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A eficiência de mainframes  através de  conceitos de linha de produção e da Lei de Amdahl
Introdução Lei de Amdahl para sistemas equilibrados fontes: [Amdahl, 1967] & [Gray, 2000]
Introdução Qual o tempo para tratar 1 milhão de registros?
Benchmarks resultado obtido por SPRUTH em IBM - 25.000 MIPS fonte: Euro CMG 2007
Benchmarks fatos observados em um banco brasileiro
Introdução Resumo da hipótese
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Produtividade X Eficiência
Produtividade X Eficiência
Produtividade X Eficiência
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processador necessário e suficiente - antes Aplicação da Lei de Amdahl
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Aplicação da Lei de Amdahl eficiência - depois
Conclusão causas de ineficiência
Conclusão causas de ineficiência
Lei de Amdahl prevista Lei de Amdahl observada Conclusão É possível atingir a eficiência máxima
A eficiência de mainframes  através de  conceitos de linha de produção e da Lei de Amdahl F I M  Autores: Antonio Cesar Sartoratto Dias - acsdias@uol.com.br Marcius Fabius Henriques de Carvalho - marcius.carvalho@cenpra.gov.br

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A eficiência de mainframes medida através de conceitos de linha de produção e da Lei de Amdahl por Antonio Cesar Sartoratto Dias

Notas do Editor

  1. Apresentaç ão: A engenharia de processos industrias, sobretudo a voltada para o setor automobilístico, busca melhorias de 1% a cada ano, seja em qualidade, custo ou tempo de processo. Por isso, na área industrial, foram desenvolvidos conceitos aprimorados para melhoria de desempenho que podem ser observados e utilizados em outros setores da economia. Este artigo tem como objetivo contribuir para o aumento da precisão dos trabalhos de planejamento de capacidade de mainframes , melhoria de desempenho de sistemas e das previsões do tempo de duração de processos da Tecnologia da Informação.
  2. A Lei de Amdahl para sistemas equilibrados Eugene Amdahl foi o engenheiro chefe dos projetos IBM /360 e /370. Durante as décadas de 60 e 70, ficou conhecido por muitas regras práticas para a engenharia de dados. Dentre elas, destaca-se a Lei do Sistema Equilibrado, utilizada neste trabalho : Um sistema equilibrado consumirá 8 MIPS (milhões de instruções por segundo) para processar cada MB/s (megabyte por segundo) transferido de/para discos. [AMDA67] apud [GRAY00] A Figura representa os valores definidos pela Lei de Amdhal: em um sistema equilibrado cada 1 MB/s lido/gravado consome 8 MIPS para seu processamento .
  3. A Figura ilustra como o tempo de um processo pode variar em função da configuração de uma máquina. Houve variação de 6 horas a 2 minutos para processar 1 milhão de registros utilizando um mainframe , em ambiente real de produção. Sem acesso a parâmetros mais precisos, uma das poucas maneiras de gerenciar o desempenho de processos apoiados por computadores de grande porte serão aquelas baseadas na intuição ou diretrizes históricas.
  4. Benchmark X Realidade É possível que resultados de benchmarks sejam desconsiderados devido à crença que eles não representem, com precisão, os ambientes reais de produção. As duas próximas figuras permitem comparar o resultado de um benchmark com o resultado de um ambiente real de produção. A Figura ilustra o resultado de um benchmark apresentado no Euro CMG-2007 [SPRU07]. O equipamento utilizado foi capaz de realizar mais de 15 mil transações por segundo com tempo de resposta de 0,12 seg. Com auxílio de poucas contas, é possível observar que são realizadas aproximadamente 57 milhões de transações por hora, valor na mesma ordem de grandeza do processamento diário de algumas instituições bancárias brasileiras.
  5. Antes que haja contestações, os valores do benchmark anterior serão comparados aos observados em ambiente real de produção. A Figura representa a decomposição do tempo de resposta de transações realizadas em um banco brasileiro. O tempo médio de processador utilizado pelas lógicas foi da ordem de 0,01 s, entretanto, o tempo de resposta observado pelo usuário foi de 2,69 segundos. Esse valor foi o resultado da soma de 3 itens: (1) tempo de espera para início da transação ( WAIT TIME ) = 1,61 seg., (2) tempo de processo ( CPU TIME ) = 0,01 seg., e (3) tempo para realização dos procedimentos de encerramento da transação ( TASK DISPATCH AVG ) = 1,07 seg. Durante a análise, foram coletados dados de 25 milhões de transações bancárias em uma instalação que reduz o tempo de resposta através do aprimoramento da lógica dos aplicativos. De fato, os processos foram refinados e apresentaram pequena utilização de processador, entretanto, permaneceram em fila de disco a maior parte do tempo.
  6. Em uma linha de produção é realizado um conjunto seqüencial de operações implantadas no interior de uma fábrica que processam e transformam matéria prima em produtos disponibilizados para os consumidores finais. Seja qual for o ramo de atividade dessa linha de produção, ela utilizará a força do trabalho para transformar o insumo de entrada num produto de saída. Os insumos e os produtos finais são organizados em forma de estoque para aguardarem o momento de seguir seu fluxo na cadeia logística. Em um processo de Tecnologia da Informação, o conjunto seqüencial das operações está previamente escrita no interior do aplicativo. Utilizam um dado como entrada e, após o processo de transformação, realizado pela lógica de programação, geram uma informação disponibilizada para o usuário final. Essa seqüência é válida, tanto para aplicativos batch , que processam um grande lote de uma só vez quanto para uma transação acionada a cada vez que o usuário solicita. Os dados, de entrada, de saída ou auxiliares, podem estar armazenados em arquivos convencionais, em bancos de dados ou uma combinação entre eles.
  7. A Figura representa tanto um processo de fabricação como um processo de Tecnologia da Informação. O modelo recebe uma entrada, faz o tratamento através de um processo de transformação e gera uma saída. Durante o tempo de duração do processo existe interação com o ambiente operacional que hospeda o processo.
  8. A comparação entre produtividade versus eficiência feita por Coelli, mostra os seguintes pontos [COEL06]: Os termos, produtividade e eficiência, vem sendo usados freqüentemente pela mídia nos últimos dez anos por uma variedade de comentaristas. São usados como sinônimos apesar de não serem precisamente as mesmas coisas. A produtividade de uma firma é a relação da saída que produz com os insumos que utiliza. Produtividade = saídas/entradas. Para ilustrar a distinção entre os termos, é útil considerar um processo de produção simples em que uma única entrada (x) é usada para produzir uma única saída (y). A linha 0F' na Figura representa uma fronteira da produção que pode ser usada para definir o relacionamento entre a entrada e a saída. A fronteira da produção representa a saída máxima atingível de cada nível de entrada. Dessa forma ele reflete o estado atual da tecnologia na indústria. As firmas nesta indústria operam nessa fronteira, se forem tècnicamente eficientes, ou abaixo da fronteira se forem tècnicamente ineficientes. O ponto A representa um ponto ineficiente e os pontos B e C representam pontos eficientes. Uma firma que opera no ponto A é ineficiente porque tècnicamente poderia aumentar a saída ao nível associado com o ponto B sem requerer mais entrada.
  9. A Figura ilustra o conceito de conjunto factível de produção formado pelo conjunto de todas as combinações de entradas e saídas factíveis. Este conjunto consiste em todos os pontos entre a fronteira da produção, 0F', e o eixo x (inclusive nestes limites). Os pontos ao longo da fronteira da produção definem o subconjunto eficiente deste conjunto factível de produção . A vantagem preliminar da representação de um conjunto de uma tecnologia da produção está feita claramente quando nós discutirmos a produção de múltiplas entradas e múltiplas saídas e o uso da função de distância.
  10. Produtividade de uma unidade de produção é a relação de sua saída e sua entrada (Equação 1). A produtividade varia devido às diferenças na tecnologia da produção e às diferenças no ambiente em que a produção ocorre. [FRIE93] Dentro da categoria de indicadores de produtividade de T.I. estão os itens: (1) Response time, (2) Throughput, (3) % CPU. A eficiência de uma unidade de produção é a comparação entre o valor observado e o valor ótimo de sua saída e entrada. [FRIE93] O valor ótimo para processos realizados por computadores é dado pela Lei de Amdahl, que estabelece a relação entre o consumo esperado de recurso para um dado volume processado A Figura ilustra a relação entre os indicadores de produtividade e de eficiência. Existem muitas combinações possíveis entre entradas e saídas, porém, para cada quantidade de entrada existe um único ponto de eficiência, dado pela Lei de Amdahl.
  11. Melhorias obtidas Os resultados obtidos pelo projeto de melhoria de tempo de resposta estão relacionados pelas próximas 3 figuras e registram os índices propostos por [ROGE05] e [HENN03] para aferição de desempenho de sistemas. A Figura ilustra o tempo de transação antes e depois das melhorias.
  12. A Figura ilustra a diferença na quantidade de transações por dia, antes e depois das melhorias.
  13. A Figura registra a diferença da utilização do processador, antes e depois das melhorias.
  14. Análise dos resultados Os resultados do projeto de melhoria de desempenho serão analisados sob o conceito de eficiência proposto por este artigo. A Figura compara os valores de processador necessário e suficiente para realizar o processo no mainframe antes do inicio do projeto de melhoria de desempenho.
  15. A Figura representa a eficiência do equipamento antes do inicio do projeto de melhoria de desempenho.
  16. A Figura compara os valores de processador necessário e suficiente após o encerramento do projeto de melhoria de desempenho.
  17. A Figura representa a eficiência do equipamento ao final do projeto de melhoria de desempenho.
  18. Causas de ineficiência Desbalanceamento do storage Popularmente, um sistema equilibrado é chamado de sistema “redondo”. Este termo pode ser utilizado para auxiliar no entendimento da distribuição da carga de trabalho em sistemas de armazenamento de dados. O desequilíbrio ocorre quando alguns discos recebem grande quantidade de trabalho enquanto outros apresentam ociosidade. Essa diferença no nível de atividade dos discos causa filas de I/O e as esperas serão administradas pelo sistema operacional, utilizando recursos que seriam mais úteis se estivessem concentrados no processamento de transações on-line e aplicativos batch. A Figura representa a diferença entre a distribuição de carga real e a carga ideal, marcada pelo círculo vermelho central.
  19. Causas de ineficiência 2 Otimização X Utilização plena Existe a crença que otimizar é utilizar 100% do recurso. Entretanto, recursos com excesso de uso geram longas filas de espera, aumentando o tempo de processo. A Figura ilustra a relação entre utilização de um recurso e a fila formada para receber atendimento. Quanto maior a utilização, maior a fila de espera. Equilibrar um sistema significa não apenas fornecer tempos de respostas aceitáveis pelos usuários, mas também preservar os investimentos necessários ao bom tempo de resposta.
  20. Este trabalho desenvolveu um método para medir a eficiência de processos executados em computadores de grande porte a partir da relação entre a quantidade de dados processados e a quantidade de recursos computacionais utilizados. Desse forma equiparou um processo de T.I. a um processo industrial que mede sua eficiência através da relação entre insumos e produtos finais. Demonstrou que, mesmo bons resultados obtidos através dos indicadores de tempo de resposta, throughput e uso de processador, podem não levar um mainframe ao seu ponto de eficiência, apesar de melhorar sua produtividade. Conforme citado por [COEL06]: medidas parciais da produtividade podem fornecer uma indicação enganadora da produtividade total quando consideradas isoladamente . A visão global de eficiência é dada pela Lei de Amdahl, que completa 40 anos e permanece válida nos dias atuais, de acordo com [GRAY00]. Em um ambiente banc ário onde o projeto de melhoria foi direcionado pelo conceito de eficiência foi possível confirmar a validade da teoria proposta por este artigo.
  21. Autores: Antonio Cesar Sartoratto Dias - acsdias@uol.com.br Marcius Fabius Henriques de Carvalho - marcius.carvalho@cenpra.gov.br Referências [AMDA67] E. Amdahl. Validity of the Single Processor Approach to Achieving Large Scale Computing Capabilities. FIPS Conference Proceedings, Vol. 30, pp. 483-485. Atlantic City: AFIPS Press (1967). [AREN07] M. Arenales et al. Pesquisa operacional para cursos de engenharia. Rio de Janeiro: Campus (2007). [COEL06] T. Coelli et al. An introduction to efficiency and productivity analysis. 2 nd ed. New York: Springer (2006). [FRIE93] H. Fried et al (editors). The measurement of productivity efficiency: techniques and applications. Oxford: Oxford University Press (1993). [GRAY00] J. Gray and P. Shenoy. Rules of thumb in data engineering. 16 th International Conference on Data Engineering, San Diego, pp 3-12 (2000). [HENN07] J. Hennessy and D. Patterson. Computer architecture: a quantitative approach. 4 th ed. San Francisco: Morgan Kaufmann (2007). [MENA02] D. Menascé and V. Almeida. Capacity planning for web services: metrics, models and methods. Upper Saddle River: Prentice Hall PTR (2002). [ROGE05] P. Rogers et al. ABC of z/OS System Programming V. 11 : Capacity Planning and Performance Management . Manual técnico SG24-6327-00. Poughkeepsie, NY: IBM ITSO (2005). [SPRU07] W. Spruth. The future of mainframe. Euro CMG 2007 Nürnberg 23-25 Mai 2007. [STAL06] W. Stallings. Computer organization and architecture: designing for performance. 7 th ed. Upper Saddle River: Prentice Hall (2006).