3. Bombardeios à civis
Michelle Bachelet afirmou que
bombardeios em infraestruturas civis e
execuções sumárias pelas tropas russas
podem equivaler a crimes de guerra;
segundo o monitoramento do escritório de
direitos humanos, mais de 5 mil civis foram
atingidos pelos ataques.
4.
5. Crimes de guerra
� os bombardeios indiscriminados das forças
armadas russas em áreas povoadas, matando
civis e destruindo hospitais, escolas e outras
infraestruturas.
Exemplo: O episódio em Kramatorsk, em 8 de abril,
quando bombas atingiram a estação ferroviária
da cidade, matando 60 civis e ferindo outros 111.
6. Direitos infringidos
� A ONU aponta para o descumprimento
do princípio da distinção, da proibição
de ataques indiscriminados e do princípio
da precaução consagrado no Direito
Internacional Humanitário”.
7. A Missão de Monitoramento de Direitos
Humanos da ONU na Ucrânia também
documentou, entre 24 de fevereiro e 20 de
abril, 5.264 vítimas civis, sendo 2.345 mortos
e 2.919 feridos.
8. � Destes, 92,3% foram
registrados em território
controlado pelo governo
ucraniano. Cerca de 7,7%
das vítimas estavam nas
regiões de Donetsk e
Luhansk, controladas pelas
forças armadas russas e
grupos armados afiliados.
92.3
7.7
Mortes de Civis
Território ucraniano
Donetsk e Luhansk
Segundo a chefe de direitos humanos da ONU,
os números reais devem ser ainda maiores, e
poderão ser observados “à medida que os
horrores infligidos em áreas de intensos
combates, como Mariupol, vierem à tona”.
9. Execuções sumárias de civis
� Durante uma missão a Bucha, em 9 de abril, oficiais
de direitos humanos da ONU documentaram o
assassinato ilegal, inclusive por execução sumária,
de cerca de 50 civis.
� Também estão sendo investigadas 300 denúncias de
assassinatos de civis nas regiões de Kiev, Chernihiv,
Kharkiv e Sumy, todas sob o controle das forças
armadas russas no final de fevereiro e início de
março.
10.
11. Acesso à saúde
� Há ainda o monitoramento das consequências do conflito em
uma série de outros direitos humanos, incluindo o direito à saúde.
� Até o momento, há registros de 114 ataques a estabelecimentos
médicos, embora o número real provavelmente seja
consideravelmente maior, de acordo com o escritório de Direitos
Humanos.
� A interrupção dos cuidados médicos também fez com que a taxa
geral de mortalidade entre os civis aumentasse em várias cidades
e vilas sitiadas.
12. � “Estimamos que pelo menos 3 mil civis tenham morrido
porque não conseguiram atendimento médico e por
causa do estresse em sua saúde em meio às hostilidades.
Isso inclui ser forçado pelas forças armadas russas a ficar
em porões ou não poder deixar suas casas por dias ou
semanas”, disse Bachelet.
� Os dados são complementados por uma pesquisa
divulgada pela Organização Mundial da Saúde, OMS, que
aponta que um em três domicílios que possuem pelo
menos uma pessoa com uma condição crônica é incapaz
de obter medicamentos e cuidados adequados.
13. Racismo e violência de
gênero contra migrantes
� Diante de um conflito armado, o racismo e
violência são usados como arma de guerra.
Relatos acerca de comportamentos
discriminatórios e racistas nas fronteiras da Ucrânia
com países vizinhos são inúmeros. Isaac, um
nigeriano que residia na Ucrânia quando a
Guerra estourou, relatou à BBC que ouviu na
fronteira da Polônia funcionários dizendo que
“não estavam atendendo africanos”.
14. Violência Sexual
� as mulheres ucranianas, vítimas da violência
sexual, psicológica e física. Segundo os relatos
coletados pela equipe da BBC News, 25 meninas
e mulheres, entre 14 a 24 anos, foram estupradas
durante uma ocupação em Bucha. Dentre elas,
nove estão grávidas e escutaram de soldados
russos que “eles iriam estuprá-las a ponto delas
não quererem contato sexual com nenhum
homem, para impedi-las de terem filhos
ucranianos”.
15. O que a O.N.U. está fazendo?
� Com mais de 7,7 milhões de ucranianos deslocados,
tanto dentro como fora das fronteiras da Ucrânia, a
Organização Internacional para Migrações
(subsidiária da ONU) está atuando para garantir
acomodação segura.
� A agência começou a reabilitar edifícios não utilizados
e danificados, incluindo dormitórios escolares e hotéis,
para fornecer locais temporárias para os deslocados
internos na região de Zakarpattia como parte de um
novo programa de reabilitação de abrigos. A iniciativa
deve atender a quase 1 milhão de deslocados.