O documento discute a importância do riso para os cristãos, mas também estabelece limites. Alega que devemos aprender a relaxar e desfrutar da vida, mas que há coisas das quais não se deve rir, como tragédias ou pecado. Defende que saber brincar na hora certa é sinal de maturidade, e que o pecado não deve ser motivo de diversão.
1. Rir é tudo de bom
“Alegrem-se no Senhor e exultem, vocês que são justos! Contem de alegria, todos vocês
que são retos de coração!” (Salmos 32.11)
Há muitas coisas extremamente sérias acontecendo no mundo, e precisamos estar cientes
e preparadas para elas. Ao mesmo tempo, porém, precisamos aprender a relaxar e aceitar
as coisas conforme elas se apresentam, sem sermos afetados por elas e ficarmos
nervosos e zangados. Precisamos aprender a desfrutar da boa vida que Deus nos deu
através da morte e ressurreição de Seu Filho Jesus Cristo (veja João 10.10). Apesar de
todas as coisas perturbadoras no mundo ao nosso redor, nossa confissão diária deveria
ser. “Este é o dia que o Senhor nos deu. Eu me regozijarei e me alegrarei nele”.
Algo que nós, cristãos, precisamos fazer mais em nossas vidas é rir. Temos a tendência
de sermos tão pesados com relação a tudo: nosso pecado, esperar perfeição de nós
mesmos, nosso crescimento em Deus, nossa vida de oração, os dons do Espírito e a
memorização de versículos bíblicos. Andamos por aí carregando tantos fardos pesados!
Se apenas ríssemos um pouco mais – tenham bom ânimo, “alegrai-vos” – veríamos que
um pouco de riso torna bem mais leve aquele fardo.
No mundo em que vivemos não se encontra muita razão para sorrir, então teremos que
fazer uma força e rir de propósito. É fácil encontrar coisas com que nos preocuparmos,
mas para ser feliz precisamos fazer um pouco de esforço nessa direção. Precisamos sorrir
e desfrutar de um bom momento!
Do que não se deve rir.
Recentemente, logo após a tragédia que
devastou o Japão, vi uma brincadeira na internet envolvendo essa calamidade. Creio
que brincadeiras como essa, quando feitas por cristãos, demonstram no mínimo
desatenção ao que é dito em Eclesiástes 3:4 ( há“tempo de chorar, e tempo de rir”), e
esquecimento da clara determinação apostólica que diz:“Alegrai-vos com os que se
alegram; e chorai com os que choram” (Rm. 12:15).
2. Não se deve fazer piada com tudo. Como disse A. W. Tozer: “Poucas coisas são tão
benéficas na vida cristã como um agradável senso de humor, e poucas são tão mortais
como um senso de humor descontrolado”. Saber brincar na hora certa e com as coisas
certas é evidência de maturidade. Há coisas das quais não se deve rir, e que não
deveriam ser motivo de diversão, como a tragédia ou o pecado. Fico preocupado ao ver
cristãos fazendo de coisas das quais não se deve rir motivos de diversão, distração, lazer
e passa-tempo.
Lembro-me de Ló, que foi guardado da distruição de Sodoma, porque “este justo,
habitando entre eles, afligia todos os dias a sua alma justa, vendo e ouvindo sobre as
suas obras injustas” (II Pe. 2:8). Lembro-me também da visão que Ezequiel teve, na
qual eram marcadas as pessoas que suspiravam e que gemiam por causa das
abominações que se cometiam em Jerusalém, para que essas pessoas fossem guardadas
do juízo que viria sobre aquela cidade (Ez. 9). Ao ler esses exemplos bíblicos, fico a
pensar em como um cristão pode fazer da exibição do pecado, como ocorre em
programas como BBBe novelas, um meio de lazer ou diversão. O pecado não deveria
ser meio de distração.
Fica o tema para pensar.