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Transgressão e o corpo
localizado: Género, Sexo e o
Professor Homossexual
Discente: Catarina Rocha de Matos A72214
Licenciatura em Educação, 1º ano
Capítulo 4
Universidade do Minho
Instituto de Educação
Tecnologia e Comunicação Educacional II
Docente: Lia Raquel Moreira Oliveira
Eric Roffes
• Eric Roffes é um professor homossexual e um ativista
de reformas educativas de meia idade que vive no 1º
bairro homossexual em São Francisco, considerada a
primeira cidade homossexual dos Estados Unidos.
• Este defende a liberação dos
homossexuais, argumentando que as culturas queer
têm muito a ensinar à cultura americana em relação ao
sexo, género e relações equitativas.
• Anseia por uma comunidade de professores que
apliquem a classe, género, raça e políticas
sexuais, não apenas no ensino, mas, também, na
vida quotidiana.
“ Não estou interessado na agenda dos
direitos gays, que argumenta que as
lésbicas e os homossexuais são iguais
aos heterossexuais, e como tal, merecem
ter direitos iguais.” pág.108 Cap. 4_ pensar QUEER:
sexualidade, cultura e educação.
• Tem como principal objetivo dar a
possibilidade ao professor
homossexual de agir conforme a sua
identidade e, através
disso, desenvolver um papel
transformador na educação e na
sociedade.
“ O meu objetivo é oferecer uma possibilidade
de entre muitas que permita que as
identidades do professor homossexual se
manifestem libertas do fardo do estigma e da
vergonha, conseguindo desempenhar um
O discurso dos Professores
Homossexuais demonstra que:
•Quando se encontram em público são forçados a agir
de acordo com uma identidade sexual que não é a
deles;
•Todos esperam alcançar um dia o respeito e a
aceitação por parte da sociedade;
•Ainda muitos alunos heterossexuais e docentes
universitários continuam a considerar o sexo entre
homossexuais repugnante.
•O Silêncio que ainda é vivenciado por parte destes
Situações difíceis na sala de aula
1ª: Representar a Masculinidade
“ Em várias ocasiões da minha carreira de
professor senti-me praticamente paralisado
pela indecisão de saber o que vestir, como
falar, como andar, como me sentar, como me
mover.” Pág. 121 cap.4_ pensar QUEER: sexualidade, cultura e educação
“Por vezes, dou por mim a despender tanto
tempo a lutar com estas questões de
aparência, voz e movimento quanto despendo
na preparação das aulas.” Pág. 121 cap.4_
• Eric Roffes quando começou a
lecionar na universidade, descobriu
que a energia que projeta tem uma
grande influência na reação dos
alunos. Estes, começaram a sentir-
se confusos com as mensagens e os
sinais que eram transmitidos.
• De modo a combater esta situação,
o ativista, levou em consideração a
sua experiência que teve em
diversos eventos que o obrigavam a
2ª : O sexo, o corpo e a sala de aula
“ É assustador pensar na relação entre a vida
sexual e a vida na sala de aula de uma
pessoa, (…). Muitos homens homossexuais
sustentam uma acentuada divisão entre as
duas, insistindo que a vida sexual é
pessoal, privada e não tem influência na vida
dos alunos.” pág.125 cap.4_ pensar QUEER: sexualidade, cultura e educação
• Manter o sexo na esfera
privada, como o corpo e as
práticas eróticas, dentro sala de
aula vão continuar a manter o
sexo como uma forma de
controlo social que, já deveria
ser algo normalizado nos
nossos dias.
• É, ainda de salientar que, os
professores abordam bastantes
temáticas relacionadas com o
sexo e, os professores
homossexuais, também não
Conclusão
“Há já muito tempo que os homens
homossexuais lutam por serem aceites e
admitidos na sala de aula como educadores
assumidamente homossexuais.” pág.131 cap.4_ pensar
QUEER: sexualidade, cultura e educação
• Este artigo frisa os sacrifícios que muitos
professores homossexuais têm feito e as

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  • 2. Eric Roffes • Eric Roffes é um professor homossexual e um ativista de reformas educativas de meia idade que vive no 1º bairro homossexual em São Francisco, considerada a primeira cidade homossexual dos Estados Unidos. • Este defende a liberação dos homossexuais, argumentando que as culturas queer têm muito a ensinar à cultura americana em relação ao sexo, género e relações equitativas.
  • 3. • Anseia por uma comunidade de professores que apliquem a classe, género, raça e políticas sexuais, não apenas no ensino, mas, também, na vida quotidiana. “ Não estou interessado na agenda dos direitos gays, que argumenta que as lésbicas e os homossexuais são iguais aos heterossexuais, e como tal, merecem ter direitos iguais.” pág.108 Cap. 4_ pensar QUEER: sexualidade, cultura e educação.
  • 4. • Tem como principal objetivo dar a possibilidade ao professor homossexual de agir conforme a sua identidade e, através disso, desenvolver um papel transformador na educação e na sociedade. “ O meu objetivo é oferecer uma possibilidade de entre muitas que permita que as identidades do professor homossexual se manifestem libertas do fardo do estigma e da vergonha, conseguindo desempenhar um
  • 5. O discurso dos Professores Homossexuais demonstra que: •Quando se encontram em público são forçados a agir de acordo com uma identidade sexual que não é a deles; •Todos esperam alcançar um dia o respeito e a aceitação por parte da sociedade; •Ainda muitos alunos heterossexuais e docentes universitários continuam a considerar o sexo entre homossexuais repugnante. •O Silêncio que ainda é vivenciado por parte destes
  • 7. 1ª: Representar a Masculinidade “ Em várias ocasiões da minha carreira de professor senti-me praticamente paralisado pela indecisão de saber o que vestir, como falar, como andar, como me sentar, como me mover.” Pág. 121 cap.4_ pensar QUEER: sexualidade, cultura e educação “Por vezes, dou por mim a despender tanto tempo a lutar com estas questões de aparência, voz e movimento quanto despendo na preparação das aulas.” Pág. 121 cap.4_
  • 8. • Eric Roffes quando começou a lecionar na universidade, descobriu que a energia que projeta tem uma grande influência na reação dos alunos. Estes, começaram a sentir- se confusos com as mensagens e os sinais que eram transmitidos. • De modo a combater esta situação, o ativista, levou em consideração a sua experiência que teve em diversos eventos que o obrigavam a
  • 9. 2ª : O sexo, o corpo e a sala de aula “ É assustador pensar na relação entre a vida sexual e a vida na sala de aula de uma pessoa, (…). Muitos homens homossexuais sustentam uma acentuada divisão entre as duas, insistindo que a vida sexual é pessoal, privada e não tem influência na vida dos alunos.” pág.125 cap.4_ pensar QUEER: sexualidade, cultura e educação
  • 10. • Manter o sexo na esfera privada, como o corpo e as práticas eróticas, dentro sala de aula vão continuar a manter o sexo como uma forma de controlo social que, já deveria ser algo normalizado nos nossos dias. • É, ainda de salientar que, os professores abordam bastantes temáticas relacionadas com o sexo e, os professores homossexuais, também não
  • 11. Conclusão “Há já muito tempo que os homens homossexuais lutam por serem aceites e admitidos na sala de aula como educadores assumidamente homossexuais.” pág.131 cap.4_ pensar QUEER: sexualidade, cultura e educação • Este artigo frisa os sacrifícios que muitos professores homossexuais têm feito e as