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Modelagem das Dinâmicas da Formação
da Gota e Transferência de Massa em
Processos de Soldagem à Arco
Paulo Jefferson Dias de Oliveira Evald
Jusoan Lang Mór
Cristiano Rafael Steffens
Silvia Silva da Costa Botelho
Rodrigo Zelir Azzolin
Motivação
• Os processos de soldagem são fundamentais para muitos
processos industriais. Dentre eles, o que tem ganhado mais
popularidade atualmente são os processos GMAW (Gas Metal
Arc Welding) (Paul, 2016).
• Foi observado na literatura que a transferência por modo
misto entre curto circuito e globular não é possui muitos
trabalhos tratando de sua modelagem, por ser uma região de
transição e apresentar comportamento dos dois modos de
transferência.
Objetivos
• Desenvolver modelo matemático para representar a
formação da gota na ponta do eletrodo
• Desenvolver modelo matemático para representar a
transferência de massa
• Com o trabalho em conjunto dos modelos é possível
representar adequadamente o modo de
transferência por modo misto entre curto circuito e
globular.
Fase de arco
Fig.1 – Diagrama esquemático da fase de arco
Forças que atuam na formação da gota
• Forças que contribuem para o destacamento:
• FG = Força da gravidade
• FEM = Força eletromagnética
• Fm = Força oriunda do momento
• FA = Força de arrasto
• Forças que se opõem ao destacamento:
• FV = Força proveniente dos jatos de vapor
• Fγ = Tensão superficial
Fig.2 – Forças atuantes na gota
Circuito elétrico equivalente da fase de arco
• US = LsI’+RSI+UA
• Onde:
• I = Corrente
• LS = Indutância do
sistema
• RS = Resistência do
sistema
• VS = Tensão da fonte
• UA = Tensão do arco
• V = Velocidade de
alimentação de arame
Fig.3 – Circuito equivalente da fase de arco
Circuito elétrico equivalente da fase de arco
• Também foram consideradas as resistências do arco RA e do stick-
out RSO.
US = LsI’+(RA+RSO+RS)I+UA
• A resistência do stick-out varia em função do raio da gota RD,
deslocamento da gota LD e tamanho do eletrodo sólido LE. Além de
ser dependente da resistividade do eletrodo ρe.
RSO = ρe[LE+0.5(RD+LD)]
• A tensão do arco é a queda de tensão mais significativa no processo
e é dependente da constante de tensão do processo U0 e do fator
de comprimento do arco EA ao longo do comprimento do arco LA. É
representada por:
UA = U0+RAI+EALA
Dinâmica do comprimento do eletrodo sólido
• É dada pela diferença entre a velocidade de alimentação de
arame V e a taxa de fusão do eletrodo MR.
• A taxa de fusão do eletrodo é dada em função das
constantes relativas ao aquecimento da poça de fusão pelo
arco elétrico C1 e pelo efeito Joule C2 (Ozcelik, 2003) .
MR = (C1I+C2LSOρsoI2)σe
• Também foi considerada a dinâmica do motor do
alimentador de arame.
Simplificações consideradas na formação da gota
(Plackaert, 2010)
• A fase de arco termina quando o comprimento de stick-out for igual
a distância entre o bico de contato e a peça de trabalho, ou seja, LSO
= LCTW.
• O raio do volume inicial da gota é igual ao raio do eletrodo e
volume da gota aumenta esfericamente em relação a diferença de
velocidade de alimentação do arame V e a taxa de fusão do arame
MR.
• A densidade do eletrodo σe permanece constante diante de
variações de temperatura.
• O ângulo de condução θ é proporcional ao comprimento de stick-
out LSO.
Fase de curto circuito
• Simplificações consideradas (Moore, 1997):
• A área do eletrodo é igual à área de contato entre a poça de fusão e
a gota em estado líquido.
• O formato geométrico da gota líquida que une o eletrodo e a poça é
esférico e a evolução do seu volume é proveniente do efeito Pinch.
• A superfície da poça de fusão permanece plana ao longo do
processo de soldagem.
• A transferência de massa é estável.
Circuito elétrico equivalente da fase de curto
• Na fase de curto circuito o comprimento do stick-out é igual a distância do bico de
contato e a peça de trabalho, ou seja, LSO=LCTW. Assim, os parâmetros do arco são nulos.
Fig.4 – Circuito equivalente da fase de curto
Pressão exercida na transferência de massa
A pressão média no centro da
gota PD é determinada pela soma
da pressão gerada pelo efeito
Pinch Ppinch em função do raio da
gota R1 com a pressão gerada pela
tensão superficial da gota Pγ em
função do raio da gota e do raio
que relaciona o volume de massa
transferida à poça de fusão R2.
Fig.5 – Raios dominantes na transferência
de massa
Forças na transferência de massa
• Na fase de curto as forças que contribuem par o destacamento de
massa são a força da gravidade e a força eletromagnética, embora
essa segunda possa ser considerada desprezível.
• Novamente a tensão superficial é o fenômeno opositor ao
destacamento de massa.
Dinâmicas compreendidas pelos modelos desenvolvidos
Fig.6 – Dinâmicas compreendidas pelos modelos desenvolvidos
Interação entre os modelos
• O processo inicia na fase de arco
• Se mantém na fase de arco até que o comprimento do stick-out seja
igual ou maior que a distância entre o bico de contato e a peça
• Quando essa igualdade é satisfeita, inicia a fase de curto
• A fase de curto termina quando a ponte, formada pelo material em
derretimento entre o eletrodo e a poça de fusão é rompida
• Pode ocorrer destacamento de massa durante a fase de arco caso o
somatório das forças atuantes na gota seja superior a tensão
superficial e o raio da gota seja maior do que um raio limite defino
para o crescimento dessa gota na ponta do eletrodo sólido.
Interação entre os modelos
Fig.7 – Interação entre os modelos
Referências
• MOORE, K. L. et al. Gas metal arc welding control: Part I: Modeling and
analysis. Nonlinear Analysis: Theory, Methods & Applications, v. 30, n. 5, p. 3101-
3111, 1997.
• OZCELIK, S.; MOORE, K. Modeling, sensing and control of gas metal arc welding.
Elsevier, 2003.
• PAUL, Arun Kumar. Robust Product Design Using SOSM for Control of Shielded
Metal Arc-Welding (SMAW) Process. IEEE Transactions on Industrial Electronics, v.
63, n. 6, p. 3717-3724, 2016.
• PLANCKAERT, Jean-Pierre et al. Modeling of MIG/MAG welding with experimental
validation using an active contour algorithm applied on high speed
movies. Applied Mathematical Modelling, v. 34, n. 4, p. 1004-1020, 2010.
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MODELAGEM DAS DINÂMICAS DA FORMAÇÃO DA GOTA E TRANSFERÊNCIA DE MASSA EM PROCESSOS DE SOLDAGEM À ARCO

  • 1.
  • 2. Modelagem das Dinâmicas da Formação da Gota e Transferência de Massa em Processos de Soldagem à Arco Paulo Jefferson Dias de Oliveira Evald Jusoan Lang Mór Cristiano Rafael Steffens Silvia Silva da Costa Botelho Rodrigo Zelir Azzolin
  • 3. Motivação • Os processos de soldagem são fundamentais para muitos processos industriais. Dentre eles, o que tem ganhado mais popularidade atualmente são os processos GMAW (Gas Metal Arc Welding) (Paul, 2016). • Foi observado na literatura que a transferência por modo misto entre curto circuito e globular não é possui muitos trabalhos tratando de sua modelagem, por ser uma região de transição e apresentar comportamento dos dois modos de transferência.
  • 4. Objetivos • Desenvolver modelo matemático para representar a formação da gota na ponta do eletrodo • Desenvolver modelo matemático para representar a transferência de massa • Com o trabalho em conjunto dos modelos é possível representar adequadamente o modo de transferência por modo misto entre curto circuito e globular.
  • 5. Fase de arco Fig.1 – Diagrama esquemático da fase de arco
  • 6. Forças que atuam na formação da gota • Forças que contribuem para o destacamento: • FG = Força da gravidade • FEM = Força eletromagnética • Fm = Força oriunda do momento • FA = Força de arrasto • Forças que se opõem ao destacamento: • FV = Força proveniente dos jatos de vapor • Fγ = Tensão superficial Fig.2 – Forças atuantes na gota
  • 7. Circuito elétrico equivalente da fase de arco • US = LsI’+RSI+UA • Onde: • I = Corrente • LS = Indutância do sistema • RS = Resistência do sistema • VS = Tensão da fonte • UA = Tensão do arco • V = Velocidade de alimentação de arame Fig.3 – Circuito equivalente da fase de arco
  • 8. Circuito elétrico equivalente da fase de arco • Também foram consideradas as resistências do arco RA e do stick- out RSO. US = LsI’+(RA+RSO+RS)I+UA • A resistência do stick-out varia em função do raio da gota RD, deslocamento da gota LD e tamanho do eletrodo sólido LE. Além de ser dependente da resistividade do eletrodo ρe. RSO = ρe[LE+0.5(RD+LD)] • A tensão do arco é a queda de tensão mais significativa no processo e é dependente da constante de tensão do processo U0 e do fator de comprimento do arco EA ao longo do comprimento do arco LA. É representada por: UA = U0+RAI+EALA
  • 9. Dinâmica do comprimento do eletrodo sólido • É dada pela diferença entre a velocidade de alimentação de arame V e a taxa de fusão do eletrodo MR. • A taxa de fusão do eletrodo é dada em função das constantes relativas ao aquecimento da poça de fusão pelo arco elétrico C1 e pelo efeito Joule C2 (Ozcelik, 2003) . MR = (C1I+C2LSOρsoI2)σe • Também foi considerada a dinâmica do motor do alimentador de arame.
  • 10. Simplificações consideradas na formação da gota (Plackaert, 2010) • A fase de arco termina quando o comprimento de stick-out for igual a distância entre o bico de contato e a peça de trabalho, ou seja, LSO = LCTW. • O raio do volume inicial da gota é igual ao raio do eletrodo e volume da gota aumenta esfericamente em relação a diferença de velocidade de alimentação do arame V e a taxa de fusão do arame MR. • A densidade do eletrodo σe permanece constante diante de variações de temperatura. • O ângulo de condução θ é proporcional ao comprimento de stick- out LSO.
  • 11. Fase de curto circuito • Simplificações consideradas (Moore, 1997): • A área do eletrodo é igual à área de contato entre a poça de fusão e a gota em estado líquido. • O formato geométrico da gota líquida que une o eletrodo e a poça é esférico e a evolução do seu volume é proveniente do efeito Pinch. • A superfície da poça de fusão permanece plana ao longo do processo de soldagem. • A transferência de massa é estável.
  • 12. Circuito elétrico equivalente da fase de curto • Na fase de curto circuito o comprimento do stick-out é igual a distância do bico de contato e a peça de trabalho, ou seja, LSO=LCTW. Assim, os parâmetros do arco são nulos. Fig.4 – Circuito equivalente da fase de curto
  • 13. Pressão exercida na transferência de massa A pressão média no centro da gota PD é determinada pela soma da pressão gerada pelo efeito Pinch Ppinch em função do raio da gota R1 com a pressão gerada pela tensão superficial da gota Pγ em função do raio da gota e do raio que relaciona o volume de massa transferida à poça de fusão R2. Fig.5 – Raios dominantes na transferência de massa
  • 14. Forças na transferência de massa • Na fase de curto as forças que contribuem par o destacamento de massa são a força da gravidade e a força eletromagnética, embora essa segunda possa ser considerada desprezível. • Novamente a tensão superficial é o fenômeno opositor ao destacamento de massa.
  • 15. Dinâmicas compreendidas pelos modelos desenvolvidos Fig.6 – Dinâmicas compreendidas pelos modelos desenvolvidos
  • 16. Interação entre os modelos • O processo inicia na fase de arco • Se mantém na fase de arco até que o comprimento do stick-out seja igual ou maior que a distância entre o bico de contato e a peça • Quando essa igualdade é satisfeita, inicia a fase de curto • A fase de curto termina quando a ponte, formada pelo material em derretimento entre o eletrodo e a poça de fusão é rompida • Pode ocorrer destacamento de massa durante a fase de arco caso o somatório das forças atuantes na gota seja superior a tensão superficial e o raio da gota seja maior do que um raio limite defino para o crescimento dessa gota na ponta do eletrodo sólido.
  • 17. Interação entre os modelos Fig.7 – Interação entre os modelos
  • 18. Referências • MOORE, K. L. et al. Gas metal arc welding control: Part I: Modeling and analysis. Nonlinear Analysis: Theory, Methods & Applications, v. 30, n. 5, p. 3101- 3111, 1997. • OZCELIK, S.; MOORE, K. Modeling, sensing and control of gas metal arc welding. Elsevier, 2003. • PAUL, Arun Kumar. Robust Product Design Using SOSM for Control of Shielded Metal Arc-Welding (SMAW) Process. IEEE Transactions on Industrial Electronics, v. 63, n. 6, p. 3717-3724, 2016. • PLANCKAERT, Jean-Pierre et al. Modeling of MIG/MAG welding with experimental validation using an active contour algorithm applied on high speed movies. Applied Mathematical Modelling, v. 34, n. 4, p. 1004-1020, 2010.