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«A gordasenhoraexplicou suasaflições: o segun‐ docasamentodecorria sem demais. Até que o novo
marido, o Sulemane, passoua sofrer de estranhosataques. Aconteciam à noite, nosmomentosem
que preparavamnamoros. Elatirava o sutiã, o Sulemane chegava‐se, pesado. Eraentão que aparecia
o feitiço: grunhidosemlugar da fala, babasnoslábios, ves‐ gueira nosolhos. Sulemane, confessava
ela, o meu Sulemane saltada cama e assim, tododespido, gati‐ nha, fareja, esfrega nochão e, por fim,
focinha no tape. Depois, todosuado, o coitadinhopede água, acaba umgarrafão. Nãofica logo‐logoo
mesmo:demoraa recuperar. Gagueja, sóouve dodireito e adormece de olhosabertos. A noite
inteira, aqueles olhostortosa mentir que olham, é umhorror. Ai, sr. Zuzé, me salve. Sofro de mais, até
tenhodúvi‐ das de Deus. Istoé obrade Evaristo, maldição dele. Éramos felizes eu e Sulemane. Agora,
nósambosjá somostrês. Meu Deus, por quenão esperei? Por que ele nãome deixa?
Zuzé Parazacruzouas mãos, acariciou corvo. Tinha suassuspeitas:Evaristoera de raça negra, natural
da região. DonaCandida, com certeza não cumpriraas cerimónias da tradição para afastar a mortedo
primeiro marido. Enganoseu, ela cumprira.
— Cerimóniascompletas?
— Claro, sr. Paraza.
— Mascomo?A senhora assimmulata da sua pele, quasebranca da sua alma?
— Ele era preto, o senhorsabe. Pedido foida família dele, eu segui.
Paraza, intrigado, parece aindaduvidar.
— Matou o cabrito?
— Matei.
— O bicho gritou enquanto a senhora cantava?
— Gritou, sim.
— E quemais, dona Candida?
— Fuiao rio lavar‐meda mortedele. Levaram‐measviúvas, banharamcomigo. Tiraramumvidro e
cortaram‐meaqui, nasvirilhas. Disseramqueera aliqueo meu marido dormia. Coitadas, se
soubessemondeo Evaristo dormia...
— E o sanguesaiu bem?
— Hemorragia completa. Asviúvasviram. Pelo sanguedisseramquemeentendia bemcomele. Não
des‐ menti, preferi assim.
Zuzé Parazameditou, teatroso. Depois, soltouo corvo. O bicho esvoaçoue pousounoombroamplo
da Candida. Ela encolheu as carnes, arrepiadadas cócegas. Espreitouo animal, desconfiada. Olhado
assim, o corvoera feio porde mais. Quemquiser apreciar a beleza de umpássaronão podeolhar as
patas. Ospés das avesguardamo seu passadoesca‐ moso, herança dosrastejantes lagartos.
O corvorodouno poleiro redondodamulata.
— Desculpe, sr. Zuzé:ele não mevai cagaremcima?
— Não fale, dona Candida. O bicho precisa con‐ centrar.
Porfim, o pássaropronunciou‐se. Zuzéescutavadeolhosfechados, ocupadonoesforço da tradução.
— Quefoi quedisse ele?
— Não foi o pássaro quefalou. Foio Varisto.
— Evaristo?— desconfiou ela. — Comaquela voz?- Falou atravésdo bico, não esqueça.
A gordaficou séria, ganhandocréditos.
— Sr. Zuzé, aproveitea ligação para lhepedir... peça‐lhe...
Arrependendo‐se, donaCandidadesistedo intermediário e começa ela de berrar nocorvo poleirado
no seuombro:
— Evaristo, medeixa empaz. Faça‐meo favor, deixa‐mesozinha, sossegadana minha vida.
O pássaro, incomodadocoma gritaria, saltoudopoiso. Parazaimpôs a ordem:
— Dona Candida, não valea pena agitar. Viu?O pássaro sustou.
A consultante, esgotada, chorou.
— A senhora escutou o pedido do falecido?
Coma cabeça, ela negou. Ouvira sóo corvo, igual aos demais, desses quesaltitam noscoqueiros. — O
falecido, dona Candida, está pediruma mala cheia comroupa dele, dessa queelecostumava usar. —
Roupa dele?Já não tenho. Eu não disseque pra‐ tiqueiessasvossascerimónias?Rasguei, esburaqueia
roupa, quando elemorreu. Foiassimquememandaram. Disseramquedevia fazerburacospara a
roupa soltaro último suspiro. Sim, eu sei:se fosseagora não cortava nada. Aproveitava tudo. Mas
naqueletempo, sr. Paraza...
— É uma maçada, dona Candida. O defunto está mesmo precisado. Nemimaginaosfriosquedão lá
nosmortos.
A mulataficou parada, imaginandoEvaristotre‐ mendo, sem amparodostecidos. Apesar das
maldadesque ele causara, não merecia tal vingança. Remediouos ditos:haviade roubaras roupasdo
Sulemanee trazer tudonumembrulhoescondido.
— O Sulemanenão podesaberdisto.Meu Deus, seele desconfia!
— Fica descansada, donaCandida.Ninguémvaisaber. Só eu e o corvo.
E, no últimoinstante, antes de sair, a gorda:
— Como será queo Evaristo podeaceitar, naqueleciúmequelevou para o outro mundo, como éque
podeaceitara roupa do meu novo marido?
— Aceita. Roupassão roupas. O frio manda maisqueciúme.
— Tema certeza, sr. Paraza?
— Experiência quetenho é essa. Osmortosficamfriorentosporquesão ventadosechuviscados. Daí
queganhaminveja da quentura dosvivos. Vaiver, dona Candida, queessa roupa vaiacalmaras
vingançasdo Evaristo.
E a gordamulata confessouo seu receio, nem bem com osmortosnem bem comos vivos:
— O meu medo, agora, éo Sulemane. Elemata‐me, a mime ao senhor.
Zuzé Parazalevantou‐se, confiante. Colocoua mão nobraço da cliente e acalmou‐a:
— Estive assim pensageiro, dona Candida. Eencon‐ treia solução. A senhora équevai descobriro
roubo ecomunicaro seu marido. Pronto, foiumladrão qualquer, há tantosdelesaqui.
Umasemanadepois, chegou umamala cheiinha. Calças, camisas, cuecas, gravatas, tudo. Umafortu‐
na. Zuzé começou de experimentar o fato castanho. Estavalargo, medida era de umcomerciante,
homemde esperar sentado, comer bem. Enquantoele, um pintor, puxavatamanhomenor. Era tão
magroque nem pulgasnem piolhoslhe escolhiam.
Procurouna mala umagravataa condizer. Havia maisde dez. Juntocom cuecas de perna compri‐ da,
peúgassem remendos. Sulemanedevia ter ficado descuecado. O seu guarda‐fatoera agoraum
guarda‐nada.
Vestido dasaldrabices da sua invenção, ZuzéParaza puxoua garrafa de xicadjú. Parafestejar, somou
mais de dez copos. Foi entãoque o álcool começou a aldrabar a esperteza dele, também. Havia uma
vozque teimava de dentro:
— Essasroupassão minhaspróprias, não foininguémquedeu, não vieram denenhuma parte. São
minhas!
E assim, convencidoque era donodosenfeites, decidiu sair, gingar fora. Parouna cantina, mostrouas
vaidades, casacado, gravatado. Asvozesem volta encheram‐sede invejas:
— Aquela roupa não édele. Parecejá vi um alguémcomela.
E os presentes, lembrando, chegaram aodono:eram de Sulemane Amade. Exatamente, eram. Como
foram parar aquelasroupasno Zuzé, sacana, telefo‐ nistadas almas?Roubou, ogajo. Esse corveiro
entrouna casa do Sulemane. E partiram a avisar o indiano. «
Oral Parte 1 - Apresentaçao - Contextualizar o trecho na obra ( o que aconteceu antes e
depois); relacionar com o(s) temas do programa, resumir os acontecimentos, ideais e
mensagens presentes. 3/4 minutos .
Oral parte 2 - Desenvolvimento dos pontos apresentados. 4/5 minutos
Oral parte 3 – Discussão geral sobre um ou mais do que um dos 5 cinco temas do programa
. (5/6)
Zuze paraza toma vantagen da inocencia do povo através de um corvo que diz que possui
poderes mágicos
Zuze paraza usa esse corvo para ganhar dinheiro e manipular as pessoas
O primero marido de dona candida faleceu, e o seu espirito atormenta ela. Apesar de ela ter
casado novamente ela busca o Zuze paraza para se livrar do espirito do marido antigo.
As crenças da região dizem que um ritual e um sacrifico têm que ser feitos para a gente se
livrar de um espirito.
O ritual que a dona candida faz não funciona. Então ela busca o Zuze Paraza. Zuze paraza diz
para a Dona Candida que ela precisa doar as roupas do marido falecido para ele porque os
mortos sentem frio.
Mas na verdade isso tudo é uma farsa porque o corvo não tem poderes, e Zuze Paraza esta
manipulando a dona candida para ganhar roupas de graça.
Quando Zuze paraza recebe as roupas, ele vai para um bar usando as roupas e os habitantes
percebem que as roupas na verdade pertencem ao Sulemane.
Zuze paraza ja com uma reputação de sacana, leva branca dos habitantes quando eles
percebem que o Zuze deve ter roubado essas roupas do Sulemane.
ORAL PARTE 1 – duração 3 a 4 minutos
Objetivo: Contextualização e resumo :
- Falar detalhadamente dos rituais de passagemque os vivos realizam e que são
exemplificados no dialogo entre zuze e dona candida- exemplos dos rituais : 1. sacrificio do
cabrito 2. Purificaçnao no rio junto com outras viuvas , com o corte na virilha para se limpar
da presença do falecido evaristo3. ritual - sugerido por Zuzé, (bruxo; vidente) : doaçNao de
todas as roupas do atual marido porque os morte sentem frio e chuva. Toda esta situaçnao
que é de certa forma ridicula cria um caracter comico que tem como finalidade evidenciar a
profunda ingenuidade de uma comunidade iletrada bem como sua pobreza intelectual.
o Tema escolhido : Inovação Cientifica ciência e progresso
Resumir os videos :
- sobre uma cirurgia que reverte doenças degenerativas efetuada por um
médico nos Estados Unidos
- sobre uma substancia que ajuda no combate a doenças cancerosas
ORAL PARTE 2
OBJETIVO DESENVOLVER IDEIAS E CONCEITOS RELACIONANDO COM OS TEMAS DO
PROGRAMA
ORAL PARTE 3 :
APRESENTAR OUTROS TEMAS DO PROGRAMA COM OU SEU RELAÇÃO COM O TRECHO
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TRECHO PARA ANALISAR VOZES ANOITECIDAS.docx

  • 1. «A gordasenhoraexplicou suasaflições: o segun‐ docasamentodecorria sem demais. Até que o novo marido, o Sulemane, passoua sofrer de estranhosataques. Aconteciam à noite, nosmomentosem que preparavamnamoros. Elatirava o sutiã, o Sulemane chegava‐se, pesado. Eraentão que aparecia o feitiço: grunhidosemlugar da fala, babasnoslábios, ves‐ gueira nosolhos. Sulemane, confessava ela, o meu Sulemane saltada cama e assim, tododespido, gati‐ nha, fareja, esfrega nochão e, por fim, focinha no tape. Depois, todosuado, o coitadinhopede água, acaba umgarrafão. Nãofica logo‐logoo mesmo:demoraa recuperar. Gagueja, sóouve dodireito e adormece de olhosabertos. A noite inteira, aqueles olhostortosa mentir que olham, é umhorror. Ai, sr. Zuzé, me salve. Sofro de mais, até tenhodúvi‐ das de Deus. Istoé obrade Evaristo, maldição dele. Éramos felizes eu e Sulemane. Agora, nósambosjá somostrês. Meu Deus, por quenão esperei? Por que ele nãome deixa? Zuzé Parazacruzouas mãos, acariciou corvo. Tinha suassuspeitas:Evaristoera de raça negra, natural da região. DonaCandida, com certeza não cumpriraas cerimónias da tradição para afastar a mortedo primeiro marido. Enganoseu, ela cumprira. — Cerimóniascompletas? — Claro, sr. Paraza. — Mascomo?A senhora assimmulata da sua pele, quasebranca da sua alma? — Ele era preto, o senhorsabe. Pedido foida família dele, eu segui. Paraza, intrigado, parece aindaduvidar. — Matou o cabrito? — Matei. — O bicho gritou enquanto a senhora cantava? — Gritou, sim. — E quemais, dona Candida? — Fuiao rio lavar‐meda mortedele. Levaram‐measviúvas, banharamcomigo. Tiraramumvidro e cortaram‐meaqui, nasvirilhas. Disseramqueera aliqueo meu marido dormia. Coitadas, se soubessemondeo Evaristo dormia... — E o sanguesaiu bem? — Hemorragia completa. Asviúvasviram. Pelo sanguedisseramquemeentendia bemcomele. Não des‐ menti, preferi assim. Zuzé Parazameditou, teatroso. Depois, soltouo corvo. O bicho esvoaçoue pousounoombroamplo da Candida. Ela encolheu as carnes, arrepiadadas cócegas. Espreitouo animal, desconfiada. Olhado
  • 2. assim, o corvoera feio porde mais. Quemquiser apreciar a beleza de umpássaronão podeolhar as patas. Ospés das avesguardamo seu passadoesca‐ moso, herança dosrastejantes lagartos. O corvorodouno poleiro redondodamulata. — Desculpe, sr. Zuzé:ele não mevai cagaremcima? — Não fale, dona Candida. O bicho precisa con‐ centrar. Porfim, o pássaropronunciou‐se. Zuzéescutavadeolhosfechados, ocupadonoesforço da tradução. — Quefoi quedisse ele? — Não foi o pássaro quefalou. Foio Varisto. — Evaristo?— desconfiou ela. — Comaquela voz?- Falou atravésdo bico, não esqueça. A gordaficou séria, ganhandocréditos. — Sr. Zuzé, aproveitea ligação para lhepedir... peça‐lhe... Arrependendo‐se, donaCandidadesistedo intermediário e começa ela de berrar nocorvo poleirado no seuombro: — Evaristo, medeixa empaz. Faça‐meo favor, deixa‐mesozinha, sossegadana minha vida. O pássaro, incomodadocoma gritaria, saltoudopoiso. Parazaimpôs a ordem: — Dona Candida, não valea pena agitar. Viu?O pássaro sustou. A consultante, esgotada, chorou. — A senhora escutou o pedido do falecido? Coma cabeça, ela negou. Ouvira sóo corvo, igual aos demais, desses quesaltitam noscoqueiros. — O falecido, dona Candida, está pediruma mala cheia comroupa dele, dessa queelecostumava usar. — Roupa dele?Já não tenho. Eu não disseque pra‐ tiqueiessasvossascerimónias?Rasguei, esburaqueia roupa, quando elemorreu. Foiassimquememandaram. Disseramquedevia fazerburacospara a roupa soltaro último suspiro. Sim, eu sei:se fosseagora não cortava nada. Aproveitava tudo. Mas naqueletempo, sr. Paraza... — É uma maçada, dona Candida. O defunto está mesmo precisado. Nemimaginaosfriosquedão lá nosmortos.
  • 3. A mulataficou parada, imaginandoEvaristotre‐ mendo, sem amparodostecidos. Apesar das maldadesque ele causara, não merecia tal vingança. Remediouos ditos:haviade roubaras roupasdo Sulemanee trazer tudonumembrulhoescondido. — O Sulemanenão podesaberdisto.Meu Deus, seele desconfia! — Fica descansada, donaCandida.Ninguémvaisaber. Só eu e o corvo. E, no últimoinstante, antes de sair, a gorda: — Como será queo Evaristo podeaceitar, naqueleciúmequelevou para o outro mundo, como éque podeaceitara roupa do meu novo marido? — Aceita. Roupassão roupas. O frio manda maisqueciúme. — Tema certeza, sr. Paraza? — Experiência quetenho é essa. Osmortosficamfriorentosporquesão ventadosechuviscados. Daí queganhaminveja da quentura dosvivos. Vaiver, dona Candida, queessa roupa vaiacalmaras vingançasdo Evaristo. E a gordamulata confessouo seu receio, nem bem com osmortosnem bem comos vivos: — O meu medo, agora, éo Sulemane. Elemata‐me, a mime ao senhor. Zuzé Parazalevantou‐se, confiante. Colocoua mão nobraço da cliente e acalmou‐a: — Estive assim pensageiro, dona Candida. Eencon‐ treia solução. A senhora équevai descobriro roubo ecomunicaro seu marido. Pronto, foiumladrão qualquer, há tantosdelesaqui. Umasemanadepois, chegou umamala cheiinha. Calças, camisas, cuecas, gravatas, tudo. Umafortu‐ na. Zuzé começou de experimentar o fato castanho. Estavalargo, medida era de umcomerciante, homemde esperar sentado, comer bem. Enquantoele, um pintor, puxavatamanhomenor. Era tão magroque nem pulgasnem piolhoslhe escolhiam. Procurouna mala umagravataa condizer. Havia maisde dez. Juntocom cuecas de perna compri‐ da, peúgassem remendos. Sulemanedevia ter ficado descuecado. O seu guarda‐fatoera agoraum guarda‐nada.
  • 4. Vestido dasaldrabices da sua invenção, ZuzéParaza puxoua garrafa de xicadjú. Parafestejar, somou mais de dez copos. Foi entãoque o álcool começou a aldrabar a esperteza dele, também. Havia uma vozque teimava de dentro: — Essasroupassão minhaspróprias, não foininguémquedeu, não vieram denenhuma parte. São minhas! E assim, convencidoque era donodosenfeites, decidiu sair, gingar fora. Parouna cantina, mostrouas vaidades, casacado, gravatado. Asvozesem volta encheram‐sede invejas: — Aquela roupa não édele. Parecejá vi um alguémcomela. E os presentes, lembrando, chegaram aodono:eram de Sulemane Amade. Exatamente, eram. Como foram parar aquelasroupasno Zuzé, sacana, telefo‐ nistadas almas?Roubou, ogajo. Esse corveiro entrouna casa do Sulemane. E partiram a avisar o indiano. « Oral Parte 1 - Apresentaçao - Contextualizar o trecho na obra ( o que aconteceu antes e depois); relacionar com o(s) temas do programa, resumir os acontecimentos, ideais e mensagens presentes. 3/4 minutos . Oral parte 2 - Desenvolvimento dos pontos apresentados. 4/5 minutos Oral parte 3 – Discussão geral sobre um ou mais do que um dos 5 cinco temas do programa . (5/6) Zuze paraza toma vantagen da inocencia do povo através de um corvo que diz que possui poderes mágicos Zuze paraza usa esse corvo para ganhar dinheiro e manipular as pessoas O primero marido de dona candida faleceu, e o seu espirito atormenta ela. Apesar de ela ter casado novamente ela busca o Zuze paraza para se livrar do espirito do marido antigo. As crenças da região dizem que um ritual e um sacrifico têm que ser feitos para a gente se livrar de um espirito. O ritual que a dona candida faz não funciona. Então ela busca o Zuze Paraza. Zuze paraza diz para a Dona Candida que ela precisa doar as roupas do marido falecido para ele porque os mortos sentem frio. Mas na verdade isso tudo é uma farsa porque o corvo não tem poderes, e Zuze Paraza esta manipulando a dona candida para ganhar roupas de graça. Quando Zuze paraza recebe as roupas, ele vai para um bar usando as roupas e os habitantes percebem que as roupas na verdade pertencem ao Sulemane. Zuze paraza ja com uma reputação de sacana, leva branca dos habitantes quando eles percebem que o Zuze deve ter roubado essas roupas do Sulemane. ORAL PARTE 1 – duração 3 a 4 minutos Objetivo: Contextualização e resumo :
  • 5. - Falar detalhadamente dos rituais de passagemque os vivos realizam e que são exemplificados no dialogo entre zuze e dona candida- exemplos dos rituais : 1. sacrificio do cabrito 2. Purificaçnao no rio junto com outras viuvas , com o corte na virilha para se limpar da presença do falecido evaristo3. ritual - sugerido por Zuzé, (bruxo; vidente) : doaçNao de todas as roupas do atual marido porque os morte sentem frio e chuva. Toda esta situaçnao que é de certa forma ridicula cria um caracter comico que tem como finalidade evidenciar a profunda ingenuidade de uma comunidade iletrada bem como sua pobreza intelectual. o Tema escolhido : Inovação Cientifica ciência e progresso Resumir os videos : - sobre uma cirurgia que reverte doenças degenerativas efetuada por um médico nos Estados Unidos - sobre uma substancia que ajuda no combate a doenças cancerosas ORAL PARTE 2 OBJETIVO DESENVOLVER IDEIAS E CONCEITOS RELACIONANDO COM OS TEMAS DO PROGRAMA ORAL PARTE 3 : APRESENTAR OUTROS TEMAS DO PROGRAMA COM OU SEU RELAÇÃO COM O TRECHO