Exame De Suficiencia Para Obtencao Do Titulo De Especialista Em Medicina De F...
J fashion
1.
2. Diferente do que se possa imaginar, a
moda japonesa vai muito além dos
tradicionais kimonos que vemos em
filmes e fotografias.
3. Em especial na cidade de Tokyo, há
diversos estilos de moda e subculturas
que tomam forma no modo de se vestir
das pessoas e, embora a maioria dos japoneses
se vista de forma mais
discreta e casual, como em qualquer
parte do mundo, em alguns lugares é possível
encontrar pessoas que se vestem
de maneira inusitada e criativa.
5. Shinjuku e Shibuya, em especial na área
de Harajuku, são os locais que concentram
esse público. Este último ganhou fama
internacional por ser o ponto de encontro
da juventude japonesa e dos entusiastas
por moda, graças às diversas grifes que
ali se estabeleceram, por volta
das décadas de 70 e 80.
6. Tanto lojas famosas - como Gucci, Dolce & Gabanna,
Louis Vouitton e Prada -, como grifes conhecidas entre
os frequentadores do bairro
- como 6% Doki Doki, Grimmoire, Spank! e Angelic
Pretty - tem ao menos uma unidade nesses lugares.
7. Cercados pela moda, os frequentadores de Harajuku
passaram a apresentar o que consomem através de
combinações
criativas de roupas. As subculturas como
punk, gótico e hip-hop, junto a outras
mais conhecidas entre os japoneses, como decora,
lolita e visual kei se apropriaram
desse espaço e passaram a se manifestar ativamente
entre os anos 80 e 90.
8. Assim, em Harajuku é possível encontrar,
diariamente, pessoas se apropriando da moda de
maneira única e manifestando
seu estilo pessoal sem medo.
9. Graças a isso, porém, a moda de rua japonesa, ou
Harajuku Fashion, está em constante
transformação.
10. Diferente do que se possa imaginar, quem dita a
moda são as pessoas nas ruas e os estilos mais
populares fazem brotar novas grifes a todo
momento, a fim de atender a essa demanda,
enquanto que outros estilos outrora populares,
desaparecem das ruas.
11. Um fenômeno interessante a se observar é
o modo como as pessoas lidam com essa moda
de rua, no Japão. Numa sociedade tão estrita,
fugir ao padrão como ocorre
nas ruas de Harajuku causa grande
estranhamento, e até um certo
desconforto social.
12. Por isso, em geral, durante a semana só é
possível encontrar adeptos do j-fashion se essas
pessoas trabalharem com isto -
em geral trata-se de modelos, estilistas,
vendedores das lojas, ou pessoas que trabalham
em Harajuku e foram contratadas por seus estilos
pessoais.
13. Atualmente, é possível conhecer alguns desses
estilos. Alguns foram fortes o suficiente para se
manterem ativos desde a década de 80, como é
o caso da moda lolita, que ainda tem adepto se
pode ser vista diariamente nas ruas de Harajuku.
14. Outros são relativamente recentes,
surgindo graças à fama de algum modelo ou
lojas específicos, como o Shironuri.
E outros surgiram à partir de transformações e
adaptações em estilos populares há alguns anos,
como o Dolly Kei.
15. Mas, em geral, o que mais se vê nas
ruas de Harajuku são estilos que não
podem receber nomes, não se encaixam em
padrões. São fruto da criatividade
de cada pessoa, aliadas a seu gosto pessoal.
16. O visual kei, conhecido entre
os fãs de rock japonês, é apenas
uma das manifestações da moda
Punk e Gótica em Harajuku,
por exemplo.
17. Entre os fãs ocidentais da moda japonesa, no
entanto, é necessário agrupar e padronizar
alguns desses estilos mais populares, a fim de se
replicar aquilo
que só pode ser encontrado no Japão.
18. Muitos fãs, no ocidente, se encantam por estilos
muito específicos, que só podem ser
encontrados em pequenas lojas de Harajuku, que
não enviam suas peças para o exterior.
19. Assim, traçando um perfil do estilo, com sua
silhueta básica, os fãs podem tentar replicar os
estilos com materiais e roupas que encontram
em seus países.
20. No Brasil, portanto, entre os fãs de moda
japonesa, em geral encontramos fãs de estilos
como lolita, gyaru, decora, fairy kei, dolly kei,
visual kei e pastelgoth, que tentam replicar - seja
importando peças, seja
adaptando roupas que temos por aqui - o que
se vê no Japão.
21. No Brasil, a moda lolita é provavelmente
o estilo mais popular atualmente.
O estilo também é bem popular no
Japão, e conta com diversas grifes especializadas,
além de publicações
como a Gothic&Lolita Bible, lançada de tempos
em tempos, contendo ensaios, tutoriais de
maquiagem e costura, além de
informações sobre lançamentos das grifes.
22. Embora, no Japão, a moda Lolita não seja tão
rígida quanto no ocidente, em geral há uma
silueta única que se observa e que
caracteriza as lolitas ao redor do mundo.
A moda lolita surgiu como um resgate à
feminilidade, elegância, doçura e recato
femininos, em contraposição à crescente
exposição do corpo feminino,
nos anos 70 e 80.
23. É caracterizada pela presença quase obrigatória
de acessórios de cabelo,
ombros cobertos, vestidos e saias rodadas
sustentadas por anáguas, meias e sapatos
específicos. Há uma infinidade de estilos na
moda lolita, como a Classical Lolita, mais madura,
e a Sweet Lolita, mais infantil.
24. As grifes também são, em geral, especializadas
nesses estilos, e dentre as mais conhecidas estão
Angelic Pretty, Baby the Stars Shine Bright,
Metamorphose
Temps de Fille, Moi Meme Moitiê, Innocent
World, Alice and the Pirates, H Naoto, Victorian
Maiden, Juliette et Justine, Enchantlic Enchantilly,
Millefleurs, Putumayo, dentre outras.
25. O Decora é um estilo que ressurgiu há pouco
tempo, tendo praticamente desaparecido entre
os os
anos de 2009 e 2013.
É caracterizado pelo visual descontraído,
extremamente colorido, com forte uso de
acessórios que podem cobrir os cabelos e
pescoços dos adeptos. Não é raro ver objetos
como ursos de pelúcia, transformados em
colares, brincos ou tiaras.
26. A idéia é realmente a da descontração,
e quem usa decora quer passar uma mensagem
de diversão através de
sua roupa. Não há uma silhueta
básica, mas em geral as roupas são
extremamente coloridas, em tons fortes, como
amarelo, pink, azul, verde e tons em neon e não é
raro encontrar estampas de personagens como
Bob Esponja e Ursinho Pooh.
27. As lojas 6% Doki Doki, Candy Stripper e Spank!
são famosas por venderem itens voltados para a
moda decora.
Modelos como Rikarin, Moco, Junnyan e Haruka
Kurebayashi são nomes referência nesse estilo.
28. A moda vintage tem ganhado espaço nas ruas de
Harajuku, na última década, embora receba
diferentes nomes e sua silhueta mude com o
passar dos anos. O que antes era conhecido, até
meados de 2013 como Mori Girl e cult party kei
se metamorfoseou no que hoje se conhece
por Dolly Kei no ocidente.
29. A moda vintage, atualmente, é caracterizada pela
sobreposição de
estampas e texturas, como renda, algodão cru e
florais, além de peças que parecem ter saído do
armário da vovó, como xales, robes, sapatos
oxford, golas de pele, saias repletas de babados
e meias grossas.
30. As principais lojas do momento, para o estilo, são
a Grimoire, Tokyo Bopper
e Freaks Circus e uma das referências no estilo
se chama Yukarin, uma estudante
de moda que sempre aparece
pelas ruas de Harajuku
31. O Punk e o Gothic estão presentes nas ruas de
Tokyo de modo bastante vasto. Não é raro
encontrar pessoas que se apropriem de peças
tipicamente punk- como correntes, calças xadrez
ou rebites, embora não necessariamente o
coordinate completo esteja dentro do estilo -
exatamente como ocorre em todo o mundo.
32. O mesmo ocorre com a moda gótica.
Porém, nas ruas de Harajuku há
também aqueles que se caracterizam
declaradamente de acordo com esses estilos.
Assim, é possível encontrar rapazes
de moicano, em peças customizadas com rasgos
e pinturas de caveiras feitas à mão, ou moças em
longos vestidos pretos, óculos escuros
arredondados e batom vinho.
33. Não há uma silhueta definida, tampouco
publicações ou modelos que sejam referências,
dada a vastidão dos estilos. No entanto, no
ocidente é particularmente conhecido o visual-
kei, ou v-kei. O estilo, que também representa
um estilo musical, é caracterizado pela
apropriação tanto de peças punk-góticas quanto
de elementos tradicionais da indumentária
japonesa, como kimonos.
34. Os cabelos são espetados, descoloridos, e é um
estilo usualmente adotado por rapazes. As
grandes referências são as
bandas que adotam o visual kei, tanto
musicalmente quanto como moda.
35. Os estilos em tons pastéis estão em alta nas ruas
de Tokyo. São divesos os subestilos
conhecidos no ocidente, que entrariam nessa
categoria, como o PastelGoth,
Kawaii Fashion, Fairy Kei, Moe Hara, Pastel Kei,
Mahou Kei, dentre outros.
36. São caracterizados pelos tons pastéis nas roupas,
como rosa bebê, mint, sax, creme e lilás, em
peças que podem remeter a personagens das
décadas de 80 e 90 como my little pony, ursinhos
carinhosos, Hello Kitty ou Creamy Mami.
37. Não há uma silhueta padrão, tampouco, mas é
bem comum vislumbrar acessórios fofos, com
texturas que remetam à delicadeza ou leveza,
como brincos de plumas, prendedores de cabelo
de pelucia e peças emprestadas de outros estilos,
como decora e lolita.
38. É usualmente usado por garotas e grandes
referências são Ene, Sebone, Nukonuko e a
modelo e estilista Kimura Yu, dona da grife Koko
Kim.
39. Por fim, o Shironuri é um estilo que vem
ganhando destaque, não pelo número de
adeptos, mas pela silhueta única e pelo trabalho
que seus adeptos apresentam através das
roupas, tanto que são conhecidos como Artistas
Shironuri.
40. A exemplo da maquiagem das gueixas,
no shironuri os traços faciais são
apagados usando maquiagem branca, e
redesenhados pelo artista usando
a maquiagem.
Cílios postiços com texturas de penas e
borboletas, flores coladas ao rosto e padrões
desenhados sobre as bochechas compõem o
quadro/rosto do artista.
41. Do mesmo modo, as roupas são misturas de
texturas, à exemplo dos estilos vintage, mas
podem remeter também a fantasias militares ou
animais, como cervos.
A única pele à mostra acaba sendo a do rosto,
ficando o restante coberto, em geral. No fim, o
artista acaba assumindo a
aparência de algum ser místico, saído dos contos
dos Grimms. A grande referência shironuri é a
artista Minori.
42. Esses são apenas alguns dos estilos
que pode-se encontrar nos bairros
fashion do Japão. Outros estilos
também são conhecidos, embora
não estejam presentes com tanta
frequência,como é o caso da
moda Gyaru e os estilos Yankee.
43. O modo ideal de dar a conhecer as tendências de
moda no Japão é adquirindo material a respeito,
como as revistas de moda, ou acessando sites
como o Tokyofashion.com e o Tokyostreets.com,
atualizados diariamente com fotos do
frequentadores dessas áreas.