Em agosto de 2012, manifestações contra o aumento da tarifa de transporte público em Natal levaram a protestos em outras cidades brasileiras em 2013. Os protestos começaram nas redes sociais e cresceram para incluir questões como corrupção, saúde e educação. Milhões de brasileiros foram às ruas em junho e julho de 2013 em todo o país.
3. Em agosto de 2012, Natal (RN) anunciou o aumento de 20 centavos na tarifa de
transporte público. Seguiram-se pela cidade várias manifestações contra o
aumento, chegando a reunir mais de duas mil pessoas, e que foram reprimidos
pela polícia.
O aumento do preço do transporte em outras cidades, como Porto Alegre e
Goiânia, no início de 2013, desencadearam uma série de protestos.
Todo o processo desencadeado teve como a base as redes sociais, onde
começou-se a organizar. Pode ser dividida em duas fases: a primeira concentrada
no preço e na qualidade do transporte público, com fortes repressões e baixa
participação da população; na segunda fase, vários outras causas foram levadas
à pauta, com apoio massivo do povo brasileiro (84%) e grande cobertura pela
mídia.
Ocorreram principalmente em Natal, Salvador, Recife, Belo Horizonte, Porto
Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro, com auge entre junho e julho de 2013.
4.
5. Pesquisa Ibope feita
nas capitais de sete
estados
(SP, RJ, MG, RS, PE, C
E, BA) e em Brasília
dia 20 de junho.
Foram entrevistados
2002 manifestantes
com 14 anos ou
mais, com margem
de erro de 2 pontos
percentuais para
mais ou para menos.
6. Foram as maiores mobilizações no país desde as manifestações
pelo impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello em 1992. No
dia 20 de junho foram estimados cerca de 2 milhões de manifestantes em todod
o País. Em resposta, o governo brasileiro anunciou várias medidas para tentar
atender às reivindicações dos manifestantes e o Congresso Nacional votou uma
série de concessões, como ter tornado a corrupção como um crime
hediondo, arquivado a chamada PEC 37 e proibido o voto secreto em votações
para cassar o mandato de legisladores acusados de irregularidades. Houve
também a revogação dos então recentes aumentos das tarifas nos transportes
em várias cidades do país, com a volta aos preços anteriores ao movimento.
7. Manifestantes protestam no Congresso Nacional contra gastos na Copa, corrupção e
por melhorias no transporte, na saúde e educação. (17 de junho)
8. Manifestantes saíram em passeata da Avenida Rio Branco. Um grupo foi para a
Assembleia do Rio de Janeiro. O protesto é contra gastos com a Copa do Mundo,
aumento das tarifas de transporte público e por melhorias na saúde e educação.
(18 de junho)
9. Manifestação em São Paulo, cerca de 30 mil pessoas conforme a Polícia Militar. O protesto
concentrou-se na Avenida Paulista até o Parque Ibirapuera, mas havia também manifestações
na Avenida 23 de Maio e na Rodovia Castello Branco. Os atos são pacíficos. (23 de junho)
10. Organizadas em sua maioria pelo Facebook, as manifestações mostram o desejo
da população para com a qualidade prestada nos serviços públicos e o
desperdício de dinheiro. É um ato patriótico que vem em busca dos direitos que
um cidadão tem.
Uma pesquisa realizada pelo Ibope diz que 62% dos manifestantes souberam do
movimento pelo Facebook e mais de 30% pelo twitter, sites e outros meios
online. Ao total, 92% dos manifestantes estavam conectados.
11. Manifestações pela Internet
(Opinião de: Ângelo Augusto Ribeiro, doutor em Engenharia e Gestão do Conhecimento pela UFSC)
Positivo:
"A internet espalhou as informações de forma rápida, o que permitiu levar muitas
pessoas para as ruas em pouco tempo. Ficou claro que a internet passou a ser um sistema
dominante de comunicação, que permite que todos se manifestem e não só aqueles que detém
um capital necessário para ter um veículo de comunicação;
Vimos que temos força para organizar fortemente as mídias sociais para que as vozes
sejam escutadas. Mas as mídias tradicionais não podem ficar refém das redes sociais. Elas
devem exercer um papel de equilíbrio e se posicionar.”
O que deve melhorar:
"O povo e as organizações têm que estar preparados para usarem a ferramanta. Não
apenas se preocupar com a audiência do conteúdo postado, mas com a qualidade do que está
sendo postado;
Muitas causas e pouca liderança. A gente sabe que tem muita coisa a ser mudado.
Mas um direcionamento nas reivindicações otimiza a luta e os resultados. É mais fácil sermos
ouvidos e atendidos quando estamos organizados, não é mesmo?
Assim como começou rápido, pode ser que a manifestação termine na mesma
velocidade. O famoso "fogo de palha".
12. Sair às ruas para reivindicar por aquilo que se acredita é algo antigo, mas que traz
bons resultados. Embora nem todas as causas da última manifestação tenham sido
atendidas, prefeitos de algumas cidades brasileiras voltaram atrás com o aumento
das passagens de ônibus e de metrôs depois que milhares de pessoas protestaram
contra as novas tarifas de transporte público. Mas ir às ruas não é a única forma de
lutar por um país melhor. Ir às urnas e escolher de forma consciente quem vai nos
representar também é uma demonstração de forma popular e trás amplas, já que os
políticos que elegemos vão dirigir nosso país por, no mínimo, quatro anos nas três
instâncias: federal, estadual e municipal.
13. Diego Kodrek
Rafael Scur Ortiz
Rudson Rodrigo Nunes da Cruz
2º EM 2
Sociologia
Profª Ingrid
Outubro de 2013