2. ESPECIFICAÇÕES DA PESQUISA
ÁREA DE ABRANGÊNCIA: Cidade do Recife.
DATA DA COLETA: 14 e 15 de abril de 2009.
UNIVERSO: População residente na cidade do Recife.
AMOSTRA: A amostra foi selecionada a partir de um plano de amostragem
estratificada de conglomerados em dois estágios. No primeiro estágio foram sorteados
os setores censitários. No segundo estágio é realizado um número fixo de 12 entrevistas
em cada setor selecionado.
CONFIABILIDADE: O número de entrevistas foi estabelecido com base em uma
amostragem aleatória simples com um nível estimado de 95% de confiança e uma
margem de erro de 3,5 pontos percentuais.
NÚMERO DE ENTREVISTAS: O tamanho da amostra foi de 815 entrevistas.
FONTE: A amostra foi definida com base nos dados do IBGE.
32. [P. 04b]
[Você já foi vítima de sequestro?]
Tabela resumo de informações das vítimas de sequestro entrevistadas:
IDADE ESCOLARIDADE RENDA Quando? Bairro?
Tempo com o
sequestrador?
Período?
Registrou
queixa?
A polícia deteve o
sequestrador?
28 Médio completo De 2 até 5 SM Há 1 anos atrás Prado Até 24 horas Madrugada Não NS
34 Até 3ª série do fund. De 1 até 2 SM Há 4 anos atrás Prazeres Mais de 24 horas Tarde NR Não
28 Superior completo De 5 até 10 SM Há 1 anos atrás Jordão Mais de 24 horas Noite Sim Não
41 Superior completo De 1 até 2 SM Há 5 anos atrás ou mais Boa Viagem Até 24 horas Madrugada Sim Sim
46 Médio completo De 2 até 5 SM Há 5 anos atrás ou mais Boa Viagem Mais de 24 horas Tarde Não Não
19 Médio completo De 5 até 10 SM Há 2 anos atrás Candeias Não sei Noite Sim Não
45. [P. 10]
Qual é a instituição que você mais confia no Brasil?
46. CONCLUSÕES:
1. Optamos por realizar uma análise comparativa. Já que no mês de abril de 2008 realizamos esta pesquisa na cidade do Recife.
Deste modo, constatamos que não ocorreram variações consideráveis nos resultados. Frisamos que devemos ficar atentos às
variáveis nominais.
2. A sua residência já foi assaltada? Na primeira pesquisa, verificou-se o percentual de 83,88% que afirmaram que não. Nesta
última pesquisa, o percentual foi de 85,9%. Portanto, resultados semelhantes. Você registrou queixa deste assalto? 46,46%
responderam quem sim no ano de 2008. Em 2009, o percentual foi de 49,5%. Portanto, ocorreu pequena variação. A Polícia
prendeu o assaltante? Na pesquisa de 2008, responderam sim 9,6%. Nesta última pesquisa, responderam sim 13%. Não
encontramos explicação adequada/consistente para esta variação considerando fatos empíricos.
3. Você já foi vítima de assalto em via pública? 50,6% afirmaram que sim nesta última pesquisa. Em 2008, o percentual foi de
44,58%. Constatamos pequena variação positiva. Casa Amarela, Boa Viagem e Boa Vista, de acordo com esta última pesquisa,
continuam sendo os bairros em que ocorrem mais assaltos. Destacamos o fato de que o bairro de Casa Amarela aparece desta
vez com maior percentual. Na primeira pesquisa, o maior percentual de assaltos foi encontrado no bairro da Boa Vista. Celular,
dinheiro e carteira continuam sendo os produtos mais roubados em via pública. Conforme revelado na pesquisa de 2008, o
revólver foi a arma mais utilizada nos assaltos. A Polícia prendeu o assaltante? Assim como ocorreu na pesquisa realizada em
2008, o percentual daqueles indivíduos que responderam sim foi baixo – 6,88% (2008); 7,4% (2009). Ínfima variação positiva.
47. CONCLUSÕES:
4. Você já foi vítima de agressão por parte de alguma pessoa? Na pesquisa realizada em 2008, 16,16% afirmaram que sim. Em
2009, verificamos variação positiva – 23,8%. Os ambientes em que ocorreu a agressão foram: residência (2008: 31,5%; 2009:
35,6%); no meio da rua (2008: 36,2%; 28,9% - observem variação positiva neste item de 7,3); bar/restaurantes (2008: 7,9%;
2009: 10,8%); estádio de futebol (2008: 10,2%; 2009: 9,8%). Com exceção do ambiente “estádio de futebol”, encontramos
variação positiva em todos eles. Assim como na primeira pesquisa, alto percentual de pessoas afirmaram que conheciam as
pessoas que lhe agrediram – 60,63% (2008); 64,9% (2009). Os dois principais agressores também foram os mesmos:
marido/companheiro (2008: 36,5%; 2009: 26,2%); conhecido (2008: 25,7%; 2009: 19%).
5. Na pesquisa anterior (2008) detectamos número ínfimo de seqüestro. Isto ocorreu também nesta última pesquisa.
6. Você conheceu alguém que foi assassinado em Pernambuco? Não encontramos variação ao comparar as duas pesquisas
realizadas. Em 2008, responderam sim 64,23%. Em 2009, 64,3%. Portanto, observamos que a prática do homicídio faz parte
do cotidiano do recifense. É importante destacar que entre 10 pesquisados, cerca de 6 pessoas conheceu alguém que já foi
assassinado. Destacamos o fato de que 25,2% (2009) conheceram alguém nos últimos três meses. A vítima tinha certa
proximidade com o indivíduo que sofreu o crime, pois para 72,2% dos entrevistados, a vítima era seu conhecido/colega/amigo.
Semelhante ao que foi revelado na pesquisa anterior (2008), a Polícia não deteve o assassino – afirmaram não 82,47% (2008) e
50,6% (2009). Constatamos variação negativa de um ano para outro. Deste modo, questionamos: a Polícia prendeu mais
homicida de um ano para outro? Este resultado pode revelar isto.
48. CONCLUSÕES:
7. O crime de proximidade é visível, já que para 30,2%, a vítima conhecia o assassino. Corrobora com esta afirmação o fato de que
a droga (21,7%) e briga (13,0%) são as causas dos homicídios apontadas pelos pesquisados – o consumidor conhece o
traficante? Na pesquisa anterior, a causa droga aparece, assim como nesta última pesquisa, como causa principal. Um dado
importante é o fato de que 17,7% dos entrevistados apontaram a causa “assalto”. Na pesquisa realizada no ano de 2008, a causa
“assalto” foi sugerida por 10,6% dos entrevistados. Questionamos: ocorreu crescimento do latrocínio?
8. Você mudou os seus hábitos para se proteger dos criminosos? 60,9% afirmaram que sim. Resultado semelhante ao da primeira
pesquisa: 59,72%. Você acredita que a Polícia pode te proteger dos criminosos? 52,5% afirmaram que não. E 25,7%
afirmaram que parcialmente. Em 2008, o percentual de não foi de 79,8%. Houve um decréscimo. Contudo, o percentual de sim
não aumentou – considerando, obviamente, as duas pesquisas (19,07%, 2008; e 19,3% 2009). O que ocorreu? Constatamos que
25,7% (2009) acreditam parcialmente que a Polícia pode os proteger. Portanto, este resultado justifica o não crescimento do
indicador sim.
9. A Igreja aparece como a instituição em que os recifenses mais confiam – 22,5%. Constata-se que as instituições estatais, como
as Polícias, possuem percentuais reduzidos de confiança – Polícia Militar (6,5%), Governo (4,1%), Exército (3,6%), Polícia
Federal (2,4%), Bombeiro (2,2%). Frisamos o fato de que 18% dos pesquisados não confiam em nenhuma instituição.
Portanto, observamos o descrédito das instituições estatais. O estado é um estorvo para a sociedade?
49. INSTITUTO MAURÍCIO DE NASSAU
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PRESIDENTE
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COORDENADOR EXECUTIVO/ADVOGADO
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PESQUISADOR/CIENTISTA POLÍTICO
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ESTATÍSTICO
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