4. A HISTÓRIA DE UBERLÂNDIA A ocupação da região do Triângulo Mineiro, antigo Sertão da Farinha Podre, efetivou-se no início do século XIX, (19). O Triângulo Mineiro pertenceu à Província de Goiás até 1816, passando então para a Província de Minas Gerais. Nessa época, os índios Caiapós, primitivos habitantes da região, foram empurrados para outras regiões.
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6. João Pereira da Rocha, atraído, pela possibilidade de ocupar áreas imensas e férteis, chegou ao local onde se situa hoje o município de Uberlândia e fundou a Fazenda São Francisco, marco inicial da região.
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9. A constituição da atual região do Triângulo Mineiro (Sertão da Farinha Podre) perpassa o século XVIII, atingindo o período da colonização brasileira com a passagem de bandeirantes pela região, que afugentava ou escravizava os índios nômades, em sua maioria os Caiapós. A caracterização do homem bandeirante foi à busca , ou de riquezas minerais ou da sua própria subsistência. A região do Sertão da Farinha Podre compreendia todas as terras situadas entre os rios Quebra Anzol, das Velhas, Grande e Paranaíba. Estas terras de passagem , entre os atuais Estados de São Paulo, Goiás e Mato Grosso, muitas vezes serviam de pouso ao sertanejo, que construíam pequenos ranchos, e posteriormente, com a concessão das sesmarias pela coroa portuguesa, viriam as fazendas mineiras. O município de Uberlândia tem sua origem nas fazendas criadas a partir da concessão de sesmarias por parte da coroa portuguesa. Entre os pioneiros que adquiriram sesmarias, estava João Pereira da Rocha que pediu concessão das terras localizadas na extensa faixa de terras ao longo da margem esquerda do Rio das Velhas e a margem direita do Rio Uberabinha, e em 1821 deu origem a Sesmaria de São Francisco. Por volta da década de 1830, João Pereira construiu às margens do ribeirão Letreiro a sede, conhecida como Fazenda do Letreiro.
10. A vinda de João Pereira atraiu muitas outras famílias, inclusive a família Carrejo que, em 1835, adquiriu parte da fazenda São Francisco e outras terras formando as sedes: Olhos D´Água, Lage, Marimbondo e Tenda (a de Felisberto Alves Carrejo) nas quais se instalaram os irmãos. Para atender às necessidades imediatas, surgiram as oficinas serrarias, olarias, engenhos de cana, teares, as rocas das fiandeiras e a Tenda do ferreiro.
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13. Felisberto Alves Carrejo dotado de um espírito empreendedor, idealizou o início do povoado projetando a construção de uma igreja. A construção da capela teve início em 1846 dando origem ao Arraial de Nossa Senhora do Carmo, nome da Padroeira e depois São Sebastião da Barra de São Pedro, popularmente chamado como Arraial dos Carrijos.
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15. Nas proximidades da igreja, surgiram as primeiras casas do arraial de Nossa Senhora do Carmo e São Sebastião da Barra do Uberabinha que, em 1929, recebeu a denominação sugerida por João de Deus Faria: Uberlândia que significa Terra Fértil.
16. Em 1943 a Matriz foi demolida, sendo construída no local a Estação Rodoviária, que ali permaneceu até a década de 70, quando foi transferida para o atual Terminal Rodoviário Castelo Branco. O prédio abriga hoje a Biblioteca Pública Municipal. A Igreja Nossa Senhora do Carmo foi demolida e sem seu lugar foi construída a antiga Rodoviária, que hoje funciona a Biblioteca Municipal, situada na Praça Cícero Macedo.
17. Com o crescimento demográfico, as lideranças políticas pleitearam a emancipação do povoado de São Pedro de Uberabinha o que aconteceu em 31 de agosto de 1888. A Câmara Municipal foi instalada em 1829 e o Agente Executivo, que corresponde hoje ao cargo de Prefeito, foi o Sr. Augusto César Ferreira e Souza.
18. Em 21 de dezembro de 1895, foi inaugurada a Estação Ferroviária da Campanhia Mogiana de Estradas de Ferro que junto aos telégrafos fez a ligação de Uberabinha com outras cidades mais desenvolvidas, inserindo-a no cenário nacional. O crescimento de Uberabinha obrigou o desenvolvimento do parque ferroviário, com a construção de novas estações de embarque de passageiros e mercadorias.
19. A estrada de ferro arrastou a cidade para o norte, sendo responsável pela urbanização do que hoje é o centro. A cidade cresceu até as portas da Mogiana e ultrapassou seus limites, continuando a crescer para o Norte, fazendo-se necessário a mudança da estação ferroviária em 1970 para as proximidades do Aeroporto de Uberlândia.
20. A partir da instalação de uma usina geradora de energia elétrica, várias fábricas se instalaram dando início ao desenvolvimento industrial da cidade. A inauguração de novos e diversificados empreendimentos dão continuidade ao processo de urbanização. De um campo de futebol surge, no início do século, a Praça da República. foto
21. Em 1959, a Praça da República, também conhecida como Praça dos Bambus, passa a chamar-se Tubal Vilela, sendo remodelada.
22. A Praça Tubal Vilela constitui-se em um importante referencial para a comunidade. Passou a abrigar ao seu redor construções como: Hotel Zardo e Colombo; edifício do Fórum (1922); Escola Estadual Bueno Brandão, construída em 1915, demolida e reconstruída em 1967; a Igreja Matriz de Santa Terezinha inaugurada em 1941. f oto da praça com as av. Afonso pena e duque de caxias
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24. Prédio do Fórum Abelardo Pena. O prédio era situada ao lado do atual prédio da Administração Fazendária.
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26. UBERLÂNDIA Dados gerais: Extensão territorial: Área total de 4115 km2 Fonte: Instituto de Geociências Aplicadas – IGA (CETEC) População: 529,441 habitantes Densidade demográfica: 128,6 habitantes km2 Fonte: Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – 2002 Principal Atividade Econômica: Economia bastante diversificada, com crescimento mais acentuado do comércio e serviços. As indústrias têm participação de 46% e agropecuária de 3% na movimentação econômica da cidade. São mais de 400 indústrias e mais de 2 mil estabelecimentos comerciais em todos os ramos. Fonte: Prefeitura Municipal de Uberlândia
27. Hoje nossa cidade representa a terceira cidade de Minas Gerais em população e em arrecadação de impostos estaduais. Uberlândia sedia o maior pólo atacadista- distribuidor do País, consolida-se como exportador agroindustrial (amido de milho, ácido cítrico, couro bovino, algodão e produto derivado da soja) e como pólo de desenvolvimento de biotecnologia.
28. BANDEIRA DE UBERLÂNDIA Os dois terços superiores são em azul (representando o céu) e o terço inferior verde (representando os campos e as terras do município). O triângulo é o símbolo principal do Estado de Minas Gerais. Os raios pontiagudos brancos formam uma estrela de 12 pontas que representa o sistema viário que irradia-se de Uberlândia. A cor branca da estrela representa paz, tranquilidade e ordem. As cores da bandeira (exceto a margem vermelha do triângulo) são as mesmas da bandeira nacional.