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DOCES LEITURAS
COMEMORAÇÃO DO DIA DA MÃE
   Biblioteca Escolar – EB de Leça da Palmeira
Desde 2008-2009, no âmbito do projeto aLeR+ - “Semear Leituras”, a
equipa da biblioteca, com a colaboração de algumas turmas, tem vindo a
reunir poemas, quadras, versos, mensagens … alusivos a temas diversos
e a datas comemorativas.

Através da atividade “Doces Leituras” tem sido possível a divulgação
destas leituras selecionadas à comunidade educativa e local.
 O envolvimento de alguns cafés e confeitarias situados nas proximidades
da Escola tem sido uma constante, permitindo a partilha de leituras com a
comunidade local, sob a forma de marcadores, folhetos, postais e outros
recursos materiais.

Apresentamos aqui uma pequena amostra dos textos que têm sido
divulgados ao longo destes anos, alusivos ao tema MÃE.

Desta forma, prestamos também a nossa singela homenagem a todas as
mães.




                         Doces Leituras - Dia da Mãe
O DIA DA MÃE
1º domingo de maio


Este dia tem a forma
de um beijo e de um abraço,
mesmo quando a mãe chega
vergada pelo cansaço
e lhe pomos ao pescoço
o colar do nosso afeto
que, mesmo não sendo de ouro,
será sempre o predileto.
Este dia tem a forma
de borboleta e de flor
e a doçura da carícia
que tempera o nosso amor.

                           O livro dos dias,
                          José Jorge Letria
                Doces Leituras - Dia da Mãe
À minha querida mamã

      Ó terras de Portugal
      Ó terras onde eu nasci
      Por muito que goste delas
      Inda mais gosto de ti.

                                       Fernando Pessoa




Seleção dos alunos do 6º10 - 2009

                                    Doces Leituras - Dia da Mãe
Minha Mãe porque me chamas?

    Minha mãe, porque me chamas?
    Ainda agora aqui cheguei,
    trouxe-te o sabor do tempo
    na voz dum pensamento

                                             Meia História,
                                         Maria Helena Pires




Seleção dos alunos do 6º10 - 2009

                                    Doces Leituras - Dia da Mãe
Para sempre

[…]
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e a chuva desaba.

                           Lições de Coisas,
               Carlos Drummond de Andrade




Seleção dos alunos do 6º10 - 2009

                                    Doces Leituras - Dia da Mãe
SÓ POR ISSO, MÃE

 Mesmo que a noite esteja escura,
 Ou por isso,
 Quero acender a minha estrela.
 Mesmo que o mar esteja morto,
 Ou por isso,
                                                                  MÃE,
 Quero enfunar a minha vela.                                      Vale a pena!
 Mesmo que a vida esteja nua,
 Ou por isso,
 Quero vestir-lhe o meu poema.
 Só porque tu existes,
 Vale a pena!

                                       Mulher Mãe,
                                     Lopes Morgado


Seleção dos alunos do 6º10 - 2009

                                    Doces Leituras - Dia da Mãe
«O coração de mãe não é apenas um músculo
que bate sem parar... mas sim um lugar mágico
onde acontecem as mais extraordinárias das
coisas.

O coração de mãe está ligado a cada coração de
filho por um fio fininho, quase invisível. E é por
causa desse fio que tudo o que acontece aos
filhos, faz acontecer alguma coisa no coração de
mãe.»

Quando os filhos dão gargalhadas,
O coração de mãe até dança.

Quando um filho está triste,
o coração de mãe parte-se em mil bocadinhos.

                                                          Coração de Mãe,
                                                     Isabel Minhós Martins
                              Doces Leituras - Dia da Mãe
Coração de Mãe,
                              Isabel Minhós Martins

Doces Leituras - Dia da Mãe
Coração de Mãe,
                              Isabel Minhós Martins

Doces Leituras - Dia da Mãe
POEMA À MÃE à maneira de Luísa Ducla Soares



Textos criados pelos alunos do 6º10, a partir da
leitura e análise da obra Meu bichinho, meu amor .




                          Doces Leituras - Dia da Mãe
Amor de mãe é…
carinhoso como um panda.

                    Nº 15 e Nº20 – 6º10




                                          Abril 2009
   Doces Leituras - Dia da Mãe
MIMO

Dorme, dorme meu menino
Um sono sossegadinho
Manhaninha abre os olhos
Olhos lindos como sonhos
Mima a mãe o seu menino
Mima o menino ao colinho.

Mimo me deram a mim
Mimou-me minha mamã
Soube-me tão bem o mimo
Quando era pequenino
Que para mim
O mundo todo
É um jardim.

                               Luísa Costa Gomes


                            Doces Leituras - Dia da Mãe
«Mãe! passa a tua mão pela minha cabeça!
Quando passas a tua mão pela minha cabeça é tudo tão verdade!»

                                                       Almada Negreiros
                                                 A Invenção do Dia Claro




                       Doces Leituras - Dia da Mãe
Uma Anja

   Quando a minha mãe me tenta explicar o mundo, as
mãos dela abrem e fecham como flores de manhã e à
noite!
   Dantes, do seu cabelo liso, via escorregar ideias
fantásticas. Agora fez uma ondulação no
cabeleireiro, mas continuam lá estrelinhas, que só eu
noto quando brilham!
   Também tem asas de fada guardadas em cadernos
de escrita.
   Não sabia, mas ainda bem que há anjos que voam
tão baixinho!

                                                           Tu Escolhes,
                                                        Teresa Guedes


                          Doces Leituras - Dia da Mãe
Quando eu nasci,
[…]
Pra que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha Mãe…»

                       Sebastião da Gama




                     Doces Leituras - Dia da Mãe
Mas tu esqueceste muita coisa;
                                                            Esqueceste que as minhas pernas cresceram,
                                                            Que todo o meu corpo cresceu,
Poema à Mãe                                                 E até o meu coração
                                                            Ficou enorme, mãe!
No mais fundo de ti
                                                            Olha - queres ouvir-me? -
Eu sei que te traí, mãe.
                                                            Às vezes ainda sou o menino
                                                            Que adormeceu nos teus olhos;
Tudo porque já não sou
O menino adormecido
                                                            Ainda aperto contra o coração
No fundo dos teus olhos.
                                                            Rosas tão brancas
                                                            Como as que tens na moldura;
Tudo porque ignoras
Que há leitos onde o frio não se demora
                                                            Ainda oiço a tua voz:
E noites rumorosas de águas matinais.
                                                            Era uma vez uma princesa
                                                            No meio do laranjal...
Por isso, às vezes, as palavras que te digo
São duras, mãe,
                                                            Mas - tu sabes - a noite é enorme,
E o nosso amor é infeliz.
                                                            E todo o meu corpo cresceu.
                                                            Eu saí da moldura,
Tudo porque perdi as rosas brancas
                                                            Dei às aves os meus olhos a beber.
Que apertava junto ao coração
No retrato da moldura.
                                                            Não me esqueci de nada, mãe.
                                                            Guardo a tua voz dentro de mim.
Se soubesses como ainda amo as rosas,
                                                            E deixo as rosas.
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                                                            Boa noite. Eu vou com as aves.
                                                                                             Eugénio de Andrade
                                        Doces Leituras - Dia da Mãe
Minha mãe tem flores nos olhos.
Sóis de estrelas
nas mãos , nos braços.
 […]
E é grande como o Mundo
e eu chamo-lhe: Mãe!»

                         Matilde Rosa Araújo




                    Doces Leituras - Dia da Mãe
Palavras para a minha mãe

mãe, tenho pena. esperei sempre que entendesses
as palavras que nunca disse e os gestos que nunca fiz.
sei hoje que apenas esperei, mãe, e esperar não é suficiente.

pelas palavras que nunca disse, pelos gestos que me pediste
tanto e eu nunca fui capaz de fazer, quero pedir-te
desculpa, mãe, e sei que pedir desculpa não é suficiente.

às vezes, quero dizer-te tantas coisas que não consigo,
a fotografia em que estou ao teu colo é a fotografia
mais bonita que tenho, gosto de quando estás feliz.

lê isto: mãe, amo-te.

eu sei e tu sabes que poderei sempre fingir que não
escrevi estas palavras, sim, mãe, hei-de fingir que
não escrevi estas palavras, e tu hás-de fingir que não
as leste, somos assim, mãe, mas eu sei e tu sabes.
                                                    A Casa, a Escuridão,
                                                       José Luís Peixoto
                               Doces Leituras - Dia da Mãe
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  • 1. DOCES LEITURAS COMEMORAÇÃO DO DIA DA MÃE Biblioteca Escolar – EB de Leça da Palmeira
  • 2. Desde 2008-2009, no âmbito do projeto aLeR+ - “Semear Leituras”, a equipa da biblioteca, com a colaboração de algumas turmas, tem vindo a reunir poemas, quadras, versos, mensagens … alusivos a temas diversos e a datas comemorativas. Através da atividade “Doces Leituras” tem sido possível a divulgação destas leituras selecionadas à comunidade educativa e local. O envolvimento de alguns cafés e confeitarias situados nas proximidades da Escola tem sido uma constante, permitindo a partilha de leituras com a comunidade local, sob a forma de marcadores, folhetos, postais e outros recursos materiais. Apresentamos aqui uma pequena amostra dos textos que têm sido divulgados ao longo destes anos, alusivos ao tema MÃE. Desta forma, prestamos também a nossa singela homenagem a todas as mães. Doces Leituras - Dia da Mãe
  • 3. O DIA DA MÃE 1º domingo de maio Este dia tem a forma de um beijo e de um abraço, mesmo quando a mãe chega vergada pelo cansaço e lhe pomos ao pescoço o colar do nosso afeto que, mesmo não sendo de ouro, será sempre o predileto. Este dia tem a forma de borboleta e de flor e a doçura da carícia que tempera o nosso amor. O livro dos dias, José Jorge Letria Doces Leituras - Dia da Mãe
  • 4. À minha querida mamã Ó terras de Portugal Ó terras onde eu nasci Por muito que goste delas Inda mais gosto de ti. Fernando Pessoa Seleção dos alunos do 6º10 - 2009 Doces Leituras - Dia da Mãe
  • 5. Minha Mãe porque me chamas? Minha mãe, porque me chamas? Ainda agora aqui cheguei, trouxe-te o sabor do tempo na voz dum pensamento Meia História, Maria Helena Pires Seleção dos alunos do 6º10 - 2009 Doces Leituras - Dia da Mãe
  • 6. Para sempre […] Mãe não tem limite, é tempo sem hora, luz que não apaga quando sopra o vento e a chuva desaba. Lições de Coisas, Carlos Drummond de Andrade Seleção dos alunos do 6º10 - 2009 Doces Leituras - Dia da Mãe
  • 7. SÓ POR ISSO, MÃE Mesmo que a noite esteja escura, Ou por isso, Quero acender a minha estrela. Mesmo que o mar esteja morto, Ou por isso, MÃE, Quero enfunar a minha vela. Vale a pena! Mesmo que a vida esteja nua, Ou por isso, Quero vestir-lhe o meu poema. Só porque tu existes, Vale a pena! Mulher Mãe, Lopes Morgado Seleção dos alunos do 6º10 - 2009 Doces Leituras - Dia da Mãe
  • 8. «O coração de mãe não é apenas um músculo que bate sem parar... mas sim um lugar mágico onde acontecem as mais extraordinárias das coisas. O coração de mãe está ligado a cada coração de filho por um fio fininho, quase invisível. E é por causa desse fio que tudo o que acontece aos filhos, faz acontecer alguma coisa no coração de mãe.» Quando os filhos dão gargalhadas, O coração de mãe até dança. Quando um filho está triste, o coração de mãe parte-se em mil bocadinhos. Coração de Mãe, Isabel Minhós Martins Doces Leituras - Dia da Mãe
  • 9. Coração de Mãe, Isabel Minhós Martins Doces Leituras - Dia da Mãe
  • 10. Coração de Mãe, Isabel Minhós Martins Doces Leituras - Dia da Mãe
  • 11. POEMA À MÃE à maneira de Luísa Ducla Soares Textos criados pelos alunos do 6º10, a partir da leitura e análise da obra Meu bichinho, meu amor . Doces Leituras - Dia da Mãe
  • 12. Amor de mãe é… carinhoso como um panda. Nº 15 e Nº20 – 6º10 Abril 2009 Doces Leituras - Dia da Mãe
  • 13. MIMO Dorme, dorme meu menino Um sono sossegadinho Manhaninha abre os olhos Olhos lindos como sonhos Mima a mãe o seu menino Mima o menino ao colinho. Mimo me deram a mim Mimou-me minha mamã Soube-me tão bem o mimo Quando era pequenino Que para mim O mundo todo É um jardim. Luísa Costa Gomes Doces Leituras - Dia da Mãe
  • 14. «Mãe! passa a tua mão pela minha cabeça! Quando passas a tua mão pela minha cabeça é tudo tão verdade!» Almada Negreiros A Invenção do Dia Claro Doces Leituras - Dia da Mãe
  • 15. Uma Anja Quando a minha mãe me tenta explicar o mundo, as mãos dela abrem e fecham como flores de manhã e à noite! Dantes, do seu cabelo liso, via escorregar ideias fantásticas. Agora fez uma ondulação no cabeleireiro, mas continuam lá estrelinhas, que só eu noto quando brilham! Também tem asas de fada guardadas em cadernos de escrita. Não sabia, mas ainda bem que há anjos que voam tão baixinho! Tu Escolhes, Teresa Guedes Doces Leituras - Dia da Mãe
  • 16. Quando eu nasci, […] Pra que o dia fosse enorme, bastava toda a ternura que olhava nos olhos de minha Mãe…» Sebastião da Gama Doces Leituras - Dia da Mãe
  • 17. Mas tu esqueceste muita coisa; Esqueceste que as minhas pernas cresceram, Que todo o meu corpo cresceu, Poema à Mãe E até o meu coração Ficou enorme, mãe! No mais fundo de ti Olha - queres ouvir-me? - Eu sei que te traí, mãe. Às vezes ainda sou o menino Que adormeceu nos teus olhos; Tudo porque já não sou O menino adormecido Ainda aperto contra o coração No fundo dos teus olhos. Rosas tão brancas Como as que tens na moldura; Tudo porque ignoras Que há leitos onde o frio não se demora Ainda oiço a tua voz: E noites rumorosas de águas matinais. Era uma vez uma princesa No meio do laranjal... Por isso, às vezes, as palavras que te digo São duras, mãe, Mas - tu sabes - a noite é enorme, E o nosso amor é infeliz. E todo o meu corpo cresceu. Eu saí da moldura, Tudo porque perdi as rosas brancas Dei às aves os meus olhos a beber. Que apertava junto ao coração No retrato da moldura. Não me esqueci de nada, mãe. Guardo a tua voz dentro de mim. Se soubesses como ainda amo as rosas, E deixo as rosas. Talvez não enchesses as horas de pesadelos. Boa noite. Eu vou com as aves. Eugénio de Andrade Doces Leituras - Dia da Mãe
  • 18. Minha mãe tem flores nos olhos. Sóis de estrelas nas mãos , nos braços. […] E é grande como o Mundo e eu chamo-lhe: Mãe!» Matilde Rosa Araújo Doces Leituras - Dia da Mãe
  • 19. Palavras para a minha mãe mãe, tenho pena. esperei sempre que entendesses as palavras que nunca disse e os gestos que nunca fiz. sei hoje que apenas esperei, mãe, e esperar não é suficiente. pelas palavras que nunca disse, pelos gestos que me pediste tanto e eu nunca fui capaz de fazer, quero pedir-te desculpa, mãe, e sei que pedir desculpa não é suficiente. às vezes, quero dizer-te tantas coisas que não consigo, a fotografia em que estou ao teu colo é a fotografia mais bonita que tenho, gosto de quando estás feliz. lê isto: mãe, amo-te. eu sei e tu sabes que poderei sempre fingir que não escrevi estas palavras, sim, mãe, hei-de fingir que não escrevi estas palavras, e tu hás-de fingir que não as leste, somos assim, mãe, mas eu sei e tu sabes. A Casa, a Escuridão, José Luís Peixoto Doces Leituras - Dia da Mãe
  • 20. Doces Leituras - Dia da Mãe