Este poema descreve a mãe de várias perspectivas através dos olhos da criança: a mãe é como uma árvore protetora, tem olhos brilhantes como estrelas, faz magia transformando ingredientes em comida e roupas, é forte como o vento, canta lindamente, ensina sobre o bem e o mal, sabe de tudo, carrega o irmãozinho na barriga, embora precise dividir seu amor com os outros, e é a pessoa mais linda quando desenhada nas batatas descascadas.
1. MÃE
A mãe
é uma árvore
e eu uma flor.
A mãe
tem olhos altos como estrelas.
Os seus cabelos brilham
como o sol.
A mãe
faz coisas mágicas:
transforma farinha e ovos
em bolos,
linhas em camisolas,
trabalho em dinheiro.
A mãe
tem mais força que o vento:
carrega sacos e sacos
do supermercado
e ainda me carrega a mim.
A mãe
quando canta
tem um pássaro na garganta.
A mãe
conhece o bem e o mal.
Diz que é bem partir pinhões
e partir copos é mal.
Eu acho tudo igual.
A mãe
sabe para onde vão
todos os autocarros,
descobre as histórias que contam
as letras dos livros.
A mãe
tem na barriga um ninho.
É lá que guarda
o meu irmãozinho.
A mãe
podia ser só minha.
Mas tenho de a emprestar
a tanta gente...
A mãe
à noite descasca batatas.
Eu desenho caras nelas
e a cara mais linda
é da minha mãe.
Luísa Ducla Soares, Poemas da Mentira e da Verdade
2. Mãe,
Às vezes, sei que me porto mal, mas agradeço-te a forma
como me tratas e cuidas de mim.
Para mim, serás sempre a coisa mais importante do mundo
e a melhor mãe de todo o universo.
És linda, querida, única, adorável, risonha, meiga, simpática,
importante, carinhosa,…
Tu és como a luz do dia que me ilumina e é esse o motivo
para eu nunca te esquecer.
Mãe, sei que um dia vais ter de partir, mas nunca te
esqueças desta frase:
Mamã, nunca irás em vão, ficarás sempre juntinho do meu
coração.
Adoro-te.
Maria Luís Almeida, nº 17, 5º C