O poema descreve a entrada repentina de um beija-flor na vida do autor, trazendo amor e encantamento, mas que depois voa para longe, levando consigo a alegria e o chão sob os pés do autor, deixando-o apenas com a lembrança do vôo do beija-flor.
2. Entrou voando pela minha vida, como um beija-flor. Vôo rasante, reto, em flecha,se situando no ar, poucos segundos, para me dar vida ou morte.
3. A princípio me deu vida, vida enfeitiçada, como a recebem todos os que amam. Vida de amor sem dor, de amar sem falar, de se dar sem nada pedir.
4. E embarquei neste suave canto, pois era um beija-flor. Não poderia ter medo, beija-flor não maltrata só dá amor...
5. Mas esse beija-flor era diferente. Deu-me feitiço na minha alma, deu-me amor nos meus dias.
6. E voou para longe... para terras distantes me tirando o ar que respirava, o chão que pisava e caí vertiginosamente, como o seu mesmo vôo rasante,cortante que levou tudo e lavou essa mesma alma, sem nada deixar:
7. Só o vôo rasante, lindo de um beija-flor que nada prometera que nada fizera para amar ou amor.
8. Só o vôo rasante,lindo de um beija-flor que nada prometera que nada fizera para amar ou amor. E, foi-se embora de minha vida até não sei quando, até à terra do nunca, onde um dia,vão se encontrar talvez para se amar.
9. AUTOR:EDA CARNEIRO DA ROCHA IMAGENS:COLHIDAS NA NET FORMATAÇÃO:MILTON ZANETTE COLABORAÇÃO:MARA CRISTINA