Matéria do Jornal Zero Hora, de Porto Alegre – RS, sobre o goleiro iraraense Dida, que no momento da publicação joga no Grêmio, trata da carreira de Dida, chama atenção para os contrastes no comportamento do goleiro, com relação ao seu perfil diferente no ambiente de trabalho e nos seus momentos de férias e ainda desta o cordel “Dida: o goleiro que passou a perna no juiz ladrão”, de autoria de Kitute de Licinho. Acesse aqui a reprodução da versão impressa do jornal.
Eta Baino Porreta - Matéria sobre Dida no Zero Hora de Porto Alegre - 15.09.2013
1. ZH
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DOMINGO, 15 DE SETEMBRO DE 2013
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m folhetim de cordel no agres-
te baiano faz de Dida um cabra
porreta que defende dois, três,
quatro pênaltis marcados pelo árbitro da-
nado que vende resultado. Em versos, a
história Dida, o Goleiro que Passou a Perna
no juiz ladrão é contada pela região onde o
jogador do Grêmio nasceu há quase 40 anos
e encanta o povo nordestino fascinado pelas
proezas do seu herói,como nestas rimas:
“Pra delírio da torcida
E a morte do juiz
Dida arregalou o olho
E foi de novo feliz
Ao adivinhar o canto
E Rosendo com espanto
Gritou:“– Fio de meretriz!!”
Rosendo é o juiz no livreto de 15 páginas
do poeta popular Kitute de Licinho (veja ao
ladoosversosdedicadosaDida),cordelistada
pequena Irará,a cidade de onde o goleiro é
natural e da qual jamais se desligou.Situa-se
a 130quilômetrosdeSalvador,pertodaSan-
to Amaro de CaetanoVeloso,em direção ao
Interior,jádeixandoasaragensdoRecôncavo
eentrandonadurezadosertãobaiano.
Não há férias em que o filho da terrinha
deixe de se abancar na casa dos pais,Isalti-
no e Celice,e ali permanece como um chefe
de clã ao lado da mulher Lúcia e dos filhos
Luís Miguel,oito anos,e Helene Vitória,12.
Servem-lhe farinha de tapioca e maturi e
reúnem um batalhão de 40 parentes na casa
dosSilvanobairrodeMangabeira.
A cidade é da época das capitanias, dos
governadores-gerais,e as fachadas barrocas
ainda estão lá.Se Salvador foi colonizada em
1510, Irará é de 1717, quando expedições
paulistas recém deixavam Laguna para po-
voaroRioGrande.
Seu Isaltino, que antes morava na roça,
hoje está no centro dos 28 mil habitantes.
– Quando o Dida vem aqui,vira atração
em toda região,não só em casa – explica a
cunhada Fabiana Marques, porta-voz da
família em Irará, já que o rapaz vive num
mutismo imperturbável, detesta falar com
quem não lhe é próximo.
Conceder entrevistas,então,nem pensar.
Fica aperreado com enxeridos.
Pois o goleiro que hoje conquista a sim-
patia da torcida na Arena, um dos mais
vitoriosos dos últimos 20 anos, penta pela
Seleção de 2002, bi da Copa das Confede-
rações, do mundial de Clubes, da Liga dos
Campeões,títulos do Italiano,Copa da Itália,
CopaAmérica,Libertadores,Brasileirão,no-
me na seleção de todos os tempos do Milan,
esse cara ainda curte férias com o mesmo
diletantismo de criança.
Veja a seguir como ele se transforma
quando está em casa.
jones.silva@zerohora.com.br
PorKitutedeLicinho
(...)Didaagarravabem
Nãodeixavapassarnada
Jáaostrintadosegundo
Vendoacoisaapertada
AchandoDidaotário
Rosendoosalafrário
Marcoufaltainventada
Poisnaentradadaárea
Numajogadanormal
Oladrãoapitoupênalti
Correupramarcadacal
Atorcidalogoquis
Pegaraquelejuiz
Debaixodepedraepau
Atacantepracobrança
Chutoucommuitafirmeza
Opovofechouoolho
Iaentrarcomcerteza
MasDidacomoumsanto
Foibuscarbemlánocanto
Efezabeladefesa
Ojuizmandouvoltar
Atorcidaenlouqueceu
ERosendoalegava:
“-Ogoleirosemexeu!
Vaiterquebaterdenovo
Eunãoligopr’essepovo
Vaiterquebaterdenovo
Quemmandaaquisoueu!”
Openalfoibembatido
Didadefendeuvalente
Rosendodesesperado
Dizqueelefoiprafrente:
“–’Sódigoquearegraéclara’
Euqueroveressecara
Pegaressanovamente!”
Pradelíriodatorcida
Eamortedojuiz
Didaarregalouoolho
Efoidenovofeliz
Aoadivinharocanto
ERosendocomespanto
Gritou:“–Fiodemeretriz!!”
(...)
Rosendosaiucorrido
Dacidadeedamorte
Atorcidaosurrou
DoCruzeiroatéoCorte
GraçasaogoleiroDida
Cadaboladefendida
Acabouasuasorte
Jones Lopes da Silva
SEGUE >
2. 30 Esportes/GRÊMIO DOMINGO,15DESETEMBRODE2013ZERO HORA
nos festejos de São João que o cir-
cunspectoDidaseesbalda.Nanoi-
te de 24 de junho,em companhia
da família,ele se junta a um bloco famoso da
sua cidade de Irará,o Jeguerê,e sai a brincar
aosomdeumtrioelétricoemmeioaoarras-
tãodopovaréu.
Os convites para desfilar no alto do carro
de som como celebridade,ele declina.Segue
no chão em companhia do seu pessoal,gente
festeiratípicadamisturacabocla,portuguesa
enegradaBahia.Atéporqueobommesmoé
aproveitar as quadrilhas no entorno e curtir
astendascomdocesetabuleirosdeacarajé.
–ElemelevouumavezaIrará.Euvicomo
o cara fica à vontade com a sua gente.Sorri,
dá uns passinhos e até fala um pouquinho
– diverte-se o ex-atacante Edilson,o destra-
melado colega do Corinthians campeão bra-
sileirode1999edoMundialdaFifaem2000.
Para conviver melhor,Dida comprou um
sítio na frente da casa dos velhos.A inten-
ção era acolher as cinco irmãs (uma médi-
ca e uma professora),dois irmãos e quatro
cunhadas, todas professoras, como Fabia-
na Marques:
– Ele acaba mesmo é passando o dia com
todo o mundo na casa dos país.É muito ape-
gadoaosseus.
Também Serginho, ex-lateral-esquerdo
com quem Dida conviveu durante oito anos
noMilan,conheceuocontentamentodoami-
goquandopertodosparentes.
–As férias de meio de ano na Europa faci-
litavam a vinda aos festejos de São João.Ago-
ra,asituaçãoédiferente–explicaSerginho.
Isso é verdade.Desde que voltou a jogar no
Brasil,nãohácomoacompanharafunçãode
junho.Muito menos os folguedos da padro-
eira Nossa Senhora da Purificação dos Cam-
pos na última sexta-feira de janeiro,época da
lavagem da escadaria da igreja,do samba de
rodaedosblocosdesujos.
Nesses,afamíliaparticipa,elenão.
Este ano,o goleiro não viajou a Irará du-
rante a folga da Copa das Confederações,
tinha de se reapresentar no Olímpico qua-
tro dias antes de São João.E nem se amofi-
nou por isso. Cioso no trabalho, Dida é do
tipo que chega uma hora antes dos treinos
e sai uma depois.
Para compensar,quando o Grêmio enfren-
tou o Bahia em agosto,dona Celice,irmãos e
cunhadas o visitaram naArena Fonte Nova,
comoemoutrasvezesforamvê-lonaItália.
– O Dida bancou a viagem dos parentes
paraMilão?
– Não,que nada.Pagamos do nosso bolso,
trabalhamos todos, a gente tem condições
– responde Fabiana,o que revela o perfil da
família.
Nos 10 anos em que jogou na Europa, o
goleiro colheu glórias atrás de um silêncio
desenxabido,embora fosse sociável e respei-
tadoportodos.
Cafu e Serginho eram a sua turma no con-
domínio reservado aos jogadores do Milan
no bairro de San Siro.Quando o ex-volante
Émerson chegou ao Roma,Dida o incluiu no
círculodeamizadesvisitando-onasfolgas.
– Não lembro de uma entrevista dele na
Itália – esforça-se Émerson,de oito anos pas-
sadosnaItália.
O silente só se expressa no trabalho. Dá
bronca na zaga,conversa o suficiente na con-
centração e,nos pagodes,fica por perto,em-
boradelado,cantarolando.
Para desentocá-lo do silêncio,os mais che-
gados o chamam de Nelson.Sabem que ele
não gosta e por isso provocam a reação de
NelsondeJesusSilva.
Quando caçoam de sua cidade,ele repete
umafraseorgulhosaearretada:
– Temos três personalidades em Irará: o
tropicalista Tom Zé,a apresentadora Glória
Mariaeeu.
Apelido é alusão ao Dida alagoano que
foi do Flamengo e da Seleção Brasileira
Bem cedo o pai de Dida foi trabalhar em
Maceió e levou a família.Vem daí o apelido
de criança. Intrépido goleiro dos campi-
nhos do agreste, acabou batizado em alu-
são ao atacante Dida, ídolo alagoense que
foi 10 da Seleção antes de Pelé e 10 do Fla-
mengo antes de Zico.
Didinha ralou na várzea,no Lagoa da Ca-
noa,enabasedoCruzeirodeArapiraca.
Por essa época,lia coleções da revista Pla-
carnalojadeumalfaiateconhecidonoclube,
e se apaixonou por caldinhos de mocotó no
bar de um amigo em Lagoa – o que cultiva
atéhojequandovisitaAlagoas.
Ao Vitória, em Salvador, ele chegou aos
16anosesubiuaos19,jáacaminhodoporte
de1m95cmherdadodoavôOtaviano.
ApósdoisanosnoBarradãoeumvicebra-
sileiro chegou em 1994 ao Cruzeiro.Venceu
quatro Mineiros,a Copa Brasil de 1996 e fe-
chou o gol no título da Libertadores de 1997.
Na renovação de contrato,porém,sentava-se
diantedosdirigentes,ouviaapropostacalado
evoltavadepoisrecusandoaoferta.
Por fim, forçou a saída para o Milan, e a
torcidacruzeirenseoinsultou.
Dida com amigos nas festas do bloco
Jeguerê em Irará, na Bahia
Ao lado, com
Kitute, autor do
cordel de Dida.
No detalhe, até
o jegue mascote
do bloco lembra
o goleiro da
Seleção
Marcílio Cerqueira,arquivo pessoal
Kitute de Licinho,arquivo pessoal
3. 31
Esportes/GRÊMIO
DOMINGO,15DESETEMBRODE2013ZERO HORA
BRASILEIRÃO, 21ª RODADA, 15/9/2013
GRÊMIO ATlÉTICo-MG
Dida;
Gabriel
Rhodolfo
Bressan;
Pará
Riveros
Ramiro
Zé Roberto
Alex Telles;
Vargas
Barcos
Técnico:
Renato Portaluppi
Victor
Marcos Rocha
Leonardo Silva
Réver
Júnior César;
Pierre
Josué
Ronaldinho Gaúcho
Fernandinho
Tardelli (Luan);
Jô
Técnico:
Cuca
18h30min
Arbitragem: Marcelo de Lima Henrique (RJ), auxiliado
por Emerson Augusto de Carvalho (SP) e Rodrigo Henri-
que Corrêa (RJ). Ingressos: Arquibancada Norte, R$ 40
(esgotados), Gramado Sul, R$ 80; Gramado Leste/Oeste
Corner, R$ 100; Gramado Leste/Oeste Centro, R$ 120;
Gold Fundo Sul, R$ 150; Gold Centro, R$ 160; Quarto Nível
Norte/Sul, R$ 80; Quarto Nível Corners R$ 90; Visitante,
R$ 80. Local: Arena do Grêmio. O jogo no ar: a Rádio
Gaúcha abre a jornada esportiva às 16h. Acompanhe o
minuto a minuto em www.zerohora.com/jogoaovivo
Ronaldinho
no caminho
do Grêmio
No dia em que completa 110 anos,
o Grêmio tenta alcançar a oitava
vitória em nove jogos e consolidar-
se ainda mais no G-4. Sem Kleber,
suspenso,o time enfrenta o Atlético-
MG, em jogo que poderá quebrar o
recorde de público naArena.
A marca em jogos oficiais ainda
pertence a Grêmio e LDU, do Equa-
dor, em janeiro, pela Libertadores:
41.461 torcedores. Em amistosos, o
maior contingente foi na inaugura-
ção, em dezembro, com cerca de 60
mil pessoas.
A ausência de Kleber é suprida pela
volta deVargas,depois da exitosa pas-
sagem pela seleção chilena,com dois
marcados contra a Espanha.No meio,
Riveros substitui a Souza,preservado
pordesgastefísico.
Alex Telles é de novo o ala esquer-
do,mesmo com a elogiada estreia de
WendellnavitóriacontraoNáutico.
Do outro lado, estará Ronaldinho.
É ele quem comanda o Atlético-MG,
que vem de goleada por 3 a 0 contra
o Coritiba e tenta retomar o ritmo
que o transformou em campeão da
Libertadores.
Outra ameaça é Jô, destaque tam-
bémnaSeleçãoBrasileira.
–A torcida tem todo o direito de fa-
zerfesta,aindamaispor110anos.Mas
o clima não pode entrar em campo
–alertaotécnicoRenatoPortaluppi.
Com 37 pontos ganhos, o Grêmio
tem dois jogos seguidos naArena – o
próximo será contra o Santos,quar-
ta-feira – para mostrar de vez que,
mais do que vaga na Libertadores,
sonha com o título.
serginho
Ex-Milan, que jogou com Dida
Ficamos tão amigos
em Milão que hoje ele
me procura no Rio
e acabei negociando
a ida dele para o
Grêmio. O Émerson
também ajudou.
Ele falou com o
Luxemburgo
sobre o Dida.
Um cabra de Irará na seleção
de todos os tempos do Milan
O começo de Dida em San Siro foi tão
ruim que os italianos o emprestaram ao
Corinthians. Foi quando defendeu dois
pênaltis batidos pelo são-paulino Raí, nas
semifinais do Brasileirão de 1999 – levaria
uma das três notas 10 concedidas pela Re-
vista Placar nos anos 90.
Em seguida, pegaria uma cobrança de
Anelka, do Real Madrid, no Mundial de
Clubes de 2000, e se consagraria na fi-
nal decidida nos pênaltis contra o Vasco:
agarrou a pancada de Gilberto e, gigante,
forçou o erro de Edmundo.Foi o único em
campo que não vibrou com o título mun-
dial.Ficou ali,altissonante.
– Não comemorou mesmo,nem no chu-
te de Raí, nem no de Edmundo. Ele é as-
sim.Ainda teve a grandeza de confortar o
Edmundo,que ficou desolado.O que vocês
não sabem é que, depois, ele festejou aos
gritos no vestiário – conta Edilson,seu co-
lega corintiano daquele momento.
Quando Milan e Juventus decidiram a
Liga dos Campeões em Manchester, Dida
defendeu as cobranças de pênaltis de Tre-
zeguet,Zalayeta e Pablo Montero.
Na única vez em que dois grandes ita-
lianos foram à final da Liga,o herói foi um
cabra desafetado de Irará.
– Eu acertei uma cobrança no ângulo do
Buffon (goleiro da Juventus) naquela final.
Sei o que é aquilo. É a maior pressão do
mundo, mas o Dida parecia não se abater
– conta Serginho.
Dona Celice viajou do sertão até Man-
chester. Ela viu no Old Trafford o filho pe-
gar os três pênaltis. Ele não se avexou. Ela
quase teve um troço.
Curioso é que Dida tomou dimensão
planetária em plena terra de goleiros
– na Itália dos senhores Gigi Buffon,Dino
Zoff,Zenga,Pagliuca,Lido Vieri,Sebastia-
no Rossi e Lorenzo Buffon.Ainda assim,
o irarense é o terceiro goleiro mais longe-
vo no Milan (291 jogos, de 2000 a 2010),
atrás de Rossi (330,de 1990 a 2002) e Lo-
renzo (300,de 1949 a 59).
Na quinta-feira,um site inglês montou a
seleção de todos os tempos do Milan e co-
locou Dida na reserva de Rossi.
A carreira na Seleção não lhe foi tão jus-
ta.Dida é o único goleiro negro que dispu-
tou Copa depois de Barbosa, o sacrificado
pela derrota no Maracanazo de 1950.Dian-
te de amigos,ele comentou a respeito.
Engrandecido pela Libertadores com o
Cruzeiro, ele chegou em 1997 a titular da
Seleção. Tinha 24 anos. Jogou com Zé Ro-
berto, à época no Real Madrid de Seedorf.
Em 1998, sua primeira Copa, coube-lhe a
reserva de Taffarel,o milagreiro dos pênal-
tis do tetra – e tudo se acabou na convul-
são de Ronaldo.
Quando Felipão assumiu, usou Marcos
de titular e assim venceu o penta no Japão.
Dida foi campeão,mas na reserva.
Passado o efeito São Marcos de 2002,
finalmente ele seria o goleiro da Seleção
de Carlos Alberto Parreira até a Copa da
Alemanha. Mas viu seu amigaço Ronaldo
Nazário se esvair em suor na luta contra o
peso em Konigstein. Não bastasse, Zidane
ergueu uma cobrança de falta para a área,
Roberto Carlos parou e,à queima-roupa,o
francês Henry despachou o Brasil.
Dida, Zé Roberto e Seedorf se
abraçaram no gramado da Arena
Eliminado em Frankfurt, Dida embar-
cou rápido para a Bahia sem conseguir
uma Copa como titular.Como Barbosa.
A filarmônica de Irará, que ele ajuda a
manter,não tocou suas retretas.
Dois anos após deixar o Milan, quando
parecia havia largado a profissão,o goleiro
retomou a vida pela Portuguesa e chegou
ao Grêmio. No Brasileirão, contra o Cru-
zeiro,voltou à saga dos pênaltis e defendeu
com as luvas Reusch a cobrança de Ever-
ton Ribeiro.A torcida, que antes oscilava
em favor de Marcelo Grohe, agora lhe é
simpática.Manteve crédito mesmo depois
de errar diante deWalter,do Goiás.
– Dida está muito bem com a família em
PortoAlegre – revela a cunhada,de Irará.
No dia 13 de julho,ao final da vitória so-
bre o Botafogo na Arena, Seedorf, 37 anos,
foi cumprimentar Dida, 40 anos em 7 de
outubro. Conheciam-se do Milan. Zé Ro-
berto,39,juntou-se a eles.
Durante cinco minutos os três se abra-
çaram sozinhos no meio do gramado sob
chuva fina e trocaram confidências em
gestos de camaradagem como se quises-
sem fazer tudo de novo.
vampeta
Volante que começou
com Dida no Vitória
O Dida vai ser o
homem mais rico
do cemitério: o
Nelson Jesus não
abre a mão para
nada. Nunca vi
um cara mais
pão-duro na vida.
Aos 18 anos, no Vitória da Bahia: jogou com
Vampeta, antes de ser vice do Brasileirão
Aos 16 anos, no Cruzeiro de Arapiraca,
perto de Maceió: ele se diz meio alagoano
A filarmônica de Irará, que recebe ajuda da
celebridade local: famosa no sertão baiano
Dida assina dedicatória ao clube de Arapiraca
em que jogou na várzea quando adolescente
Marcílio Cerqueira,arquivo pessoal
Marcílio Cerqueira,arquivo pessoal
arquivo pessoal
Tony Andrade,arquivo pessoal