A exposição "Fé no Espírito Santo: 10 anos de Procissão Fotográfica" apresenta 75 fotografias dos últimos 10 anos da Festa da Penha no Convento da Penha. A mostra destaca a devoção dos fiéis à Nossa Senhora da Penha. A pequena Sophia Rocha embarcou pela primeira vez em um trem entre Vitória e Colatina e descobriu os encantos de viajar de trem, um momento de felicidade para a criança. O projeto "Rodas e Piruetas" oferece aulas para crian
O Flamengo venceu o Grêmio e foi campeão brasileiro de futebol. O documento também relata os resultados da V Edição da Copa Diego Felipe Dall Bosco realizada em Terra Nova do Norte, com as escolas vencedoras de cada categoria.
Este documento fornece informações sobre o evento "XXIX COMEM - Confraternização de Mocidades Espíritas em Magé -2016", incluindo o tema, datas, local, taxas de inscrição, normas, contatos e detalhes sobre o pernoite já que não haverá pernoite no local do evento.
[1] O Irã Wagner Sandoval Barbosa toma posse como novo Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil - Santa Catarina (GOB-SC) em solenidade no Castelmar Hotel em Florianópolis. [2] O Irã Wagner tem uma longa trajetória na Maçonaria catarinense, ocupando diversos cargos ao longo de 17 anos de atuação. [3] Como Grão-Mestre, pretende congregar as lojas e irmãos do GOB-SC para fortalecer a Maçonaria no estado.
1) O documento fornece informações sobre o evento XXIX COMEM - Confraternização de Mocidades Espíritas em Magé em 2016, incluindo datas, local, taxas de inscrição e normas.
2) Não haverá pernoite no local do evento, mas sim em casas de confraternistas e trabalhadores voluntários.
3) São fornecidos formulários para voluntários que podem receber participantes e para participantes que necessitam de acomodação.
O discurso celebra o aniversário do município de Esposende e homenageia várias personalidades e instituições locais por suas realizações e contribuições, incluindo atletas, empresários, bombeiros e forças de segurança. O presidente da câmara municipal também discute os desafios financeiros enfrentados pelo município.
1) O projeto de lei que reconhece a profissão de vaqueiro foi aprovado pelo Senado Federal. 2) Quarenta municípios do Sertão de Pernambuco receberão máquinas agrícolas do PAC2 para melhorar serviços básicos. 3) A Codevasf levará água para mais de 12 mil famílias por meio de sistemas de abastecimento de água.
Jornal A Verdade - O conteúdo faz a diferença!Jornal Verdade
O documento contém várias notícias de uma cidade no sul de Santa Catarina. Inclui informações sobre eventos musicais, políticos e esportivos, além de relatórios sobre a saúde local e educação.
2024 State of Marketing Report – by HubspotMarius Sescu
https://www.hubspot.com/state-of-marketing
· Scaling relationships and proving ROI
· Social media is the place for search, sales, and service
· Authentic influencer partnerships fuel brand growth
· The strongest connections happen via call, click, chat, and camera.
· Time saved with AI leads to more creative work
· Seeking: A single source of truth
· TLDR; Get on social, try AI, and align your systems.
· More human marketing, powered by robots
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[1] O Irã Wagner Sandoval Barbosa toma posse como novo Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil - Santa Catarina (GOB-SC) em solenidade no Castelmar Hotel em Florianópolis. [2] O Irã Wagner tem uma longa trajetória na Maçonaria catarinense, ocupando diversos cargos ao longo de 17 anos de atuação. [3] Como Grão-Mestre, pretende congregar as lojas e irmãos do GOB-SC para fortalecer a Maçonaria no estado.
1) O documento fornece informações sobre o evento XXIX COMEM - Confraternização de Mocidades Espíritas em Magé em 2016, incluindo datas, local, taxas de inscrição e normas.
2) Não haverá pernoite no local do evento, mas sim em casas de confraternistas e trabalhadores voluntários.
3) São fornecidos formulários para voluntários que podem receber participantes e para participantes que necessitam de acomodação.
O discurso celebra o aniversário do município de Esposende e homenageia várias personalidades e instituições locais por suas realizações e contribuições, incluindo atletas, empresários, bombeiros e forças de segurança. O presidente da câmara municipal também discute os desafios financeiros enfrentados pelo município.
1) O projeto de lei que reconhece a profissão de vaqueiro foi aprovado pelo Senado Federal. 2) Quarenta municípios do Sertão de Pernambuco receberão máquinas agrícolas do PAC2 para melhorar serviços básicos. 3) A Codevasf levará água para mais de 12 mil famílias por meio de sistemas de abastecimento de água.
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Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoMateusTavares54
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Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em Cristo, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, Revista ano 11, nº 1, Revista Estudo Bíblico Jovens E Adultos, Central Gospel, 2º Trimestre de 2024, Professor, Tema, Os Grandes Temas Do Fim, Comentarista, Pr. Joá Caitano, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique
O Que é Um Ménage à Trois?
A sociedade contemporânea está passando por grandes mudanças comportamentais no âmbito da sexualidade humana, tendo inversão de valores indescritíveis, que assusta as famílias tradicionais instituídas na Palavra de Deus.
ChatGPT is a revolutionary addition to the world since its introduction in 2022. A big shift in the sector of information gathering and processing happened because of this chatbot. What is the story of ChatGPT? How is the bot responding to prompts and generating contents? Swipe through these slides prepared by Expeed Software, a web development company regarding the development and technical intricacies of ChatGPT!
Product Design Trends in 2024 | Teenage EngineeringsPixeldarts
The realm of product design is a constantly changing environment where technology and style intersect. Every year introduces fresh challenges and exciting trends that mold the future of this captivating art form. In this piece, we delve into the significant trends set to influence the look and functionality of product design in the year 2024.
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How Race, Age and Gender Shape Attitudes Towards Mental HealthThinkNow
Mental health has been in the news quite a bit lately. Dozens of U.S. states are currently suing Meta for contributing to the youth mental health crisis by inserting addictive features into their products, while the U.S. Surgeon General is touring the nation to bring awareness to the growing epidemic of loneliness and isolation. The country has endured periods of low national morale, such as in the 1970s when high inflation and the energy crisis worsened public sentiment following the Vietnam War. The current mood, however, feels different. Gallup recently reported that national mental health is at an all-time low, with few bright spots to lift spirits.
To better understand how Americans are feeling and their attitudes towards mental health in general, ThinkNow conducted a nationally representative quantitative survey of 1,500 respondents and found some interesting differences among ethnic, age and gender groups.
Technology
For example, 52% agree that technology and social media have a negative impact on mental health, but when broken out by race, 61% of Whites felt technology had a negative effect, and only 48% of Hispanics thought it did.
While technology has helped us keep in touch with friends and family in faraway places, it appears to have degraded our ability to connect in person. Staying connected online is a double-edged sword since the same news feed that brings us pictures of the grandkids and fluffy kittens also feeds us news about the wars in Israel and Ukraine, the dysfunction in Washington, the latest mass shooting and the climate crisis.
Hispanics may have a built-in defense against the isolation technology breeds, owing to their large, multigenerational households, strong social support systems, and tendency to use social media to stay connected with relatives abroad.
Age and Gender
When asked how individuals rate their mental health, men rate it higher than women by 11 percentage points, and Baby Boomers rank it highest at 83%, saying it’s good or excellent vs. 57% of Gen Z saying the same.
Gen Z spends the most amount of time on social media, so the notion that social media negatively affects mental health appears to be correlated. Unfortunately, Gen Z is also the generation that’s least comfortable discussing mental health concerns with healthcare professionals. Only 40% of them state they’re comfortable discussing their issues with a professional compared to 60% of Millennials and 65% of Boomers.
Race Affects Attitudes
As seen in previous research conducted by ThinkNow, Asian Americans lag other groups when it comes to awareness of mental health issues. Twenty-four percent of Asian Americans believe that having a mental health issue is a sign of weakness compared to the 16% average for all groups. Asians are also considerably less likely to be aware of mental health services in their communities (42% vs. 55%) and most likely to seek out information on social media (51% vs. 35%).
AI Trends in Creative Operations 2024 by Artwork Flow.pdfmarketingartwork
Creative operations teams expect increased AI use in 2024. Currently, over half of tasks are not AI-enabled, but this is expected to decrease in the coming year. ChatGPT is the most popular AI tool currently. Business leaders are more actively exploring AI benefits than individual contributors. Most respondents do not believe AI will impact workforce size in 2024. However, some inhibitions still exist around AI accuracy and lack of understanding. Creatives primarily want to use AI to save time on mundane tasks and boost productivity.
Organizational culture includes values, norms, systems, symbols, language, assumptions, beliefs, and habits that influence employee behaviors and how people interpret those behaviors. It is important because culture can help or hinder a company's success. Some key aspects of Netflix's culture that help it achieve results include hiring smartly so every position has stars, focusing on attitude over just aptitude, and having a strict policy against peacocks, whiners, and jerks.
PEPSICO Presentation to CAGNY Conference Feb 2024Neil Kimberley
PepsiCo provided a safe harbor statement noting that any forward-looking statements are based on currently available information and are subject to risks and uncertainties. It also provided information on non-GAAP measures and directing readers to its website for disclosure and reconciliation. The document then discussed PepsiCo's business overview, including that it is a global beverage and convenient food company with iconic brands, $91 billion in net revenue in 2023, and nearly $14 billion in core operating profit. It operates through a divisional structure with a focus on local consumers.
Content Methodology: A Best Practices Report (Webinar)contently
This document provides an overview of content methodology best practices. It defines content methodology as establishing objectives, KPIs, and a culture of continuous learning and iteration. An effective methodology focuses on connecting with audiences, creating optimal content, and optimizing processes. It also discusses why a methodology is needed due to the competitive landscape, proliferation of channels, and opportunities for improvement. Components of an effective methodology include defining objectives and KPIs, audience analysis, identifying opportunities, and evaluating resources. The document concludes with recommendations around creating a content plan, testing and optimizing content over 90 days.
How to Prepare For a Successful Job Search for 2024Albert Qian
The document provides guidance on preparing a job search for 2024. It discusses the state of the job market, focusing on growth in AI and healthcare but also continued layoffs. It recommends figuring out what you want to do by researching interests and skills, then conducting informational interviews. The job search should involve building a personal brand on LinkedIn, actively applying to jobs, tailoring resumes and interviews, maintaining job hunting as a habit, and continuing self-improvement. Once hired, the document advises setting new goals and keeping skills and networking active in case of future opportunities.
A report by thenetworkone and Kurio.
The contributing experts and agencies are (in an alphabetical order): Sylwia Rytel, Social Media Supervisor, 180heartbeats + JUNG v MATT (PL), Sharlene Jenner, Vice President - Director of Engagement Strategy, Abelson Taylor (USA), Alex Casanovas, Digital Director, Atrevia (ES), Dora Beilin, Senior Social Strategist, Barrett Hoffher (USA), Min Seo, Campaign Director, Brand New Agency (KR), Deshé M. Gully, Associate Strategist, Day One Agency (USA), Francesca Trevisan, Strategist, Different (IT), Trevor Crossman, CX and Digital Transformation Director; Olivia Hussey, Strategic Planner; Simi Srinarula, Social Media Manager, The Hallway (AUS), James Hebbert, Managing Director, Hylink (CN / UK), Mundy Álvarez, Planning Director; Pedro Rojas, Social Media Manager; Pancho González, CCO, Inbrax (CH), Oana Oprea, Head of Digital Planning, Jam Session Agency (RO), Amy Bottrill, Social Account Director, Launch (UK), Gaby Arriaga, Founder, Leonardo1452 (MX), Shantesh S Row, Creative Director, Liwa (UAE), Rajesh Mehta, Chief Strategy Officer; Dhruv Gaur, Digital Planning Lead; Leonie Mergulhao, Account Supervisor - Social Media & PR, Medulla (IN), Aurelija Plioplytė, Head of Digital & Social, Not Perfect (LI), Daiana Khaidargaliyeva, Account Manager, Osaka Labs (UK / USA), Stefanie Söhnchen, Vice President Digital, PIABO Communications (DE), Elisabeth Winiartati, Managing Consultant, Head of Global Integrated Communications; Lydia Aprina, Account Manager, Integrated Marketing and Communications; Nita Prabowo, Account Manager, Integrated Marketing and Communications; Okhi, Web Developer, PNTR Group (ID), Kei Obusan, Insights Director; Daffi Ranandi, Insights Manager, Radarr (SG), Gautam Reghunath, Co-founder & CEO, Talented (IN), Donagh Humphreys, Head of Social and Digital Innovation, THINKHOUSE (IRE), Sarah Yim, Strategy Director, Zulu Alpha Kilo (CA).
Trends In Paid Search: Navigating The Digital Landscape In 2024Search Engine Journal
The search marketing landscape is evolving rapidly with new technologies, and professionals, like you, rely on innovative paid search strategies to meet changing demands.
It’s important that you’re ready to implement new strategies in 2024.
Check this out and learn the top trends in paid search advertising that are expected to gain traction, so you can drive higher ROI more efficiently in 2024.
You’ll learn:
- The latest trends in AI and automation, and what this means for an evolving paid search ecosystem.
- New developments in privacy and data regulation.
- Emerging ad formats that are expected to make an impact next year.
Watch Sreekant Lanka from iQuanti and Irina Klein from OneMain Financial as they dive into the future of paid search and explore the trends, strategies, and technologies that will shape the search marketing landscape.
If you’re looking to assess your paid search strategy and design an industry-aligned plan for 2024, then this webinar is for you.
5 Public speaking tips from TED - Visualized summarySpeakerHub
From their humble beginnings in 1984, TED has grown into the world’s most powerful amplifier for speakers and thought-leaders to share their ideas. They have over 2,400 filmed talks (not including the 30,000+ TEDx videos) freely available online, and have hosted over 17,500 events around the world.
With over one billion views in a year, it’s no wonder that so many speakers are looking to TED for ideas on how to share their message more effectively.
The article “5 Public-Speaking Tips TED Gives Its Speakers”, by Carmine Gallo for Forbes, gives speakers five practical ways to connect with their audience, and effectively share their ideas on stage.
Whether you are gearing up to get on a TED stage yourself, or just want to master the skills that so many of their speakers possess, these tips and quotes from Chris Anderson, the TED Talks Curator, will encourage you to make the most impactful impression on your audience.
See the full article and more summaries like this on SpeakerHub here: https://speakerhub.com/blog/5-presentation-tips-ted-gives-its-speakers
See the original article on Forbes here:
http://www.forbes.com/forbes/welcome/?toURL=http://www.forbes.com/sites/carminegallo/2016/05/06/5-public-speaking-tips-ted-gives-its-speakers/&refURL=&referrer=#5c07a8221d9b
ChatGPT and the Future of Work - Clark Boyd Clark Boyd
Everyone is in agreement that ChatGPT (and other generative AI tools) will shape the future of work. Yet there is little consensus on exactly how, when, and to what extent this technology will change our world.
Businesses that extract maximum value from ChatGPT will use it as a collaborative tool for everything from brainstorming to technical maintenance.
For individuals, now is the time to pinpoint the skills the future professional will need to thrive in the AI age.
Check out this presentation to understand what ChatGPT is, how it will shape the future of work, and how you can prepare to take advantage.
The document provides career advice for getting into the tech field, including:
- Doing projects and internships in college to build a portfolio.
- Learning about different roles and technologies through industry research.
- Contributing to open source projects to build experience and network.
- Developing a personal brand through a website and social media presence.
- Networking through events, communities, and finding a mentor.
- Practicing interviews through mock interviews and whiteboarding coding questions.
Google's Just Not That Into You: Understanding Core Updates & Search IntentLily Ray
1. Core updates from Google periodically change how its algorithms assess and rank websites and pages. This can impact rankings through shifts in user intent, site quality issues being caught up to, world events influencing queries, and overhauls to search like the E-A-T framework.
2. There are many possible user intents beyond just transactional, navigational and informational. Identifying intent shifts is important during core updates. Sites may need to optimize for new intents through different content types and sections.
3. Responding effectively to core updates requires analyzing "before and after" data to understand changes, identifying new intents or page types, and ensuring content matches appropriate intents across video, images, knowledge graphs and more.
A brief introduction to DataScience with explaining of the concepts, algorithms, machine learning, supervised and unsupervised learning, clustering, statistics, data preprocessing, real-world applications etc.
It's part of a Data Science Corner Campaign where I will be discussing the fundamentals of DataScience, AIML, Statistics etc.
Time Management & Productivity - Best PracticesVit Horky
Here's my presentation on by proven best practices how to manage your work time effectively and how to improve your productivity. It includes practical tips and how to use tools such as Slack, Google Apps, Hubspot, Google Calendar, Gmail and others.
The six step guide to practical project managementMindGenius
The six step guide to practical project management
If you think managing projects is too difficult, think again.
We’ve stripped back project management processes to the
basics – to make it quicker and easier, without sacrificing
the vital ingredients for success.
“If you’re looking for some real-world guidance, then The Six Step Guide to Practical Project Management will help.”
Dr Andrew Makar, Tactical Project Management
Unlocking the Power of ChatGPT and AI in Testing - A Real-World Look, present...Applitools
During this webinar, Anand Bagmar demonstrates how AI tools such as ChatGPT can be applied to various stages of the software development life cycle (SDLC) using an eCommerce application case study. Find the on-demand recording and more info at https://applitools.info/b59
Key takeaways:
• Learn how to use ChatGPT to add AI power to your testing and test automation
• Understand the limitations of the technology and where human expertise is crucial
• Gain insight into different AI-based tools
• Adopt AI-based tools to stay relevant and optimize work for developers and testers
* ChatGPT and OpenAI belong to OpenAI, L.L.C.
Unlocking the Power of ChatGPT and AI in Testing - A Real-World Look, present...
Tendências março/abril - 2017 - n106
1. Jornal-laboratório - Jornalismo - Faesa - Vitória/ES - Março/Abril de 2017 - Nº 105
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Tony Silvaneto, 52 anos, conta como
se reinventa na vida para superar os
desafios. O carioca de nascimento
e capixaba por paixão é sambista,
enfermeiro e estudante de jornalismo da
Faesa >>> Pág 08
Múltiplas identidades
>>> PERFIL>>>> >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
MônicaOliveira
CULTURA >>> Os integrantes do projeto Rede de Memórias mais uma vez estiveram “desfilando” no Sambão do Povo, em
Vitória, para registrar e eternizar o brilho, a beleza e o encanto das escolas de samba do carnaval capixaba >>> Pág 04 e 05
A exposição “Fé no Espírito Santo: 10
anos de Procissão Fotográfica” fica até
o dia 13 maio no Convento >>> Pág 02
>>> CIDADANIA >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Cadeira de roda
As cadeiras dos alunos são arrastadas
para o fundo da sala e o espaço, agora,
é das crianças e das cadeiras de roda. Co-
meça o “Rodas e Piruetas”>>> Pág 07
IsadoraHunka
Menina e o trem
A pequena Sophia Rocha, 7 anos, desco-
briu os encantos de fazer uma viagem
de trem >>> Pág 03
>>>ENSAIO>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Produção Cultural
>>> ARTE>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Ser artista no Espírito Santo é tarefa di-
fícil. O cenário artístico do Estado neces-
sita de investimentos, visibilidade e acei-
tação do próprio capixaba >>> Pág 06
Arquivopessoal
Procissão Fotográfica
>>> EXPOSIÇÃO>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
BOA VISTA / Foto: Rita Benezath
2. TENDÊNCIAS - Jornal-laboratório do curso de Jornalismo da Faesa - Vitória/ES2 >>> Março/Abril de 2017
EXPEDIENTE
Jornal-laboratório do Curso
de Comunicação Social da
Faesa - Março / Abril 2017
- Nº 105
Av. Vitória, 2.220 - Monte
Belo, Vitória, ES, CEP
29053-360
Telefone (027) 2122 4100
Versão em PDF: http://
www.faesadigital.com.br
Reitor: Alexandre Nunes
Theodoro
Superintendente
institucional: Guilherme
A. Nunes Theodoro
Campus Av. Vitória
Diretor Acadêmico –
Alexandre Nunes Theodoro
Coordenador do Curso de
Comunicação Social: Paulo
Soldatelli
Professores orientadores:
Felipe Tessarolo
Valmir Matiazzi
Zanete Dadalto
Editoração: João Ramos 3ºPP
Textos e fotos: alunos do
curso de Comunicação Social
Habilitações: Jornalismo,
Publicidade e Propaganda
Gráfica e Editora GSA
>>> EDITORIAL>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Identificação Veicular
Prezado leitor do
Tendências, o jornal traz
mais uma vez o brilhante
e incansável trabalho da
equipe do projeto Rede
de Memórias. Beleza, bri-
lho, luxo, glamour e mui-
ta alegria fizeram parte
dos desfiles das escolas
de samba do carnaval
capixaba. E os integran-
tes do Rede de Memórias
estavam “in loco” com as
lentes preparadas e os
olhares apurados para
registrar, documentar e
eternizar os belos mo-
Incansável trabalho
COTIDIANO
Mônica Caser
mcaser@live.com
Seja no Calhambeque ou
no Camaro, a placa de identi-
ficação de veículos é mais que
necessária. É obrigatória con-
forme a legislação do Código
de Trânsito Brasileiro (CTB)
em vigor e o Espírito Santo
tem 1.747.325 veículos devi-
damente emplacados e legali-
zados pelo Departamento de
Estado de Trânsito do Espírito
Santo (Detran-ES).
As placas de identificação
veicular possuem diferentes
cores. As de cor cinza, com ca-
racteres pretos, são as mais co-
muns, pois correspondem aos
veículos particulares. A branca,
>>>
Confira algumas imagens
da exposição na página 2.
O jornal apresenta tam-
bém na página 3 um pas-
seio para lá de especial.
Um ensaio fotográfico
com a pequena Sophia
Rocha. A criança embar-
cou pela primeira vez em
um trem e sentiu de perto
as emoções de estar so-
bre os trilhos.
Crianças é o tema da
página 7 da edição. Umas
das matérias fala sobre o
projeto “Rodas e Pirue-
tas” que ajuda crianças
cadeirantes. Aulas dife-
rentes fazem os peque-
ninos sonharem com a
mentos dessa manifesta-
ção cultural do Espírito
Santo. Uma parte de todo
esse imenso trabalho é
estampada nas páginas 4
e 5 da edição. O Rede de
Memórias e o Tendências
convidam você, leitor, a
visitar no Convento da
Penha a exposição “Fé no
Espírito Santo: 10 anos
de Procissão Fotográfica”.
A mostra fica até o dia 13
de maio e apresenta 75
imagens fotográficas que
retratam os últimos dez
anos da Festa da Penha.
melhora das partes para-
lisadas do corpo. A outra
matéria relata o projeto
Dom Mauro, em Vila Ve-
lha. A iniciativa busca
resgatar crianças e ado-
lescentes em situação de
risco e com vulnerabili-
dade social.
E para fechar a edição,
veja na página 8, um per-
fil para lá de especial. O
aluno de jornalismo da
Faesa Tony Silvaneto con-
ta um pouco das aventu-
ras, desafios e superações
que enfrentou na vida.
Tony é apaixonado pelo
samba e pelo carnaval.
Boa Leitura...
>>>
com caracteres pretos, são ofi-
ciais. Placa azul com branco é
de representação diplomática.
Já a placa vermelha, com carac-
teres brancos, é de aluguel. E a
placa branca, com caracteres
vermelho, é de aprendizagem
(autoescolas).
De acordo com o instrutor de
aulas teóricas de trânsito Otá-
vio Francisco, as placas fazem
com que a localização e iden-
tificação fiquem mais rápidas
e precisa. “A tipificação das
placas com as simbologias tem
com caracteres a real utiliza-
ção dos mesmos em situações
específicas: carro cujos condu-
tores são surdos ajuda a enten-
der que a sinalização deverá
ser visual, por exemplo”.
As letras das placas possuem
relação com a origem do car-
ro, pois a combinação permite
identificar onde o veículo foi
emplacado e licenciado. Cada
estado possui letras específi-
cas de emplacamento. No Es-
pírito Santo são: MOX-0001 e
MTZ-9999.
O guarda de trânsito do mu-
nicípio de Vila Velha Neemias
Miranda alerta para a impor-
tância das placas. “É necessário
estar com o veículo, a identifi-
cação e documentação devida-
mente legalizadas e de acordo
com o CTB, pois diferente dis-
so, o proprietário ou condutor
do veículo pode sofre penalida-
des”, afirma.
O Art. 230 do Capítulo XV do
CTB estabelece que as infra-
ções cometidas em relação a
conduziroveículo“comolacre,
a inscrição do chassi, o selo, a
placa ou qualquer outro ele-
mento de identificação do veí-
culo violado ou falsificado” ou
“com qualquer uma das placas
TRÂNSITO >>> Todo veículo deve ser emplacado para circular
nas ruas do Brasil. As placas são regulamentadas pelo CTB
de identificação sem condições
de legibilidade e visibilidade”
será registrado como infração
gravíssima, multa e apreensão
ou remoção do veículo.
Além dessas caraterísticas,
transitar com veículo com a
cor ou característica alterada
e falsificar ou adulterar docu-
mento de habilitação e de iden-
tificação do veículo também se
enquadram em infrações de
trânsito pelo Código.
Mercosul
A Resolução 590 do Con-
selho Nacional de Trânsito
(CONTRAN) estabelece que os
veículos deverão seguir o pa-
drão do Mercado Comum do
Sul (Mercosul), bloco econô-
mico constituído pelos seguin-
LOCALIZAÇÃO >>> Cada placa veicular tem uma cor específica
tes países membros: Brasil,
Argentina, Uruguai, Paraguai
e Venezuela. As placas terão
sete caracteres alfanuméricos,
fundo branco com a margem
superior azul, o logotipo do
MERCOSUL à esquerda, ao lado
direito a bandeira do Brasil e
ao centro o nome do país. A
placa será obrigatória e até 31
de dezembro de 2020 todos os
veículos em circulação deverão
estar padronizados.
De acordo com a resolução,
os veículos a serem registra-
dos, em processo de transfe-
rência de município ou de pro-
priedade ou quando houver a
necessidade de substituição
das placas, devem aderir à
identificação veicular no pa-
drão Mercosul.MERCOSUL >>> As placas deverão ser padronizadas até 2020
Mônica Caser
Setenta e cinco imagens foto-
gráficas retratam os últimos dez
anos da maior demonstração de fé
dos católicos capixabas: a Festa da
Penha. A exposição “Fé no Espírito
Santo: 10 anos de Procissão Foto-
gráfica” marca o início da progra-
mação em homenagem à padroeira
do Estado em 2017. A mostra está
aberta ao público das 8 às 12 horas
e das 13 às 16 horas na sala de expo-
sições do Convento. A entrada é gra-
tuita e segue até o dia 13 de maio. As
imagens expostas fazem parte das
coberturas fotográficas realizadas
pelos alunos dos cursos de Jornalis-
mo e Publicidade e Propaganda da
Faesa nos últimos dez anos. “Quem
visitar a exposição encontrará a fé
das pessoas que participam da Festa
da Penha. A fé que nos emociona e
nos dá esperança. É a generosidade
das pessoas que doaram tempo e
trabalho para pensar e para realizar
a exposição como forma de retornar
para a sociedade e, principalmente,
para as pessoas que se deixaram
retratar, os diversos olhares sobre
a Festa materializados na imagem
fotográfica”, relata a professora e
coordenadora do projeto, Zanete
Dadalto. Para o guardião do Con-
vento, Frei Paulo Roberto Pereira,
a mostra retrata a devoção à Nossa
Senhora da Penha. “Mais do que um
registro da evolução da festa, a ex-
posição nos permite sentir a fé que
move cada devoto a participar das
romarias, celebrações, do Oitavário”,
revela o Frei.
Exposição: dez anos de Procissão Fotográfica
>>>
Tony SilvanetoZanete Dadalto
TonySilvaneto
3. Jornal-laboratório do curso de Jornalismo da Faesa - Vitória/ES - TENDÊNCIAS Março/Abril de 2017>>> 3
DESCOBERTA >>> A felicidade é companheira constante nas viagens de trem. Sophia Rocha, 7 anos,
embarcouemJardimAmérica,Cariacica,efoiatéColatina.Momentosinesquecíveisnavidadapequenina
Trilhos da vida... a magia do trem
ENSAIO
Tony Silvaneto (5° Per.)
Tonysilvaneto1@gmail.com
As viagens, por fer-
rovia, entre os anos de
1900 e 1970, produziram
momentos especiais para
as pessoas. As provas es-
tão em músicas como “O
Trenzinho Caipira” de
Vila Lobos e a poesia “O
Maior Trem do Mundo”
de Carlos Drummond de
Andrade. O encanto pela
ferrovia do ontem e do
hoje ainda causa emoção
nas pessoas.
A felicidade é um êx-
tase, um extremo pra-
zer. Um sentir-se bem.
Não é algo que aconteça
toda hora, a toda instan-
te, como, também, não é
eterno. Fatos, pensamen-
tos, sentimentos são es-
tímulos para as pessoas.
Cada uma percebe de for-
ma própria e diferente.
Não há um tempo exato
para ser feliz.
Um momento de felici-
dade, por exemplo, acon-
teceu na primeira viagem
de trem de uma criança,
entre Vitória e Colatina,
Espírito Santo. A estu-
dante Sophia Rocha, 7
anos, visitou, um dia an-
tes da viagem, o Museu
Vale, em Vila Velha. Ob-
servou a maneira que o
transporte de passagei-
ros era realizado. O con-
tato com o Museu permi-
tiu observar o transporte
ferroviário do passado,
motivo de felicidade para
aqueles viajantes.
Ela explorou o vagão
de passageiros e a lo-
comotiva “Maria Fuma-
ça”, subindo e descendo
constantemente. Ficou
surpresa em saber que os
bancos eram de madeira.
Acessando o segundo an-
dar do prédio principal
do Museu com o irmão
Pedro, 11, observou obje-
tos antigos utilizados na
ferrovia e uma maquete
da estrada de ferro Vitó-
ria-Minas. “É um trenzi-
nho”, disse a menina. Os
olhos estavam atentos e
nenhuma outra palavra
foi dita.
No dia seguinte à visita
ao Museu, Sophia chegou
às 6h40 à Estação Pedro
Nolasco, em Jardim Amé-
rica, Cariacica, acompa-
nhada pelo irmão e pela
prima. Algo novo e dife-
rente. A viagem até Co-
latina foi a possibilidade
de vivenciar o trem com
nova tecnologia, o que
não impediu a felicidade
acontecer, pois a visão da
natureza continua pre-
sente em todos os mo-
mentos.
O sono passou quando
ela observou pelas por-
tas de vidro os vagões
verdes do trem de pas-
sageiros. A expectativa
aumentou ao entrar em
um deles. Ela ficou en-
tusiasmada ao transitar
pelos corredores dos va-
gões e observou todos os
detalhes. Quando o trem
movimentou, os olhares
de Sophia estiveram fixos
às paisagens que se reno-
vavam. E o sentimento de
felicidade acompanhou a
pequenina durante toda a
viagem.
>>>
SORRISOS >>> Sophia Rocha visitou o Museu Vale e conheceu histórias da estrada de ferro Vitória-Minas. Depois embarcou no trem para vivenciar a própria viagem
Fotos: Tony Silvaneto
4. TENDÊNCIAS - Jornal-laboratório do curso de Jornalismo da Faesa - Vitória/ES4 >>> Março/Abril de 2017
CARNAVAL - REDE DE MEMÓRIAS
BOA VISTA / Foto: Daniel Massaroni
MUG / Foto: Zanete Dadalto
ANDARAÍ / Foto: Zanete Dadalto
BOAVISTA/Foto:ZaneteDadalto
CHEGOU O QUE FALTAVA / Foto:Zanete Dadalto ANDARAÍ / Foto:Daniel Massaroni
BOA VISTA / Foto: Zanete DadaltoMUG / Foto: Taynara Nascimento
ANDARAÍ/Foto:ZaneteDadaltoBOAVISTA/Foto:CassioAmorimPEGANOSAMBA/Foto:RitaBenezathANDARAÍ/Foto:DanielMassaroni
5. Jornal-laboratório do curso de Jornalismo da Faesa - Vitória/ES - TENDÊNCIAS Março/Abril de 2017>>> 5
CARNAVAL - REDE DE MEMÓRIAS
MUG / Foto: Taynara Nascimento
PIEDADE/Foto:ZaneteDadalto
ANDARAÍ/Foto:ZaneteDadalto
MUG/Foto:RitaBenezath
PIEDADE/Foto:ViniciosLodiMUG/Foto:DanielMassaroni
S.TOQUARTO/FotoSullivaSilva
S.TORQUARTO/Foto:GabrielaZaupaBARREIROS/Foto:DanieleLuciane
JUCUTUQUARA / Foto:Taynara Nascimento
PEGANOSAMBA/Foto:ZaneteDadaltoJUCUTUQUARA/Foto:ZaneteDadaltoR.DEOURO/Foto:ZaneteDadaltoPIEDADE/Foto:TaynaraNascimentoIMPERATRIZ/Foto:DanielMassaroniN.IMPÉRIO/Foto:DanielMassaroni
6. TENDÊNCIAS - Jornal-laboratório do curso de Jornalismo da Faesa - Vitória/ES6 >>> Março/Abril de 2017
Por trás das câmeras
Carol Malisek (7° Per.)
carolmalisek@hotmail.com
Rita Benezath (7° Per)
rita_benezath@hotmail.com
Luz, câmera e ação. Nos
grandes estúdios, os equipa-
mentos e investimentos são
luxuosos e simples de trans-
formarem esses três elemen-
tos em filmes. Mas nas produ-
ções independentes não é tão
fácil, principalmente, no Espí-
rito Santo, onde a arte ainda
se expressa de maneira tímida.
A principal diferença entre as
produções é na parte do cus-
teio. As independentes não re-
cebem dinheiro dos estúdios:
sai do bolso do próprio cineas-
ta ou pessoas ligadas a ele.
O diretor Diego Locatelli diz
que, em Vitória, há três princi-
pais dificuldades para as pro-
duções independentes: pouco
incentivo estatal, falta de corpo
técnico qualificado e dificulda-
de em bons equipamentos. “Há
muita dificuldade em capitar
verba do empresariado, pois
não há uma cultura de se in-
vestir dinheiro em cinema. Te-
mos dificuldades, também, em
bons equipamentos. Por diver-
sas vezes temos que importar
câmeras”. O corpo técnico, se-
gundo ele, às vezes precisa ser
importado, mas que os cursos
vêm melhorando.
Um dos maiores orgulhos
do cineasta foi feito durante a
universidade: o filme “Perto da
Minha Casa”, dirigido em par-
ceria com a amiga Carol Covre,
foi realizado de forma total-
FILMES >>> Os cineastas reclamam que no Espírito Santo
falta estrutura, investimentos e interesse da população
CULTURA
Festivais mantêm a
produção cultural
Música, teatro, dança,
cinema, arte e literatura são
a base para qualquer even-
to cultural. Mas, por ser um
ramo diversificado, algumas
expressões dessas áreas aca-
bam sendo esquecidas nas
produções do Espírito Santo.
Para suprir essa demanda,
surgem eventos como o Vi-
radão Cultural, em Vitória;
o Festival de TV e Cinema do
Interior, em Muqui; e o Fes-
tival de Cinema Ambiental
e Sustentável de Cachoeiro
de Itapemirim. Essas produ-
ções ganham cada vez mais
espaço no cenário capixaba.
Realizado pela primeira
vez em 2014, o Viradão Cul-
tural é um festival gratuito
que exibe e democratiza a
cultura em Vitória. O evento,
que dura 24 horas e acon-
tece no Corredor Histórico
do Centro, reúne milhares
de pessoas que tomaram as
ruas, casas e praças do lo-
cal. O evento mistura samba,
pop, blues, rock, ópera, rap,
congo, além de apresenta-
ções de dança, teatro e artes
cênicas.
Apesar do polo cultural ca-
pixaba muitas vezes se con-
centrar em Vitória, o interior
não sai perdendo quanto se
fala em eventos desse tipo.
O Festival de TV e Cinema do
Interior (Fecin), que aconte-
ce em Muqui, no sul do Esta-
do, é um exemplo. Por meio
da linguagem audiovisual, o
festival tenta, cada vez mais,
mostrar a diversidade e a
vida que existe no interior
para descentralizar a cultura
no Estado.
O idealizador do projeto,
Leo Alves, conta que a ideia
surgiu num período em que
a universidade em que estu-
dava, a Universidade Federal
de Ouro Preto (UFOP), estava
em greve. “A greve já durava
dois meses e eu precisava fa-
zer alguma coisa. Como eu já
tinha interesse em fazer algo
em Muqui, por achar uma re-
gião cinematográfica, resol-
vi realizar esse projeto que
aproveita cidades históricas
para fazer um festival de ci-
nema. A ideia deu certo e o
festival faz parte da agenda
da cidade”, relata.
Já em Burarama acontece o
Festival de Cinema Ambien-
tal e Sustentável de Cachoei-
ro de Itapemirim. O evento,
que dura quatro dias, conta
com mostra competitiva de
filmes de curtas-metragens,
palestras, trilhas ecológi-
cas e shows musicais. Neste
ano, o tema é ““Memória das
águas - De onde vem a água
do rio?” e o festival, que dura
dois dias, está marcado para
30 de junho.
mente independente. “Foi um
filme muito significativo para
mim, pois me fez ir a campo e
participar do dia a dia das pes-
soas que vivem nas periferias”,
diz Locatelli. E, mesmo com
todas as dificuldades, o filme
ganhou vários prêmios, entre
eles, o de melhor direção no
Goiânia Festival.
O produtor Vitor Graize, que
já produziu mais de cinco pelí-
culas, também acredita que os
poucos recursos disponibili-
zados pelo Estado e pelos mu-
nicípios é um obstáculo. Con-
tudo, ele pontua a distribuição
dos filmes como o maior de-
safio, pois vê dificuldades em
fazer com que os produzidos
no Estado cheguem aos fes-
tivais nacionais e internacio-
nais. “Um filme não termina
na produção. É preciso que
chegue ao público por meio
de festivais, mostras e salas de
cinema. É preciso que o públi-
co se interesse pelo cinema,
inclusive o da própria cidade”,
diz Graize.
O diretor e professor Marce-
lo Castanheira trabalha desde
1998 na área e conta que a
paixão começou ainda criança,
quando começou a colecionar
filmes em VHS. Castanheira
diz que o maior desafio para
um realizador independente é
o retorno financeiro. “O maior
desafio é pagar as contas no
fim do mês. A maioria das pes-
soas que faz cinema aqui no
Espírito Santo sobrevive com
os trabalhos paralelos em ou-
tras áreas como a publicida-
de, a televisão, a fotografia e a
educação”, declara.
A distribuição dos filmes
também é algo destacado por
Castanheira. Ele afirma que a
maioria dos filmes feitos no
Estado só recebe alguma di-
vulgação quando estão sendo
rodados ou lançados, mas que,
depois disso, caem no esque-
cimento. O cineasta já teve a
oportunidade de trabalhar
com artistas que admira, por
exemplo, o Zé do Caixão, no
filme “As Fábulas Negras”.
O professor afirma, também,
que no Estado não há inves-
timento suficiente na cultura
e que os empresários não in-
vestem por não enxergarem,
na cultura, um potencial para
retorno. Mas, também, chama
atenção para o senso crítico
das pessoas. “Infelizmente,
deixamos muito ela de lado
e quando “o cinto aperta”, o
primeiro ponto a se cortar é
a cultura. Os programas poli-
ciais sensacionalistas e os co-
lunismos sociais seguem no ar.
Deveríamos repensar nossas
prioridades não só como pú-
blico, mas como consumido-
res”, finaliza.
A universitária Letícia Mi-
randa afirma que o mercado
laboral de cinema faz com que
o curso seja segunda opção. “O
meu foco é publicidade, mas,
acredito que a faculdade de
cinema me ajudará a traba-
lhar em produtoras de vídeo,
onde tenho muito interesse
em atuar”, diz. Letícia afirma,
também, que há poucos luga-
res para os alunos exporem os
filmes que são produzidos em
sala. “A população, de forma
geral, não busca essas produ-
ções. O público principal so-
mos nós mesmos, os universi-
tários”.
ZÉ DO CAIXÃO >>> Bastidores do filme “As Fábulas Negras“
>>>
>>>
COMICHÃO>>> O músico
Victor Calmom deseja
mais apoio da mídia
Divulgação
Divulgação
Músicos capixabas buscam
sucesso no cenário nacional
A produção de música no
Espírito Santo viveu o seu auge
entre os anos 2000 e 2006.
Hoje, alguns artistas capixa-
bas já consolidaram o sucesso
nacional: a banda Dead Fish,
Casaca e Comichão, além dos
músicos André Prando e Silva
são alguns dos exemplos con-
sagrados. Mas, para alcançar o
tão sonhado reconhecimento,
os músicos enfrentam inúme-
ras adversidades: falta inves-
timento, apoio, interesse do
público e divulgação.
A banda Spocks, que surgiu
em 2011 e é formada pelos
irmãos André e Filipe Lomba,
junto com Lucas Poltronie-
ri e Thiago Nery, sabe bem o
que é batalhar para entrar na
cena musical capixaba. “Nun-
ca vi muita iniciativa pública
ou privada para bandas que
fogem do sertanejo. A falta de
estabelecimentos para tocar e
a falta de consideração com os
músicos ao pagarem um baixo
cachê também são problemas
sérios”, desabafa o baixista da
banda Filipe Lomba.
Apesar de raros, existem fi-
nais felizes no cenário musi-
cal no Estado. A banda Comi-
chão, de Forronejo, é um dos
exemplos. Victor Calmon, que
faz música há 15 anos, conta
que a banda surgiu como uma
brincadeira entre amigos. “Eu
tinha 14 anos e resolvi brincar
com uns meninos do meu bair-
ro de ter uma banda. E, assim,
surgiu a Comichão. O grupo
teve que trabalhar duro para
chegar onde está”.
Uma das principais dificul-
dades para alcançar o suces-
so, segundo Calmon, que já se
apresentou em locais como
Rio de Janeiro, Bahia e Minas
Gerais, surge dentro do Esta-
do. “A nossa mídia só injeta no
capixaba o que vem de fora. E
aqui dentro tem muita coisa
de qualidade. Precisaria de um
apanhado geral para que a cul-
tura capixaba fosse comprada
no Estado”.
Mesmo tocando estilos com-
pletamente diferentes - um
mistura Forró e Sertanejo, ou-
tro, toca indie rock - Calmon e
Lomba encontram um ponto
comum ao falar dos desejos
para o futuro da música capi-
xaba: querem mais bandas e
mais apoio. “Espero que a mú-
sica capixaba dê uma alavan-
cada, mas isso não depende
somente do artista. É preciso
apoio da mídia e do público,
que precisa abraçar a causa”,
completa o integrante da Co-
michão.
A banda capixaba indepen-
dente Dead Fish, de Hardcore,
é mais um exemplo de artistas
que saíram do Espírito Santo e
conquistaram espaço em todo
o País. Criada em 1991, a ban-
>>> da tem sete álbuns gravados
em estúdio e dois DVDs.
O artista capixaba André
Prando também tem se des-
tacado cada vez mais no ce-
nário musical brasileiro. Ele já
se apresentou em locais como
São Paulo e Belo Horizonte,
além de garantir o prêmio de
melhor videoclipe autoral no
Festival de Clipes e Bandas.
Com um estilo colado no rock,
Prando lançou, em 2015, o ál-
bum “Estranho Sutil” no Tea-
tro Universitário da Ufes, ul-
trapassando a lotação.
7. Jornal-laboratório do curso de Jornalismo da Faesa - Vitória/ES - TENDÊNCIAS Março/Abril de 2017>>> 7
CIDADANIA
Rodas e piruetas fazem sonhar
CADEIRANTE >>> Alongamentos e exercícios diferenciados. Música, dança e coreografias. Assim são
as aulas do projeto que ajuda os pequeninos a terem uma melhora nas partes paralisadas do corpo
Isadora Hunka (7° Per.)
isadora.hunka@gmail.com
Larissa Agnez (7° Per.)
agnezlarissa@gmail.com
Em uma das salas de uma
faculdade particular de Vitó-
ria toda segunda-feira, às 13
horas, cadeiras de estudantes
são arrastadas para o final da
sala e o espaço dá lugar a no-
vas cadeiras, as de roda. Isso é
sinal de que está começando
mais um dia do projeto Ro-
das e Piruetas. Desenvolvido
por alunos, o intuito é ajudar
crianças cadeirantes a evoluir
cada vez mais as partes parali-
sadas, não apenas por meio da
fisioterapia, mas da brincadei-
ra e da dança.
Eduardo Grafanassi ou ‘Tio
Edu’, é aluno de enfermagem e
pioneiro no projeto. Ele conta
que a iniciativa começou como
um projeto de extensão. “O
que a gente percebeu de cara,
muito rápido, foi o desenvol-
vimento das crianças”, afirma
Eduardo. O carinho e o amor fi-
cam impregnados no ambiente
durante as aulas. O respeito é
mútuo e a vontade de ajudar
uns aos outros mais ainda.
As aulas contam com alon-
gamentos e exercícios dife-
renciados, com muita música,
uma bola enorme, muitos sor-
risos, repetições e encoraja-
mento. Logo em seguida, eles
dançam, isso mesmo, dançam.
Os voluntários conduzem as
cadeiras, enquanto as crianças
fazem a coreografia, que conta
também com partes individu-
ais fora delas.
E por falar em cadeira, no
projeto, as crianças aprendem
que essas cadeiras são a exten-
são do corpo delas. Tem a sen-
sação de liberdade que podem
proporcionar e não de limita-
ção. Além disso, agora, exigem
respeito com o que é deles.
“Ela escolhe quem vai tocar a
cadeira. Eu não posso colocar
a bolsa na cadeira dela sem au-
torização. Também não posso
tocar sem pedir licença. É um
barato”, revela Tatiane Grame-
lih, mãe da Maria Vitória.
O desenvolvimento após a
entrada dos filhos no proje-
to fica claro. As mães relatam
que, hoje, as crianças não pre-
cisam de ajuda para subir ou
descer da cadeira, para ir até a
cama e que são mais comuni-
cativas. As mamães não acom-
panham as aulas. Elas ficam
juntas em uma área externa.
Isso gera muito bate-papo,
troca de experiências, aflições
e confissões.
Todas as mães abrem mão
da vida pessoal em função dos
filhos e o discurso é um só: de
que vale a pena cada esforço.
E os esforços, não são poucos.
A batalha de cada uma se re-
sume em ajudar aos filhos a
se desenvolverem. Para elas
ATO DE DOAR >>> O clima de alegria, encorajamento e esperança é constante nas aulas do projeto
Isadora Hunka
“Cabecinha boa de menino
triste, de menino triste que so-
fre sozinho, que sozinho sofre,
e resiste. Que não teve nada,
que não pediu nada, pelo medo
de perder tudo”. Essa é uma
passagem do poema “Criança”
de Cecília Meireles que hoje
retrata a realidade de milha-
res de crianças e adolescentes
brasileiros que sofreram com
o abandono dos próprios pais
em locais públicos ou em ins-
tituições no momento em que
nasceram.
A psicóloga, Lidia Natalia
Dobrianskyj Webe realizou um
estudo sobre o abandono e ins-
titucionalização de crianças no
Brasil e identificou que o mo-
tivo mais frequente, 64% dos
casos, para o internamento foi
classificado como maus-tratos
em função de negligência por
não cuidar da alimentação,
saúde e deixar a criança sozi-
nha em casa ou com estranhos.
Ainda de acordo com o es-
tudo realizado pela psicóloga,
apesar da institucionalização
de crianças ter surgido como
uma tentativa de solucionar o
problema de crianças e adoles-
centes abandonados, esta ten-
tativa mostra-se extremamen-
te ineficaz no Brasil porque
não ataca as verdadeiras cau-
sas do problema como a misé-
ria social, a carência de apoio
socioeducativo, a ausência de
prevenção em relação à violên-
cia doméstica, entre outros.
B., 16, foi encaminhado ao
Projeto Social Dom Mauro, em
Vila Velha, para se afastar da
criminalidade do bairro onde
mora. De segunda a sexta-fei-
ra, o adolescente passa o perí-
odo da tarde na associação e
realiza atividades socioeduca-
tivas. “Quando estou aqui, eu
me sinto feliz. Gosto de vir e
passar a tarde toda aqui. Além
de me ajudar a não pensar bes-
teiras, pois quando estou em
casa e vejo minha mãe e meu
padrasto brigando, eu fico mal.
Já pensei várias vezes em ma-
tar meu padrasto, mas conse-
gui desviar os pensamentos
ruins”, conta o adolescente.
M., 11, conheceu o Projeto
por recomendação da direto-
ria da escola municipal em que
estuda. “Moro com minha avó
e meus irmãos. Minha mãe nos
deixou com ela porque não ti-
nha condição de nos criar. Mi-
nha avó passa o dia fora traba-
lhando. Ficar em casa sem ela
é ruim, pois meus irmãos me
batem quando brigamos. Eu
prefiro ficar longe deles. No
projeto eu me divirto, tenho
minhas amigas e aprendo vá-
rias coisas. Prefiro mil vezes
ficar aqui”, explica M.
Ivete Nunes é coordena-
dora do projeto e conta que a
maioria dos alunos na asso-
ciação é encaminhado pelo
Conselho Tutelar e apresen-
tam rebeldia no início, mas
logo começam a se envolver
e participar das oficinas mos-
trando-se pessoas dispostas a
mudar. Ivete também explica
que os problemas a serem en-
frentados são muitos, pois não
há estrutura familiar, muitos
não possuem residência fixa e
vivem a peregrinar na casa dos
parentes.
Dados do Unicef infor-
mam que 45,6% das crianças
do Brasil vivem em famílias
de baixa-renda. “Eles não pos-
suem referência ou alguém
dentro de casa para se espe-
lhar. Uma hora moram com a
avó e de repente estão viven-
do com uma tia ou na casa de
algum conhecido. Isso me dei-
xa comovida. É de partir o co-
ração, pois convivo com eles.
Eu acredito neles. O projeto
ajuda a melhorar a situação
dessas crianças, mas é neces-
sário que os familiares se en-
volvam e cooperem”, explicou
a coordenadora.
Projeto
Por meio do lema “cui-
dando da vida com amor”, o
projeto Social Dom Mauro
luta para resgatar crianças e
adolescentes com idade entre
10 e 17 anos em situação de
risco e vulnerabilidade social.
Fundado em maio de 2007
pelos Padres das Obras Pas-
sionistas São Paulo da Cruz, o
projeto tem como proposta a
formação cidadã, voltado à va-
lorização da educação formal,
respeitando o valor cultural,
artístico e histórico. Para par-
ticipar do projeto é necessário
que o aluno esteja matriculado
na escola.
Atualmente, o projeto
Abandono de crianças e adolescentes no Brasil
>>>
é um orgulho ver a evolução
deles e como o projeto os faz
sonhar. “É muito orgulho vê-lo
progredir e não ficar esperan-
do alguém fazer alguma coisa
por ele em tão pouco tempo de
projeto”, afirma Joelma, mãe
do João.
Ao final da aula, o João, 7
anos, relatou: “o ‘Tio Edu’ é
osso”, rindo e se referindo ao
alongamento que Eduardo fez
naquele dia com ele. João ain-
da declarou que ama o projeto.
Atualmente, Eduardo desen-
volve uma pesquisa científica
para comprovar a efetividade
do projeto.
AJUDA >>> Projeto Dom Mauro atende crianças e adolescentes
atende em média 60 crianças
e adolescentes, oferecendo ofi-
cinas de informática, inclusão
digital, dança, ética e cidada-
nia, taekwondo, educação físi-
ca, acompanhamento escolar e
pedagógico, além das oficinas
lúdico-recreativas. O funciona-
mento do projeto é das 13 às
17 horas. A iniciativa oferece
ainda refeição complemen-
tar no horário vespertino, das
14h30 às 15 horas, e também
atendimento social, acompa-
nhamento psicológico, visita
domiciliar, oficina de grupo e
frequentemente reunião de
pais. A iniciativa visa melhorar
a qualidade de vida dos parti-
cipantes.
>>>
Larissa Agnez
8. TENDÊNCIAS - Jornal-laboratório do curso de Jornalismo da Faesa - Vitória/ES8 >>> Março/Abril de 2017
Michel Lisboa (5° Per.)
michellisboa@outlook.com
Em uma tarde chuvosa,
sentado no centro de um co-
reto localizado na Praça de
Maruipe, que fica em frente à
Paroquia São José, Antônio da
Silva Neto, carioca de nasci-
mento, me concede uma entre-
vista. Por hora enfermeiro, por
hora sambista e, por vezes, es-
tudante de jornalismo na Fae-
sa. Tony Silvaneto, como gosta
de ser chamado, é um homem
de fala mansa e de sorriso fácil,
conta um pouquinho da rica
história de vida e se emociona-
va ao expressar as muitas mar-
cas positivas e algumas negati-
vas que a vida lhe apresentou
ao longo dos 52 anos.
Tony tem a palavra fé como
uma companheira constante
na vida. Ele conta que a fé pri-
mordial na vida das pessoas.
Para ele a fé deve ser lembrada
em quatro pilares: Fé em Deus,
pois sustenta a tudo; fé na vida
humana, pois os homens po-
dem viver em comunhão; fé
em si mesmo para resistir as
adversidades; e fé na natureza
para renovar as energias físi-
cas, a esperança e as emoções.
O estudante de jornalismo
é de família pobre e teve uma
infância difícil em Catumbi,
bairro de classe média situa-
do na cidade do Rio de Janei-
ro. Ao lembrar-se da infân-
cia, ao mesmo tempo em que
expressava admiração pelas
boas recordações, expressava
também um pouco de tristeza
ao recordar das dificuldades
vividas naquela época. Aos
dois anos de idade, Tony foi
morar em Madureira com os
pais, num lugar chamado Cam-
pinho, onde foi viveu até com-
pletar 13 anos. Tony sofria de
asma na infância. Ele lembrou
que diversas vezes quando ele
saia para passear com os pais,
tinha ataques de asma e tinha
que correr para o pronto-so-
corro mais próximo.
Tony se irradiou ao lembrar
>>>
História de desafios e superações
IDENTIDADES >>> Tony Silvaneto, 52 anos, se reinventa a cada etapa da vida. Apaixonado pelo Estado
e pelo samba, o carioca é estudante de jornalismo da Faesa, enfermeiro e mestre-sala do carnaval
do momento especial, em uma
visita da escola, quando pisou
no gramado do Maracanã pela
primeira vez. E também de
quando ela andava de trem,
pois, de forma curiosa, o baru-
lho emitido pelo trem o fazia
lembrar de samba. Ser para-
quedista? Foi o que Tony che-
gou a imaginar em ser quando
adulto, ao lembrar-se dos tem-
pos em que ficava sentado em
Marechal Hermes, assistindo
os paraquedistas saltarem. Ao
completar 13 anos, foi quan-
do ele enfrentou o momento
mais difícil da infância: largar
o Rio de Janeiro. Tony foi viver
no interior, na cidade de Santo
Antônio de Pádua.
Ao tocar no assunto adoles-
cência, por coincidência, um
trovão ecoou no céu. Ele lem-
brou da liberdade que tinha
no interior. Sorriu. Quando os
pais saíam para trabalhar, ele
pegava a bicicleta escondido,
jogava por cima do muro e
percorria o interior conhecen-
do vários bairros vizinhos.
Tony encheu os olhos para
falar das boas amizades que
conseguiu na adolescência, em
especial, Danilo, filho de ára-
bes e que tinha uma biblioteca
dentro de casa. Feliz, lembrou
que graças a Danilo criou afei-
ção aos estudos. Uma marca
negativa que ficou nessa época
da vida de Tony foram os ba-
te-bocas travados pelos fami-
liares por causa de bens-mate-
riais. Essa foi uma das razões
para ele querer deixar o inte-
rior do Rio de Janeiro.
Policial
Atuando por tantos anos
como enfermeiro, ninguém
imagina que Tony um dia foi
Policial Militar. Sem saber qual
carreira seguir e por questão
de oportunidade, acabou fa-
zendo um concurso para sol-
dado e foi aprovado. Então,
veio com o pai e a mãe morar
em Vitória em 1984. Ele con-
fessou que mesmo sendo po-
licial militar, tinha em mente
que queria fazer um curso
superior. Quando completou
4 anos de vivencia em Vitória,
prestou vestibular na UFES
e foi aprovado. Tony acabou
MUTIPLICIDADE >>> O estudante Tony Silvaneto participando da Procissão Fotográfica... o enfermeiro, o ex-policial e o sambista...
optando pelo curso de enfer-
magem e, como o curso fun-
cionava em período integral,
teve que abrir mão do curso
de sargento da PM.
Trabalhando como enfer-
meiro, Tony disse ter visto
muitas crianças doentes. Ra-
diante, ele afirma ter ficado
muito feliz em ajudar a salvar
a vida dessas crianças e a fazer
com que elas melhorassem.
Ele relembrou que um dia foi
uma criança muito doente e,
por causa da asma, passou
muito tempo da vida nos hos-
pitais. Ajudar a aliviar a dor de
uma criança sempre foi uma
felicidade muito grande para
o enfermeiro Tony. Ao pergun-
tar sobre o filho, os olhos de
Tony brilharam. Ele afirmou
que o filho é uma semente. É
a continuação do pensamento.
Jornalismo
Aos 50 anos, por causa da
paixão pela fotografia e pelo
audiovisual, Tony decidiu in-
gressar no curso de jornalis-
mo da Faesa. O desejo dele é
escrever e registrar em vídeos
e fotos os lugares, as pessoas,
os costumes, as culturas. Ele
sonha em imortalizar a cada
registro o samba. “Acredito
que apreendemos com as his-
tórias das outras pessoas. A
gente aprende a viver melhor”.
Ao questionar qual mensa-
gem ele deixaria para os jo-
vens, Tony me deixou claro
que respeitar as pessoas é fun-
damental. Procurar ouvir por-
que é muito importante. Ele
lembrou que todos os erros
que cometeu na vida acontece-
ram porque ele não escutou os
pais. “Não sei o dia de amanhã.
Deus é quem sabe. Creio que
tenho uma missão a cumprir
ainda dentro do aspecto reli-
gioso. Mas a gente vai fazendo
com fé. A história ainda não
acabou, está sendo escrita.
Aliás, nunca imaginei vir aqui
para Vitória, nunca projetei na
minha vida. E estou aqui, cur-
sando jornalismo, justamente
para defender a cultura capi-
xaba, que é bacana e que pre-
cisa de incentivo. Precisamos
incentivar o capixaba amar a
cultura, o turismo, o Estado”.
PERFIL
Mônica OliveiraMônica Oliveira
Tony Silvaneto é apaixo-
nado pelo carnaval e se tornou
mestre-sala por acaso, apesar
do samba já vir do sangue, he-
rança herdada do pai e dos tem-
pos de criança em que frequen-
tava o carnaval. Uma amiga o
viu sambando e percebeu que
ele “bailava” com estilo. Fez um
convite e a partir desse dia co-
meçou a história do mestre-sala
no samba capixaba. Tony che-
gou a ganhar troféu de melhor
mestre-sala no carnaval capi-
xaba. O samba funcionou e tem
funcionado como uma terapia
para Tony após a morte do pai,
dos problemas com a família e
da separação da esposa. Com
um olhar triste, ele considera
esses os momentos mais difí-
ceis e tristes da vida. O samba,
então, veio para dar um novo
sentido para a vida dele. Tony
é mestre-sala há 10 anos e já
desfilou pelas escolas: Pega no
Samba, Novo Império, Andaraí,
Imperatriz do Forte, Jucutuqua-
ra, Chega Mais, Rosa de Ouro e
Barreiros.
Mestre-sala do carnaval
Michelli Angeli
ZaneteDadalto
Arquivo pessoal
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Arquivo pessoal