubar a saúde mental e geral        Dos amigos do peito e nada mais
Então, não se deixe levar pela pedra do                 Eu quero uma casa no campo
mal, não.]                                              Onde eu possa ficar no tamanho da paz
Porque ela iria te roubar a saúde mental e              E tenha somente a certeza
geral.(Refrão)]                                         Dos limites do corpo e nada mais
Corrupção de um corpo                                   Eu quero carneiros e cabras pastando
pode jogar tua vida no esgoto                           solenes]
e a possibilidade de se libertar e aos demais           No meu jardim
E aos demais ficam pra trás.                            Eu quero o silêncio das línguas cansadas
E a possibilidade de se libertar                        Eu quero a esperança de óculos
E encontrar a paz, paz                                  Meu filho de cuca legal
Logo se vai...                                          Eu quero plantar e colher com a mão
Então, não se deixe levar pela pedra do                 A pimenta e o sal
mal, não...]                                            Eu quero uma casa no campo
Saúde, Saúde, Saúde Mental...                           Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé
Saúde, Saúde, Saúde Mental...                           Onde eu possa plantar meus amigos
Saúde, Saúde, Saúde Mental...                           Meus discos e livros
E geral...                                              E nada mais

Casa No Campo (Elis Regina)
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa compor muitos rocks rurais
E tenha somente a certeza
21


5. Fontes para quem quer saber mais
        * Estes materiais foram consultados para construir o
texto de apoio


1. Texto sobre ranking da ANVISA sobre ali-
mentos contaminados por agrotóxicos
(http://www.cartamaior.com.br/templates/mate-
riaMostrar.cfm?materia_id=19160)

2. Texto de Eduardo Galeano sobre algumas
características da sociedade contemporânea.
Versa sobre novos hábitos alimentares
(http://www.cartacapital.com.br/economia/o-
-imperio-do-consumo/)

3. Documento Direito Humano à alimentação
adequada no contexto da segurança
alimentar e nutricional
(http://www.abrandh.org.br/downlo-
ad/20101101121244.pdf)
22


                                                     dio). Pode ser desenvolvida com cuidado ao meio

            Agricultura                              ambiente ou maltratando o planeta e restringindo
                                                     a oferta de alimentos de qualidade à população
                         “Nós também somos do        (monocultivos). Pode ser uma produção limpa (or-
                      mato como o pato e o leão      gânica) ou suja e prejudicial à saúde (agrotóxicos).
                  Aguardaremos, brincaremos no              	 Na SdC, com o tema saúde alimentar,
                regato até que nos tragam frutos,    propõe-se que o seu grupo organize debates e
             teu amor, teu coração” (Gilberto Gil)   ações em torno da questão da agricultura. Como
                                                     são produzidos os alimentos que vão para a nossa
       Você já pensou se perguntou de onde vem       mesa? De onde vem o que consumimos? Quem
o alimento que come todos os dias? Quem o            e como o produz?
produz? Como produz? Ao pensar nestas ques-
tões, nos deparamos com uma das atividades
mais importantes de nosso país: a agricultura.       Para trabalhar o tema:
Ela é muito importante na promoção do Bem Vi-
ver. A nossa saúde alimentar e outros aspectos       1. Texto de apoio:
de nossa vida estão muito relacionados à ativi-
dade agrícola.                                             O modelo de produção agrícola predomi-
       Sabemos, no entanto, que há muitas            nante no Brasil se sustenta com base nas gran-
formas de exercer esta atividade. A agricultura      des propriedades de terra (o latifúndio) com pro-
pode ser realizada por pequenos proprietários        dução de monocultivos (só um tipo de planta),
rurais (agricultura familiar) ou por grupos que      voltado principalmente para a exportação, com
controlam grandes propriedades de terra (latifún-    uso de máquinas pesadas que degradam a terra
23


e com uso intensivo de agrotóxicos. Além dis-           alimentos consumidos no Brasil, emprega 75%
so, os latifundiários, que controlam a atividade        da mão de obra do setor agrícola, é responsável
agrícola, pagam baixos salários aos/às trabalha-        por 70% da produção de feijão, 34% do arroz,
dores/as, chegando a utilizar trabalho escravo e        58% do leite, 38% do café, etc.
causando a expulsão de milhares de famílias do                  No entanto, a concentração de terra é um
campo. Esse modelo, chamado de agronegócio,             grave problema da estrutura agrária brasileira e
só gera exploração para os trabalhadores e mui-         gera inúmeros desafios para o desenvolvimento
to lucro para poucas e gigantes empresas trans-         da agricultura familiar camponesa e da agroeco-
nacionais. Estas empresas detêm o monopólio             logia. De acordo com o mesmo Censo, a agri-
da produção de sementes, remédio e agrotóxi-            cultura familiar corresponde a 84,4% dos esta-
cos. Este modelo ameaça a saúde alimentar da            belecimentos agrários brasileiros. No entanto,
população brasileira.                                   esses agricultores ocupam somente 24,3% da
                                                        área ocupada pelos estabelecimentos agropecu-
                                                        ários brasileiros. Os estabelecimentos não fami-
Há possibilidade de mudar essa lógica?                  liares, apesar de representarem 15,6% do total
                                                        dos estabelecimentos, ocupam 75,7% da área
       Em oposição a este modelo, temos a               ocupada. Esses dados denunciam o alto grau de
agricultura familiar (regulamentada pela lei nº         concentração da estrutura agrária brasileira e o
11.326, de 24 de julho de 2006) e a prática da          sistema que privilegia um modelo que não é o
agroecologia. A agricultura familiar camponesa          mais vantajoso para a vida da população nem do
é a principal abastecedora de alimentos para            planeta.
consumo interno. Além disso, segundo o último
Censo Agropecuário (2006), ela produz 60% dos
24


Meio ambiente                                             e natureza, integrando os aspectos ambientais,
                                                          sociais, econômicos, políticos e culturais, em
       A atividade agrícola está muito relaciona-         vista de um desenvolvimento que seja susten-
da às questões ambientais, seja porque as con-            tável. É impossível construir uma sociedade sau-
dições ambientais interferem nela, seja porque            dável sem a agroecologia, porque ela é a base
ela interfere nas condições ambientais. Outra             para uma atividade agrícola sustentável.
agricultura possível, que já existe, deve propor                 Os movimentos e pastorais sociais assu-
modos de produção que garanta: a sustentabili-            miram essa luta há muitas décadas. As lutas pelo
dade e o cuidado com o meio ambiente, a justiça           acesso à terra e pelo triunfo de um novo mode-
social e a geração de empregos justos, a oferta           lo de produção agrícola é a bandeira de muita
de alimentos saudáveis que gere saúde. Vise               gente, tendo, inclusive, como consequência, a
uma produção que não permite o monopólio das              queda de muitos, assassinados pelas forças do
multinacionais sobre os/as camponeses/as nem              latifúndio. Mas esta não é uma tarefa somente
das empresas sobre o planeta. Vise a respon-              destes movimentos sociais nem só das pessoas
sabilidade de uma produção de alimento limpo,             que vivem no campo. É uma missão de todos/
saudável sem veneno, para toda a população.               as que desejamos cultivar o Bem Viver, ter uma
       Uma nova prática agrícola já existe e tem          alimentação saudável e digna e garantir a vida
de ser assumida, ampliada e difundida. A agroe-           do planeta.
cologia, como prática da agricultura familiar cam-
ponesa, nos lembra que é preciso estabelecer
outro modo de cultivar, produzir e distribuir os
alimentos. Ela é uma ciência que estuda e tra-
balha a agricultura e as relações entre humano
25


2. Sugestões bíblicas                                     das arvores da vida que alimentam e curam as
                                                          nações nos enviem sempre em missão no com-
        “O que a terra der durante o ano de des-          promisso com o Bem-Viver e a defesa da vida
canso, servirá de alimento a ti, a teu servo, tua         para todos/as.
serva, teu empregado e ao agregado que mo-
ram contigo” (Levítico 25, 6)
        A Palavra sempre nos ensina um jeito de           3. Sugestão de dinâmicas
viver, de ser feliz, de Bem Viver. Em Levítico, em
uma passagem sobre o ano jubilar, lemos que a                    Objetivo: propor um modo concreto de se
terra nos dá o alimento e este deve ser de todos/         posicionar e atuar em vista de uma agricultura
as. Que nossa vida seja jubilar, uma oferenda a           mais sustentável e justa.
Deus e aos pobres garantido que todos/as tem                •	 Verificar quem do seu grupo/coletivo/movi-
acesso a seus direito.                                         mento conhece a Campanha Nacional Con-
                                                               tra os Agrotóxicos;
      OU                                                    •	 Conhecer a Campanha e suas ações;
                                                            •	 Discutir modos de aderir a Campanha no
       “No meio da praça, de cada lado do rio, es-             âmbito coletivo (práticas dos grupos e com-
tão plantadas árvores da vida; elas dão fruto doze             promissos coletivos) e pessoal (práticas
vezes por ano; todo mês elas frutificam; suas fo-              pessoais de consumo, etc)
lhas servem para curar as nações” Ap 22,2
                                   .                        •	 Combinar com o grupo alguma ação com a
       A Palavra de Deus nos aponta que da na-                 comunidade local (escola, paróquia, bairro,
tureza, presente e obra de Deus, vem os frutos                 coletivo, etc), pode ser alguma formação,
que servem para mais vida. Que esses frutos                    feira, seminário, plaestra, etc
26


4. Anexos                                                     O Veneno está na mesa
     * sugestões de poesias, músicas, filmes, fontes          Informa sobre como as pessoas se alimen-
                                                              tam mal, por causa de um modelo agrário
                                                              perverso.
Filmes
    O Mundo segundo a Monsanto
    O filme realiza uma ampla investigação
                                                            Poemas
    sobre a Monsanto - líder mundial na pro-
                                                              Dificuldade de governar (Bertolt Brecht)
    dução de organismos geneticamente mo-
                                                              Todos os dias os ministros dizem ao povo
    dificados.
                                                              Como é difícil governar. Sem os ministros
    Cruzando o deserto verde                                  O trigo cresceria para baixo em vez de
    Narra a vida das pequenas populações que                  crescer para cima.]
    habitam as regiões onde a cultura ribeirinha foi          Nem um pedaço de carvão sairia das minas
    substituída pela monocultura do eucalipto.                Se o chanceler não fosse tão inteligente.
                                                              Sem o ministro da Propaganda]
    O futuro dos alimentos
                                                              Mais nenhuma mulher poderia ficar grávida.
    Apresenta uma investigação profunda à
                                                              Sem o ministro da Guerra]
    verdade perturbadora dos alimentos mani-
                                                              Nunca mais haveria guerra. E atrever-se ia a
    pulados geneticamente, não etiquetados
                                                              nascer o sol]
    e patenteados, que, aos poucos, vão con-
                                                              Sem a autorização do Führer?
    quistando lugar nos nossos mercados.
                                                              Não é nada provável e se o fosse
                                                              Ele nasceria por certo fora do lugar.
27


E também difícil, ao que nos é dito,             E só porque toda a gente é tão estúpida
Dirigir uma fábrica. Sem o patrão                Que há necessidade de alguns tão
As paredes cairiam e as máquinas                 inteligentes.]
encher-se-iam de ferrugem.]
Se algures fizessem um arado                     Ou será que
Ele nunca chegaria ao campo sem                  Governar só é assim tão difícil porque a
As palavras avisadas do industrial aos           exploração e a mentira]
camponeses: quem,]                               São coisas que custam a aprender?
De outro modo, poderia falar-lhes na
existência de arados? E que]
Seria da propriedade rural sem o pro             O açúcar (Ferreira Gullar)
prietário rural?]                                O branco açúcar que adoçará meu café
Não há dúvida nenhuma que se semearia            nesta manhã de Ipanema
centeio onde já havia batatas.]                  não foi produzido por mim
                                                 nem surgiu dentro do açucareiro por milagre.
Se governar fosse fácil
Não havia necessidade de espíritos tão           Vejo-o puro
esclarecidos como o do Führer.]                  e afável ao paladar
Se o operário soubesse usar a sua máquina        como beijo de moça, água
E se o camponês soubesse distinguir um           na pele, flor
campo de uma forma para tortas]                  que se dissolve na boca. Mas este açúcar
Não haveria necessidade de patrões nem           não foi feito por mim.
de proprietários.]                               Este açúcar veio
28


da mercearia da esquina e tampouco o                com que adoço meu café esta manhã em
fez o Oliveira, dono da mercearia.]                 Ipanema.]
Este açúcar veio
de uma usina de açúcar em Pernambuco
ou no Estado do Rio                               Musicas
e tampouco o fez o dono da usina.
                                                     Aroma (Gilberto Gil)
Este açúcar era cana                                 A-a-a-a-aroma
e veio dos canaviais extensos                        A-a-a-a-aroma
que não nascem por acaso                             Vem pelo vento
no regaço do vale.                                   Aroma
Em lugares distantes, onde não há hospital           Fragrância, odor
nem escola,                                          Vem da pitanga
homens que não sabem ler e morrem de                 Da manga
fome aos 27 anos]                                    Perfume da flor
plantaram e colheram a cana                          Vem do estrume
que viraria açúcar.                                  Cheiro do gado
                                                     Vem do pecado (aroma-amor)
Em usinas escuras,                                   Do corpo dela (aroma-amor)
homens de vida amarga                                Todo molhado
e dura                                               Aroma
produziram este açúcar                               Um cheiro de suor
branco e puro                                        Ah, ah, ah, ah, aroma
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  Ah, ah, ah, ah, aroma                         Até que nos tragam frutos teu amor, teu
  Vem pelas ventas                              coração]
  Aroma                                         Abacateiro teu recolhimento é justamente
  Do pobre ou rico                              O significado da palavra temporão
  Embriagado                                    Enquanto o tempo não trouxer teu abacate
  Tu ficas                                      Amanhecerá tomate e anoitecerá mamão
  Eu também fico                                Abacateiro sabes ao que estou me referindo
  Vem da macela                                 Porque todo tamarindo tem o seu agosto azedo
  Da graviola                                   Cedo, antes que o janeiro doce manga
  Vem do pé de manjericão                       venha ser também]
  Há que cheirar, manjericão                    Abacateiro serás meu parceiro solitário
  Todo o planeta                                Nesse itinerário da leveza pelo ar
  Aroma                                         Abacateiro saiba que na refazenda
  De planta do sertão                           Tu me ensina a fazer renda que eu te
  Todo o planeta (que cheirinho gostoso)        ensino a namorar]
  Aroma (de capim cheiroso)                     Refazendo tudo
  De planta do sertão                           Refazenda
                                                Refazenda toda
 Refazenda (Gilberto Gil)                       Guariroba
 Abacateiro acataremos teu ato
 Nós também somos do mato como o
 pato e o leão]
Aguardaremos brincaremos no regato
30


Fazenda (Milton Nascimento)
Água de beber                                          5. Fontes para saber mais
                                                               * Estes materiais foram consultados para construir
Bica no quintal                                        o texto de apoio
Sede de viver tudo
                                                       1. Campanha contra os agrotóxicos
E o esquecer                                           (www.contraosagrotoxicos.org )
Era tão normal que o tempo parava
                                                       2. Censo Agropecuário 2006 (www.ibge.gov.br)
E a meninada respirava o vento
Até vir a noite e os velhos falavam coisas             3. Texto da Carta Capital sobre o agronegócio
dessa vida]                                            (http://www.cartacapital.com.br/carta-verde/
Eu era criança, hoje é você, e no amanhã,              agronegocio-nao-garante-seguranca-alimentar/)
nós(2x)]
                                                       4. Londres, Flavia. Agrotóxicos no Brasil: um
Água de beber
                                                       guia para ação em defesa da vida. – Rio de
Bica no quintal, sede de viver tudo
                                                       Janeiro:AS-PTA – Assessoria e Serviços a Proje-
E o esquecer
                                                       tos em Agricultura Alternativa, 2011.
Era tão normal que o tempo parava
Tinha sabiá, tinha laranjeira, tinha manga rosa
Tinha o sol da manhã
E na despedida,
tios na varanda, jipe na estrada
E o coração lá(4x)
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                       Direitos                      rado ao pacote lançado pelo governo norte-ame-
                                                     ricano para ajudar os bancos, em 2009.
                                                            Como já vimos neste subsídio, cidadania
   “Como pode a voz que vem das casas ser a da       tem a ver com direitos. Por isto, a SdC nos pro-
       justiça se os pátios estão desabrigados?”
                                                     põe mobilizar debates e ações sobre a questão
                                  (Bertold Brecht)
                                                     do direito à alimentação e à segurança alimentar.
                                                     Como poderemos aprender no texto de apoio e
                                                     nos outros materiais disponibilizados para nos
       Nos últimos anos, o mundo viveu grandes       motivar a tratar o tema, o direito à alimentação
crises econômicas que afetaram, sobretudo, os        está relacionada com questões amplas que di-
países e as pessoas mais pobres. Neste quadro,       zem respeito a cada cidadão/ã.
o problema da fome se agravou, apesar dos inú-
meros tratados e compromissos internacionais
assumidos para sua erradicação. Há no mundo          Para trabalhar o tema:
2 bilhões de pessoas que passam fome. No en-
tanto, os dados nos mostram que não há escas-        1.Texto de apoio:
sez de alimentos e sim má distribuição.
       Um estudo recente de um dos organis-                O número de pessoas que passam fome
mos da ONU, estimou que um investimento de           no mundo denuncia uma violação de direito. Ao
cerca de 30 bilhões de dólares anuais em países      dizermos que somos portadores de direitos,
pobres seria o suficiente para erradicar a fome      concordamos que há um portador da obrigação
no mundo todo, num prazo de dez anos. Esse           de efetivar estes direitos. Em relação aos direi-
dinheiro, na verdade, é muito pouco se compa-        tos humanos, a obrigação é do Estado, afinal, é
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ele quem tem controle sobre recursos públicos              de produção e acesso; qualidade dos alimentos.
disponíveis e deve usar estes recursos para pro-                  Em 2004, tivemos no Brasil a II Conferên-
mover e garantir os direitos das pessoas.                  cia Nacional de segurança alimentar e nutricio-
       A compreensão de que a falta de alimen-             nal, onde se teceu o seguinte conceito de Saúde
tação é uma violação dos direitos humanos é re-            alimentar e nutricional (SAN): “a SAN consiste
cente. E uma grande parcela da população des-              na realização do direito de todos ao acesso re-
conhece que o acesso à alimentação adequada                gular e permanente a alimentos de qualidade,
e segura é um direito humano. Com o final da               em quantidade suficiente, sem comprometer o
segunda guerra mundial e a fome que se alas-               acesso a outras necessidades essenciais, ten-
trou entre os países envolvidos, surgiu a idéia            do como base práticas alimentares promotoras
de segurança alimentar. Mas só na década de                de saúde que respeitem a diversidade cultural
1970, a Organização das Nações Unidas para a               e que sejam ambiental, cultural, econômica e
Agricultura e Alimentação (FAO) passou a deba-             socialmente sustentáveis” Também em âmbi-
                                                                                       .
ter o conceito e, somente na década de 1990, na            to internacional, em 2002, a ONU, por meio de
Cúpula Mundial da Alimentação, realizada pela              seu relator especial para o direito à alimentação,
Organização das Nações Unidas (ONU), os paí-               definiu que o direito à alimentação adequada é
ses definiram o que é segurança alimentar e de-            “um Direito Humano inerente a todas as pesso-
terminaram as ações necessárias para garanti-la.           as de ter acesso regular, permanente e irrestrito,
De acordo com o pacto assumido pelos países,               quer diretamente ou por meio de aquisições fi-
para assegurar o direito alimentar, seria neces-           nanceiras, a alimentos seguros e saudáveis, em
sário garantir à população: disponibilidade de ali-        quantidade e qualidade adequadas e suficientes,
mentos suficientes; acesso de todos ao consu-              correspondentes às tradições culturais do seu
mo destes alimentos; continuidade/estabilidade             povo e que garanta uma vida livre do medo, dig-
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na e plena nas dimensões física e mental, indi-                ampla sobre o problema da fome. Na verdade,
vidual e coletiva” Além disso, o Direito Humano
                  .                                            nos ajuda a perceber que a questão da insegu-
à Alimentação Adequada está previsto na Decla-                 rança alimentar não está necessariamente rela-
ração Universal dos Direitos Humanos (art. 25º),               cionada à escassez de alimentos. Há países que
como garantia de qualidade de vida.                            mesmo sendo autossuficientes na produção de
        Vimos nestas concepções a respeito do                  alimentos, e que exportam, mantêm parte de
nosso direito à alimentação uma integralidade                  sua população faminta. Garantir o direito destas
de elementos:                                                  pessoas trata-se de uma questão mais estru-
        1. Temos direito de acessar permanente-                tural, que envolve justiça social. Neste sentido,
mente os alimentos necessários para a vida;                    também as políticas e ações de combate ao
        2. Temos direito à garantia de qualidade               problema têm de ser estruturais, não podem se
destes alimentos, promovendo saúde;                            reduzir a doações de alimentos ou verbas emer-
        3. Temos direito a ter nossa cultura ali-              genciais. É necessário:
mentar respeitada, já que sabemos que cada                        •	 Garantir acesso e distribuição igualitária, com
povo (ver os indígenas, os indianos, os judeus,                        políticas estruturais e redistribuição de renda;
etc) tem seu próprio modo de se alimentar;                        •	 Garantir uma produção autosuficiente;
        4. Temos direito de estar livres da questão               •	 Promover a reforma agrária;
fome e ter promovida nossa saúde na integralida-                  •	 Fortalecer a agricultura familiar camponesa;
de (física, mental, individual, espiritual e coletiva);           •	 Incentivar práticas agroecológicas;
         5. Temos direito a uma produção e oferta                 •	 Incentivar práticas de vigilância sanitária
de alimentos que seja sustentável (ambiental,                          que garanta a qualidade dos alimentos;
econômica, social e culturalmente).                               •	 Promover abastecimento adequado de
        Esta concepção nos ajuda a ter uma visão                       água e saneamento básico;
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       No Brasil, nos últimos anos, cresceu mui-         cheios! Ora, os que tinham comido eram cerca
to o marco legal que tem como intenção assegu-           de cinco mil homens, sem contar as mulheres e
rar e promover o direito humano à alimentação.           crianças” (Mt 14. 20-21)
Desde 2002, como lançamento do Programa
                                                         A vida de Jesus e sua prática nos animam, por-
Fome Zero, a questão do combate à fome ga-
                                                         que mostra que o Reino só é possível onde to-
nhou destaque. Um conjunto de ações foram
                                                         dos têm direito de comer. No entanto, nos mos-
adotadas e ajudaram a fortalecer a questão. Mas
                                                         tra que esse direito só se realiza na partilha e na
ainda nos restam muitos desafios e não é possí-
                                                         fraternidade. É a Palavra que nos anima na busca
vel ter cidadania plena no Brasil enquanto tiver-
                                                         da garantia dos direitos de todos, partilhando não
mos pessoas que não têm segurança alimentar.
                                                         só o pão, mas partilhando a luta dos que buscam
       Como todos os outros direitos de cidada-
                                                         pão. Ele mesmo é o alimento (eucarístico) que
nia, a conquista do direito alimentar é fruto de
                                                         mata nossa fome e nos dá o exemplo na bus-
processos históricos e mobilização popular que
                                                         ca do Bem Viver, que se realiza na partilha e na
pressionou os Estados nacionais e as organiza-
                                                         igualdade, como sinal do Reino de Deus.
ções internacionais a avançar na compreensão
e garantia de direitos . Essa tarefa continua, e         OU
é nossa.
                                                         “Trabalhai, não pela comida que perece, mas
                                                         pela que subsiste para a vida eterna, a qual o
2. Sugestão bíblica                                      Filho do Homem vos dará; porque Deus, o Pai, o
                                                         confirmou com o seu selo. (Jo 6,27)
                                                                                  ”
“Todos eles comeram e ficaram saciados; e re-
                                                         Jesus de Nazaré, conhecedor da realidade do
colheram os pedaços que sobraram: doze cestos
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povo e extremamente apaixonado pelos seus a                •	 Convide os jovens para se sentarem em
ponto de amá-los até o fim, intui e assumi tam-               círculo no chão deixando a frente uma ca-
bém para sua vida que alimentação, como parte                 neca ou copo.
essencial para a vida dos povos, é um direito ine-         •	 Despeje quase toda a água na caneca/
gociável a todos/as. Tanto que Ele mesmo se faz               copo do jovem, deixando apenas um pou-
pão, sendo o Pão da Vida, que permanece para                  co na sua. Deixe que cada um despeje a
sempre e que, ao partilhamos Dele, nos envia                  quantidade que quiser. Repita a ação até
na luta para que a vida plena para todos/as seja              que a água se acabe.
garantida e tal qual o direito a alimentação de           OU
qualidade seja realidade para todos/as em todos
os tempos.                                                 •	 É possível também organizar com seu
                                                              grupo ou com outros grupos atividades
                                                              preparatórias para a Rio +20, Conferência
3. Sugestão de dinâmicas                                      da Organização das Nações Unidas sobre
                                                              desenvolvimento sustentável, que será
      Partilhando a Água e/ou Pão
                                                              realizada no mês de junho no Rio de Ja-
      Materiais: Uma caneca ou copo com
                                                              neiro. Saiba mais sobre a Conferência e
água e pães círios.
                                                              as formas de participar em rio20.info/
       Objetivo: Motivar o gesto da partilha, in-
dependente da quantidade que se tenha, como
compromisso comunitário e cultivo do Bem Vi-
ver. Pode ser feito com a água que (passos da-
dos abaixo) e/ou com o pão.
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4.Anexos
     * sugestões de poesias, músicas, filmes, fontes
                                                            Musicas
Filmes                                                         Canção Do Sal (Gilberto Gil)
                                                               Trabalhando o sal é amor é o suor que
     Garapa                                                    me sai]
     Acompanha a vida de três famílias e a ro-                 Vou viver cantando o dia tão quente que faz
     tina de crianças mal nutridas que bebem                   Homem ver criança buscando conchinhas
     garapa para combater a fome.                              no mar]
                                                               Trabalho o dia inteiro pra vida de gente levar
     Food, Inc.                                                Água vira sal lá na salina
     Um olhar por dentro da indústria de co-                   Quem diminuiu água do mar
     mida dos Estados Unidos, e como ela se                    Água enfrenta sol lá na salina
     desenvolveu nas últimas décadas. Hoje,                    Sol que vai queimando até queimar
     apenas poucas grandes empresas contro-                    Trabalhando o sal pra ver a mulher se vestir
     lam basicamente tudo o que a população                    E ao chegar em casa encontrar a família sorrir
     consome, e isso certamente não é algo                     Filho vir da escola problema maior é o
     positivo, nem para as pessoas e muito                     de estudar]
     menos para os animais.                                    Que é pra não ter meu trabalho e vida de
                                                               gente levar]
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                                                    não cabe no poema.
Poemas                                              Não cabem no poema o gás
                                                    a luz o telefone
Compaixão, Fome e Justiça
                                                    a sonegação
(Bertold Brecht)
                                                    do leite
Como pode a voz que vem das casas
                                                    da carne
Ser a da justiça
                                                    do açúcar
Se os pátios estão desabrigados?
                                                    do pão.
Como pode não ser um embusteiro
                                                    O funcionário público
aquele que ensina aos famintos outras coisas
                                                    não cabe no poema
Que não a maneira de abolir a fome?
                                                    com seu salário de fome
Quem não dá o pão ao faminto
                                                    sua vida fechada
Quer a violência.
                                                    em arquivos.
Quem na canoa não tem
                                                    Como não cabe no poema
Lugar para os que se afogam
                                                    o operário
Não tem compaixão.
                                                    que esmerila seu dia de aço
Quem não sabe de ajuda
                                                    e carvão
Que cale.
                                                    nas oficinas escuras
                                                    – porque o poema, senhores,
Não há vagas (Ferreira Gullar)
                                                    está fechado: “não há vagas”
O preço do feijão
                                                    Só cabe no poema
não cabe no poema. O preço
                                                    o homem sem estômago
do arroz
                                                    a mulher de nuvens
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        a fruta sem preço                                     de Alimentação Escolar (PNAE), Progra-
        O poema, senhores,                                    ma Nacional de Fortalecimento da Agri-
        não fede                                              cultura Familiar (PRONAF), Programa de
        nem cheira.                                           Desenvolvimento Integrado e Sustentável
                                                              do Semi-Árido (CONVIVER), Programa de
                                                              Aquisição de Alimentos (PAA), etc.
5. Fontes para saber mais
                                                              5. Texto Um bilhão de famintos (Walter
        * Estes materiais/sites foram consultados para
                                                              Belik), publicado em 08/10/2011, na Carta
construir o texto de apoio
                                                              Capital Escola.
        1. Ministério do Desenvolvimento Social e             6. Cartilha do governo federal sobre o di-
        Combate à fome: (www.mds.gov.br)                      reito humano à alimentação adequada e
                                                              meios para fazer valer esse direito (http://
        2. Conselho Nacional de Segurança Ali-
                                                              www4.planalto.gov.br/consea/publicaco-
        mentar: (www.planalto.gov.br/consea)
                                                              es/folheto-direito-humano-a-alimentacao-
                                                              -adequada)
        3. Lei Orgânica de Segurança Alimentar
        e Nutricional (LOSAN), sancionada em 15               7 Livro da Associação Brasileira pela Nu-
                                                               .
        de setembro de 2006.                                  trição e Direitos Humanos (http://www.
                                                              fao.org/righttofood/publi10/BRAZIL_5_
        4. Iniciativas relacionadas à Saúde Ali-
                                                              ApostiladoCursoOnlineExigibilidade.pdf)
        mentar e Nutricional no Brasil: Estraté-
        gia de Saúde da Família (ESF); Programa
        Bolsa Família (PBF), Programa Nacional
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                                                Pastoral da Juventude Estudantil

               Contatos
                                                secretaria@pjebr.org
                                                www.pjebr.org

             Importantes                        Pastoral da Juventude
                                                secretarianacional@pj.org.br
                                                www.pj.org.br
Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude
SES Q 801 Conj. B CEP 70410-900                 Projeto de Revitalização da Pastoral da
Brasília - DF                                   Juventude Latino-Americana
Tel: (61) 2103-8341                             www.pjlatino.redejuventude.org.br
 juventude2@cnbb.org.br
www.jovensconectados.org.br                     Rede Brasileira de Centros e Institutos
                                                www.redejuventude.org.br
Pastoral da Juventude Rural
pastoraldajuventuderural@gmail.com              CAJU - Casa da Juventude Pe. Burnier
http://pastoraldajuventuderural-pjr.blogspot.   11ª Avenida, 953 - Cx. Postal 944, Setor Universitário
com/                                            CEP: 74605-060 - Goiânia/GO.
www.pjr.org.br                                  Fone: (62) 4009-0339 - Fax: (62) 4009-0315
                                                caju@casadajuventude.org.br
Pastoral da Juventude do Meio Popular           www.casadajuventude.org.br
pjmpcomunica@gmail.com
www.pjmp.org
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CCJ - Centro de Capacitação da Juventude               Centro Marista de Juventude - Montes Claros/ MG
Rua Bispo Eugênio Demazenod, 463-A, V. Alpina          Rua Pe. Champagnat, 81, Roxo Verde
CEP: 03206-040 - São Paulo/SP                          CEP: 39400-367 - Montes Claros/MG
Fone/fax: (11) 2917-1425                               Fone: (38) 3223-6621
ccj@ccj.br                                             cmjmoc@marista.edu.br
www.ccj.org.br
                                                       Centro Marista de Juventude – Natal/ RN
Centro de Juventude Anchietanum                        Rua José de Alencar, 809, Cidade Alta
Rua Apinagés, 2033, Sumarezinho                        CEP: 59025-140 - Natal/RN
CEP: 01258-001 - São Paulo/SP                          Fone: (84) 3221-2298
Fone: (11) 3862-0342                                   cmj.natal@marista.edu.br
secretaria@anchietanum.com.br
www.anchietanum.com.br                                 Centro Marista de Juventude – Palmas/TO
                                                       504 Sul, Alameda 9, Lote 9
Centro Marista de Juventude – Belo Horizonte/MG        CEP: 77130-400 - Palmas/TO
Rua Aymoré, 2480, 2º andar, Bairro de Lourdes          Fone: (63) 3214-5878
CEP: 30140-072 - Belo Horizonte/MG                     cmjpalmas@marista.edu.br
Fone: (31) 2129-9000
cmjbh@marista.edu.br                                   Centro Popular de Formação da Juventude –
www.cmpbh.com.br                                       Vida e Juventude
                                                       SDS Ed. Miguel Badya, Bl. L, nº 30, Salas 217/219
                                                       CEP: 70394-901 – Brasília/DF
                                                       Fone: (61) 3323-1954 / 3224-4717
41


vidaejuventude@gmail.com                               Instituto Paulista de Juventude
www.vidaejuventude.org.br                              Rua Antônio Cariá, 17 – 1ª andar - Guaianazes
                                                       CEP: 08450-010 - São Paulo/SP
Instituto de Formação Juvenil do Maranhão              Fones: (11) 9826-8213/ 8176-5707
Praça Gonçalves Dias, 288, Centro                      institutopaulistadejuventude@yahoo.com.br
CEP: 65060-240 - São Luís/MA                           www.ipejota.org.br
Fone: (98) 3221-1841
ifjuvenil_ma@yahoo.com.br                              Trilha Cidadã
                                                       Rua Rio Paraguaçu, 220, Bairro Arroio da Manteiga
Instituto de Juventude Contemporânea                   CEP: 93145-580 - São Leopoldo/RS
Rua Castro e Silva, 121, Ed. Oriente, salas 400        Fone/Fax: (51) 3568-7451
e 401 – Centro                                         trilhacidada@trilhacidada.org.br
CEP: 60030-010 – Fortaleza/CE                          www.trilhacidada.org.br
Fone: (85) 3247-7089
ijc@ijc.org.br
www.ijc.org.br


Instituto de Pastoral de Juventude Leste 2
Rua São Paulo, 818, 12º andar, sala 1203
CEP: 30170-131 - Belo Horizonte/MG
Fones: (31) 2515-5756 - Fax: (31) 2515-5453
ipjlesteii@yahoo.com.br
www.ipjleste2.org.br

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Juventude e alimentação

  • 1.
  • 2. É PRECISO TER CERTEZA DO QUE SE PÕE NA MESA
  • 3. Textos: Ana Cláudia Cruz Folha, Júlio César F Costa, Luís Duarte . Vieira, Maciel Cover, Poliane Oliveira Dutra, Rachel Omoto Gabriel, Tayson Bedin, Vanessa Aparecida Araújo Correia Diagramação e ilustração: Victor Luigi Bautista Pisani Revisão: Claudia Santos da Silva, Eric Sousa Moura, Joaquim Alberto Andrade Silva, Laércio Vieira, Guilherme Monteiro Cerqueira, Raquel Pulita Andrade Silva
  • 4. O que é a Semana da Cidadania 5 Atividades Permanentes 2012 8 Apresentação 11 Como organizar a Semana 13 Saúde 15 Agricultura 22 Direitos 31 Contatos importantes 39
  • 5. 5 escolas, nos meios populares e nas comunida- O que é a des rurais. É o exercício do anúncio evangélico de vida plena; anúncio engajado na realidade con- Semana da creta dos sujeitos jovens, comprometido com a reparação das injustiças e com a construção da Cidadania? igualdade social, como sinais do Reino de Deus. A Semana da Cidadania (SdC) enfatiza a O que e Cidadania? dimensão sociopolítica e é parte do processo de formação integral promovido pelas Pastorais da A palavra cidadania, vinda do latim civitas (ci- Juventude do Brasil, sendo uma de suas três1 ati- dade), já está bem incorporada em nosso vocabulá- vidades permanentes e atividade oficial da Igreja rio. Ela é usada para designar uma cidadania formal, no Brasil. É uma ação do discipulado missioná- isto é, pertencimento a um território, nacionalidade rio de milhares de grupos de jovens e militantes (somos cidadãos/ãs brasileiros/as); ou para se refe- organizados como Igreja nas comunidades nas rir ao conjunto de direitos (civis, políticos, sociais) de cada pessoa/grupo. A concepção mais comum 1. Das três atividades citadas, destacamos que o Dia Na- de cidadania é, portanto, o conjunto de direitos da cional da Juventude é uma das Atividades Permanentes das Pastorais da Juventude e do Setor Juventude da CNBB. A pessoa que vive em sociedade. Mais do que isso, a partir de 2012, sua preparação no âmbito nacional foi as- cidadania é o exercício desses direitos, culminando sumida pela Coordenação Nacional de Jovens, da qual as em participação plena na vida social. Fala-se tam- Pastorais da Juventude fazem parte com outros grupos e bém em deveres, para se referir às implicações e movimentos. Isso revela a importância desta atividade para a juventude e seus diversos grupos. responsabilidades da vida em sociedade.
  • 6. 6 A cidadania pode ser entendida também fazer para que nossa cidadania não seja apenas como um processo longo e permanente de con- formal, mas efetiva/substantiva, isto é, para que quista de direitos. É só lembrarmos que, quando todos/as possam exercer plenamente seus direi- surgiu a ideia de cidadania (ainda na Idade An- tos, para que os direitos conquistados não sejam tiga), somente homens, proprietários de terras retirados e para que todos/as tenham vida plena. e adultos eram considerados cidadãos. Foram necessários muitos séculos para que mulheres, pobres, estrangeiros, crianças e jovens acessas- Para que Semana da sem os mesmos direitos, mesmo que só for- malmente. Está ainda em curso a história de Cidadania? construção e ampliação destes direitos a toda É o caráter de permanente da construção população, no Brasil e no mundo. E a participa- de nossa cidadania que faz com que a SdC seja ção popular foi sempre decisiva para a ampliação sempre tão importante. Ela não é uma semana e o acesso aos direitos civis, políticos e sociais. para exercermos a cidadania, pois esta, como vi- Por isso, é importante lembrar que a cidadania mos, é vivida e construída no cotidiano. Ela é um plena só se realiza se for combinada com demo- evento, dentro de um processo, que nos ajuda a: cracia, direitos, igualdade social, justiça e partici- pação popular. Fazer memória e celebrar a luta histórica Em nossa história notamos o avanço con- dos jovens e de todo o povo na constru- siderável de acesso a direitos, graças às lutas ção dos direitos; dos movimentos sociais, das Igrejas e dos di- versos grupos, mas, sobretudo por causa das Fortalecer/organizar o processo de cons- desigualdades sociais, ainda temos muito que trução e garantia de direitos, articulando
  • 7. 7 forças com outros grupos, movimentos, Igrejas, em torno do projeto de sociedade que sonhamos e em defesa da vida dos/ as jovens; Criar oportunidade para debater com os/as jovens os temas da cidadania, dos direitos, sobretudo os que dizem respeito à vida da juventude, por meio de atividades de for- mação, mobilização, campanhas, etc; Criar oportunidade para dialogar com o poder público e outros órgãos e institui- ções em vista da efetivação de direitos juvenis e de políticas públicas para este público. A Semana da Cidadania constitui parte de nosso compromisso apostólico de anunciar e construir vida plena. É um espaço para a con- vocação de novos grupos de jovens e para des- pertar para a vida comunitária e é nossa opor- tunidade, como jovens, de compor a história da construção dos nossos direitos.
  • 8. 8 em torno da Campanha Nacional contra a vio- lência e o extermínio de jovens. E no próximo Atividades 2012 triênio, começando agora em 2012, estão em sintonia com o Projeto de Revitalização da Pas- Permanentes toral Juvenil na América Latina. As Atividades Permanentes ajudam a compor a agenda, com as motivações e os de- Todos os anos as Pastorais da Juventude safios importantes para as ações pastorais com/ realizam três Atividades Permanentes, que são dos jovens, no ano. Elas são espaços e oportu- parte de sua ação no cuidado com a vida da ju- nidades de formação, conscientização e mobili- ventude, ao modo de Jesus de Nazaré, e do pro- zação. cesso de formação integral que desenvolvem Em 2012, toda a ação pastoral com jovens com os/as sujeitos jovens. A Semana da Cida- no Brasil e na América Latina está convidada a dania (SdC), a Semana do Estudante (SdE) e o caminhar na direção de Nazaré, o lugar bíblico do Dia Nacional da Juventude (DNJ) são realizadas cuidado e do crescimento. Nas Atividades Per- como um processo, por isso são organizadas a manentes deste ano encontramos várias formas partir do planejamento das ações das Pastorais de estar com Jesus em Nazaré. Neste caso, no ano e têm os/as jovens como protagonistas. encontrar com Ele é também encontrar com a São realizadas em sintonia com a Campanha da comunidade, com o grupo, com a família, com Fraternidade, com o Documento 85 da CNBB – a cultura, com a religião, com as dores do povo, Evangelização da Juventude e com as Diretrizes do planeta, com as lutas, as conquistas e os so- Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja do Bra- nhos dos/as jovens. sil. Nos últimos três anos organizam-se também
  • 9. 9 rado por João, renovamos nossa fé de que Je- Semana da Cidadania sus alimenta e faz viver. Ele é o “alimento que 14 a 21 de abril de 2012 permanece” e que nos faz viver. Nossa busca Tema: Juventude e saúde alimentar é encontrá-lo no cotidiano, em nossa Nazaré, Lema:  É preciso ter certeza do que se alimentarmo-nos da sua Palavra e da sua vida. põe na mesa Buscar vida plena, encontrando na prática e na vida d´Ele referência para vivermos nossa pró- pria vida. A SdC abordará o tema da saúde, com ên- Desejamos que a SdC nos ajude a culti- fase no direito à alimentação. Estes temas estão vamos, também nos hábitos alimentares e na muito próximos da realidade de cada pessoa, relação com os/as outros e com o mundo, nossa que vive no campo ou na cidade. Comer é uma Casa, o Bem-Viver tendo em vista a defesa da necessidade básica de todos/as nós. É também vida e a construção da Civilização do Amor. um direito social fundamental para nossa cida- dania. Por isso, este tema nos propõe refletir o acesso que cada pessoa tem aos alimentos Semana do Estudante necessários; o modo como se produz os alimen- 06 a 12 de agosto de 2012 tos que consumimos; o cuidado com o planeta Tema: Semana do Estudante - 10 anos so- e com a vida das pessoas no processo de pro- nhando e construindo a civilização do amor dução alimentícia; e a igualdade e a justiça no Lema:  No caminho da história, a opção campo e na cidade. por uma educação libertadora O referencial bíblico Jo 6, 27 deve ilumi- nar a SdC. Nesta passagem do evangelho nar-
  • 10. 10 Com a SdE teremos a oportunidade de Com a pergunta “que vida vale a pena ser conversar sobre o modelo de educação que so- vivida?” poderemos refletir sobre a realização da , nhamos. Em 2012, com a realização da décima vida plena, através de nossos projetos de vida Semana do Estudante, poderemos fazer memó- pessoais e dos projetos de sociedade. ria histórica dos passos dados na construção Enfim, que neste ano em que a Igreja cele- da Civilização do Amor. Será uma oportunidade bra os 50 anos do Concílio Vaticano II, as Ativida- para refletir as opções no campo da educação e des Permanentes nos ajudem a entrar na mística da sociedade e renovar os compromissos, para de Nazaré, isto é, a estarmos dispostos a realizar alimentar as utopias. a vida, comprometidos com o Reino, na simplici- dade, na cultura, no cotidiano, na missão. Dia Nacional da Juventude 28 de outubro de 2012 Tema: Juventude e Vida Lema: Que vida vale a pena ser vivida? O DNJ em 2012 e 2013 estará sob respon- sabilidade da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude. As Pastorais da Juventude, por meio de seus secretários nacionais, acompanham e participam da Coordenação Nacional de Jovens (CEPJ) da CNBB, composta por pastorais, movi- mentos e novas comunidades.
  • 11. 11 vida diferente, não o do consumismo e do indi- Apresentação vidualismo, mas o da integralidade da vida, com uma espiritualidade comunitária e ecológica. Nosso Senhor Jesus Cristo veio para dar dignidade e vida aos seres humanos. Veio pro- Caros Irmãos e Irmãs! A Campanha da por uma vida digna aonde não falte o alimento Fraternidade 2012 (CF) neste ano nos propõe do cotidiano e nem o alimento espiritual. No um caminho de reflexão bastante ousado – Evangelho de João “Eu vim para que todos te- “Fraternidade e Saúde Pública” Um tema que . nham vida, e a tenham em abundância” (Jo 10, exige conversão e mudança de mentalidade. A 10b), Jesus assumiu o compromisso de dar a vida é o maior presente que Deus deu ao ser vida para outras tenham vida em abundância. humano, assim somos convidados a ampliar Essa é a maior prova de amor pelo outro. Ain- a solidariedade com o enfermo, no cultivo de da no Evangelho (Jo 6,27), Jesus nos convida a uma vida saudável e no compromisso com a crer Nele, pois Ele “alimento que permanece” garantia do direito a um bom sistema de saúde e que nos faz viver. pública de qualidade. O Bem Viver pode ilustrar nossa busca, A Semana da Cidadania (SdC) se soma à porque falar de saúde é falar de cuidado. Nin- CF Com o tema “Saúde Alimentar” propõe que . guém está saudável se não cuida de si, se não a juventude, nos seus diversos espaços, reflita é cuidado pelo/a outro/a, se não cuida do próxi- sobre as práticas de cuidado consigo, com os mo, da terra, das relações, da alimentação, do outros e com planeta, práticas que geram Bem corpo, do espírito. O cuidado, a integralidade, Viver. A idéia do Bem Viver, fruto da sabedoria a relação, que tanto estão relacionados com o dos povos indígenas, nos aponta um modo de modo de vida dos povos originários de nosso
  • 12. 12 continente latino-americano. Como aprende- os anos e nos ajuda a refletir e valorizar o Ser mos com a CF a melhor forma de cuidar da , Humano Criatura amada de Deus. saúde de uma pessoa é evitar que ela adoeça. Boa Semana da Cidadania a todos e a to- Assim, a SdC propõe três eixos temáticos para das. trabalhar o tema: saúde, agricultura e direi- tos. Os três eixos nos ajudam a dar uma volta Fraternalmente, ampla pelo tema, tendo como pano de fundo a idéia do cultivo do Bem Viver. Pensemos nas P Antonio Ramos do Prado, sdb . pessoas, no cuidado com o corpo, com uma Assessor para a Comissão Episcopal vida saudável, que passa pelo consumo de ali- Pastoral para a Juventude da Cnbb mentos adequados. Pensemos nos modelos de produção de alimentos, nas práticas que geram saúde para as pessoas e para o planeta e nas práticas que geram doença e morte. Pensemos em garantir o direito à saúde e à segurança alimentar a todos/as, com acesso igualitário e adequado, com qualidade e segurança. Desejamos que você, sua família, seu grupo, sua comunidade, sua escola, sua fa- culdade que aprofundem e alimentem sua Fé, pois Jesus é o alimento que nos faz viver. Fé na Vida, Fé no Homem e Fé na Terra. A Semana da Cidadania é uma porta que nos abre todos
  • 13. 13 necessário planejar com antecedência e cuidado as atividades. Podemos começar pelo estudo des- Como organizar te material e de outros que possam nos inteirar do tema, formar as parcerias, planejar, realizar e ava- a Semana liar as atividades e ações. Compreendendo que a SdC é realizada por muitos tipos de grupos, o subsídio foi preparado A Semana da Cidadania (SdC) pode ser de modo a favorecer a realização de diferentes realizada de muitas formas, por muitos modelos tipos de atividades. As atividades da SdC podem de grupos e coletivos. O tema proposto é sem- e devem acontecer em diversos espaços da so- pre um tema relacionado à vida dos/as jovens, por ciedade: igrejas, praças, escolas, ruas, câmaras, isso, sabemos muitas coisas a respeito dele. No sindicatos, comunidades rurais, acampamentos, entanto, com o subsídio, as Pastorais da Juventu- etc. O importante é ter criatividade tanto na ativi- de apresentam mais do que o tema, apresentam dade a ser realizada como em onde realizá-la. Para uma reflexão. Este subsídio propõe alguns modos cada um dos temas abordados, dentro da temá- de abordagem e questões, dados e ideias sobre o tica central da SdC, são apresentados: um texto tema para o debate e a ação dos grupos. Ele nos de aprofundamento, um referencial bíblico, suges- ajuda a entender melhor alguns aspectos do tema tão de dinâmicas e indicação de subsídios (filmes, e pode ser usado em conjunto com outros mate- músicas, poesias). Assim, temos em mãos um riais aos quais tenhamos acesso e com as informa- conjunto de possibilidades que podem ser mon- ções que já sabemos a respeito do tema da SdC. tadas e usadas da maneira que melhor atender às Para que a SdC cumpra seus objetivos e expectativas e necessidades dos grupos. Abaixo, seja oportunidade de formação e mobilização, é sugerimos algumas atividades para realizar a SdC.
  • 14. 14 Sugestoes de atividades: • Gincanas; • Propor e realizar ações conjuntas com a • Rodas de Conversa; Campanha da Fraternidade 2012; • Reuniões/encontros para debate das temáticas; • Seções solenes nas Câmaras Municipais e/ • Plenárias; ou Assembleias Legislativas; • Palestras; • Criação e divulgação de pequenos filmes • Pesquisas sobre temáticas relacionadas; no na internet; • Seminários; • Criação e divulgação de textos, poemas, • Oficinas; jornais, teatros, etc; • Campanhas ou apoio às Campanhas já • Elaboração de paródias e/ou músicas; existentes relacionadas às temáticas; • Criação de jogos; • Feiras; • Visitas nas escolas; • Painéis; • Acampamentos; • Tardes de Formação; • Celebrações; • Ofícios Divino; • Festivais; • Audiências Públicas; • Pesquisar os movimentos e pastorais so- • Conversas com profissionais da saúde; ciais que têm se dedicado à conquista de • Visita à pequenos agricultores; direito alimentar; • Visita à entidades que trabalham ou estudam te- • Estudar com o grupo/coletivo/movimento o máticas diretamente ligadas à temática da SdC; Marco legal brasileiro que garante o direito • Planfletagem; à alimentação. • Passeatas ou Marchas; • Organizar atividades preparatórias para a • Cine-Fórum; Conferência Rio +20
  • 15. 15 Saúde Para trabalhar o tema: ” Que a saúde se difunda pela terra” (Eclo 38,8) 1. Texto de apoio: A promoção da saúde e de uma vida sau- Sabemos que fomos criados para a vida em dável não está relacionada somente com os abundância. Temos de cuidar da vida, do corpo, da serviços médicos. Diz respeito à garantia de um alimentação. A saúde é um dos aspectos funda- conjunto de direitos que inclui saneamento, mo- mentais para pensarmos uma vida plena, para culti- radia, educação, lazer, emprego e alimentação. varmos o Bem Viver. Mas saúde não é apenas a au- No entanto, não prescinde de um bom Sistema sência de doença. Aprendemos com a Organização Único de Saúde (SUS), que funcione adequada- Mundial da Saúde (OMS) que saúde é “a situação mente e que efetivamente garanta os seus prin- de perfeito bem-estar físico, mental, social e espi- cípios de universalidade, integralidade e equida- ritual” Ela é também um direito de todos, previsto . de. E, além disso, que garanta um serviço espe- em nossa Constituição Federal no artigo 196. cializado e qualificado no atendimento de jovens Um dos pontos que queremos discutir na e adolescentes. SdC é a saúde alimentar, pois este assunto está relacionado diretamente com nossa vida cotidia- É preciso ter certeza do que na. Todos os dias ingerimos alimentos para obter se põe na mesa energia, prazer, saúde, disposição para realizar nos- sas atividades. Mas sabemos o que colocamos na Em ranking da Agência Nacional de Vigi- mesa? Será que o que consumimos está nos tra- lância Sanitária (Anvisa), publicado em dezembro zendo mais vida?
  • 16. 16 de 2011, foi detectada a presença de resíduos de meio ambiente e a nossa saúde. agrotóxicos em níveis acima do permitido em ali- A saúde também tem a ver com os hábitos mentos como pimentão, morango e pepino, além alimentares. Estes hábitos estão relacionados à da utilização de agrotóxicos não autorizados. Um cultura, mas podem sofrer influência da indústria dos diretores da Anvisa considerou a situação pre- alimentícia e de um estilo de vida acelerado, que ocupante, pois a ingestão contínua de alimentos contribui para o sucesso dos “fast-food’s” os quais , contaminados por agrotóxicos pode contribuir para têm contribuído para o aumento da obesidade o surgimento de doenças como o câncer. infantil e adulta. A obesidade é considerada pela Assim, todos os dias, quando comemos Organização Mundial da Saúde (OMS) um dos dez algum alimento, podemos estar ingerindo uma principais problemas de saúde pública no mundo. quantidade enorme de venenos. Nossos alimen- E, de acordo com o IBGE, metade da população tos estão cada dia mais contaminados em função adulta de nosso país está com sobrepeso. das toneladas de agrotóxicos que são jogadas nas Alguns alimentos industrializados que lavouras, em especial nos monocultivos do agro- fazem parte do dia a dia de muitos brasileiros negócio. Só no ano de 2009 foram jogados mais causam muitos malefícios à saúde: uma lata de de um bilhão de litros de agrotóxicos no campo refrigerante equivale em média a 10 colheres de brasileiro e, desde 2008, o Brasil se transformou chá de açúcar e um pacote de biscoito recheado, no maior consumidor de agrotóxicos do mundo, além da mesma quantidade de açúcar, contém segundo dados da Campanha Nacional contra os grande quantidade de gordura. agrotóxicos. Os agrotóxicos contaminam os ali- Esses e tantos outros fatos nos indicam mentos que comemos e a água que bebemos, a importância de estarmos atentos à origem e à além dos rios, lagos, chuvas e os lençóis freáti- composição dos alimentos que ingerimos, pois cos. Toda essa contaminação afeta diretamente o nossas escolhas e hábitos alimentares afetam
  • 17. 17 diretamente a nossa saúde, o nosso bem-estar, para dar vida plena. Quando cura algum doente, nossa disposição para servir ao Reino, além de não apenas o cura da doença, mas restaura-lhe estarem relacionados a questões mais profundas, a dignidade, devolve-lhe a integridade. Este ver- que envolvem o conjunto da sociedade, como os sículo pode ajudar a lançar luz sobre o fato de modelos de produção agrícola e o estilo de vida que devemos não apenas acabar com a fome da sociedade contemporânea. Conscientes de e com a doença, mas alimentar-nos de maneira nossas atitudes e de dos nossos direitos, somos saudável, prazerosa, com alimentos que tragam capazes de transformar nossas vidas e daqueles vida, que sejam produzidos de maneira adequa- que estão ao redor, seja no campo, na cidade, na da, sem exploração no campo, sem substâncias escola ou em qualquer outro espaço que estiver- que nos causem danos à saúde. mos ocupando. A gente não quer só comida, a gente quer comida boa! Temos direito não só à alimentação, 3. Sugestão de dinâmicas mas a uma alimentação adequada. Vamos fazer valer nosso grito por políticas publicas de juventu- • Em uma mesa, com os jovens ao redor, de e também de saúde! como se fossem participar de uma refei- ção, colocam-se diversas embalagens de venenos (rato, barata, etc) em pratos, que 2. Sugestão bíblica: são distribuídos sobre a mesa., • Ao som de um fundo musical tenso, é dito “Eu vim para que tenham vida, e a te- aos jovens que algumas substâncias usa- nham em abundância” (João 10, 10b). das na produção de venenos para matar Jesus vem para libertar o povo oprimido, insetos e bichos são os mesmo usados na
  • 18. 18 produção de nossos alimentos. Envene- Tenho Sede! nam nossa comida, podendo deixar resídu- Tu tens sede de quê, ó fonte viva? os em nossos corpos e afetar diretamente No manancial quebrado de teu corpo nossa saúde. se saciam os anjos. • Após alguns instantes de silêncio para que E todos os humanos olhem a mesa, convida-se para que for- bebemos em teus olhos moribundos mem pequenos grupos a fim de debater o a luz que não se apaga. tema. Sugestões de questões: • Após a discussão, canta-se uma música re- Terra de nossa carne, calcinada lacionada ao tema. por todo o egoísmo que a humanidade brota, • Os jovens são, então, convidados a escrever Tens a sede do amor que nós não temos, em pedaços de papel que atitudes podem Ébrios de tantas águas suicidas... tomar para realizar o desejo de mais saúde, assim como a protagonista da canção. Entretanto, sabemos • As embalagens de venenos são retiradas que será dessa boca, ressecada pela sede, para dar lugar ao papéis em que os jovens que nos virá o hino da alegria, o vinho da escreveram seus desejos. No centro da irmandade, mesa é, então, colocado um cesto com al- a enchente jubilosa da terra prometida! gumas frutas, legumes e verduras. • Ao som de “Casa no campo” de Elis Regi- , Dá-nos sede da sede! na, são oferecidos pedaços de frutas aos Dá-nos sede de Deus! jovens para serem saboreadas. • Termina-se com a seguinte leitura: (Pedro Casaldáliga e Johnny Alf)
  • 19. 19 4. Anexos para os animais e para o meio-ambiente. *sugestão de filmes, poesias, músicas, fontes O veneno nosso de cada dia Mostra os efeitos que os produtos químicos Filmes utilizados na agricultura têm para a saúde humana. Maus hábitos O filme conta a história de uma família unida por uma variedade de distúrbios Musicas alimentares. Saúde Mental (Vibrações Rasta) Nação fast food Muitos dos meus irmãos, filme fala sobre os riscos à saúde da po- Sufocados pela opressão, pulação e ao meio ambiente que a indús- Acabaram se entregando tria do fast-food provoca. de bandeja à banalização. (Repete) Corrupção do seu corpo Super size me - a dieta do palhaço Joga a sua vida no esgoto Mostra a dieta de um cineasta que duran- E a possibilidade de se libertar e aos demais te um mês comeu somente comida fast e aos demais fica pra trás food nos EUA, provando os efeitos men- E a possibilidade de se libertar tais e físicos deste tipo de alimento. E encontrar a paz, a paz A carne é fraca Logo se vai... Mostra os impactos que o ato de comer Então, não se deixe levar pela pedra carne representa para a saúde humana, do mal, não.]
  • 20. 20 Porque ela iria te roubar a saúde mental e geral Dos amigos do peito e nada mais Então, não se deixe levar pela pedra do Eu quero uma casa no campo mal, não.] Onde eu possa ficar no tamanho da paz Porque ela iria te roubar a saúde mental e E tenha somente a certeza geral.(Refrão)] Dos limites do corpo e nada mais Corrupção de um corpo Eu quero carneiros e cabras pastando pode jogar tua vida no esgoto solenes] e a possibilidade de se libertar e aos demais No meu jardim E aos demais ficam pra trás. Eu quero o silêncio das línguas cansadas E a possibilidade de se libertar Eu quero a esperança de óculos E encontrar a paz, paz Meu filho de cuca legal Logo se vai... Eu quero plantar e colher com a mão Então, não se deixe levar pela pedra do A pimenta e o sal mal, não...] Eu quero uma casa no campo Saúde, Saúde, Saúde Mental... Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé Saúde, Saúde, Saúde Mental... Onde eu possa plantar meus amigos Saúde, Saúde, Saúde Mental... Meus discos e livros E geral... E nada mais Casa No Campo (Elis Regina) Eu quero uma casa no campo Onde eu possa compor muitos rocks rurais E tenha somente a certeza
  • 21. 21 5. Fontes para quem quer saber mais * Estes materiais foram consultados para construir o texto de apoio 1. Texto sobre ranking da ANVISA sobre ali- mentos contaminados por agrotóxicos (http://www.cartamaior.com.br/templates/mate- riaMostrar.cfm?materia_id=19160) 2. Texto de Eduardo Galeano sobre algumas características da sociedade contemporânea. Versa sobre novos hábitos alimentares (http://www.cartacapital.com.br/economia/o- -imperio-do-consumo/) 3. Documento Direito Humano à alimentação adequada no contexto da segurança alimentar e nutricional (http://www.abrandh.org.br/downlo- ad/20101101121244.pdf)
  • 22. 22 dio). Pode ser desenvolvida com cuidado ao meio Agricultura ambiente ou maltratando o planeta e restringindo a oferta de alimentos de qualidade à população “Nós também somos do (monocultivos). Pode ser uma produção limpa (or- mato como o pato e o leão gânica) ou suja e prejudicial à saúde (agrotóxicos). Aguardaremos, brincaremos no Na SdC, com o tema saúde alimentar, regato até que nos tragam frutos, propõe-se que o seu grupo organize debates e teu amor, teu coração” (Gilberto Gil) ações em torno da questão da agricultura. Como são produzidos os alimentos que vão para a nossa Você já pensou se perguntou de onde vem mesa? De onde vem o que consumimos? Quem o alimento que come todos os dias? Quem o e como o produz? produz? Como produz? Ao pensar nestas ques- tões, nos deparamos com uma das atividades mais importantes de nosso país: a agricultura. Para trabalhar o tema: Ela é muito importante na promoção do Bem Vi- ver. A nossa saúde alimentar e outros aspectos 1. Texto de apoio: de nossa vida estão muito relacionados à ativi- dade agrícola. O modelo de produção agrícola predomi- Sabemos, no entanto, que há muitas nante no Brasil se sustenta com base nas gran- formas de exercer esta atividade. A agricultura des propriedades de terra (o latifúndio) com pro- pode ser realizada por pequenos proprietários dução de monocultivos (só um tipo de planta), rurais (agricultura familiar) ou por grupos que voltado principalmente para a exportação, com controlam grandes propriedades de terra (latifún- uso de máquinas pesadas que degradam a terra
  • 23. 23 e com uso intensivo de agrotóxicos. Além dis- alimentos consumidos no Brasil, emprega 75% so, os latifundiários, que controlam a atividade da mão de obra do setor agrícola, é responsável agrícola, pagam baixos salários aos/às trabalha- por 70% da produção de feijão, 34% do arroz, dores/as, chegando a utilizar trabalho escravo e 58% do leite, 38% do café, etc. causando a expulsão de milhares de famílias do No entanto, a concentração de terra é um campo. Esse modelo, chamado de agronegócio, grave problema da estrutura agrária brasileira e só gera exploração para os trabalhadores e mui- gera inúmeros desafios para o desenvolvimento to lucro para poucas e gigantes empresas trans- da agricultura familiar camponesa e da agroeco- nacionais. Estas empresas detêm o monopólio logia. De acordo com o mesmo Censo, a agri- da produção de sementes, remédio e agrotóxi- cultura familiar corresponde a 84,4% dos esta- cos. Este modelo ameaça a saúde alimentar da belecimentos agrários brasileiros. No entanto, população brasileira. esses agricultores ocupam somente 24,3% da área ocupada pelos estabelecimentos agropecu- ários brasileiros. Os estabelecimentos não fami- Há possibilidade de mudar essa lógica? liares, apesar de representarem 15,6% do total dos estabelecimentos, ocupam 75,7% da área Em oposição a este modelo, temos a ocupada. Esses dados denunciam o alto grau de agricultura familiar (regulamentada pela lei nº concentração da estrutura agrária brasileira e o 11.326, de 24 de julho de 2006) e a prática da sistema que privilegia um modelo que não é o agroecologia. A agricultura familiar camponesa mais vantajoso para a vida da população nem do é a principal abastecedora de alimentos para planeta. consumo interno. Além disso, segundo o último Censo Agropecuário (2006), ela produz 60% dos
  • 24. 24 Meio ambiente e natureza, integrando os aspectos ambientais, sociais, econômicos, políticos e culturais, em A atividade agrícola está muito relaciona- vista de um desenvolvimento que seja susten- da às questões ambientais, seja porque as con- tável. É impossível construir uma sociedade sau- dições ambientais interferem nela, seja porque dável sem a agroecologia, porque ela é a base ela interfere nas condições ambientais. Outra para uma atividade agrícola sustentável. agricultura possível, que já existe, deve propor Os movimentos e pastorais sociais assu- modos de produção que garanta: a sustentabili- miram essa luta há muitas décadas. As lutas pelo dade e o cuidado com o meio ambiente, a justiça acesso à terra e pelo triunfo de um novo mode- social e a geração de empregos justos, a oferta lo de produção agrícola é a bandeira de muita de alimentos saudáveis que gere saúde. Vise gente, tendo, inclusive, como consequência, a uma produção que não permite o monopólio das queda de muitos, assassinados pelas forças do multinacionais sobre os/as camponeses/as nem latifúndio. Mas esta não é uma tarefa somente das empresas sobre o planeta. Vise a respon- destes movimentos sociais nem só das pessoas sabilidade de uma produção de alimento limpo, que vivem no campo. É uma missão de todos/ saudável sem veneno, para toda a população. as que desejamos cultivar o Bem Viver, ter uma Uma nova prática agrícola já existe e tem alimentação saudável e digna e garantir a vida de ser assumida, ampliada e difundida. A agroe- do planeta. cologia, como prática da agricultura familiar cam- ponesa, nos lembra que é preciso estabelecer outro modo de cultivar, produzir e distribuir os alimentos. Ela é uma ciência que estuda e tra- balha a agricultura e as relações entre humano
  • 25. 25 2. Sugestões bíblicas das arvores da vida que alimentam e curam as nações nos enviem sempre em missão no com- “O que a terra der durante o ano de des- promisso com o Bem-Viver e a defesa da vida canso, servirá de alimento a ti, a teu servo, tua para todos/as. serva, teu empregado e ao agregado que mo- ram contigo” (Levítico 25, 6) A Palavra sempre nos ensina um jeito de 3. Sugestão de dinâmicas viver, de ser feliz, de Bem Viver. Em Levítico, em uma passagem sobre o ano jubilar, lemos que a Objetivo: propor um modo concreto de se terra nos dá o alimento e este deve ser de todos/ posicionar e atuar em vista de uma agricultura as. Que nossa vida seja jubilar, uma oferenda a mais sustentável e justa. Deus e aos pobres garantido que todos/as tem • Verificar quem do seu grupo/coletivo/movi- acesso a seus direito. mento conhece a Campanha Nacional Con- tra os Agrotóxicos; OU • Conhecer a Campanha e suas ações; • Discutir modos de aderir a Campanha no “No meio da praça, de cada lado do rio, es- âmbito coletivo (práticas dos grupos e com- tão plantadas árvores da vida; elas dão fruto doze promissos coletivos) e pessoal (práticas vezes por ano; todo mês elas frutificam; suas fo- pessoais de consumo, etc) lhas servem para curar as nações” Ap 22,2 . • Combinar com o grupo alguma ação com a A Palavra de Deus nos aponta que da na- comunidade local (escola, paróquia, bairro, tureza, presente e obra de Deus, vem os frutos coletivo, etc), pode ser alguma formação, que servem para mais vida. Que esses frutos feira, seminário, plaestra, etc
  • 26. 26 4. Anexos O Veneno está na mesa * sugestões de poesias, músicas, filmes, fontes Informa sobre como as pessoas se alimen- tam mal, por causa de um modelo agrário perverso. Filmes O Mundo segundo a Monsanto O filme realiza uma ampla investigação Poemas sobre a Monsanto - líder mundial na pro- Dificuldade de governar (Bertolt Brecht) dução de organismos geneticamente mo- Todos os dias os ministros dizem ao povo dificados. Como é difícil governar. Sem os ministros Cruzando o deserto verde O trigo cresceria para baixo em vez de Narra a vida das pequenas populações que crescer para cima.] habitam as regiões onde a cultura ribeirinha foi Nem um pedaço de carvão sairia das minas substituída pela monocultura do eucalipto. Se o chanceler não fosse tão inteligente. Sem o ministro da Propaganda] O futuro dos alimentos Mais nenhuma mulher poderia ficar grávida. Apresenta uma investigação profunda à Sem o ministro da Guerra] verdade perturbadora dos alimentos mani- Nunca mais haveria guerra. E atrever-se ia a pulados geneticamente, não etiquetados nascer o sol] e patenteados, que, aos poucos, vão con- Sem a autorização do Führer? quistando lugar nos nossos mercados. Não é nada provável e se o fosse Ele nasceria por certo fora do lugar.
  • 27. 27 E também difícil, ao que nos é dito, E só porque toda a gente é tão estúpida Dirigir uma fábrica. Sem o patrão Que há necessidade de alguns tão As paredes cairiam e as máquinas inteligentes.] encher-se-iam de ferrugem.] Se algures fizessem um arado Ou será que Ele nunca chegaria ao campo sem Governar só é assim tão difícil porque a As palavras avisadas do industrial aos exploração e a mentira] camponeses: quem,] São coisas que custam a aprender? De outro modo, poderia falar-lhes na existência de arados? E que] Seria da propriedade rural sem o pro O açúcar (Ferreira Gullar) prietário rural?] O branco açúcar que adoçará meu café Não há dúvida nenhuma que se semearia nesta manhã de Ipanema centeio onde já havia batatas.] não foi produzido por mim nem surgiu dentro do açucareiro por milagre. Se governar fosse fácil Não havia necessidade de espíritos tão Vejo-o puro esclarecidos como o do Führer.] e afável ao paladar Se o operário soubesse usar a sua máquina como beijo de moça, água E se o camponês soubesse distinguir um na pele, flor campo de uma forma para tortas] que se dissolve na boca. Mas este açúcar Não haveria necessidade de patrões nem não foi feito por mim. de proprietários.] Este açúcar veio
  • 28. 28 da mercearia da esquina e tampouco o com que adoço meu café esta manhã em fez o Oliveira, dono da mercearia.] Ipanema.] Este açúcar veio de uma usina de açúcar em Pernambuco ou no Estado do Rio Musicas e tampouco o fez o dono da usina. Aroma (Gilberto Gil) Este açúcar era cana A-a-a-a-aroma e veio dos canaviais extensos A-a-a-a-aroma que não nascem por acaso Vem pelo vento no regaço do vale. Aroma Em lugares distantes, onde não há hospital Fragrância, odor nem escola, Vem da pitanga homens que não sabem ler e morrem de Da manga fome aos 27 anos] Perfume da flor plantaram e colheram a cana Vem do estrume que viraria açúcar. Cheiro do gado Vem do pecado (aroma-amor) Em usinas escuras, Do corpo dela (aroma-amor) homens de vida amarga Todo molhado e dura Aroma produziram este açúcar Um cheiro de suor branco e puro Ah, ah, ah, ah, aroma
  • 29. 29 Ah, ah, ah, ah, aroma Até que nos tragam frutos teu amor, teu Vem pelas ventas coração] Aroma Abacateiro teu recolhimento é justamente Do pobre ou rico O significado da palavra temporão Embriagado Enquanto o tempo não trouxer teu abacate Tu ficas Amanhecerá tomate e anoitecerá mamão Eu também fico Abacateiro sabes ao que estou me referindo Vem da macela Porque todo tamarindo tem o seu agosto azedo Da graviola Cedo, antes que o janeiro doce manga Vem do pé de manjericão venha ser também] Há que cheirar, manjericão Abacateiro serás meu parceiro solitário Todo o planeta Nesse itinerário da leveza pelo ar Aroma Abacateiro saiba que na refazenda De planta do sertão Tu me ensina a fazer renda que eu te Todo o planeta (que cheirinho gostoso) ensino a namorar] Aroma (de capim cheiroso) Refazendo tudo De planta do sertão Refazenda Refazenda toda Refazenda (Gilberto Gil) Guariroba Abacateiro acataremos teu ato Nós também somos do mato como o pato e o leão] Aguardaremos brincaremos no regato
  • 30. 30 Fazenda (Milton Nascimento) Água de beber 5. Fontes para saber mais * Estes materiais foram consultados para construir Bica no quintal o texto de apoio Sede de viver tudo 1. Campanha contra os agrotóxicos E o esquecer (www.contraosagrotoxicos.org ) Era tão normal que o tempo parava 2. Censo Agropecuário 2006 (www.ibge.gov.br) E a meninada respirava o vento Até vir a noite e os velhos falavam coisas 3. Texto da Carta Capital sobre o agronegócio dessa vida] (http://www.cartacapital.com.br/carta-verde/ Eu era criança, hoje é você, e no amanhã, agronegocio-nao-garante-seguranca-alimentar/) nós(2x)] 4. Londres, Flavia. Agrotóxicos no Brasil: um Água de beber guia para ação em defesa da vida. – Rio de Bica no quintal, sede de viver tudo Janeiro:AS-PTA – Assessoria e Serviços a Proje- E o esquecer tos em Agricultura Alternativa, 2011. Era tão normal que o tempo parava Tinha sabiá, tinha laranjeira, tinha manga rosa Tinha o sol da manhã E na despedida, tios na varanda, jipe na estrada E o coração lá(4x)
  • 31. 31 Direitos rado ao pacote lançado pelo governo norte-ame- ricano para ajudar os bancos, em 2009. Como já vimos neste subsídio, cidadania “Como pode a voz que vem das casas ser a da tem a ver com direitos. Por isto, a SdC nos pro- justiça se os pátios estão desabrigados?” põe mobilizar debates e ações sobre a questão (Bertold Brecht) do direito à alimentação e à segurança alimentar. Como poderemos aprender no texto de apoio e nos outros materiais disponibilizados para nos Nos últimos anos, o mundo viveu grandes motivar a tratar o tema, o direito à alimentação crises econômicas que afetaram, sobretudo, os está relacionada com questões amplas que di- países e as pessoas mais pobres. Neste quadro, zem respeito a cada cidadão/ã. o problema da fome se agravou, apesar dos inú- meros tratados e compromissos internacionais assumidos para sua erradicação. Há no mundo Para trabalhar o tema: 2 bilhões de pessoas que passam fome. No en- tanto, os dados nos mostram que não há escas- 1.Texto de apoio: sez de alimentos e sim má distribuição. Um estudo recente de um dos organis- O número de pessoas que passam fome mos da ONU, estimou que um investimento de no mundo denuncia uma violação de direito. Ao cerca de 30 bilhões de dólares anuais em países dizermos que somos portadores de direitos, pobres seria o suficiente para erradicar a fome concordamos que há um portador da obrigação no mundo todo, num prazo de dez anos. Esse de efetivar estes direitos. Em relação aos direi- dinheiro, na verdade, é muito pouco se compa- tos humanos, a obrigação é do Estado, afinal, é
  • 32. 32 ele quem tem controle sobre recursos públicos de produção e acesso; qualidade dos alimentos. disponíveis e deve usar estes recursos para pro- Em 2004, tivemos no Brasil a II Conferên- mover e garantir os direitos das pessoas. cia Nacional de segurança alimentar e nutricio- A compreensão de que a falta de alimen- nal, onde se teceu o seguinte conceito de Saúde tação é uma violação dos direitos humanos é re- alimentar e nutricional (SAN): “a SAN consiste cente. E uma grande parcela da população des- na realização do direito de todos ao acesso re- conhece que o acesso à alimentação adequada gular e permanente a alimentos de qualidade, e segura é um direito humano. Com o final da em quantidade suficiente, sem comprometer o segunda guerra mundial e a fome que se alas- acesso a outras necessidades essenciais, ten- trou entre os países envolvidos, surgiu a idéia do como base práticas alimentares promotoras de segurança alimentar. Mas só na década de de saúde que respeitem a diversidade cultural 1970, a Organização das Nações Unidas para a e que sejam ambiental, cultural, econômica e Agricultura e Alimentação (FAO) passou a deba- socialmente sustentáveis” Também em âmbi- . ter o conceito e, somente na década de 1990, na to internacional, em 2002, a ONU, por meio de Cúpula Mundial da Alimentação, realizada pela seu relator especial para o direito à alimentação, Organização das Nações Unidas (ONU), os paí- definiu que o direito à alimentação adequada é ses definiram o que é segurança alimentar e de- “um Direito Humano inerente a todas as pesso- terminaram as ações necessárias para garanti-la. as de ter acesso regular, permanente e irrestrito, De acordo com o pacto assumido pelos países, quer diretamente ou por meio de aquisições fi- para assegurar o direito alimentar, seria neces- nanceiras, a alimentos seguros e saudáveis, em sário garantir à população: disponibilidade de ali- quantidade e qualidade adequadas e suficientes, mentos suficientes; acesso de todos ao consu- correspondentes às tradições culturais do seu mo destes alimentos; continuidade/estabilidade povo e que garanta uma vida livre do medo, dig-
  • 33. 33 na e plena nas dimensões física e mental, indi- ampla sobre o problema da fome. Na verdade, vidual e coletiva” Além disso, o Direito Humano . nos ajuda a perceber que a questão da insegu- à Alimentação Adequada está previsto na Decla- rança alimentar não está necessariamente rela- ração Universal dos Direitos Humanos (art. 25º), cionada à escassez de alimentos. Há países que como garantia de qualidade de vida. mesmo sendo autossuficientes na produção de Vimos nestas concepções a respeito do alimentos, e que exportam, mantêm parte de nosso direito à alimentação uma integralidade sua população faminta. Garantir o direito destas de elementos: pessoas trata-se de uma questão mais estru- 1. Temos direito de acessar permanente- tural, que envolve justiça social. Neste sentido, mente os alimentos necessários para a vida; também as políticas e ações de combate ao 2. Temos direito à garantia de qualidade problema têm de ser estruturais, não podem se destes alimentos, promovendo saúde; reduzir a doações de alimentos ou verbas emer- 3. Temos direito a ter nossa cultura ali- genciais. É necessário: mentar respeitada, já que sabemos que cada • Garantir acesso e distribuição igualitária, com povo (ver os indígenas, os indianos, os judeus, políticas estruturais e redistribuição de renda; etc) tem seu próprio modo de se alimentar; • Garantir uma produção autosuficiente; 4. Temos direito de estar livres da questão • Promover a reforma agrária; fome e ter promovida nossa saúde na integralida- • Fortalecer a agricultura familiar camponesa; de (física, mental, individual, espiritual e coletiva); • Incentivar práticas agroecológicas; 5. Temos direito a uma produção e oferta • Incentivar práticas de vigilância sanitária de alimentos que seja sustentável (ambiental, que garanta a qualidade dos alimentos; econômica, social e culturalmente). • Promover abastecimento adequado de Esta concepção nos ajuda a ter uma visão água e saneamento básico;
  • 34. 34 No Brasil, nos últimos anos, cresceu mui- cheios! Ora, os que tinham comido eram cerca to o marco legal que tem como intenção assegu- de cinco mil homens, sem contar as mulheres e rar e promover o direito humano à alimentação. crianças” (Mt 14. 20-21) Desde 2002, como lançamento do Programa A vida de Jesus e sua prática nos animam, por- Fome Zero, a questão do combate à fome ga- que mostra que o Reino só é possível onde to- nhou destaque. Um conjunto de ações foram dos têm direito de comer. No entanto, nos mos- adotadas e ajudaram a fortalecer a questão. Mas tra que esse direito só se realiza na partilha e na ainda nos restam muitos desafios e não é possí- fraternidade. É a Palavra que nos anima na busca vel ter cidadania plena no Brasil enquanto tiver- da garantia dos direitos de todos, partilhando não mos pessoas que não têm segurança alimentar. só o pão, mas partilhando a luta dos que buscam Como todos os outros direitos de cidada- pão. Ele mesmo é o alimento (eucarístico) que nia, a conquista do direito alimentar é fruto de mata nossa fome e nos dá o exemplo na bus- processos históricos e mobilização popular que ca do Bem Viver, que se realiza na partilha e na pressionou os Estados nacionais e as organiza- igualdade, como sinal do Reino de Deus. ções internacionais a avançar na compreensão e garantia de direitos . Essa tarefa continua, e OU é nossa. “Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o 2. Sugestão bíblica Filho do Homem vos dará; porque Deus, o Pai, o confirmou com o seu selo. (Jo 6,27) ” “Todos eles comeram e ficaram saciados; e re- Jesus de Nazaré, conhecedor da realidade do colheram os pedaços que sobraram: doze cestos
  • 35. 35 povo e extremamente apaixonado pelos seus a • Convide os jovens para se sentarem em ponto de amá-los até o fim, intui e assumi tam- círculo no chão deixando a frente uma ca- bém para sua vida que alimentação, como parte neca ou copo. essencial para a vida dos povos, é um direito ine- • Despeje quase toda a água na caneca/ gociável a todos/as. Tanto que Ele mesmo se faz copo do jovem, deixando apenas um pou- pão, sendo o Pão da Vida, que permanece para co na sua. Deixe que cada um despeje a sempre e que, ao partilhamos Dele, nos envia quantidade que quiser. Repita a ação até na luta para que a vida plena para todos/as seja que a água se acabe. garantida e tal qual o direito a alimentação de OU qualidade seja realidade para todos/as em todos os tempos. • É possível também organizar com seu grupo ou com outros grupos atividades preparatórias para a Rio +20, Conferência 3. Sugestão de dinâmicas da Organização das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável, que será Partilhando a Água e/ou Pão realizada no mês de junho no Rio de Ja- Materiais: Uma caneca ou copo com neiro. Saiba mais sobre a Conferência e água e pães círios. as formas de participar em rio20.info/ Objetivo: Motivar o gesto da partilha, in- dependente da quantidade que se tenha, como compromisso comunitário e cultivo do Bem Vi- ver. Pode ser feito com a água que (passos da- dos abaixo) e/ou com o pão.
  • 36. 36 4.Anexos * sugestões de poesias, músicas, filmes, fontes Musicas Filmes Canção Do Sal (Gilberto Gil) Trabalhando o sal é amor é o suor que Garapa me sai] Acompanha a vida de três famílias e a ro- Vou viver cantando o dia tão quente que faz tina de crianças mal nutridas que bebem Homem ver criança buscando conchinhas garapa para combater a fome. no mar] Trabalho o dia inteiro pra vida de gente levar Food, Inc. Água vira sal lá na salina Um olhar por dentro da indústria de co- Quem diminuiu água do mar mida dos Estados Unidos, e como ela se Água enfrenta sol lá na salina desenvolveu nas últimas décadas. Hoje, Sol que vai queimando até queimar apenas poucas grandes empresas contro- Trabalhando o sal pra ver a mulher se vestir lam basicamente tudo o que a população E ao chegar em casa encontrar a família sorrir consome, e isso certamente não é algo Filho vir da escola problema maior é o positivo, nem para as pessoas e muito de estudar] menos para os animais. Que é pra não ter meu trabalho e vida de gente levar]
  • 37. 37 não cabe no poema. Poemas Não cabem no poema o gás a luz o telefone Compaixão, Fome e Justiça a sonegação (Bertold Brecht) do leite Como pode a voz que vem das casas da carne Ser a da justiça do açúcar Se os pátios estão desabrigados? do pão. Como pode não ser um embusteiro O funcionário público aquele que ensina aos famintos outras coisas não cabe no poema Que não a maneira de abolir a fome? com seu salário de fome Quem não dá o pão ao faminto sua vida fechada Quer a violência. em arquivos. Quem na canoa não tem Como não cabe no poema Lugar para os que se afogam o operário Não tem compaixão. que esmerila seu dia de aço Quem não sabe de ajuda e carvão Que cale. nas oficinas escuras – porque o poema, senhores, Não há vagas (Ferreira Gullar) está fechado: “não há vagas” O preço do feijão Só cabe no poema não cabe no poema. O preço o homem sem estômago do arroz a mulher de nuvens
  • 38. 38 a fruta sem preço de Alimentação Escolar (PNAE), Progra- O poema, senhores, ma Nacional de Fortalecimento da Agri- não fede cultura Familiar (PRONAF), Programa de nem cheira. Desenvolvimento Integrado e Sustentável do Semi-Árido (CONVIVER), Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), etc. 5. Fontes para saber mais 5. Texto Um bilhão de famintos (Walter * Estes materiais/sites foram consultados para Belik), publicado em 08/10/2011, na Carta construir o texto de apoio Capital Escola. 1. Ministério do Desenvolvimento Social e 6. Cartilha do governo federal sobre o di- Combate à fome: (www.mds.gov.br) reito humano à alimentação adequada e meios para fazer valer esse direito (http:// 2. Conselho Nacional de Segurança Ali- www4.planalto.gov.br/consea/publicaco- mentar: (www.planalto.gov.br/consea) es/folheto-direito-humano-a-alimentacao- -adequada) 3. Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (LOSAN), sancionada em 15 7 Livro da Associação Brasileira pela Nu- . de setembro de 2006. trição e Direitos Humanos (http://www. fao.org/righttofood/publi10/BRAZIL_5_ 4. Iniciativas relacionadas à Saúde Ali- ApostiladoCursoOnlineExigibilidade.pdf) mentar e Nutricional no Brasil: Estraté- gia de Saúde da Família (ESF); Programa Bolsa Família (PBF), Programa Nacional
  • 39. 39 Pastoral da Juventude Estudantil Contatos secretaria@pjebr.org www.pjebr.org Importantes Pastoral da Juventude secretarianacional@pj.org.br www.pj.org.br Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude SES Q 801 Conj. B CEP 70410-900 Projeto de Revitalização da Pastoral da Brasília - DF Juventude Latino-Americana Tel: (61) 2103-8341 www.pjlatino.redejuventude.org.br juventude2@cnbb.org.br www.jovensconectados.org.br Rede Brasileira de Centros e Institutos www.redejuventude.org.br Pastoral da Juventude Rural pastoraldajuventuderural@gmail.com CAJU - Casa da Juventude Pe. Burnier http://pastoraldajuventuderural-pjr.blogspot. 11ª Avenida, 953 - Cx. Postal 944, Setor Universitário com/ CEP: 74605-060 - Goiânia/GO. www.pjr.org.br Fone: (62) 4009-0339 - Fax: (62) 4009-0315 caju@casadajuventude.org.br Pastoral da Juventude do Meio Popular www.casadajuventude.org.br pjmpcomunica@gmail.com www.pjmp.org
  • 40. 40 CCJ - Centro de Capacitação da Juventude Centro Marista de Juventude - Montes Claros/ MG Rua Bispo Eugênio Demazenod, 463-A, V. Alpina Rua Pe. Champagnat, 81, Roxo Verde CEP: 03206-040 - São Paulo/SP CEP: 39400-367 - Montes Claros/MG Fone/fax: (11) 2917-1425 Fone: (38) 3223-6621 ccj@ccj.br cmjmoc@marista.edu.br www.ccj.org.br Centro Marista de Juventude – Natal/ RN Centro de Juventude Anchietanum Rua José de Alencar, 809, Cidade Alta Rua Apinagés, 2033, Sumarezinho CEP: 59025-140 - Natal/RN CEP: 01258-001 - São Paulo/SP Fone: (84) 3221-2298 Fone: (11) 3862-0342 cmj.natal@marista.edu.br secretaria@anchietanum.com.br www.anchietanum.com.br Centro Marista de Juventude – Palmas/TO 504 Sul, Alameda 9, Lote 9 Centro Marista de Juventude – Belo Horizonte/MG CEP: 77130-400 - Palmas/TO Rua Aymoré, 2480, 2º andar, Bairro de Lourdes Fone: (63) 3214-5878 CEP: 30140-072 - Belo Horizonte/MG cmjpalmas@marista.edu.br Fone: (31) 2129-9000 cmjbh@marista.edu.br Centro Popular de Formação da Juventude – www.cmpbh.com.br Vida e Juventude SDS Ed. Miguel Badya, Bl. L, nº 30, Salas 217/219 CEP: 70394-901 – Brasília/DF Fone: (61) 3323-1954 / 3224-4717
  • 41. 41 vidaejuventude@gmail.com Instituto Paulista de Juventude www.vidaejuventude.org.br Rua Antônio Cariá, 17 – 1ª andar - Guaianazes CEP: 08450-010 - São Paulo/SP Instituto de Formação Juvenil do Maranhão Fones: (11) 9826-8213/ 8176-5707 Praça Gonçalves Dias, 288, Centro institutopaulistadejuventude@yahoo.com.br CEP: 65060-240 - São Luís/MA www.ipejota.org.br Fone: (98) 3221-1841 ifjuvenil_ma@yahoo.com.br Trilha Cidadã Rua Rio Paraguaçu, 220, Bairro Arroio da Manteiga Instituto de Juventude Contemporânea CEP: 93145-580 - São Leopoldo/RS Rua Castro e Silva, 121, Ed. Oriente, salas 400 Fone/Fax: (51) 3568-7451 e 401 – Centro trilhacidada@trilhacidada.org.br CEP: 60030-010 – Fortaleza/CE www.trilhacidada.org.br Fone: (85) 3247-7089 ijc@ijc.org.br www.ijc.org.br Instituto de Pastoral de Juventude Leste 2 Rua São Paulo, 818, 12º andar, sala 1203 CEP: 30170-131 - Belo Horizonte/MG Fones: (31) 2515-5756 - Fax: (31) 2515-5453 ipjlesteii@yahoo.com.br www.ipjleste2.org.br