1) O documento apresenta os resultados de uma pesquisa da CNI sobre o impacto do Plano Brasil Maior um ano após seu lançamento, segundo a percepção de 784 empresas industriais;
2) A maioria das empresas considera as medidas do plano adequadas, mas insuficientes para aumentar a competitividade da indústria e estimular o crescimento;
3) A desoneração da folha de pagamentos foi apontada como a medida com maior potencial para aumentar a competitividade dos produtos, seguida pela simplificação e redução
Apresentação | Propostas da Indústria para as Eleições 2014
Avaliação do Plano Brasil Maior após 1 ano
1. CONSULTA EMPRESARIAL
Informativo da Confederação Nacional da Indústria Ano 4 Número 1 agosto de 2012 www.cni.org.br
PLANO BRASIL MAIOR AVALIAÇÃO APÓS 1 ANO
Empresas industriais ainda necessitam de medidas mais
potentes para alavancar o crescimento da indústria
Há um ano, o Plano Brasil Maior foi parcial, ou seja, que não deverá afetar todas
lançado com o objetivo de estimular as indústrias. É necessário ampliar o alcance
a atividade industrial. Contudo, até o do plano e introduzir novas medidas para
momento o PBM não conseguiu fazer com que o PBM seja efetivo no aumento da
que a indústria reencontrasse o caminho competitividade e, consequentemente, do
do crescimento. A CNI realizou consulta crescimento de toda a indústria brasileira.
com as empresas industriais, que contou
Os industriais defendem a ampliação do
com a participação de 784 empresas
processo de desoneração da folha de
de todo o País, para uma avaliação dos
pagamentos. A redução da burocracia
impactos do plano.
também é considerada importante. Outras
Os resultados mostram que os duas medidas entre as mais defendidas
empresários consideram as medidas são a simplificação do sistema tributário e
adequadas, com efeitos positivos, da legislação trabalhista. A quarta medida
mas insuficientes para aumentar a mais demandada é a redução da carga
competitividade da indústria. Há maior tributária. A desoneração do investimento e
otimismo quanto aos efeitos futuros a redução do custo da energia também são
do PBM. No entanto, há uma evidente consideradas medidas importantes e podem
percepção de que o plano é de alcance ser implementadas no curto prazo.
PRINCIPAIS RESULTADOS
58% das empresas acreditam que o Plano Brasil Maior ainda não afetou o crescimento da
indústria brasileira, mas 30% responderam que já houve impacto e que este foi positivo;
63% das empresas esperam que os benefícios do Plano Brasil Maior sejam sentidos nos
próximos dois anos;
68% das empresas que conhecem o Plano Brasil Maior afirmam que não há impacto sobre
seus projetos de investimento;
82% das empresas que conhecem o Plano Brasil Maior acreditam que as medidas foram
adequadas, mas insuficientes, para aumentar a competitividade e estimular o
crescimento da indústria;
71% das empresas informaram que a desoneração da folha de pagamento é o instrumento
que teria maior impacto na competitividade dos produtos da empresa.
2. Consulta Empresarial
Ano 4, n. 1, agosto de 2012
27% dos empresários participantes desta Consulta
conhecem o PBM com algum detalhe
Conhecimento sobre Plano Brasil Maior As medidas do PBM não são de
Percentual de respostas sobre total de empresas consultadas conhecimento geral dos industriais
brasileiros. Entre os participantes
desta Consulta Empresarial,
8,2 Conhece o PBM e a maioria 19,3% não conhecem o PBM e
19,3 das medidas em detalhe
outros 19,0% sabem da existência
19,0 Conhece o PBM e algumas do plano, mas não conhecem
medidas em detalhe suas medidas, mesmo que
Conhece o PBM, mas as superficialmente.
medidas apenas superficialmente
19,0 O percentual que conhece a maioria
Conhece o PBM, mas das medidas com detalhes é baixo:
não as medidas
8,2%. Já 19,0% dos empresários
34,6 Não conhece o PBM consultados conhecem algumas
medidas em detalhe.
Maioria dos industriais ainda não percebe os efeitos
do PBM sobre o crescimento da indústria
Impacto do Plano Brasil Maior até o momento Entre as empresas consultadas que
Percentual de respostas sobre empresas consultadas que conhecem o PBM, 30,0% percebem
conhecem o Plano Brasil Maior efeitos positivos ou muito positivos
do plano sobre o crescimento da
75,2
indústria brasileira até o momento.
Para 57,5% não houve impacto,
57,5
e para 2,6%, esse foi negativo ou
muito negativo.
Parte dos empresários da Consulta
30,0 acredita em impactos do PBM na
16,8
indústria, mas não em seu negócio.
10,0 Quando perguntados pelo impacto
4,3
2,6 3,8 percebido sobre sua empresa, o
percentual que afirma ter percebido
Muito positivo / Não houve impacto Muito negativo / NS/NR
positivo negativo
efeito positivo ou muito positivo se
reduz para 16,8%. O percentual que
Indústria Empresa afirma que não houve impacto algum
sobe para 75,2% e o percentual que
afirma que há impacto negativo sobe
para 3,8% das respostas.
2
3. Consulta Empresarial
Ano 4, n. 1, agosto de 2012
Empresários estão otimistas com relação aos
impactos futuros do PBM
Expectativa de impacto do Plano Brasil Maior nos Na percepção dos empresários que
próximos dois anos participaram desta Consulta, os
Percentual de respostas sobre empresas consultadas efeitos do PBM sobre o crescimento
que conhecem o Plano Brasil Maior
industrial brasileiro ainda está
por se fazer sentir. A maioria dos
62,7 empresários consultados acredita
51,2
que, nos próximos dois anos, seus
benefícios serão sentidos. Apenas
19,3% acham que não haverá
33,8
impactos do plano nos próximos
19,3 dois anos sobre a indústria e
13,6 11,5 4,4% afirmam que o impacto será
4,4 3,5 negativo.
Muito positivo / Não haverá impacto Muito negativo / NS/NR Quanto aos efeitos das medidas
positivo negativo do PBM sobre suas empresas,
o otimismo é menor. Enquanto
Indústria Empresa 33,8% afirmam que não haverá
impacto algum nos próximos dois
anos, 51,2% acreditam que haverá
impacto positivo. O resultado deixa
evidente que, na percepção dos
industriais brasileiros, as medidas
do PBM são de alcance parcial, ou
seja, não devem alcançar toda a
indústria.
3
4. Consulta Empresarial
Ano 4, n. 1, agosto de 2012
As medidas do PBM não foram suficientes para
estimular o investimento
Impacto do Plano Brasil Maior sobre planos de investimento Apesar do otimismo com relação
Percentual de respostas sobre empresas consultadas que aos efeitos futuros do PBM sobre
conhecem o Plano Brasil Maior e tem planos de investimento o crescimento industrial, ao
menos no futuro, apenas 19,1%
dos empresários com projetos
8,0
19,1
de investimento afirmam que o
5,3 Aumento nos planos de PBM trouxe um impacto positivo
investimentos
sobre seus planos. Para 67,6% dos
Não houve/haverá impacto nos empresários consultados, o PBM não
planos de investimento afetou os planos de investimentos
da empresa, enquanto para 5,3%
Diminuição nos planos de
investimento
o PBM influenciou a redução dos
planos de investimento.
NS/NR
67,6
O PBM está no caminho certo, mas as medidas ainda são
insuficientes para aumentar a competitividade da indústria brasileira
Avaliação das medidas do Plano Brasil Maior Na avaliação de 81,8% das empresas
Percentual de respostas sobre empresas consultadas que consultadas e que conhecem ao
conhecem ao menos superficialmente algumas medidas menos superficialmente as medidas
do Plano Brasil Maior
do PBM, essas medidas foram
adequadas, mas insuficientes,
para aumentar a competitividade
4,8 3,9 e estimular o crescimento da
9,5
economia. Apenas 3,9% das
Foram adequadas e
suficientes
empresas consultadas acreditam
que as medidas são adequadas e
Foram adequadas, mas suficientes. Outras 9,5% acreditam
insuficientes que as medidas foram inadequadas.
Foram inadequadas
NS/NR
81,8
4
5. Consulta Empresarial
Ano 4, n. 1, agosto de 2012
Empresas solicitam o aprofundamento das medidas
de desoneração da folha de pagamento
Todos os empresários participantes da Consulta Empresarial – independentemente do grau de
conhecimento sobre o PBM – indicaram até cinco medidas que proporcionariam maiores ganhos de
competitividade à sua empresa. A desoneração da folha de pagamentos foi a medida mais assinalada,
com 71,2%. Em seguida têm-se a simplificação e a redução da tributação, com 59,2% e 56,0% de
assinalações, respectivamente. Ainda com mais de 50% de respostas, tem-se a simplificação da
legislação trabalhista. A redução do custo de energia (com 38,1% das assinalações) e a desoneração
tributária do investimento (com 32,7%) seguem na lista das medidas mais importantes.
Instrumentos/benefícios de maior impacto na competitividade dos produtos da empresa*
Percentual de respostas sobre total de empresas consultadas
Desoneração da folha de pagamentos 71,2
Simplificação da tributação 59,2
Redução de tributação (ex.: IPI) 56,0
Simplificação da legislação trabalhista 51,3
Redução do custo de energia 38,1
Desoneração tributária do investimento 32,7
Ampliação do prazo de pagamentos tributos 23,9
Redução do custo de transporte 19,9
Linhas de crédito favorecidas 16,2
Utilização de créditos tributários federais para
15,2
pagamento da contribuição previdenciária patronal
Simplificação da legislação ambiental 14,9
Maior acesso ao financiamento 13,8
Desburocratização do processo de tomada 11,6
de crédito
Estímulos à inovação 9,2
Medidas de defesa comercial (antidumping) 8,8
Desoneração das exportações 8,7
Recuperação de créditos tributários decorrentes 8,5
das exportações
* A soma do percentual é
Desburocratização dos procedimentos aduaneiros 6,9
superior a 100% porque os
Maior acesso às compras governamentais
(margem de preferência)
2,4 respondentes foram solicitados
a escolher os cinco principais.
Regras de conteúdo local 1,8
NR 1,1
Outros 5,6
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