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Bibliografia Nacional:
tecnologias potenciais para
difusão do patrimônio cultural
bibliográfico
18ª JIC-UIRIO| Prof. Dr. Eduardo Alentejo e Rodrigo Armada Señorans – UNIRIO
25 de outubro de 2019 – 9h-12h
Contatos:
<eduardo.alentejo@unirio.br> / <armada1952@hotmail.com>
RESUMO
Desde a década de 1970 com o desenvolvimento do CBU, agências bibliográficas nacionais são
produtoras da bibliografia nacional corrente e responsáveis por sua difusão e pela geração de
serviços e produtos do trabalho bibliográfico, visando garantir o controle e preservação do patrimônio
bibliográfico nacional. Na Era Digital, elas têm enfrentado o desafio de tornar seu trabalho
bibliográfico relevante para a sociedade. Em 2008, a IFLA projetou uma série de recomendações para
as agências bibliográficas ao considerar inclusão de recursos tecnológicos, arquitetura da informação
em meio digital e aplicações tecnológicas para aperfeiçoar e dar relevância ao principal produto:
bibliografia nacional corrente. As diretrizes IFLA, 2008, introduziram pelo menos seis dimensões para
aumentar a utilidade social da Bibliografia Nacional: 1) Interface e Funcionalidade. Nessa perspectiva,
essa fala visa considerar possíveis e potenciais tecnologias disponíveis para aprimorar o valor social
das bibliografias nacionais onde sua difusão e relevância podem perpassar pelo uso dos registros
bibliográficos mediados por tecnologias participativas, colaborativas e disruptivas.
A Bibliografia Nacional se ampliou no Século XVIII com a proliferação de inúmeras
bibliografias nacionais e internacionais na Europa. No Século XIX, surge o que hoje
entendemos por Bibliografia Nacional Corrente, fenômeno decorrente da reformulação do
conceito de Biblioteca Nacional e do seu uso cívico e político pós Revolução Francesa.
Desde então, “uma bibliografia nacional corrente é um espelho que reflete a cultura de um
país. Ao olhar para ela, é possível aprender sobre a singularidade de um país“ (BELL, 1998, p. 29).
Desde que a teoria da bibliografia foi desenvolvida nos anos 1950 por Egan e Shera,
sabe-se que todos os tipos de bibliografias são produtos de contextos sociais que
os criaram e motores de interação social em várias comunidades de conhecimento.
Depois de 1977, o Programa de Controle Bibliográfico Universal (CBU) -
IFLA/UNESCO envolveu recomendações de normas operacionais para a
Bibliografia Nacional. Numerosas bibliografias foram criadas desde 1977, “algumas
desapareceram depois de alguns anos, enquanto outras têm grande dificuldade em
aparecer regularmente”. Na era digital, alguns fatores foram adicionados à
“produção nacional publicada”. A publicação na Web e a mídia eletrônica têm
mudado o escopo das bibliografias nacionais correntes em todo o mundo.
O problema editorial da Bibliografia Nacional Corrente e seu valor social
Na Era Digital, o potencial para a Bibliografia Nacional Corrente é expandido e os
mais novos formatos de informação digital também podem nela ser incluídos. Em
2008, a IFLA objetivou atualizar as diretrizes da Bibliografia Nacional em fornecer
recomendações para publicar bibliografias em formato eletrônico e na inclusão de
recursos eletrônicos. Dada a ampla gama de sistemas de informação disponíveis
(sistemas de buscas online, aplicativos, bases de dados, bibliotecas digitais etc.),
"agências bibliográficas nacionais estão enfrentando ainda mais pressão para
sustentar bibliografias nacionais e assegurar que sejam socialmente relevantes“.
–Tradicionalmente, bibliografias nacionais são úteis para Bibliotecários, Mercado Editorial, Políticas de Governos e Uso Social
A ‘concorrência’ entre a bibliografia nacional online e os sistemas de informação
A bibliografia nacional online pode existir "como uma base de dados separada ou pode ser
parte do catálogo online nacional de uma Biblioteca Nacional", e de modo semelhante, as
editoras constituem suas bibliografias comerciais online, agregando serviços ao usuário em
sítios na rede, criando interfaces atrativas e com possibilidade de tornar seu usuário
potencialmente ativo nos processos colaborativos de troca e difusão da bibliografia.
Diante dos desafios que as recentes tecnologias na plataforma Web impõem às agências
bibliográficas nacionais, tais como a facilidade que o usuário tem de acesso à informação, a
diversidade de usuários e a oferta de sistemas informacionais, o atual modelo de controle
bibliográfico nacional tende a mudar seu paradigma, de "o que é" para o que ele precisa ser
para os usuários, agora e no futuro.
Pressupostos dessa apresentação
Com a expansão das tecnologias de informação e comunicação é possível que as
agências bibliográficas nacionais integrem recursos e ampliem as formas de
atendimento às demandas por informação. Pois, a adoção de novas tecnologias em
bibliotecas já tem oferecido facilidade de compartilhamento de registros bibliográficos e,
por consequência, ampliação do processo comunicativo com seus usuários de modo a
privilegiar o uso e o reuso de metadados e o acesso aos mais diversificados recursos
informacionais. A Bibliografia Nacional poderia satisfazer necessidades de informação
de qualquer audiência, como muitos outros sistemas de informação costumam fazer.
Recentes diretrizes da IFLA introduziram dimensões para aumentar sua utilidade social;
é o que entendo por relevância e difusão do patrimônio bibliográfico nacional.
6 dimensões da IFLA para a Bibliografia Nacional Corrente na Era Digital
1) Funcionalidade e Interfaces
2) Recuperação de Informação
3) Melhores procedimentos de catalogação
4) Novo escopo de registro de dados
5) intercâmbio de melhores práticas e cooperação
6) Modelo Organizacional e Medida de Efetividade.
Através da interface e funcionalidade, o principal objetivo para as Bibliografias
Nacionais é facilitar a recuperação de informações como OPACs e base de
dados geralmente fazem.
1) Interface e Funcionalidade
Interface – área em que coisas diversas (páginas, links, mídia) interagem.
Funcionalidade – integração dos recursos (catálogos, SRI, links etc.) de
modo tal que favoreçam a comunicação visual e gráfica integrada para
favorecer acesso ao usuário com menor esforço, comunicação multimodal
facilitada e interação entre usuário(s) e máquinas.
Em referência à busca que pode ser realizada por usuários finais ao formato
eletrônico de registro bibliográfico nacional.
Com um mínimo de pontos de acesso necessários, todos os usuários
podem facilmente identificar, selecionar, recuperar e acessar publicações de
que necessitam com a expectativa de acesso direto a recursos eletrônicos
ou a obtenção de localização de publicações. É o objetivo último de
sistemas de informação de diferentes naturezas.
Importante lembrar que a representação temática desempenha papel crucial
na recuperação da informação. Pode-se utilizar de processos de
classificação e indexação para elaborar a síntese do conteúdo dos
documentos e estabelece categorias para o seu armazenamento.
2) Recuperação de Informação
A terceira refere-se a orientações para integrar a catalogação de recursos
eletrônicos em bibliografias nacionais, considerando a relação dos
registros nacionais com os catálogos de bibliotecas nacionais, registros
bibliográficos baseados em tarefas FRBR, esquemas de padrões
descritivos e de sujeito, metadados relacionados com recursos, federação
de dados e links persistentes.
3) Melhores procedimentos de Catalogação
4) Novo escopo do registro de dados
A quarta refere-se a um conjunto de critérios de seleção de
recursos eletrônicos e seus aspectos específicos para estimular a
inclusão de materiais como: jornais on-line, programas aplicativos /
software e bases de dados.
5) Intercâmbio de melhores práticas e Cooperação
O quinto item está na aprendizagem com os outros e baseado na
parceria. Algumas estratégias são: buscar parceiros para a cooperação
dentro do próprio país para criar um ambiente nacional baseado em
uma estrutura colaborativa ou distribuída em direção ao objetivo
comum do controle bibliográfico nacional.
A escolha de um parceiro em um país vizinho semelhante ajuda a
aprender com sucessos e fracassos já experimentados. A contratação
ou solicitação de assistência técnica de uma comunidade local, regional
ou internacional pode melhorar as atividades bibliográficas nacionais.
6) Modelo organizacional e Medida de Eficácia
O sexto envolve questões-chave para melhorar as agências bibliográficas
nacionais. Considerando cada particularidade, a IFLA enfatiza sua missão e inclui
o cuidado organizacional:
a) Modelo de negócio - Depende dos clientes e objetivos da Bibliografia Nacional,
dos recursos disponíveis para produzi-lo e do contexto organizacional ou
político da agência bibliográfica nacional. Os registros nacionais podem ser ou
não cobrados para a bibliografia completa, serviços bibliográficos ou registros
representativos,
b) Apresentação da Bibliografia Nacional - Deve ser publicada sem demora e a
sua atualização e distribuição efetiva são critérios de qualidade.
A escolha da mídia para a entrega da Bibliografia Nacional é influenciada pelo
modelo de negócios e recursos disponíveis.
Além disso, existem dois caminhos para os registros nacionais. Alguns países
diferenciam suas bibliografias nacionais do catálogo nacional. Outros
consideram que tudo acrescentado às suas coleções por lei não exige a
distribuição do calibre de uma Bibliografia Nacional, por isso seu catálogo
nacional é suficiente.
Medição da eficácia - A bibliografia nacional deve ser medida por muitas
razões: por vezes, o financiamento da agência bibliográfica nacional está
diretamente ligado a indicadores de desempenho governamentais. Orçamentos
restritos e políticas nacionais podem constituir barreiras à manutenção dos
serviços bibliográficos nacionais. A avaliação também contribui para melhorar a
gestão da informação e seus processos. As estatísticas sobre a eficácia da
Bibliografia Nacional devem fornecer respostas oportunas e precisas a
perguntas de: editores, governo, usuários. Além disso, isso permite identificar
pontos fortes e fracos para melhorar os serviços bibliográficos.
Sobre as Recomendações IFLA para a Bibliografia Nacional Corrente
Em 2008, a IFLA projetou uma série de recomendações para as agências bibliográficas ao considerar inclusão de
recursos tecnológicos, arquitetura da informação em meio digital e aplicações tecnológicas para aperfeiçoar e dar
relevância ao principal produto: bibliografia nacional corrente. Todas as recomendações perpassam de forma
explícita ou implícita em entendimentos e recursos que proporcionam a Arquitetura da Informação, onde os espaços
podem ser construídos com tecnologias participativas, colaborativas e disruptivas.
Em geral, a Arquitetura das bibliografias online (base de dados, websites, OPACS, bibliotecas Digitais etc.) são
percebidas na hora da verdade: o contato com o usuário com o sistema que para sua utilização e busca, deve
manipular os dispositivos na interface, acionando as funcionalidades e simultaneamente avaliando a capacidade de
interação, busca e acesso à informações e isso ocorre em todas as possibilidades de comunicação multimodal com
o sistema sob sua utilização.
Arquitetura para Bibliografias Nacionais online
– Projeto de Interface gráfica e questões de multimodalidade visam facilitar o processo de buscas
e o uso eficiente do sistema
Características
Mobilidade entre aplicações em uma
ou mais interfaces;
Construção de estratégias de busca
pelo usuário;
Manipulação direta com uso de
hipertextos;
Características
Interfaces atraentes e de fácil
compreensão pelo usuário;
Facilidade de navegação;
Acesso e disponibilidade de
documentos multimídias.
Tecnologias participativas: questão de Inteligência Coletiva
Incorporação de conceitos participativos no coração da bibliografia online e
dos sistemas de SRI da biblioteca
Uso gratuito de software de código aberto disponível para criar versões de
bibliotecas de Wikipedia.
Uso gratuito de software de código aberto disponível para criar versões de
bibliotecas de Wikipedia
Redes participativas para continuar a sua missão de conhecimento.
Exemplos:
a) Hospedagem de blogs e wikis para as suas comunidades;
b) A criação de espaços de encontro virtuais de indivíduos e grupos , assim
como as bibliotecas fazem no mundo físico.
Inteligência coletiva numa bibliografia online ou OPAC
Serviço inteligente e facilitador prestado pela Cambridge Digital Library. Os bookmarks que os pesquisadores
fazem nas obras são salvos na parte "My Library", permitindo melhor organização dos variados documentos,
podendo ser visualizados em um mesmo lugar. Fonte: http://cudl.lib.cam.ac.uk/collections/treasures
Tecnologias colaborativas: questões de conversação
Modelos para a conversação tecnológica
As pessoas conversam, as organizações conversam, nações conversam, as
sociedades conversam... Tecnologias também devem conversar para proporcionar
ou facilitar o conhecimento – aspecto fundamental da Interoperabilidade.
Estabelecem as regras pelas quais os objetos digitais são: descritos, identificados
e preservados, seus dados são armazenados, e os sistemas aos quais estão
inseridos se comunicam.
A biblioteca tem sido um lugar que facilita as conversas, embora muitas vezes de
forma implícita.
A facilitação não só enriquece conversas com diversas informações de modo
profundo, ela também serve para funcionar como uma guardiã da memória,
acordos documentários e desenvolvimento de resultados para facilitar conversas
futuras.
Se a conversação gera conhecimentos, a comunidade de bibliotecas adicionou um
corolário à teoria: o melhor conhecimento vem de um "ambiente de informação
ideal", aquele em que a informação mais diversificada e completa está disponível.
O valor da abordagem quantitativa para as bibliografias... Quantos e quais são os
resultados?
O valor da abordagem qualitativa para as bibliotecas
Quais números são importantes ... e por quê?
Conversação, troca de mão dupla
A biblioteca como participante na conversação
A biblioteca como facilitadora da conversação
 Tecnologia disruptiva ou inovação disruptiva é um termo que descreve a inovação
tecnológica, produto, ou serviço, com características "disruptivas", que provocam uma ruptura
com os padrões, modelos ou tecnologias já estabelecidos no mercado. Uma tecnologia
disruptiva não pode ser considerada revolucionária, pois ela não chega a derrubar uma
ordem existente; o que ela faz é introduzir uma novidade que se encaixa em tal ordem.
Tecnologia disruptiva: questões de conversação
Exemplo: a Biblioteca Nacional brasileira disponibiliza seu catálogo em interface adaptada
para uso em smartphones, o que possibilita a pesquisa de forma a permitir ao usuário
acessar a Bibliografia Nacional online. Os passos do processo de busca estão a seguir.
A interface do catálogo online da Biblioteca Nacional em modo mobile, isto é,
adaptado a smartphones e dispositivos eletrônicos móveis
1o. Passo: Ao entrar na página
inicial do sítio da BN, basta clicar em
“menu”.
2o. Passo: Ao expandir as opções
da aba “menu”, clicar em “explore”.
É importante
ressaltar que mesmo
nesta interface reduzida
em termos as
informações básicas dos
catálogos podem ser
observadas, ainda que
de forma resumida, ou
seja, o usuário conta
com informações prévias
antes mesmo de
selecionar o catálogo
desejado.
3o. Passo: Nas opções da aba
“explore”, deve-se clicar em
“catálogos”
4o. Passo: Seleciona-se
o catálogo de Obras Gerais.
O catálogo móvel também
apresenta recursos de
linguagem, que neste caso
significa que o usuário consegue
definir em qual língua a interface
do catálogo deverá ser
apresentada, e, além disso, o
instrumento também apresenta
a possiblidade de escolher o tipo
de biblioteca em que se deseja
realizar a sua busca.
6o. Passo: Clique em buscar
para que a obra seja encontrada.
7o. Passo: Neste momento os
resultados da pesquisa são
apresentados na tela e então é possível
identificar o item de interesse, após a
identificação do livro no qual se tem
interesse, basta clicar sobre o registro
prévio e a tela será redirecionada para
a ficha catalográfica da obra/item.
Buscando uma ‘conclusão’ possível
A maioria dos sistemas de recuperação de informação dentro das bibliotecas nacionais
online, como o catálogo online e bibliografia nacional, se posicionam como a interação de
mão única com os usuários. No entanto, compreendidos como redes participativas,
bibliografias e catálogos nacionais poderiam reforçar o seu papel, pois, as condições
tecnológicas existentes podem ser considerados na arquitetura das bibliografias nacionais
de forma a obter proveitos da inteligência coletiva nos versionamentos Web, dos dados
estruturados à Web Semântica.
A Bibliografia Nacional baseada na Web pode ser projetada para ser um modelo de
interação em via de mão dupla, isto é, participativo. As aplicações podem ser diversas, por
exemplo, hospedagem de blogs e wikis para comunidades de usuários; uso de software
livre de código aberto disponível para criar versões de bibliografias Wikipédia; a criação de
espaços de encontros virtuais coletivos.
Algumas dessas sugestões implicam na ação direta do usuário, como a manipulação e
alteração de dados no sistema, exigindo, portanto, níveis de confiabilidade. Considerando
que muitos dos usuários se tornaram acostumados com a ideia de funções e níveis de
autoridade em muitas outras configurações online, a tecnologia existente, por exemplo,
permitiria a introdução de sistemas de mérito, de modo a tirar proveito de redes
colaborativas de sítios na Web, tal como ocorre com a Amazon.com, LibraryThing, eBay,
Barnes & Noble etc.
A Bibliografia Nacional online relaciona-se também com tendências de bibliotecas digitais, como o modelo
gerencial e a federação de dados. Seu princípio consiste em registros de dados estruturados que são publicados
na Web em formatos reutilizáveis e acessíveis remotamente em qualquer formato de Sistema de Recuperação
da Informação.
As bibliotecas digitais começaram a experimentar o desenvolvimento de serviços e produtos com tecnologias Linked Data,
tais como: realização de dados aberto em RDF; fusão e agregação de conjuntos de dados e novas aplicações para seus
usuários finais, fornecendo serviços bibliográficos para desenvolvedores dentro e fora do domínio da biblioteca. Novos
modelos de bibliotecas digitais e padrões como FRBR e RDA estão sendo inspirados por RDF, tais como: a Biblioteca
Nacional da França e da Library of Congress ‘Bibliographic Framework Initiative’ – modelo de Linked Data.
Uma vez que, Bibliografias comerciais online podem ser divididas em duas categorias: por artefatos impressos (e
analógicos) e digitais, similar ao Google Livros, bibliografias comerciais podem ser compartilhadas em serviços
especializados de busca aos conteúdos de livros. Como serviços de valor agregado, editoras podem integrar
bibliografias nacionais online aos catálogos, permitindo aos usuários o acesso a bases de dados de agências
bibliográficas. Sob o ponto de vista do usuário, a pesquisa federada permitiria múltiplas fontes de informação a
serem pesquisadas, ao mesmo tempo. Isso inclui bibliografias online, catálogos de bibliotecas e bases de dados
comerciais.
Todas essas possibilidades poderiam proporcionar relevância e utilidade social às Bibliografias Nacionais online,
mas, todas perpassam pelo entendimento, adequação e aplicação dos entendimentos e recursos da Arquitetura
da Informação.
Bibliografia Nacional tecnologias difusão patrimônio

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Bibliografia Nacional tecnologias difusão patrimônio

  • 1. Bibliografia Nacional: tecnologias potenciais para difusão do patrimônio cultural bibliográfico 18ª JIC-UIRIO| Prof. Dr. Eduardo Alentejo e Rodrigo Armada Señorans – UNIRIO 25 de outubro de 2019 – 9h-12h Contatos: <eduardo.alentejo@unirio.br> / <armada1952@hotmail.com>
  • 2. RESUMO Desde a década de 1970 com o desenvolvimento do CBU, agências bibliográficas nacionais são produtoras da bibliografia nacional corrente e responsáveis por sua difusão e pela geração de serviços e produtos do trabalho bibliográfico, visando garantir o controle e preservação do patrimônio bibliográfico nacional. Na Era Digital, elas têm enfrentado o desafio de tornar seu trabalho bibliográfico relevante para a sociedade. Em 2008, a IFLA projetou uma série de recomendações para as agências bibliográficas ao considerar inclusão de recursos tecnológicos, arquitetura da informação em meio digital e aplicações tecnológicas para aperfeiçoar e dar relevância ao principal produto: bibliografia nacional corrente. As diretrizes IFLA, 2008, introduziram pelo menos seis dimensões para aumentar a utilidade social da Bibliografia Nacional: 1) Interface e Funcionalidade. Nessa perspectiva, essa fala visa considerar possíveis e potenciais tecnologias disponíveis para aprimorar o valor social das bibliografias nacionais onde sua difusão e relevância podem perpassar pelo uso dos registros bibliográficos mediados por tecnologias participativas, colaborativas e disruptivas.
  • 3. A Bibliografia Nacional se ampliou no Século XVIII com a proliferação de inúmeras bibliografias nacionais e internacionais na Europa. No Século XIX, surge o que hoje entendemos por Bibliografia Nacional Corrente, fenômeno decorrente da reformulação do conceito de Biblioteca Nacional e do seu uso cívico e político pós Revolução Francesa. Desde então, “uma bibliografia nacional corrente é um espelho que reflete a cultura de um país. Ao olhar para ela, é possível aprender sobre a singularidade de um país“ (BELL, 1998, p. 29). Desde que a teoria da bibliografia foi desenvolvida nos anos 1950 por Egan e Shera, sabe-se que todos os tipos de bibliografias são produtos de contextos sociais que os criaram e motores de interação social em várias comunidades de conhecimento.
  • 4. Depois de 1977, o Programa de Controle Bibliográfico Universal (CBU) - IFLA/UNESCO envolveu recomendações de normas operacionais para a Bibliografia Nacional. Numerosas bibliografias foram criadas desde 1977, “algumas desapareceram depois de alguns anos, enquanto outras têm grande dificuldade em aparecer regularmente”. Na era digital, alguns fatores foram adicionados à “produção nacional publicada”. A publicação na Web e a mídia eletrônica têm mudado o escopo das bibliografias nacionais correntes em todo o mundo.
  • 5. O problema editorial da Bibliografia Nacional Corrente e seu valor social Na Era Digital, o potencial para a Bibliografia Nacional Corrente é expandido e os mais novos formatos de informação digital também podem nela ser incluídos. Em 2008, a IFLA objetivou atualizar as diretrizes da Bibliografia Nacional em fornecer recomendações para publicar bibliografias em formato eletrônico e na inclusão de recursos eletrônicos. Dada a ampla gama de sistemas de informação disponíveis (sistemas de buscas online, aplicativos, bases de dados, bibliotecas digitais etc.), "agências bibliográficas nacionais estão enfrentando ainda mais pressão para sustentar bibliografias nacionais e assegurar que sejam socialmente relevantes“. –Tradicionalmente, bibliografias nacionais são úteis para Bibliotecários, Mercado Editorial, Políticas de Governos e Uso Social
  • 6. A ‘concorrência’ entre a bibliografia nacional online e os sistemas de informação A bibliografia nacional online pode existir "como uma base de dados separada ou pode ser parte do catálogo online nacional de uma Biblioteca Nacional", e de modo semelhante, as editoras constituem suas bibliografias comerciais online, agregando serviços ao usuário em sítios na rede, criando interfaces atrativas e com possibilidade de tornar seu usuário potencialmente ativo nos processos colaborativos de troca e difusão da bibliografia. Diante dos desafios que as recentes tecnologias na plataforma Web impõem às agências bibliográficas nacionais, tais como a facilidade que o usuário tem de acesso à informação, a diversidade de usuários e a oferta de sistemas informacionais, o atual modelo de controle bibliográfico nacional tende a mudar seu paradigma, de "o que é" para o que ele precisa ser para os usuários, agora e no futuro.
  • 7. Pressupostos dessa apresentação Com a expansão das tecnologias de informação e comunicação é possível que as agências bibliográficas nacionais integrem recursos e ampliem as formas de atendimento às demandas por informação. Pois, a adoção de novas tecnologias em bibliotecas já tem oferecido facilidade de compartilhamento de registros bibliográficos e, por consequência, ampliação do processo comunicativo com seus usuários de modo a privilegiar o uso e o reuso de metadados e o acesso aos mais diversificados recursos informacionais. A Bibliografia Nacional poderia satisfazer necessidades de informação de qualquer audiência, como muitos outros sistemas de informação costumam fazer. Recentes diretrizes da IFLA introduziram dimensões para aumentar sua utilidade social; é o que entendo por relevância e difusão do patrimônio bibliográfico nacional.
  • 8. 6 dimensões da IFLA para a Bibliografia Nacional Corrente na Era Digital 1) Funcionalidade e Interfaces 2) Recuperação de Informação 3) Melhores procedimentos de catalogação 4) Novo escopo de registro de dados 5) intercâmbio de melhores práticas e cooperação 6) Modelo Organizacional e Medida de Efetividade.
  • 9. Através da interface e funcionalidade, o principal objetivo para as Bibliografias Nacionais é facilitar a recuperação de informações como OPACs e base de dados geralmente fazem. 1) Interface e Funcionalidade Interface – área em que coisas diversas (páginas, links, mídia) interagem. Funcionalidade – integração dos recursos (catálogos, SRI, links etc.) de modo tal que favoreçam a comunicação visual e gráfica integrada para favorecer acesso ao usuário com menor esforço, comunicação multimodal facilitada e interação entre usuário(s) e máquinas.
  • 10. Em referência à busca que pode ser realizada por usuários finais ao formato eletrônico de registro bibliográfico nacional. Com um mínimo de pontos de acesso necessários, todos os usuários podem facilmente identificar, selecionar, recuperar e acessar publicações de que necessitam com a expectativa de acesso direto a recursos eletrônicos ou a obtenção de localização de publicações. É o objetivo último de sistemas de informação de diferentes naturezas. Importante lembrar que a representação temática desempenha papel crucial na recuperação da informação. Pode-se utilizar de processos de classificação e indexação para elaborar a síntese do conteúdo dos documentos e estabelece categorias para o seu armazenamento. 2) Recuperação de Informação
  • 11. A terceira refere-se a orientações para integrar a catalogação de recursos eletrônicos em bibliografias nacionais, considerando a relação dos registros nacionais com os catálogos de bibliotecas nacionais, registros bibliográficos baseados em tarefas FRBR, esquemas de padrões descritivos e de sujeito, metadados relacionados com recursos, federação de dados e links persistentes. 3) Melhores procedimentos de Catalogação
  • 12. 4) Novo escopo do registro de dados A quarta refere-se a um conjunto de critérios de seleção de recursos eletrônicos e seus aspectos específicos para estimular a inclusão de materiais como: jornais on-line, programas aplicativos / software e bases de dados.
  • 13. 5) Intercâmbio de melhores práticas e Cooperação O quinto item está na aprendizagem com os outros e baseado na parceria. Algumas estratégias são: buscar parceiros para a cooperação dentro do próprio país para criar um ambiente nacional baseado em uma estrutura colaborativa ou distribuída em direção ao objetivo comum do controle bibliográfico nacional. A escolha de um parceiro em um país vizinho semelhante ajuda a aprender com sucessos e fracassos já experimentados. A contratação ou solicitação de assistência técnica de uma comunidade local, regional ou internacional pode melhorar as atividades bibliográficas nacionais.
  • 14. 6) Modelo organizacional e Medida de Eficácia O sexto envolve questões-chave para melhorar as agências bibliográficas nacionais. Considerando cada particularidade, a IFLA enfatiza sua missão e inclui o cuidado organizacional: a) Modelo de negócio - Depende dos clientes e objetivos da Bibliografia Nacional, dos recursos disponíveis para produzi-lo e do contexto organizacional ou político da agência bibliográfica nacional. Os registros nacionais podem ser ou não cobrados para a bibliografia completa, serviços bibliográficos ou registros representativos, b) Apresentação da Bibliografia Nacional - Deve ser publicada sem demora e a sua atualização e distribuição efetiva são critérios de qualidade. A escolha da mídia para a entrega da Bibliografia Nacional é influenciada pelo modelo de negócios e recursos disponíveis.
  • 15. Além disso, existem dois caminhos para os registros nacionais. Alguns países diferenciam suas bibliografias nacionais do catálogo nacional. Outros consideram que tudo acrescentado às suas coleções por lei não exige a distribuição do calibre de uma Bibliografia Nacional, por isso seu catálogo nacional é suficiente. Medição da eficácia - A bibliografia nacional deve ser medida por muitas razões: por vezes, o financiamento da agência bibliográfica nacional está diretamente ligado a indicadores de desempenho governamentais. Orçamentos restritos e políticas nacionais podem constituir barreiras à manutenção dos serviços bibliográficos nacionais. A avaliação também contribui para melhorar a gestão da informação e seus processos. As estatísticas sobre a eficácia da Bibliografia Nacional devem fornecer respostas oportunas e precisas a perguntas de: editores, governo, usuários. Além disso, isso permite identificar pontos fortes e fracos para melhorar os serviços bibliográficos.
  • 16. Sobre as Recomendações IFLA para a Bibliografia Nacional Corrente Em 2008, a IFLA projetou uma série de recomendações para as agências bibliográficas ao considerar inclusão de recursos tecnológicos, arquitetura da informação em meio digital e aplicações tecnológicas para aperfeiçoar e dar relevância ao principal produto: bibliografia nacional corrente. Todas as recomendações perpassam de forma explícita ou implícita em entendimentos e recursos que proporcionam a Arquitetura da Informação, onde os espaços podem ser construídos com tecnologias participativas, colaborativas e disruptivas. Em geral, a Arquitetura das bibliografias online (base de dados, websites, OPACS, bibliotecas Digitais etc.) são percebidas na hora da verdade: o contato com o usuário com o sistema que para sua utilização e busca, deve manipular os dispositivos na interface, acionando as funcionalidades e simultaneamente avaliando a capacidade de interação, busca e acesso à informações e isso ocorre em todas as possibilidades de comunicação multimodal com o sistema sob sua utilização.
  • 17. Arquitetura para Bibliografias Nacionais online – Projeto de Interface gráfica e questões de multimodalidade visam facilitar o processo de buscas e o uso eficiente do sistema Características Mobilidade entre aplicações em uma ou mais interfaces; Construção de estratégias de busca pelo usuário; Manipulação direta com uso de hipertextos; Características Interfaces atraentes e de fácil compreensão pelo usuário; Facilidade de navegação; Acesso e disponibilidade de documentos multimídias.
  • 18. Tecnologias participativas: questão de Inteligência Coletiva
  • 19. Incorporação de conceitos participativos no coração da bibliografia online e dos sistemas de SRI da biblioteca Uso gratuito de software de código aberto disponível para criar versões de bibliotecas de Wikipedia. Uso gratuito de software de código aberto disponível para criar versões de bibliotecas de Wikipedia Redes participativas para continuar a sua missão de conhecimento. Exemplos: a) Hospedagem de blogs e wikis para as suas comunidades; b) A criação de espaços de encontro virtuais de indivíduos e grupos , assim como as bibliotecas fazem no mundo físico.
  • 20. Inteligência coletiva numa bibliografia online ou OPAC Serviço inteligente e facilitador prestado pela Cambridge Digital Library. Os bookmarks que os pesquisadores fazem nas obras são salvos na parte "My Library", permitindo melhor organização dos variados documentos, podendo ser visualizados em um mesmo lugar. Fonte: http://cudl.lib.cam.ac.uk/collections/treasures
  • 22. Modelos para a conversação tecnológica As pessoas conversam, as organizações conversam, nações conversam, as sociedades conversam... Tecnologias também devem conversar para proporcionar ou facilitar o conhecimento – aspecto fundamental da Interoperabilidade. Estabelecem as regras pelas quais os objetos digitais são: descritos, identificados e preservados, seus dados são armazenados, e os sistemas aos quais estão inseridos se comunicam. A biblioteca tem sido um lugar que facilita as conversas, embora muitas vezes de forma implícita. A facilitação não só enriquece conversas com diversas informações de modo profundo, ela também serve para funcionar como uma guardiã da memória, acordos documentários e desenvolvimento de resultados para facilitar conversas futuras.
  • 23. Se a conversação gera conhecimentos, a comunidade de bibliotecas adicionou um corolário à teoria: o melhor conhecimento vem de um "ambiente de informação ideal", aquele em que a informação mais diversificada e completa está disponível. O valor da abordagem quantitativa para as bibliografias... Quantos e quais são os resultados? O valor da abordagem qualitativa para as bibliotecas Quais números são importantes ... e por quê? Conversação, troca de mão dupla A biblioteca como participante na conversação A biblioteca como facilitadora da conversação
  • 24.  Tecnologia disruptiva ou inovação disruptiva é um termo que descreve a inovação tecnológica, produto, ou serviço, com características "disruptivas", que provocam uma ruptura com os padrões, modelos ou tecnologias já estabelecidos no mercado. Uma tecnologia disruptiva não pode ser considerada revolucionária, pois ela não chega a derrubar uma ordem existente; o que ela faz é introduzir uma novidade que se encaixa em tal ordem. Tecnologia disruptiva: questões de conversação Exemplo: a Biblioteca Nacional brasileira disponibiliza seu catálogo em interface adaptada para uso em smartphones, o que possibilita a pesquisa de forma a permitir ao usuário acessar a Bibliografia Nacional online. Os passos do processo de busca estão a seguir.
  • 25. A interface do catálogo online da Biblioteca Nacional em modo mobile, isto é, adaptado a smartphones e dispositivos eletrônicos móveis 1o. Passo: Ao entrar na página inicial do sítio da BN, basta clicar em “menu”. 2o. Passo: Ao expandir as opções da aba “menu”, clicar em “explore”. É importante ressaltar que mesmo nesta interface reduzida em termos as informações básicas dos catálogos podem ser observadas, ainda que de forma resumida, ou seja, o usuário conta com informações prévias antes mesmo de selecionar o catálogo desejado.
  • 26. 3o. Passo: Nas opções da aba “explore”, deve-se clicar em “catálogos” 4o. Passo: Seleciona-se o catálogo de Obras Gerais. O catálogo móvel também apresenta recursos de linguagem, que neste caso significa que o usuário consegue definir em qual língua a interface do catálogo deverá ser apresentada, e, além disso, o instrumento também apresenta a possiblidade de escolher o tipo de biblioteca em que se deseja realizar a sua busca.
  • 27. 6o. Passo: Clique em buscar para que a obra seja encontrada. 7o. Passo: Neste momento os resultados da pesquisa são apresentados na tela e então é possível identificar o item de interesse, após a identificação do livro no qual se tem interesse, basta clicar sobre o registro prévio e a tela será redirecionada para a ficha catalográfica da obra/item.
  • 28. Buscando uma ‘conclusão’ possível A maioria dos sistemas de recuperação de informação dentro das bibliotecas nacionais online, como o catálogo online e bibliografia nacional, se posicionam como a interação de mão única com os usuários. No entanto, compreendidos como redes participativas, bibliografias e catálogos nacionais poderiam reforçar o seu papel, pois, as condições tecnológicas existentes podem ser considerados na arquitetura das bibliografias nacionais de forma a obter proveitos da inteligência coletiva nos versionamentos Web, dos dados estruturados à Web Semântica. A Bibliografia Nacional baseada na Web pode ser projetada para ser um modelo de interação em via de mão dupla, isto é, participativo. As aplicações podem ser diversas, por exemplo, hospedagem de blogs e wikis para comunidades de usuários; uso de software livre de código aberto disponível para criar versões de bibliografias Wikipédia; a criação de espaços de encontros virtuais coletivos. Algumas dessas sugestões implicam na ação direta do usuário, como a manipulação e alteração de dados no sistema, exigindo, portanto, níveis de confiabilidade. Considerando que muitos dos usuários se tornaram acostumados com a ideia de funções e níveis de autoridade em muitas outras configurações online, a tecnologia existente, por exemplo, permitiria a introdução de sistemas de mérito, de modo a tirar proveito de redes colaborativas de sítios na Web, tal como ocorre com a Amazon.com, LibraryThing, eBay, Barnes & Noble etc.
  • 29. A Bibliografia Nacional online relaciona-se também com tendências de bibliotecas digitais, como o modelo gerencial e a federação de dados. Seu princípio consiste em registros de dados estruturados que são publicados na Web em formatos reutilizáveis e acessíveis remotamente em qualquer formato de Sistema de Recuperação da Informação. As bibliotecas digitais começaram a experimentar o desenvolvimento de serviços e produtos com tecnologias Linked Data, tais como: realização de dados aberto em RDF; fusão e agregação de conjuntos de dados e novas aplicações para seus usuários finais, fornecendo serviços bibliográficos para desenvolvedores dentro e fora do domínio da biblioteca. Novos modelos de bibliotecas digitais e padrões como FRBR e RDA estão sendo inspirados por RDF, tais como: a Biblioteca Nacional da França e da Library of Congress ‘Bibliographic Framework Initiative’ – modelo de Linked Data. Uma vez que, Bibliografias comerciais online podem ser divididas em duas categorias: por artefatos impressos (e analógicos) e digitais, similar ao Google Livros, bibliografias comerciais podem ser compartilhadas em serviços especializados de busca aos conteúdos de livros. Como serviços de valor agregado, editoras podem integrar bibliografias nacionais online aos catálogos, permitindo aos usuários o acesso a bases de dados de agências bibliográficas. Sob o ponto de vista do usuário, a pesquisa federada permitiria múltiplas fontes de informação a serem pesquisadas, ao mesmo tempo. Isso inclui bibliografias online, catálogos de bibliotecas e bases de dados comerciais. Todas essas possibilidades poderiam proporcionar relevância e utilidade social às Bibliografias Nacionais online, mas, todas perpassam pelo entendimento, adequação e aplicação dos entendimentos e recursos da Arquitetura da Informação.