SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 20
Baixar para ler offline
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
COLÉGIO TÉCNICO INDUSTRIAL DE SANTA MARIA
Curso de Eletrotécnica
Apostila de Automação Industrial
Elaborada pelo Professor M.Eng. Rodrigo Cardozo Fuentes
Prof. Rodrigo C. Fuentes
Campus- UFSM – Prédio 5
Email: fuentes@smail.ufsm.br
Web-site: w3.ufsm.br/fuentes
SANTA MARIA – RS
2005
ÍNDICE
2. CONTROLE DE PROCESSOS...........................................................................2.1
2.1. Introdução: ...............................................................................................2.1
2.2. Tipos de Sistemas de Controle................................................................2.6
2.2.1. Sistema de controle em Malha Aberta.............................................2.6
2.2.2. Sistema de Controle em Malha Fechada.........................................2.7
2.3. Respostas de um Sistema de Controle....................................................2.9
2.4. Estratégias de Controle:.........................................................................2.12
2.4.1. Controle Liga/Desliga (On-OFF): ..................................................2.12
2.4.2. Controle Proporcional:..................................................................2.13
2.4.3. Controle Derivativo:......................................................................2.14
2.4.4. Controle Integral:..........................................................................2.14
2.5. Os Elementos Controladores na Prática................................................2.17
2.5.1. Controle analógico .......................................................................2.17
2.5.2. Controle Digital.............................................................................2.17
2.6. Conclusão...............................................................................................2.18
2.7. Bibliografia .............................................................................................2.18
Automação Industrial
UFSM – CTISM – Prof. Rodrigo Cardozo Fuentes
2.1
2. CONTROLE DE PROCESSOS
2.1. Introdução:
O controle de processos é a base fundamental da automação industrial.
Desde a aplicação mais simples até os processos de produção de fluxo contínuo,
como em uma planta petroquímica, são analisados e desenvolvidos através dos
elementos básicos do controle de processos. Neste capítulo são apresentados os
conceitos fundamentais, os tipos de sistemas de controle e as estratégias mais
utilizadas no controle industrial. A teoria é desenvolvida a nível técnico
profissionalizante de forma simples e objetiva sem a utilização de um
aprofundamento matemático.
Processo Industrial: É o conjunto formado por equipamentos mecânicos,
elétricos, eletrônicos, hidráulicos ou pneumáticos, que através de sucessivas
operações utilizando matérias primas e energia resultarão em um produto acabado e
resíduos.
Materias-
primas
Processo
de
Produção
Produto
acabado
Processo Industrial
Os controles manuais que exigem um operário presente nos processos, vêm
sendo substituídos por controles automáticos. Para se obter o controle automático
de um processo é necessária então a inclusão de um elemento controlador de
processo.
Automação Industrial
UFSM – CTISM – Prof. Rodrigo Cardozo Fuentes
2.2
Exemplo de um processo industrial
Automação Industrial
UFSM – CTISM – Prof. Rodrigo Cardozo Fuentes
2.3
Controle Manual
Controle Automático
Automação Industrial
UFSM – CTISM – Prof. Rodrigo Cardozo Fuentes
2.4
Elemento Controlador de Processo: O elemento controlador de processo é
formado por um conjunto de circuitos elétricos, eletrônicos ou mecânicos que
recebem informações através dos sinais de entrada que representam informações
essenciais ao processo. Estes sinais são processados e transformados em sinais
de controle que atuam diretamente no comando do processo.
Em um controlador as entradas são alimentadas por sinais elétricos oriundos
de sensores, conversores, interruptores, enquanto os sinais de controle são
aplicados a elementos atuadores, válvulas, motores, conversores, etc.
Os controladores são geralmente baseados em circuitos eletrônicos
analógicos ou digitais. Os sistemas analógicos são geralmente constituídos por
amplificadores operacionais, enquanto os digitais são baseados em processadores,
que além de exigir um circuito eletrônico (hardware), exigem a confecção de
programas (software).
Sinais de
Entrada Elemento
Controlador
Sinais de
Controle
Automação Industrial
UFSM – CTISM – Prof. Rodrigo Cardozo Fuentes
2.5
Exemplo: O processo de controle de temperatura ambiente de uma
residência.
O elemento controlador deste processo é formado por um termostato onde
ajusta-se a temperatura desejada (set-point SP). A saída é representada pela
temperatura ambiente que será controlada (Valor real ou valor do processo – PV). O
processo é realizado pelo elemento de aquecimento ou refrigeração (compressor e
demais componentes) que deve igualar a temperatura desejada com a temperatura
ambiente.
Temperatura
desejada
Temperatura
AmbienteControlador
Elemento de
Aquecimento
ou Refrigeração
Perturbações
Energia Elétrica
Processo de Controle de Temperatura Ambiente
Resposta do Sistema de Aquecimento
Durante a operação do processo podem ocorrer alterações devido a agentes
inesperados que são as chamadas perturbações. As perturbações podem afetar
significativamente os resultados a serem obtidos nas saídas do processo (PV).
T o
C
t min.
Temperatura
inicial
Temperatura
final
Automação Industrial
UFSM – CTISM – Prof. Rodrigo Cardozo Fuentes
2.6
Até este momento utilizamos os seguintes conceitos:
- Processo Industrial
- Elemento Controlador de Processo
- Sinais de entrada
- Sinais de controle
- Valor desejado ou Set-point (SP)
- Valor real ou valor do processo (PV)
- Perturbações
2.2. Tipos de Sistemas de Controle
Existem basicamente dois tipos de sistemas de controle: Sistemas de Malha
Aberta e Sistemas de Malha Fechada.
2.2.1. Sistema de controle em Malha Aberta
Para um sistema de malha aberta os sinais de entrada são estabelecidos de
forma que o sistema proporcione a saída desejada. Os sinais de entrada, entretanto
não são modificados de forma a seguir as alterações nas condições de operação ou
perturbações que possam ocorrer durante o processo. Pode-se dizer que um
sistema de malha aberta não apresenta uma informação do estado da saída do
processo.
Sinais de
Entrada
Saída do
Processo
Controlador Processo
Sinais de
Controle
Sistema de Controle em Malha Aberta
Muitos sistemas de controle em malha aberta utilizam um elemento de
controle que envia um sinal para iniciar uma ação depois de um intervalo de tempo,
ou uma seqüência de ações em instantes de tempo diferentes. O elemento
controlador em tais sistemas é essencialmente um dispositivo seqüencial
operado pelo tempo.
Automação Industrial
UFSM – CTISM – Prof. Rodrigo Cardozo Fuentes
2.7
Timer Mecânico Timer Digital
2.2.2. Sistema de Controle em Malha Fechada
Em um sistema em malha fechada, a grandeza a ser controlada é
monitorada através de um elemento de medição. Esta informação é comparada
com o valor desejado (set-point - SP) através de um elemento comparador
produzindo-se um sinal de erro. Este sinal de erro é processado pelo elemento
controlador gerando sinais de controle que atuarão sobre o processo. Os
elementos atuadores do processo agirão de tal maneira que, sejam corrigidos
eventuais desvios, causados por modificações nas condições de operação, ou
perturbações no processo.
Sistema de Controle em Malha Fechada
Pode-se verificar que em um sistema de malha fechada são adicionados
novos elementos. O elemento de medição que fará a monitoração da saída e o
elemento comparador que fará a comparação entre o valor de saída do processo
Valor
Desejado
"Set-Point" Erro
Saída
Elemento
Controlador
Elemento de
Acionamento
Elemento de
Medição
+
-
Sinais de
Controle
Elemento
Comparador
Automação Industrial
UFSM – CTISM – Prof. Rodrigo Cardozo Fuentes
2.8
(PV) e o valor desejado (referência ou Set-Point). O valor resultante da comparação
entre o valor medido na saída e o valor desejado (set-point) é chamado erro.
Para ilustrar ainda mais as diferenças entre sistemas em malha aberta e em
malha fechada, vamos considerar como exemplo a operação de um motor elétrico
de corrente contínua.
Em um sistema em malha aberta, a velocidade de rotação do eixo pode ser
determinada somente por um ajuste inicial da tensão aplicada ao motor. Qualquer
mudança na tensão de alimentação, temperatura ou variação da carga no eixo do
motor, alterará a velocidade de rotação do motor e não será compensada pelo
sistema de controle (não existe ramo de realimentação). Em um sistema de controle
em malha aberta, a saída do sistema não tem efeito no sinal de entrada.
Em um sistema de malha fechada, no entanto, o ajuste inicial do controlador
será para uma velocidade em particular do motor, e esta se manterá pela
realimentação mesmo que ajam mudanças na fonte de alimentação ou de carga no
eixo, dentro de certos limites. A saída passa a ter efeito direto no sinal de entrada da
planta, modificando-o para manter o sinal de saída no valor desejado.
Motor Sensor Controlador
Os sistemas em malha aberta têm a vantagem de ser relativamente simples
e, em conseqüência, de baixo custo. Entretanto são facilmente imprecisos, já que
não existe correção para os erros. Em um sistema de malha fechada pode-se
combinar os valores reais com os desejados, entretanto, atrasos de tempo no
sistema, podem comprometer uma ação corretiva e, em conseqüência, ocasionar
oscilações na saída e instabilidade. Os sistemas de malha fechada são mais
Automação Industrial
UFSM – CTISM – Prof. Rodrigo Cardozo Fuentes
2.9
complexos, bem mais onerosos e com maiores possibilidades de danos, pois
normalmente são compostos de um número maior de componentes.
2.3. Respostas de um Sistema de Controle
Em um sistema de controle automático de malha fechada o elemento
comparador produz um erro de acordo com o valor medido na saída do processo
(PV) e o valor desejado (SP). O elemento controlador irá atuar de maneira a anular a
diferença existente entre os dois, produzindo uma ação de controle.
É desejável que o elemento controlador produza uma resposta rápida e com
a maior precisão possível.
Exemplo de uma resposta próxima ao Ideal
Se esta ação corretiva for demasiadamente forte o valor do processo
ultrapassará o valor desejado “Overshoot” e conseqüentemente entrará em
oscilação.
Esta oscilação pode ampliar-se tornando o processo instável conforme a figura
abaixo.
Tempo
Valor desejado
"Set point"
Variável
Controlada
Automação Industrial
UFSM – CTISM – Prof. Rodrigo Cardozo Fuentes
2.10
Exemplo de uma resposta Instável
A oscilação pode ser amortizada e atingir após transcorrido um determinado
tempo o set-point. Veja a figura abaixo.
Exemplo de uma resposta Estável
A oscilação pode permanecer e produzir uma resposta oscilatória no
processo. Veja a figura abaixo.
Tempo
Valor desejado
"Set point"
Variável
Controlada
Tempo
Valor desejado
"Set point"
Variável
Controlada
Automação Industrial
UFSM – CTISM – Prof. Rodrigo Cardozo Fuentes
2.11
Exemplo de uma resposta Oscilatória
Por outro lado, se a ação do elemento de controle apresentar baixa
intensidade. O processo levará muito tempo para anular o erro, ou às vezes nunca o
eliminará. Veja a figura abaixo.
Exemplo de Uma resposta muito lenta
Para obter uma boa regulação o elemento controlador deve satisfazer as
seguintes condições:
- Estabilidade
- Curto tempo de resposta
- Pequeno Overshoot
Tempo
Valor desejado
"Set point"
Variável
Controlada
Tempo
Valor desejado
"Set point"
Variável
Controlada
Automação Industrial
UFSM – CTISM – Prof. Rodrigo Cardozo Fuentes
2.12
Esta resposta apresenta uma boa relação entre tempo
de resposta e overshoot.
2.4. Estratégias de Controle:
As estratégias de controle são técnicas aplicadas aos controladores
industriais que permitem tipos de respostas diferentes e adequadas a cada sistema
de controle, minimizando erros de posição, velocidade e tempo de resposta.
2.4.1. Controle Liga/Desliga (On-OFF):
Nesta estratégia de controle o sinal de controle que é aplicado ao processo,
ou apresenta valor nulo, ou um determinado valor fixo. A ação de controle gerada
pelo controlador poderá ligar (on) ou desligar (off) o elemento atuador do processo.
Trata-se de uma estratégia bastante simples e de larga aplicação prática em
processos que permitem uma faixa de variação do valor da grandeza a ser
controlada entre um nível máximo e mínimo próximos ao set-point. Esta faixa de
variação é denominada histerese. A grandeza a ser controlada apresentará uma
resposta oscilatória variando dentro da faixa de histerese.
Tempo
Variável
Controlada
Valor desejado
"Set point"
Automação Industrial
UFSM – CTISM – Prof. Rodrigo Cardozo Fuentes
2.13
Controlador On/Off
Aplica 100% de potência na carga quando o valor do processo (PV) estiver
abaixo da pré-seleção mais a histerese, e 0% de potência quando estiver acima da
pré-seleção menos a histerese. Resultará em OSCILAÇÃO do valor do processo
(PV) ao longo do tempo.
2.4.2. Controle Proporcional:
Este controlador produz na sua saída um sinal de controle que é proporcional
ao erro ou seja quanto maior o erro maior será a ação corretiva produzida pelo
controlador na saída. Esta proporcionalidade é representada por uma constante kp
que define o fator de amplificação do controlador (ganho).
Esta estratégia é largamente empregada no controle industrial pois minimiza
os erros ao longo do tempo permanecendo apenas um desvio em relação ao set-
point denominado off-set.
Automação Industrial
UFSM – CTISM – Prof. Rodrigo Cardozo Fuentes
2.14
Controle Proporcional
A potência aplicada na carga varia de forma proporcional à diferença (desvio)
entre a pré-seleção e o valor medido no processo (sensor), dentro da faixa
determinada pelo ajuste de XP% a potência aplicada na carga é 0% e abaixo dessa
banda é 100%. É indicado para processos estáticos. Resultará em ESTABILIZAÇÃO
da temperatura ao longo do tempo.
2.4.3. Controle Derivativo:
A saída do controlador é proporcional a taxa de variação do sinal de erro ou
seja a derivada do erro. Este tipo de controlador proporciona uma ação bastante
rápida sempre que ocorrerem variações na saída, entretanto não minimiza erros de
regime permanente. Nesta estratégia deve ser definida a constante derivativa kd .
Esta estratégia é muito utilizada em sistemas de posicionamento,
movimentação de ferramentas e controle de rotação. Onde são exigidas ações
rápidas frente às modificações nas condições de operação ou perturbações.
2.4.4. Controle Integral:
A saída do controlador é proporcional ao somatório do sinal de erro em um
determinado instante de tempo, ou seja, a integral do erro. Este tipo de controlador
minimiza os erros de regime permanente do sistema, entretanto sua ação de
resposta é lenta. Nesta estratégia deve-se definir o valor do ganho integral através
da constante ki.
Automação Industrial
UFSM – CTISM – Prof. Rodrigo Cardozo Fuentes
2.15
Além destas estratégias de controle podem-se encontrar controladores
associados como PI (proporcional-integral), PD (proporcional-derivativo), ou PID
(proporcional-integral-derivativo).
Controle Proporcional Derivativo
Funciona conforme o controle proporcional, acrescido de uma maior
velocidade de reação do controlador à variações do processo. É obtida por um
circuito eletrônico de ação derivativa. É indicado para processos dinâmicos.
Resultará numa RÁPIDA ESTABILIZAÇÃO do valor do processo ao longo do tempo.
Controle Proporcional Integral Derivativo
Automação Industrial
UFSM – CTISM – Prof. Rodrigo Cardozo Fuentes
2.16
O controle PID (proporcional integral derivativo) funciona conforme o controle
PD, acrescido de uma estabilização o mais próximo possível do valor da pré-
seleção. É realizada por um circuito eletrônico cuja ação é obtida através de um
algoritmo matemático que efetua a integral do desvio. Resultará numa RÁPIDA e
PRECISA ESTABILIZAÇÃO do valor do processo ao longo do tempo.
Diagrama do controlador PID
A principal habilidade a ser desenvolvida pelos profissionais de controle é a
correta escolha da estratégia em função do processo físico a ser controlado. Outra
definição refere-se ao correto dimensionamento dos valores de ganho kp, kd e ki dos
quais dependerá a resposta do sistema.
Controlador PID com os valores do ganhos
Automação Industrial
UFSM – CTISM – Prof. Rodrigo Cardozo Fuentes
2.17
Leia o artigo Teoria de Controle PID da revista Mecatrônica Atual
n.3 de abril de 2002.
2.5. Os Elementos Controladores na Prática
Na maioria das vezes as estratégias de controle são implementadas na
prática através da utilização de circuitos eletrônicos. Estes circuitos podem utilizar a
tecnologia da eletrônica analógica ou da eletrônica digital.
2.5.1. Controle analógico
O controle analógico apresenta grande velocidade de ação devido a própria
natureza analógica dos sinais envolvidos no processo. Sua tecnologia é baseada
nos amplificadores operacionais. Estes circuitos apesar de sua simplicidade
apresentam grande versatilidade podendo implementar desde um simples
comparador até um controlador proporcional integral derivativo (PID).
Circuito Integrado Esquema elétrico Identificação dos terminais
Leia o artigo Amplificadores Operacionais Aplicados a Indústria
da revista Saber Eletrônica n.342 de julho de 2001.
2.5.2. Controle Digital
Os controladores de processos que utilizam a tecnologia digital são
implementados através dos microprocessadores, memórias e microcontroladores.
No controle digital são necessárias conversões dos sinais elétricos analógicos em
informações digitais (conversão A/D). Estas informações são processadas através
de um Hardware e um Software específicos produzindo as informações de controle
que novamente são traduzidos em sinais analógicos (conversão D/A).
Automação Industrial
UFSM – CTISM – Prof. Rodrigo Cardozo Fuentes
2.18
O controle digital tem apresentado grande evolução na última década com a
produção de microcontroladores com características cada vez mais complexas e
velocidades de processamento cada vez maiores.
Microcontrolador Identificação dos terminais Hardware
2.6. Conclusão
Neste capítulo estudamos os principais conceitos que envolvem o controle
automático de processos. Lembre-se que a abordagem deste tema foi ampla mas
sem o devido tratamento matemático. Para o devido aprofundamento sugiro a
consulta em bibliografias e artigos específicos.
2.7. Bibliografia
• Rosário, João Maurício. Princípios de Mecatrônica – Editora Prentice Hall
• Ogata, Katsuhiko . Engenharia de Controle Moderno – Editora Prentice Hall
do Brasil Ltda.
• Pazos, Fernando. Automação de Sistemas & Robótica – Editora Axcel
Books.
• Bolton W. Engenharia de Controle – Editora Makron Books – 1995.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

indrodução automação industrial
indrodução automação industrialindrodução automação industrial
indrodução automação industrialelliando dias
 
Aula 01 automação e controle
Aula 01   automação e controleAula 01   automação e controle
Aula 01 automação e controleJorge Alves
 
Introdução automação
Introdução automaçãoIntrodução automação
Introdução automaçãopanelada
 
Erros e controle de malhas
Erros e controle de malhasErros e controle de malhas
Erros e controle de malhasjomartg
 
Automação industrial ( Fumep )
Automação industrial ( Fumep )Automação industrial ( Fumep )
Automação industrial ( Fumep )Ricardo Akerman
 
Automação industrial prof. msc. marcelo eurípedes da silva, eep – escola de...
Automação industrial   prof. msc. marcelo eurípedes da silva, eep – escola de...Automação industrial   prof. msc. marcelo eurípedes da silva, eep – escola de...
Automação industrial prof. msc. marcelo eurípedes da silva, eep – escola de...Everton_michel
 
Automação ind 6_2014
Automação ind 6_2014Automação ind 6_2014
Automação ind 6_2014Marcio Oliani
 
Sistemas supervisórios e sdcd
Sistemas supervisórios e sdcdSistemas supervisórios e sdcd
Sistemas supervisórios e sdcdFabiano Sales
 
Automacao iii 230505
Automacao iii 230505Automacao iii 230505
Automacao iii 230505Roberto Sousa
 
Apostila automação controle de processos
Apostila automação controle de processosApostila automação controle de processos
Apostila automação controle de processosCiro Marcus
 
Símbolos e identificação de Instrumentos
Símbolos e identificação de InstrumentosSímbolos e identificação de Instrumentos
Símbolos e identificação de InstrumentosLuiz Bertevello
 
Automação industrial1 parte1 23_2_2011
Automação industrial1 parte1 23_2_2011Automação industrial1 parte1 23_2_2011
Automação industrial1 parte1 23_2_2011José Carlos Carlos
 

Mais procurados (20)

8.controle de-processo
8.controle de-processo8.controle de-processo
8.controle de-processo
 
Apostila módulo 1 instrumentação industrial ETPC
Apostila módulo   1 instrumentação industrial ETPCApostila módulo   1 instrumentação industrial ETPC
Apostila módulo 1 instrumentação industrial ETPC
 
Aula 2
Aula 2Aula 2
Aula 2
 
indrodução automação industrial
indrodução automação industrialindrodução automação industrial
indrodução automação industrial
 
Aula 01 automação e controle
Aula 01   automação e controleAula 01   automação e controle
Aula 01 automação e controle
 
Introdução automação
Introdução automaçãoIntrodução automação
Introdução automação
 
Apostila-automacao
Apostila-automacaoApostila-automacao
Apostila-automacao
 
Automatos programaveis
Automatos programaveisAutomatos programaveis
Automatos programaveis
 
Erros e controle de malhas
Erros e controle de malhasErros e controle de malhas
Erros e controle de malhas
 
Apostila curso clp
Apostila   curso clpApostila   curso clp
Apostila curso clp
 
Automação industrial ( Fumep )
Automação industrial ( Fumep )Automação industrial ( Fumep )
Automação industrial ( Fumep )
 
Clp siemens
Clp siemensClp siemens
Clp siemens
 
Automação industrial prof. msc. marcelo eurípedes da silva, eep – escola de...
Automação industrial   prof. msc. marcelo eurípedes da silva, eep – escola de...Automação industrial   prof. msc. marcelo eurípedes da silva, eep – escola de...
Automação industrial prof. msc. marcelo eurípedes da silva, eep – escola de...
 
Automação ind 6_2014
Automação ind 6_2014Automação ind 6_2014
Automação ind 6_2014
 
Sistemas supervisórios e sdcd
Sistemas supervisórios e sdcdSistemas supervisórios e sdcd
Sistemas supervisórios e sdcd
 
Automacao iii 230505
Automacao iii 230505Automacao iii 230505
Automacao iii 230505
 
Apostila automação controle de processos
Apostila automação controle de processosApostila automação controle de processos
Apostila automação controle de processos
 
Símbolos e identificação de Instrumentos
Símbolos e identificação de InstrumentosSímbolos e identificação de Instrumentos
Símbolos e identificação de Instrumentos
 
Apostila de automação cefet
Apostila de automação   cefetApostila de automação   cefet
Apostila de automação cefet
 
Automação industrial1 parte1 23_2_2011
Automação industrial1 parte1 23_2_2011Automação industrial1 parte1 23_2_2011
Automação industrial1 parte1 23_2_2011
 

Semelhante a Controle de Processos Industriais

Automação e a Indústria Petroquímica
Automação e a Indústria PetroquímicaAutomação e a Indústria Petroquímica
Automação e a Indústria PetroquímicaAnderson Formiga
 
Apostila sensores e atuadores (1)
Apostila sensores e atuadores (1)Apostila sensores e atuadores (1)
Apostila sensores e atuadores (1)Daiana Paula
 
Apostila de instrumentação
Apostila de instrumentaçãoApostila de instrumentação
Apostila de instrumentaçãophasetronik
 
Apesentação controlador pid- Controle de processos
Apesentação controlador pid- Controle de processos Apesentação controlador pid- Controle de processos
Apesentação controlador pid- Controle de processos Isa Bacelar
 
Controle de processos
Controle de processosControle de processos
Controle de processostomvgp
 
Projeto Final de Curso (SENAI): AUTOTHERM - Controle de Processos Analógicos ...
Projeto Final de Curso (SENAI): AUTOTHERM - Controle de Processos Analógicos ...Projeto Final de Curso (SENAI): AUTOTHERM - Controle de Processos Analógicos ...
Projeto Final de Curso (SENAI): AUTOTHERM - Controle de Processos Analógicos ...wagnergoess
 
Aula - Introdução Conceitos de Instrumentação.pptx
Aula - Introdução Conceitos de Instrumentação.pptxAula - Introdução Conceitos de Instrumentação.pptx
Aula - Introdução Conceitos de Instrumentação.pptxCiroChaves4
 
Automação industrial - aula 1.pptx
Automação industrial - aula 1.pptxAutomação industrial - aula 1.pptx
Automação industrial - aula 1.pptxDanielFabricioBruns1
 
Introdução automação
Introdução automaçãoIntrodução automação
Introdução automaçãopanelada
 

Semelhante a Controle de Processos Industriais (20)

Iniciação Científica - Pedro Victor Gomes
Iniciação Científica - Pedro Victor GomesIniciação Científica - Pedro Victor Gomes
Iniciação Científica - Pedro Victor Gomes
 
Automação e a Indústria Petroquímica
Automação e a Indústria PetroquímicaAutomação e a Indústria Petroquímica
Automação e a Indústria Petroquímica
 
Apostila sensores e atuadores (1)
Apostila sensores e atuadores (1)Apostila sensores e atuadores (1)
Apostila sensores e atuadores (1)
 
Apostila de instrumentação
Apostila de instrumentaçãoApostila de instrumentação
Apostila de instrumentação
 
Automação
AutomaçãoAutomação
Automação
 
Apesentação controlador pid- Controle de processos
Apesentação controlador pid- Controle de processos Apesentação controlador pid- Controle de processos
Apesentação controlador pid- Controle de processos
 
Automacao
AutomacaoAutomacao
Automacao
 
Clp siemens s7 200
Clp siemens s7 200Clp siemens s7 200
Clp siemens s7 200
 
Automação industrial
Automação industrialAutomação industrial
Automação industrial
 
Clp
ClpClp
Clp
 
Apostila clp curso uerj 1
Apostila clp   curso uerj 1Apostila clp   curso uerj 1
Apostila clp curso uerj 1
 
Controle de processos
Controle de processosControle de processos
Controle de processos
 
Apostila curso clp 2
Apostila   curso clp 2Apostila   curso clp 2
Apostila curso clp 2
 
Projeto Final de Curso (SENAI): AUTOTHERM - Controle de Processos Analógicos ...
Projeto Final de Curso (SENAI): AUTOTHERM - Controle de Processos Analógicos ...Projeto Final de Curso (SENAI): AUTOTHERM - Controle de Processos Analógicos ...
Projeto Final de Curso (SENAI): AUTOTHERM - Controle de Processos Analógicos ...
 
Sistemas de controle
Sistemas de controleSistemas de controle
Sistemas de controle
 
Manômetro
ManômetroManômetro
Manômetro
 
Aula - Introdução Conceitos de Instrumentação.pptx
Aula - Introdução Conceitos de Instrumentação.pptxAula - Introdução Conceitos de Instrumentação.pptx
Aula - Introdução Conceitos de Instrumentação.pptx
 
Introdução a Automação.
Introdução a Automação.Introdução a Automação.
Introdução a Automação.
 
Automação industrial - aula 1.pptx
Automação industrial - aula 1.pptxAutomação industrial - aula 1.pptx
Automação industrial - aula 1.pptx
 
Introdução automação
Introdução automaçãoIntrodução automação
Introdução automação
 

Controle de Processos Industriais

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA COLÉGIO TÉCNICO INDUSTRIAL DE SANTA MARIA Curso de Eletrotécnica Apostila de Automação Industrial Elaborada pelo Professor M.Eng. Rodrigo Cardozo Fuentes Prof. Rodrigo C. Fuentes Campus- UFSM – Prédio 5 Email: fuentes@smail.ufsm.br Web-site: w3.ufsm.br/fuentes SANTA MARIA – RS 2005
  • 2. ÍNDICE 2. CONTROLE DE PROCESSOS...........................................................................2.1 2.1. Introdução: ...............................................................................................2.1 2.2. Tipos de Sistemas de Controle................................................................2.6 2.2.1. Sistema de controle em Malha Aberta.............................................2.6 2.2.2. Sistema de Controle em Malha Fechada.........................................2.7 2.3. Respostas de um Sistema de Controle....................................................2.9 2.4. Estratégias de Controle:.........................................................................2.12 2.4.1. Controle Liga/Desliga (On-OFF): ..................................................2.12 2.4.2. Controle Proporcional:..................................................................2.13 2.4.3. Controle Derivativo:......................................................................2.14 2.4.4. Controle Integral:..........................................................................2.14 2.5. Os Elementos Controladores na Prática................................................2.17 2.5.1. Controle analógico .......................................................................2.17 2.5.2. Controle Digital.............................................................................2.17 2.6. Conclusão...............................................................................................2.18 2.7. Bibliografia .............................................................................................2.18
  • 3. Automação Industrial UFSM – CTISM – Prof. Rodrigo Cardozo Fuentes 2.1 2. CONTROLE DE PROCESSOS 2.1. Introdução: O controle de processos é a base fundamental da automação industrial. Desde a aplicação mais simples até os processos de produção de fluxo contínuo, como em uma planta petroquímica, são analisados e desenvolvidos através dos elementos básicos do controle de processos. Neste capítulo são apresentados os conceitos fundamentais, os tipos de sistemas de controle e as estratégias mais utilizadas no controle industrial. A teoria é desenvolvida a nível técnico profissionalizante de forma simples e objetiva sem a utilização de um aprofundamento matemático. Processo Industrial: É o conjunto formado por equipamentos mecânicos, elétricos, eletrônicos, hidráulicos ou pneumáticos, que através de sucessivas operações utilizando matérias primas e energia resultarão em um produto acabado e resíduos. Materias- primas Processo de Produção Produto acabado Processo Industrial Os controles manuais que exigem um operário presente nos processos, vêm sendo substituídos por controles automáticos. Para se obter o controle automático de um processo é necessária então a inclusão de um elemento controlador de processo.
  • 4. Automação Industrial UFSM – CTISM – Prof. Rodrigo Cardozo Fuentes 2.2 Exemplo de um processo industrial
  • 5. Automação Industrial UFSM – CTISM – Prof. Rodrigo Cardozo Fuentes 2.3 Controle Manual Controle Automático
  • 6. Automação Industrial UFSM – CTISM – Prof. Rodrigo Cardozo Fuentes 2.4 Elemento Controlador de Processo: O elemento controlador de processo é formado por um conjunto de circuitos elétricos, eletrônicos ou mecânicos que recebem informações através dos sinais de entrada que representam informações essenciais ao processo. Estes sinais são processados e transformados em sinais de controle que atuam diretamente no comando do processo. Em um controlador as entradas são alimentadas por sinais elétricos oriundos de sensores, conversores, interruptores, enquanto os sinais de controle são aplicados a elementos atuadores, válvulas, motores, conversores, etc. Os controladores são geralmente baseados em circuitos eletrônicos analógicos ou digitais. Os sistemas analógicos são geralmente constituídos por amplificadores operacionais, enquanto os digitais são baseados em processadores, que além de exigir um circuito eletrônico (hardware), exigem a confecção de programas (software). Sinais de Entrada Elemento Controlador Sinais de Controle
  • 7. Automação Industrial UFSM – CTISM – Prof. Rodrigo Cardozo Fuentes 2.5 Exemplo: O processo de controle de temperatura ambiente de uma residência. O elemento controlador deste processo é formado por um termostato onde ajusta-se a temperatura desejada (set-point SP). A saída é representada pela temperatura ambiente que será controlada (Valor real ou valor do processo – PV). O processo é realizado pelo elemento de aquecimento ou refrigeração (compressor e demais componentes) que deve igualar a temperatura desejada com a temperatura ambiente. Temperatura desejada Temperatura AmbienteControlador Elemento de Aquecimento ou Refrigeração Perturbações Energia Elétrica Processo de Controle de Temperatura Ambiente Resposta do Sistema de Aquecimento Durante a operação do processo podem ocorrer alterações devido a agentes inesperados que são as chamadas perturbações. As perturbações podem afetar significativamente os resultados a serem obtidos nas saídas do processo (PV). T o C t min. Temperatura inicial Temperatura final
  • 8. Automação Industrial UFSM – CTISM – Prof. Rodrigo Cardozo Fuentes 2.6 Até este momento utilizamos os seguintes conceitos: - Processo Industrial - Elemento Controlador de Processo - Sinais de entrada - Sinais de controle - Valor desejado ou Set-point (SP) - Valor real ou valor do processo (PV) - Perturbações 2.2. Tipos de Sistemas de Controle Existem basicamente dois tipos de sistemas de controle: Sistemas de Malha Aberta e Sistemas de Malha Fechada. 2.2.1. Sistema de controle em Malha Aberta Para um sistema de malha aberta os sinais de entrada são estabelecidos de forma que o sistema proporcione a saída desejada. Os sinais de entrada, entretanto não são modificados de forma a seguir as alterações nas condições de operação ou perturbações que possam ocorrer durante o processo. Pode-se dizer que um sistema de malha aberta não apresenta uma informação do estado da saída do processo. Sinais de Entrada Saída do Processo Controlador Processo Sinais de Controle Sistema de Controle em Malha Aberta Muitos sistemas de controle em malha aberta utilizam um elemento de controle que envia um sinal para iniciar uma ação depois de um intervalo de tempo, ou uma seqüência de ações em instantes de tempo diferentes. O elemento controlador em tais sistemas é essencialmente um dispositivo seqüencial operado pelo tempo.
  • 9. Automação Industrial UFSM – CTISM – Prof. Rodrigo Cardozo Fuentes 2.7 Timer Mecânico Timer Digital 2.2.2. Sistema de Controle em Malha Fechada Em um sistema em malha fechada, a grandeza a ser controlada é monitorada através de um elemento de medição. Esta informação é comparada com o valor desejado (set-point - SP) através de um elemento comparador produzindo-se um sinal de erro. Este sinal de erro é processado pelo elemento controlador gerando sinais de controle que atuarão sobre o processo. Os elementos atuadores do processo agirão de tal maneira que, sejam corrigidos eventuais desvios, causados por modificações nas condições de operação, ou perturbações no processo. Sistema de Controle em Malha Fechada Pode-se verificar que em um sistema de malha fechada são adicionados novos elementos. O elemento de medição que fará a monitoração da saída e o elemento comparador que fará a comparação entre o valor de saída do processo Valor Desejado "Set-Point" Erro Saída Elemento Controlador Elemento de Acionamento Elemento de Medição + - Sinais de Controle Elemento Comparador
  • 10. Automação Industrial UFSM – CTISM – Prof. Rodrigo Cardozo Fuentes 2.8 (PV) e o valor desejado (referência ou Set-Point). O valor resultante da comparação entre o valor medido na saída e o valor desejado (set-point) é chamado erro. Para ilustrar ainda mais as diferenças entre sistemas em malha aberta e em malha fechada, vamos considerar como exemplo a operação de um motor elétrico de corrente contínua. Em um sistema em malha aberta, a velocidade de rotação do eixo pode ser determinada somente por um ajuste inicial da tensão aplicada ao motor. Qualquer mudança na tensão de alimentação, temperatura ou variação da carga no eixo do motor, alterará a velocidade de rotação do motor e não será compensada pelo sistema de controle (não existe ramo de realimentação). Em um sistema de controle em malha aberta, a saída do sistema não tem efeito no sinal de entrada. Em um sistema de malha fechada, no entanto, o ajuste inicial do controlador será para uma velocidade em particular do motor, e esta se manterá pela realimentação mesmo que ajam mudanças na fonte de alimentação ou de carga no eixo, dentro de certos limites. A saída passa a ter efeito direto no sinal de entrada da planta, modificando-o para manter o sinal de saída no valor desejado. Motor Sensor Controlador Os sistemas em malha aberta têm a vantagem de ser relativamente simples e, em conseqüência, de baixo custo. Entretanto são facilmente imprecisos, já que não existe correção para os erros. Em um sistema de malha fechada pode-se combinar os valores reais com os desejados, entretanto, atrasos de tempo no sistema, podem comprometer uma ação corretiva e, em conseqüência, ocasionar oscilações na saída e instabilidade. Os sistemas de malha fechada são mais
  • 11. Automação Industrial UFSM – CTISM – Prof. Rodrigo Cardozo Fuentes 2.9 complexos, bem mais onerosos e com maiores possibilidades de danos, pois normalmente são compostos de um número maior de componentes. 2.3. Respostas de um Sistema de Controle Em um sistema de controle automático de malha fechada o elemento comparador produz um erro de acordo com o valor medido na saída do processo (PV) e o valor desejado (SP). O elemento controlador irá atuar de maneira a anular a diferença existente entre os dois, produzindo uma ação de controle. É desejável que o elemento controlador produza uma resposta rápida e com a maior precisão possível. Exemplo de uma resposta próxima ao Ideal Se esta ação corretiva for demasiadamente forte o valor do processo ultrapassará o valor desejado “Overshoot” e conseqüentemente entrará em oscilação. Esta oscilação pode ampliar-se tornando o processo instável conforme a figura abaixo. Tempo Valor desejado "Set point" Variável Controlada
  • 12. Automação Industrial UFSM – CTISM – Prof. Rodrigo Cardozo Fuentes 2.10 Exemplo de uma resposta Instável A oscilação pode ser amortizada e atingir após transcorrido um determinado tempo o set-point. Veja a figura abaixo. Exemplo de uma resposta Estável A oscilação pode permanecer e produzir uma resposta oscilatória no processo. Veja a figura abaixo. Tempo Valor desejado "Set point" Variável Controlada Tempo Valor desejado "Set point" Variável Controlada
  • 13. Automação Industrial UFSM – CTISM – Prof. Rodrigo Cardozo Fuentes 2.11 Exemplo de uma resposta Oscilatória Por outro lado, se a ação do elemento de controle apresentar baixa intensidade. O processo levará muito tempo para anular o erro, ou às vezes nunca o eliminará. Veja a figura abaixo. Exemplo de Uma resposta muito lenta Para obter uma boa regulação o elemento controlador deve satisfazer as seguintes condições: - Estabilidade - Curto tempo de resposta - Pequeno Overshoot Tempo Valor desejado "Set point" Variável Controlada Tempo Valor desejado "Set point" Variável Controlada
  • 14. Automação Industrial UFSM – CTISM – Prof. Rodrigo Cardozo Fuentes 2.12 Esta resposta apresenta uma boa relação entre tempo de resposta e overshoot. 2.4. Estratégias de Controle: As estratégias de controle são técnicas aplicadas aos controladores industriais que permitem tipos de respostas diferentes e adequadas a cada sistema de controle, minimizando erros de posição, velocidade e tempo de resposta. 2.4.1. Controle Liga/Desliga (On-OFF): Nesta estratégia de controle o sinal de controle que é aplicado ao processo, ou apresenta valor nulo, ou um determinado valor fixo. A ação de controle gerada pelo controlador poderá ligar (on) ou desligar (off) o elemento atuador do processo. Trata-se de uma estratégia bastante simples e de larga aplicação prática em processos que permitem uma faixa de variação do valor da grandeza a ser controlada entre um nível máximo e mínimo próximos ao set-point. Esta faixa de variação é denominada histerese. A grandeza a ser controlada apresentará uma resposta oscilatória variando dentro da faixa de histerese. Tempo Variável Controlada Valor desejado "Set point"
  • 15. Automação Industrial UFSM – CTISM – Prof. Rodrigo Cardozo Fuentes 2.13 Controlador On/Off Aplica 100% de potência na carga quando o valor do processo (PV) estiver abaixo da pré-seleção mais a histerese, e 0% de potência quando estiver acima da pré-seleção menos a histerese. Resultará em OSCILAÇÃO do valor do processo (PV) ao longo do tempo. 2.4.2. Controle Proporcional: Este controlador produz na sua saída um sinal de controle que é proporcional ao erro ou seja quanto maior o erro maior será a ação corretiva produzida pelo controlador na saída. Esta proporcionalidade é representada por uma constante kp que define o fator de amplificação do controlador (ganho). Esta estratégia é largamente empregada no controle industrial pois minimiza os erros ao longo do tempo permanecendo apenas um desvio em relação ao set- point denominado off-set.
  • 16. Automação Industrial UFSM – CTISM – Prof. Rodrigo Cardozo Fuentes 2.14 Controle Proporcional A potência aplicada na carga varia de forma proporcional à diferença (desvio) entre a pré-seleção e o valor medido no processo (sensor), dentro da faixa determinada pelo ajuste de XP% a potência aplicada na carga é 0% e abaixo dessa banda é 100%. É indicado para processos estáticos. Resultará em ESTABILIZAÇÃO da temperatura ao longo do tempo. 2.4.3. Controle Derivativo: A saída do controlador é proporcional a taxa de variação do sinal de erro ou seja a derivada do erro. Este tipo de controlador proporciona uma ação bastante rápida sempre que ocorrerem variações na saída, entretanto não minimiza erros de regime permanente. Nesta estratégia deve ser definida a constante derivativa kd . Esta estratégia é muito utilizada em sistemas de posicionamento, movimentação de ferramentas e controle de rotação. Onde são exigidas ações rápidas frente às modificações nas condições de operação ou perturbações. 2.4.4. Controle Integral: A saída do controlador é proporcional ao somatório do sinal de erro em um determinado instante de tempo, ou seja, a integral do erro. Este tipo de controlador minimiza os erros de regime permanente do sistema, entretanto sua ação de resposta é lenta. Nesta estratégia deve-se definir o valor do ganho integral através da constante ki.
  • 17. Automação Industrial UFSM – CTISM – Prof. Rodrigo Cardozo Fuentes 2.15 Além destas estratégias de controle podem-se encontrar controladores associados como PI (proporcional-integral), PD (proporcional-derivativo), ou PID (proporcional-integral-derivativo). Controle Proporcional Derivativo Funciona conforme o controle proporcional, acrescido de uma maior velocidade de reação do controlador à variações do processo. É obtida por um circuito eletrônico de ação derivativa. É indicado para processos dinâmicos. Resultará numa RÁPIDA ESTABILIZAÇÃO do valor do processo ao longo do tempo. Controle Proporcional Integral Derivativo
  • 18. Automação Industrial UFSM – CTISM – Prof. Rodrigo Cardozo Fuentes 2.16 O controle PID (proporcional integral derivativo) funciona conforme o controle PD, acrescido de uma estabilização o mais próximo possível do valor da pré- seleção. É realizada por um circuito eletrônico cuja ação é obtida através de um algoritmo matemático que efetua a integral do desvio. Resultará numa RÁPIDA e PRECISA ESTABILIZAÇÃO do valor do processo ao longo do tempo. Diagrama do controlador PID A principal habilidade a ser desenvolvida pelos profissionais de controle é a correta escolha da estratégia em função do processo físico a ser controlado. Outra definição refere-se ao correto dimensionamento dos valores de ganho kp, kd e ki dos quais dependerá a resposta do sistema. Controlador PID com os valores do ganhos
  • 19. Automação Industrial UFSM – CTISM – Prof. Rodrigo Cardozo Fuentes 2.17 Leia o artigo Teoria de Controle PID da revista Mecatrônica Atual n.3 de abril de 2002. 2.5. Os Elementos Controladores na Prática Na maioria das vezes as estratégias de controle são implementadas na prática através da utilização de circuitos eletrônicos. Estes circuitos podem utilizar a tecnologia da eletrônica analógica ou da eletrônica digital. 2.5.1. Controle analógico O controle analógico apresenta grande velocidade de ação devido a própria natureza analógica dos sinais envolvidos no processo. Sua tecnologia é baseada nos amplificadores operacionais. Estes circuitos apesar de sua simplicidade apresentam grande versatilidade podendo implementar desde um simples comparador até um controlador proporcional integral derivativo (PID). Circuito Integrado Esquema elétrico Identificação dos terminais Leia o artigo Amplificadores Operacionais Aplicados a Indústria da revista Saber Eletrônica n.342 de julho de 2001. 2.5.2. Controle Digital Os controladores de processos que utilizam a tecnologia digital são implementados através dos microprocessadores, memórias e microcontroladores. No controle digital são necessárias conversões dos sinais elétricos analógicos em informações digitais (conversão A/D). Estas informações são processadas através de um Hardware e um Software específicos produzindo as informações de controle que novamente são traduzidos em sinais analógicos (conversão D/A).
  • 20. Automação Industrial UFSM – CTISM – Prof. Rodrigo Cardozo Fuentes 2.18 O controle digital tem apresentado grande evolução na última década com a produção de microcontroladores com características cada vez mais complexas e velocidades de processamento cada vez maiores. Microcontrolador Identificação dos terminais Hardware 2.6. Conclusão Neste capítulo estudamos os principais conceitos que envolvem o controle automático de processos. Lembre-se que a abordagem deste tema foi ampla mas sem o devido tratamento matemático. Para o devido aprofundamento sugiro a consulta em bibliografias e artigos específicos. 2.7. Bibliografia • Rosário, João Maurício. Princípios de Mecatrônica – Editora Prentice Hall • Ogata, Katsuhiko . Engenharia de Controle Moderno – Editora Prentice Hall do Brasil Ltda. • Pazos, Fernando. Automação de Sistemas & Robótica – Editora Axcel Books. • Bolton W. Engenharia de Controle – Editora Makron Books – 1995.