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ACTIVIDADES
Livro das Pistas de Trabalho
Conselhos sobre reciclagem
Da: Verlag Dashofer
Livro das Pistas de Trabalho 2
Livro das Pistas de Trabalho 3
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................1
2. ACÇÕES PARA APLICAÇÃO DA POLÍTICA DOS 3 R’S..............................................................5
2.1. REDUÇÃO DA QUANTIDADE DE RESÍDUOS.........................................................................................5
2.2. REUTILIZAÇÃO DOS RESÍDUOS...........................................................................................................5
2.3. RECICLAGEM DOS RESÍDUOS .............................................................................................................6
3. ACTIVIDADES RELACIONADAS COM A RECOLHA SELECTIVA..........................................7
3.1. INVENTARIAÇÃO DOS RESÍDUOS NA ESCOLA.....................................................................................7
3.2. MAPA COM A LOCALIZAÇÃO DOS CENTROS DE RECICLAGEM...........................................................9
3.3. IMPLEMENTAR UM PROGRAMA DE RECOLHA SELECTIVA................................................................10
4. ACTIVIDADES PARA RECICLAR OS MATERIAIS ....................................................................16
4.1. COMO FAZER PASTA DE PAPEL ........................................................................................................16
4.1.1. Folhas de papel.......................................................................................................................16
4.1.2. Fabrico de objectos com pasta de papel .................................................................................18
4.1.3. Fabrico de barras combustíveis para lareiras e salamandras...............................................19
4.2. COMO FAZER TAÇAS COM PAPEL DE JORNAL..................................................................................19
4.3. COMO FAZER UM MEALHEIRO COM PAPEL DE JORNAL...................................................................21
4.4. UTILIZAÇÃO DA ENERGIA DOS VEGETAIS ........................................................................................22
4.5. COMPOSTAGEM NO QUINTAL...........................................................................................................23
4.6. FAZER LOMBRICOMPOSTAGEM ........................................................................................................28
5. OUTRAS ACTIVIDADES ...................................................................................................................30
5.1. PORTA CANETAS E CAIXA PARA CLIPS ............................................................................................30
5.2. ORGANIZAR VISITAS DE ESTUDO.....................................................................................................32
5.3. ORGANIZAR EXPOSIÇÕES.................................................................................................................32
5.4. TEATRO E OUTRAS ACTIVIDADES ....................................................................................................33
5.5. VENDA DE ARTIGOS EM SEGUNDA MÃO..........................................................................................33
5.6. INVENTÁRIO DOS LIVROS DA BIBLIOTECA.......................................................................................34
5.7. ANGARIAÇÃO DE FUNDOS E PROJECTOS MUNICIPAIS......................................................................34
5.8. ASSOCIAÇÃO ....................................................................................................................................35
5.9. IDEIAS PARA ACTIVIDADES EM ALGUMAS DISCIPLINAS ESCOLARES..............................................35
5.10. IDEIAS PARA REDUZIR A UTILIZAÇÃO DE PRODUTOS TÓXICOS.....................................................36
5.11. PALAVRAS-CRUZADAS...................................................................................................................37
6. BIBLIOGRAFIA...................................................................................................................................40
Livro das Pistas de Trabalho 4
1. INTRODUÇÃO
Este conjunto de fichas tem por objectivo a apresentação de algumas acções e
actividades que os alunos podem realizar nas aulas ou nos tempos livres.
Esta brochura de actividades surge no seguimento dos temas presentes nos conjuntos
de diapositivos e de transparências postos à disposição dos docentes para a
apresentação de aulas relativas ao tema dos resíduos: vamos fazer menos lixo, o ciclo
dos materiais, o tratamento e o destino final dos resíduos e os resíduos perigosos.
As actividades propostas focam basicamente os temas da redução, reutilização e
reciclagem dos materiais, permitindo a aplicação prática da política dos 3 R's. São
apresentadas actividades de fácil compreensão, nomeadamente: como fazer papel
reciclado, como fazer compostagem e como implementar um programa de recolha
selectiva de materiais, entre outras. Os procedimentos estão descritos de forma simples
e os materiais a usar são fáceis de encontrar.
No que diz respeito ao 4ºR - Recuperação - não existem propostas de exercícios
devido ao facto de este se referir à recuperação energética dos resíduos. Por este
motivo, torna-se difícil elaborar um exercício relativo ao 4ºR.
Espera-se que este conjunto de actividades capte o interesse dos alunos e os desperte
para a problemática dos resíduos e para as inúmeras possibilidades de reutilizar e
reciclar objectos que, de outra forma, já não teriam valor.
Livro das Pistas de Trabalho 5
2. ACÇÕES PARAAPLICAÇÃO DA POLÍTICA DOS 3 R’S
2.1. Redução da Quantidade de Resíduos
Em casa
- Usar filtros de café ou de chá de pano;
- Não utilizar loiça descartável;
- Usar toalhas e guardanapos de pano;
- Usar caixas resistentes para guardar alimentos, em vez de os embrulhar em folhas de
plástico ou de alumínio;
- Reduzir a quantidade de produtos tóxicos utilizados, e substituí-los, quando possível,
por alternativas menos tóxicas.
Nas compras
- Levar sacos resistentes de nylon, de pano ou outro material, nomeadamente de juta
ou alcofas, que fazem parte da tradição portuguesa e são mais ecológicos que os sacos
de papel ou de plástico;
- Reutilizar os sacos do supermercado;
- Comprar produtos a peso, em vez de comprar embalados;
- Comprar embalagens familiares em vez de embalagens com pouca quantidade;
- Comprar pastas de dentes que não tragam caixa de cartão, ou deixá-la na loja, para
pressionar os produtores;
- Comprar detergentes que possam ter recargas.
2.2. Reutilização dos Resíduos
- Adquirir embalagens de vidro com tara;
- Utilizar pilhas recarregáveis;
- Utilizar o verso das folhas usadas para rascunho;
- Guardar os papéis de embrulho dos presentes, que podem ser utilizados para fazer
novos embrulhos;
- Utilizar embalagens de iogurte, de gelado ou outras, depois de lavadas, para colocar
outras coisas, tais como comida, clips, canetas, etc..
Livro das Pistas de Trabalho 6
2.3. Reciclagem dos Resíduos
- Comprar produtos que tenham a indicação de que são fabricados com materiais
reciclados e/ou que são recicláveis;
- Separar as embalagens de vidro e colocá-las no vidrão, tendo o cuidado de lhes
retirar as tampas, envólucros e os gargalos de metal ou plástico;
- Separar o papel e o cartão e depositá-los no papelão ou em centros de recolha de
papel usado. O papel pode ser reciclado por nós. (ver como na página 13);
- Algumas autarquias já possuem embalões. As garrafas de plástico devem ser
separadas e colocadas nos contentores;
- As pilhas são perigosas para o ambiente. Separá-las e colocá-las nos pilhões, já
existentes em algumas zonas do país. Se não existir na zona, a autarquia deverá ser
pressionada para que implemente a recolha selectiva de pilhas nas escolas;
- Separar as latas e colocá-las nos embalões;
- A matéria orgânica também pode ser reciclada (ver como fazer compostagem ou
lombricompostagem com matéria fermentável na página 19 e 23);
- Com os resíduos de jardim a água pode ser aquecida (ver como na página 18).
Livro das Pistas de Trabalho 7
3. ACTIVIDADES RELACIONADAS COM A RECOLHA
SELECTIVA
3.1. Inventariação dos Resíduos na Escola
Para saber o tipo de “lixo” e as quantidades produzidas na escola pode ser efectuado
um inventário do “lixo”. Com este inventário pode ser comparada a produção de
“lixo” na escola com a produção de outras escolas e com a produção total do concelho
onde se situa a escola.
Para conhecer melhor o tipo de “lixo” deve ser feito um inventário 2 vezes por período
escolar. Convém que os dias escolhidos sejam dias de pleno funcionamento escolar.
Material necessário:
- Pequenos contentores de lixo;
- Luvas de borracha;
- Balança;
- Mesa;
- Plástico grande para cobrir a mesa.
O local onde será efectuada a inventariação do lixo deve ser impermeabilizado, de
preferência ao ar livre, com abastecimento de água por perto.
Procedimento:
Deve motivar os alunos a pedir a colaboração dos colegas e de funcionários da escola.
O trabalho em equipa é mais rápido e mais agradável.
Seleccionem-se alguns contentores de “lixo” da escola em número suficiente para
caracterizar o “lixo” produzido. Por exemplo se a escola tiver 10 contentores, devem
inventariar-se cerca de 4. Começa-se por pesá-los na balança e registar o peso numa
folha de registos. Despejar o “lixo” dos contentores, um a um, em cima de uma mesa
coberta com um plástico grande.
Livro das Pistas de Trabalho 8
Pesem-se os contentores vazios. Estes contentores podem servir para colocar os
materiais que vão ser separados, mas se forem necessários mais contentores, eles
devem ser pesados primeiro. No exterior do contentor deverá ser escrito o nome do
material a que cada um se destina e respectivo número, por forma a evitar enganos.
Os resíduos devem ser separados por tipo de material e colocados no respectivo
contentor. Os materiais a separar são:
- Papel e cartão;
- Vidro (branco e de cor);
- Plástico (incluir sacos, garrafas e copos de iogurte);
- Matéria fermentável (inclui restos de vegetais e de comida);
- Têxteis;
- Metais ferrosos e não ferrosos;
- Outros (incluir os que não se conseguem colocar nos outros grupos).
No final devem ser pesados cada um dos contentores cheios com os resíduos e
registado o respectivo peso na folha de registos.
Quadro 3.1.1 - Folha de registo
Identificação Recipientes Componentes
por (Por unidade) (Por componente)
componente Peso vazio (kg)
(A)
Peso cheio (kg)
(B)
Peso (kg)
(B-A)
%
100 x (B-A)/(D-C)
Papel e cartão
Vidro
Plástico
Metais ferrosos
Metais não ferrosos
Materiais fermentáveis
Têxteis
Outros
Total (C) (D)
Pode ainda averiguar-se o tipo de embalagens mais utilizadas na escola fazendo uma
nova contagem. Para tal, despejam-se novamente os contentores que contêm o plástico
e os metais e contar o número de garrafas de plástico, de copos de iogurte, de latas,
etc. Assim ter-se-à uma ideia da quantidade e tipo de embalagens que são mais
consumidas na escola.
Livro das Pistas de Trabalho 9
Sabendo a quantidade de determinado material presente no “lixo” da escola, será mais
fácil saber quantos contentores serão necessários para colocar cada material para
reciclar e fazer uma estimativa das quantidades produzidas.
3.2. Mapa com a Localização dos Centros de Reciclagem
Pode fazer-se uma lista dos locais onde existem contentores para recolha selectiva e
dos locais onde podem ser entregues objectos usados. Este inventário pode depois ser
divulgado a toda a comunidade.
Procedimento:
Etapa 1 - Fazer uma listagem de todos os locais onde existam contentores para a
deposição selectiva de materiais, nomeadamente:
- Contentores (vidrões, papelões, embalões, pilhões);
- Ecopontos (locais onde está mais do que um contentor);
- Ecocentros (locais onde as pessoas podem ir deixar os materiais). A tendência actual
é para a instalação de ecocentros em muitos pontos do país. Por isso, confirme a sua
existência na área de residência.
Pode ainda fazer-se uma lista de todos os locais que podem receber coisas usadas, tais
como hospitais, instituições de caridade, alfarrabistas, lojas de artigos em segunda
mão, armazenistas que lidam com resíduos, e outros.
Esta lista deve incluir a morada, número de telefone, horário de funcionamento e quais
os materiais que lá são aceites. As moradas e os números de telefone podem ser
conseguidos na lista telefónica (por ex. Páginas Amarelas) ou contactando associações
de defesa do ambiente que se preocupem com a reciclagem. Para saber outras
informações deve telefonar-se directamente para os locais ou ir lá.
Etapa 2 - Seguidamente deve arranjar-se um mapa da localidade onde se reside (o
qual pode ser solicitado no posto de turismo local), no qual deverão ser assinalados
todos os locais da lista. Estes podem ser assinalados com um número, letra ou
Livro das Pistas de Trabalho 10
símbolo, que terá correspondência na legenda (ao lado do mapa) onde constarão todas
as informações úteis (morada, telefone, etc.).
Etapa 3 - Este mapa deve ser fotocopiado e afixado no placar de ambiente da escola
ou distribuído pelas pessoas (tirar as fotocópias em papel reciclado, se possível). Seria
importante que a Associação de Estudantes fosse contactada e, conjuntamente com
ela, a informação recolhida fosse divulgada.
3.3. Implementar um Programa de Recolha Selectiva
Pode contribuir-se para a poupança de recursos se se começarem a reciclar os
materiais. Deve informar-se na Câmara Municipal sobre quais os materiais recolhidos
selectivamente na zona. Se não existir nenhum sistema de recolha selectiva, deve-se
perguntar quando é que vai ser implementado e insistir para que o seja o mais breve
possível.
Em casa:
Os alunos devem ser motivados a reunir a família e apresentar-lhes o plano de
separação do “lixo” produzido, falar-lhes das vantagens de reciclar os materiais e
indicar quais é que podem ser reciclados.
Ao organizar um plano de acção, tem de decidir-se:
 Onde guardar os materiais recicláveis até estes serem transportados para os
contentores (pode-se arranjar um pequeno espaço vazio por baixo do lava loiça,
das escadas, na despensa ou na garagem);
 Como guardar alguns materiais (pode guardar-se em caixas de cartão, sacos
de plástico já usados, sacos de papel, baldes do lixo ou outros);
 Quem irá levar os materiais para reciclar (fazer uma lista das coisas que
necessitem de ser feitas e distribuir as pessoas pelas tarefas. Estas podem ser
rotativas, para que as pessoas colaborem em todas as fases).
Livro das Pistas de Trabalho 11
Tomar nota que pode ser necessário fazer algumas operações aos materiais antes de os
levar para reciclar, tais como achatar as latas, fazer uma separação do papel pelos
diversos tipos, tirar as rolhas e gargalos das garrafas. Para tal, o aluno deverá
informar-se dos locais onde levar os materiais (ecocentros), ler nos placards afixados
nos papelões, vidrões, embalões, etc., ou informar-se na Câmara Municipal.
A escolha de quem levará os materiais para reciclar pode depender do local onde se
tenha de ir depositá-los. Se for afastado de casa, pode ser necessário transportar os
materiais de carro, pelo que será precisa a ajuda dos pais ou outros familiares.
Se os contentores para os materiais recicláveis se encontrarem perto dos contentores
para o “lixo” não reciclável, pode organizar-se um plano para que quando forem
depositar o “lixo”, levem também os recicláveis.
Na escola:
Na escola deve mobilizar-se uma equipa (constituída por alunos, professores e
funcionários da escola), para implementar a recolha selectiva. Antes de iniciar o
projecto, deve pedir-se autorização ao Conselho Directivo da escola e tentar também
obter a adesão da Associação de Estudantes.
A equipa formada deve reunir-se para decidir a estratégia: materiais a reciclar, quantos
contentores necessitam, onde os colocar, o que fazer com os materiais, como divulgar
a campanha.
 Materiais a reciclar: existem alguns materiais que ainda não podem ser
reciclados em Portugal, mas que já são reciclados noutros países. Se a quantidade
o justificar ou as escolas se associarem, podem reciclar-se por exemplo as
embalagens Tetra Brik (embalagens de cartão para líquidos alimentares) e de
plástico. Antes de iniciar qualquer acção devem assegurar-se de que existem
indústrias capazes de reciclar todos os materiais que serão separados.
Livro das Pistas de Trabalho 12
Indicam-se em seguida alguns materiais que podem ser reciclados:
- Papel e cartão;
- Vidro;
- Latas;
- Plástico;
- Embalagens Tetra Brik (embalagens de cartão para líquidos alimentares);
- Matéria orgânica;
- Pilhas (apenas podem ser colocadas em contentores próprios, pois ainda não
existe reciclagem para estes materiais).
Esta actividade pode ser iniciada pela separação de apenas alguns materiais e depois
ampliar a campanha a outros.
 Locais onde depositar os materiais - contentores
Para a deposição dos materiais existem algumas alternativas: reutilizar
recipientes provenientes de indústrias, caixas de cartão grandes, pedir à escola
para comprar contentores ou pedir à Câmara Municipal para que coloque
contentores na escola.
 Separação dos materiais
Seguidamente são dadas algumas dicas de como separar os diversos materiais.
a) Papel e cartão
Podem ser recicladas caixas de cartão, caixas de cereais e de bolachas, caixas de ovos,
papel de embrulho, envelopes, listas telefónicas, cadernos, livros, jornais, cartazes,
revistas, etc..
Como o papel é reciclado consoante o tipo (pois de cartão não se podem fazer folhas
de papel para escrever, por exemplo), ele deve ser separado em:
- Papel de computador e papel branco sem mistura;
- Cartão;
Livro das Pistas de Trabalho 13
- Jornais e revistas e papel de mistura (papel com tintas e de côr, listas telefónicas,
livros, cadernos, agendas, cartazes, etc.).
Devem ser retirados todos os agrafos, autocolantes, cordéis, fitas adesivas, plásticos e
todos os materiais que não podem ser reciclados juntamente com o papel. Para além
disso, não se pode reciclar:
- Papel sujo;
- Agrafos, cordéis, pedaços de plástico, folhas autocolantes;
- Guardanapos e lenços de papel, pratos e guardanapos de papel, papel encerado ou
plastificado.
b) Vidro
Podem ser recicladas garrafas e frascos de vidro. Eles devem ser enxaguados e devem
ser retirados os gargalos de plástico ou de metal e as rolhas. Podem deixar-se ficar os
rótulos de plástico ou de papel. Não pode ser reciclado: loiça de vidro, cristais, vidros
de janela, copos, espelhos ou lâmpadas.
c) Latas
Pode ser necessário separar as latas ferrosas (que são feitas de ferro) das latas não
ferrosas (que podem ser feitas de alumínio). Para distinguir os dois tipos de latas é
necessário um íman. Os embalões existentes em Portugal aceitam os dois tipos de
latas. Pode ainda ser necessário achatar as latas.
d) Plástico
Em Portugal nem todo o plástico é reciclado. Apenas algumas garrafas de plástico o
podem ser. Para saber o que pode ser reciclado deve contactar-se a Câmara Municipal
da zona ou as indústrias recicladoras, cujos contactos se apresentam no final do
dossier.
Livro das Pistas de Trabalho 14
Para começar a reciclar garrafas de plástico convém saber distinguir os diversos tipos.
Estes podem ser reconhecidos através de um símbolo ou de um número impresso no
fundo da garrafa (algumas garrafas imprimem-no no rótulo).
- Politereftalato de Etileno: garrafas de sumos e refrigerantes, embalagens de
produtos alimentares;
- Polietileno de Alta Densidade: frascos de detergentes e produtos de higiene,
caixas e grades;
- Policloreto de Vinilo: garrafas de água e óleo, frascos de soro, embalagens
médicas, tubos de diálise;
- Polietileno de Baixa Densidade: sacos;
- Polipropileno: películas de embalagem, garrafas, frascos, saquetas flexíveis;
- Poliestireno: copos de iogurtes, peças de protecção de electrodomésticos
(esferovite), material escolar;
- Outros: formado pela mistura dos anteriores.
e) Embalagens Tetra Brik ou embalagens de cartão para líquidos alimentares
Em Portugal ainda não existem muitas autarquias que façam a recolha deste tipo de
embalagens. Assim, o professor deve levar os alunos a informarem-se junto da Câmara
Municipal ou contactar a empresa que as fabrica (Tetra Pak).
Quando estas embalagens forem utilizadas elas devem ser enxaguadas e espalmadas.
Convém armazená-las em sacos de plástico enquanto elas não são recolhidas para
Livro das Pistas de Trabalho 15
reciclar, pois os restos de alimentos contidos no seu interior podem atrair moscas e
provocar maus cheiros.
f) Matéria fermentável
Pode fazer-se composto com a matéria fermentável. Para tal devem ser separadas as
cascas de frutas, restos de legumes, aparas de jardim (relva, folhas, arbustos) e juntá-
los num monte no fundo do quintal da escola. Ver na página 19 como se faz o
composto.
 Divulgação da campanha de recolha selectiva
A campanha deve ser divulgada na escola, de modo a captar a atenção e mobilizar o
maior número de pessoas. Assim, devem ser afixados cartazes e distribuir folhetos
pelas pessoas da escola. Pode ainda utilizar-se o jornal ou a rádio da escola, assim
como as actividades da Associação de Estudantes para divulgar quais os materiais que
estão a aceitar para reciclagem e onde é que as pessoas os podem colocar.
g) Pilhas
Colocar as pilhas em recipiente adequado (pilhão) até que haja soluções para a
reciclagem deste tipo de material.
Livro das Pistas de Trabalho 16
4. ACTIVIDADES PARA RECICLAR OS MATERIAIS
4.1. Como Fazer Pasta de Papel
Material:
- 10 jornais de formato médio;
- Uma espátula;
- Tina de dimensões razoáveis para conter a pasta;
- Uma varinha mágica;
- Luvas de borracha.
Procedimento:
Rasgar as folhas de papel em pequenos bocados (Etapa 1), colocá-los na tina e cobri-
los com água quente (Etapa 2). Em seguida, misturá-los com a espátula ou amassá-los
(devem ser usadas luvas de borracha, pois as tintas podem causar alergias na pele).
Deixar repousar até ao dia seguinte e triturar a mistura com a varinha mágica (Etapa
3). Esta pasta pode ser utilizada para fabricar folhas de papel ou objectos.
Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3
4.1.1. Folhas de papel
Material:
- Tabuleiro de plástico;
- Crivo (moldura de madeira com rede);
- Panos;
- Jornais secos;
- Ferro de engomar.
Livro das Pistas de Trabalho 17
Procedimento:
Deitar uma porção da pasta de papel num tabuleiro de plástico e juntar água até cerca
de 2/3 da sua capacidade, de modo a que a pasta se torne fina e líquida (Etapa 1).
Mergulhar verticalmente o crivo na pasta contida no tabuleiro (Etapa 2), inclinando
lentamente até ficar horizontal. Retirar lentamente o crivo e deixar escorrer a água
(Etapa 3).
Numa mesa devidamente protegida contra a água e o calor, estender panos absorventes
cortados em quadrados de 30 x 30 cm. Inverter o crivo sobre uma pilha de alguns
panos absorventes e escorrer a água em excesso (Etapa 4).
Retirar o crivo com cuidado. O papel fica depositado sobre o pano absorvente e cobri-
lo com outro pano (Etapa 5). Colocar o conjunto sobre uma pilha de jornais secos ou
numa superfície protegida contra o calor e passar a ferro até que esteja praticamente
seco (Etapa 6).
Com muito cuidado, tirar a folha de papel que ficou entre os dois panos e pendurá-la
num fio de secar roupa (Etapa 7), para que acabe de secar ao ar, evitando que se torne
muito quebradiço.
De modo a poupar tempo e trabalho, podem fazer-se camadas com várias folhas de
papel, presas entre panos, passando depois a ferro. Pode-se também colocar este
conjunto, durante alguns minutos, numa prensa bem apertada ou passar com o rolo da
massa várias vezes sobre o pano, para extrair o máximo de água.
Pode obter-se papel colorido, bastando juntar corante em pó à pasta de papel inicial,
antes de começar a preparação das folhas de papel. Pode-se ainda obter efeitos
decorativos, bastando introduzir na pasta já moldada, depositada sobre o pano, fios de
cores, plantas secas prensadas, recortes de papel coloridos.
Livro das Pistas de Trabalho 18
Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 Etapa 4
Etapa 5 Etapa 6 Etapa 7
4.1.2. Fabrico de objectos com pasta de papel
Material:
- Cola para papel.
Procedimento:
Adicionar à pasta de papel inicial uma solução de cola para papel, à razão de 1 colher
de sopa de cola para 4 copos de água (pasta). Obtém-se uma pasta mais firme e própria
para moldar.
Retirar pequenas bolas da pasta da tina, espreme-las bem e mistura-las com cola,
amassando bem até ficar com um aspecto homogéneo. Com esta pasta podem encher-
se moldes previamente preparados, permitindo fabricar objectos decorativos, moldar
cabeças de fantoches, brinquedos, e outros objectos.
Os objectos produzidos devem ser secados ao ar, num local quente e seco, não
directamente exposto à luz solar. Estes objectos podem ainda ser pintados e decorados
ao gosto.
Livro das Pistas de Trabalho 19
4.1.3. Fabrico de barras combustíveis para lareiras e salamandras
Material:
- Moldes próprios à venda em casas especializadas
Procedimento:
Com a pasta de papel inicial podem fabricar-se “briquetes” (barras combustíveis) para
arder em lareiras, que substituem outros combustíveis. Para a fabricação destes
“briquetes” é necessária a utilização de moldes próprios que existem à venda em casas
especializadas em aquecimentos e instalações de salamandras.
A pasta a utilizar para a fabricação destes objectos deve ser bastante grosseira e
amassada manualmente. Os “briquetes” devem ser secos ao ar, mas não directamente
expostos ao sol.
4.2. Como Fazer Taças com Papel de Jornal
Material
- Balões;
- Cola de papel de parede;
- Balde de plástico;
- Recipiente para cola;
- Jornais;
- Tinta para papel;
- Tinta de base branca;
- Verniz;
- Pinceis;
- Tesoura;
- Lápis.
Livro das Pistas de Trabalho 20
Procedimento (Ver figura seguinte)
Arranjar um lugar espaçoso. Colocar o balão, depois de cheio, sobre o balde de
plástico com a extremidade virada para dentro (Etapa 1). Despejar cerca de 1 litro de
cola para um recipiente e mexe-la.
Cortar os jornais em quadrados com cerca de 10 cm de lado. Molhar cada um dos
pedaços na cola. Aplica-los no balão, começando do topo até ao meio deste, de modo a
dar-lhe a forma de uma tigela (Etapa 2). Alisar com as pontas dos dedos para que não
apareçam bolhas de ar. Verificar se os pedaços de jornal estão completamente colados
e deixar secar durante 24 horas.
Para fazer a base da tigela, cortar uma folha de jornal em pequenos pedaços e deita-los
para dentro do recipiente com cola (Etapa 3). Deixa-los aí ficar durante 5 minutos, de
modo a formar uma massa. Entretanto, cortam-se 25 tiras de jornal com cerca de 10x3
cm. Assim que a massa estiver pronta, retira-la do recipiente e ir embebendo em cola
cada uma destas tiras.
Moldar a massa de jornal e colar de modo a formar um aro, retirar o excesso de cola e
colocar o aro no topo do balão. É importante que o aro tenha o volume necessário para
suportar a tigela. Pressionar bem e colocar as tiras de jornal, previamente cortadas e
embebidas em cola em cima e em redor dessa base (Etapa 4).
Quando a base estiver completamente seca, retirar a tigela de cima do balão. Desenhar
uma circunferência com um lápis de modo a obter a altura desejada para a tigela.
Depois, com uma tesoura, cortar com muito cuidado, seguindo o círculo previamente
traçado (Etapa 5).
Reforçar a orla da tigela, aplicando as tiras de jornal embebidas em cola. Corrigir
algumas imperfeições, colando mais pedaços de jornal. Coloca-la num local fresco e
deixa-la secar durante uma noite (Etapa 6).
Pintar toda a tigela com a tinta de base branca. Assim que estiver seca, esboçar alguns
desenhos à escolha. Utilizar as tintas de papel para pintar o centro e as orlas da tigela
Livro das Pistas de Trabalho 21
(Etapa 7). Deixar secar antes de usar a tinta preta para os contornos do desenho. Pintar
a parte de fora da tigela e depois de estar seca passa o verniz.
Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 Etapa 4
Etapa 5 Etapa 6 Etapa 7
4.3. Como Fazer um Mealheiro com Papel de Jornal
Material:
- Folhas de jornal;
- Pasta e cola forte;
- 1 Laranja;
- 4 Tampas de pasta dos dentes;
- 1 Rolha;
- Verniz;
- Tinta espessa.
Procedimento:
Cortar algumas páginas de jornal em bocadinhos e colocar
numa bacia de água a amolecer durante alguns minutos.
Encostar o papel à laranja, pôr pasta à volta e aplicar outra
camada de jornal. Proceder desta forma até se formarem seis
camadas de papel. Colocar a laranja num local quente de um
dia para outro, quando o papel estiver seco deve cortá-lo em volta da laranja e tirá-la.
Livro das Pistas de Trabalho 22
Fazer uma ranhura com a largura de uma moeda na extremidade
de uma das metades e voltar a colá-las. Cobrir a bola com mais
duas camadas de papel (usar as extremidades do jornal para que a
bola fique branca).
Colar quatro tampas
de pasta dos dentes
no fundo, para fazer as pernas e
cortar a extremidade de uma rolha
e colar para fazer de nariz. Pôr outra camada de cola e envolver
o porco com papel que cubra as pernas e nariz. Pintar o porco
com tinta espessa, quando secar
pinta o rosto e o rabo. Quando o
mealheiro secar ele pode ser
envernizado para ficar brilhante.
4.4. Utilização da Energia dos Vegetais
Material:
- Balde grande ou bidão com tampa, com capacidade de 20 a 30
litros;
- Serpentina metálica ou de plástico enrolada, com 3 a 5 metros;
- Erva húmida ou aparas de relva.
Livro das Pistas de Trabalho 23
Procedimento
- Furar o bidão ou balde no topo e na base, de modo a fazer
passar a entrada e a saída da serpentina, que se enche com
água;
- Colocar a erva recentemente cortada e calca-la com bastante força. Fechar
hermeticamente o balde com a tampa.
Ao fim de uma semana o aquecedor começa a funcionar, ou
seja, começa-se a ter água quente. Para continuar a aquecer
água tornar a encher a serpentina, repetindo a operação todos
os dias. A fermentação da matéria vegetal pode aquecer todos
os dias algumas centenas de litros de água a 50 ou 60ºC,
durante meses.
4.5. Compostagem no Quintal
A compostagem é a decomposição da matéria orgânica por microorganismos. No final
obtém-se composto, que pode ser utilizado na agricultura e jardinagem.
A compostagem pode ser efectuada em pequena escala no jardim das habitações, ou
ainda no recreio das escolas, permitindo a utilização directa do composto no jardim ou
horta.
Pode-se assim, efectuar a compostagem no jardim da escola ou no quintal de casa. No
caso de se habitar num prédio e não possuir quintal podem mobilizar-se os vizinhos
para que façam uma pilha de compostagem no jardim do prédio.
Para tal, deve pedir-se autorização à Junta de Freguesia da área ou à Câmara
Municipal. Existem mesmo algumas Câmaras que têm projectos de compostagem é
por exemplo o caso da Câmara Municipal de Oeiras.
Livro das Pistas de Trabalho 24
Procedimento
Etapa 1 - Como separar os resíduos
a) Em casa
Na cozinha deve colocar-se um balde de “lixo” com tampa onde a família pode
colocar os restos de comida que podem ir para a compostagem (ver quadro abaixo).
Este balde deve fechar bem para evitar a proliferação de moscas e maus cheiros.
b) Na escola
Os alunos devem pedir apoio aos funcionários da cantina e ao jardineiro da escola para
que guardem os restos de matéria orgânica. Será conveniente colocar um contentor
fechado na cantina para colocarem os restos de alimentos (ver no quadro abaixo o que
pode ir para o composto).
Deve ser organizada uma lista de pessoas, que pode até incluir os funcionários da
escola, para irem despejar o contentor na pilha de compostagem, de preferência todos
os dias.
Pode-se pedir a colaboração do jardineiro da escola para que quando tiver aparas de
relva ou ramos de arbustos, os vá colocar na pilha de compostagem.
No geral, podem ser utilizados todo o tipo de resíduos vegetais e animais, como
resíduos de jardim e restos de alimentos. Contudo, existem algumas folhas e restos de
árvores que são difíceis de compostar porque são muito ácidas, não devendo ser
utilizadas, tais como o choupo, o eucalipto, a oliveira, o pinheiro e outras árvores
semelhantes.
As aparas de relva apenas devem ser colocadas quando estiverem já meio secas, e
devem ser misturadas com outros materiais, pois podem absorver muita água e ganhar
bolor.
Livro das Pistas de Trabalho 25
Quadro 4.5.1 - Resíduos que podem ser compostados
RESÍDUOS SIM NÃO POUCO
Restos de Hortaliça X - -
Cascas de Fruta X - -
Cascas de Ovo Esmagadas - -
Folhas e Sacos de Chá X - -
Restos de Café X - -
Restos de Pão - - X
Cascas de Batatas X - -
Restos de Comida Cozinhada - - Tapar c/ Terra
Restos de Carne e Peixe - X -
Ossos
e Espinhas
- X -
Excrementos de Animais X Cão e Gato -
Aparas de relva X - -
Folhas e Ervas X - -
Cinzas de Lenha - - X
Cinzas de Cigarros e Beatas - X -
Ramos de Arbustos Cortar curto - -
Serradura - - X
Palha e feno Cortar curto - -
Agulha de Pinho - - X
Papel e Cartão - - Cortado e molhado
Cortiça - X -
Não podem ser colocados no composto materiais como o plástico, o vidro, baterias, têxteis, óleos, tintas,
produtos químicos em geral, alumínio, entulhos, fraldas, fezes, papel colorido.
Fonte: Raimundo et al. s/d.
Livro das Pistas de Trabalho 26
As aparas de sebes e de árvores devem ser guardadas no jardim e ser colocadas apenas
quando for necessário tornar o composto mais solto, para aumentar o arejamento, uma
vez que são dificilmente degradáveis. Quando adicionadas, devem ser cortadas em
fragmentos com cerca de 10 cm. Podem ser colocados restos de plantas cortadas.
Resíduos que não podem ser compostados:
- Materiais sintéticos como metais, plástico e vidro;
- Produtos químicos como restos de tintas, restos de construção e têxteis;
- Outros resíduos como cinzas de cigarro, ossos com restos de carne e restos de peixe,
que podem atrair moscas e originar maus cheiros;
- Revistas - o papel de alta qualidade contém chumbo e cádmio e outros metais
pesados;
- Jornais - devem colocar-se só em quantidades muito pequenas;
- Não se devem colocar cascas de frutas tropicais ou de citrinos (como laranjas e
liomões) que contêm muitos produtos químicos utilizados no combate a pragas.
Etapa 2 - Onde e como fazer a compostagem (casa e escola)
Para fazer a compostagem é necessário um recipiente, que pode ser feito com ripas de
madeira, e é semelhante a uma caixa de fruta com aberturas de lado que permitem a
entrada de ar. O recipiente deverá ter cerca de 1m2
de área e 1 m de altura.
O local onde o recipiente vai ser instalado deve obedecer às seguintes condições:
- Deve ser colocado num local acessível e protegido do sol. Pode ser colocado debaixo
de uma árvore de folha caduca, que permita a passagem de sol no Inverno e proteja do
calor excessivo no Verão;
- Deve ficar protegido do vento, pelo que pode ser rodeado de arbustos;
- Deve ficar localizado em contacto com a terra para permitir que a água possa
infiltrar-se quando chove e que as minhocas e outros pequenos organismos possam
contactar com a matéria orgânica, ajudando à sua degradação. Estes organismos
aceleram a degradação da matéria orgânica e a sua transformação em húmus, rico para
Livro das Pistas de Trabalho 27
o solo, permitindo uma diminuição mais rápida do volume de resíduos colocados no
recipiente.
Etapa 3 - Como encher o recipiente
Para encher o recipiente:
- Colocar um pouco de terra no fundo;
- Pôr uma camada de pequenos ramos e materiais de maiores dimensões, como restos
de jardim secos e restos de cozinha bem misturados, para o ar poder entrar;
- Por cima vão sendo colocados restos de jardim e de cozinha à medida que se vão
produzindo.
Etapa 4 - O processo de compostagem
Os resíduos vão sendo colocados dentro do recipiente, formando uma pilha. A
temperatura nesta pilha de compostagem vai aumentando, o que significa que os
microrganismos estão a actuar e a degradar a matéria orgânica (quanto maior a pilha
melhor decorre o processo).
Deve ser adicionada água ao composto nas quantidades correctas, de modo a que este
não fique demasiado húmido, o que iria provocar a sua compactação e impedir a
entrada de oxigénio, originando maus cheiros. Para saber a quantidade de água
existente no composto pode ser feito o seguinte teste: pegar numa mão cheia de
composto e apertar; não deve pingar mas deve deixar humidade na mão. Para se
verificar como o composto se encontra no interior da pilha pode-se fazer um buraco
com um pau e retira-lo. Este não deve trazer agarrados pedaços de composto
empastado.
Se o composto se encontrar muito molhado, ele deve ser arejado (fazer canais com um
pau e colocar no composto o interior de rolos de papel de cozinha, tubos perfurados ou
tubos feitos em rede) e misturá-lo com material seco, como por exemplo terra velha de
plantas ou serradura. Em último recurso pode-se utilizar papel de jornal aos
bocadinhos (mas pouco, devido aos químicos usados nas tintas).
Livro das Pistas de Trabalho 28
Se chover muito deve colocar-se uma cobertura no recipiente e evitar que este fique à
sombra, para facilitar a evaporação. Na hipótese de o composto se encontrar pouco
molhado, ele deve ser regado.
O composto produzido pode ser utilizado para enriquecer o solo do jardim da escola.
Falar com o jardineiro para que ele o utilize como adubo.
4.6. Fazer Lombricompostagem
A matéria fermentável pode ainda ser utilizada para fazer lombricompostagem, ou
seja, compostagem dentro de uma caixa com minhocas. Esta actividade pode ser
realizada na escola ou em casa, mesmo que não se possua um jardim, pois a caixa das
minhocas pode ser colocada no sotão, na cave, na varanda, no pátio ou noutro local
arejado, que não seja muito quente no Verão nem muito frio no Inverno.
Material
Para fazer a caixa de minhocas é necessário:
- Uma caixa com cerca de 60 cm de lado e 30 cm de altura. Pode ser utilizada uma
caixa de madeira ou plástico, embora os especialistas digam que a madeira é melhor.
Esta caixa deve ter buracos com 1 cm de diâmetro, separados de 7,5 a 9 cm;
- Tijolos, pedaços de madeira, para assentar a caixa;
- Um tabuleiro ou de um prato para pôr debaixo da caixa para evitar sujar o chão;
- Jornal;
- Duas mão-cheias de terra;
- Um saco de lixo em plástico;
- Cerca de meio quilo de minhocas vermelhas (aproximadamente 1000 minhocas), que
podem ser compradas num viveiro ou numa loja que venda iscos. Estas são diferentes
das minhocas comuns.
Procedimento
a) Montar a caixa:
- Rasgar o jornal em tiras com 2,5 cm de largura e molha-las até ficarem empapadas;
- Colocar o jornal na caixa (pode-se pôr todo o papel que se quiser);
- Juntar uma mão-cheia de terra e misturar com o jornal;
- Pôr as minhocas na caixa;
Livro das Pistas de Trabalho 29
- Cortar um bocado do saco de lixo vazio que deve ser um rectângulo um pouco mais
pequeno que a caixa das minhocas;
- Pôr o rectângulo de plástico por cima da camada de jornais na caixa, para manter a
caixa húmida e para que as minhocas não apanhem muita luz. O plástico não deve
cobrir toda a caixa, pois as minhocas precisam de respirar.
b) Para dar comida às minhocas:
Na primeira vez deve-se apenas juntar algumas mão-cheias de restos de comida. Não
se deve mexer na caixa durante uma ou duas semanas antes de se dar mais comida,
para que as minhocas se habituem à sua casa. Para dar comida, deve levantar-se o saco
de plástico, colocar a comida e tapá-la com 6 ou 7 cm de papel de jornal e voltar a pôr
o plástico.
Pode-se dar todo o tipo de restos de vegetais às minhocas, tais como alface, repolho, e
também restos de algumas comidas, tais como esparguete, côdeas de pão, e outros,
mas não restos de carne ou ossos. A comida deve ser cortada em pequenos pedaços.
Aumentar gradualmente a quantidade de comida que se fornece às minhocas. Na sexta
semana já se pode dar cerca de 2 kg por semana. Ao fim de alguns meses ter-se-à
obtido húmus, que pode ser utilizado no jardim ou em vasos. Assim, estará a dar-se
um destino ao “lixo” orgânico.
Livro das Pistas de Trabalho 30
5. OUTRAS ACTIVIDADES
5.1. Porta Canetas e Caixa para Clips
Material
- 3 tubos de cartão (de papel higiénico ou de rolos da cozinha);
- 2 folhas de papel de embrulho;
- um bocado de cartão com 20 cm x 15 cm;
- 4 caixas de fósforos vazias;
- tesoura;
- cola;
- 4 ataches.
Procedimento
Colocar o cartão em cima do papel de embrulho, marcar à
volta e cortar o papel. Colar o papel no cartão para fazer a
base. Cortar os tubos de cartão em três medidas diferentes e
cortar papel de embrulho para forrar os tubos. Forrar cada
um dos tubos, colar as
extremidades e dobrar as pontas para dentro.
Pegar nas gavetas das caixas de fósforos, cortar 4 tiras de
papel para forrar as gavetas.
Envolve-las no papel e pôr cola.
Colocar o atache no meio de um dos
extremos da gaveta e abri-lo para os
lados.
Livro das Pistas de Trabalho 31
Colar as quatro caixas, cortar uma folha de papel que
dê para envolver o conjunto das caixas.
Colar o papel
envolvendo as
quatro caixas e cortar as pontas. Colar a caixa
dos selos numa esquina da base. Pôr cola na
base de cada tubo e nos pontos em que se tocam
e colá-los.
Livro das Pistas de Trabalho 32
5.2. Organizar Visitas de Estudo
Pode organizar algumas visitas de estudo a locais de tratamento de resíduos, tais como
estações de compostagem, e de destino final, como aterros sanitários. Podem ainda
visitar indústrias que fabriquem produtos reciclados.
Como organizar a visita:
- Fazer uma lista dos sítios que se podem ir visitar. O professor deverá contactar esses
locais para saber se aceitam visitas e para marcar a data. Alguns dos sítios com
interesse são: estações de triagem, estações de compostagem, aterros, fábricas de
produtos reciclados (vidro, papel, plástico e outros) e indústrias de celulose.
- Arranjar um autocarro para a deslocação da turma. Para tal, a escola pode alugar um
autocarro ou pode pedir o apoio da Câmara Municipal ou da Junta de Freguesia da
zona.
A visita deve ser devidamente preparada com materiais e informações que sejam
enviadas, a pedido da organização, pela entidade que se vai visitar.
Se não conseguir realizar a visita por falta de meios, pode pedir a alguém dos locais
onde iriam realizar a visita para que venha à escola para realizar uma palestra.
Podem ainda ver vídeos sobre reciclagem. O professor para contactar o IPAMB, que
possui alguns vídeos que talvez vos possa emprestar.
5.3. Organizar Exposições
Podem ser organizadas diversas exposições na escola, que podem estar relacionadas
com a campanha de inventariação dos resíduos na escola, quer com as visitas de
estudo que forem feitas. Nestas visitas os alunos devem levar a máquina fotográfica
para poderem depois expôr as fotografias, que devem ser acompanhadas por textos de
apoio.
Para fazer a exposição, deve arranjar-se um local onde se possa realizar a exposição.
Para tal, deve pedir-se autorização ao Concelho Directivo da escola para usar uma sala
Livro das Pistas de Trabalho 33
para a exposição ou então pedir à Junta de Freguesia ou à Câmara Municipal para
cederem instalações convenientes.
A exposição deve ser divulgada através da afixação de cartazes nas lojas da zona,
distribuindo alguns folhetos ou mesmo pôr um anúncio no jornal local. Pode ainda
colocar-se um caderno onde as pessoas que visitem a exposição possam escrever a sua
opinião.
5.4. Teatro e Outras Actividades
Um bom modo de chamar a atenção das pessoas para o que está a acontecer no mundo
é escrever e levar à cena peças sobre vários assuntos ligados por exemplo ao problema
dos resíduos. Os alunos podem fazer o guarda-roupa e os adereços com embalagens,
sacos e papeis usados, caixas de ovos, caricas, etc. Usar o que a imaginação ditar.
Pode organizar-se ainda:
- Passagem de modelos com “fatos” produzidos pelos alunos, recorrendo a materiais
recicláveis (papel, plástico, e outros);
- Criação de personagens que representem os diferentes tipos de resíduos e a sua
história, utilizando técnicas de expressão corporal;
- Concurso de máscara temáticos ou subordinados à utilização de determinados
materiais, podendo ser utilizado para um desfile de Carnaval.
5.5. Venda de Artigos em Segunda Mão
Podem ainda ser organizadas feiras de vendas ou de troca de coisas que se tenha em
casa, tais como livros, revistas, roupa e brinquedos que já não sejam necessários.
Primeiro deve decidir-se o que vender. Para isso, deve-se fazer uma lista das coisas
que já não têm uso em casa. Esta lista elaborada pelo aluno deve ser mostrada à
família, pois podem existir coisas que alguém queira guardar ou queiram acrescentar
mais alguma coisa à lista.
Livro das Pistas de Trabalho 34
Em segundo lugar, deve ser planeado onde e quando fazer a venda. Pode fazer-se a
venda em casa ou jardim, durante o fim de semana, pois é quando as pessoas estão
mais livres para as compras. Para garantir mais clientes, a venda deve ser publicitada.
Podem ser afixados cartazes nas lojas da zona, distribuidos alguns folhetos ou mesmo
colocar um anúncio no jornal local.
Deve ser afixado o preço em cada um dos artigos que vai ser vendido, pondo também
o nome do dono do objecto se estiverem a ser vendidos objectos de outras pessoas.
Devem ser anotadas num caderno todas as vendas que forem feitas.
5.6. Inventário dos Livros da Biblioteca
O professor pode motivar os alunos a verificar se a biblioteca da escola está bem
equipada com livros e jornais interessantes e actualizados sobre problemas ambientais.
Se tiver pouco material, deve organizar-se uma lista de livros, filmes ou publicações
que a escola deveria ter.
Pode pedir-se material de apoio a algumas instituições públicas, tais como a Direcção
Regional do Ambiente e Recursos Naturais (DRARN) da tua zona, o Instituto de
Promoção Ambiental (IPAMB) e Associações de Defesa do Ambiente ou outras, cujos
contactos se apresentam no final do dossier. Se os alunos possuirem livros ou revistas
que já não queiram eles podem ser entregues na biblioteca.
5.7. Angariação de Fundos e Projectos Municipais
O professor pode igualmente motivar os alunos a tornarem-se ecologistas mais
participativos ao colaborarem em projectos como angariação de fundos, limpeza de
áreas protegidas, limpeza das praias, de jardins ou contribuir para promover visitas de
estudo a parques naturais, e a locais onde se efectue valorização de resíduos.
Livro das Pistas de Trabalho 35
5.8. Associação
O professor pode transmitir aos alunos a ideia de que estes se podem ainda associar
com colegas para formarem grupos de participação activa ou associarem-se a
associações de defesa do ambiente e do património. Geralmente estas associações têm
falta de pessoas para participar nos seus projectos.
Outra possibilidade consiste em criarem um núcleo de ambiente junto da Associação
de Estudantes. Neste podem ser desenvolvidas algumas actividades aqui propostas, ou
outras que pareçam importantes para sensibilizar os alunos e professores para a
preservação do meio ambiente, assim como para alertar os responsáveis municipais e
nacionais para os principais problemas detectados.
5.9. Ideias para Actividades em Algumas Disciplinas Escolares
Seguidamente apresentam-se alguns exemplos de actividades que podem ser
desenvolvidas em algumas disciplinas específicas.
 Nas aulas de Educação Visual e Tecnológica podem ser feitos:
- Brinquedos simples, reutilizando materiais tais como: latas, embalagens vazias,
papéis ou cartões, restos de madeiras, têxteis ou plásticos, materiais naturais de origem
vegetal e outros. Podem ser utilizadas garrafas e outras embalagens como mealheiro,
jarras, porta-canetas e decorá-las a gosto;
- Instrumentos musicais de fabrico artesanal: latas e outros objectos metálicos,
garrafas e frascos de vidro ou plástico, restos de madeira;
- Monstros de “lixo” e esculturas para decoração;
- Objectos e produtos característicos do artesanato local, tais como tapetes feitos com
retalhos de tecidos, bonecos de palha, de madeira ou lata, cestos e esteiras de madeira,
objectos decorativos.
Livro das Pistas de Trabalho 36
 Nas aulas de Físico-Química podem ser utilizadas embalagens vazias, tais como
copos ou frascos de vidro como material de laboratório.
 Nas aulas de Biologia ou Ciências da Natureza podem ser reutilizados pacotes de
leite ou sumos substituindo vasos para a germinação de sementes.
 Em casa e na escola podem utilizar-se embalagens pequenas (de cartão, vidro ou
plástico) como porta-canetas ou recipientes decorativos de secretária. Embalagens de
maiores dimensões podem ser utilizadas para papeleiras ou caixotes do lixo.
 Nas aulas de Educação Musical podem compôr-se canções alusivas aos resíduos.
5.10. Ideias para Reduzir a Utilização de Produtos Tóxicos
Existem muitos produtos tóxicos em nossas casas, desde o limpa-fornos até artigos de
higiene pessoal. Estes produtos são perigosos para o ambiente não apenas aquando do
seu fabrico, como também quando são deitados fora.
Contudo, existem alternativas fáceis e baratas à utilização de alguns produtos tóxicos.
Seguidamente apresentam-se alguns exemplos:
Quadro 5.10.1 - Algumas alternativas à utilização de produtos tóxicos.
Produto Perigo Alternativa
Purificadores do ar Podem conter químicos como xileno,
etanol, naftaleno, etc..
Utilizar ervas ou sumo de limão e
vinagre.
Bolas de naftalina Constituídas por paradiclorobenzeno,
que é perigoso para os rins e fígado.
Utilizar produtos à base de ervas,
que actuam como repelentes ou
pedaços ou óleo de cedro.
Canetas de tinta permenente e
marcadores
Contêm solventes perigosos como
tolueno, xileno ou etanol.
Utilizar marcadores à base de
água.
Quando não é possível evitar a utilização de produtos tóxicos, convém ter certos
cuidados:
Livro das Pistas de Trabalho 37
- Arrumar os produtos devidamente, em locais inacessíveis às crianças e na sua
embalagem original. Se por acaso o recipiente se partir, transferir o produto para outro
recipiente, e colocar o rótulo;
- Se os alunos fazem modelagem ou pinturas, usam certamente colas, tintas, vernizes e
produtos para limpar pincéis. A maior parte deles contém químicos chamados
diluentes que libertam gases eventualmente perigosos. Por isso não comprar mais
produtos do que os necessários e usá-los com moderação; manter as latas tapadas
quando não estão a ser a usadas (isto impede que os vapores se escapem e faz com que
a cola, a tinta e os vernizes durem mais tempo); ser cuidadoso no modo como se
livram deles quando chegam ao fim. Tapar as latas e as bisnagas e mete-las no lixo em
vez de as atirarem pelo cano abaixo;
- Dar um destino adequado aos produtos. Se houver hipótese de reciclar esses
produtos, recicle. Em Portugal não existe um sistema de tratamento de resíduos
perigosos, pelo que ainda não há soluções a propôr. Está prevista para breve uma
solução adequada.
No entanto, não basta que se tratem os resíduos perigosos. É necessário que a indústria
se responsabilize por esses detritos e procure reduzi-los.
Pressionar a autarquia local para que indique um sítio onde podem ser colocados os
resíduos perigosos, por forma a que estes tenham um destino adequado.
5.11. Palavras-Cruzadas
Seguidamente, apresenta-se um pequeno exercício para testar os conhecimentos dos
alunos relativamente à matéria leccionada sobre os resíduos. Este exercício pode ser
utilizado na avaliação do aluno, sendo-lhe atribuida uma determinada classificação.
Livro das Pistas de Trabalho 38
Horizontais
1. Substância ou objecto que deixou de ter uso e que pode ser eliminada.
3. Produto obtido a partir do tratamento da matéria orgânica.
5. Lugar devidamente construído onde são depositados os RSU.
7. Gás resultante do processo de digestão anaeróbia da matéria orgânica.
9. Parte biodegradável dos RSU.
11. Utilização de um produto mais do que uma vez.
13. Recipiente onde se coloca o papel para reciclar.
15. Valorização dos materiais.
17. Lugar onde as pessoas se deslocam para colocar os materiais recicláveis.
Verticais
2. Recipiente onde se colocam as embalagens de vidro velho para reciclar.
4. Processo de separação de resíduos de acordo com o seu tipo.
6. Processo de reciclagem da matéria orgânica por degradação biológica.
8. Diminuição da produção de resíduos.
10. Lugar onde os RSU são depositados sem qualquer controlo.
12. Recipiente onde são colocados os RSU.
14. Bateria de contentores para recolha selectiva.
16. Valorização energética dos RSU.
Livro das Pistas de Trabalho 39
2 12
4
6
1
15
3
10
5
-
7 13
8 14
9
-
16
11 17
Soluções:
Horizontais: 1. Resíduo; 3. Composto; 5. Aterro-Sanitário; 7. Biogás; 9. Matéria-Orgânica; 11. Reutilização; 13.
Papelão; 15. Reciclagem; 17. Ecocentro.
Verticais: 2. Vidrão; 4. Triagem; 6. Compostagem; 8. Redução; 10. Lixeira; 12. Contentor; 14. Ecoponto; 16.
Incineração.
Livro das Pistas de Trabalho 40
6. BIBLIOGRAFIA
ELKINGTON, J.; HAILES, J., 1993. Guia do Jovem Consumidor Ecológico.
Gradiva Júnior.
EWG, 1995. 50 Coisas Simples que as Crianças Podem Fazer para Reciclar e
Salvar a Terra. The Earth-Works Group. Difusão Cultural.
EWG, 1991. 50 Coisas Simples que Você Pode Fazer para Salvar a Terra. The
Earth-Works Group. Difusão Cultural.
C.N.S., 1994. Pensar Ambiente em Portugal. Centro Norte-Sul. Lisboa.
C.M.O., 1993. Compostagem no Quintal da sua Moradia - Informações
Práticas. Câmara Municipal de Oeiras.
I.C., 1995. Sugestões para Redução de Lixos Domésticos. Instituto do
Consumidor.
ROSEN, C., 1990. As Minhas Primeiras Actividades. Desabrochar, editorial,
Lda. Março de 1990.

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  • 1. 2011 ACTIVIDADES Livro das Pistas de Trabalho Conselhos sobre reciclagem Da: Verlag Dashofer
  • 2. Livro das Pistas de Trabalho 2
  • 3. Livro das Pistas de Trabalho 3 ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................1 2. ACÇÕES PARA APLICAÇÃO DA POLÍTICA DOS 3 R’S..............................................................5 2.1. REDUÇÃO DA QUANTIDADE DE RESÍDUOS.........................................................................................5 2.2. REUTILIZAÇÃO DOS RESÍDUOS...........................................................................................................5 2.3. RECICLAGEM DOS RESÍDUOS .............................................................................................................6 3. ACTIVIDADES RELACIONADAS COM A RECOLHA SELECTIVA..........................................7 3.1. INVENTARIAÇÃO DOS RESÍDUOS NA ESCOLA.....................................................................................7 3.2. MAPA COM A LOCALIZAÇÃO DOS CENTROS DE RECICLAGEM...........................................................9 3.3. IMPLEMENTAR UM PROGRAMA DE RECOLHA SELECTIVA................................................................10 4. ACTIVIDADES PARA RECICLAR OS MATERIAIS ....................................................................16 4.1. COMO FAZER PASTA DE PAPEL ........................................................................................................16 4.1.1. Folhas de papel.......................................................................................................................16 4.1.2. Fabrico de objectos com pasta de papel .................................................................................18 4.1.3. Fabrico de barras combustíveis para lareiras e salamandras...............................................19 4.2. COMO FAZER TAÇAS COM PAPEL DE JORNAL..................................................................................19 4.3. COMO FAZER UM MEALHEIRO COM PAPEL DE JORNAL...................................................................21 4.4. UTILIZAÇÃO DA ENERGIA DOS VEGETAIS ........................................................................................22 4.5. COMPOSTAGEM NO QUINTAL...........................................................................................................23 4.6. FAZER LOMBRICOMPOSTAGEM ........................................................................................................28 5. OUTRAS ACTIVIDADES ...................................................................................................................30 5.1. PORTA CANETAS E CAIXA PARA CLIPS ............................................................................................30 5.2. ORGANIZAR VISITAS DE ESTUDO.....................................................................................................32 5.3. ORGANIZAR EXPOSIÇÕES.................................................................................................................32 5.4. TEATRO E OUTRAS ACTIVIDADES ....................................................................................................33 5.5. VENDA DE ARTIGOS EM SEGUNDA MÃO..........................................................................................33 5.6. INVENTÁRIO DOS LIVROS DA BIBLIOTECA.......................................................................................34 5.7. ANGARIAÇÃO DE FUNDOS E PROJECTOS MUNICIPAIS......................................................................34 5.8. ASSOCIAÇÃO ....................................................................................................................................35 5.9. IDEIAS PARA ACTIVIDADES EM ALGUMAS DISCIPLINAS ESCOLARES..............................................35 5.10. IDEIAS PARA REDUZIR A UTILIZAÇÃO DE PRODUTOS TÓXICOS.....................................................36 5.11. PALAVRAS-CRUZADAS...................................................................................................................37 6. BIBLIOGRAFIA...................................................................................................................................40
  • 4. Livro das Pistas de Trabalho 4 1. INTRODUÇÃO Este conjunto de fichas tem por objectivo a apresentação de algumas acções e actividades que os alunos podem realizar nas aulas ou nos tempos livres. Esta brochura de actividades surge no seguimento dos temas presentes nos conjuntos de diapositivos e de transparências postos à disposição dos docentes para a apresentação de aulas relativas ao tema dos resíduos: vamos fazer menos lixo, o ciclo dos materiais, o tratamento e o destino final dos resíduos e os resíduos perigosos. As actividades propostas focam basicamente os temas da redução, reutilização e reciclagem dos materiais, permitindo a aplicação prática da política dos 3 R's. São apresentadas actividades de fácil compreensão, nomeadamente: como fazer papel reciclado, como fazer compostagem e como implementar um programa de recolha selectiva de materiais, entre outras. Os procedimentos estão descritos de forma simples e os materiais a usar são fáceis de encontrar. No que diz respeito ao 4ºR - Recuperação - não existem propostas de exercícios devido ao facto de este se referir à recuperação energética dos resíduos. Por este motivo, torna-se difícil elaborar um exercício relativo ao 4ºR. Espera-se que este conjunto de actividades capte o interesse dos alunos e os desperte para a problemática dos resíduos e para as inúmeras possibilidades de reutilizar e reciclar objectos que, de outra forma, já não teriam valor.
  • 5. Livro das Pistas de Trabalho 5 2. ACÇÕES PARAAPLICAÇÃO DA POLÍTICA DOS 3 R’S 2.1. Redução da Quantidade de Resíduos Em casa - Usar filtros de café ou de chá de pano; - Não utilizar loiça descartável; - Usar toalhas e guardanapos de pano; - Usar caixas resistentes para guardar alimentos, em vez de os embrulhar em folhas de plástico ou de alumínio; - Reduzir a quantidade de produtos tóxicos utilizados, e substituí-los, quando possível, por alternativas menos tóxicas. Nas compras - Levar sacos resistentes de nylon, de pano ou outro material, nomeadamente de juta ou alcofas, que fazem parte da tradição portuguesa e são mais ecológicos que os sacos de papel ou de plástico; - Reutilizar os sacos do supermercado; - Comprar produtos a peso, em vez de comprar embalados; - Comprar embalagens familiares em vez de embalagens com pouca quantidade; - Comprar pastas de dentes que não tragam caixa de cartão, ou deixá-la na loja, para pressionar os produtores; - Comprar detergentes que possam ter recargas. 2.2. Reutilização dos Resíduos - Adquirir embalagens de vidro com tara; - Utilizar pilhas recarregáveis; - Utilizar o verso das folhas usadas para rascunho; - Guardar os papéis de embrulho dos presentes, que podem ser utilizados para fazer novos embrulhos; - Utilizar embalagens de iogurte, de gelado ou outras, depois de lavadas, para colocar outras coisas, tais como comida, clips, canetas, etc..
  • 6. Livro das Pistas de Trabalho 6 2.3. Reciclagem dos Resíduos - Comprar produtos que tenham a indicação de que são fabricados com materiais reciclados e/ou que são recicláveis; - Separar as embalagens de vidro e colocá-las no vidrão, tendo o cuidado de lhes retirar as tampas, envólucros e os gargalos de metal ou plástico; - Separar o papel e o cartão e depositá-los no papelão ou em centros de recolha de papel usado. O papel pode ser reciclado por nós. (ver como na página 13); - Algumas autarquias já possuem embalões. As garrafas de plástico devem ser separadas e colocadas nos contentores; - As pilhas são perigosas para o ambiente. Separá-las e colocá-las nos pilhões, já existentes em algumas zonas do país. Se não existir na zona, a autarquia deverá ser pressionada para que implemente a recolha selectiva de pilhas nas escolas; - Separar as latas e colocá-las nos embalões; - A matéria orgânica também pode ser reciclada (ver como fazer compostagem ou lombricompostagem com matéria fermentável na página 19 e 23); - Com os resíduos de jardim a água pode ser aquecida (ver como na página 18).
  • 7. Livro das Pistas de Trabalho 7 3. ACTIVIDADES RELACIONADAS COM A RECOLHA SELECTIVA 3.1. Inventariação dos Resíduos na Escola Para saber o tipo de “lixo” e as quantidades produzidas na escola pode ser efectuado um inventário do “lixo”. Com este inventário pode ser comparada a produção de “lixo” na escola com a produção de outras escolas e com a produção total do concelho onde se situa a escola. Para conhecer melhor o tipo de “lixo” deve ser feito um inventário 2 vezes por período escolar. Convém que os dias escolhidos sejam dias de pleno funcionamento escolar. Material necessário: - Pequenos contentores de lixo; - Luvas de borracha; - Balança; - Mesa; - Plástico grande para cobrir a mesa. O local onde será efectuada a inventariação do lixo deve ser impermeabilizado, de preferência ao ar livre, com abastecimento de água por perto. Procedimento: Deve motivar os alunos a pedir a colaboração dos colegas e de funcionários da escola. O trabalho em equipa é mais rápido e mais agradável. Seleccionem-se alguns contentores de “lixo” da escola em número suficiente para caracterizar o “lixo” produzido. Por exemplo se a escola tiver 10 contentores, devem inventariar-se cerca de 4. Começa-se por pesá-los na balança e registar o peso numa folha de registos. Despejar o “lixo” dos contentores, um a um, em cima de uma mesa coberta com um plástico grande.
  • 8. Livro das Pistas de Trabalho 8 Pesem-se os contentores vazios. Estes contentores podem servir para colocar os materiais que vão ser separados, mas se forem necessários mais contentores, eles devem ser pesados primeiro. No exterior do contentor deverá ser escrito o nome do material a que cada um se destina e respectivo número, por forma a evitar enganos. Os resíduos devem ser separados por tipo de material e colocados no respectivo contentor. Os materiais a separar são: - Papel e cartão; - Vidro (branco e de cor); - Plástico (incluir sacos, garrafas e copos de iogurte); - Matéria fermentável (inclui restos de vegetais e de comida); - Têxteis; - Metais ferrosos e não ferrosos; - Outros (incluir os que não se conseguem colocar nos outros grupos). No final devem ser pesados cada um dos contentores cheios com os resíduos e registado o respectivo peso na folha de registos. Quadro 3.1.1 - Folha de registo Identificação Recipientes Componentes por (Por unidade) (Por componente) componente Peso vazio (kg) (A) Peso cheio (kg) (B) Peso (kg) (B-A) % 100 x (B-A)/(D-C) Papel e cartão Vidro Plástico Metais ferrosos Metais não ferrosos Materiais fermentáveis Têxteis Outros Total (C) (D) Pode ainda averiguar-se o tipo de embalagens mais utilizadas na escola fazendo uma nova contagem. Para tal, despejam-se novamente os contentores que contêm o plástico e os metais e contar o número de garrafas de plástico, de copos de iogurte, de latas, etc. Assim ter-se-à uma ideia da quantidade e tipo de embalagens que são mais consumidas na escola.
  • 9. Livro das Pistas de Trabalho 9 Sabendo a quantidade de determinado material presente no “lixo” da escola, será mais fácil saber quantos contentores serão necessários para colocar cada material para reciclar e fazer uma estimativa das quantidades produzidas. 3.2. Mapa com a Localização dos Centros de Reciclagem Pode fazer-se uma lista dos locais onde existem contentores para recolha selectiva e dos locais onde podem ser entregues objectos usados. Este inventário pode depois ser divulgado a toda a comunidade. Procedimento: Etapa 1 - Fazer uma listagem de todos os locais onde existam contentores para a deposição selectiva de materiais, nomeadamente: - Contentores (vidrões, papelões, embalões, pilhões); - Ecopontos (locais onde está mais do que um contentor); - Ecocentros (locais onde as pessoas podem ir deixar os materiais). A tendência actual é para a instalação de ecocentros em muitos pontos do país. Por isso, confirme a sua existência na área de residência. Pode ainda fazer-se uma lista de todos os locais que podem receber coisas usadas, tais como hospitais, instituições de caridade, alfarrabistas, lojas de artigos em segunda mão, armazenistas que lidam com resíduos, e outros. Esta lista deve incluir a morada, número de telefone, horário de funcionamento e quais os materiais que lá são aceites. As moradas e os números de telefone podem ser conseguidos na lista telefónica (por ex. Páginas Amarelas) ou contactando associações de defesa do ambiente que se preocupem com a reciclagem. Para saber outras informações deve telefonar-se directamente para os locais ou ir lá. Etapa 2 - Seguidamente deve arranjar-se um mapa da localidade onde se reside (o qual pode ser solicitado no posto de turismo local), no qual deverão ser assinalados todos os locais da lista. Estes podem ser assinalados com um número, letra ou
  • 10. Livro das Pistas de Trabalho 10 símbolo, que terá correspondência na legenda (ao lado do mapa) onde constarão todas as informações úteis (morada, telefone, etc.). Etapa 3 - Este mapa deve ser fotocopiado e afixado no placar de ambiente da escola ou distribuído pelas pessoas (tirar as fotocópias em papel reciclado, se possível). Seria importante que a Associação de Estudantes fosse contactada e, conjuntamente com ela, a informação recolhida fosse divulgada. 3.3. Implementar um Programa de Recolha Selectiva Pode contribuir-se para a poupança de recursos se se começarem a reciclar os materiais. Deve informar-se na Câmara Municipal sobre quais os materiais recolhidos selectivamente na zona. Se não existir nenhum sistema de recolha selectiva, deve-se perguntar quando é que vai ser implementado e insistir para que o seja o mais breve possível. Em casa: Os alunos devem ser motivados a reunir a família e apresentar-lhes o plano de separação do “lixo” produzido, falar-lhes das vantagens de reciclar os materiais e indicar quais é que podem ser reciclados. Ao organizar um plano de acção, tem de decidir-se: Onde guardar os materiais recicláveis até estes serem transportados para os contentores (pode-se arranjar um pequeno espaço vazio por baixo do lava loiça, das escadas, na despensa ou na garagem); Como guardar alguns materiais (pode guardar-se em caixas de cartão, sacos de plástico já usados, sacos de papel, baldes do lixo ou outros); Quem irá levar os materiais para reciclar (fazer uma lista das coisas que necessitem de ser feitas e distribuir as pessoas pelas tarefas. Estas podem ser rotativas, para que as pessoas colaborem em todas as fases).
  • 11. Livro das Pistas de Trabalho 11 Tomar nota que pode ser necessário fazer algumas operações aos materiais antes de os levar para reciclar, tais como achatar as latas, fazer uma separação do papel pelos diversos tipos, tirar as rolhas e gargalos das garrafas. Para tal, o aluno deverá informar-se dos locais onde levar os materiais (ecocentros), ler nos placards afixados nos papelões, vidrões, embalões, etc., ou informar-se na Câmara Municipal. A escolha de quem levará os materiais para reciclar pode depender do local onde se tenha de ir depositá-los. Se for afastado de casa, pode ser necessário transportar os materiais de carro, pelo que será precisa a ajuda dos pais ou outros familiares. Se os contentores para os materiais recicláveis se encontrarem perto dos contentores para o “lixo” não reciclável, pode organizar-se um plano para que quando forem depositar o “lixo”, levem também os recicláveis. Na escola: Na escola deve mobilizar-se uma equipa (constituída por alunos, professores e funcionários da escola), para implementar a recolha selectiva. Antes de iniciar o projecto, deve pedir-se autorização ao Conselho Directivo da escola e tentar também obter a adesão da Associação de Estudantes. A equipa formada deve reunir-se para decidir a estratégia: materiais a reciclar, quantos contentores necessitam, onde os colocar, o que fazer com os materiais, como divulgar a campanha. Materiais a reciclar: existem alguns materiais que ainda não podem ser reciclados em Portugal, mas que já são reciclados noutros países. Se a quantidade o justificar ou as escolas se associarem, podem reciclar-se por exemplo as embalagens Tetra Brik (embalagens de cartão para líquidos alimentares) e de plástico. Antes de iniciar qualquer acção devem assegurar-se de que existem indústrias capazes de reciclar todos os materiais que serão separados.
  • 12. Livro das Pistas de Trabalho 12 Indicam-se em seguida alguns materiais que podem ser reciclados: - Papel e cartão; - Vidro; - Latas; - Plástico; - Embalagens Tetra Brik (embalagens de cartão para líquidos alimentares); - Matéria orgânica; - Pilhas (apenas podem ser colocadas em contentores próprios, pois ainda não existe reciclagem para estes materiais). Esta actividade pode ser iniciada pela separação de apenas alguns materiais e depois ampliar a campanha a outros. Locais onde depositar os materiais - contentores Para a deposição dos materiais existem algumas alternativas: reutilizar recipientes provenientes de indústrias, caixas de cartão grandes, pedir à escola para comprar contentores ou pedir à Câmara Municipal para que coloque contentores na escola. Separação dos materiais Seguidamente são dadas algumas dicas de como separar os diversos materiais. a) Papel e cartão Podem ser recicladas caixas de cartão, caixas de cereais e de bolachas, caixas de ovos, papel de embrulho, envelopes, listas telefónicas, cadernos, livros, jornais, cartazes, revistas, etc.. Como o papel é reciclado consoante o tipo (pois de cartão não se podem fazer folhas de papel para escrever, por exemplo), ele deve ser separado em: - Papel de computador e papel branco sem mistura; - Cartão;
  • 13. Livro das Pistas de Trabalho 13 - Jornais e revistas e papel de mistura (papel com tintas e de côr, listas telefónicas, livros, cadernos, agendas, cartazes, etc.). Devem ser retirados todos os agrafos, autocolantes, cordéis, fitas adesivas, plásticos e todos os materiais que não podem ser reciclados juntamente com o papel. Para além disso, não se pode reciclar: - Papel sujo; - Agrafos, cordéis, pedaços de plástico, folhas autocolantes; - Guardanapos e lenços de papel, pratos e guardanapos de papel, papel encerado ou plastificado. b) Vidro Podem ser recicladas garrafas e frascos de vidro. Eles devem ser enxaguados e devem ser retirados os gargalos de plástico ou de metal e as rolhas. Podem deixar-se ficar os rótulos de plástico ou de papel. Não pode ser reciclado: loiça de vidro, cristais, vidros de janela, copos, espelhos ou lâmpadas. c) Latas Pode ser necessário separar as latas ferrosas (que são feitas de ferro) das latas não ferrosas (que podem ser feitas de alumínio). Para distinguir os dois tipos de latas é necessário um íman. Os embalões existentes em Portugal aceitam os dois tipos de latas. Pode ainda ser necessário achatar as latas. d) Plástico Em Portugal nem todo o plástico é reciclado. Apenas algumas garrafas de plástico o podem ser. Para saber o que pode ser reciclado deve contactar-se a Câmara Municipal da zona ou as indústrias recicladoras, cujos contactos se apresentam no final do dossier.
  • 14. Livro das Pistas de Trabalho 14 Para começar a reciclar garrafas de plástico convém saber distinguir os diversos tipos. Estes podem ser reconhecidos através de um símbolo ou de um número impresso no fundo da garrafa (algumas garrafas imprimem-no no rótulo). - Politereftalato de Etileno: garrafas de sumos e refrigerantes, embalagens de produtos alimentares; - Polietileno de Alta Densidade: frascos de detergentes e produtos de higiene, caixas e grades; - Policloreto de Vinilo: garrafas de água e óleo, frascos de soro, embalagens médicas, tubos de diálise; - Polietileno de Baixa Densidade: sacos; - Polipropileno: películas de embalagem, garrafas, frascos, saquetas flexíveis; - Poliestireno: copos de iogurtes, peças de protecção de electrodomésticos (esferovite), material escolar; - Outros: formado pela mistura dos anteriores. e) Embalagens Tetra Brik ou embalagens de cartão para líquidos alimentares Em Portugal ainda não existem muitas autarquias que façam a recolha deste tipo de embalagens. Assim, o professor deve levar os alunos a informarem-se junto da Câmara Municipal ou contactar a empresa que as fabrica (Tetra Pak). Quando estas embalagens forem utilizadas elas devem ser enxaguadas e espalmadas. Convém armazená-las em sacos de plástico enquanto elas não são recolhidas para
  • 15. Livro das Pistas de Trabalho 15 reciclar, pois os restos de alimentos contidos no seu interior podem atrair moscas e provocar maus cheiros. f) Matéria fermentável Pode fazer-se composto com a matéria fermentável. Para tal devem ser separadas as cascas de frutas, restos de legumes, aparas de jardim (relva, folhas, arbustos) e juntá- los num monte no fundo do quintal da escola. Ver na página 19 como se faz o composto. Divulgação da campanha de recolha selectiva A campanha deve ser divulgada na escola, de modo a captar a atenção e mobilizar o maior número de pessoas. Assim, devem ser afixados cartazes e distribuir folhetos pelas pessoas da escola. Pode ainda utilizar-se o jornal ou a rádio da escola, assim como as actividades da Associação de Estudantes para divulgar quais os materiais que estão a aceitar para reciclagem e onde é que as pessoas os podem colocar. g) Pilhas Colocar as pilhas em recipiente adequado (pilhão) até que haja soluções para a reciclagem deste tipo de material.
  • 16. Livro das Pistas de Trabalho 16 4. ACTIVIDADES PARA RECICLAR OS MATERIAIS 4.1. Como Fazer Pasta de Papel Material: - 10 jornais de formato médio; - Uma espátula; - Tina de dimensões razoáveis para conter a pasta; - Uma varinha mágica; - Luvas de borracha. Procedimento: Rasgar as folhas de papel em pequenos bocados (Etapa 1), colocá-los na tina e cobri- los com água quente (Etapa 2). Em seguida, misturá-los com a espátula ou amassá-los (devem ser usadas luvas de borracha, pois as tintas podem causar alergias na pele). Deixar repousar até ao dia seguinte e triturar a mistura com a varinha mágica (Etapa 3). Esta pasta pode ser utilizada para fabricar folhas de papel ou objectos. Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 4.1.1. Folhas de papel Material: - Tabuleiro de plástico; - Crivo (moldura de madeira com rede); - Panos; - Jornais secos; - Ferro de engomar.
  • 17. Livro das Pistas de Trabalho 17 Procedimento: Deitar uma porção da pasta de papel num tabuleiro de plástico e juntar água até cerca de 2/3 da sua capacidade, de modo a que a pasta se torne fina e líquida (Etapa 1). Mergulhar verticalmente o crivo na pasta contida no tabuleiro (Etapa 2), inclinando lentamente até ficar horizontal. Retirar lentamente o crivo e deixar escorrer a água (Etapa 3). Numa mesa devidamente protegida contra a água e o calor, estender panos absorventes cortados em quadrados de 30 x 30 cm. Inverter o crivo sobre uma pilha de alguns panos absorventes e escorrer a água em excesso (Etapa 4). Retirar o crivo com cuidado. O papel fica depositado sobre o pano absorvente e cobri- lo com outro pano (Etapa 5). Colocar o conjunto sobre uma pilha de jornais secos ou numa superfície protegida contra o calor e passar a ferro até que esteja praticamente seco (Etapa 6). Com muito cuidado, tirar a folha de papel que ficou entre os dois panos e pendurá-la num fio de secar roupa (Etapa 7), para que acabe de secar ao ar, evitando que se torne muito quebradiço. De modo a poupar tempo e trabalho, podem fazer-se camadas com várias folhas de papel, presas entre panos, passando depois a ferro. Pode-se também colocar este conjunto, durante alguns minutos, numa prensa bem apertada ou passar com o rolo da massa várias vezes sobre o pano, para extrair o máximo de água. Pode obter-se papel colorido, bastando juntar corante em pó à pasta de papel inicial, antes de começar a preparação das folhas de papel. Pode-se ainda obter efeitos decorativos, bastando introduzir na pasta já moldada, depositada sobre o pano, fios de cores, plantas secas prensadas, recortes de papel coloridos.
  • 18. Livro das Pistas de Trabalho 18 Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 Etapa 4 Etapa 5 Etapa 6 Etapa 7 4.1.2. Fabrico de objectos com pasta de papel Material: - Cola para papel. Procedimento: Adicionar à pasta de papel inicial uma solução de cola para papel, à razão de 1 colher de sopa de cola para 4 copos de água (pasta). Obtém-se uma pasta mais firme e própria para moldar. Retirar pequenas bolas da pasta da tina, espreme-las bem e mistura-las com cola, amassando bem até ficar com um aspecto homogéneo. Com esta pasta podem encher- se moldes previamente preparados, permitindo fabricar objectos decorativos, moldar cabeças de fantoches, brinquedos, e outros objectos. Os objectos produzidos devem ser secados ao ar, num local quente e seco, não directamente exposto à luz solar. Estes objectos podem ainda ser pintados e decorados ao gosto.
  • 19. Livro das Pistas de Trabalho 19 4.1.3. Fabrico de barras combustíveis para lareiras e salamandras Material: - Moldes próprios à venda em casas especializadas Procedimento: Com a pasta de papel inicial podem fabricar-se “briquetes” (barras combustíveis) para arder em lareiras, que substituem outros combustíveis. Para a fabricação destes “briquetes” é necessária a utilização de moldes próprios que existem à venda em casas especializadas em aquecimentos e instalações de salamandras. A pasta a utilizar para a fabricação destes objectos deve ser bastante grosseira e amassada manualmente. Os “briquetes” devem ser secos ao ar, mas não directamente expostos ao sol. 4.2. Como Fazer Taças com Papel de Jornal Material - Balões; - Cola de papel de parede; - Balde de plástico; - Recipiente para cola; - Jornais; - Tinta para papel; - Tinta de base branca; - Verniz; - Pinceis; - Tesoura; - Lápis.
  • 20. Livro das Pistas de Trabalho 20 Procedimento (Ver figura seguinte) Arranjar um lugar espaçoso. Colocar o balão, depois de cheio, sobre o balde de plástico com a extremidade virada para dentro (Etapa 1). Despejar cerca de 1 litro de cola para um recipiente e mexe-la. Cortar os jornais em quadrados com cerca de 10 cm de lado. Molhar cada um dos pedaços na cola. Aplica-los no balão, começando do topo até ao meio deste, de modo a dar-lhe a forma de uma tigela (Etapa 2). Alisar com as pontas dos dedos para que não apareçam bolhas de ar. Verificar se os pedaços de jornal estão completamente colados e deixar secar durante 24 horas. Para fazer a base da tigela, cortar uma folha de jornal em pequenos pedaços e deita-los para dentro do recipiente com cola (Etapa 3). Deixa-los aí ficar durante 5 minutos, de modo a formar uma massa. Entretanto, cortam-se 25 tiras de jornal com cerca de 10x3 cm. Assim que a massa estiver pronta, retira-la do recipiente e ir embebendo em cola cada uma destas tiras. Moldar a massa de jornal e colar de modo a formar um aro, retirar o excesso de cola e colocar o aro no topo do balão. É importante que o aro tenha o volume necessário para suportar a tigela. Pressionar bem e colocar as tiras de jornal, previamente cortadas e embebidas em cola em cima e em redor dessa base (Etapa 4). Quando a base estiver completamente seca, retirar a tigela de cima do balão. Desenhar uma circunferência com um lápis de modo a obter a altura desejada para a tigela. Depois, com uma tesoura, cortar com muito cuidado, seguindo o círculo previamente traçado (Etapa 5). Reforçar a orla da tigela, aplicando as tiras de jornal embebidas em cola. Corrigir algumas imperfeições, colando mais pedaços de jornal. Coloca-la num local fresco e deixa-la secar durante uma noite (Etapa 6). Pintar toda a tigela com a tinta de base branca. Assim que estiver seca, esboçar alguns desenhos à escolha. Utilizar as tintas de papel para pintar o centro e as orlas da tigela
  • 21. Livro das Pistas de Trabalho 21 (Etapa 7). Deixar secar antes de usar a tinta preta para os contornos do desenho. Pintar a parte de fora da tigela e depois de estar seca passa o verniz. Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 Etapa 4 Etapa 5 Etapa 6 Etapa 7 4.3. Como Fazer um Mealheiro com Papel de Jornal Material: - Folhas de jornal; - Pasta e cola forte; - 1 Laranja; - 4 Tampas de pasta dos dentes; - 1 Rolha; - Verniz; - Tinta espessa. Procedimento: Cortar algumas páginas de jornal em bocadinhos e colocar numa bacia de água a amolecer durante alguns minutos. Encostar o papel à laranja, pôr pasta à volta e aplicar outra camada de jornal. Proceder desta forma até se formarem seis camadas de papel. Colocar a laranja num local quente de um dia para outro, quando o papel estiver seco deve cortá-lo em volta da laranja e tirá-la.
  • 22. Livro das Pistas de Trabalho 22 Fazer uma ranhura com a largura de uma moeda na extremidade de uma das metades e voltar a colá-las. Cobrir a bola com mais duas camadas de papel (usar as extremidades do jornal para que a bola fique branca). Colar quatro tampas de pasta dos dentes no fundo, para fazer as pernas e cortar a extremidade de uma rolha e colar para fazer de nariz. Pôr outra camada de cola e envolver o porco com papel que cubra as pernas e nariz. Pintar o porco com tinta espessa, quando secar pinta o rosto e o rabo. Quando o mealheiro secar ele pode ser envernizado para ficar brilhante. 4.4. Utilização da Energia dos Vegetais Material: - Balde grande ou bidão com tampa, com capacidade de 20 a 30 litros; - Serpentina metálica ou de plástico enrolada, com 3 a 5 metros; - Erva húmida ou aparas de relva.
  • 23. Livro das Pistas de Trabalho 23 Procedimento - Furar o bidão ou balde no topo e na base, de modo a fazer passar a entrada e a saída da serpentina, que se enche com água; - Colocar a erva recentemente cortada e calca-la com bastante força. Fechar hermeticamente o balde com a tampa. Ao fim de uma semana o aquecedor começa a funcionar, ou seja, começa-se a ter água quente. Para continuar a aquecer água tornar a encher a serpentina, repetindo a operação todos os dias. A fermentação da matéria vegetal pode aquecer todos os dias algumas centenas de litros de água a 50 ou 60ºC, durante meses. 4.5. Compostagem no Quintal A compostagem é a decomposição da matéria orgânica por microorganismos. No final obtém-se composto, que pode ser utilizado na agricultura e jardinagem. A compostagem pode ser efectuada em pequena escala no jardim das habitações, ou ainda no recreio das escolas, permitindo a utilização directa do composto no jardim ou horta. Pode-se assim, efectuar a compostagem no jardim da escola ou no quintal de casa. No caso de se habitar num prédio e não possuir quintal podem mobilizar-se os vizinhos para que façam uma pilha de compostagem no jardim do prédio. Para tal, deve pedir-se autorização à Junta de Freguesia da área ou à Câmara Municipal. Existem mesmo algumas Câmaras que têm projectos de compostagem é por exemplo o caso da Câmara Municipal de Oeiras.
  • 24. Livro das Pistas de Trabalho 24 Procedimento Etapa 1 - Como separar os resíduos a) Em casa Na cozinha deve colocar-se um balde de “lixo” com tampa onde a família pode colocar os restos de comida que podem ir para a compostagem (ver quadro abaixo). Este balde deve fechar bem para evitar a proliferação de moscas e maus cheiros. b) Na escola Os alunos devem pedir apoio aos funcionários da cantina e ao jardineiro da escola para que guardem os restos de matéria orgânica. Será conveniente colocar um contentor fechado na cantina para colocarem os restos de alimentos (ver no quadro abaixo o que pode ir para o composto). Deve ser organizada uma lista de pessoas, que pode até incluir os funcionários da escola, para irem despejar o contentor na pilha de compostagem, de preferência todos os dias. Pode-se pedir a colaboração do jardineiro da escola para que quando tiver aparas de relva ou ramos de arbustos, os vá colocar na pilha de compostagem. No geral, podem ser utilizados todo o tipo de resíduos vegetais e animais, como resíduos de jardim e restos de alimentos. Contudo, existem algumas folhas e restos de árvores que são difíceis de compostar porque são muito ácidas, não devendo ser utilizadas, tais como o choupo, o eucalipto, a oliveira, o pinheiro e outras árvores semelhantes. As aparas de relva apenas devem ser colocadas quando estiverem já meio secas, e devem ser misturadas com outros materiais, pois podem absorver muita água e ganhar bolor.
  • 25. Livro das Pistas de Trabalho 25 Quadro 4.5.1 - Resíduos que podem ser compostados RESÍDUOS SIM NÃO POUCO Restos de Hortaliça X - - Cascas de Fruta X - - Cascas de Ovo Esmagadas - - Folhas e Sacos de Chá X - - Restos de Café X - - Restos de Pão - - X Cascas de Batatas X - - Restos de Comida Cozinhada - - Tapar c/ Terra Restos de Carne e Peixe - X - Ossos e Espinhas - X - Excrementos de Animais X Cão e Gato - Aparas de relva X - - Folhas e Ervas X - - Cinzas de Lenha - - X Cinzas de Cigarros e Beatas - X - Ramos de Arbustos Cortar curto - - Serradura - - X Palha e feno Cortar curto - - Agulha de Pinho - - X Papel e Cartão - - Cortado e molhado Cortiça - X - Não podem ser colocados no composto materiais como o plástico, o vidro, baterias, têxteis, óleos, tintas, produtos químicos em geral, alumínio, entulhos, fraldas, fezes, papel colorido. Fonte: Raimundo et al. s/d.
  • 26. Livro das Pistas de Trabalho 26 As aparas de sebes e de árvores devem ser guardadas no jardim e ser colocadas apenas quando for necessário tornar o composto mais solto, para aumentar o arejamento, uma vez que são dificilmente degradáveis. Quando adicionadas, devem ser cortadas em fragmentos com cerca de 10 cm. Podem ser colocados restos de plantas cortadas. Resíduos que não podem ser compostados: - Materiais sintéticos como metais, plástico e vidro; - Produtos químicos como restos de tintas, restos de construção e têxteis; - Outros resíduos como cinzas de cigarro, ossos com restos de carne e restos de peixe, que podem atrair moscas e originar maus cheiros; - Revistas - o papel de alta qualidade contém chumbo e cádmio e outros metais pesados; - Jornais - devem colocar-se só em quantidades muito pequenas; - Não se devem colocar cascas de frutas tropicais ou de citrinos (como laranjas e liomões) que contêm muitos produtos químicos utilizados no combate a pragas. Etapa 2 - Onde e como fazer a compostagem (casa e escola) Para fazer a compostagem é necessário um recipiente, que pode ser feito com ripas de madeira, e é semelhante a uma caixa de fruta com aberturas de lado que permitem a entrada de ar. O recipiente deverá ter cerca de 1m2 de área e 1 m de altura. O local onde o recipiente vai ser instalado deve obedecer às seguintes condições: - Deve ser colocado num local acessível e protegido do sol. Pode ser colocado debaixo de uma árvore de folha caduca, que permita a passagem de sol no Inverno e proteja do calor excessivo no Verão; - Deve ficar protegido do vento, pelo que pode ser rodeado de arbustos; - Deve ficar localizado em contacto com a terra para permitir que a água possa infiltrar-se quando chove e que as minhocas e outros pequenos organismos possam contactar com a matéria orgânica, ajudando à sua degradação. Estes organismos aceleram a degradação da matéria orgânica e a sua transformação em húmus, rico para
  • 27. Livro das Pistas de Trabalho 27 o solo, permitindo uma diminuição mais rápida do volume de resíduos colocados no recipiente. Etapa 3 - Como encher o recipiente Para encher o recipiente: - Colocar um pouco de terra no fundo; - Pôr uma camada de pequenos ramos e materiais de maiores dimensões, como restos de jardim secos e restos de cozinha bem misturados, para o ar poder entrar; - Por cima vão sendo colocados restos de jardim e de cozinha à medida que se vão produzindo. Etapa 4 - O processo de compostagem Os resíduos vão sendo colocados dentro do recipiente, formando uma pilha. A temperatura nesta pilha de compostagem vai aumentando, o que significa que os microrganismos estão a actuar e a degradar a matéria orgânica (quanto maior a pilha melhor decorre o processo). Deve ser adicionada água ao composto nas quantidades correctas, de modo a que este não fique demasiado húmido, o que iria provocar a sua compactação e impedir a entrada de oxigénio, originando maus cheiros. Para saber a quantidade de água existente no composto pode ser feito o seguinte teste: pegar numa mão cheia de composto e apertar; não deve pingar mas deve deixar humidade na mão. Para se verificar como o composto se encontra no interior da pilha pode-se fazer um buraco com um pau e retira-lo. Este não deve trazer agarrados pedaços de composto empastado. Se o composto se encontrar muito molhado, ele deve ser arejado (fazer canais com um pau e colocar no composto o interior de rolos de papel de cozinha, tubos perfurados ou tubos feitos em rede) e misturá-lo com material seco, como por exemplo terra velha de plantas ou serradura. Em último recurso pode-se utilizar papel de jornal aos bocadinhos (mas pouco, devido aos químicos usados nas tintas).
  • 28. Livro das Pistas de Trabalho 28 Se chover muito deve colocar-se uma cobertura no recipiente e evitar que este fique à sombra, para facilitar a evaporação. Na hipótese de o composto se encontrar pouco molhado, ele deve ser regado. O composto produzido pode ser utilizado para enriquecer o solo do jardim da escola. Falar com o jardineiro para que ele o utilize como adubo. 4.6. Fazer Lombricompostagem A matéria fermentável pode ainda ser utilizada para fazer lombricompostagem, ou seja, compostagem dentro de uma caixa com minhocas. Esta actividade pode ser realizada na escola ou em casa, mesmo que não se possua um jardim, pois a caixa das minhocas pode ser colocada no sotão, na cave, na varanda, no pátio ou noutro local arejado, que não seja muito quente no Verão nem muito frio no Inverno. Material Para fazer a caixa de minhocas é necessário: - Uma caixa com cerca de 60 cm de lado e 30 cm de altura. Pode ser utilizada uma caixa de madeira ou plástico, embora os especialistas digam que a madeira é melhor. Esta caixa deve ter buracos com 1 cm de diâmetro, separados de 7,5 a 9 cm; - Tijolos, pedaços de madeira, para assentar a caixa; - Um tabuleiro ou de um prato para pôr debaixo da caixa para evitar sujar o chão; - Jornal; - Duas mão-cheias de terra; - Um saco de lixo em plástico; - Cerca de meio quilo de minhocas vermelhas (aproximadamente 1000 minhocas), que podem ser compradas num viveiro ou numa loja que venda iscos. Estas são diferentes das minhocas comuns. Procedimento a) Montar a caixa: - Rasgar o jornal em tiras com 2,5 cm de largura e molha-las até ficarem empapadas; - Colocar o jornal na caixa (pode-se pôr todo o papel que se quiser); - Juntar uma mão-cheia de terra e misturar com o jornal; - Pôr as minhocas na caixa;
  • 29. Livro das Pistas de Trabalho 29 - Cortar um bocado do saco de lixo vazio que deve ser um rectângulo um pouco mais pequeno que a caixa das minhocas; - Pôr o rectângulo de plástico por cima da camada de jornais na caixa, para manter a caixa húmida e para que as minhocas não apanhem muita luz. O plástico não deve cobrir toda a caixa, pois as minhocas precisam de respirar. b) Para dar comida às minhocas: Na primeira vez deve-se apenas juntar algumas mão-cheias de restos de comida. Não se deve mexer na caixa durante uma ou duas semanas antes de se dar mais comida, para que as minhocas se habituem à sua casa. Para dar comida, deve levantar-se o saco de plástico, colocar a comida e tapá-la com 6 ou 7 cm de papel de jornal e voltar a pôr o plástico. Pode-se dar todo o tipo de restos de vegetais às minhocas, tais como alface, repolho, e também restos de algumas comidas, tais como esparguete, côdeas de pão, e outros, mas não restos de carne ou ossos. A comida deve ser cortada em pequenos pedaços. Aumentar gradualmente a quantidade de comida que se fornece às minhocas. Na sexta semana já se pode dar cerca de 2 kg por semana. Ao fim de alguns meses ter-se-à obtido húmus, que pode ser utilizado no jardim ou em vasos. Assim, estará a dar-se um destino ao “lixo” orgânico.
  • 30. Livro das Pistas de Trabalho 30 5. OUTRAS ACTIVIDADES 5.1. Porta Canetas e Caixa para Clips Material - 3 tubos de cartão (de papel higiénico ou de rolos da cozinha); - 2 folhas de papel de embrulho; - um bocado de cartão com 20 cm x 15 cm; - 4 caixas de fósforos vazias; - tesoura; - cola; - 4 ataches. Procedimento Colocar o cartão em cima do papel de embrulho, marcar à volta e cortar o papel. Colar o papel no cartão para fazer a base. Cortar os tubos de cartão em três medidas diferentes e cortar papel de embrulho para forrar os tubos. Forrar cada um dos tubos, colar as extremidades e dobrar as pontas para dentro. Pegar nas gavetas das caixas de fósforos, cortar 4 tiras de papel para forrar as gavetas. Envolve-las no papel e pôr cola. Colocar o atache no meio de um dos extremos da gaveta e abri-lo para os lados.
  • 31. Livro das Pistas de Trabalho 31 Colar as quatro caixas, cortar uma folha de papel que dê para envolver o conjunto das caixas. Colar o papel envolvendo as quatro caixas e cortar as pontas. Colar a caixa dos selos numa esquina da base. Pôr cola na base de cada tubo e nos pontos em que se tocam e colá-los.
  • 32. Livro das Pistas de Trabalho 32 5.2. Organizar Visitas de Estudo Pode organizar algumas visitas de estudo a locais de tratamento de resíduos, tais como estações de compostagem, e de destino final, como aterros sanitários. Podem ainda visitar indústrias que fabriquem produtos reciclados. Como organizar a visita: - Fazer uma lista dos sítios que se podem ir visitar. O professor deverá contactar esses locais para saber se aceitam visitas e para marcar a data. Alguns dos sítios com interesse são: estações de triagem, estações de compostagem, aterros, fábricas de produtos reciclados (vidro, papel, plástico e outros) e indústrias de celulose. - Arranjar um autocarro para a deslocação da turma. Para tal, a escola pode alugar um autocarro ou pode pedir o apoio da Câmara Municipal ou da Junta de Freguesia da zona. A visita deve ser devidamente preparada com materiais e informações que sejam enviadas, a pedido da organização, pela entidade que se vai visitar. Se não conseguir realizar a visita por falta de meios, pode pedir a alguém dos locais onde iriam realizar a visita para que venha à escola para realizar uma palestra. Podem ainda ver vídeos sobre reciclagem. O professor para contactar o IPAMB, que possui alguns vídeos que talvez vos possa emprestar. 5.3. Organizar Exposições Podem ser organizadas diversas exposições na escola, que podem estar relacionadas com a campanha de inventariação dos resíduos na escola, quer com as visitas de estudo que forem feitas. Nestas visitas os alunos devem levar a máquina fotográfica para poderem depois expôr as fotografias, que devem ser acompanhadas por textos de apoio. Para fazer a exposição, deve arranjar-se um local onde se possa realizar a exposição. Para tal, deve pedir-se autorização ao Concelho Directivo da escola para usar uma sala
  • 33. Livro das Pistas de Trabalho 33 para a exposição ou então pedir à Junta de Freguesia ou à Câmara Municipal para cederem instalações convenientes. A exposição deve ser divulgada através da afixação de cartazes nas lojas da zona, distribuindo alguns folhetos ou mesmo pôr um anúncio no jornal local. Pode ainda colocar-se um caderno onde as pessoas que visitem a exposição possam escrever a sua opinião. 5.4. Teatro e Outras Actividades Um bom modo de chamar a atenção das pessoas para o que está a acontecer no mundo é escrever e levar à cena peças sobre vários assuntos ligados por exemplo ao problema dos resíduos. Os alunos podem fazer o guarda-roupa e os adereços com embalagens, sacos e papeis usados, caixas de ovos, caricas, etc. Usar o que a imaginação ditar. Pode organizar-se ainda: - Passagem de modelos com “fatos” produzidos pelos alunos, recorrendo a materiais recicláveis (papel, plástico, e outros); - Criação de personagens que representem os diferentes tipos de resíduos e a sua história, utilizando técnicas de expressão corporal; - Concurso de máscara temáticos ou subordinados à utilização de determinados materiais, podendo ser utilizado para um desfile de Carnaval. 5.5. Venda de Artigos em Segunda Mão Podem ainda ser organizadas feiras de vendas ou de troca de coisas que se tenha em casa, tais como livros, revistas, roupa e brinquedos que já não sejam necessários. Primeiro deve decidir-se o que vender. Para isso, deve-se fazer uma lista das coisas que já não têm uso em casa. Esta lista elaborada pelo aluno deve ser mostrada à família, pois podem existir coisas que alguém queira guardar ou queiram acrescentar mais alguma coisa à lista.
  • 34. Livro das Pistas de Trabalho 34 Em segundo lugar, deve ser planeado onde e quando fazer a venda. Pode fazer-se a venda em casa ou jardim, durante o fim de semana, pois é quando as pessoas estão mais livres para as compras. Para garantir mais clientes, a venda deve ser publicitada. Podem ser afixados cartazes nas lojas da zona, distribuidos alguns folhetos ou mesmo colocar um anúncio no jornal local. Deve ser afixado o preço em cada um dos artigos que vai ser vendido, pondo também o nome do dono do objecto se estiverem a ser vendidos objectos de outras pessoas. Devem ser anotadas num caderno todas as vendas que forem feitas. 5.6. Inventário dos Livros da Biblioteca O professor pode motivar os alunos a verificar se a biblioteca da escola está bem equipada com livros e jornais interessantes e actualizados sobre problemas ambientais. Se tiver pouco material, deve organizar-se uma lista de livros, filmes ou publicações que a escola deveria ter. Pode pedir-se material de apoio a algumas instituições públicas, tais como a Direcção Regional do Ambiente e Recursos Naturais (DRARN) da tua zona, o Instituto de Promoção Ambiental (IPAMB) e Associações de Defesa do Ambiente ou outras, cujos contactos se apresentam no final do dossier. Se os alunos possuirem livros ou revistas que já não queiram eles podem ser entregues na biblioteca. 5.7. Angariação de Fundos e Projectos Municipais O professor pode igualmente motivar os alunos a tornarem-se ecologistas mais participativos ao colaborarem em projectos como angariação de fundos, limpeza de áreas protegidas, limpeza das praias, de jardins ou contribuir para promover visitas de estudo a parques naturais, e a locais onde se efectue valorização de resíduos.
  • 35. Livro das Pistas de Trabalho 35 5.8. Associação O professor pode transmitir aos alunos a ideia de que estes se podem ainda associar com colegas para formarem grupos de participação activa ou associarem-se a associações de defesa do ambiente e do património. Geralmente estas associações têm falta de pessoas para participar nos seus projectos. Outra possibilidade consiste em criarem um núcleo de ambiente junto da Associação de Estudantes. Neste podem ser desenvolvidas algumas actividades aqui propostas, ou outras que pareçam importantes para sensibilizar os alunos e professores para a preservação do meio ambiente, assim como para alertar os responsáveis municipais e nacionais para os principais problemas detectados. 5.9. Ideias para Actividades em Algumas Disciplinas Escolares Seguidamente apresentam-se alguns exemplos de actividades que podem ser desenvolvidas em algumas disciplinas específicas. Nas aulas de Educação Visual e Tecnológica podem ser feitos: - Brinquedos simples, reutilizando materiais tais como: latas, embalagens vazias, papéis ou cartões, restos de madeiras, têxteis ou plásticos, materiais naturais de origem vegetal e outros. Podem ser utilizadas garrafas e outras embalagens como mealheiro, jarras, porta-canetas e decorá-las a gosto; - Instrumentos musicais de fabrico artesanal: latas e outros objectos metálicos, garrafas e frascos de vidro ou plástico, restos de madeira; - Monstros de “lixo” e esculturas para decoração; - Objectos e produtos característicos do artesanato local, tais como tapetes feitos com retalhos de tecidos, bonecos de palha, de madeira ou lata, cestos e esteiras de madeira, objectos decorativos.
  • 36. Livro das Pistas de Trabalho 36 Nas aulas de Físico-Química podem ser utilizadas embalagens vazias, tais como copos ou frascos de vidro como material de laboratório. Nas aulas de Biologia ou Ciências da Natureza podem ser reutilizados pacotes de leite ou sumos substituindo vasos para a germinação de sementes. Em casa e na escola podem utilizar-se embalagens pequenas (de cartão, vidro ou plástico) como porta-canetas ou recipientes decorativos de secretária. Embalagens de maiores dimensões podem ser utilizadas para papeleiras ou caixotes do lixo. Nas aulas de Educação Musical podem compôr-se canções alusivas aos resíduos. 5.10. Ideias para Reduzir a Utilização de Produtos Tóxicos Existem muitos produtos tóxicos em nossas casas, desde o limpa-fornos até artigos de higiene pessoal. Estes produtos são perigosos para o ambiente não apenas aquando do seu fabrico, como também quando são deitados fora. Contudo, existem alternativas fáceis e baratas à utilização de alguns produtos tóxicos. Seguidamente apresentam-se alguns exemplos: Quadro 5.10.1 - Algumas alternativas à utilização de produtos tóxicos. Produto Perigo Alternativa Purificadores do ar Podem conter químicos como xileno, etanol, naftaleno, etc.. Utilizar ervas ou sumo de limão e vinagre. Bolas de naftalina Constituídas por paradiclorobenzeno, que é perigoso para os rins e fígado. Utilizar produtos à base de ervas, que actuam como repelentes ou pedaços ou óleo de cedro. Canetas de tinta permenente e marcadores Contêm solventes perigosos como tolueno, xileno ou etanol. Utilizar marcadores à base de água. Quando não é possível evitar a utilização de produtos tóxicos, convém ter certos cuidados:
  • 37. Livro das Pistas de Trabalho 37 - Arrumar os produtos devidamente, em locais inacessíveis às crianças e na sua embalagem original. Se por acaso o recipiente se partir, transferir o produto para outro recipiente, e colocar o rótulo; - Se os alunos fazem modelagem ou pinturas, usam certamente colas, tintas, vernizes e produtos para limpar pincéis. A maior parte deles contém químicos chamados diluentes que libertam gases eventualmente perigosos. Por isso não comprar mais produtos do que os necessários e usá-los com moderação; manter as latas tapadas quando não estão a ser a usadas (isto impede que os vapores se escapem e faz com que a cola, a tinta e os vernizes durem mais tempo); ser cuidadoso no modo como se livram deles quando chegam ao fim. Tapar as latas e as bisnagas e mete-las no lixo em vez de as atirarem pelo cano abaixo; - Dar um destino adequado aos produtos. Se houver hipótese de reciclar esses produtos, recicle. Em Portugal não existe um sistema de tratamento de resíduos perigosos, pelo que ainda não há soluções a propôr. Está prevista para breve uma solução adequada. No entanto, não basta que se tratem os resíduos perigosos. É necessário que a indústria se responsabilize por esses detritos e procure reduzi-los. Pressionar a autarquia local para que indique um sítio onde podem ser colocados os resíduos perigosos, por forma a que estes tenham um destino adequado. 5.11. Palavras-Cruzadas Seguidamente, apresenta-se um pequeno exercício para testar os conhecimentos dos alunos relativamente à matéria leccionada sobre os resíduos. Este exercício pode ser utilizado na avaliação do aluno, sendo-lhe atribuida uma determinada classificação.
  • 38. Livro das Pistas de Trabalho 38 Horizontais 1. Substância ou objecto que deixou de ter uso e que pode ser eliminada. 3. Produto obtido a partir do tratamento da matéria orgânica. 5. Lugar devidamente construído onde são depositados os RSU. 7. Gás resultante do processo de digestão anaeróbia da matéria orgânica. 9. Parte biodegradável dos RSU. 11. Utilização de um produto mais do que uma vez. 13. Recipiente onde se coloca o papel para reciclar. 15. Valorização dos materiais. 17. Lugar onde as pessoas se deslocam para colocar os materiais recicláveis. Verticais 2. Recipiente onde se colocam as embalagens de vidro velho para reciclar. 4. Processo de separação de resíduos de acordo com o seu tipo. 6. Processo de reciclagem da matéria orgânica por degradação biológica. 8. Diminuição da produção de resíduos. 10. Lugar onde os RSU são depositados sem qualquer controlo. 12. Recipiente onde são colocados os RSU. 14. Bateria de contentores para recolha selectiva. 16. Valorização energética dos RSU.
  • 39. Livro das Pistas de Trabalho 39 2 12 4 6 1 15 3 10 5 - 7 13 8 14 9 - 16 11 17 Soluções: Horizontais: 1. Resíduo; 3. Composto; 5. Aterro-Sanitário; 7. Biogás; 9. Matéria-Orgânica; 11. Reutilização; 13. Papelão; 15. Reciclagem; 17. Ecocentro. Verticais: 2. Vidrão; 4. Triagem; 6. Compostagem; 8. Redução; 10. Lixeira; 12. Contentor; 14. Ecoponto; 16. Incineração.
  • 40. Livro das Pistas de Trabalho 40 6. BIBLIOGRAFIA ELKINGTON, J.; HAILES, J., 1993. Guia do Jovem Consumidor Ecológico. Gradiva Júnior. EWG, 1995. 50 Coisas Simples que as Crianças Podem Fazer para Reciclar e Salvar a Terra. The Earth-Works Group. Difusão Cultural. EWG, 1991. 50 Coisas Simples que Você Pode Fazer para Salvar a Terra. The Earth-Works Group. Difusão Cultural. C.N.S., 1994. Pensar Ambiente em Portugal. Centro Norte-Sul. Lisboa. C.M.O., 1993. Compostagem no Quintal da sua Moradia - Informações Práticas. Câmara Municipal de Oeiras. I.C., 1995. Sugestões para Redução de Lixos Domésticos. Instituto do Consumidor. ROSEN, C., 1990. As Minhas Primeiras Actividades. Desabrochar, editorial, Lda. Março de 1990.